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Nossa sociedade não vive hoje sem utilizar a energia elétrica e todos os
dispositivos eletro-eletrônicos à sua disposição. É, portanto, crucial entender os
fenômenos do eletromagnetismo em sua plenitude. Para atingir esse objetivo
começaremos revisando os aspectos históricos e os primeiros experimentos que
levaram à descoberta das cargas elétricas. Em particular, nesta primeira aula,
serão discutidos os fenômenos de eletrização por atrito, contato e polarização e
suas aplicações tecnológicas. Na segunda aula é discutida a Lei de Coulomb, que
expressa a relação de força fundamental entre cargas elétricas. Pense nessa
curiosidade para motivá-lo em seu estudo do eletromagnetismo que aqui se inicia:
Se o espaço entre os átomos é essencialmente vazio porque então você não afunda
através do chão?
13 14
AULA 1 : CARGAS ELÉTRICAS que um pedaço de vidro atritado com seda atraía um pedaço de âmbar que tivesse
sido previamente atritado com pele; isto é, a experiência mostrou que dois corpos
OBJETIVOS eletrizados poderiam se atrair.
• DISCUTIR A NATUREZA DOS FENOMENOS ELÉTRICOS
• DESCREVER OS VÁRIOS ASPECTOS DA CARGA ELÉTRICA, INCLUINDO SEU CARÁTER Baseando-se num grande número de experiências, lançou, então, em 1733,
DISCRETO E QUANTIZADO as bases de uma nova hipótese que teve grande aceitação durante todo o século
• DESCREVER O FENÔMENO DE ELETRIZAÇÃO POR ATRITO, INDUÇÃO E POLARIZAÇÃO XVIII. Segundo ele, existiam dois tipos de eletricidade: eletricidade vítrea
(aquela que aparece no vidro após ele ser atritado com seda) e eletricidade
• RECONHECER A DIFERENÇA ENTRE ISOLANTES E CONDUTORES
resinosa (aquela que aparece no âmbar atritado com pele). Todos os corpos que
possuíssem eletricidade de mesmo nome (vítrea ou resinosa) repeliriam-se uns aos
outros. Por outro lado, corpos com eletricidade de nomes contrários, atrairiam-se
1.1 ELETRIZAÇÃO POR ATRITO
mutuamente.
Cerca de 2000 anos mais tarde o médico inglês William Gilbert (1544 --
1603) fez observações sistemáticas de alguns fenômenos elétricos, que resultaram ATIVIDADE 1.1
nas seguintes constatações:
Você pode verificar as primeiras observações dos fenômenos elétricos com um
pequeno e simples experimento. Corte pequenos pedaços de linha de costura, por
(a) vários outros corpos, ao serem atritados por contato com outros corpos,
exemplo, com aproximadamente 2 cm de comprimento. Alternativamente você
comportavam-se como o âmbar;
Você pode também cortar um pedaço de papel em vários pedacinhos. Atrite bem a
extremidade de uma caneta com um pedaço de flanela ou pano de algodão ou
(b) a atração exercida por eles se manifestava sobre qualquer outro corpo.
ainda outro material sintético como, por exemplo, o poliéster. Aproxime a
extremidade que foi atritada da caneta desses pedacinhos de linha (ou de papel).
Gilbert introduziu os termos "eletrizado", "eletrização" e "eletricidade",
Descreva o que ocorre.
nomes derivados da palavra grega para âmbar: elektron, visando descrever tais
fenômenos.
Como frequentemente acontece em Física, apareceu uma outra explicação
com base nos mesmos fenômenos. Vamos à segunda teoria: o cientista americano
1.1.1 QUAL A NATUREZA DA ELETRICIDADE?
Benjamin Franklin (1701--1790), interessado no assunto, também realizou um
grande número de experimentos que contribuiram de forma decisiva para a
O cientista francês François du Fay (1698--1739) procurou dar uma
compreensão da natureza da eletricidade.
explicação à esse fenômeno da eletrização. Observando que um corpo era repelido
após entrar em contato com um outro corpo eletrizado, concluiu que dois corpos
Foram duas as suas contribuições fundamentais: primeiro formulou a
eletrizados sempre se repelem. Entretanto esta idéia teve de ser modificada devido
hipótese de um fluido único. De acordo com sua teoria os corpos não eletrizados
à novas observações experimentais que a contradiziam. O próprio du Fay observou
15 16
possuem uma quantidade natural de um certo fluido elétrico. Quando um corpo é nêutrons situam-se no núcleo dos átomos, enquanto que os elétrons, ocupam uma
atritado com outro, um deles perde parte do seu fluido, essa parte sendo região em torno deste núcleo.
transferida ao outro corpo. Franklin dizia que um corpo --- como o vidro --- que
A massa do elétron é 1836 vezes menor que a do próton, cuja massa é
recebia o fluido elétrico ficava eletrizado positivamente e o que o perdia ---
muito próxima da massa do nêutron, conforme mostra a Tabela 1.1.
como o âmbar ---, ficava eletrizado negativamente. Essa terminologia é usada
até hoje e corresponde aos termos eletricidade vítrea e resinosa de du Fay.
Tabela 1.1: Massa e carga elétrica do elétron, próton e nêutron.
A segunda grande contribuição de Franklin foi a hipótese de que o fluido Partícula Massa (kg) Carga elétrica
−31
elétrico é conservado: ele já existe nos corpos e se redistribui quando os corpos são Elétron 9,109 × 10 -e
atritados.
Próton 1,672 × 10 −27 +e
Duas folhas de um mesmo tipo de papel são atritadas entre si. Elas ficarão
Os prótons e os elétrons apresentam propriedades elétricas e a essas
eletrizadas? Por quê?
propriedades associamos uma grandeza fundamental, que denominamos carga
elétrica. A cargas das partículas está indicada na Tabela 1.1.
Você consegue perceber como funcionou o "método científico" proposto por Galileu O conceito de carga elétrica é, na realidade, um conceito tão básico e
com relação a este fenômeno? fundamental que, no atual nível de nosso conhecimento, não pode ser reduzido a
nenhum outro conceito mais simples e mais elementar.
O método é baseado na experiência. A partir dela é que se fazem hipóteses para
explicar a experiência. O atrito entre dois corpos de materiais diferentes mostrou a A carga elétrica é a grandeza física que determina a intensidade das
existência de um fenômeno (o da eletrização) e o comportamento de materiais interações eletromagnéticas, da mesma forma que a massa determina a
diferentes (atração e repulsão, de acordo com a natureza deles) com relação à intensidade das forças gravitacionais.
eletrização. Além disso, a experiência mostra em quais condições físicas ocorre o
fenômeno estudado, o que nos permite saber mais sobre a natureza dele. 1.2.1 ASPECTOS FENOMENOLÓGICOS E ORDENS DE GRANDEZA
Como decidir entre as duas teorias? Essa é também uma situação muito O estudo dos fenômenos elétricos levou a algumas leis empíricas que os
frequente na Física. Na época, com os dados disponíveis não era possível distinguir resumiam:
entre as duas. Qual foi então o ingrediente novo que resolveu a dúvida? Foi o
estabelecimento da teoria atômica da matéria, em bases razoavelmente firmes, no 1) Existem dois tipos de cargas elétricas: positivas e negativas. As
primeiro quarto do século XX. cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, as de sinais contrários se
atraem.
A teoria atômica trouxe uma nova perspectiva para explicar os fenômenos
de eletrização. De acordo com ela, todos os corpos (sejam eles sólidos, líquidos ou Atribuímos à carga do elétron o nome de carga negativa e a representamos
gasosos) são formados por átomos. Estes, por sua vez, são constituídos por três por − e . Já a carga do próton é denominada carga positiva, sendo descrita por
partículas elementares: os prótons, os nêutrons e os elétrons. Os prótons e os + e , ver Tabela 1.1. O nome positivo ou negativo é apenas uma convenção para
17 18
indicar o comportamento do corpo ao ser eletrizado, como foi sugerido por existência do elétron. Somente no século XX, com a descoberta dessa partícula
Benjamin Franklin. elementar e a medida de sua carga, é que foi possível calcular a equivalência entre
O núcleo do átomo tem carga positiva e representa o número de prótons a carga do elétron e e o Coulomb, C .
nele existente. Em um átomo neutro, a quantidade de prótons e elétrons são
iguais. Da igualdade numérica entre prótons e elétrons, decorre que a carga Um Coulomb corresponde a 6,25 × 1018 elétrons em excesso (se a carga for
elétrica total do átomo em seu estado natural é nula (o átomo em seu estado negativa) ou em falta (se for positiva). Na eletrostática geralmente lidamos com
natural é neutro). cargas elétricas muito menores do que um Coulomb. Vamos ver com frequência as
atritados, um deles perde elétrons para o outro; o primeiro torna-se, então, do elétron, medida em Coulomb, é:
2) Carga elementar : existe uma carga mínima. Até hoje nunca foi EXEMPLO 1.1
observado experimentalmente um corpo que tenha carga elétrica menor Quantos elétrons há em uma gota de água de massa 0,03g?
que a do elétron, representada por e . Somente foram observados corpos
Solução:
com cargas que são múltiplos inteiros de e.
Uma molécula de água ( H 2 0) tem uma massa mo = 3 × 10 −23 g e contém 10
O caráter discreto da carga elétrica se manifesta principalmente em elétrons. Uma gota de água contém n = m/mo moléculas, ou:
sistemas cuja carga total corresponde a poucas unidades da carga elementar. O
m
fato de nenhum experimento ter revelado a existência de um corpo que tenha n= = 10 21 moléculas
mo
carga elétrica menor que a de um elétron, permite dizer que a carga elétrica é
22
Logo, a gota terá 10 elétrons.
quantizada, isto é, existe em quanta (quantum, em grego, significa pedaço).
Por isso, no eletromagnetismo clássico, é difícil perceber este aspecto da carga
elementar. Mas é fácil entender porque. A resposta tem a ver com outro aspecto
fundamental da compreensão dos fenômenos físicos: as ordens de grandeza. 1.2.2 CONSERVAÇÃO E QUANTIZAÇÃO DA CARGA ELÉTRICA
Q = n e, n = 0, ± 1, ± 2, ± 3 ... algum processo, os corpos podem adquirir ou perder carga elétrica, como por
exemplo, atritando um bastão de plástico com um pedaço de flanela. Entretanto,
Por isso faz sentido tratar distribuições de cargas macroscópicas como se fossem quando ocorre uma interação elétrica entre dois corpos, a carga total deles se
contínuas, como faremos nas aulas seguintes. Vamos firmar esse idéia com um mantém constante. Além disso, em todos os casos, a carga elétrica de um
exemplo. sistema isolado é sempre constante.
No Sistema Internacional (SI) a unidade de carga eletrica é 1 Se o bastão ficar carregado positivamente é porque ele perdeu elétrons.
Coulomb. Quando essa unidade foi definida, no século XVIII, não se conhecia a Para que isso ocorra, a flanela deve ter recebido os elétrons do bastão. Observe
19 20
então que houve apenas uma transferência de cargas elétricas de um corpo para o Corpos líquidos e gasosos também podem ser eletrizados por atrito: a
outro. Nenhuma carga foi criada ou destruída. Esse fato é conhecido como o eletrização das nuvens de chuva se dá pelo atrito entre as gotículas do ar e da
Principio da Conservação da Carga Elétrica. água, na nuvem.
Os prótons e nêutrons são compostos por partículas ainda menores, A principal questão envolvida na definição do que é um material condutor ou
denominadas quarks. Os quarks foram previstos pelo físico teórico Murray Gell- isolante tem muito a ver com a estrutura microscópica do material. No caso dos
Mann em 1963 e detectados mais tarde (em 1973) por bombardeamento do núcleo condutores metálicos, por exemplo, os materiais são formados por uma estrutura
de átomos com feixes de elétrons altamente energéticos. mais ou menos rígida de íons positivos, embebido num gás de elétrons, como
ilustra a figura 1.1. Esses elétrons, por não estarem presos a átomos determinados,
Tanto prótons quanto nêutrons são formados por três quarks de dois tipos:
têm liberdade de movimento, e o transporte deles dentro de um metal ocorre com
up e down. Um próton é formado por dois quarks do tipo up e um do tipo down.
relativa facilidade.
Um nêutron é formado por um quark do tipo up e dois do tipo down. Vale a pena
ressaltar que nenhum quark livre ‘foi observado até hoje.
Com a teoria atômica, a eletrização por contato pôde ser explicada como
será discutido nas próximas aulas. Entretanto, uma descrição teórica precisa da
eletrização por atrito em termos microscópicos é muito difícil. Costuma-se
Figura 1.1: Representação esquemática de um condutor.
colecionar os resultados experimentais e compilá-los em tabelas. Por exemplo,
podemos colocar corpos em uma lista tal que atritando um corpo com outro da
Ao contrário dos condutores, existem sólidos nos quais os eletrons estão
lista, fica carregado positivamente aquele que aparece antes nessa lista. Uma lista
firmemente ligados aos respectivos átomos e os elétrons não são livres, isto é, não
desse tipo ficaria:
têm mobilidade, como no caso dos condutores. A figura 1.2 representa um esboço
- Pêlo de gato, vidro, marfim, seda, cristal de rocha, mão, madeira, enxofre,
de um isolante. Nestes materiais, chamados de dielétricos ou isolantes, não será
flanela, algodão, gomalaca, borracha, resinas, metais...
possível o deslocamento da carga elétrica. Exemplos importantes de isolantes são:
a borracha, o vidro, a madeira, o plástico, o papel.
ATIVIDADE 1.3
Quando se atrita enxofre com algodão, que carga terá cada material?
21 22
lata. As linhas devem estar em contato com a lata. Coloque a lata sobre um tecido
As condições ambientais também podem influir na capacidade de uma ou um pedaço de isopor. Atrite o tubo da caneta de plástico com o pano e toque a
substância conduzir ou isolar eletricidade. De maneira geral, em climas úmidos, um superfície da lata.
corpo eletrizado, mesmo apoiado por isolantes, acaba se descarregando depois de a) Descreva o que foi observado com as linhas que estão nas superfícies
um certo tempo. Embora o ar atmosférico seja isolante, a presença de umidade faz interna e externa da lata quando você a toca com o tubo eletrizado.
com que ele se torne condutor. Além disto, temos também a influência da b) Crie hipóteses para explicar o que ocorre e discuta com os seus colegas.
temperatura. O aumento da temperatura de um corpo metálico corresponde ao c) O comportamento observado depende do sinal da carga da caneta?
aumento da velocidade média dos íons e elétrons que os constituem, tornando mais
difícil o movimento de elétrons no seu interior. Resolução
a) Quando a caneta é atritada com o pano ela fica carregada eletricamente. A
Com relação aos isolantes, a umidade e condições de "pureza" de sua
caneta recebe ou cede elétrons para o pano. Colocando-a em contato com a
superfície (se existem corpúsculos estranhos ao material que aderiram a ela) são
lata apenas as linhas que estão na superfície externa se elevam. Nada
fatores importantes. A razão disto é que a umidade pode dissolver sais existentes
acontece com as linhas que estão no interior da lata.
na superfície do corpo recobrindo-o com uma solução salina, boa condutora de
b) A lata de refrigerante é feita com alumínio que é um material de boa
eletricidade.
condutividade elétrica. Quando você toca a sua superfície com a caneta
carregada haverá movimento de elétrons da lata para a caneta ou da caneta
para a lata, dependendo do sinal da carga elétrica do tubo da caneta. Isso
ATIVIDADE 1.4
significa que a lata também ficará carregada eletricamente, ou seja, ela
Metais como o alumínio e o cobre, de modo geral, são bons condutores de ficará com falta (ou excesso) de elétrons. As cargas em excesso se
eletricidade e também são bons condutores de calor. Você acha que existe alguma movimentam sobre toda a lata. As linhas que estão em contato com a lata
relação entre as condutividades elétricas e térmicas desses materiais? Por quê? também recebem parte dessa carga elétrica em excesso e por isso se
repelem (Figura 1.3b). O fato que apenas linhas que estão na superfície
externa se repelem evidencia que a carga elétrica em excesso de um
condutor se distribui apenas sobre a sua superfície externa. Não há cargas
EXEMPLO 1.2
elétricas em excesso no interior de um condutor.
A figura 1.3 mostra um aparato simples que pode ser reproduzido em casa.
Materiais Utilizados:
• Latinha de refrigerante
• Pequenos pedaços (de 5 a 10 centímetros
aproximadamente) de linha de costura ou
similar Figura 1.3b Linhas de costuram se repelem
como o poliéster (preferível) independente do sinal da carga da caneta. Se o tubo da caneta estiver
Figura 1.3a Latinha com
• Fita adesiva carregado positivamente, elétrons da lata (inicialmente neutra) migrarão
linhas de costura
para a caneta de modo que a lata ficará carregada positivamente. Caso a
caneta esteja carregada negativamente, quando ela toca a lata, parte de
Fixe os pedaços de linha, com fita adesiva, nas superfícies interna e externa da
23 24
seus elétrons em excesso migrarão para a lata deixando-a carregada Atrite bem uma caneta com um pano e aproxime-o de um filete estreito de
negativamente. Também, nesse caso, as linhas que estão na superfície água da torneira. A água é eletricamente neutra.
externa da lata irão se repelir.
a) Explique o fenômeno observado.
b) O que foi observado depende do sinal da carga da caneta? Explique.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL
Tente reproduzir em casa o exemplo discutido acima. Deu certo? Se não, faça No caso dos dielétricos, cargas podem existir em qualquer ponto do
hipóteses para explicar o que pode estar ocorrendo e discuta com seus colegas. material, tanto no interior como na superfície. A concentração de cargas em um
dielétrico é mais difícil de ser medida, e pode ser inferida a partir de certas técnicas
que serão vistas mais adiante.
1.3.1 DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS ELÉTRICAS ADICIONADAS A ISOLANTES
OU CONDUTORES
ATIVIDADE 1.7
É um fato experimental que quando adicionamos carga a um
Retire 4 pedaços de fita adesiva (2 pedaços de cada vez) e em seguida junte dois
condutor, ela se distribui integralmente sobre a sua superfície externa. A
pedaços (de aproximadamente 10 cm) lado a lado da seguinte maneira:
razão disto é que cargas de mesmo sinal se repelem e cada carga tende a
ficar o mais longe possível das outras. Então, mesmo que as cargas sejam a) lado com cola/lado sem cola. b) lado com cola/lado com cola.
colocadas dentro de um condutor maciço ou oco, elas tenderão a migrar
Depois de juntos, separe-os, aproxime-os e observe o que ocorre. Peça a ajuda de
para a superfície externa.
um colega se tiver dificuldades para unir ou separar os pedaços. Explique o que foi
observado.
ATIVIDADE 1.5
a) Suponha que uma esfera metálica esteja inicialmente neutra e você a toque
com uma régua carregada negativamente em determinado ponto. Dê
1.4 ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO E POLARIZAÇÃO
argumentos para explicar por que, depois de certo tempo, a carga elétrica
se distribuirá uniformemente sobre a superfície da esfera. Quando aproximamos um bastão de vidro, atritado com seda, de um
condutor neutro, provoca-se uma separação das cargas do corpo, embora o
b) Considere um material condutor que tenha uma superfície pontiaguda como, condutor como um todo continue eletricamente neutro, como mostra a figura 1.4a.
por exemplo, um para-raio. Em um material desse tipo a carga elétrica se Esta separação de cargas é denominada indução eletrostática.
distribuirá de maneira uniforme? Crie hipóteses e discuta com seus colegas.
Figura 1.4: (a) corpo carregado próximo a um condutor, (b) condutor ligado à
ATIVIDADE 1.6 Terra e (c) condutor eletrizado.
25 26
Figura 1.6: Dielétrico polarizado.
Ao contrário da eletrização por atrito, a eletrização por indução ocorre sem Esse efeito é denominado polarização. Ele faz aparecer cargas elétricas de
haver contato entre os corpos, por isso, é uma ação a (curta) distância. sinais contrários nas extremidades do dielétrico, como no caso mostrado na figura
1.7.
É possível eletrizar um material condutor por indução: basta conectar o
condutor na figura 1.4b (em presença do bastão), por meio de um fio metálico, à
Terra. Essa ligação fará com que os elétrons livres passem do condutor à Terra,
deixando o condutor carregado.
Os dielétricos são constituídos por moléculas cuja distribuição interna de carregado estiver próximo do dielétrico. Quando o corpo for afastado, o dielétrico
cargas pode ser de dois tipos: o centro das cargas positivas e negativas voltará a ser neutro.
27 28
esfera. Dado que a carga total é conservada, um excesso de cargas positivas vai
aparecer nas folhas, que tenderão a se repelir. Por isso, as duas folhas tenderão a
se separar.
EXEMPLO 1.3
Considere duas esferas metálicas como as da figura 1.10. Figura 1.11: (a) transferência de elétrons entre as duas esferas e (b) configuração
final de cargas.
29 30
ATIVIDADE 1.8
(b) Porque os materiais usados nas indústrias de tecido e papel precisam ficar
ATIVIDADE 1.9 em ambientes umedecidos?
O fato de que não é possível determinar o sinal da carga nessas condições não
significa que não seja possível fazer isso modificando o experimento. Qual seria 1.6 APLICAÇÃO TECNOLÓGICA DO FENÔMENO ELETRIZAÇÃO
essa modificação? Pense um pouco antes de consultar a resposta!
A eletrização de corpos por atrito é utilizado nos dispositivos de obtenção de
fotocópias (xerox, etc). Por exemplo, o pó negro resinoso é misturado com
minúsculas esferas de vidro. Durante esse processo, as esferas adquirem cargas
ATIVIDADE 1.10
positivas e os grãos de pó, cargas negativas. Devido à força de atração, os grãos de
Sabe-se que o corpo humano é capaz de conduzir eletricidade. Explique então pó cobrem a superfície das esferas, formando um camada fina.
porque uma pessoa segurando uma barra metálica em suas mãos não consegue
eletrizá-la por atrito? O texto ou desenho a ser copiado é projetado sobre uma placa fina de
selênio, cuja superfície está carregada positivamente. Essa placa dispõe-se sobre
uma superfície metálica carregada negativamente. Sob a ação da luz, a placa
descarrega e a carga positiva fica apenas nos setores que correspondem aos locais
EXEMPLO 1.4
escuros da imagem. Depois disso, a placa é revestida por uma fina camada de
Um ônibus em movimento adquire carga eletrica em virtude do atrito com o ar. esferas de vidro. A atração de cargas de sinais contrários faz com que o pó resinoso
a) Se o clima estiver seco, o ônibus permanecerá eletrizado? Explique. se deposite na placa com cargas negativas. Em seguida, as esferas de vidro
b) Ao segurar nesse ônibus para subir, uma pessoa tomará um choque. retiram-se por meio de uma sacudidela. Apertando com força a folha de papel
Por quê? contra a placa, pode-se obter uma boa impressão. Fixa-se, finalmente, esta última
c) Esse fato não é comum no Brasil. Por quê? por meio de aquecimento.
Solução:
ATIVIDADE 1.12
a) Sim, pois os pneus são feitos de borracha, que é um isolante, e impedem
que o ônibus seja descarregado para a Terra. Pesquise sobre as diferenças das impressoras a laser e a jato de tinta. Como
b) O choque elétrico será causado pelo fato de que nossa mão é um são geradas as imagens dos caracteres nesses dois tipos de impressoras?
31 32
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
ATIVIDADE 1.1
Figura 1.12 (a) a régua (b) eletrização por contato (c) equilíbrio eletrostático
ATIVIDADE 1.2
polariza a esfera condutora. entre a régua e a esfera. após o contato ser desfeito.
ATIVIDADE 1.4
33 34
elétrica entre cargas e a distancia entre elas; quanto maior a distância entre
duas cargas elétricas menor é a intensidade da força elétrica entre elas.
ATIVIDADE 1.8
eletrizada independe do sinal da carga. carregada negativamente, veja a figura 1.4c. Agora basta colocar as duas esferas
em contato para que as duas fiquem carregadas com o mesmo sinal.
ATIVIDADE 1.7
35 36
aproximam ou se afastam. De fato, se o objeto estiver carregado negativamente,
elétrons livres da esfera serão repelidos e se deslocarão para as folhas. Esses PR1.3) Os astronomos que utilizam os telescópios do Cerro Tololo InterAmerican
elétrons neutralizarão parte da carga positiva aí existente e por isso o afastamento Observatory (CTIO) localizado no deserto de Atacama, Chile são obrigados a
das folhas diminui. Analogamente, podemos concluir que, se o afastamento das trabalhar aterrados o tempo todo. Você consegue explicar o por quê?
folhas for aumentado pela aproximação do corpo, o sinal da carga nesse corpo será
positivo. PR1.4) Duas cargas q1 e q2 atraem-se mutuamente. Uma carga q3 repele a carga
q2. As cargas q1 e q3 , quando colocadas próximas uma da outra, serão atraídas,
repelidas ou nada acontecerá?
PR1.5) Você consegue imaginar um experimento para mostrar que a água pura não
é boa condutora de eletricidade?
ATIVIDADE 1.10
O corpo humano funciona como um fio terra.
ATIVIDADE 1.11
PENSE E RESPONDA
37 38
AULA 2: LEI DE COULOMB
(b) a força entre duas cargas elétricas é sempre instantânea, de acordo com a Física
OBJETIVOS Clássica;
r QQ
2.1 A LEI DE COULOMB F = K e 1 2 2 rˆ
r
(2.1)
Em 1785, Charles Augustin de Coulomb (1736 - 1806) realizou uma série de
medidas cuidadosas das forças entre duas cargas usando uma balança de torção,
semelhante à que Cavendish usou para comprovar a teoria da Gravitação. Através em que K e é uma constante de proporcionalidade e r̂ é o vetor unitário na direção
dessas medidas, Coulomb mostrou que, tanto para a atração como para a repulsão de que passa pelas cargas elétricas (na Figura 2.1, ele tem o sentido de Q1 para Q2 ). A
cargas elétricas pontuais: equação 2.1 é a expressão matemática da Lei de Coulomb.
F ∝ Q1Q2
1
F∝ Figura 2.1: (a) e (b) duas cargas de mesmo sinal se repelem. (c) cargas de sinais
r2 r
opostos se atraem. Estão indicados também os vetores força elétrica F12 da carga Q1
r
A força F que atua entre as cargas é denominada força elétrica ou força sobreQ2 e F12 da carga Q2 sobre Q1 bem como o vetor unitário r̂ . Pela 3ª. Lei de
eletrostática. r r
Newton temos que F12 = − F21 .
(a) é uma força de ação e reação; sua direção é a da linha que une as duas cargas e o 1
Ke =
seu sentido depende do sinal relativo das cargas, como se vê na figura 2.1; 4π ε 0
38 39
em que ε0 é uma outra constante denominada permissividade do vácuo. A unidade de carga é chamada de statcoulomb. Duas cargas de 1 statcoulomb,
situadas a um centímetro de distância uma da outra no vácuo, exercem uma força
−5
Se medirmos a carga elétrica em Coulomb, o valor dessa constante no SI é: mútua de 1 dyna ( 10 N). Temos que 1 statcoulomb = 3,336 x 10−10 C.
ε 0 = 8,854 × 10 −12 N −1.m −2.C 2 (2) A outra maneira consiste em definir a unidade de carga independentemente da lei
−2
K e = 8,9874 × 10 N .m .C
9 2
1
Na equação 2.1 conhecemos as unidades de força e de distância; falta então Ke =
4π ε 0
definir as unidades de carga elétrica e da constante Ke . Isso pode ser feito de duas
em que a nova constante ε 0 , denominada permissividade do vácuo, tem como valor:
maneiras:
1
ε0 = = 8,854 × 10 −12 N −1.m − 2.C 2
4π .10 − 7 c 2
(1) podemos atribuir à constante K e um valor arbitrário ( Ke = 1, para facilitar) e
determinar a unidade de carga de modo tal que a força elétrica que atue entre duas
Em 1960, na 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, decidiu-se adotar um
cargas unitárias, situadas à distância unitária uma da outra, seja também unitária.
Essa foi a maneira adotada para o sistema CGS de unidades (o sistema CGS tem como
valor fixo para a constante Ke no vácuo e definir o Coulomb a partir dele. Assim,
40 41
definida como a carga que, colocada no vácuo, a um metro de uma carga igual, a diz que a carga total se conserva no processo podendo apenas se redistribuir. Então,
ao serem postas em contato, as bolinhas vão sofrer uma redistribuição de carga graças
repeliria com uma força de 8,9874 × 10 9
N. A unidade de
2
K e no SI é N.m /C . 2
Qual a magnitude da força eletrostática repulsiva entre dois prótons separados em 2.2 FORÇA DE UM CONJUNTO DE CARGAS
média de 4,2 × 10 −15 m em um núcleo de Ferro?
Como acontece com a força gravitacional, as forças eletrostáticas também
Solução: Escrevemos imediatamente: obedecem ao Princípio de Superposição. Quando um conjunto de várias cargas
1 Q2 exercem forças (de atração ou repulsão) sobre uma dada carga q0 , a força total sobre
F=
4πε 0 r 2 esta carga é a soma vetorial das forças que cada uma das outras cargas exercem
r r
em que qi é a i-ésima carga do conjunto, r0 − ri é a distância entre q0 e a carga qi
ATIVIDADE 2.1
e rˆ0 − rˆi é o vetor unitário da direção que une a carga q0 à carga qi , cujo
Compare a magnitude da força gravitacional entre esses dois prótons com a magnitude
da força elétrica calculada no exemplo 2.1?
sentido é o de q0 para qi . Ou seja, cada carga interage com uma dada carga q0
Duas bolinhas pintadas com tinta metálica estão carregadas. Quando estão afastadas
EXEMPLO 2.3
de 4,0 × 10 2 m atraem-se com uma força de 27×105 N. Encosta-se uma na outra sem
Três cargas Q1 = +1,5 mC, Q2 = −0,5 mC e Q3 = 0,2 mC estão dispostas como na
tocar-lhes com a mão. Afastando-as novamente até a distância de 4,0 × 10 2 m elas se
Figura 2.2 (1 mC = 10 −3 C). A distância entre as cargas Q1 e Q3 vale 1,2m e a
repelem com a força de 9×105 N. Explique porque a força mudou de atrativa para
distância entre as cargas Q2 e Q3 vale 0,5 m. Calcular a força resultante sobre a
repulsiva.
carga Q3
Solução: Vamos começar pensando nos princípios gerais de Física que envolvem
cargas: lei de Coulomb e conservação da carga. A lei de Coulomb nos diz que as
cargas vão se atrair porque as suas cargas são opostas. A conservação da carga nos Solução: Seja um sistema de coordenadas com origem na carga Q3 , e eixos dirigidos
42 43
como mostrado na Figura 2.2.
r
Figura 2.2 – Disposição das cargas elétricas do Exemplo 2.3 Figura 2.3: Diagrama das componentes do vetor força, F.
1 Q2 Q3 (0,5 × 10 −3 C )(0,2 × 10 −3 C )
Fy = = 9.0 × 10 9 N m 2 /C 2 = 3,60 × 10 3 N
4πε 0 r23
2
0,5 2 m 2
Note que as equações acima nos dão o módulo das componentes da força total.
Portanto, nelas, as cargas entram sempre com sinal positivo. A direção e sentido das
forças componentes são determinadas com um diagrama, ver figura2.3. O módulo da
força resultante F é: Figura 2.4 – Disposição das cargas elétricas do exemplo 2.4.
F = F + F = 4,06 × 10 N .
x
2
y
2 3
Solução: Uma inspeção na figura nos mostra que as cargas Q e q devem ter sinais
Como a força elétrica é um vetor, temos que especificar sua direção e sentido. Se θ é
r opostos, para que não não haja força sobre Q . As forças eletrostáticas que atuam na
o ângulo que o vetor F faz com o eixo Ox, temos:
carga Q do vértice inferior do quadrado são mostradas na Figura 2.4. Temos que:
Fy 3,60 × 10 3
tg θ = = = 1.91 ⇒ θ = 62 o ,4.
Fx 1,88 × 10 3
∑F x = − FQQ cosα + FqQ = 0
44 45
cosα = a/a 2 = 1/ 2 ,
1 Q2
FQQ = ,
4πε 0 2a 2
e
1 Qq
FqQ = .
4πε 0 a 2
Com esses valores, a condição de equilíbrio fica: Figura 2.5: Esferas condutoras suspensas.
1 Q2 1 1 Qq
− + =0
4πε 0 2a 2 2 4πε 0 a 2
ATIVIDADE 2.3
Q 2 1 Qq
− 2 + 2 = 0 Suponha que o gráfico da figura 2.6 corresponda a duas bolas de beisebol com massas
2a 2 a 0,142 kg e cargas positivas iguais. Para cada bola determine o número de elétrons que
Q faltam e estime a fração destes elétrons faltantes em relação ao número de cargas
− +q =0
2 2 positivas.
Q
=q
2 2
Finalmente, levando em conta que as cargas tem sinais opostos, temos:
Q = −2 2 q
(o sinal negativo indica cargas de sinal contrário).
ATIVIDADE 2.2
Duas esferas condutoras de massa m estão suspensas por fios de seda de Figura 2.6- Gráfico de F F versus r .
comprimento L e possuem a mesma carga q , como é mostrado na Figura 2.5.:
46 47
r 1 Q1 Q2
F= rˆ.
4π k ε 0 r 2 TABELA 2.1: CONSTANTE DIELÉTRICA PARA ALGUNS MATERIAIS
(2.5)
Material Constante
dielétrica (K)
Uma maneira de compreender esse fato é considerando uma situação simples. Vácuo 1,0000
Sejam duas placas condutoras situadas no vácuo, carregadas eletricamente com Ar 1,0005
cargas iguais mas de sinais contrários, conforme mostra a figura 2.7. Benzeno 2,3
Âmbar 2,7
Vidro 4,5
Óleo 4,6
Mica 5,4
Glicerina 43
Figura 2.7: Carga entre placas condutoras. Água 81
r
Colocando-se uma carga q entre as placas, uma força F atua sobre essa carga
Na Figura 2.8 é fácil perceber que o efeito líquido dessa polarização será
neutralizar parcialmente as cargas das duas placas e portanto a força original (no
vácuo) Fo vai diminuir. O grau de polarização do meio vai nos dizer quantitativamente
o tamanho dessa diminução. A Tabela 2.1 mostra os valores da constante dielétrica de
alguns materiais.
48 49
Note da Figura 2.9 que a ação da força peso é anulada pela componente vertical da
tensão na corda Ty e a força elétrica, pela sua componente horizontal.
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
Matematicamente, essas condições se expressam da seguinte maneira:
1 q2
ATIVIDADE 2.1 Tsenθ = FC =
4π ε 0 x 2
m 2 T cosθ = mg
p
F =G 2
r Agora, a melhor estratégia para eliminar a incógnita T é dividir as duas equações.
Com os valores dados, temos que: Teremos:
q2
tg θ =
(6,67 × 10 −11
N m /kg )(1,67 × 10
2 2 −27
Kg ) 2
4π ε 0 x 2 mg
Fg = = 1,05 × 10 −35 N .
(4,2 × 10 −15 m 2 ) Se tg θ ≈ senθ = x/2L (ver figura) então:
x q2 q 2 2L
= ⇒ x3 =
A força gravitacional é cerca de 1036 vezes menor que a força elétrica. Esse resultado
2 L 4π ε 0 x mg
2
4π ε 0 mg
Portanto:
nos diz que a força gravitacional é muito pequena para equilibrar a força eletrostática
1/3
q2L
existente entre os prótons no núcleo dos átomos. É por isso que temos que invocar a x =
2π ε 0 mg
existência de uma terceira força, a força forte, que age entre os prótons e os nêutrons
(b) Temos:
quando estão no núcleo. A força forte é uma força atrativa. 1/2
4π ε 0 mgx 3
q = ± ≈ 3,47 × 10 −15 = 5,9 × 10 −8 C
2L
ATIVIDADE 2.2 e
x 0,10
sen θ = = = 0,06
(a) Vamos estudar as forças que agem nas esferas: 2 L 2 × 0,80
ATIVIDADE 2.3
r2 F
Vamos começar calculando a carga q , igual em ambas as bolas: q = .
Figura 2.9: Forças que agem nas eferas
1 / 4πε 0
50 51
Podemos escolher qualquer ponto na curva para calcular q . Por exemplo,
E2.2) Se as cargas do exercício E2.1 estiverem na glicerina, qual seria a resposta?
F = 9,0 ×10−6 N e r = 4,0 m, o que dá:
E2.4) Na Atividade 2.2, qual é o ângulo entre linhas que suportam as cargas elétricas,
q 1,3 × 10 −7 C
n= = = 7,9 × 1011 eletrons.
e 1,6 × 10 −19 C se uma carga vale o dobro da outra? Qual é a distância entre elas agora?
Num objeto neutro, o número de elétrons é igual ao número de prótons. A fração dos
PROBLEMAS
estimativa de NP : P1.2) Quatro cargas iguais Q, duas positivas e duas negativas, são dispostas sobre um
quadrado de lado a=1,0 m, de modo que cargas de mesmo sinal ocupam vértices
M 0,142kg opostos. Uma carga Q/2 positiva é colocada no centro do quadrado. Qual a força
NP = = = 4,25 × 10 25 prótons.
m p + mn 2(1,67 × 10 − 27 kg ) resultante que atua sobre ela?
E a fração de elétrons ausentes, então, é dado por: P1.3) No problema P1.2, qual deve ser a carga Q’ do centro do quadrado para que a
força resultante no centro do quadrado seja nula?
E2.1) A que distância de uma carga elétrica Q=+3,50 mC deve ser colocada outra P1.6) Um cubo de lado a tem uma carga positiva em cada um de seus vértices. Qual é
carga q=2,70 mC, no vácuo, para que a força elétrica entre elas seja de 5,64 ×10 o módulo da força resultante que atua em uma dessas cargas?
9
N?
52 53
UNIDADE 2
CAMPO ELÉTRICO
Se uma corpo carregado se afastasse de você nesse exato momento você acredita
que sentiria instantaneamente os efeitos de diminuição da força elétrica, como
requer lei de Coulomb, ou como estabalece a lei de ação e reação na Mecânica
Newtoniana? Certamente não, porque as interações eletromagnéticas se propagam
no espaço com uma velocidade finita. Para remover essa dificuldade da ação à
distância, será introduzido nesta unidade o conceito de campo elétric. Assim, a
interação entre as cargas acontece através da interação com o campo criado pelas
outras cargas, e não diretamente pelas força das cargas entre si.
54 55
AULA 3: CAMPO ELÉTRICO agente físico, com existência independente da presença de outra carga com a qual
a carga original vai interagir, é o campo elétrico.
OBJETIVOS
Com a introdução do conceito de campo elétrico, podemos visualizar a
• DEFINIR O VETOR CAMPO ELÉTRICO E ESTABELECER SUAS PROPRIEDADES interação entre as cargas A e B de uma maneira diferente da força de Coulomb,
que é o resultado da interação direta entre cargas. Dizemos, então, que uma carga
• CALCULAR O CAMPO ELÉTRICO PARA UMA DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS
PUNTIFORMES E PARA UM DIPOLO EÉTRICO ou uma distribuição de cargas cria um campo elétrico nos pontos do espaço em
torno dela e que este campo elétrico é responsável pelo aparecimento da força
• UTILIZAR OS CONCEITOS DE LINHA DE FORÇA
elétrica que atua sobre uma carga elétrica de prova colocada em qualquer desses
pontos.
As interações eletromagnéticas se propagam no espaço com uma velocidade campo elétrico nele, a carga de prova vai reagir como se estivesse sob a ação de
finita. Isto significa que, quando uma carga elétrica, como por exemplo a da Figura uma força de origem elétrica. A carga de prova (sempre positiva) deve ser
3.1, se desloca no espaço, a força elétrica que ela exerce sobre outra carga B varia, suficientemente pequena para não alterar o campo neste ponto.
mas não instantaneamente como requer a lei de Coulomb, ou como estabalece a lei
de ação e reação na Mecânica Newtoniana. O processo de transmissão da
A grandeza que mede o campo elétrico em um ponto P do espaço é o vetor
informação (no caso o deslocamento da carga A) requer um certo intervalo de
campo elétrico , definido da seguinte forma (Figura 3.2):
tempo, igual a ∆ t = d/c para se propagar, em que d é a distância entre as cargas
A e B e c é a velocidade da luz. r
r F
EP = P (3.1)
q0
ponto P à carga que gera o campo e o sentido é o mesmo que o da força elétrica,
r r
Se a força elétrica deixa de ser uma ação direta entre as cargas, torna-se FP , que atua sobre a carga q0 , e o sentido, o da força FP . Note que o campo
necessária a existência de um agente físico responsável pela transmissão da
elétrico em um ponto P do espaço é a força por unidade de carga que atua neste
informação (isto é, da força) entre uma carga e outra (no caso, de A para B). Esse
ponto. Ele depende, portanto do meio em que as cargas que geram o campo estão
56 57
colocadas. 3.2 Distribuição de cargas elétricas
EXEMPLO 3.1
Calcular o campo elétrico gerado por uma carga positiva Q em um ponto P situado à
distância r dela. Figura 3.3: Distribuição de cargas puntiformes.
Solução: Como a força elétrica exercida por uma carga Q sobre uma carga de prova
Devido ao Princípio da Superposição o campo elétrico sobre a carga de prova
positiva q0 , situada no ponto P, à distância r de Q, é:
q0 no ponto P é dado pela soma dos campos elétricos das cargas individuais, como
r
r F 1 Q q0 1 1 Q
EP = P = . rˆP = rˆP onde r̂i é o vetor unitário da direção que une as cargas q0 e qi , com
q0 4π ε 0 rP2 q 0 4π ε 0 rP2
sentido da carga que gera o campo para a carga de prova, e é dado por:
Note que a equação acima nos dá o módulo do vetor. A direção é a da reta que une P a
r r
rp − ri
Q .Como Q é positiva (e q0 , por definição é positiva), o campo tem sentido de Q rˆi = r r (3.3)
| rp − ri |
para P.
Qual é a expressão do vetor campo elétrico gerado por uma carga elétrica negativa distância que deve ser colocada nesse denominador é a distância entre as duas
r r
no ponto P do Exemplo 3.1? cargas cuja interação está sendo considerada. E essa distância não é rP ou ri mas
a diferença desses vetores. Por isso, em todo problema de eletrostática é muito
importante escolher um sistema de referência arbitrário e definir todas as
58 59
distâncias envolvidas no problema de forma consistente com essa escolha. em que x = 0,50 m é a distância de P à carga Q.
Como as cargas são positivas, elas repelirão uma carga de prova. Então, o
Preste muita atenção na definição do vetor que localiza o ponto P (de
campo gerado pela carga Q está dirigido para a direita na figura 3.4, enquanto que
observação, onde colocaremos a carga de prova), no ponto referente à carga que
r o gerado pela carga q , está dirigido para a esquerda. Assim, temos, para o módulo
gera esse ri e na distância entre as cargas, que você vai usar na lei de Coulomb.
do campo resultante em P:
Isto também vai ser igualmente importante quando estivermos calculando campos
de distribuições contínuas de carga.
r 1 Q 1 q ˆ
E= − i
4π ε 0 x 2
4π ε 0 ( x − L) 2
EXEMPLO 3.2
Dadas duas cargas Q = 2,0 × 10−6 C e q = 1,0 × 10−6 C, separadas pela distância em que os termos entre colchete correspondem ao módulo do campo elétrico.
Podemos obter uma outra solução com o desenho dos vetores campo elétrico e do
L = 1,0 m. Determine o campo elétrico em um ponto P situado a uma distância
eixo de coordenadas. O campo da carga Q está dirigido no mesmo sentido que o
x = 0,50 m de Q . unitário i do eixo, enquanto que o campo da carga q, tem o sentido oposto, de
modo que:
1 Q q 1 Q ( L − x) 2 − q x 2
E= − =
4π ε 0 x 2
( x − L) 4π ε 0 x 2 ( x − L) 2
2
r r r
rP = x iˆ rQ = 0 iˆ rq = L iˆ ATIVIDADE 3.2
Então: Suponha agora que a carga q no exemplo 3.2 seja negativa. Qual a intensidade do
r r r r
rP − rQ = x iˆ e rP − rq = ( x − L) iˆ campo no ponto P?
r r
Note que, como x < L , o vetor rP − rq é negativo e o seu unitário vale: ATIVIDADE 3.3
r r
rp − ri x−L ˆ No Exemplo 3.2, calcule o ponto em que o campo elétrico é nulo.
r r = i = −iˆ
| rp − ri | | x − L |
Temos, para os campos elétricos gerados por cada uma das cargas: 3.3 O DIPOLO ELÉTRICO
r 1 Q ˆ r 1 q
EQ = i e Eq = − iˆ
4π ε 0 x 2 4π ε 0 ( x − L) 2 Um dipolo elétrico é constituido por duas cargas elétricas iguais e de sinais
60 61
contrários, separadas por uma distância pequena em relação às outras distâncias Vetorialmente, podemos escrever que:
relevantes ao problema. r+ = y P ˆj − a kˆ
Determinemos uma expressão para a intensidade do campo elétrico no r
r− = y P ˆj + a kˆ,
plano bissetor perpendicular de um dipolo (Figura 3.5). Para isso, vamos começar a
r r
E em um ponto P neste plano bissetor. Antes de mais nada, r y ˆj − a kˆ
calcular o vetor rˆ+ = ++ = P (3.7)
conforme discutimos, vamos escolher um sistema de referência, localizar r y P2 + a 2
vetorialmente as cargas que geram o campo, localizar o ponto de observação e a e
distância que deve ser usada na lei de Coulomb, para cada carga. r
r− y ˆj + a kˆ
rˆ− = = P (3.8)
r− y P2 + a 2
62 63
ou, com a condição acima temos que: 1867) como uma maneira de visualizar o campo elétrico.
Como sabemos, uma carga puntual Q que, cria um campo radial no espaço
r 1 2a q ˆ r
E≅− k à sua volta. Em cada ponto do espaço temos um vetor campo elétrico E , cujo
4π ε 0 y P3
módulo diminui à medida que nos afastamos da carga, conforme mostra a figura
(3.12) 3.6.
distância y P . Observe que esse mesmo resultado poderia ser obtido através da
EXEMPLO 3.3
As linhas de força são linhas contínuas que unem os pontos aos quais o
campo elétrico é tangente. É errado pensar que essas linhas possuem existência
O momento de dipólo elétrico de uma molécula de água é p = 6,2 × 10−30 C.m.
real, algo como fios elásticos ou cordas. Elas apenas ajudam a representar de uma
Calcule o campo elétrico para um ponto y P localizado à 1,0m do dipólo.
forma diagramática a distribuição do campo no espaço e não têm mais realidade do
que os meridianos e os paralelos do globo terrestre.
SOLUÇÃO: Utilizando a equação 3.13 obtém-se que
No entanto, pode-se fazer com que essas linhas tornem-se "visíveis". Se
−30
1 p 1 6,2 × 10 C.m fizermos uma solução de cristais isolantes num líquido viscoso e mergulharmos
E=− = .− = 5,6 × 10 − 20 N / C .
4π ε 0 y P3 4π ε 0 (1,0m )3 nesse líquido vários corpos carregados, os cristais localizados nas proximidades
desses corpos irão formar cadeias ao longo das linhas de força. A figura 3.7 nos
mostra as linhas de força geradas por duas cargas puntiformes, na região do
ATIVIDADE 3.4 espaço próxima a elas.
64 65
r r
r F QE
a= = (3.14)
m m
Figura 3.7: Linhas de força de um campo elétrico gerado por cargas de mesmo
Uma maneira de produzirmos um campo elétrico uniforme consiste em
sinal (positivas; lado esquerdo) e cargas de sinais contrários (lado direito).
colocarmos duas placas planas e paralelas, carregadas com cargas elétricas de
Além de nos fornecer a direção e o sentido do campo elétrico, a densidade
sinais opostos, uma próxima da outra, mas separadas de uma distância menor que
de linhas de força, isto é, o número de linhas de força por unidade de área
as dimensões das placas. Por simetria, podemos ver que, na região entre as placas,
dão informação sobre a intensidade do campo elétrico sobre uma certa
o campo estará sempre dirigido da placa positiva para a negativa. Observe o
superfície. No caso da carga puntiforme, como vemos na figura 3.6, se tomarmos
Exemplo 3.4.
uma superfície esférica de área 4πR 2 , a densidade de linhas sobre essa superfície
será N/4π R 2 , onde N é o número de linhas de força que atravessa a superfície.
EXEMPLO 3.4
Quando uma carga elétrica Q entra em um campo elétrico uniforme, ela Solução: Seja um sistema de coordenadas com origem na posição em que a carga
sofre ação de uma força elétrica constante, cujo módulo é dado pela lei de elétrica entra na região entre as placas, com eixo Oy vertical e com sentido para
Coulomb. Portanto, seu movimento é um movimento acelerado, com um vetor cima (da placa positiva para a negativa); e eixo Ox perpendicular a Oy como
aceleração dado pela segunda lei de Newton: mostra a figura 3.8. O campo elétrico está dirigido de baixo para cima, de modo
que o vetor campo elétrico é:
66 67
= 0 ̂ + 2,40 10 ̂. O vetor velocidade da carga ao se chocar com a placa negativa é:
Então a aceleração da carga está dirigida para cima (a carga é positiva) e vale:
r
v = v x iˆ + v y ˆj = (1,40 iˆ + 0,69 ˆj ) m/s.
O movimento da carga elétrica é idêntico ao de um projétil. O vetor velocidade O ângulo que a velocidade faz com o eixo Ox é:
inicial da carga é:
vy
v = tgθ = = 0,493,
vx
r m
v0 = (v0 ) x iˆ + (v0 ) y ˆj = 1,40 iˆ. o que dá θ=26°,2.
s
1 2 1 ATIVIDADE 3.7
x = (v 0 ) x t = 1,40 t m y= at = 96,0 × t 2 m
2 2
O Exemplo 3.4 sugere um método para separar cargas positivas e negativas de um
Para determinar a velocidade quando a carga se choca contra a placa negativa, feixe de cargas que contém uma mistura delas. Suponha que o feixe seja
temos que calcular o intervalo de tempo entre o instante em que a carga entra no constituído por prótons e elétrons. Se as partículas tiverem a mesma velocidade
campo (t=0) e o instante em que ela se choca (t). Para isso, basta observar que, inicial ao entrar na região entre as placas, onde o campo elétrico é uniforme, qual
quando a carga se choca com a placa negativa, ela percorreu uma distância deles percorrerá maior distância dentro deste campo até se chocar com a placa?
vertical y=d/2. Levando esse valor na expressão de y(t) e resolvendo a equação
para t, obtemos:
t = 2 y / a = 2d / 2 a = d / a .
68 69
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS (Q + q) x 2 − 2Q L x + Q L2 = 0
ATIVIDADE 3.1 que, desenvolvido e com os valores numéricos, dá:
z 2 − 4,0z + 2,0 = 0
O módulo do campo é calculado exatamente da mesma forma que no Exemplo 3.1,
O determinante dessa equação de segundo grau é ∆ = 16 − 8 = 8 e as soluções são:
pois a carga Q , embora seja negativa agora, entra na fórmula em módulo. O que
4+ 8 4− 8
se modifica agora é que a força F é atrativa e, portanto, como o sentido do campo é z1 = = 3,4 e z2 = = 0,59.
2 2
o mesmo da força, o vetor campo elétrico passa a ter sentido de P para a carga Q.
Como z é a distância à carga Q , sua unidade é metro. A primeira raiz da equação
Então:
não satisfaz ao problema porque o ponto com esta coordenada não está entre Q e
r 1 Q
E=− rˆ. q . Logo, a solução procurada é z = 0,59 m.
4π ε 0 r 2
ATIVIDADE 3.2:
ATIVIDADE 3.4
Nesse caso, temos: Para verificar se o ponto y P = 1,0m pode realmente ser considerado distante do
1 Q 1 q a
E= + , dipólo temos de verificar se a razão << 1. Como a molécula de água tem 10
4π ε 0 x 2 4π ε 0 ( L − x) 2 yP
elétrons (oito do oxigênio e dois dos hidrogênios) ela terá 10 cargas positivas. Se o
pois a carga q irá atrair a carga de prova q0 colocada em P. Então:
momento de dipólo elétrico é dado por p = 2aq temos que:
1 Q q 1 Q ( L − x) 2 + q x 2
E= + = . −30
6,2 × 10 C .m
4π ε 0 x 2
( L − x) 4π ε 0 x 2 ( L − x) 2
2 p
a 2q 2 (10 × 1,60 × 10 −19 C )
Desenvolvendo o colchete, obtemos: = = ≅ 10 − 20 << 1 ,
yP yP 1,0m
1 (Q + q ) x 2 − 2Q L x + Q L2
E= .
4π ε 0 x 2 ( L − x) 2 validando o uso da equação 3.13. Como pode se ver, 1,0m é realmente muito
Com os valores numéricos, temos: distante do dipólo elétrico.
ATIVIDADE 3.3
Como as cargas têm o mesmo sinal, o ponto em que a intensidade do campo O vetor campo elétrico deve estar sempre tangente à linha de força no ponto em
elétrico é nula deve estar situado entre as cargas. Seja z a distância deste ponto à questão, no mesmo sentido apontado pela linha de força. Nas regiões onde a
densidade das linhas de força diminui, o tamanho do vetor campo elétrico também
carga Q . Então, como no Exemplo 3.2:
deverá diminuir. Por exemplo, à medida que se afasta das cargas a densidade das
1 Q 1 q
E= − = 0, linhas de força diminui indicando que o valor do campo deve diminuir (e portanto o
4π ε 0 x 2 4π ε 0 ( L − x) 2
tamanho do vetor).
ou ainda:
1 (Q + q) x 2 − 2Q L x + Q L2 O campo elétrico será nulo no ponto médio entre as cargas positivas no lado
E= = 0.
4π ε 0 x 2 ( L − x) 2 esquerdo da figura 3.7 (veja a densidade das linhas de força). Observe, no entanto,
Para que E = 0 , basta que o numerador seja nulo. Assim: que à medida que se afasta das cargas o campo elétrico fica grande e direcionado
radialmente para fora (maior adensamento das linhas de força).
70 71
informações na literatura e compartilhe com seus colegas no fórum.
No caso do dipolo no lado direito da figura 3.7 não há ponto onde o campo seja
nulo. Observe que à medida que se afasta das cargas o campo do dipólo é pequeno EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
e direcionado no sentido da carga positiva para a negativa (novamente observe o
adensamento das linhas de força entre as cargas e sua diminuição longe delas). E3.1) Duas cargas, Q e 2Q são separadas por uma distância R. Qual é o campo
elétrico gerado no ponto em que se localiza cada carga?
Se as cargas fossem negativas no lado esquerdo da figura 3.7 o sentido das setas
ficaria invertido. E3.2) Considerando o raio orbital do elétron em torno do núcleo de Hidrogênio
ATIVIDADE 3.7
PENSE E RESPONDA
PR4.1) A Lua poderia ser usada como uma carga de prova para testar o campo
gravitacional da Terra? Se não, por quê?
PR4.3) Duas cargas q1 e q2 de mesmo módulo estão separadas por uma distância
de 10m. O campo elétrico ao longo da linha que as une é nulo em um certo ponto
entre elas. O que você pode dizer sobre essas cargas? É possível ter campo elétrico
nulo para algum outro ponto, exceto é claro, no infinito.
72 73
AULA 4: CÁLCULO DO CAMPO ELÉTRICO PARA
DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE CARGA EM UMA DIMENSÃO
OBJETIVOS
4.1 COLOCAÇÃO DO PROBLEMA GERAL Figura 4.1: Problema geral do cálculo do campo elétrico
r
Apesar da carga elétrica ser quantizada, podemos falar em distribuição contínua Vamos escrever o campo elementar dEdq gerado pelo elemento de carga dq
de cargas porque o número de cargas em um corpo é muito grande. Vamos discutir
em um ponto P do espaço:
agora como calcular o campo de uma distribuição contínua de cargas no caso
unidimensional. Embora muitos livros textos dêem a ideia de que a força de Coulomb,
r 1 dq
o campo eletrostático e a lei de Gauss (a ser discutida mais tarde) são coisas dE dq = r r rˆ. (4.1)
4π ε 0 | rP − r ' | 2
completamente independentes, isso não é verdade; é sempre a lei de Coulomb que
está fundamentando os três tópicos. A diferença agora é que não estaremos mais
r r
falando de cargas puntiformes, mas aplicando a lei de Coulomb a elementos Note bem que rP − r ' é um vetor de origem no elemento de carga dq e
r
infinitesimais da distribuição, integrando sobre todos eles depois. Nesta etapa, o extremidade no ponto P cuja posição é dada pelo vetor rP . A direção e sentido
conceito fundamental é o Princípio da Superposição. r
do vetor dEdq são dadas pelo vetor unitário:
Outra vez vamos proceder da mesma maneira que fizemos no caso de cargas
r r
puntiformes: escolher um sistema de referência que será um elemento infinitesimal de
r − r'
rˆ = rP r . (4.2)
| rP − r ' |
carga dq arbitrariamente localizado (não use pontos estratégicos; esse elemento
de carga deve estar arbitrariamente localizado, de acordo com o sistema de referência
Para conhecer o campo resultante devemos integrar sobre todos os
que você escolheu). Identifique as três distâncias: rP , a localização do ponto de
elementos de carga (aqui entra o Princípio da Superposição):
observação, r′ , a localização do elemento arbitrário de carga e a distância
entre dq e o seu ponto de observação. A figura 4.1 ilustra essa situação. r r 1 dq
4π ε 0 ∫ (| rP − r ' |) 2
E R ( rP ) = r r rˆ. (4.3)
74 75
b
r x= , (4.7)
dq = ρ ( r ' ) dV ′ a
(4.4) reescreva sua resposta em termos de x e faça a expansão. Algumas expressões
podem ser encontradas no Apêndice D.
r
onde ρ (r ' ) é a densidade volumétrica de cargas (número de cargas por unidade de
r 4.2 CÁLCULO DO CAMPO ELÉTRICO EM DISTRIBUIÇÕES
volume) no ponto de vetor-posição r ' e dV ′ é o elemento de volume (você vai
integrar sobre as variáveis dentro da distribuição de cargas, não sobre um
UNIDIMENSIONAIS DE CARGA
volume arbitrário).
Vamos começar com um exemplo simples que tem como objetivo ressaltar a
Com isso, a expressão mais geral para o campo eletrostático gerado por uma importância de formular corretamente a lei de Coulomb no referencial escolhido. Além
distribuição de cargas contínuas em um ponto cuja posição é especificada pelo vetor disso, vamos mostrar explicitamente que a sua resposta obviamente não pode
r depender da escolha do referencial que você fizer. No entanto, é fundamental formular
rP é:
o problema de forma consistente com sua escolha.
r
r r 1 ρ ( r ' ) dV ′ r r
E ( rP ) =
4π ε 0 ∫ (| rr
P
r
− r ' |) 3
( rP − r ' ). (4.5)
EXEMPLO 4.1
Além dos pontos que já enfatizamos no que se refere a montar o problema, RESOLUÇÃO: Vamos começar formulando o problema em um referencial com origem
para resolver problemas que envolvem o cálculo do campo elétrico de distribuições O na extremidade esquerda da barra e eixo Ox com sentido para a direita, ilustrado na
contínuas de carga, é importante ter familiaridade com os vários elementos de volume
figura 4.2. Seja iˆ o unitário da direção do eixo.
dV ′ que podem aparecer. No caso unidimensional, onde temos uma distribuição
linear de cargas, o elemento de volume dV ′ se transforma em elemento de
comprimento dx’ ; a densidade volumétrica de cargas se reduz à densidade linear λ
(número de cargas por unidade de comprimento).
76 77
As distâncias relevantes ao problema são: Vamos agora resolver o mesmo problema com a origem do referencial no
ponto meio da barra, mostrado na figura 4.3.
a) A distância x′ que localiza dq no referencial em questão;
b) A distância xP + L que localiza o ponto de observação;
c) A distância "da lei de Coulomb" xP + L − x′ , distância entre dq e o ponto de
observação.
r 1 dq
dE dq = iˆ. Da mesma forma que antes, temos:
4π ε 0 ( x P + L − x ′) 2
a) A distância x′ que localiza dq no referencial em questão;
Então:
r 1 L dq b) A distância xP + L/2 que localiza o ponto de observação;
E=
4π ε 0 ∫
0 ( x P + L − x ′) 2
iˆ.
(c) A distância "da lei de Coulomb" xP + L/2 − x′ , distância entre dq e o ponto
Mas dq = λ dx′ . Para integrar, fazemos a transformação de variáveis u = xP + L − x′ , o de observação.
λ xP − du λ −1 xP λ 1 1
4π ε 0 ∫x P + L u 2
=+ u |x +L = − . r 1 + L/2 dq
4π ε 0 ∫− L/2 ( x P + L/2 − x ′) 2
4π ε 0 P 4π ε 0 x P x P + L e: E= iˆ.
r λ L
Finalmente: E= iˆ. A mudança de variável é agora: u = xP + L/2 − x′ , com os limites de integração: para
4π ε 0 x P ( x P + L )
x′ = −l/2 , u = x P + L ; para x′ = + L/2 , u = x P . A integral fica:
Agora vamos fazer um limite cuja resposta conhecemos, para testar o resultado
+ L/2 xP
obtido: sabemos que quando estamos muito longe da barra ( xP >>> L) devemos obter ∫ dx ′ = − ∫ du ,
− L/2 xP + L
78 79
1 λ dx ′
ATIVIDADE 4.1 dE dq = [( x P − x ′) iˆ + y P ˆj ].
4π ε 0 [( x P − x ′) 2 + y P2 ]3/2
Considere que cada metade da barra isolante do Exemplo 4.1 está carregada com
x0 + L dx ′
I2 = ∫ .
x0 [( x P − x ′) 2 + y P2 ] 3/2
RESOLUÇÃO: Este é o caso mais geral que podemos construir. Note a posição
genérica do sistema de referência e do ponto de observação. Uma nova substituição de variáveis: u = y P tg θ tal que du = y P sec 2 θ dθ
a) Localização do ponto P : x P iˆ + y P ˆj u
onde θ = arctg
b) Localização de dq : x′iˆ yP
80 81
Assim:
u1 − du θ − y sec 2 θ dθ θ − y sec θ dθ
2
Uma nova substituição de variáveis: u = y P tg θ tal que du = y P sec 2 θ dθ
∫u0 (u + y P )
22 3/2
= ∫ 2 2 P2
θ1 ( y
P tg θ + y P )
2 3/2
=∫2 3P 2
P tg θ + 1)
θ1 y (
u
onde θ = arctg
yP
tg θ + 1 = sec 2 θ temos que:
2
Lembrando que u0 u1
nos dá os seguintes limites de integração: θ 1 = arctg , θ 2 = arctg
yP uP
1 θ2 − dθ 1 θ2 1 θ
= ∫θ = ∫θ − cos θ dθ = senθ |θ 2 .
y P2 1 secθ y P2 1 y P2 1
u2 − u du θ − y tgθ sec θ dθ
2 2
θ2 − y P2 tgθ sec 2θ dθ
Assim a integral fica: ∫u1 (u + y P )
2 2 3/2
= ∫ 2 2P 2
θ1
( y P tg θ + y P2 ) 3/2
= ∫θ
1 y P3 ( tg 2 θ + 1) 3/2
Como tg θ = u/y P , sabemos que senθ = u/ u 2 + y P2 . Assim:
tg θ + 1 = sec 2 θ temos que:
2
Lembrando que
x P − x0 x P − ( x 0 + L)
senθ 1 = e senθ 2 =
( x P − x0 ) + y 2 2
[x P − ( x0 + L)]2 + y P2 1 θ2 − tgθ sec 2θ dθ 1 θ2 − tgθ dθ 1 θ2 1 θ
∫θ ∫θ ∫θ − senθ dθ = cos θ |θ 2 .
P
= = =
yP 1 sec 3θ yP 1 secθ yP 1 yP 1
Assim obtemos:
x P − x0 + L
x0 + L dx ′ u2 − du 1 u Como tg θ = u/y P , sabemos que cosθ = y P / u 2 + y P2 . Assim:
I2 = ∫ = ∫ = 2
x0 [( x P − x ′) 2 + y P2 ]3/2 u1 (u 2 + y P2 ) 3/2 yP u 2 + y P2 x P − x0
yP yP
cos θ1 = e cos θ 2 = .
1 x P − ( x0 + L) x P − x0 ( x0 − x P ) + y 2 2
[( x0 + L) − x P ]2 + y P2
I 2 = 2 [senθ 2 − senθ1 ] = 2
1
− . P
yP yP
[x P − ( x 0 + L ) ] + y P ( x P − x 0 ) + y P
2 2 2 2
x0 + L ( x P − x ′) dx ′ u2 − u du 1 θ
I1 = ∫ = ∫ = cos θ |θ 2 ,
x0 [( x P − x ′) 2 + y P2 ]3/2 u1 (u 2 + y P2 ) 3/2 y P 1 Então o resultado final para as componentes do campo elétrico nos dá:
Essa integral pode ser calculada com uma tabela de integrais ou seguindo os passos
indicados a seguir.
82 83
RESPOSTA COMENTADA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
λ 1 1
Ex = −
4π ε 0 [( x + L) − x ]2 + y 2 ( x 0 − x P ) 2 + y P2
0 P P
ATIVIDADE 4.1
e:
O elemento diferencial de campo gerada pelas duas metades é:
λ x P − ( x0 + L)
x0 − x P r 1 λ1dx ' ˆ
Ey = − . dE dq = i 0 ≤ x ≤ L/2
4π ε 0 y P [x P − ( x0 + L)] + y P ( x0 − x P ) + y P
2 2 2 2 4π ε 0 ( x P − x ′) 2
e
λ1 u = x − L/2 λ u =x −L
Calcular o campo de um fio semi-infinito que se estende de x0 até ∞ . = u −1 |u12= x P iˆ + 2 u −1 |u12= x P − L/2 iˆ,
4π ε 0 P 4π ε 0 P
ou:
r λ L/2 λ L/2
ATIVIDADE 4.3 E= 1 iˆ + 2 iˆ.
4π ε 0 x P ( x P − L/2) 4π ε 0 ( x P − L/2)( x P − L)
Calcular o campo gerado por um fio infinito em um ponto P( x P , y P ) .
Podemos reescrever a resposta em termos das cargas totais Q1 = λ1 L/2 e Q2 = λ2 L/2 :
r 1 Q1 1 Q2
E= iˆ + iˆ.
4π ε 0 x P ( x P − L/2) 4π ε 0 ( x P − L/2)( x P − L)
Note que se xP >> L , então teremos:
r 1 Q1 + Q2 ˆ
E→ i.
4π ε 0 x P2
Se as cargas forem opostas, para pontos muito distantes da barra o campo será nulo.
Isso não acontece fora desse limite, pois o tamanho da barra vai ter o papel de
"desbalancear" as contribuições positiva e negativa, uma vez que uma delas estará
mais distante de xP .
84 85
ATIVIDADE 4.2 Aqui precisamos ter cuidado: como x0 é um número negativo, vemos que:
Para obtermos o campo em um ponto P( x P , y p ) basta tomar, na expressão geral do
( x0 − x P )
P
Da componente x sobra apenas o segundo termo entre parênteses, o primeiro tende a 1 + 1 +
zero. Então: ( x0 − x P ) ( x0 − x P )
λ 1 pois o denominador será positivo nesse limite. Portanto:
Ex = iˆ ( L → ∞).
4π ε 0 ( x0 − x P ) 2 + y P2
λ λ λ
Ey = [1 − ( −1)] = 2 = .
4π ε 0 y P 4π ε 0 y P 2π ε 0 y P
Para calcular E y neste limite, notemos que:
[( x0 + L) − x P ] = [( x0 + L) − x P ] = 1.
lim lim
L →∞
[( x0 + L) − x P ]2 + y P2 L→∞
2 PENSE E RESPONDA
[( x0 + L) − x P ] 1+
yP
[
0( x + L ) − x ]
P
PR4.1) O que é um quadrupolo elétrico? Faça um desenho da configuração das cargas.
ATIVIDADE 4.3
Para obter este resultado devemos fazer, no resultado da Atividade 4.2 o limite de
λ 1
Ex ,∞ = lim =0
x0 →0 4π ε 0 ( x0 − xP ) 2 + yP2
λ ( x0 − x P )
E y , ∞ = lim 1 −
x0 →∞ 4π ε y ( x0 − xP ) 2 + y P2
0 P
86 87
A densidade volumétrica de cargas se reduz à densidade superficial σ
(número de cargas por unidade de área).
AULA 5: CÁLCULO DO CAMPO ELÉTRICO PARA
DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE CARGA EM DUAS E TRÊS (c) Distribuição volumétrica de cargas: o elemento de volume dV ′ pode
DIMENSÕES ser expresso das seguintes por
• CALCULAR O CAMPO ELÉTRICO PARA QUALQUER DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DE CARGA • dV ′ = ρ dρ dφ dz para coordenadas cilíndricas, figura 5.2b;
• IDENTIFICAR E EXPRESSAR OS ELEMENTOS DE SUPERFÍCIE E DE VOLUME
88 89
r λ R dθ ′
EXEMPLO 5.1 dE dq = cos φ kˆ.
4π ε 0 ( R 2 + z P2 ) 2
Considere uma espira metálica de raio R carregada com uma carga total Q
positiva, como mostra a figura 5.1. Calcule o campo elétrico no eixo que passa pelo r r λ 2π R dθ ′
Tal que E anel ( z P ) = ∫ dE dq = ∫ cos φ kˆ.
centro da espira. 4π ε 0 0 ( R 2 + z P2 ) 2
r λR 2π zP
Como cos φ = z P / R 2 + z P2 vem: ∫ dE = ∫ dθ ′ kˆ.
4π ε 0 ( R 2 + z P2 ) 3/2
dq
0
r λ 2π R z P Q zP
E anel ( z P ) = kˆ = kˆ. (5.1)
4π ε 0 ( R 2 + z P2 ) 3/2 4π ε 0 ( R 2 + z P2 ) 3/2
Note que o campo na origem zP = 0 é nulo, como seria de se esperar por simetria.
90 91
EXEMPLO 5.2
Atividade 5.2
Consideremos um aro uniformemente carregado, com densidade superficial de
Qual é a força exercida sobre uma carga q=10,0 μC colocada à distância de 1,0 m do
carga λ > 0 , e calcule o campo elétrico na origem do sistema de coordenadas da figura anel do Exemplo 5.2, supondo esta carga de 6,0 μC?
5.2.
EXEMPLO 5.3
SOLUÇÃO: Aqui novamente por simetria, o campo na direção x se anulará, visto que
haverá um elemento que gera um campo na direção de y negativo. Devemos calcular
então:
λ R dθ ′
| dE dq |= − ,
4π ε 0 R 2
Figura 5.3: Campo elétrico gerado por um disco carregado.
ou:
r λ R dθ ′cos θ ′ λR
∫ cos θ ′ dθ ′ ( −iˆ)
4π ε 0 R 2 ∫
E= ⋅ (−iˆ) = SOLUÇÃO: Tendo identificado todos os elementos essenciais ao nosso cálculo na
4π ε 0 R2 figura, notemos ainda que, outra vez, por simetria, teremos apenas resultado não nulo
para o campo na direção ẑ . A carga total no disco é Q = πR 2σ tal que dq = σ r ′dr ′dθ ′.
r Rλ λ
E ( x P = 0, y p = 0) = +
+ π/3
sen θ ′ −π/3 ( −iˆ) = + [sen(π/3) − sen(−π/3)](−iˆ), , O elemento infinitesimal de campo é:
4π ε 0 R 2 4π ε 0 R
σ r ′dr ′dθ ′
| dE dq |= .
r λ 3 1,73λ 4π ε 0 (r ′ 2 + z P2 ) 2
E ( x p = 0, y p = 0) = (−iˆ) = (−iˆ). (5.3)
4π ε 0 R 4π ε 0 R
92 93
r σ r ′dr ′cos φ dθ ′
Tal que o campo é dado por E(z P ) = ∫ zˆ.
4π ε 0 ( r ′ 2 + z P2 ) 2
r σ 2π R r ′dr ′
E como cosφ = y P / r ′ 2 + z P2 : E(z P ) = ∫ dθ ′ ∫ zˆ.
4π ε 0 0 0 ( r ′ 2 + z P2 ) 3/2
A integração em θ ′ pode ser feita imediatamente e dá um fator 2π . A integral é Figura 5.4: Disco plano com distribuição superficial de carga homogênea.
simples:
2πσ
R
r ′d r ′ 1 dq r dr
E ( z P ) = ∫ dE = ∫r 4π ε 0 ∫0 (r 2 + z P2 ) 3 / 2
R 1 R 2 + z 2 du R2 + z2 = .
∫0 (r ′ + z P )
2 2 3/2
= ∫ 2 P 3/2 = −u 1/2 | 2 P
2 P
z u zP 4π ε 0 2
Finalmente, substituindo na expressão para o campo. Vem: Esta integral foi feita no Exemplo 4.3. O resultado então é:
r σ zP r σ zP
E(z P ) = 1 − zˆ. (5.4) E( z P ) = 1 − zˆ. (5.5)
2ε 0 R 2 + z P2 2ε 0 R + z P2
2
Atividade 5.4
Atividade 5.3
Qual seria o valor do campo elétrico caso R >> z P ? Nesse caso você poderia
Calcule o campo elétrico para pontos muito distantes do disco do exemplo 5.3
considerar o disco como um plano infinito de cargas?
EXEMPLO 5.4
SOLUÇÃO ALTERNATIVA PARA O PROBLEMA DO DISCO CARREGADO
5.3 CÁLCULO DO CAMPO ELÉTRICO EM DISTRIBUIÇÕES DE CARGA EM
TRÊS DIMENSÕES
Ao invés de resolvermos o problema com a integração direta do campo como acima,
podemos resolver o problema dividindo o disco em elementos de área dσ, constituidos O exemplo 5.5 mostra a dificuldade de calcularmos o campo elétrico de
por anéis de raio r e espessura dr como mostrado na Figura 5.4. distribuições contínuas de carga, por causa das integrais (no caso mais geral, triplas)
que aparecem durante o cálculo e exigem muito trabalho. É possível evitar ter que
O elemento de área do anel é: da = ( 2π r ) dr efetuar essas integrais e resolver o mesmo problema em algumas linhas efetuando no
máximo uma integral unidimensional. O que nos proporciona isso é a lei de Gauss, que
veremos na próxima unidade.
94 95
Então, até como motivação para aprender a lei de Gauss, vamos antes disso vem:
mostrar como resolver o problema da esfera uniformemente carregada pelos métodos r r
rP − r = −r senθ cos φ iˆ − r senθ senφ ˆj + (rP − r cos θ ) kˆ.
que já aprendemos. Depois vamos ver como a lei de Gauss simplifica tudo.
EXEMPLO 5.5
Coulomb.
Assim, de acordo com a equação (5.6) o elemento de campo elétrico gerado por
r r
r r onde: rP − r = [rp2 + r 2 − 2 rP r cosθ ]1/2
r 1 dq rP − r
dE dq = r r 2 r r . (5.6)
4π ε 0 | rP − r | | rP − r |
e: dV = r 2 dr senθ dθ dφ
r r
O módulo do vetor rP − r pode ser escrito em termos das cordenadas esféricas. A
figura 5.6 ilustra o sistema de coordenadas utilizado. Como: é o elemento de volume em coordenadas esféricas. Podemos agora verificar
r explicitamente que os campos nas direções x e y se anulam. Para isso, escreva a
r = rsenθ cos φ iˆ − r senθsenφ ˆj + r cosθ kˆ.
r
e componente do elemento dE dq na direção x e o integre sobre o volume da esfera:
r
rP = rP kˆ
96 97
r R π 2π 1 ρ r 2 senθ Depois de usar a equação 5.7 no denominador:
E x = ∫ dE dq • iˆ = ∫ dr ∫ dθ ∫ [−r senθ cos φ ] dφ
0 0 0 4π ε [r + r − 2 r r cos θ ]3/2
2 2
0 p P
Então, o que nos resta é calcular Ez . Entretanto, o cálculo desta integral é muito
trabalhoso, como você verá a seguir. r 2 senθ (rP − r cos θ ) r dt t dt r 1 t
dθ = 2 [ + ]= 2 [ + ] dt
[r p2 + r 2 − 2 rP r cos θ ]3/2 [rp + r 2 + t ]3/2 2 4r p2 [rp + r 2 + t ]3/2 2 4rp2
A integral Ez que desejamos é:
98 99
( r + rP ) 2
( r + rP ) 2 (rP2 − r 2 ) 1 (r 2 − r 2 ) 1
Tal que I1 (r ) = ∫ 2 3/2
+ 1/2 du = P 3/2 + 1/2 E vemos portanto que o campo elétrico cresce para pontos dentro da esfera à
( r − rP ) u u u u
( r − rP ) 2
medida que a carga interna à superfície esférica onde se encontra rP vai
crescendo.
(r 2 − r 2 ) (r 2 − r 2 )
= 2− P + (r + rP ) + P − | rP − r |,
( r + rP ) | rP − r | Um gráfico do campo elétrico obtido, como função da distância a partir da origem é
mostrado na Figura 5.6. Note que o campo elétrico é contínuo para rP = R , conforme
onde | rP − r |= (rP − r ) . É preciso ter muito cuidado com as duas raízes. Portanto é
2
pode ser testado das duas expressões obtidas para ele, dentro e fora da esfera.
r − r 8r se rP > r
I1 (r ) = 4r 1 + P = (5.7)
| rP − r | 0 se rP < r
ATIVIDADE 5.5
ρ R r ρ 4R 3 1 Mostre que o campo elétrico é contínuo em rP = R .
Ez =
2ε 0 ∫0 4rP2
[8r ] dr =
ε 0 12 rP2
ou,
q
Ez = , (5.8)
4πε 0 rP2
se q = ρ 4πR 3 /3 .
Para pontos internos, temos que rP está entre zero e R ; portanto devemos
dividir a integral em duas partes e notar que a contribuição para r > rP é nula,
enquanto que para 0 < r < R , I ( r ) = 8r . Portanto:
ρ rP r ρ R ρ rP q rp
Ez =
ε0 ∫
0 4 rP2
[8r ] dr +
ε0 ∫rP
0 dr =
3ε 0
.=
4πε 0 R 3
(5.9)
100 101
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS A direção da força é radial e o sentido, do meio do aro para o centro (note o sinal
negativo na fórmula do campo elétrico e como o vetor unitário i está dirigido).
Atividade 5.1
Atividade 5.3
5.4 fazendo o limite para para z P >> R . O parâmetro adimensional que caracteriza
r r r qQ
F = qE = E ( z P ) = kˆ .
4π ε 0 z 2
P
essa condição é:
R
x= << 1.
zP
Atividade 5.2
zP zP 1
Reescrevendo: = = .
( R 2 + z P2 )1/2 z P2 (1 + x 2 )1/2 (1 + x 2 )1/2
A força exercida pela carga no arco é:
2
r r r 1,73λ ˆ Usando a expansão em série de Taylor para x << 1 dada no Apêndice D, obtemos
F = qE = E ( x = 0, y = 0) = − (i )
4π ε 0 R imediatamente:
r σ zP σ 1 σ x2
E(z P ) = 1 − zˆ. = 1− 2 1/2
zˆ = 1 − (1 − ) zˆ = 0
Como conhecemos a carga Q=6,0 μC, temos, na equação acima, ou substituir λ por 2ε 0 R + z
2 2 2ε 0 (1 + x ) 2ε 0 2
P
QL, sendo L o comprimento do aro, ou calcular λ com λ = Q/L. Vamos fazer a segunda
opção. O comprimento do aro é dado por L = Rθ, sendo θ o ângulo subentendido pelo
Atividade 5.4
aro no seu centro. Notemos que o ângulo θ é medido em radianos. Assim, como
θ=120° e R=1,0 m, temos:
Com a condição dada que R >> z P o campo elétrico será
σ σ
π
[1 − 0] zˆ = σ zˆ
r zP
L=R × 120 0 = 2,09 m. E(z P ) = 1 − zˆ =
180 0
2ε 0 R 2
+ z P2 2ε 0 2ε 0
Atividade 5.5
Então: Você não encontrará resposta para essa atividade.
9,0 × 10 9 × 1,73 × 2,8 × 10 −6 Nm
F= = 4,4 × 10 4 N .
1,0 m
102 103
PROBLEMAS P2.8) Um elétron com velocidade v = 5,0 ×108 m/s é lançado paralelamente a um
P2.3) Qual deve ser o valor da carga elétrica se o campo gerado por ela vale 4,0 N/C à
distância de 70 cm dela?
P2.4) Uma carga elétrica -5q é colocada à distância a de outra +2q. Em que ponto ou
pontos da linha reta que passa pelas cargas o campo elétrico é nulo?
Figura 3.10 – Elétron no campo uniforme entre duas placas
P2.5) A figura 3.9 representa um quadrupólo elétrico. Ele é composto por dois dipólos A velocidade inicial do elétron é v = 6,0 × 106 m/s e o ângulo de lançamento é θ = 45 °.
com momentos opostos. Se E = 2,0 × 103 N/C, L =10,0 cm e d =2,0 cm, (a) o elétron se choca contra alguma
das placas? (b) se sim, qual e a que distância do lançamento ele se choca?
P2.6) Duas pequenas esferas possuem uma carga total +140 μC. (a) Se elas se
repeliriam com uma força de 60 N quando separadas de 0,60 m, quais são as cargas
das esferas? (b) se elas se atraem com uma força de 60 N, quais as cargas em cada
uma delas?
104 105
UNIDADE 3
106 107
AULA 6: LEI DE GAUSS Devido ao fato do campo decair com 1/r 2 , os vetores ficam menores quando
nos afastamos da origem; mas eles sempre apontam para fora, no caso de q ser uma
OBJETIVOS carga positiva. As linhas de força nada mais são do que as linhas contínuas que dão
suporte a esses vetores. Podemos pensar de imediato que a informação sobre o campo
• ENUNCIAR A LEI DE GAUSS
elétrico foi perdida ao usarmos as linhas contínuas. Mas não foi. A magnitude do
• DEFINIR FLUXO ELÉTRICO E RELACIONÁ-LO COM A DENSIDADE DE LINHAS DE FORÇA campo, como já discutimos, estará contida na densidade de linhas de força: ela é
maior mais perto da carga e diminui quando nos afastamos dela, pois a densidade de
• MOSTRAR QUE CARGAS ELÉTRICAS EXTERNAS À SUPERFÍCIE DA GAUSS NÃO
CONTRIBUEM PARA O CAMPO ELÉTRICO linhas de força diminui com N/4πR 2 , onde N é o número de linhas de força, que é o
mesmo para qualquer superfície lembre-se que A = 4πR é a área da superfície da
2
esfera.
6.1 FLUXO DO CAMPO ELÉTRICO Em outras palavras: duas superfícies esféricas com centros na carga, uma com
raio R1 e outra com raio R2 ,( R1 < R2 ) são atravessadas pelas mesmas linhas de força.
Vamos começar com uma abordagem intuitiva. O caso mais simples possível é No entanto, a densidade de linhas de força, definida como o número de linhas por
o de uma carga puntiforme q situada na origem de um referencial. O campo por ela unidade de área, é maior sobre as esferas menores. Como a área cresce com o
quadrado do raio, o campo decresce da mesma forma, isto é, com o quadrado da
gerado a uma distância r é dado por:
distância à fonte. Ou seja, se R1 < R2 temos que ( N/4πR12 ) > ( N/4πR22 ) e como
E ∝ N/4π R 2 , concluimos que E1 > E 2 .
r 1 q
E= rˆ.
4π ε 0 r 2 Neste ponto, cabe uma observação conceitual importante: a
discussão acima mostra que a dependência do campo elétrico com o inverso
do quadrado da distância é consequência da maneira de como ele se propaga
Na figura 6.1 estão representados alguns vetores da intensidade do campo elétrico em no espaço livre.
alguns pontos gerado pela carga + q .
Como podemos quantificar essa idéia, que parece importante e nos diz "quantas
linhas de força" atravessam uma dada superfície S? As aspas referem-se ao fato de
que, obviamente o número de linhas de força é infinito, mas sua densidade, isto é, o
número de linhas de força por unidade de área, é finito.
r
A quantidade procurada, é denominada fluxo do vetor E através da
superfície A e definida como:
r
Φ E = ∫ E • nˆda (6.1)
S
108 109
em primeiro lugar, ele não é paralelo a nenhum dos eixos de coordenadas; em
segundo lugar, ele varia de ponto a ponto no espaço e seu valor depende da
coordenada y do ponto considerado.
Note que, na expressão 6.1, o produto escalar leva em conta apenas a Seja a face AEFC, que é perpendicular ao eixo Oy. Para ela, nˆ = − ˆj e o fluxo é:
r
componente de dE perpendicular ao elemento de área da ; em outras palavras, é r
r Φ 1 = ∫ E ⋅ nˆ da = ∫ (3,0 iˆ + 2,0 y ˆj + 2,0 kˆ) • (− ˆj ) da = ∫ − 2,0 y da = −2,0 y ∫∫ dx dz
apenas a área no plano perpendicular a E que levamos em conta quando S
EXEMPLO 6.2
Φ 1 = −2,0 ( N / Cm ) × 2,0 m ∫∫ dx dz = −4,0 a 2 ( N / C ) m 2 = −16,0( N / C ) m 2 .
CÁLCULO DO FLUXO DO CAMPO ELÉTRICO
r Seja agora a face BDGH, que também é perpendicular ao eixo Oy. Para ela, nˆ = ˆj e o
Calcule o fluxo do campo elétrico, dado por E = 3,0iˆ + 2,0 yˆj + 2,0 kˆ N/Cm através de
fluxo é:
um cubo de lado a=2,0m, figura 6.5, tal que sua face seja paralela ao plano xz e
r
situada à distância de 2,0 m deste plano. Φ 2 = ∫ E ⋅ nˆda = ∫ (3,0iˆ + 2,0 yˆj + 2,0kˆ) • ( ˆj ) da = ∫ 2,0 y da = 2,0 y ∫∫ dx dz
S
Sobre a face BDGH a coordenada y não varia e tem o valor y=4,0m. Então:
110 111
Na face FGDC temos nˆ = −iˆ . Então: ATIVIDADE 6.2
Determine qual é o fluxo do campo elétrico através das três superfícies da figura 6.5.
Φ 4 = ∫ (3,0iˆ + 2,0 yˆj + 2,0kˆ) • (−iˆ)da = −3,0 ( N / C ) ∫∫ dy dz = −12,0 ( N / C )m 2
O fluxo total é:
Φ = 16,0( N / C )m 2 .
r
Seja o vetor E = 3,0iˆ + 2,0 ˆj N/C atravessando um paralelepípedo da figura 6.4, de
lados a=3,0 cm, b=2,0 cm e c=2,5 cm. Calcule o fluxo do campo elétrico através do
paralelepípedo.
6.2 A LEI DE GAUSS
Vimos que as linhas de campo que se originam numa carga positiva, precisam
atravessar uma superfície ou morrer numa carga negativa dentro da superfície. Por
outro lado, a quantidade de carga fora da superfície não vai contribuir em nada para o
fluxo total, uma vez que as linhas entram por um lado e saem por outro. Essa
argumentação claramente sugere que o fluxo através de qualquer superfície
Figura 6.4 : Paralelepípedo atravessado por campo elétrico. fechada seja proporcional à CARGA TOTAL dentro dessa superfície. Esta é a
essência da lei de Gauss.
112 113
Vamos torná-la quantitativa, então: no caso da carga puntiforme: o módulo do campo elétrico é constante e normal à
campo elétrico;
3 - Definimos o vetor unitário normal à essa área; uma esfera, como ilustra a figura 6.6. Não vamos precisar de sua forma diferencial.
r
4 - Fazemos o produto escalar entre E e n̂
r
Φ = ∫ E • nˆ da = ∫ E cos θ da, (6.5)
S S
Assim: nˆ da = rˆ (r senθ dφ ) dθ ,
A que simetria nos referimos acima? Aquelas, por exemplo, como a que vimos
114 115
e o campo elétrico para uma carga puntiforme é:
Atividade 6.3
r 1 q
E= rˆ Verifique a lei de Gauss para o caso de uma carga puntiforme negativa q.
4π ε 0 r 2 (6-6)
Então:
r 1 q Atividade 6.4
E • nˆ da = rˆ • n da,
4π ε 0 r 2 No exemplo 6.2, qual deve ser a condição para que o fluxo elétrico através do cubo
seja nulo?
r 1 q q
∫E • nˆ da = 4π ε ⋅ 4π r 2 = . A força elétrica que atua sobre uma carga de prova q 0 colocada em um ponto P, é
0 r2 ε0
dada por:
Inversamente, poderíamos ter descoberto o campo elétrico, sabendo apenas que, por r r 1 qq0
simetria ele deve ser constante sobre superfícies esféricas concêntricas com q . Vamos F = q0 E = rˆ
4π ε 0 r 2
ver como funciona:
r que é exatamente a expressão para a lei de Coulomb.
∫ E • nˆ da = E ∫ da =| E | 4π r 2 .
sup. de raio r idem
Usando a lei de Gauss, sabemos que o fluxo calculado tem que ser igual à carga total elétrico gerado por ela. Segundo a lei de Gauss, o fluxo do campo elétrico em
uma região finita do espaço é gerado por uma carga ou uma distribuição de
dentro da esfera, q dividida por ε 0 . Então E ⋅ 4π r 2 = q/ε 0 , finalmente:
cargas elétricas. Ela está portanto, diretamente ligada ao conceito de campo
1 q elétrico. Isso não ocorre com a lei de Coulomb, onde a interação entre as
E=
4π ε 0 r 2 cargas é feita sem nenhum agente intermediário.
Note que, devido ao produto escalar, a lei de Gauss não nos diz nada sobre a Encontramos um caso semelhante na Mecânica, onde a lei de gravitação
direção do campo, apenas sobre o seu módulo. Mas nos casos em que é descreve a interação gravitacional direta entre duas massas, enquanto que o campo
interessante usar a lei de Gauss, como neste, sabemos por simetria, a direção do gravitacional gerado por uma massa ou distribuição de massas é relacionado com
v
campo. Por exemplo, no caso de distribuições esféricas, a direção será radial. estas massas pelo fluxo do vetor campo gravitacional g que nada mais é que o fluxo
do vetor aceleração da gravidade.
116 117
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
opostos, os produtos escalares do campo pelas normais terão sinais opostos. Além esfera condutora da questão anterior?
disso, o campo elétrico em cada uma delas é o mesmo (mesmo módulo, direção e PR6.3) Qual seria o fluxo elétrico através de uma superfície envolvendo um dipolo
sentido). Portanto, a soma dos fluxos nestas duas superfícies dará o resultado nulo. elétrico?
ATIVIDADE 6.2
No caso do campo gerado por uma carga negativa, nˆ = −rˆ . A equação 6-4 fica:
r 1 q
E=− rˆ.
4π ε 0 r 2
A partir daí, todas as equações se repetem com o sinal negativo, indicando que o
sentido do campo é para dentro da superfície de Gauss. Então o fluxo é negativo. Mas
a expressão do módulo do campo elétrico não tem sinal negativo!
ATIVIDADE 6.3
O fluxo não é nulo por causa da componente y do campo elétrico; ela cresce com a
distância ao plano xz. Portanto, para que o fluxo seja nulo, é preciso que, ou a
componente y do campo seja nula. Ou que ela seja independente da distância ao plano
xz.
ATIVIDADE 6.4
118 119
r
AULA 7: APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS ∫ E ⋅ nˆda = E ⋅ 4π R
2
P .
S
4
• APLICAR A LEI DE GAUSS PARA O CÁLCULO DO CAMPO ELÉTRICO q = ρ ⋅ π R3.
3
Para evitar a confusão que costuma acontecer vamos sempre identificar a área 1 q
E= . .
4π ε 0 R P2
relativa à lei de Gauss com o índice P como fizemos anteriormente, P sendo o
"ponto de observação".
Primeiramente vamos calcular o campo elétrico para pontos exteriores à esfera. Note que R , o raio da distribuição de cargas NÃO COINCIDE com o raio
A figura 7.1 ilustra a superfície de Gauss escolhida. da superfície de Gauss. O erro comum é o uso de uma única letra R para
todos os raios envolvidos no problema (nunca faça isso com as leis da
Física!). Tente perceber o que elas de fato são e depois em como expressar esse
conteúdo matematicamente).
O campo será radial e seu módulo será constante sobre superfícies esféricas
concêntricas com a distribuição. Então, podemos escrever:
120 121
7.2 APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS
Vejamos agora como aplicar a Lei de Gauss para diferentes situações que
envolvem uma distribuição de cargas com simetria.
EXEMPLO 7.1
Desenvolvendo a lei de Gauss fica: Como vimos anteriormente, em materiais condutores as cargas se concentram na
superfície dos mesmos; então não temos cargas no interior da esfera.
r q( R p )
∫ E ⋅ nˆda =
S ε0
ou:
ρ 4 3
E ⋅ 4π RP2 = ⋅ πR .
ε0 3 P
Finalmente:
ρ
E= RP . Figura 7.3: Superfície de Gauss para uma esfera metálica.
3ε 0
122 123
arbitrária de raio RP . Então (Figura 7.3): cada elemento infinitesimal de volume do fio que escolhermos, tem um simétrico em
relação a P; dessa forma, a componente do campo elétrico paralela ao fio se anula,
Q
E ⋅ 4π RP2 = , restando apenas a componente perpendicular ao fio.
ε0
Para pontos fora do fio, a superfície de Gauss será um cilindro concêntrico ao fio,
ou: como mostra a figura 7.5:
1 Q
E= .
4π ε 0 RP2
ATIVIDADE 7.1
Resolva o exemplo 7.1 para uma esfera com carga negativa. Use a Lei de Gauss para
mostrar que o campo no interior da esfera é nulo.
EXEMPLO 7.2
Note que a simetria existe porque o fio é infinito; para um fio finito, as suas
extremidades impedem a existência sempre de um simétrico a qualquer
CAMPO GERADO POR FIO RETILÍNEO INFINITO
elemento de volume do fio. Perto dessas extremidades, portanto, o campo
Considere agora um fio retilíneo de comprimento infinito, raio R e densidade não é mais uniforme e dirigido perpendicularmente ao fio.
volumétrica de cargas ρ como na figura 7.4. Usando a lei de Gauss calcule o campo
Uma vez escolhida a superfície de Gauss, calculamos a carga interior a ela:
elétrico para pontos no interior e no exterior do fio.
q = ρ ⋅ π R 2 ⋅ L.
124 125
Note que RP ≠ R . Resolvendo a equação acima para o campo: se negativamente carregada. Qual é o raio dessa coluna de ar se as moléculas que a
obter sua ordem de grandeza, ao aproximá-la por uma linha de cargas como ilustra a
e figura 7.7.
ρ
E ⋅ 2π R p L = π R p L
2
ε0
ρ
E= Rp
ε0
ATIVIDADE 7.2 campo fica cada vez maior a partir daí na direção horizontal e no sentido de fora para
EXEMPLO 7.3 λ
ou: E= ,
2π ε 0 rP
Que tal agora um pouco mais de física?
Portanto, para obter o raio da coluna temos:
Uma coluna de ar de comprimento L e densidade linear λ = −1,2 × 10 −3 C/m encontra-
126 127
λ 1,2 × 10 −3 C/m e
rP = = = 5,4 m.
2π ε 0 E (2π )(8,85 × 10 −12 C 2 /Nm 2 )(4 × 10 6 N/C ) r
E ⋅ n̂ = 0 (na superfície).
(na direção perpendicular à tampa do cilindro). Vemos que esse campo é uniforme.
SOLUÇÃO: Se o plano é infinito, a simetria nesse caso é uma simetria linear e o
campo deve estar orientado perpendicular ao plano. Não há como produzir
componentes paralelas ao plano, elas vão se cancelar sempre.
Uma observação sobre fios e superfícies infinitas. É óbvio que tais
sistemas não podem existir fisicamente. Entretanto, os resultados obtidos
com eles ainda são aplicáveis na prática. Para isso, basta considerarmos o
campo em pontos suficientemente próximos do fio ou da superfície, para que
as dimensões deles sejam consideradas muito maiores que a distância do
ponto em que se calcula o campo até eles.
EXEMPLO 7.5
A figura 7.9 mostra uma carga + q uniformemente distribuída sobre uma esfera não
Figura 7.8: Superfície de Gauss
condutora de raio a que está localizada no centro de uma casca esférica condutora de
raio interno b e raio externo c . A casca externa possui uma carga − q . Determine
A superfície de Gauss será o cilindro indicado na Figura 7.8, de raio RP e
E (r ) :
comprimento LP . A carga dentro do cilindro considerado é: q = σ A , sendo A a área
a) No interior da esfera ( r < a ) ;
correspondente à base do cilindro.
b) Entre a esfera e a casca ( a < r < b ) ;
O campo elétrico é perpendicular às bases e paralelo à superfície do cilindro,
por isso: c) Dentro da casca (b < r < c ) ;
r
E ⋅ nˆ = E (nas bases) d) Fora da casca ( r > c ) ;
128 129
e) Que cargas surgem sobre as superfícies interna e externa da casca? q RP
ou: E= (0 < r < a )
4π ε 0 a 3
Para a < r < b , a carga no interior de qualquer superfície gaussiana esférica será igual
a q . Pela lei de Gauss, temos:
q
E ⋅ 4π RP2 = .
ε0
q
Ou: E= ( a < r < b)
Figura 7.9: Esferas carregadas concêntricas. 4π ε 0 RP2
Mas sabemos que para E = 0, deve haver uma superposição do campo gerado pela
esfera interior com o campo devido à parte interna da casca condutora. Seja RP o raio
da superfície gaussiana e seja q′ a carga gerada em r = b . A lei de Gauss nos
q + q′
E ⋅ 4π R P2 = . (b < r < c )
ε0
Para r<a a carga contida dentro da superfície desenhada é:
A lei de Gauss sobre a superfície desenhada (Figura 7.10) nos fornece: toda ela vai se mover para a superfície interna da casca condutora. Então, o campo
elétrico para pontos fora do conjunto, isto é r > c , será nulo, uma vez que a soma das
3
q ( RP ) q RP
E ⋅ 4πR =
2
= cargas no seu interior é zero. Então:
ε0 ε 0 a3
p
E =0 (r > c)
130 131
1 q
ATIVIDADE 7.3 Φ=
3 8ε 0
Considere a mesma configuração do exemplo 7.5, porém considere que o condutor
esteja descarregado.
ATIVIDADE 7.4
Sobre cada vértice de um cubo há uma carga +q. Qual é agora o valor do fluxo de
EXEMPLO 7.6
campo elétrico através de cada uma das faces do cubo?
CARGA NO VÉRTICE DE UM CUBO
força que age em cada um dos quatro corpos A, qb , qc e qd ? Quais dessas respostas,
se há alguma, são apenas aproximadas e dependem de r ser relativamente grande?
Solução:
(a) O fluxo total é q/ε 0 . O fluxo através das faces em que ele não é nulo tem que ser o
mesmo em todas elas, por simetria. Portanto, através de cada uma das seis faces:
132 133
1 (q b + q c ) Figura 7.13: Cavidade esférica no interior de uma esfera uniformemente carregada.
E= ,
4πε 0 r
2
.
que é o mesmo campo de uma carga puntual situada no centro da esfera. Usando o conceito de superposição mostre que o campo elétrico, em todos os pontos
no interior da cavidade é uniforme e vale:
A influência de qd alterará ligeiramente a distribuição de carga em A , mas sem
r ρ ar
afetar a carga total. Portanto para r grande, a força sobre qd será aproximadamente: E= ,
3ε 0
1 q d (q b + q c ) r
F= onde a é o vetor que vai do centro da esfera ao centro da cavidade. Note que ambos
4πε 0 r2 os resultados são independentes dos raios da esfera e da cavidade.
força que agiria em qd se a carga total sobre e dentro de A fosse zero, que
corresponde à atração devido a indução de cargas sobre a superfície da esfera. No Exemplo 7.1 vimos que as cargas elétricas em um condutor se distribuem
em sua superfície. Em geral, a densidade superficial de cargas na superfície é variável.
Para pontos próximos à superfície, o campo elétrico é perpendicular à superfície; se
ATIVIDADE 7.5 isso não ocorresse, haveria uma componente deste campo paralela à superfície, que
produziria movimento de cargas até que a nova distribuição delas anulasse esta
ESFERA UNIFORMEMENTE CARREGADA DE DENSIDADE VOLUMÉTRICA ρ
componente.
interior da esfera. Como P está muito próximo à superfície do condutor, podemos escolher uma
a) Mostre que o campo elétrico no ponto P é dado por: superfície de Gauss na forma de uma caixa cilíndrica com uma base na superfície E
outra, passando por P.
r ρr
E= rˆ
3ε 0
b) Uma cavidade esférica é aberta na esfera, como nos mostra a figura 7.13.
134 135
No interior do condutor, o campo elétrico é nulo; assim, a única contribuição
ao fluxo do campo elétrico é dada pela superfície que contém P. Seja A a sua área, a
lei de Gaus nos fornece:
r σA
∫ E ⋅ nˆdA = EA = ε 0
.
De onde vem:
σ
E= .
ε0 (7.1)
Figura 7.15 Experiência com interferência e blindagem eletrostática
O fato das cargas elétricas em condutores se colocarem na superfície externa
deles tem grande importância prática pois está na origem da chamada gaiola de
Faraday, usada por ele para demonstrar este fato. A gaiola de Faraday nada mais é SOLUÇÃO:
que uma gaiola metálica que, se carregada, não oferece perigo algum para pessoas
Sem afastar o aparelho elétrico do dispositivo, Ricardo deveria ter envolvido o
que se colocarem dentro dela, pois, ao tocarem a gaiola por dentro, não ficam em
aparelho com a cúpula metálica, e não o dispositivo.
contato com as cargas elétricas e não correm risco de choques eletricos. A gaiola de
Faraday é usada em atividades que envolvem altas correntes elétricas.
Da mesma forma, um condutor oco pode ser usada para produzir blindagem EXEMPLO 7.7: MÉTODO DA CARGA IMAGEM
eletrostática. Quando queremos proteger um aparelho de qualquer outra influência
Considere uma carga q a uma distância h acima de um plano condutor, que
elétrica, nós envolvemos esse aparelho com uma capa metálica. Nestas condições
dizemos que o aparelho está blindado, pois nenhum fenômeno elétrico externo poderá tomaremos como infinito. Seja q > 0 . a) Desenhe as linhas de campo elétrico; b) Em
aferá-lo. que ponto da superfície do condutor se encontra uma linha que nasce na carga
puntiforme e sai dela horizontalmente, isto é, paralelamente ao plano?
Se você observar o interior de uma TV poderá notar que alguns dispositivos se
apresentam envolvidos por capas metálicas, estando portanto, blindados por esses
condutores.
EXEMPLO 7.6
BLINDAGEM ELETROSTÁTICA
metálica, como mostra a figura 7.15. Contudo ele não foi bem sucedido. Como
Ricardo deveria ter agido, sem afastar o dispositivo do aparelho elétrico?
Solução: Vamos chamar de z o eixo perpendicular ao plano que passa pela carga q .
136 137
Esperamos que a carga positiva q atraia carga negativa do plano. Claro que a carga
Podemos usar um artifício. Procuramos um problema facilmente solúvel cuja solução Figura 7.19: Ângulo do campo
(ou parte dela) pode ser ajustada ao problema em questão.
Assim o campo elétrico aí é dado por:
Considere duas cargas iguais e opostas, puntiformes, separadas pela distância 2h.
2kq 2kq h
Ez = − cosθ = − 2
(r 2 + h 2 ) (r + h 2 ) (r 2 + h 2 )1/2
2kqh
=−
(r 2 + h 2 )3/2
A densidade superficial de carga no plano condutor, pode ser calculada usando a lei de
Gauss. Não há fluxo através so "fundo" da caixa. Logo, pela lei de Gauss:
Figura 7.18: Artifício da carga imagem.
r q
No plano bissetor da reta que une as cargas (reta AA) o campo elétrico é em todos os ∫E • nˆdA = ε 0
kq Apenas para verificação, a carga superficial total deve igualar a − q . De fato, ela é:
Ez = − cos θ
(r 2 + h 2 ) ∞
Qtotal = ∫ σ 2π r dr
o
A "carga imagem", − q , sob o plano, contribui com uma componente z igual.
Onde usamos:
138 139
∞ ∞ 2π ∞ RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
∫ ∫
− ∞ −∞
dxdy = ∫
0 ∫ r dr dθ
0
∞ hr dr
= −q ∫ = −q ATIVIDADE 7.1
0 (r 2 + h 2 )3/2
A solução é semelhante à do exemplo 7.1. A diferença está no sinal do produto escalar
Este e o chamado método das imagens! Voltando à solução do nosso problema, nós r
E ⋅ nˆ , que, agora é negativo, pois o campo elétrico aponta de fora para dentro da
determinaremos R , a distância a partir da origem que a linha de campo que parte
superfície. Daqui em diante o sinal negativo aparece, indicando apenas o sentido do
horizontalmente de q , atinge o plano como sendo a distância que determina a
vetor campo elétrico (lembre-se que o módulo é sempre positivo).
metade da carga induzida no plano (isto é, − q/2 ), confinada num círculo de raio R .
q ∞
− = σ 2π r dr
2 ∫0
ATIVIDADE 7.2
1 R h r dr h h 1
= [−
2 ∫0 ( R 2 + h 2 ) 3/2
= ]0R = =
h2 + R 2 h2 + R2 2 ATIVIDADE 7.3
Ou, ainda: Neste caso o problema r = b é idêntico ao anterior. Vimos que a carga sobre a
superfície b tem que ser − q para que não haja campo elétrico entre b e c . Mas
h 2 + R 2 = 4h 2 ⇒ R = 3h .
agora, como não há cargas "extras" sobre o condutor, os elétrons vão migrar para a
superfície interna deixando necessariamente um excesso de carga positiva + q na
q rˆ
E= .
4π ε 0 rP2
ATIVIDADE 7.4
Pelos mesmos argumentos de simetria, qualquer carga q numa das faces do cubo terá
campo paralelo àquela face, tal que o fluxo nessa face será zero. Portanto, por essa
mesma face só passará o fluxo criado pelas outras quatro cargas na face oposta do
cubo. O fluxo total sobre essa face será equivalente à quatro vezes o fluxo que uma
carga q cria através de uma face, calculado no exemplo. Assim, o fluxo total por uma
4 q
face será Φ = .
3 8ε 0
ATIVIDADE 7.5
140 141
a) Desenhando a superfície de Gauss, ilustrado na figura 7.20, e tomando um ponto consideramos esse problema somado com o problema de uma distribuição uniforme,
r r r
genérico sobre ele, teremos, usando a lei de Gauss: com carga oposta localizada em â : r = a + rP . O fluxo do campo elétrico que atravessa
r ρ r ρ r r ρ r
E= r− (r − a ) = a.
Figura 7.20: Superfície de Gauss. 3ε 0 3ε 0 3ε 0
142 143
AULA 8: APLICAÇÕES DA ELETROSTÁTICA
ATIVIDADE 8.3
OBJETIVOS
A figura 8.3 mostra uma seção de um tubo longo de metal. Ele possui um raio
NÃO PASSE PARA A PRÓXIMA AULA SEM RESOLVER AS ATIVIDADES DESSA AULA! (a) r = R 2 e (b) r = 2R . (c) Faça um gráfico de E em função de r no intervalo
0 ≤ r ≤ 2R .
ATIVIDADE 8.1
Na figura 8.1, as linhas de campo elétrico do lado direito têm separação duas vezes
menor do que no lado esquerdo. No ponto A, o campo elétrico vale 40N/C. (a) Qual
é o módulo da força sobre um próton colocado em A? (b) Qual é o módulo do
campo elétrico no ponto B? Figura 8.3: Seção reta de um tubo longo de metal carregado.
ATIVIDADE 8.4
a) r<a
ATIVIDADE 8.2
b) a<r<b
Três partículas são mantidas fixas nos vértices de um triângulo eqüilátero, como
c) r>b
ilustra a figura 8.2. As cargas valem q1 = q 2 = +e e q3 = +2e . A distância a=6,00
µm. Determine (a) o módulo e (b) a direção do campo elétrico no ponto P.
144 145
ATIVIDADE 8.7
ATIVIDADE 8.5
carga σ , foi aberto um pequeno furo circular de raio R. O eixo z é perpendicular à
placa e está no centro do furo. Determine o campo elétrico no ponto P que está a
Considere um disco circular de plástico de raio R carregado uma densidade
um distância z da placa. Dica: Utilize o princípio da superposição.
superficial de cargas positivas σ, figura 8.6. Qual é o campo elétrico no ponto P,
situado no eixo central a uma distância z do disco?
ATIVIDADE 8.8
Dois discos muito grandes com a mesma densidade de carga, mas com cargas de
sinais contrários são colocados face a face como na figura 8.6. Calcule o campo
elétrico na região entre eles
146 147
ATIVIDADE 8.9
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
A figura 8.9 mostra duas esferas maciças de raio R, com distribuições uniformes de
cargas. O ponto P está sobre a reta que liga os centros da esferas, a uma distância Atividade 8.1
R 2 do centro da esfera 1. O campo elétrico no ponto P é nulo, qual a razão entre (a) Através da figura vemos que o campo elétrico aponta da direita para a
a carga da esfera 2 e da esfera 1? esquerda. A força elétrica é dada por:
r
F = 1,6 × 10 −19 × (− 40 ) iˆ = 6,4 × 10 −18 iˆ .
Atividade 8.2
(a) Note que as cargas q1 e q 2 tem o mesmo módulo, por simetria podemos
concluir que sua contribuições se anulam no ponto P. A magnitude do campo no
ponto P será:
r 1 2e 1 2e
E = = = 160 N C .
4πε 0 rp2 4πε 0 a 2 ( )2
(b) O campo tem o mesmo sentido da linha que une a carga 3 ao ponto P.
Atividade 8.3
r q
∫ E • nˆ da = 2 π rp E = .
A ε0
(a) No interior do cilindro o campo elétrico é nulo, pois não há cargas no interior da
superfície gaussiana.
λ
(b) Para r p > R temos que q enc = λ. Então E (r ) = . Substituindo os valores
2 π rp ε 0
de λ e rp temos:
E = 5.99 × 10 3 N C .
Atividade 8.5
dq = σ dA = σ 2 π r dr ,
Figura 8.12: Gráfico de E versus r . onde dA é a área do anel elementar. O campo elétrico produzido por uma anel já
foi resolvido, utilizando esse resultado podemos escrever o campo elétrico
O valor máximo para o campo elétrico é dado para r = 0,030m e vale:
dE como:
λ
E max = = 1,2 × 10 4 N C . z σ 2 π r dr σz
2 π rε 0 dE = =
2 r dr
.
4ε 0
( ) (z )
3 3
4πε 0 z + r
2
p
2 2 2
p + r2 2
Atividade 8.4 Para calcular E basta integrar sobre toda a superfície do disco, ou seja, integrando
Pela figura 8.4, podemos ver que o campo elétrico tem direção radial.
em relação à variável r de r = 0 a r = R . Assim temos:
σz
∫ (z )
R
(a) Consideremos uma superfície de Gauss cilíndrica de comprimento L e raio −3 2
E = ∫ dE = 2
+ r2 2 r dr.
4ε 0
p
rp < a . Aplicando a lei de Gauss para ela, temos: 0
r Integral dessa forma já foi resolvida em aulas anteriores, e o resultado é dado por:
q
∫ E • nˆ da = E (2π r p L) = enc = 0
A ε0 R
σ z zp + r
2
(
2
)
−1 2
σ
zp
.
porque não há carga elétrica nas regiões em que r<a. E= = 1 −
4ε 0 1 2ε0 z 2p + R 2
−
b) Nesse caso, a superfície de Gauss terá um raio r p e envolverá uma carga total 2 0
−q Atividade 8.6
E (2π r p L) =
ε0 O campo elétrico na região interior das placas é a soma vetorial dos campos
gerados por cada uma das placas. No sistema de coordenadas da figura 8.6, temos:
ou:
q 1 q λ r r r r r
E= − =− =− E = E + + E − = E + iˆ + E − ( −iˆ) = E + − E −
2π r p Lε 0 2 π ε 0 rp L 2 π ε 0 rp
O sinal negativo mostra que o campo elétrico está apontado do cilindro exterior Em que os índices positivo e negativo indicam as placas. A expressão do módulo do
para o interior. campo elétrico de cada placa é dada pela equação final da Atividade 8.5. Nela, a
c) Nesse caso, a superfície de Gauss terá um raio r>b. Como a carga total encer coordenada z deve ser substituida por x, posto que o eixo paralelo ao campo agora
150 151
é o eixo Ox. Fazendo a conta para o campo em um ponto dentro da região das σ
E= .
placas, com coordenada x, obtemos: 2ε 0
σ ˆ −σ ˆ σ
E= i− ( −i ) = Dividindo 8.2 por 8.1 e substituindo o valor de E temos:
2ε 0 2ε 0 ε0
qσ 2ε mg tan θ
= mg tan θ → σ = 0 .
2ε 0 q
Atividade 8.7
q2 9
= = 1,125.
q1 8
T cos θ = mg (8.1)
Tsen θ = qE . (8.2)
152 153
$8/$(1(5*,$327(1&,$/(/e75,&$ →
!
WUDEDOKR UHDOL]DGR SRU Fe
qo
Q
2%-(7,926
B→ → Qq o B 1 Qq o B dr
W AB = ³ Fe • ds = ³ rˆ • rˆ dr = ³
• '(),1,5$(1(5*,$327(1&,$/(/e75,&$ A 4πε o A r2 4πε o A r2
• &$/&8/$5 $ (1(5*,$ 327(1&,$/ (/e75,&$ 3$5$ ',675,%8,d®(6 6,03/(6 '(
#
#
&$5*$6(/e75,&$6
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* & & rP − rQ
r = rP − rQ e rˆ = & &
rP − rQ
75$%$/+2((1(5*,$327(1&,$/(/e75,&$
2EVHUYH TXH WAB p XPD IXQomR DSHQDV GD GLVWkQFLD HQWUH DV FDUJDV H
&
Q
'
#
SRUWDQWRLQGHSHQGHGRFDPLQKRXVDGRSDUDFDOFXODUDLQWHJUDOGHOLQKDGH$
& →
' rQ . (
E
DWp % (QWmR SRGHPRV FRQFOXLU TXH D IRUoD &RXORPELDQD p XPD IRUoD
& FRQVHUYDWLYD
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# rP )
q 0 ,
!
&
qo
3
"
Fe *
+ , -.
→
& & Fe
IXQomRHQHUJLDSRWHQFLDO 4
3
# rQ rP
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# / rP − rQ )
!
#
U B − U A
% H $ ' DR
+. QHJDWLYR GR WUDEDOKR WAB UHDOL]DGR SHOD IRUoD HOpWULFD QR GHVORFDPHQWR GD
FDUJDGH$DWp%
B→ →
U B − U A = −W AB = − ³ Fe • ds /-51
A
/HPEUHVHTXHQR6,DXQLGDGHGHHQHUJLDHWUDEDOKRpR-RXOH>-@
(;(03/2
-6 "
qo = +4,5 n C
,-.0
#+
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( )
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#
' E = 2,00 ×103 N / C ˆj &
+ * q0 é:
#
∆U qo
& &
→ → 1 Qq o rP − rQ
Fe = qo E = & & /1 3/13&/1 &
4πε o * &
rP − rQ
2
rP − rQ /-.1
( * #
2
& &
rP − rQ
"
156 157
OB 3 3
cos θ = = = = 0.83
AB 2 2 + 32 13
(
#:
( )( )
U B − U A = −WAB = − 4,5×10-9 C 2,0×103 N/C (0,83) 2,0 ×10−2 m 2 + 3,0 ×10−2 m2 ( ) (
2
)
2
U B − U A = − 2,7 × 10 -7 J
,-6
1 + qo 3 &
"
6ROXomR
!
#
C → →
W BC = ³ q o E • ds
"
qo
B
C → C →
!
W BC = ³ q o (2,0 × 10 3 N/C) ˆj • ds = q o (2,0 × 10 3 N/C) ³ ˆj • ds
B B
B→ →
W AB = ³ Fe • ds C
A
WBC = q o (2,0 × 10 3 N/C)³ cos φ ds
B
→ →
&
Fe = q o E → →
φ 2
E ds 8
2
B → → →
W AB = ³ q o E • ds &
-69
2
E e ds . (
#
A
C
1
'
4 3 WBC = (4,5 × 10 -9 C)(2,0 × 10 3 N/C) cos φ ³ ds
B
B →
W AB = ³ q o (2,0 × 10 3 N/C) ĵ • ds
A W BC = (4,5 × 10 -9 C) (2,0 × 10 3 N/C) cos 135 o 4,2 × 10 -2 m 2 ( )
→
B
W AB = q o (2,0 × 10 3 N/C) ³ ĵ • ds W BC = −2,6 × 10 −7 J
A
C → →
B W AC = ³ q o E • ds
W AB = (4,5 × 10 -9 C) (2,0 × 10 3 C) cos θ ³ ds A
A
C
7 W AC = (4,5 × 10 -9 C) (2,0 × 10 3 N/C) cos β ³ ds
A
158 159
→ → $
β 2
E ds qo &(
#
→
C &
Fe
W AC = (4,5 × 10 C) (2,0 × 10 N/C) cos 90 ³
-9 3 o
ds
A
#'
QmRpFRUUHWRIDODUPRVHPHQHUJLD
#
$
,
#
$ qo
$7,9,'$'(
qo
(*
-.
"
;
U A = 0
!
3
0
(*
P→ →
U P = − q o ³ E • ds
A /-<1
3(16((5(6321'$
& (1(5*,$327(1&,$/(/e75,&$'('8$6&$5*$632178$,6
0
U B − U A W AB E = −2,0 × 10 ˆj N/C?
−3
!
$
& &
Q
# rQ e
qo
# r0 ,
0
1Ë9(/=(52'((1(5*,$327(1&,$/
#
# -5
#
& &
DGLIHUHQoDGHHQHUJLDSRWHQFLDOHQWUHGRLVSRQWRV
→ 1 Q r0 − rQ
E= & &
!
"
4πε o & &
r0 − rQ
2
r0 − rQ
DUELWUDULDPHQWH
(
:
#-6
"
QtYHO ]HUR GH HQHUJLD SRWHQFLDO
& &
!
$ / *
1 & & & r0 − rQ
r = r0 − rQ e rˆ = & &
QXPHULFDPHQWH
!(
# r0 − rQ
P→ → &
U P − 0 = −W AP = − ³ Fe • ds
ds = rˆ dr e:
A /-61
P→ → 1 Q
2 QtYHO ]HUR GH HQHUJLD SRWHQFLDO p HVFROKLGR JHUDOPHQWH QR SRQWR U P = − qo ³ E • ds = − qo
r
∞ 4πε o ³∞ r2
rˆ • rˆ dr
HP TXH D IRUoD p QXOD
*
#
$
2
r
Qq o 1 Qqo § 1 1 ·
:
UP = − − =− ¨− + ¸
4πε o r ∞ 4πε o © r ∞ ¹
#
"
160 161
(
# &
q3 4*
#
& &
r j − ri
2
qi '
!#
# *
$
# -=
i < j
U = 0
ri = ∞
(;(03/2
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162 163
q2 = −5,0µC
!
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C B
1 &
?
5HVROXomR
? #-=
,-F:
1 qo q1 1 qo q 2 1 q1q2
U= & & + & & + & &
4πε o r1 − r0' 4πε o r2 − r0' 4πε o r2 − r1'
0
*
(#
0 rij
2
qi q j (
#
(
#
U=
( ¨
−6
)( +
−6
) ( −6
)(+
−6
) ( −6
1 § 6,0 ×10 C 4,0 ×10 C 6,0 ×10 C − 5,0 ×10 C 4,0 ×10 C − 5,0 ×10 C ·
¸¸
)( −6
)
& & & & &
4πε o ¨© 8,0 ×10−2 m 12×10−2 m 4,0 ×10−2 m τ = a × F+ + a × F−
¹
&
(
a
#/
1
(
# U = −4,0J
& &
0 &
F = q E
4
$7,9,'$'(
#
&
τ = a F+ senθ + a F− senθ = 2 a q E senθ = p senθ
;?
q1 = 9,4 mC q2 = −5,2 mC q3 = 6,0 mC
#
2 E
l = 3,0 mm &
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# "
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#
# p = 2aq &
&
p
$7,9,'$'( #
& & &
l
#
q1 = +e q2 = +5e τ = p× E
q3 = − e q4 = −2e 0
"
#
+
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" *
#
0
"
#
2 θ 0
θ
',32/2(/e75,&2(080&$032(/e75,&2
θ θ θ θ
W = ³ τ dθ = ³ p E sen θ dθ = p E ³ sen θ dθ = p E − cos θ θ0
= − p E (cos θ − cos θ 0 )
θ0 θ0 θ0
&
/,
&
-F1
p
2 θ
"
(" $
# θ 0 = π / 2
& &
U = − p E cos θ = − p • E /-F1
164 165
5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6 &
W AB = WAO + WOB
W AB = 0 + 2,7 × 10 −7 J
$7,9,'$'(
W AB = 2,7 × 10 −7 J
5(63267$&20(17$'$
(
# ∆U = − 2,7 × 10 -7 J (
'
0
" WAB
'
4
qo
3 9
#
∆ U
'
4 *
'
4
0/
1
0
G
3
→ → → →
O B $7,9,'$'(
W AB = W AO + WOB W AB = ³ q o E • ds + ³ q o E • ds
A O
5(63267$&20(17$'$
→
0 qo
0
E !
→ # -=
#
ds ' θ1 = 90 o
"
&
2
l
&
1 § q1q2 q1q3 q2 q3 ·
O → → U= ¨ + + ¸
W AO = ³ q o E • ds 4πε o © l l l ¹
A
B
W AO = qo (2,0 × 10 3 N/C) ³ cos θ1 ds U=
1 1
(q1q2 + q1q3 + q2 q3 )
A 4πε o l
WAO = 0
U = −7,1 × 10 7 J
0
"
0
3
$7,9,'$'(
B → →
WOB = ³ q o E • ds 5(63267$&20(17$'$
O
B
WOB = q o (2,0 × 10 3 N/C) ³ cos θ 2 ds
O
B
WOB = q o (2,0 × 10 3 N/C) cos 0 o ³ ds
O
θ 2 = 0
166 167
1 *H.=
CAH.=
1 *HBCAH6B
1 § q1q 2 q1q3 q1q4 q 2 q3 q2 q 4 q3 q4 ·
U= ¨ + + + + + ¸
4πε o © l l 2 l l l 2 l ¹
(-=1 : . H =6 & 5 H @= &
# *A
U=
1 1§
¨ (e)(5e) +
(e )(− e) + (e)(− 2e) + (5e)(− e) + (5e)(− 2e) + (− e)(− 2e)·¸ /BB
C BB
1 /BB
C 6B
1
4πε o l© 2 2 ¹ :
1 *H@B
CAHBB
(
#
1 *H6=
CAHBB
1 *HBCAH5B
1 11 2 e 2 11 2 e 2
U =− =−
4πε o 2 l 8πε o l
(-@1 )
H 5= L&
&
?
3 &
* HB=B
A HBC
168 169
$8/$327(1&,$/(/e75,&2 $HTXDomRSRGHVHUHVFULWDHPWHUPRVGRFDPSRHOpWULFR&RPHIHLWRGHVWD
HTXDomRYHP
2%-(7,926
W AB 1 B & &
'(),1,5327(1&,$/(/e75,&2 VBA = −
qo
=−
qo ³q
A
o E • ds
2%7(52327(1&,$/(/e75,&2'(6,67(0$6&209È5,$6&$5*$6(/e75,&$6
RX
B & &
2327(1&,$/(/e75,&2 V BA = − ³ E • ds
A
1D DXOD DQWHULRU GHILQLPRV D HQHUJLD SRWHQFLDO HOpWULFD HP XP SRQWR 3 GR 6H R QtYHO ]HUR GH SRWHQFLDO IRU WRPDGR QR SRQWR $ D HTXDomR DFLPD QRV PRVWUD
HVSDoR &RQWXGR HOD GHSHQGH GDV FDUJDV TXH JHUDP R FDPSR HOpWULFR EHP FRPR TXHRSRWHQFLDOQRSRQWR%UHODWLYRDRSRQWR$p
GDFDUJD qo TXHVRIUHDDomRGRFDPSRQHVVHSRQWR3DUDHOLPLQDUDGHSHQGrQFLD B & &
V B = − ³ E • ds
A
GH qo H HVSHFLILFDU GLUHWDPHQWH R FDPSR HOpWULFR HP 3 LQWURGX]LPRV XPD QRYD
JUDQGH]DFKDPDGDSRWHQFLDOHOpWULFR
HOpWULFR p GHILQLGDFRPR D GLIHUHQoD GH HQHUJLD SRWHQFLDO HOpWULFD ∆U SRUXQLGDGH &RQVLGHUHPRV XPD FDUJD Q VLWXDGD HP XP SRQWR GR HVSDoR FXMR YHWRU
&
GHFDUJD qo HQWUHHVWHVGRLVSRQWRVRXVHMD SRVLomR UHODWLYR D XP GDGR UHIHUHQFLDO 2 p rQ . 2 SRWHQFLDO HP RXWUR SRQWR 3 GR
&
HVSDoRGHYHWRUSRVLomR rP , pGDGRHPUHODomRDRLQILQLWRSRU
U B −U A W
VB − VA = = − AB
qo qo
7DO FRPR QR FDVR GD HQHUJLD SRWHQFLDO QmR GHILQLPRV SRWHQFLDO HP U 1 Q
V= = & &
WHUPRVDEVROXWRVDSHQDVDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHGRLVSRQWRV%H$ qo 4 π ε o rP − rQ
(VVD GLIHUHQoD VHUi QXPHULFDPHQWH LJXDO DR SRWHQFLDO HP XP SRQWR % VH
& & &
DUELWUDULDPHQWH FRQVLGHUDUPRV R SRQWR $ FRPR QtYHO ]HUR GH SRWHQFLDO QRTXDO R 1RWH TXH R YHWRU r = rP − rQ p R YHWRUSRVLomR GR SRQWR 3
SRWHQFLDOpWRPDGRDUELWUDULDPHQWHFRPRQXOR&RPRQDHQHUJLDSRWHQFLDORQtYHO UHODWLYDPHQWHjFDUJD4VHXPyGXORpLJXDOjGLVWkQFLDHQWUHDFDUJD4HR
QRUPDOPHQWH p WRPDGR D XPD GLVWkQFLD LQILQLWD GDV FDUJDV TXH JHUDP R FDPSR SRQWR3(VVDGLVWkQFLDLQGHSHQGHGRUHIHUHQFLDOXVDGRSDUDHVSHFLILFDURV
HOpWULFR YHWRUHVSRVLomR GD FDUJD 4 H GR SRQWR 3 (VWH IDWR p TXH VLPSOLILFD
e SUHFLVR PDLV XPD YH] WRPDU XP FXLGDGR HVSHFLDO FRP R FDVR GH HQRUPHPHQWHRSUREOHPDGHHVSHFLILFDUPRVRFDPSRHOpWULFRHPXPSRQWR
GLVWULEXLo}HV LQILQLWDV GH FDUJDV 1HVVDV VLWXDo}HV VH HVFROKHUPRV R LQILQLWR FRPR DWUDYpVGRSRWHQFLDO
QtYHO GH SRWHQFLDO REWHUHPRV XP SRWHQFLDO LQILQLWR HQWmR D SRVVLELOLGDGH PDLV 6HHVFROKHUPRVRUHIHUHQFLDOQDFDUJDTXHJHUDRFDPSRSRGHPRVHVFUHYHU
FRQYHQLHQWH p HVFROKHU R QtYHO ]HUR GH SRWHQFLDO FRLQFLGHQWH FRP D RULJHP GR TXH
VLVWHPDGHFRRUGHQDGDVHVLWXDGDQDGLVWULEXLomRGHFDUJDV
U 1 Q 1 Q
V= = & ≡
1R 6, D XQLGDGH GH SRWHQFLDO HOpWULFR p R -RXOH SRU &RXORPE TXH qo 4 π ε o r 4 π ε o r
UHFHEH R QRPH GH 9ROW HP KRPHQDJHP D $OHVVDQGUR 9ROWD
LQYHQWRUGDSLOKDGH9ROWD
170 171
&
2 SRWHQFLDO HP XP SRQWR 3 GH YHWRUSRVLomR rP HP UHODomR D XP GDGR 9RFr QHP SUHFLVDULD UHVROYHU R SUREOHPD DOJHEULFDPHQWH 1RWH TXH DV GLVWkQFLDV
& GDV FDUJDV DR FHQWUR GR TXDGUDGR VmR DV PHVPDV &RPR DV FDUJDV HVWmR
UHIHUHQFLDOHPXPFDPSRHOpWULFRJHUDGRSRUYiULDVFDUJDVTLGHYHWRUHVSRVLomR ri
GLVWULEXtGDV VLPHWULFDPHQWH HP SRVLomR H VLQDO UHODWLYDPHQWH DR FHQWUR R
HPUHODomRDRPHVPRUHIHUHQFLDOpDVRPDDOJpEULFDGRVSRWHQFLDLVGHYLGRDFDGD
SRWHQFLDOWHPTXHVHU]HUR
XPDGDVFDUJDVVHSDUDGDPHQWH
N
1 qi
V=
4πε 0
¦ r& &
i =1 P − ri
$7,9,'$'(
RXHPWHUPRVGDGLVWkQFLDHQWUHDVFDUJDVHRSRQWR3
7UrVFDUJDV q1 = +e q2 = −e H q3 = +2e
N
HP TXH H p D FDUJD GR HOpWURQ HVWmR
1 qi
V≡
4πε 0
¦r
i =1
QRV YpUWLFHV GH XP UHWkQJXOR GH
i
GLPHQV}HV [ FP FRPR PRVWUD D
ILJXUD 'HWHUPLQH R SRWHQFLDO
(;(03/2 HOpWULFRQRSRQWR3 )LJXUD
QRFHQWUR&GRTXDGUDGR
7UrV SDUWtFXODV FDUUHJDGDV
172 173
1 q 1 q q r− − r+ &RPR r >> a SRGHPRV GHVHQYROYHU D UDL] TXDGUDGD SHOR WHRUHPD ELQRPLDO
V (r ) = − = (10.7)
4πε 0 r+ 4πε 0 r− 4πε 0 r− r+ REWHQGR
ª 1 2 a cosθ º ª a cosθ º
r+ ≅ r «1 − »¼ ≅ r «¬1 −
¬ 2 r r »¼
ª 1 2 a cosθ º ª a cosθ º
r− ≅ r «1 + »¼ ≅ r «¬1 +
¬ 2 r r »¼
(QWmR
(r− )( r+ ) = r 2
)LJXUD3RWHQFLDOSURGX]LGRSRUXPGLSRORHOpWULFR
/HYDQGRHVVHVYDORUHVHPREWHPRV
1DILJXUDWHPRV
1 2 a q cos θ 1 p cosθ
V (r ) = = (10.8)
4πε 0 r2 4πε 0 r 2
DQRWULkQJXOR3T2 r +
2
= r + a − 2 a r cosθ
2 2
EQRWULkQJXOR3T2 r −
2
= r 2 + a 2 + 2 a r cosθ p = 2 a q p R PRPHQWR GH GLSROR 2 kQJXOR θ p R kQJXOR TXH R YHWRU
HP TXH
&
PRPHQWRGRGLSROR p ID]FRPDGLUHomRGRSRQWRRQGHVHFDOFXODRSRWHQFLDOYHU
GHRQGHSRGHPRVWLUDUTXH
ILJXUD
1
ª a 2 2 a cosθ º 2
r+ = r «1 + 2 − »
¬ r r ¼ $ HTXDomR PRVWUD TXH R SRWHQFLDO HOpWULFR GR GLSROR YDULD FRP R
1 LQYHUVRGRTXDGUDGRGDGLVWkQFLDDRGLSROR
ª a 2 2 a cosθ º 2
r− = r «1 + 2 + »
¬ r r ¼ &RPR VDEHPRV R PRPHQWR GH GLSROR p UHSUHVHQWDGR SRU XP YHWRU FRP PyGXOR
p = 2 a q GLUHomRGDOLQKDTXHXQHDVGXDVFDUJDVHVHQWLGRGDFDUJDQHJDWLYDSDUD
1R GLSROR R SRQWR 3 HVWi VLWXDGR D XPD GLVWkQFLD r >> a . $VVLP SRGHPRV DSRVLWLYD&RPHOHDHTXDomRSRGHVHUHVFULWDYHWRULDOPHQWHFRPR
GHVSUH]DURVWHUPRVTXDGUiWLFRVGHQWURGDUDL]TXDGUDGDHHVFUHYHU
& &
ª 2 a cosθ º
1
2 1 p •r
r+ ≅ r «1 − V (r ) =
¬ r »¼ 4πε 0 r 3
1
ª 2 a cosθ º 2
r− ≅ r «1 + »¼
¬ r
$7,9,'$'(
'HWHUPLQH R SRWHQFLDO HOpWULFR HP XP SRQWR 3 SUy[LPR D XP GLSROR HOpWULFR GH
174 175
( ) $)LJXUDPRVWUDDVOLQKDVGHIRUoDOLQKDVFKHLDVGRFDPSRHOpWULFRJHUDGRSRU
→
−15
PRPHQWRGHGLSROR p = − 1,60 × 10 C m iˆ TXHHVWiQDPHGLDWUL]GD UHWDTXH OLJD
XPD FDUJD SRVLWLYD H DV LQWHUVHo}HV VREUH D IROKD GH SDSHO GDV VXSHUItFLHV
−9
DVGXDVFDUJDVGHPyGXORLJXDOD e = 1,60 × 10 C FRQIRUPHDILJXUD HTXLSRWHQFLDLV SDUD D PHVPD FDUJD OLQKDV WUDFHMDGDV 1RWH TXH DV VXSHUItFLHV
HTXLSRWHQFLDLVQHVWHFDVRVmRVXSHUItFLHVHVIpULFDVOLQKDVWUDFHMDGDV
)LJXUD
683(5)Ë&,(6(48,327(1&,$,6
2SRWHQFLDOGHXPDFDUJDHOpWULFDLVRODGDGHDFRUGRFRPDHTXDomR
YDULDFRPRLQYHUVRGDGLVWkQFLDDHOD(QWmRWRGRVRVSRQWRVGRHVSDoRVLWXDGRVj
PHVPDGLVWkQFLDUGDFDUJDWHUmRRPHVPRSRWHQFLDOHHVWDUmRVREUHDVXSHUItFLHGH )LJXUD/LQKDVGHIRUoDHVXSHUItFLHVHTXLSRWHQFLDLVGR
XPD HVIHUD GH UDLR U TXH p GHQRPLQDGD VXSHUItFLH HTXLSRWHQFLDO 4XDOTXHU FDPSRHOpWULFRJHUDGRSRUXPDFDUJDSRVLWLYD
FRQILJXUDomR GH FDUJDV JHUD VXSHUItFLHV HTXLSRWHQFLDLV FXMD IRUPD GHSHQGH GD
8PDSURSULHGDGHLPSRUWDQWHGDVXSHUItFLHHTXLSRWHQFLDOpTXHTXDQGRXPD GXDV FDUJDV GH VLQDLV FRQWUiULRV DVVLP FRPR DV LQWHUVHo}HV GDV VXSHUItFLHV
FDUJD HOpWULFD VH GHVORFD VREUH HOD D IRUoD HOpWULFD QmR UHDOL]D WUDEDOKR HTXLSRWHQFLDLVFRPDIROKDGHSDSHOOLQKDVWUDFHMDGDV
VREUH D FDUJD SRUTXH GRLV SRQWRV GD VXSHUItFLH WHUmR VHPSUH R PHVPR
SRWHQFLDO
2XWUD FRQVHTrQFLD p TXH R FDPSR HOpWULFR HP FDGD SRQWR GD VXSHUItFLH
HTXLSRWHQFLDOGHYHVHUVHPSUHSHUSHQGLFXODUjVXSHUItFLH&RPHIHLWRFRPR
B & &
VBA = − ³ E • ds
A
HFRPRDYDULDomRGRSRWHQFLDOHQWUHGRLVSRQWRV$H%GDVXSHUItFLHHTXLSRWHQFLDOp
& & &
QXOD R SURGXWR HVFDODUE • ds GHYH VHU QXOR WDPEpP /RJR FRPR ds p VHPSUH
&
WDQJHQWH j VXSHUItFLH HTXLSRWHQFLDO VHJXHVH TXH E GHYH VHU SHUSHQGLFXODU j
VXSHUItFLH
)LJXUD/LQKDVGHIRUoDHVXSHUItFLHVHTXLSRWHQFLDLVGR
FDPSRHOpWULFRJHUDGRSRUGXDVFDUJDVGHVLQDLVFRQWUiULRV
176 177
5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6 1 2e 1 4e
V2 = =
4πε 0 l 2 / 2 4πε 0 l 2
$7,9,'$'(
$7,9,'$'(
6HMD D P H E P DV GLPHQV}HV GRV ODGRV GR UHWkQJXOR GD )LJXUD
&
&RORFDQGRRUHIHUHQFLDOQRSRQWR3 rP = 0 . (QWmRGDHTXDomRWHPRV
/HPEUHVHGDGHILQLomRGHPRPHQWRGHGLSROR
ª e 2e º &
1 e p = −q d iˆ
V= « + − »
4πε 0 ¬ a b a2 + b2 ¼ &
(PTXH d pDGLVWkQFLDHQWUHDVGXDVFDUJDVH p pXPYHWRURULHQWDGRGD
−19
&RP e = 1,60 × 10 &REWHPRV FDUJDQHJDWLYDSDUDDFDUJDSRVLWLYD'HVVDIRUPD
ª 1 º
2 1
V = 9 × 109 N m 2 / C 2 ×1,6 × 10 −19 C « + − » &
0,10 + 0,20 m ¼»
¬« 0,10 m 0, 20 m 1,60 × 10−30 C m
2 2
p
d= = = 1,00 × 10−11 m
ou: q 1,60 × 10−19 C
V = 14 ×10 −10 [10 + 10 − 4,5] N / C = 2,2 × 10 −8 V
$7,9,'$'(
)LJXUD
2EVHUYH D ILJXUD 7RPDQGR FRPR UHIHUHQFLDO R SRQWR PpGLR GD OLQKD
)LJXUDFRQILJXUDomRGDVFDUJDV
TXHVHSDUDDVFDUJDVGRGLSRORWHPRVTXH
&RQVLGHUHPRVRUHIHUHQFLDOQDFDUJDH$GLVWkQFLDGRSRQWR P1 a ela é d1 = l 2
& & * −d ˆ & d &
H D GLVWkQFLD GR SRQWR P2 a ela é d 2 = l 2 / 2 . 3HOD VLPHWULD GD FRQILJXUDomR GH rP = 7 d ˆj r+ = r1 = i r− = r2 = i
2 2
FDUJDV YHPRV TXH FRPR DV FDUJDV H VmR LJXDLV H GH VLQDLV FRQWUiULRV D
3HOR7HRUHPDGH3LWiJRUDV
FRQWULEXLomRGHODVSDUDRSRWHQFLDOWRWDOpQXODWDQWRQRSRQWR P1 TXDQWRQRSRQWR
P2 SRLVHODVHVWmRjVPHVPDVGLVWkQFLDVGHVWHVSRQWRV(QWmRRSRWHQFLDOWRWDOQR d2
r1 = 49d 2 +
2
4
SRQWR P1 é:
1 2e r1 = r2 = 7,00 × 10 −12 m
V1 =
4πε 0 l 2 'HDFRUGRFRPDHTXDomR
(QRSRQWR P2 RSRWHQFLDOp
1 § + e ( −e ) ·
V= ¨ + ¸
4πε 0 ¨© r1 r2 ¸¹
178 179
6XEVWLWXLQGRRVYDORUHVREWHPRV
V = 0
2XVHMDRSRWHQFLDOQRSRQWR3DVVLQDODGRQDILJXUDpLJXDOD]HUR
6H YRFr SUHVWDU DWHQomR QD HTXDomR YHUi TXH SDUD SRQWRVVREUHD
PHGLDWUL]GRVHJPHQWRTXHXQHDVGXDVFDUJDVGRGLSRORRkQJXOR θ = 90º /RJRD
SUySULDHTXDomRGiGLUHWDPHQWH V = 0
(;(5&Ë&,26'(),;$d2
( 'HWHUPLQH R SRWHQFLDO HOpWULFD HQWUH GXDV SODFDV LQILQLWDV FDUUHJDGDV FRP
FDUJDVGHVLQDLVRSRVWRVHGHPHVPRYDORUFRPGHQVLGDGHVXSHUILFLDOGHFDUJDı
&VHSDUDGDVHQWUHVLSRUXPDGLVWkQFLDGHPP
( 8PD FDUJD T Q& HVWi QD RULJHP GR VLVWHPD GH FRRUGHQDGDV
FDUWHVLDQDV'HWHUPLQHRSRWHQFLDOHOpWULFRQDVSRVLo}HV
D [ FP\
E [ FP\ FP
F [ \ FP
('XDVFDUJDVT Q&HT Q&HVWmRQRSODQR[\FRPFRRUGHQDGDV
FP FP H FP FP UHVSHFWLYDPHQWH 'HWHUPLQH R SRWHQFLDO
HOpWULFRQDVSRVLo}HV
D [ FP\ FP
E [ FP\ FP
F [ \ FP
( 8PD FDUJD SRQWXDO SRVLWLYD FRP FDUJD LJXDO D T Nj&HVWi QD RULJHP
&RQVLGHUHWUrVSRQWRV$%H&FRPFRRUGHQDGDV[$ P\$ [% P
\% [& \& P UHVSHFWLYDPHQWH 'HWHUPLQH D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO
HOpWULFR
D HQWUHRVSRQWRV$H%
E HQWUHRVSRQWRV$H&
F HQWUHRVSRQWRV%H&
180
$8/$ 327(1&,$/ (/e75,&2 '( ',675,%8,d®(6 dV = r 2 sinθ dr dφ dθ SDUDFRRUGHQDGDVHVIpULFDV
&217Ë18$6'(&$5*$(/e75,&$
$ GHQVLGDGH YROXPpWULFD GH FDUJDV FKDPDGD GH ρ LQGLFD R Q~PHUR GH
FDUJDVSRUXQLGDGHGHYROXPH
2%-(7,926
• '(7(50,1$5 2 327(1&,$/ (/e75,&2 '( 6,67(0$6 &20 ',675,%8,d2
327(1&,$/ (/e75,&2 '( ',675,%8,d®(6 /,1($5(6 '(
&217Ë18$'(&$5*$6(/e75,&$6
&$5*$
2 HOHPHQWR GH FDUJD HOpWULFD dq FRQWLGR HP XP HOHPHQWR dx GH
327(1&,$/ (/e75,&2 '( ',675,%8,d®(6 &217Ë18$6 '(
FRPSULPHQWR GD GLVWULEXLomR GH FDUJDV é dq = λ dx . 2 SRWHQFLDO JHUDGR SRU HVWH
&$5*$ &
HOHPHQWR dq VLWXDGRjGLVWkQFLD r GRSRQWR3GHYHWRUSRVLomR rP pGDGRSRU
1 dq 1 λ dx
2SRWHQFLDOGHXPDGLVWULEXLomRFRQWtQXDGHFDUJDpFDOFXODGRGLYLGLQGRHVWD dV (rP ) = =
4πε 0 r 4πε 0 r
GLVWULEXLomR HP HOHPHQWRV GH FDUJD dq , FDGD XP GHOHV VLWXDGR j GLVWkQFLD U GR
HRSRWHQFLDOJHUDGRSHODGLVWULEXLomRpHQWmR
SRQWRRQGHVHGHVHMDFDOFXODURSRWHQFLDOHLQWHJUDQGRVREUHWRGDDGLVWULEXLomR
1 λ dx
V (rP ) =
4πε 0 ³ r (11.2)
1 dq
V = ³ dV =
4π ε o ³ r
$ VHJXLU YHUHPRV DOJXQV H[HPSORV GH FiOFXOR GR SRWHQFLDO H PRVWUDUHPRV QXP
H[HPSORRQGHMiFDOFXODPRVRFDPSRHOpWULFRFRPRRFiOFXORGRSRWHQFLDOILFDPDLV
IiFLOHVLPSOHV
3DUD UHVROYHU SUREOHPDV TXH HQYROYHP R FiOFXOR GR SRWHQFLDO HOpWULFR GH
GLVWULEXLo}HVFRQWtQXDVGHFDUJDHPGXDVHWUrVGLPHQV}HVpLPSRUWDQWHUHOHPEUDU
RVHOHPHQWRVGHiUHD dA HGHYROXPH dV ([HPSOR
$GHQVLGDGHVXSHUILFLDO σ LQGLFDRQ~PHURGHFDUJDVSRUXQLGDGHGHiUHD
E'LVWULEXLomRYROXPpWULFDGHFDUJDVRHOHPHQWRGHYROXPH dV SRGH
VHUH[SUHVVRFRPR
dV = dx dy dz SDUDFRRUGHQDGDVFDUWHVLDQDV
)LJXUD)LRUHWLOtQHRKRPRJrQHR
dV = r dr dφ dz SDUDFRRUGHQDGDVFLOtQGULFDV
6ROXomR 6HMD R VLVWHPD GH FRRUGHQDGDV FRP RULJHP HP 2 SRQWR PpGLR GRILR
181 182
FRP HL[R 2] SHUSHQGLFXODU DR SDSHO H VDLQGR GHOH 6HP SHUGD GH JHQHUDOLGDGH 6ROXomR1R([HPSORHQFRQWUDPRVSDUDXPILRILQLWRGHFRPSULPHQWR 2l H
SRGHPRV HVFROKHU R SRQWR 3VLWXDGR QR SODQR \] DVFRRUGHQDGDV VHUmR 3\ GHQVLGDGH OLQHDU GH FDUJDV λ TXH R SRWHQFLDO UHODWLYR DR LQILQLWR p GDGR SHOD
1HVWHVLVWHPDWHPRV HTXDomR
rP = y r = x2 + y2
3RGHPRVFRQVLGHUDUXPILRLQILQLWRFRPRXPFDVROLPLWHGHVVDH[SUHVVmRTXDQGR
1 λ dx 1 ª l2 + y2 + l º 1 ª 1 + y 2 / l 2 + 1º
dV ( y ) = V ( y) = λ ln « »= λ ln « ».
4πε 0 x2 + y2 4πε o «¬ l + y − l »¼ 4πε o
2 2
«¬ 1 + y 2 / l 2 − 1»¼
§ y2 ·
q §¨ y + l + l ·¸
2 2
V=
1
ln
2 + ¨¨ 2 ¸¸
4πε 0 2 l ¨ y + l 2 − l ¸
2
V ( y) =
1
λ ln © 2l ¹
© ¹ 4πε o y2
2EVHUYH TXH REWHU R SRWHQFLDO GH XP ILR UHWLOtQHR FDUUHJDGR IRL PDLV IiFLO GR TXH 2l 2
REWHURFDPSRHOpWULFRTXHHOHFULD1DWXUDOPHQWHLVVRVHGHYHDRIDWRGRSRWHQFLDO /RJR
HOpWULFR VHU XPD JUDQGH]D HVFDODU H QmR YHWRULDO FRPR R FDPSR HOpWULFR TXH QRV 1 ª § 4l 2 ·º
V ( y) = λ «ln¨ + 1¸¸»
REULJDULD D LQFOXLUD GLUHomR H RVHQWLGR GR FDPSR HOpWULFR H FDOFXOiOR D SDUWLU GH 4πε o ¬ ¨© y 2 ¹¼
VXDVFRPSRQHQWHV
$SOLFDQGRDJRUDDHVWDH[SUHVVmRRGHVHQYROYLPHQWRGRORJDULWPR
α2
ln(1 + α ) = 1 + +
([HPSOR 2
REWHPRVFRP α = 2l / y
&DOFXOHRSRWHQFLDOHOpWULFRHPXPSRQWR3DXPDGLVWkQFLD y GHXPILRUHWLOtQHR
LQILQLWRFDUUHJDGRXQLIRUPHPHQWHFRPFDUJD4ILJXUD 1 § 2l ·
V ( y) ≈ λ ln¨¨ ¸¸
2πε o © y¹
2EVHUYH TXH WRPDQGR R ILR LQILQLWR WHUHPRV R SRWHQFLDO V ( y ) WDPEpP
LQILQLWR SRLV l → ∞ ,VVRRFRUUHSRUTXH D SUySULD GLVWULEXLomR GH FDUJD p LQILQLWD
$OHUWDPRV QDV DXODV H VREUH R FXLGDGR FRP D HVFROKD GR QtYHO GH SRWHQFLDO
SDUDGLVWULEXLo}HVLQILQLWDVGHFDUJDV(VVHH[HPSORQRVPRVWUDTXHQmRSRGHPRV
HVFROKHURLQILQLWRFRPRQRVVRQtYHOGHUHIHUrQFLD3RGHPRVHVFROKHUSRUH[HPSOR
)LJXUD)LRUHWLOtQHRLQILQLWRFDUUHJDGR
XP SRQWR $ TXDOTXHU VLWXDGR D XPD GLVWkQFLD yo GR ILR LQILQLWR RQGH Vo = 0
183 184
'HVVDIRUPDWHUHPRV )LJXUD$UFRGHUDLR5
1 § 2l · 1 § 2l · Solução: 7HPRVTXH
V ( y) − V ( y 0 ) = V ( y ) − 0 = λ ln¨¨ ¸¸ − λ ln¨¨ ¸¸
2πε o © ¹
y 2πε © y0 ¹
o 1 dq
V (r ) =
4πε 0 ³ r
RX
6HMD R HOHPHQWR GH FRPSULPHQWRGR DUFR FRPR PRVWUDGR QD )LJXUD 7HPRV
λ ª § 2l · § 2 l ·º
V ( y) = «ln¨¨ ¸¸ − ln¨¨ ¸¸» TXH dq = λ R dθ ' HFRPRDGLVWkQFLDGH dq DRFHQWURGRDUFRpFRQVWDQWHHLJXDO
2πε o ¬ © y ¹ © y 0 ¹¼
DRUDLR5GRDUFRYHP
/HPEUDQGRTXH
λ θ2 R λ
V (r ) = ³θ dθ ' = (θ 2 − θ1 )
§a· 4πε 0 R 4πε 0
ln a − ln b = ln ¨ ¸
1
©b¹
1RWHTXHRVkQJXORVVmRPHGLGRVHPUDGLDQRV
WHUHPRVTXH
1 § yo ·
V ( y) = λ ln¨¨ ¸¸
$WLYLGDGH
2πε o © y¹
2EWHQKDRYDORUGRSRWHQFLDOQRFHQWURGRDUFRTXDQGRRkQJXORVXEHQWHQGLGRSHOR
DUFRQHVWHFHQWURIRUGHDDGHQVLGDGHOLQHDUGHFDUJDIRUP&P
$7,9,'$'(
2EWHQKD XPD H[SUHVVVmR SDUD R SRWHQFLDO HOpWULFR HPXP SRQWR 3VLWXDGR D XPD
327(1&,$/ (/e75,&2 '( ',675,%8,d®(6 683(5),&,$,6 '(
GLVWkQFLD r GHXPFLOLQGURLQILQLWRFRPGHQVLGDGHOLQHDUGHFDUJDV λ
&$5*$
3DUD GLVWULEXLo}HV VXSHUILFLDLV GH FDUJD R HOHPHQWR GH FDUJD dq p
([HPSOR
VXEVWLWXtGR SHOR SURGXWR GD GHQVLGDGH VXSHUILFLDO GH FDUJD σ SHOR HOHPHQWR GH
&DOFXOHRSRWHQFLDOHOpWULFRQRFHQWURGHFXUYDWXUDGHXPDUFRGHFtUFXORGHUDLR5
VXSHUItFLH dA ; D LQWHJUDO p FDOFXODGD VREUH D VXSHUItFLH RQGH D FDUJD HVWi
FRPXPDGHQVLGDGHOLQHDUGHFDUJDFRQVWDQWH λ (figura 11.4).
GLVWULEXtGD
(;(03/2
327(1&,$/(/e75,&2'(80',6&2&$55(*$'2
RSRWHQFLDOJHUDGRSRUHOHHPXPSRQWR3GRHL[RGHVLPHWULDGRGLVFRHVLWXDGRj
GLVWkQFLD x GHVWHFHQWUR
62/8d$2 8P HOHPHQWR GH FDUJD dq FULD XP SRWHQFLDO HOpWULFR dV D XPD
185 186
dq 1 327(1&,$/(/e75,&2'(',675,%8,d®(692/80e75,&$6'(
dV ( x) =
4πε 0 r ' &$5*$
1R FDVR GH GLVWULEXLo}HV YROXPpWULFDV GH FDUJD R HOHPHQWR GH FDUJD dq p
VXEVWLWXtGRSHORSURGXWRGDGHQVLGDGHYROXPpWULFD ρ SHORHOHPHQWRGHYROXPH dV
HDLQWHJUDOpFDOFXODGDVREUHRYROXPHRQGHDFDUJDHVWiGLVWULEXtGD
(;(03/2
327(1&,$/(/e75,&2'(80$&$6&$(6)e5,&$&$55(*$'$
9DPRVGHWHUPLQDURSRWHQFLDOHPXPSRQWR3GHYLGRDXPDFDVFDHVIpULFDGHUDLR
R TXH SRVVXL XPD GHQVLGDGH VXSHUILFLDO GH FDUJD XQLIRUPH 8VDUHPRV R LQILQLWR
)LJXUDGLVFRFDUUHJDGR
FRPRSRQWRGHUHIHUrQFLD
3DUD UHVROYHU R SUREOHPD YDPRV XVDU FRRUGHQDGDV SRODUHV $VVLP R
HOHPHQWR GH FDUJD dq p GDGR SRU dq = σ r ′ dθ ′ dr ′ ,QWHJUDQGR D HTXDomR DFLPD
REWHPRV
2π R σ r′
V ( x) = ³ dθ ′³ dr ′
0 0 4πε 0 r′ + x2
2
2π σ R r′
V ( x) = ³ dr ′
4πε 0 0
r ′2 + x 2
$LQWHJUDOHP r ′ pIHLWDDSDUWLUGDVXEVWLWXLomR
)LJXUD&RRUGHQDGDVGRHOHPHQWRGHiUHD
u = x 2 + r ′2 → du = 2 r ′ dr ′.
1RVLVWHPDGHFRRUGHQDGDVGD)LJXUDWHPRV
2EWHPRVHQWmRSDUD V ( x) DH[SUHVVmR
rP = z r = R 2 + z 2 − 2 R z cosθ ′
[x ]
x2 + R2
σ 1 du σ ªu º1/ 2
σ
2 ε0 ³ 2 u 4 ε0
V ( x) = = « » = 2
+ R2 − x (QWmR
¬ 1/ 2 ¼ x2 2 ε0
1 dq
dV ( z ) =
σ 4πε 0 R 2 + z 2 − 2 R z cosθ ′
V ( x) = [ x 2 + R 2 − x]
2ε 0
9DPRV XVDU FRRUGHQDGDV HVIpULFDV SDUD UHVROYHU R SUREOHPD GD LQWHJUDomR GD
RX como σ = Q / π R 2 , YHP HTXDomRDFLPDWHPRVHQWmRTXH
q
V ( x) =
Q
[ x 2 + R 2 − x]. dq = σ dA = σ R 2 sinθ ′ dθ ′ dφ ′ H σ=
2πε 0 R 2 4π R 2
187 188
$VVLP E SDUD SRQWRV GHQWUR GD HVIHUD z < R H WRPDPRV R VLQDO QHJDWLYR GD UDL]
TXDGUDGDTXHILFD
σ R 2 sin θ ′ dθ ′ dφ ′
dV (rP ) = ,
4πε 0 R + z − 2 R z cosθ ′
2 2
( R − z) 2 = R − z
,QWHJUDQGRWHPRV
(QWmR
σ 2π π R 2 sin θ ′ Rσ
V ( z) = ³ dφ ′ ³ dθ ′ V ( z) = [( R + z ) − ( R − z )]
4πε 0 0 0
R + z 2 − 2 R z cosθ ′
2
2ε 0 z
$ LQWHJUDO HP φ ′ SRGH VHU HIHWXDGD LPHGLDWDPHQWH XPD YH] TXH R LQWHJUDQGR Rσ
V ( z) = (r ≤ R ).
LQGHSHQGHGH φ ′ $LQWHJUDOHP θ ′ VHID]FRPDPXGDQoDGHYDULiYHO RX
ε0
'HWHUPLQDUDSDUWLUGRVUHVXOWDGRVGR([HPSORRSRWHQFLDOHOpWULFRGHQWURH
RTXHGi
IRUDGHXPDFDVFDHVIpULFDFRQGXWRUDGHUDLR5
V ( z) =
σ
4πε 0
R 2 ⋅ 2π ³
+2 Rz
2 Rz
− dx/2 Rz
R +z −x
2 2
=
4
σ R
ε0 z
2 R2 + z 2 − x [ ]
−2 Rz
+ 2 Rz
$WLYLGDGH
=
σR
2ε 0 z
[R 2
+ z2 + 2 R z − R2 + z2 − 2 R z ] )DoD XP HVERoR GR JUiILFR GR SRWHQFLDO HOpWULFR SDUD SRQWRV GHQWUR H IRUD
GH XPD FDVFD HVIpULFD FRQGXWRUD FDUUHJDGD HOHWULFDPHQWH FRP GHQVLGDGH
=
σR
2ε 0 z
[ (R + z) 2
− (R − z) 2 . ] VXSHUILFLDOGHFDUJD σ HUDLR R
1HVWH SRQWR GHYHPRV WHU FXLGDGR DR H[WUDLU D UDL] TXDGUDGD FXMR YDORU GHYH VHU
XPQ~PHURUHDO
TXHILFD
(R − z) = z − R
2
(QWmR
Rσ
V ( z) = [( R + z ) − ( z − R)]
2ε 0 z
RX
Rσ 2
V ( z) = (r > R)
ε0z
189 190
5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6 Rσ RQ 1 Q
V ( R) = = =
ε0 4πε 0 R 2 4πε 0 R
$7,9,'$'(
$7,9,'$'(
3RGHPRVSHQVDUHPXPFLOLQGURLQILQLWRFRPRXPILRLQILQLWRTXHSRVVXLXP
UDLR R FRPR VXJHUHDILJXUD 2 SRWHQFLDO GHXP FLOLQGUR LQILQLWRFDUUHJDGRp $ ILJXUD PRVWUD XP HVERoR GRV JUiILFRV GR FDPSR HOpWULFR H GR
VHPHOKDQWH DR SURGX]LGR SRU XP ILR LQILQLWR FRQWXGR FDOFXODPRV R SRWHQFLDO SDUD SRWHQFLDO HOpWULFR SDUD SRQWRV GHQWUR H IRUD GH XPD FDVFD HVIpULFD FRQGXWRUD
SRQWRV HP TXH y > R 1HVVH FDVR SRGHPRV WRPDU FRPR QtYHO GH SRWHQFLDO D FDUUHJDGD
VXSHUItFLHGRFLOLQGURRQGH y = R . 'HVVDIRUPDWHUHPRV
1 §R·
V= λ ln¨¨ ¸¸
2πε o © y¹
)LJXUD *UiILFRV GR FDPSR HOpWULFR H SRWHQFLDO HOpWULFR GH XPD HVIHUD
)LJXUD&LOLQGURLQILQLWRFDUUHJDGR FDUUHJDGD
1R LQWHULRU GD HVIHUD R FDPSR HOpWULFR p QXOR VHQGR R SRWHQFLDO FRQVWDQWH
$7,9,'$'( 3DUDSRQWRVIRUDGDHVIHUDRFDPSRpLQYHUVDPHQWHSURSRUFLRQDODRTXDGUDGRGH r
$7,9,'$'(
&RPRDHVIHUDpPHWiOLFDDFDUJDHOpWULFDVHGLVWULEXLQDVXDVXSHUItFLH(QWmRGH
DFRUGRFRPR([HPSORRSRWHQFLDOGHQWURGDHVIHUDpRPHVPRTXHQDVXD
VXSHUItFLH
191 192
GDTXHVWmRDQWHULRUVHRWHUPLQDOSRVLWLYRGHXPDGHODVHVWLYHVVHHPFRQWDWRFRP
RWHUPLQDOSRVLWLYRGDRXWUD"
(;(5&Ë&,26'(),;$d2
(2EWHQKDRSRWHQFLDOHOpWULFRHPXPSRQWR3VLWXDGRQRHL[RGHXPDQHOGH
UDLRLJXDODFPFDUUHJDGRXQLIRUPHPHQWHFRPFDUJDGHQ&DXPDGLVWkQFLD
GHFPGRVHXFHQWUR
)LJXUD *UiILFR GR SRWHQFLDO HOpWULFR SDUD XPD FDVFD HVIpULFD
FDUUHJDGD
(8PILRUHWLOtQHRGHFRPSULPHQWRLJXDODPHVWiLVRODGRHFDUUHJDGRFRP
−9
XPDFDUJD Q = −6,2 × 10 C 8PHOpWURQpDEDQGRQDGRSUy[LPRDRFHQWURGRILRD
3(16((5(6321'$
XPDGLVWkQFLDGHFP
353DUDSRQWRVVLWXDGRVDXPDGLVWkQFLD z >> R RSRWHQFLDOGHXPDHVSLUD D 2 TXH VH SRGH GL]HU VREUH R PRYLPHQWR GR HOpWURQ QRV SULPHLURV V GH
FDUUHJDGDVHUHGX]DRGHXPDFDUJDSXQWLIRUPH" PRYLPHQWR"
SRWHQFLDOGHDOJXQVPLOKDUHVGHYROWV4XDQGRYRFrWRFDDODWDULDQHVVDVFRQGLo}HV ( 8P GLVFR FRP UDLR R = 11cm HVWi FDUUHJDGR FRP FDUJD Q = 3,0nC 8PD
SRGHVHUTXH OHYHXPSHTXHQRFKRTXH6HYRFrQRHQWDQWRWRFDHPXPDOLQKDGH
HVIHUD PDFLoD FDUUHJDGD FRP FDUJD q = −6,0nC UDLR r = 2,5 cm HVWi QR HL[R GR
WUDQVPLVVmR FRP XP SRWHQFLDO FRPSDUiYHO R FKRTXH VHULD IDWDO 3RU TXH H[LVWH
GLVFRDXPDGLVWkQFLDGRVHXFHQWUR
HVVDGLIHUHQoD"
D 'HWHUPLQHRSRWHQFLDOHOpWULFRQRFHQWURGRGLVFR
35 $ GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH GRLV WHUPLQDLV GH XPD SLOKD $$ p GH E 4XDOpRSRWHQFLDOHOpWULFRQRSRQWRPpGLRHQWUHRGLVFRHDHVIHUD
YROW4XDQGRGXDVSLOKDV$$VmROLJDGDVHPVpULHGHPRGRTXHRWHUPLQDOSRVLWLYR
F 'HWHUPLQH D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH GRLV SRQWRV VLWXDGRV D XPD
GH XPD GDV SLOKDV HVWHMD HP FRQWDWR FRP R WHUPLQDO QHJDWLYR GD RXWUD TXDO p D
GLVWkQFLD r1 = 3,5 cm H r2 = 8,5 cm GRFHQWURGDHVIHUDTXHROLJDDRFHQWURGRGLVFR
GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH RV GRLV WHUPLQDLV OLYUHV GHVVD FRPELQDomR" ([SOLTXH
VHXUDFLRFtQLR
354XDOVHULDDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHRVGRLVWHUPLQDLVOLYUHVGDVSLOKDV
193 194
r & & z σ & σ
$8/$5(/$d2(175(&$032(327(1&,$/(/e75,&2 V ( z ) = − ³ E • ds = − ³ ( k • kˆ) ds = − z
r0 0 2ε 2ε 0
0
2%-(7,926
'(7(50,1$5$5(/$d2(175(327(1&,$/(&$032(/e75,&2
$7,9,'$'(
&DOFXOH R SRWHQFLDO HP XP SRQWR 3 VLWXDGR j GLVWkQFLD \ GH XP ILR LQILQLWR FRP
GLVWULEXLomRXQLIRUPHGHFDUJDV
2%7(1'22327(1&,$/$3$57,5'2&$032(/e75,&2
$HTXDomRGRSRWHQFLDOQRSRQWR3[\]GHXPFDPSRHOpWULFR
(;(03/2
P→ →
&DOFXOHRSRWHQFLDOQRSRQWR3VLWXDGRVREUHRHL[RGHXPDHVSLUDFLUFXODUGHUDLR
VP = ³ dV = − ³ E • ds
A (12.1) 5 j GLVWkQFLD ] GR FHQWUR GHOD VXSRQGR D HVSLUD FDUUHJDGD SRVLWLYDPHQWH FRP
XPDGLVWULEXLomROLQHDUXQLIRUPHGHFDUJDV
HP TXH $ p R QtYHO GH SRWHQFLDO QRV Gi D UHODomR HQWUH R SRWHQFLDO H R FDPSR
HOpWULFR QR SRQWR 3 QD IRUPD LQWHJUDO (OD QRV SHUPLWH GHWHUPLQDU R SRWHQFLDO QR
SRQWR 3 TXDQGR FRQKHFHPRV R FDPSR HOpWULFR QHVWH SRQWR 9HMDPRV DOJXQV 6ROXomR2FDPSRHOpWULFRJHUDGRSRUXPDHVSLUDFLUFXODUGHUDLR5HPXPSRQWR
H[HPSORVGHVXDDSOLFDomR GHVHXHL[RHjGLVWkQFLD]GHVHXFHQWURp
Q z
(;(03/2 E( z) = kˆ
4πε 0 ( R 2 + z 2 ) 3 / 2
3RWHQFLDOGHXPDGLVWULEXLomRSODQDLQILQLWDGHFDUJD
&
(QWmRFRP ds = dz kˆ RSRWHQFLDOQRSRQWR3UHODWLYRDRLQILQLWRp
&DOFXODU R SRWHQFLDO HOpWULFR JHUDGR SRU XPD GLVWULEXLomR SODQD LQILQLWD GH FDUJD
HPXPSRQWR3VLWXDGRDXPDGLVWkQFLD]GDGLVWULEXLomR & & z Q z Q z z
V ( z ) = − ³ E • ds = − ³ (kˆ • kˆ) dz = − ³ dz
∞ 4πε ( R 2 + z 2 ) 3 / 2 4πε ∞ (R 2 + z 2 )3/ 2
6ROXomR7RPDQGRXPVLVWHPDGHFRRUGHQDGDVFRPRULJHPQRSODQRGHFDUJDVH 0 0
HL[R 2] FRP GLUHomR SHUSHQGLFXODU D HOH RV HL[RV 2[ H 2\ HVWmR VLWXDGRV QR RXFRPDPXGDQoDGHYDULiYHO
&
SODQRWHPRVTXH rP = z H
u = R2 + z 2 → du = 2 z dz z =∞→u =∞ z = z → u = R2 + z 2
rp & &
V ( z) = − ³ E • ds YHP
r0
R2 + z2
Q 1 R2 + z 2 du Q 1 2 Q 1
HP TXH r0 se refere j SRVLomR GR QtYHO GH SRWHQFLDO 1R FDVR GR SODQR LQILQLWR p V ( z) = −
4πε 0 2 ³
∞ u 3/ 2
=−
4πε 0 2
− 1/ 2
u ∞
=
4πε 0 R + z2
2
PHOKRU HVFROKHUPRV R QtYHO ]HUR GH SRWHQFLDO FRLQFLGLQGR FRP R SODQR 1D
H[SUHVVmR DFLPD FRQKHFHPRV R FDPSR HOpWULFR JHUDGR SHOR SODQR LQILQLWR (OH p
XQLIRUPHHpGDGRSRU
& σ ˆ $7,9,'$'(
E= k
2ε 0 &DOFXOHRSRWHQFLDOQRSRQWR3VLWXDGRVREUHRHL[RGHXPDHVSLUDFLUFXODUGHUDLR
5 j GLVWkQFLD ] GR FHQWUR GHOD VXSRQGR D HVSLUD FDUUHJDGD QHJDWLYDPHQWH FRP
HP TXHk̂ p R XQLWiULR GR HL[R 2] $VVLP R SRWHQFLDO HP XP SRQWR 3[\] GR XPDGLVWULEXLomROLQHDUXQLIRUPHGHFDUJDV
&
HVSDoRVHUiFRP ds = ds kˆ
196 197
(;(03/2 FDUJDGHQWURYROXPHGDHVIHUDGHUDLR r , HQWmR
327(1&,$/'(80$(6)(5$',(/e75,&$&$55(*$'$ q Q r3
= q=
&DOFXODU R SRWHQFLDO GH XPD HVIHUD GLHOpWULFD PDFLoD GH UDLR R FDUUHJDGD r 3 R3 R3
XQLIRUPHPHQWHFRPFDUJDWRWDO4SRVLWLYDHPXPSRQWR3GHQWURGHOD rP < R (QWmRDH[SUHVVmRGRFDPSRHOpWULFRILFD
6ROXomR7HPRV &
E=
1 Q
r rˆ (r ≤ rP )
rP & & 4πε 0 R 3
V (rP ) = − ³ E • ds
∞
1RGHVORFDPHQWRGRSRQWR3 r = rP DWpDVXSHUItFLH r = R WHPRVTXH
HPTXHRQtYHOGHHQHUJLDSRWHQFLDOIRLHVFROKLGRVLWXDGRQRLQILQLWR3DUDXPSRQWR
R & & Q R &
3 GR FDPSR D GLVWkQFLDV rP DR FHQWUR GD HVIHUD WDLV TXH R ≤ rP < ∞ , R FDPSR V ( R) − V (rP ) = − ³ E • ds = − ³ r (rˆ • ds )
rp 4π ε 0 R 3 rP
HOpWULFRp
&
& 0DVQRGHVORFDPHQWRGH5DWp rP , rˆ • ds = dr e, então:
E=
1 Q
rˆ (R ≤ rP < ∞ )
4πε 0 r 2 R & § R 2 − rP2 ·
& Q R Q
V ( R ) − V ( rP ) = − ³ E • ds = − ³ r dr = − ¨ ¸
3DUDXPSRQWR3LQWHULRUjHVIHUD 0 ≤ rP ≤ R RFDPSRHOpWULFRpGDGRSRU
rP 4π ε 0 R 3 rP 4π ε 0 R ¨© 2 ¸¹
3
& /RJR
E=
1 q
rˆ (0 ≤ rP ≤ R )
4πε 0 r 2 V ( rP < R) = V ( R) − [V ( R ) − V (rP )] =
§ R 2 − rP2 ·
V ( rP < R ) = V ( R ) − [V ( R ) − V (rP )] =
1 Q Q
HP TXH q p D FDUJD GD HVIHUD FRQWLGD GHQWUR GR UDLR r ≤ rP H r̂ p R XQLWiULR + ¨¨ ¸¸
4πε 0 R 4π ε 0 R 3 © 2 ¹
GLULJLGRGRFHQWURSDUDDVXSHUItFLHGDHVIHUDSRUTXHDFDUJDpSRVLWLYD (VWDVGXDV
PHVPD SDUD DPERV RV FDVRV $VVLP SDUD FDOFXODU R SRWHQFLDO HP UHODomR D XP Q § 3 R 2 − rP2 ·
V ( rP < R) = ¨ ¸¸
QtYHO QR LQILQLWR YDPRV GLYLGLU R SUREOHPD HP GRLV FDOFXODPRV R SRWHQFLDO QD 8πε 0 ¨© R3 ¹
VXSHUItFLH GD HVIHUD H VRPDPRV DOJHEULFDPHQWH R UHVXOWDGR j GLIHUHQoD GH
SRWHQFLDOHQWUHRSRQWR3LQWHULRUjHVIHUDFDUUHJDGDHjVXSHUItFLH
$HTXDomR
2SRWHQFLDOQDVXSHUItFLHGDHVIHUDMiQRVpIDPLOLDU
P→ →
VP = ³ dV = − ³ E • ds
1 Q
V ( R) =
A
4πε 0 R QRV SHUPLWH FDOFXODU R FDPSR HOpWULFR HP XP SRQWR 3 D SDUWLU GR SRWHQFLDO QHVWH
SRQWR3DUDID]HULVVRFRQVLGHUHPRVXPVLVWHPDGHFRRUGHQDGDVFDUWHVLDQDVSRGH
$GLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDVXSHUItFLHGDHVIHUDHRSRQWR3p
VHU WDPEpP TXDOTXHU RXWUR PDV SDUD VLPSOLILFDU XVDUHPRV DV FRRUGHQDGDV
R & &
V ( R) − V (rP ) = − ³ E • ds FDUWHVLDQDV1HVWHVLVWHPDVHMDP
rp
&
ds = dx iˆ + dy ˆj + dz kˆ
3RUWDQWRSUHFLVDPRVFDOFXODURFDPSRHOpWULFRQRSRQWR3GHQWURGDHVIHUD&RPR
RYHWRUGHVORFDPHQWRQRSRQWR3H
D GHQVLGDGH YROXPpWULFD GH FDUJDV p FRQVWDQWH SRGHPRV HVFUHYHU TXH VH q p
198 199
&
E = E x iˆ + E y ˆj + Ez kˆ ∂V ∂ 1 1 2x x
= = =
∂x ∂x ( x 2 + y 2 + z 2 ) 1 2 2 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2
RYHWRUFDPSRHOpWULFRHP3HQWmR
& & ∂V ∂ 1 1 2y y
E • ds = E x dx (iˆ • iˆ) + E y dy ( ˆj • ˆj ) + E z dz ( kˆ • kˆ) = = =
∂y ∂y ( x 2 + y 2 + z 2 ) 1 2 2 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2
LVWRp
& & ∂V ∂ 1 1 2z z
= = =
E • ds = E x dx + E y dy + E z dz (12.4) ∂z ∂z ( x 2 + y 2 + z 2 ) 1 2 2 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2
∂V ∂V ∂V ∂V
dV = dx + dy + dz Ex = − =−
x
∂x ∂y ∂z ∂x 3
(x2 + y 2 + z 2 ) 2
RSRWHQFLDO9[\]SRGHVHUHVFULWRFRPR
∂V y
Ey = − =−
∂V ∂V ∂V ∂y 3
(x2 + y 2 + z 2 ) 2
V = ³ dV = ³ dx + dy + dz
∂x ∂y ∂z
∂V z
Ez = − =−
∂z 3
(x + y + z 2 ) 2
2 2
TXHVmRDVUHODo}HVHQWUHRSRWHQFLDOQRSRQWR3HRFDPSRHOpWULFRQHVWHSRQWR & 1 Q
RX E = rˆ
4πε 0 r 2
(;(03/2
1
6ROXomR7HPRVTXH r = ( x + y + z )
2 2 2 2
(QWmR HP TXH R YHWRU r̂ p R XQLWiULR GD GLUHomR TXH XQH R FHQWUR GR GLSROR DR SRQWR 3
200 201
)LJXUDH p = Qd pRPRPHQWRGHGLSROR&DOFXODURFDPSRHOpWULFRHP3
∂V p ∂ ª z º
Ez = − =− « »=
∂z 4πε 0 ∂z « ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2 »
¬ ¼
p ª ( x 2 + y 2 + z 2 ) 2 z (3 / 2 ) ( 2 z ) ( x 2 + y 2 + z 2 )1 / 2 º
3
=− « 2 − »=
4πε 0 « ( x + y + z )
2 2 3
(x2 + y 2 + z 2 )3 »¼
¬
p ª 1 3z2 º
=− « 2 − 2 2 5/ 2 »
4πε 0 ¬ ( x + y 2
+ z 2 3/ 2
) ( x + y 2
+ z ) ¼
RX
∂V p § 3z 2 1 ·
)LJXUDRGLSRORHOpWULFR Ez = − = ¨ − ¸
∂z 4πε 0 ¨© r 5 r 3 ¸¹
6ROXomR (VFROKHQGR R HL[R 2] GH XP VLVWHPD GH FRRUGHQDGDV FDUWHVLDQR FRP
RULJHPHP2FHQWURGRGLSRORWHPRVTXH z = r cos θ e:
1 pz 1 pz
V ( x, y , z ) = = $7,9,'$'(
4π ε 0 r 3 4 π ε 0 ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2
&DOFXOHRFDPSRHOpWULFRHPXPSRQWR3VLWXDGRjGLVWkQFLDUQRHL[RGHXPGLVFR
(QWmR
FRPXPDGHQVLGDGHGHFDUJDSRVLWLYDFRQVWDQWH
∂V p ∂ ª z º
Ex = − =− « »
∂x 4πε 0 ∂x « ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 2 »
¬ ¼
6$,%$0$,6
RX
$ HTXDomR QRV GL] TXH SDUD TXH R SRWHQFLDO HOpWULFR VHMD XQLYRFDPHQWH
GHWHUPLQDGR HP TXDOTXHU SRQWR 3 GH XP FDPSR HOpWULFR p QHFHVViULR TXH D
p ª ( x 2 + y 2 + z 2 ) 2 − z (3 / 2) ( x 2 + y 2 + z 2 ) 2 2 z º
3 1
LQWHJUDO GR VHJXQGR PHPEUR VHMD LQGHSHQGHQWH GD WUDMHWyULD HQWUH R QtYHO $ H R
Ex = − « »
4πε 0 « (x + y + z )
2 2 2 3
»¼ SRQWR3RXVHMDTXHRLQWHJUDQGRVHMDXPDGLIHUHQFLDOH[DWD,VWRVLJQLILFDTXHR
¬
SRWHQFLDO VHMD XPD IXQomR FRQWtQXD H WHQKD GHULYDGDV FRQWtQXDV HP WRGRV RV
RXDLQGD
SRQWRVGRFDPSR'HDFRUGRFRPRWHRUHPDGH6FKZDU]GRFiOFXORGHIXQo}HVGH
p ª 1 3z2 º YiULDVYDULiYHLVDFRQGLomRGHGLIHUHQFLDOH[DWDpTXH
Ex = − « − 2 »
4πε 0 « ( x 2 + y 2 + z 2 ) 2 ( x + y 2 + z 2 ) 5 / 2 »
3
¬ ¼
)LQDOPHQWH ∂ 2V ∂ 2V ∂ 2V ∂ 2V ∂ 2V ∂ 2V
= = =
∂V p 3xz ∂y∂x ∂x∂y ∂y∂z ∂z∂y ∂x∂z ∂z∂x
Ex = − =
∂x 4πε 0 r 5
202 203
$QDORJDPHQWH FRPELQDQGR D SULPHLUD H WHUFHLUD H[SUHVV}HV DVVLP FRPR D
6$,%$0$,6
VHJXQGDHDWHUFHLUDREWHPRV
$HTXDomRSRGHVHUHVFULWDFRPR
∂ 2V ∂E ∂ 2V ∂E &
=− x =− z & & &
∂z∂x ∂z ∂x∂z ∂x dV = ∇V • ds = ∇V cos θ ds
∂ 2V ∂E y ∂ 2V ∂E HP TXH θ p R kQJXOR HQWUH RV GRLV YHWRUHV (OD QRV LQGLFD TXH D YDULDomR GR
=− =− z
∂z∂y ∂z ∂y∂z ∂y SRWHQFLDO FRP D SRVLomRQR FDPSR HOpWULFR GHSHQGH GDGLUHomR FRQVLGHUDGD QHVWH
FDPSR(VVDYDULDomRpQXODTXDQGR θ LVWRpTXDQGRDGLUHomRFRQVLGHUDGD
(QWmRGHHYHP
&
GDGDSRU ds IRU SHUSHQGLFXODU DR JUDGLHQWH GH SRWHQFLDOHOD pPi[LPD SDUD θ
∂E x ∂E y ∂E x ∂E z ∂E z ∂E y
= = = RXTXDQGRHVWDGLUHomRIRUSDUDOHODDRJUDGLHQWHGHSRWHQFLDO(VVHIDWRQRV
∂y ∂x ∂z ∂x ∂y ∂z
LQGLFD TXH R JUDGLHQWH p XP YHWRU TXH QRV GHILQH XPD GHULYDGD GLUHFLRQDO FXMR
TXH GmR D FRQGLomR SDUD TXH RSRWHQFLDO 9[\] VHMD XQLYRFDPHQWHGHILQLGR HP YDORUGHSHQGH GD GLUHomR FRQVLGHUDGD HP VHX FiOFXOR$ HTXDomR QRV GL]
FDGD SRQWR 3 GR FDPSR HOpWULFR (VVD FRQGLomR PRVWUD WDPEpP TXH DV WUrV HQWmRTXHDGLUHomRGHPDLRUYDORUGRFDPSRHOpWULFRpDPHVPDGRJUDGLHQWHGH
FRPSRQHQWHV GR YHWRU FDPSRHOpWULFR QmR VmR LQGHSHQGHQWHV XPDV GDV RXWUDV R SRWHQFLDODOpPGLVVRRVHQWLGRGRFDPSRpRSRVWRDRGRJUDGLHQWHGHSRWHQFLDO.
TXHSHUPLWHUHGX]LUXPSUREOHPDYHWRULDOHPXPSUREOHPDHVFDODU
$ HTXDomR QRV SHUPLWH GL]HU TXH R SRWHQFLDO SRGH VHU FRQVLGHUDGR
& &
FRPR R SURGXWR HVFDODU GH GRLV YHWRUHV R YHWRU ds , H XP RXWUR YHWRU ∇V
GHQRPLQDGR JUDGLHQWH GR SRWHQFLDO FXMDV FRPSRQHQWHV FDUWHVLDQDV VmR DV
GHULYDGDVSDUFLDLVGRSRWHQFLDOUHODWLYDPHQWHjVFRRUGHQDGDV
& ∂V ˆ ∂V ˆ ∂V ˆ
∇V = i+ j+ k
∂x ∂y ∂z
(QWmRSRGHPRVHVFUHYHUXPDUHODomRYHWRULDOHPWHUPRVGRJUDGLHQWHGR
SRWHQFLDOHRFDPSRHOpWULFR
& &
E = −∇V
(VWDHTXDomRQRVPRVWUDTXHRFDPSRHOpWULFRWHPDPHVPDGLUHomRTXHR
JUDGLHQWH GH SRWHQFLDO PDV VHX VHQWLGR p RSRVWR DR GR JUDGLHQWH GH
SRWHQFLDO
204 205
5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6 $WLYLGDGH
$WLYLGDGH
2FDPSRHOpWULFRJHUDGRSRUXPILRLQILQLWRFRPGHQVLGDGHXQLIRUPHGHFDUJDHP 2SRWHQFLDOHOpWULFRJHUDGRSRUXPGLVFRFRPXPDGHQVLGDGHVXSHUILFLDOGHFDUJDV
XPSRQWRDXPDGLVWkQFLD\GRILRp FRQVWDQWHHPXPSRQWRGHVHXHL[RGHVLPHWULDVLWXDGRjGLVWkQFLD]GRGLVFRp
& λ
E= ˆj
2πε 0 y z σ σ
V ( z) = −³ dz = − z
& 0 2ε 0 2ε 0
(P TXH R XQLWiULR HVWi GLULJLGR SHUSHQGLFXODUPHQWH DR ILR (QWmR FRP ds = dy ˆj
YHP &RPRRSRWHQFLDOpIXQomRDSHQDVGDFRRUGHQDGD]WHPRV
& & y λ λ y dy λ §y ·
V = − ³ E • ds = − ³ ( ˆj • ˆj ) dy = − ³ = ln ¨ 0 ¸¸
y0 2πε 0 y 2πε 0 y0 y 2πε 0 ¨© y ¹ ∂V σ
E ( z) = − =
∂z 2ε 0
HPTXH y0 pRUDLRGRILR
(;(5&Ë&,26'(),;$d2
2FDPSRHOpWULFRJHUDGRSRUXPDHVSLUDFLUFXODUGHUDLR5HPXPSRQWRGHVHXHL[R GH XPDHVSLUD FDUUHJDGD &DOFXOHR FDPSR HOpWULFRD SDUWLU GR SRWHQFLDO &RPSDUH
HjGLVWkQFLD]GHVHXFHQWURp VHXUHVXOWDGRFRPDHTXDomR
Q z
E (z) = − kˆ ( 2 SRWHQFLDO HOpWULFR HP XP SRQWR VREUH R HL[R FHQWUDO GH XP GLVFR
4πε 0 ( R 2 + z 2 ) 3 / 2
XQLIRUPHPHQWH FDUUHJDGR IRL FDOFXODGR QR H[HPSOR $ SDUWLU GHVVD HTXDomR
&
(QWmRFRP ds = dz kˆ RSRWHQFLDOQRSRQWR3UHODWLYRDRLQILQLWRp GHWHUPLQHXPDH[SUHVVmRSDUDRFDPSRHOpWULFR
( &DOFXOH R FDPSR HOpWULFR SDUD XPD FDVFD HVIHUD FDUUHJDGD XWLOL]DQGR RV
& & z Q z Q z z
V ( z ) = − ³ E • ds = ³ (kˆ • kˆ) dz = ³ dz UHVXOWDGRVREWLGRVQRH[HPSOR
∞ 4πε ( R 2 + z 2 ) 3 / 2 4πε 0 ∞ (R 2 + z 2 )3/ 2
0
( 2 SRWHQFLDO HOpWULFR GH XPD FHUWD GLVWULEXLomR GH FDUJDV p
9[\] [\]&DOFXOHRFDPSRHOpWULFRQRSRQWR
RXFRPDPXGDQoDGHYDULiYHO
u = R2 + z 2 → du = 2 z dz z =∞→u =∞ z = z → u = R2 + z 2
YHP
R2 + z 2
Q 1 R2 + z2 du Q 1 2 Q 1
V ( z) =
4πε 0 2 ³
∞
=
u 3 / 2 4πε 0 2
− 1/ 2
u ∞
=−
4πε 0 R2 + z2
206 207
HSDUDOHODVVHSDUDGDVSRUXPDGLVWkQFLDGDILJXUDFPRVWUDRVYiULRVWLSRVGH
FDSDFLWRUFRPXPHQWHXVDGRV
8P FRQGXWRU LVRODGR TXDQGR FDUUHJDGR FRP XPD FDUJD Q JHUD XP
SRWHQFLDO HOpWULFR TXH p SURSRUFLRQDO j FDUJD H GHSHQGH WDPEpP GD IRUPD H GDV
GLPHQV}HV GR FRQGXWRU &RPR DV FDUJDV HOpWULFDV QR FRQGXWRU VH DORMDP QD VXD
VXSHUItFLH TXDQWR PDLRU IRU D iUHD GR FRQGXWRU PDLV FDUJD HOH SRGH DORMDU SDUD )LJXUDD8PFDSDFLWRUFRQVWLWXtGRSRUGRLVFRQGXWRUHVLVRODGRVHFDUUHJDGRV
E XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV F DOJXQV WLSRV GH FDSDFLWRUHV GLVSRQtYHLV
SURGX]LU XP GDGR SRWHQFLDO $ UHODomR HQWUH D FDUJD GR FRQGXWRU H R SRWHQFLDO
FRPHUFLDOPHQWH
JHUDGRSRUHODpGHQRPLQDGDFDSDFLWkQFLDGRFRQGXWRU
Q
C =
V $!#"+0,($ &#' ( ! ($+#"%' %'+1 !"$,($! .%,+% , !"#!"$%& &%
&% " 2%, " ( "* %.+"$( 3 4% (## &% ("$ " ( !#' %.+"$(#' (#
3RU H[HPSOR XP FRQGXWRUHVIpULFR JHUD XP SRWHQFLDO HP SRQWRVIRUDGHOH
'$%+"$ &%'%5 &
VLWXDGRVjGLVWkQFLD R GRFRQGXWRU, TXHpGDGRSRU
$JUDQGH]DTXHGHILQH DV SURSULHGDGHVGRFDSDFLWRUpD( ! ($+0,($ 3TXH
1 Q PHGH D FDSDFLGDGH TXH HOH WHP SDUD DUPD]HQDU FDUJD HOpWULFD 'H DFRUGR FRP D
V=
4πε 0 R
HTXDomR
HDFDSDFLWkQFLDGHVWHFRQGXWRUp Q
C = .
∆V
Q
C= = 4πε 0 R
V HP TXH QHVWH FDVR Q p R PyGXOR GD FDUJD HOpWULFD OtTXLGD QR FRQMXQWR GH
(VVH H[HPSOR QRV PRVWUD TXH D FDSDFLWkQFLD !"#!"$%& &% FRQGXWRUHV H ∆V p R PyGXOR GD GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH HOHV
''#($ & )*%#%+"$ &#(#,&+#"% #%$#-%%.%'%'$+ &RQVHTXHQWHPHQWHDFDSDFLWkQFLD C pVHPSUHSRVLWLYD
$ XQLGDGH GH FDSDFLWkQFLD QR 6, p R )DUDG ) DVVLP GHQRPLQDGR HP 2V FDSDFLWRUHV XVXDLV WHP FDSDFLWkQFLDV GD RUGHP GH PLFURIDUDGV
KRPHQDJHPD0LFKDHO)DUDGD\ 1µF = 1× 10 −6 F
1C
1F = .
1V
67
/
&DOFXOH D FDSDFLWkQFLD GH XP FDSDFLWRU IRUPDGR SRU SODFDV SODQDV H SDUDOHODV GH
8P FDSDFLWRU p XP VLVWHPD FRQVWLWXtGR GH TXDOTXHU SDU GH FRQGXWRUHV
iUHD A VHSDUDGDVSHODGLVWkQFLD L QRYiFXR)LJXUD
LVRODGRV H FDUUHJDGRV FRP FDUJDV GH VLQDLV RSRVWRV FRPR PRVWUD R HVTXHPD GDV
ILJXUDVD$ILJXUDEPRVWUDXPFDSDFLWRUIRUPDGRSRUGXDVSODFDVSODQDV
210 211
1RWH D GHSHQGrQFLD GRV IDWRUHV JHRPpWULFRV A H L H YrVH SRUWDQWR TXH
( ! ($+0,($ ("%'(%(# 1"% %&%("%'(%(# &$'+0,($ ,VVRQRVPRVWUD
GXDVSRVVLELOLGDGHVGHDOWHUDUDFDSDFLWkQFLDGHGLVSRVLWLYRVHPJHUDO
&RQVLGHUH XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV GH iUHD LJXDO D FP $
GLVWkFLDHQWUHDVSODFDVpPPHRPyGXORGDFDUJDHPFDGDSODFDpQ&
)LJXUD&DSDFLWRUGHSODFDVSDUDOHODVFDUUHJDGDVFRPFDUJD4HVHSDUDGDVSRUXPD
D 4XDOpDFDSDFLWkQFLDGHVVHFDSDFLWRUTXDQGRHOHVHHQFRQWUDQRYiFXR"
GLVWkQFLD/
E 'HWHUPLQHDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDVVXDVSODFDV
8
$ GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH GXDV SODFDV FRQGXWRUDV GHSHQGH GD F 'HWHUPLQHRYDORUGRFDPSRHOpWULFRHQWUHVXDVSODFDV
FDUJD QHVVDV SODFDV e FRQYHQLHQWH SRUWDQWR REWHU SULPHLUR D H[SUHVVmR SDUD D
GLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHOpWULFRHQWUHDVGXDVSODFDV
& &
³
∆V = V+ − V− = − E • dl 67
/
2 FDPSR HOpWULFR HQWUH DV SODFDV SODQDV H SDUDOHODV p XQLIRUPH H HVWi GLULJLGR GD 9DPRVFRQVLGHUDUDJRUDRFDVRGHXPDHVIHUDHXPDFDVFDHVIpULFDFRQFrQWULFDVH
SODFDSRVLWLYDSDUDDQHJDWLYDHQWmRHVFROKHQGRXPHL[R2[QDGLUHomRHVHQWLGR FRQGXWRUDV GH UDLRV Ra H Rb FRP FDUJDV + Q H − Q UHVSHFWLYDPHQWH FRPR
GR FDPSR FRP D RULJHP 2 QD SODFD SRVLWLYD D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH DV LOXVWUDDILJXUD4XDODFDSDFLWkQFLDGHVVHFDSDFLWRUHVIpULFR"
SODFDVp
0
∆V = V+ − V− = − ³ E dl = E L
L
8WLOL]DQGRD/HLGH*DXVVSRGHPRVHVFUHYHURFDPSRHOpWULFRQRLQWHULRUGDVSODFDV
FRPRDVRPDYHWRULDOGRVFDPSRVJHUDGRVSRUFDGDXPDGDVSODFDV
RQGH iˆ pRXQLWiULRGRHL[R2[
)LJXUD&DSDFLWRUHVIpULFR
$GLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDVSODFDVGRVFDSDFLWRUHVp
#.9:#&RPRDFDSDFLWkQFLDp
QL
∆V = |Q|
ε0 A C=
| ∆V |
3RUWDQWR SUHFLVDPRV FDOFXODU DQWHV GH PDLV QDGD R FDPSR HOpWULFR H[LVWHQWH HQWUH HVVDV
| Q | ε0A SODFDV SDUD GHSRLV REWHU ∆V $ PHOKRU IRUPD GH REWHU R FDPSR HOpWULFR QHVVH
C = =
| ∆V | L FDVRVLPpWULFRpXVDUDOHLGH*DXVV
212 213
& Q SDUkPHWUR TXH p SHTXHQR H HVFUHYHU D H[SUHVVmR HP WHUPRV GHVVH SDUkPHWUR
³ E • nˆ dA = ε 0
'HSRLVGLVVRID]VHXPDH[SDQVmRHPWRUQRGRYDORU]HURSDUDRSDUkPHWUR(VVH
SDUkPHWUR p HP JHUDO DGLPHQVLRQDO GDGR TXH IUHTXHQWHPHQWH p H[SUHVVR FRPR
$VFDUJDVHVWmRQDVVXSHUItFLHVGRVFRQGXWRUHVHSRUWDQWRRFDPSRHOpWULFR
γ1
SDUD R < Ra p QXOR (QWUH RV FDSDFLWRUHV Ki XP FDPSR HOpWULFR UDGLDO FRPR XPDUD]mRHQWUHGXDVJUDQGH]DVItVLFDV γ 1 H γ 2 VHQGRTXH << 1 RXYLFHYHUVD
γ2
PRVWUDGRQDILJXUD2FDPSRHOpWULFRpFRQVWDQWHVREUHDVXSHUItFLHGH*DXVV
1RQRVVRFDVRHVVDJUDQGH]DItVLFDpRUDLR(QWmRQRVVRSDUkPHWURSHTXHQRVHUi
GHUDLR R P HSRUWDQWR
Ra
<< 1.
Q Rb
E ³ dA =
ε0 9DPRVDJRUDUHHVFUHYHUDH[SUHVVmRSDUD C HPWHUPRVGHVVHSDUkPHWUR
RX 4πε 0 Ra Rb
4πε 0 Ra Rb Rb 4πε 0 R a
Q C = = = .
E ( 4π RP2 ) = Rb − R a Rb − R a R
ε0 1− a
Rb Rb
2FDPSRHOpWULFRpHQWmR
1D H[SUHVVmR DFLPD YrVH FODUDPHQWH TXH TXDQGR QRVVR SDUkPHWURWHQGHD ]HUR
& Q
E= rˆ SRLV Rb → ∞
4πε 0 RP2
C R = 4πε 0 Ra .
B →∞
$GLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDVHVIHUDVVHUi
VXEVWLWXLQGRDH[SUHVVmRGRFDPSRHOpWULFRWHPRV
/
Q Ra dR P Q ª 1 1 º Q Rb − R a
∆V = Va − Vb = −
4πε 0 ³Rb R P2
=−
4πε 0
«− + »=
¬ Ra Rb ¼ 4πε 0 Ra Rb
8P FDSDFLWRU HVIpULFR FRQVWLWXtGR GH XPD HVIHUD GH UDLR PP H XPD FDVFD
HVIpULFD FRQFrQWULFD GH UDLR LJXDO D PP HVWi VXEPHWLGR D XPD GLIHUHQoD GH
HFRQVHTXHQWHPHQWH SRWHQFLDOGH9
Q 4πε 0 Ra Rb
C = = D 4XDOpDFDSDFLWkQFLDGHVVHFDSDFLWRU"
Q Rb − Ra Rb − Ra
E 'HWHUPLQH R YDORU GR FDPSR HOpWULFR QDV SRVLo}HV U PP H U
4πε 0 Ra Rb
PPDSDUWLUGRFHQWUR
2XWUDYH]QRWDPRVRDSDUHFLPHQWRGHTXDQWLGDGHVHQYROYLGDVFRPDJHRPHWULDGR
SUREOHPDHDFRQVWDQWHGLHOpWULFDHPTXHVWmRQRFDVRRYiFXR
67
1R H[HPSOR DFLPD TXDQGR Rb >> Ra SRGHPRV REWHU XPD H[SUHVVmR PDLV
&DOFXOH D FDSDFLWkQFLD GH XP FDSDFLWRU FRQVWLWXtGR SRU XP FDER FRD[LDO GH
VLPSOHVSDUDDFDSDFLWkQFLDHTXHSRGHVHU~WLOHYHQWXDOPHQWH$H[SUHVVmRSDUDD FRPSULPHQWR/HGHUDLRVDH b ( a < b ) HFDUJDV Q HP a H − Q HP b
FDSDFLWkQFLDFRPRHVWiHVFULWDQmRpDGHTXDGDSDUDID]HUHVVHOLPLWH8PDUHJUD
#.9:#$ILJXUDPRVWUDRFDERFRD[LDO
JHUDO SDUD HIHWXDU DSUR[LPDo}HV HP ItVLFD pDQWHV GH PDLV QDGD GHVFREULU TXDO R
214 215
;77
3DUDFDOFXODUDTXDQWLGDGHGHHQHUJLDDUPD]HQDGDHPXPFDSDFLWRUYDPRVXWLOL]DU
XPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQDVHSDUDOHODVPDVRUDFLRFtQLRSRGHVHUHVWHQGLGRDXP
FDSDFLWRU TXDOTXHU LQGHSHQGHQWHPHQWH GD IRUPD H GRV FRQGXWRUHV TXH R
)LJXUD6XSHUItFLHGH*DXVVFLOtQGULFDHPFDERVFRD[LDLV FRQVWLWXHP
&RQVLGHUHPRV HQWmR XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV 4XDQGR HOH HVWi
VHQGRFDUUHJDGRKiXPDF~PXORGHFDUJDVHOpWULFDVGHXPGDGRVLQDOHPXPDGDV
2FDPSRHOpWULFRHQWUHRVILRVTXHFRQVWLWXHPRFDERFRD[LDOpUDGLDOHWHPVHQWLGR
SODFDV GR FDSDFLWRU R TXH SURYRFD D UHSXOVmR GHFDUJDVGH PHVPRVLQDO QD RXWUD
GR ILR GH UDLR PHQRU SDUD R ILR GH UDLR PDLRU (QWmR SRGHPRV DSOLFDU D OHL GH
SODFDGRFDSDFLWRU(VVHDF~PXORID]FRPTXHHPXPGHWHUPLQDGRLQVWDQWHFDGD
*DXVVHVFROKHQGRXPDVXSHUItFLHJDXVVLDQDFLOtQGULFDGHUDLRUFRQFrQWULFDFRPR
SODFDFRQWHQKDDPHVPDFDUJD q HPPyGXOR
HL[RGRVILRV$VVLPSDUDHVWDVXSHUItFLHWHPRV
& 2EVHUYHQRHQWDQWRTXHXPDGDVSODFDVFRQWHUiXPH[FHVVRGHFDUJDVSRVLWLYDVH
Q
³ E • nˆ dA = ε 0
D RXWUD SODFD XP H[FHVVR GH FDUJDV QHJDWLYDV HVWDEHOHFHQGR DVVLP XP FDPSR
*
HOpWULFR E HQWUH DV SODFDV GR FDSDFLWRU $ GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH DV GXDV
3DUDRFRPSULPHQWR/GRFDERFRD[LDODVXSHUItFLHGH*DXVVWHPXPDiUHDODWHUDO
SODFDVpHQWmR V = q / C VHQGR C DFDSDFLWkQFLDGRFDSDFLWRU
TXHYDOH A = 2π r L . Então:
,PDJLQHDJRUDTXHVHTXHLUDDFXPXODUPDLVXPDFDUJDHOHPHQWDUSRVLWLYD dq nD
Q
E (2π r L) = SODFD SRVLWLYD $ GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH DV SODFDV ILFD DXPHQWDGD (VVH
ε0
DXPHQWRpHTXLYDOHQWHDRWUDEDOKRSRUXQLGDGHGHFDUJDTXHVHULDQHFHVViULRSDUD
$VVLPRFDPSRHOpWULFRHQWUHRVILRVp WUDQVIHULUHVVDPHVPDFDUJDHOHPHQWDUSRVLWLYD dq GDSODFDQHJDWLYDSDUDDSODFD
Q SRVLWLYD GR FDSDFLWRU "%'+% 4% +%,9:# , ! . <" =%-$< .%,+%>3 !#$'
E=
2π ε 0 L r &" ,+%#!"#(%''#&%( "* &#( ! ($+#"8
+%( "* ' +" <%'' ,&#&%
. &# ! " #+"# " 2:# '$!.%' '% $''# (#,+%(%''%3 %.% ,:#
$GLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHRVILRVp
(. "$ ( "* '3 ?,9:# !"$,($! . &% ( ! ($+#" (QILP R WUDEDOKR SRU
a & & Q b dr Q §b· XQLGDGH GH FDUJD p DUPD]HQDGR QR FDSDFLWRU VRE D IRUPD GH HQHUJLD SRWHQFLDO
Va − Vb = − ³ E • dl =
2 π ε 0 L ³a r 2 π ε 0 L © a ¹
= ln ¨ ¸
b HOpWULFD U GDGDSRU
$FDSDFLWkQFLDpHQWmR q
dU = V dq = dq
C
Q 2π ε 0 L
C= =
Va − Vb §b· $HQHUJLDSRWHQFLDODUPD]HQDGDTXDQGRRFDSDFLWRUpFDUUHJDGRDWpWHUXPDFDUJD
ln ¨ ¸
©a¹ WRWDO Q p
1 q 1 Q2
U= ³
2 C
dq =
2 C
4XH WDPEpP SRGH VHU HVFULWD HP WHUPRV GD GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO H GD
&RQVLGHUHRFDSDFLWRUGHFDERVFRD[LDLVGR([HPSOR2TXHDFRQWHFHQROLPLWH
TXDQGR b >> a " FDSDFLWkQFLD
216 217
1
7
U= CV 2
2
(P XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV GHVSUH]DQGR D UHJLmR GDV VXDV
ERUGDVRFDPSRHOpWULFRpXQLIRUPH$VVLPDGHQVLGDGHGHHQHUJLD u GHOHLVWRp
DHQHUJLDSRUXQLGDGHGHYROXPHWDPEpPGHYHUiVHUXQLIRUPH(QWmR
ε0 A
D$FDSDFLWkQFLDGHXPFDSDFLWRUSODQRGHSODFDVSDUDOHODVp C = WDOTXH
L
1
CV 2
U 2 15 × 10 −4 m 2
u= = C = 8,85 × 10 −12 F / m
Ad Ad 5,1 × 10 −3 m
u= ¨ ¸ (13.2) FDSDFLWkQFLD C
2 ©d ¹
Q
∆V =
§V · C
0DV ¨ ¸ p R FDPSR HOpWULFRQR FDSDFLWRU 6XEVWLWXLQGR HQWmR QD HTXDomR DFLPD
©d ¹
6,0 ×10 −9 C
REWHPRV ∆V =
2,6 ×10 −12 F / m
ε0
u= E2 (13.3)
2 ∆V = 2,6 × 103V
3RGHVH PRVWUDU TXH HVWD IyUPXOD p JHUDO H YDOH SDUD D HQHUJLD DUPD]HQDGD HP F2FDPSRHOpWULFRHQWUHDVSODFDVpFRQVWDQWHHVHXPyGXORSRGHVHUREWLGRSRU
XPDUHJLmRRQGHH[LVWHXPFDPSRHOpWULFR ∆V
E=
d
218 219
C=
( )(
4π 8,85 × 10 −12 F / m 85 × 10 −3 m 100 × 10 −3 m )(
.
) 'HVVDIRUPD
100 × 10 −3 m − 85 × 10 −3 m
C → 2πε o L
C = 0,63 pF
@
E 'H DFRUGR FRP D /HL GH *DXVV D FDVFD HVIpULFD H[WHUQD QmR FRQWULEXL SDUD R
&RPRHPXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQDVHSDUDOHODV V = Ed
FDPSR HOpWULFR HQWUH RV FRQGXWRUHV DSHQDV D HVIHUD FRQGXWRUD LQWHUQD 2 FDPSR
HOpWULFRFULDGRSHORFRQGXWRULQWHUQRpUDGLDOGDGRSHODHTXDomR V 500V
E= =
→
d 3,0 × 10 −3 m
Q
E= rˆ
4πε 0 r 2 E = 1,7 × 10 6 V / m
'DGHILQLomRGHFDSDFLWkQFLDWHPRV ε0
8WLOL]DQGRDHTXDomR u = E2
2
Q = C ∆V
−12
(8,85 × 10 F / m)(1,7 × 10 6 V / m) 2
(SRUWDQWRRYDORUGRFDPSRHOpWULFR E DXPSRQWRVLWXDGRDXPDGLVWkQFLD r GR u=
2
FHQWURp
(SRUWDQWR
C∆V
E=
4πε 0 r 2 u = 0,12 J / m 3
(PU PP
E1 =
(0,63 × 10 −12
)
F / m (220V )
6
A
68
( )(
4π 8,85 × 10 −12 F / m 86 × 10 −3 m )
2
( 4XDO GHYH VHU D FDUJD HOpWULFD GDV SODFDV GH XP FDSDFLWRU GH FDSDFLWkQFLD
Q)SDUDTXHDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHHODVVHMDGH9"
E1 = 1,7 × 10 2 V / m
( 'HWHUPLQH D FDSDFLWkQFLD D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH VXDV SODFDV H R
(HPU PP
PyGXORGRFDPSRHOpWULFRHQWUHDVSODFDVGHXPFDSDFLWRUFRPSODFDVSDUDOHODVGH
E2 =
(0,63 ×10 −12
)
F / m (220V ) iUHD LJXDODPPFRP FDUJDLJXDOD Q&H GLVWkQFLDHQWUHDVSODFDVLJXDOD
( )(
4π 8,85 × 10 −12 F / m 97 × 10 −3 m ) 2
P
E2 = 1,3 × 10 2 V / m ('HWHUPLQH
DDFDSDFLWkQFLDSRUXQLGDGHGHFRPSULPHQWRGHXPFDSDFLWRUFLOtQGULFRHPTXHR
FRQGXWRULQWHUQRWHPUDLRPPHRFRQGXWRUH[WHUQRPP
E D FDUJD GH FDGD FRQGXWRU VDEHQGR TXH R SRWHQFLDO GR FRQGXWRU H[WHUQR HVWi D
220 221
3DUD FDOFXODU D FDSDFLWkQFLD HTXLYDOHQWH D HVVHV GRLV FDSDFLWRUHV C1 H C 2
$8/$$662&,$d2'(&$3$&,725(6
YDPRVSULPHLUDPHQWHFDOFXODUDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDVSODFDVGHOHV3DUDR
2%-(7,92 SULPHLURFDSDFLWRUWHPRV
HSDUDRVHJXQGR
∆V 2 = V z − V y .
$GLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHRVSRQWRV z H x p
±$662&,$d2(06e5,('(&$3$&,725(6
∆V = ∆ V1 + ∆ V 2 = V z − V x .
(PFLUFXLWRVUHSUHVHQWDUHPRVRVFDSDFLWRUHVSHORVVtPERORV 2VFDSDFLWRUHVHVWmRVXEPHWLGRVDGLIHUHQoDVGHSRWHQFLDOGLIHUHQWHVPDVR
FDSDFLWRU HTXLYDOHQWH GHYH HVWDU VXEPHWLGR j GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO ∆V &RPR R
FDSDFLWRU HTXLYDOHQWH GHYH WHU D PHVPD FDUJD Q TXH RV FDSDFLWRUHV OLJDGRV HP
VpULHGHYHPRVWHU
FXMDV OLQKDV YHUWLFDLV UHSUHVHQWDP RV FRQGXWRUHV OLJDGRV D ILRV GH XP FLUFXLWR
HOpWULFRUHSUHVHQWDGRSHODVOLQKDVKRUL]RQWDLV Q Q Q
∆V = = ∆V1 + ∆V2 = + .
C C1 C2
1D DVVRFLDomR HP VpULH XPD GDV SODFDV GH XP FDSDFLWRU p FRQHFWDGD SRU
PHLRGH ILRV FRQGXWRUHV D XPD SODFD GH XP RXWURFDSDFLWRU FRPR LOXVWUD D ILJXUD $VVLPDFDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHREHGHFHjHTXDomR
1 1 1
= + ,
C C1 C2
HpPHQRUGRTXHDFDSDFLWkQFLDGRVFDSDFLWRUHVLQGLYLGXDLV
(;(03/2
)LJXUD$VVRFLDomRHPVpULHGHFDSDFLWRUHV
$ILJXUDPRVWUDXPDDVVRFLDomRGHFDSDFLWRUHV6DEHQGRTXHDFDUJDHOpWULFD
6H FRORFDUPRV XPD FDUJD HOpWULFD QHJDWLYD − Q QD SODFD GR FDSDFLWRU C1 QRV FDSDFLWRUHV p Q = 50,0 µC H TXH DV FDSDFLWkQFLDV GRV FDSDFLWRUHV VmR
OLJDGD SHOR ILR DR SRQWR [ DSDUHFHUi SRU LQGXomR XPD FDUJD LJXDO H GH VLQDO UHVSHFWLYDPHQWH C1 = 5,0 µF C2 = 6,0 µF H C3 = 3,0 µF FDOFXOH D GLIHUHQoD GH
FRQWUiULR + Q QD SODFD GD GLUHLWD GR FDSDFLWRU &RPR HVWD SODFD HVWi OLJDGD SRU SRWHQFLDO QRV WHUPLQDLV GH FDGD FDSDFLWRU H D FDSDFLWkQFLD HTXLYDOHQWH GD
RXWUR ILR j SODFD GD HVTXHUGD GR FDSDFLWRU C 2 WDPEpP SRU LQGXomR DSDUHFHUi DVVRFLDomR
XPD FDUJD − Q QHVWD SODFD 1RYDPHQWH SRU LQGXomR VXUJLUi XPD FDUJD + Q QD
SODFD GD GLUHLWD GR FDSDFLWRU C 2 . $VVLP DV FDUJDV QDV SODFDV GRV FDSDFLWRUHV
VHUmR LJXDLV HP PyGXOR e HVWH R UDFLRFtQLR VLPSOHV TXH OHYD jV H[SUHVV}HV
XVXDOPHQWHGHGX]LGDVQRVFXUVRVHOHPHQWDUHV5DFLRFLQHVHPSUHRPDLVTXHSXGHU )LJXUD$VVRFLDomRGHFDSDFLWRUHV
HWHQWHQmRGHFRUDUHVVDVH[SUHVV}HV
222 223
6ROXomR Q2
C 2 = .
7HPRVTXH
∆V xz
Q 50,0 µC $ FDUJD WRWDO QDV SODFDV GRV FDSDFLWRUHV p D VRPD GDV FDUJDV QRV
V1 = = = 10,0 V
C1 5,0 µF FDSDFLWRUHVLQGLYLGXDLV
Q 50,0 µC $FDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHpGDGDSRU
V31 = = = 16,7 V
C3 3,0 µF
Q C ∆V + C 2 ∆V xz
C = = 1 xz ,
$FDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHp ∆V xz ∆V xz
1 1 1 1 1 1 1 RXVHMD
= + + = + + = (0,20 + 0,17 + 0,33) ( µF ) −1 = 0,70 ( µF ) −1
C C1 C 2 C 3 5,0 µF 6,0 µF 3,0 µF
C = C1 + C 2 .
RX C = 1,4µF
3DUDFDSDFLWRUHVOLJDGRVHPSDUDOHORDFDSDFLWkQFLDGRFDSDFLWRUHTXLYDOHQWH
pVHPSUHPDLRUGRTXHDVFDSDFLWkQFLDVLQGLYLGXDLV
±$662&,$d2(03$5$/(/2'(&$3$&,725(6
(;(03/2
2V FDSDFLWRUHV HPSDUDOHORHVWmRLOXVWUDGRVQDILJXUD9RFrFRQVHJXH
&DOFXOH D FDSDFLWkQFLD HTXLYDOHQWH GR FLUFXLWR PRVWUDGR QD ILJXUD QDV
SHQVDUQHVWDFDVRRTXHYDLVHUFRPXPDRVGRLVFDSDFLWRUHV"1RWHHPVHJXLGDTXH
VHJXLQWHVFRQGLo}HVD$FKDYH S HVWiDEHUWDE$FKDYH S HVWiIHFKDGD
HVVHpRLQJUHGLHQWHItVLFRGDGHPRQVWUDomRGDIyUPXODPDWHPiWLFD1mRDGHFRUH
)LJXUD$VVRFLDomRGHFDSDFLWRUHV
62/8d2
224 225
GRVFDSDFLWRUHVHPVpULH $SyVXPSRXFRGHiOJHEUDVLPSOHVREWHPRV
H 1RWH TXH RXWUD YH] R OLPLWH GH WRGRV RV FDSDFLWRUHV LJXDLV H LJXDLV D C′ QRV
IRUQHFH
1 1 1 C 2 C3
= + → C 2,3 = .
C 2,3 C 2 C3 C 2 + C3 C = C ′.
3RUWDQWRDFDSDFLWkQFLDILQDOUHVXOWDQWHpGDGDSRU
$7,9,'$'(
C1C4 CC
C = C1,4 + C2,3 = + 2 3 $ILJXUDPRVWUDXPDDVVRFLDomRGHFDSDFLWRUHV6DEHQGRTXHD GLIHUHQoDGH
C1 + C4 C2 + C3
SRWHQFLDO QRV WHUPLQDLV GRV ILRV p 9 H TXH DV FDSDFLWkQFLDV GRV FDSDFLWRUHV
1RWH TXH VH WRGRV RV FDSDFLWRUHV WLYHUHP D PHVPD FDSDFLWkQFLD
VmR UHVSHFWLYDPHQWH C1 = 5,0 µF C2 = 6,0 µF H C3 = 3,0 µF FDOFXOH D FDUJD HP
C1 = C 2 = C 3 = C 4 = C ′ WHUHPRV
FDGDFDSDFLWRUHDFDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHGDDVVRFLDomR
C ′2 C ′2
C = + = C ′.
2C ′ 2C ′
)D]HU OLPLWHV VLPSOHV SDUD WHVWDU D UHVSRVWD D TXDO FKHJDPRV p VHPSUH XPD ERD
HVWUDWpJLDSDUDDFKDUHUURVGHFRQWD6HKRXYHUDOJXPHUURGHFRQWDHPERDSDUWH
GDVYH]HVHOHSRGHVHUGHWHFWDGRID]HQGRVHXPOLPLWHFRQKHFLGR
)LJXUD$VVRFLDomRHPSDUDOHORGHFDSDFLWRUHV
C 3 H C4
226 227
1 1 1 SRQWRV x H z p Vxz = 50V
= +
C C1 C2
6HKpDVHSDUDomRGDVSODFDVVXSHULRUHVDFDSDFLWkQFLDGRFDSDFLWRUVXSHULRUp D'HWHUPLQHDFDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHGHVVDFRPELQDomR
ε0 A
C1 =
h E&DOFXOHRPyGXORGDFDUJDHPFDGDFDSDFLWRU
(DGRFDSDFLWRULQIHULRUp
ε0 A F'HWHUPLQHDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHRVSRQWRV x H y
C2 =
a − (b + h)
(QWmR
1 h a −b−h a −b
= + =
C ε0A ε0 A ε0 A
)LQDOPHQWH
ε0 A
C=
a −b
(VWD HTXDomR PRVWUD TXH D FDSDFLWkQFLD QmR GHSHQGHGD SRVLomR GD VHomR PyYHO
)LJXUDDVVRFLDomRGHWUrVFDSDFLWRUHV
FHQWUDO HOD GHSHQGH DSHQDV GD GLPHQVmR OLQHDU E GHVWD VHomR H GD VHSDUDomR
DHQWUHDVSODFDVIL[DV
$7,9,'$'(
C 4 = 3,2 µF HVWmR HP XP FLUFXLWR FRQIRUPH PRVWUD D ILJXUD $ GLIHUHQoD GH
SRWHQFLDO HQWUH RV SRQWRV x H z p Vxz = 50V 'HWHUPLQH D FDSDFLWkQFLD
HTXLYDOHQWHGHVVDFRPELQDomR
)LJXUDDVVRFLDomRGHTXDWURFDSDFLWRUHV
$7,9,'$'(
228 229
5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6 D2VFDSDFLWRUHV C1 H C2 HVWmRHPSDUDOHORHQWUHVLHHPVpULHFRPRFDSDFLWRU C3
$7,9,'$'( (QWmRDFDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHGHVVDFRPELQDomRp
&RPRRVFDSDFLWRUHVHVWmRHPSDUDOHORDFDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHp 1 1 1
= +
C eq C1 + C 2 C3
C = C1 + C2 + C3 = 5,0 µF + 56,0 µF + 3,0 µF = 14,0 µF
1 1 1
$FDUJDHPFDGDFDSDFLWRUp = +
Q1 = C1 V = 5,0µF × 10,0V = 50,0 µC C eq (15 × 10 −6 F + 5,0 ×10 −6 F ) (3,2 x10 −6 F )
Q2 = C 2 V = 6,0µF × 10,0V = 60,0 µC
C eq = 2,8 x 10 −6 F .
Q3 = C3 V = 3,0µF ×10,0V = 30,0 µC
E 6DEHPRV TXH HP XPD DVVRFLDomR HP SDUDOHOR D FDUJD WRWDO QDV SODFDV
GRVFDSDFLWRUHVpDVRPDGDVFDUJDVQRVFDSDFLWRUHVLQGLYLGXDLVHTXHHP
$7,9,'$'(
XPDFRPELQDomRHPVpULHDVFDUJDVHPPyGXORHPWRGDVDVSODFDVGHYH
2V FDSDFLWRUHV C1 H C2 HVWmRHPVpULH HQWUHVLHHPSDUDOHORFRPRFDSDFLWRU C3 VHUDPHVPD
(QWmRDFDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHGHVVHVWUrVFDSDFLWRUHVp
(QWmRDFDUJDQRFDSDFLWRU C3 pDPHVPDTXHDGDDVVRFLDomR C12 (SHODGHILQLomR
C eq = C1, 2 + C3 GHFDSDFLWkQFLDWHPRV
0DV Q2 + Q1 = Q3
C1C2
C1, 2 = Q3 = CeqV RX Q2 + Q1 = CeqV
C1 + C2
(QWmR
Q3 = (2,8 × 10 −6 F )(50V )
C1C 2 Q3 = 1,4 × 10 −4 C
C eq = + C3
C1 + C 2
2EVHUYHTXHRVFDSDFLWRUHV C1 H C2 HVWmRQRPHVPRSRWHQFLDOHQWmR
2EVHUYH TXH Ceq HVWi HP VpULH FRP C 4 (QWmR D FDSDFLWkQFLD HTXLYDOHQWH GR
Q1 Q2
=
FLUFXLWRIRUPDGRSHORVTXDWURFDSDFLWRUHV C eq VHUiLJXDOD
*
C1 C 2
Ceq C 4 C2
Ceq* = Q2 = Q1
Ceq + C 4 C1
C1C2 5
C4 + C3C4 Q2 = Q1
C1 + C2 15
Ceq =
*
C1C2
+ C3 + C 4 (QWmR
C1 + C2
4
C eq* = 2,1 µ F Q1 = Q3
3
$7,9,'$'(
Q1 =
4
3
(
2,8 ×10 −4 C )
230 231
Q1 = 3,7 ×10−4 C
F6DEHPRVTXH
6DEHPRVWDPEpPGDGHILQLomRGHFDSDFLWkQFLDTXH
Q3 Q Q
V yz = H V xy = 1 = 2
C3 C1 C 2
3,7 ×10 −4 C
Vxy =
15 × 10 −6 F
/RJR
Vxy = 25V
(;(5&Ë&,26'(),;$d2
(&RQVLGHUHD$WLYLGDGHHPTXHTXDWURFDSDFLWRUHVVmRFRORFDGRVHPXP
D&DOFXOHRPyGXORGDFDUJDHPFDGDFDSDFLWRU
E'HWHUPLQHDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHRVSRQWRV x H y
('RLVFDSDFLWRUHVFRPSODFDVSDUDOHODVQRYiFXRSRVVXHPDPHVPDiUHDHDV
GRFLUFXLWRTXDQGRHVVHVFDSDFLWRUHVHVWmRHPVpULH
( &DOFXOH D FDSDFLWkQFLD GH XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV FRP
iUHD$HDGLVWkQFLDHQWUHDVSODFDVp d1 + d 2 &RPSDUHRUHVXOWDGRFRPRH[HUFtFLR
DQWHULRU
(&DOFXOHDFDSDFLWkQFLDGHXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQDVHSDUDOHODVGHiUHD
A1 + A2 HGLVWkQFLDHQWUHDVSODFDVLJXDOD d &RPSDUHRUHVXOWDGRFRPRH[HUFtFLR
DQWHULRU
232
$8/$&$3$&,725(6&20',(/e75,&26 Q
C d = .
Vd
'(7(50,1$5$,1)/8Ç1&,$'(',(/e75,&26(0&$3$&,725(6 Q Q V0
C d = = ,
Vd V0 Vd
RQGH V0 pDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOGRFDSDFLWRUVHPGLHOpWULFRFXMDFDSDFLWkQFLDp
,1)/8Ç1&,$'2',(/e75,&2
Q
C 0 0DVVDEHPRVTXH = C0 (QWmRWHPRV
V0
$ FDSDFLWkQFLD GH XP FDSDFLWRU SRGH VHU DXPHQWDGD VH SUHHQFKHUPRV D UHJLmR
V0
HQWUH DV SODFDV FRP XP GLHOpWULFR $V SODFDV FRQGXWRUDV SRGHP VHU IL[DGDV QR C d = C0 .
Vd
GLHOpWULFR2FDPSRHOpWULFRHQWUHDVSODFDVFRPRGLHOpWULFRpGDGRSRU
8VDQGRDJRUDDHTXDomRWHPRVTXH
Q
E =
εA V0
KC 0 = C 0
V d
RQGH ε pDSHUPLVVLYLGDGHGRPDWHULDOGRGLHOpWULFR&RPR ε > ε 0 SDUDRVPDWHULDLV
3RUWDQWRXPDYH]TXH C d = KC 0 WHUHPRV
233 234
Qd ILJXUDTXHRFDPSRHOpWULFRp
= K ,
Q
Q Q Q
E1 = E2 = − E3 =
RXVHMDDFDUJDDFXPXODGDQRFDSDFLWRUWDPEpPYDLDXPHQWDUSRUXPIDWRULJXDOj ε0 A εA ε0 A
FRQVWDQWHGLHOpWULFD
$ 7DEHOD PRVWUD D FRQVWDQWH GLHOpWULFD GH DOJXQV PDWHULDLV 2EVHUYH (P TXH R FDPSR HOpWULFR E2 QR GLHOpWULFR WHP VHQWLGR RSRVWR GRV FDPSRV QDV
TXHSRUGHILQLomR K ≥ 1 UHJL}HVRQGHKiYiFXR
$GLIHUHQoDGH SRWHQFLDO HQWUH DV SODFDV GR FDSDFLWRU SRGHVHUHVFULWD HP WHUPRV
7DEHOD&RQVWDQWHGLHOpWULFDGHDOJXQVPDWHULDLV
GDVGLIHUHQoDVGHSRWHQFLDOGHYLGDVDRVFDPSRVHOpWULFRVGHQWURGRFDSDFLWRU
0$7(5,$/ &2167$17( 0$7(5,$/ &2167$17(
',(/e75,&$ ',(/e75,&$
Q § D ·
9iFXR 9LGUR3\UH[ V = V1 + V2 + V3 = E1 d1 − E 2 D + E3 d 2 = ¨ d1 − + d 2 ¸
ε0 A © K ¹
$U %DNHOLWH
7HIORQ 0LFD 0DV d1 + d 2 = L − D , RTXHGi
3ROLHWLOHQR 3RUFHODQD
3ROLHVWLUHQR 1HRSUHQH Q § D· Q § K +1 ·
3DSHO ÈJXD
V= ¨L− D− ¸ = ¨L− D¸
ε0 A© K ¹ ε0 A© K ¹
4XDUW]R)XQGLGR Ï[LGRGH7LWkQLR
$FDSDFLWkQFLDpHQWmR
(;(03/2 ε0 A
Q
C= =
V § K +1 ·
&RQVLGHUHRFDSDFLWRUVHPLSUHHQFKLGRSRUXPGLHOpWULFRPRVWUDGRQDILJXUD ¨L− D¸
© K ¹
$7,9,'$'(
)LJXUD&DSDFLWRUVHPLSUHHQFKLGRSRUGLHOpWULFR
235 236
HVSHVVXUDVGRVGLHOpWULFRVGHSHUPLVVLYLGDGHV ε 1 = K1ε o H ε 2 = K 2ε o VmR d1 H d 2 1 1 1 d 2 d 1 d§ 2 1 · d ε1 + ε 2 + 2ε 3
= + = + = ¨ + ¸=
UHVSHFWLYDPHQWH 2 UHVWR GR YROXPH GR FDSDFLWRU p RFXSDGR SHOR DU 4XDO p D C C 3 C ' A (ε 1 + ε 2 ) A ε 3 A ¨© (ε 1 + ε 2 ) ε 3 ¸¹ A ε 3 (ε 1 + ε 2 )
FDSDFLWkQFLDGHVVHFDSDFLWRU"
(QWmR
ε 3 (ε 1 + ε 2 ) A
C=
ε1 + ε 2 + 2ε 3 d
(;(03/2
D ε1 → ε 2
E ε 1 = ε2 = ε3 = ε
$7,9,'$'(
)LJXUD&DSDFLWRUFRPGLHOpWULFRV $ ILJXUD PRVWUD WUrV GLHOpWULFRV PRQWDGRV HP XP FDSDFLWRU FXMD iUHD GDV
)LJXUD&DSDFLWRUFRPGLHOpWULFR
)LJXUD$VVRFLDomRGRVDFDSDFLWRUHVGD)LJXUD
$ FDSDFLWkQFLD HTXLYDOHQWH GR VLVWHPD p FDOFXODGD SULPHUDPHQWH FDOFXODQGR D
5,*,'(=',(/e75,&$
FDSDFLWkQFLDHTXLYDOHQWHGRVFDSDFLWRUHV C1 H C 2 , TXHHVWmROLJDGRVHPSDUDOHOR
ε1 A ε 2 A A -iYLPRVDQWHULRUPHQWHDGLIHUHQoDHQWUHXPGLHOpWULFRHXPFRQGXWRU1RV
C ' = C1 + C2 = + = (ε 1 + ε 2 )
2d 2d 2d GLHOpWULFRV RX LVRODQWHV RV HOpWURQV HVWmR SUHVRV DRV Q~FOHRV GRV iWRPRV H
SRUWDQWRDRFRQWUiULRGRVPHWDLVQmRH[LVWHPHOpWURQVOLYUHVQHVVDVXEVWkQFLD
(PVHJXLGDFDOFXODVHDFDSDFLGDGHHTXLYDOHQWH GRVFDSDFLWRUHVOLJDGRVHPVpULH
'DGR LVWR VDEHPRV TXH VH XP FDPSR HOpWULFR IRU DSOLFDGR DXP GLHOpWULFR
LVWRpRFDSDFLWRU C3 HRFDSDFLWRUHTXLYDOHQWH C ' : YDL KDYHU XPD WHQGrQFLD GH DIDVWDU RV HOpWURQV GH VHXV Q~FOHRV GHYLGR j IRUoD
H[WHUQD 0DV R TXH DFRQWHFH VH DXPHQWDUPRV PXLWR R FDPSR HOpWULFR H[WHUQR" e
237 238
FODUR TXH D IRUoD TXH DJH HP FDGD HOpWURQ YDL DXPHQWDQGR WDPEpP
SURSRUFLRQDOPHQWH,VWRSRGHFKHJDUDRSRQWRHPTXHDIRUoDH[WHUQDILFDPDLRUGR
$LQWURGXomRGHXPGLHOpWULFRHQWUHDVSODFDVGHXPFDSDFLWRUSURGX]XPDYDULDomR
TXH D IRUoD TXH OLJD R HOpWURQ DR VHX Q~FOHR 4XDQGR LVWR DFRQWHFH RV HOpWURQV
LPSRUWDQWHHPVXDVSURSULHGDGHV9DPRVDJRUDYHULILFDUFRPRSRGHPRVHVFUHYHUD
SDVVDUmRDVHUOLYUHV±WUDQVIRUPDQGRHQWmRXPGLHOpWULFRHPXPFRQGXWRU
OHLGH*DXVVSDUDRFDVRGHXPPHLRFRPGLHOpWULFR3DUDIL[DULGHLDVHVFROKHUHPRV
(VVHSURFHVVRSRGHRFRUUHUFRPTXDOTXHULVRODQWHHRFDPSRHOpWULFRDSOLFDGRTXH
XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV FRPR H[HPSOR GH FiOFXOR PDV RV
RWUDQVIRUPDHPFRQGXWRUYDLGHSHQGHUGDHVWUXWXUDGHFDGDPDWHULDO
UHVXOWDGRVTXHREWHUHPRVVHUmRYiOLGRVSDUDTXDOTXHURXWUDVLWXDomR
2 YDORU PtQLPR GR FDPSR HOpWULFR TXH GHYH VHU DSOLFDGR D XP 4XDQGRQmR Ki GLHOpWULFR SUHVHQWH HQWUHDV SODFDV GR FDSDFLWRU D OHL GH *DXVVVH
GLHOpWULFRSDUDWUDQVIRUPiORHPFRQGXWRUpGHQRPLQDGRULJLGH]GLHOpWULFD HVFUHYH
&DGD PDWHULDO WHP VHX YDORU SUySULR GH ULJLGH] GLHOpWULFD GDGDV DV GLIHUHQWHV & q
HVWUXWXUDVPLFURVFySLFDVGHFDGDXP ³ E • nˆ dA = ε
S
0
3DUDXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQRSDUDOHODVGHiUHD$FRPDURXYiFXRHQWUHHODV
9HULILFDVH H[SHULPHQWDOPHQWH TXH D ULJLGH] GLHOpWULFD GR YLGUR p
RFDPSRHOpWULFRp
14 ×106 N/C XQLGDGH GH FDPSR HOpWULFR HQTXDQWR D GD PLFD SRGH DWLQJLU
100 × 10 6 N/C $ULJLGH]GLHOpWULFDGRDUpEHPPHQRU 3 × 10 6 N/C q
E0 =
ε0 A
&RQVLGHUHPRVXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQDVVHSDUDGDVSRU XPDFDPDGD 6H LQWURGX]LUPRV R GLHOpWULFR R FDPSR HOpWULFR GDV FDUJDV QR FDSDFLWRU LQGX]LUi
GH DU 6H R FDPSR HOpWULFR FULDGR SRU HVVDV SODFDV IRU LQIHULRU D 3 × 10 N/C R DU FDUJDV QR GLHOpWULFR SRU SRODUL]DomR DV IDFHV GR GLHOpWULFR DSUHVHQWDUmR FDUJDV
6
HQWUH HODV SHUPDQFHUi LVRODQWH H LPSHGLUi TXH KDMD SDVVDJHP GH FDUJDV GH XPD HOpWULFDV q′ GH VLQDLV RSRVWRV jV GDV SODFDV GR FDSDFLWRU FRPR SRGHPRV YHU QD
SODFDjRXWUD(QWUHWDQWRVHRFDPSRH[FHGHUHVVHYDORUDULJLGH]GLHOpWULFDGRDU )LJXUD
VHUiURPSLGDHRDUVHWUDQVIRUPDUiHPXPFRQGXWRU
$V FDUJDV QHVWH PRPHQWR ILFDUmR OLYUHV H VHUmR DWUDtGDV SDUD DV SODFDV
FRP FDUJDV RSRVWDV D HODV ,VVR RFDVLRQD XPD GHVFDUJD HOpWULFD HQWUH DV SODFDV
(VWD GHVFDUJD YHP DFRPSDQKDGD GH HPLVVmR GH OX] H XP HVWDOR TXH p FDXVDGR
)LJXUD&DSDFLWRUFRPGLHOpWULFR
SHODH[SDQVmRGRDUTXHVHDTXHFHFRPDGHVFDUJDHOpWULFD
&RQVLGHUDQGR XPD VXSHUItFLH GH *DXVV FRPR PRVWUDGR QD ILJXUD SHODV OLQKDV
e LQWHUHVVDQWH QRWDU WDPEpP TXH R PyGXOR GD ULJLGH] GLHOpWULFD GRV WUDFHMDGDVDDSOLFDomRGDOHLGH*DXVVQRVGi
PDWHULDLVXWLOL]DGRVpPDLRUGRTXHRGRDURTXHWHPFRPRFRQVHTXrQFLDLPHGLDWD &
ε 0 ³ E • nˆ dA = ε 0 E A = q − q′
TXHHVVHWLSRGHFDSDFLWRUSRGHVHUVXEPHWLGRDFDPSRVPDLVLQWHQVRVGRTXHRDU S
4XDQGR D ULJLGH] GLHOpWULFD GR PDWHULDO p DWLQJLGD R FDSDFLWRU p GDQLILFDGR SRLV RX
FRPR GLVFXWLPRV RFRUUHUmR GHVFDUJDV HOpWULFDVGH XP FRQGXWRU D RXWUR 3RUWDQWR
q q′
FRORFDUXPGLHOpWULFRGHQWURGHXPFDSDFLWRUWRUQDRPDLVHVWiYHO3RGHPRVWRUQDU E = −
ε0 A ε0 A
HVVDVLGpLDVPDLVTXDQWLWDWLYDV
(PTXH E pRFDPSRHOpWULFRGHYLGRjFDUJDOtTXLGDGHQWURGDVXSHUItFLHGH*DXVV
6H K pDFRQVWDQWHGLHOpWULFDGRGLHOpWULFRWHPRVGH K = ε ε 0 TXH
$/(,'(*$866(26',(/e75,&26
239 240
E0 q (;(03/2
E= =
K Kε o A
$)LJXUDPRVWUDXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQRSDUDOHODVGHiUHD$HVHSDUDomR
/HYDQGRHVWHYDORUGRFDPSRHOpWULFRQDHTXDomRREWHPRV G VXMHLWR D XPD GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO V 0 2 FDSDFLWRU HVWi LVRODGR TXDQGR XP
q q q′ GLHOpWULFR GH HVSHVVXUD E H FRQVWDQWH GLHOpWULFD K p LQVHULGR HQWUH DV SODFDV GR
= −
Kε o A ε0A ε0A FDSDFLWRU6H$ FP G FPE FP K = 3,5 H V 0
2
9FDOFXOH
TXHUHVROYLGDSDUDDFDUJDLQGX]LGDQRVGi
§ 1·
q ′ = q ¨1 − ¸
© K¹
,VVRPRVWUDTXHDFDUJDLQGX]LGDQRGLHOpWULFRpVHPSUHPHQRUTXHDGDVSODFDVGR
FDSDFLWRUTXDQGRRGLHOpWULFRQmRHVWiSUHVHQWH
)LJXUD&DUJDVQRFDSDFLWRUFRPGLHOpWULFR
$ OHL GH *DXVV SDUD R FDSDFLWRU FRP GLHOpWULFR SRGH VHU HVFULWD HP WHUPRV GDV
DDFDSDFLWkQFLDGRFDSDFLWRUDQWHVGRGLHOpWULFRVHULQVHULGR
FDUJDVGRFDSDFLWRUHGDVFDUJDVLQGX]LGDVFRPR
EDFDUJDQRFDSDFLWRUQHVWDVLWXDomR
& q − q′
³ E • nˆ dA = ε0
FRFDPSRHOpWULFRVHPRGLHOpWULFR
GRFDPSRHOpWULFRQRGLHOpWULFRDSyVHOHVHULQVHULGRHQWUHDVSODFDV
1RWHTXH q − q ′ pDFDUJDGHQWURGDVXSHUItFLHJDXVVLDQD
HDQRYDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDVSODFDV
8PDRXWUDPDQHLUDGHHVFUHYHUHVWDHTXDomRGHVVDYH]HPWHUPRVGDVFDUJDVQDV
SODFDVGRFDSDFLWRUpXVDQGR'HVWDHTXDomRYHP IDQRYDFDSDFLWkQFLDGRFDSDFLWRU
q 6ROXomR
q − q′ =
K D7HPRVTXH
DRIOX[RGRFDPSRHOpWULFRDJRUDFRQWpPDFRQVWDQWHGLHOpWULFD q 1,8 × 10 −9 C
E0 = = = 2,0 × 10 4 V / m
E D FDUJD TXH DSDUHFH QR VHJXQGR PHPEUR p D FDUJD OLYUH GR FDSDFLWRU ε0A (8,9 × 10 −12 C 2 / N .m 2 ) (10 − 2 m 2 )
LVWR p D FDUJD QDV VXDV SODFDV DV FDUJDV LQGX]LGDV QR GLHOpWULFR QmR
GRFDPSRHOpWULFRFRPRGLHOpWULFRp
HQWUDPQDHTXDomR
E0 2,0 × 10 4 V / m
FRFDPSRHOpWULFRpRFDPSRGHQWURGRGLHOpWULFR E= = = 5,7 × 10 3 V / m
K 3,5
241 242
H 3DUD FDOFXODU D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO WHPRV TXH ID]HU D LQWHJUDomR GR FDPSR 5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6
VREUH XPD WUDMHWyULD HP OLQKD UHWD TXH GD SODFD LQIHULRU $ GR GLHOpWULFR DWp D
$7,9,'$'(
VXSHULRU%QDILJXUD
3RGHPRV SHQVDU QR FDSDFLWRU UHVXOWDQWH FRPR VHQGR FRPSRVWR SRU XPD
& & B B
V = −³E • dl = −³ E cos 180º dl =³ E dl =E 0 (d − b) + E b DVVRFLDomR HP VpULH GH WUrV FDSDFLWRUHV 2 SULPHLUR TXH HQYROYH D GLVWkQFLD d1 H
A A
WHPRGLHOpWULFRHQWUHDVSODFDVFRPFDSDFLWkQFLD
(QWmR
V = ( 2,0 × 10 4 V / m × 5,0 × 10 −3 m) + (5,7 × 10 3 V / m × 5,0 × 10 −3 m ) = 1,3 × 10 2 V / m
εA
C1 =
I7HPRV d1
q 1,8 × 10 −9 C 2VHJXQGRIRUPDGRSHORGLHOpWULFRFRPDUHQWUHDVSODFDV
C= = = 1,4 × 10 −12 F
V 1,3 × 10 2 V
εoA
C 2 =
D
$7,9,'$'(
( R WHUFHLUR FRUUHVSRQGHQWH D XP FDSDFLWRU FRP GLHOpWULFR HQWUH DV SODFDV FXMD
&RQVLGHUH XP FDSDFLWRU HVIpULFR FDUUHJDGR FRP FDUJD q SUHHQFKLGR WRWDOPHQWH
GLVWkQFLDp d 2
FRPXPOtTXLGRLVRODQWHGHFRQVWDQWHGLHOpWULFD K 2FRQGXWRULQWHUQRSRVVXLUDLR
Ra HRFRQGXWRUH[WHUQRUDLR Rb &DOFXOHDFDSDFLWkQFLDGHVVHFDSDFLWRUHVIpULFR εA
C3 =
d2
$FDSDFLWkQFLDUHVXOWDQWHp
1 1 1 1 d1 + d 2 D
= + + = + .
C C1 C 2 C3 εA εo A
3RGHPRVDLQGDLQWURGX]LUDGLVWkQFLD L = d1 + D + d 2 GDVHJXLQWHIRUPD
1 L−D D
= +
C εA εo A
1 ε o ( L − D) + εD
= .
C ε 0ε A
(SRUWDQWR
ε 0εA
C=
ε o ( L − D) + εD
εA
C=
( L − D) + KD
243 244
ε
RQGHXVDPRV =K
ε0 $7,9,'$'(
3RGHPRV SHQVDU QR FDSDFLWRU UHVXOWDQWH FRPR VHQGR FRPSRVWR SRU XPD
8P DVSHFWR LQWHUHVVDQWH GD H[SUHVVmR DFLPD p TXH DSUHQGHPRV TXH D
FDSDFLWkQFLD UHVXOWDQWH 12 '(3(1'( GD SRVLomR GR GLHOpWULFR HQWUH DV SODFDV ε1 A 2ε 2ε 3 A
DVVRFLDomRHPSDUDOHORGHGRLVFDSDFLWRUHV C1 = H C ' 2 = VHQGRTXH
d (ε 2 + ε 3 ) d
(d1 e d 2 ) PDVDSHQDVGDVXDHVSHVVXUD
ε1 A / 2 ε2A/ 2
HVWH~OWLPRUHVXOWDGDFRPELQDomRHPVpULHGH C1 = H C 2 =
3RGHPRV DYDOLDU R UHVXOWDGR ILQDO REWLGR DFLPD WHVWDQGR R FDVR HP TXH R d d
FDSDFLWRU HVWi SUHHQFKLGR FRPSOHWDPHQWH FRP DU 1HVVH FDVR WRPDPRV R OLPLWH
$FDSDFLWkQFLDUHVXOWDQWHp
TXDQGR D → L (QWmRFRPRVHHVSHUDYD
ε1 A 2ε 2 ε 3 A ª 2ε 2ε 3 º A
εA ε0A C eq = + = «ε 1 + » .
C → = d (ε 2 + ε 3 ) d ¬ (ε 2 + ε 3 ) ¼ d
KL L
εA εA $SOLFDQGR D /HL GH *DXVV XWLOL]DPRV XPD VXSHUItFLH HVIpULFD GH UDLR Ra < r < Rb
C = →
K ( L − D) + L L
8WLOL]DQGRDHTXDomRWHPRVHQWmR
& q
$7,9,'$'( ³ K E • nˆ da = ε 0
6DEHPRVTXHSDUDRFDSDFLWRUHPTXHVWmR
q
ε 3 (ε 1 + ε 2 ) A
³ K E da = ε 0
C=
ε1 + ε 2 + 2ε 3 d 2 FDPSR HOpWULFR VREUH WRGD D VXSHUItFLH JDXVVLDQD WHP R PHVPR PyGXOR H SRU
LVVR
D2TXHVLJQLILFD ε1 → ε 2 "1HVWHFDVRWHUHPRVGRLVFDSDFLWRUHVHPVpULH
q
ε 3 (ε 1 + ε 2 ) A ε 3 (2ε 2 ) A ε 3 (ε 2 ) A K E ³ da =
C = = = ε0
ε 1 + ε 2 + 2 ε 3 d 2ε 2 + 2 ε 3 d ε 2 + ε 3 d
(QWmR
ε2A ε3A
6HYRFrFDOFXODUDFDSDFLWkQFLDUHVXOWDQWHGRFRQMXQWR C1 → C 2′ = e C3 = ,
d d (KE )(4π r 2 ) = q
HPVpULHYDLHQFRQWUDUH[DWDPHQWHDH[SUHVVmRDFLPD
ε0
ε 3 (ε 1 + ε 2 ) A ε (ε + ε ) A ε (2ε ) A ε A εA 1 q
C= = = = = E=
ε1 + ε 2 + 2ε 3 d ε + ε + 2ε d 4ε d 2 d L 4πε r 2
245 246
2QGH ε = Kε o p D SHUPLVVLYLGDGH GR PDWHULDO GLHOpWULFR FRORFDGR HQWUH RV GLVWkQFLDHQWUHDVSODFDVpGHPP6XSRQKDTXHLQLFLDOPHQWHRFDSDFLWRUVHMD
OLJDGRDXPDIRQWHGHWHQVmRHP9'HSRLVGHUHWLUDGDDIRQWHpLQVHULGRXP
FRQGXWRUHV -i REWLYHPRV D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH GRLV FRQGXWRUHV HVIpULFRV
PDWHULDO GLHOpWULFR HQWUH DV SODQDV TXDQGR D GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH VXDV
FRQFrQWULFRV
SODFDVGLPLQXLSDUD9
Rb − Ra
q
∆V = Va − Vb = D 'HWHUPLQHDFDSDFLWkQFLD&$DQWHVH&'GHSRLVGHLQVHULGRRGLHOpWULFR
4πε 0 Ra Rb
E &DOFXOHRYDORUGDFDUJDHOpWULFD4GHFDGDSODFDHRYDORUGDFDUJDHOpWULFD
'DGHILQLomRGHFDSDFLWkQFLDREWHPRVDFDSDFLWkQFLD LQGX]LGD4LTXDQGRIRLLQVHULGRRGLHOpWULFR
F 'HWHUPLQH D FRQVWDQWH GLHOpWULFD GR PDWHULDO TXH IRL LQVHULGR HQWUH VXDV
q
C= SODFDV
∆V
2EVHUYHTXHRFDPSRHOpWULFRVHUHGX]GHXPIDWRUKTXDQGRpLQVHULGRRGLHOpWULFR
(&RQVLGHUHRFDSDFLWRUGRH[HUFtFLR
HQWUH RV FRQGXWRUHV 'HVVD IRUPD R GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO HQWUH RV FRQGXWRUHV
DXPHQWDGRPHVPRIDWRUK D &DOFXOHRYDORUGRFDPSRHOpWULFRDQWHVHGHSRLVGHVHULQVHULGRRGLHOpWULFR
HQWUHDVVXDVSODFDV
q E 'HWHUPLQH D HQHUJLD SRWHQFLDO HOpWULFD DFXPXODGD DQWHV H GHSRLV GH VHU
C=
q Rb − Ra
LQVHULGRRGLHOpWULFR
4πKε 0 Ra Rb
F $GHQVLGDGHGHHQHUJLDPXGDTXDQGRRGLHOpWULFRpLQVHULGRHQWUHDVSODFDV
3RUWDQWRDFDSDFLWkQFLDGRFDSDFLWRUHVIpULFRFRPGLHOpWULFRp GR FDSDFLWRU" 'HWHUPLQH D GHQVLGDGH GH HQHUJLD DQWHV H GHSRLV GH VHU
LQVHULGRRGLHOpWULFR
4πε Ra Rb
C=
Rb − Ra
3(16((5(6321'$
35 1D $WLYLGDGH GLVFXWD R TXH RFRUUH FRP R FDSDFLWRU QRV VHJXLQWHV
OLPLWHVD ε 2 → ε 3 (b) ε 1 = ε 2 = ε 3 = ε
(;(5&Ë&,26'(),;$d2
( 8P FDSDFLWRU GH SODFDV SDUDOHODV WHP FDSDFLWkQFLD S) TXDQGR
SUHHQFKLGR FRP DU &RORFDQGRVH XP GLHOpWULFR HQWUH DV SODFDV D FDSDFLWkQFLD
PXGD SDUD S) 'HWHUPLQH D FRQVWDQWH GLHOpWULFD GR PDWHULDO LQVHULGR QR
FDSDFLWRU
(&RQVLGHUHXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQDVSDUDOHODVFRPiUHDGHFP$
247 248
$8/$9(725(632/$5,=$d2('(6/2&$0(172(/e75,&2 q § q · q′
= ε 0 ¨¨ ¸¸ +
A © Kε o A ¹ A
2%-(7,926 2~OWLPRWHUPRGHVWDHTXDomRpDFDUJDLQGX]LGDSRUXQLGDGHGHiUHDQRGLHOpWULFR
(OHpFKDPDGRGHPyGXORGRYHWRUSRODUL]DomRHOpWULFDVHQGRUHSUHVHQWDGRSRU
'(),1,5269(725(632/$5,=$d2('(6/2&$0(172(/e75,&2 →
P
→
q′
P =
269(725(632/$5,=$d2('(6/2&$0(172(/e75,&2 A
→
8PD RXWUD GHILQLomR SDUD P TXH WDPEpP p XVDGD FRQVLVWH HP PXOWLSOLFDU R
4XDQGR WUDEDOKDPRV FRP SUREOHPDV VLPSOHV HP HOHWURPDJQHWLVPR DV
QXPHUDGRUHRGHQRPLQDGRUGDH[SUHVVmRDFLPDSHODHVSHVVXUDGGRGLHOpWULFR
IyUPXODV DSUHVHQWDGDV QD VHomR DQWHULRU VDWLVID]HP SHUIHLWDPHQWH j GHVFULomR GH
XP FDPSR HOpWULFR QR YiFXR H HP XP GLHOpWULFR (QWUHWDQWR HQFRQWUDPRV FRP →
q′ d
P =
PXLWD IUHTXrQFLD SUREOHPDV TXH HQYROYHP FDPSRV HOpWULFRV QmR XQLIRUPHV RX Ad
VLPHWULDVPDLVFRPSOLFDGDVGRTXHDVH[HPSOLILFDGDVDQWHV3DUDHVVHVFDVRVPDLV
2QXPHUDGRUpR SURGXWRGDVFDUJDV GHSRODUL]DomRLJXDLVH GHVLQDLVFRQWUiULRV
GLItFHLV Ki XPD PDQHLUD GH WUDEDOKDU TXH IDFLOLWD EDVWDQWH QRVVD WDUHID (OD
SHOD VHSDUDomR GHODV H SRGH VHU FRQVLGHUDGR FRPR R PRPHQWR GH GLSROR
FRQVLVWHHPXVDUDOJXQVYHWRUHV TXHGHILQLUHPRVDVHJXLUXVDQGRXP FDSDFLWRUGH
LQGX]LGRGRGLHOpWULFR2GHQRPLQDGRUpRYROXPHGRGLHOpWULFR
SODFDV SDUDOHODV (QWUHWDQWR DR ID]HUPRV LVVR QmR VLJQLILFD TXH HVVHV YHWRUHV Vy
SRGHPVHUGHILQLGRVSDUDHVWHWLSRGHFDSDFLWRU1DUHDOLGDGHHOHVVmRPXLWRJHUDLV →
3RUWDQWR P VLJQLILFD R PRPHQWR GH GLSROR LQGX]LGR SRU XQLGDGH GH YROXPH GR
HVHDSOLFDPDWRGRWLSRGHSUREOHPDHQYROYHQGRGLHOpWULFRV
GLHOpWULFR (OH SRGH VHU WDPEpP FRQVLGHUDGR FRPR RPyGXOR GH XP YHWRU TXH WDO
&RQVLGHUHPRV XP FDSDFLWRU GH SODFDV SODQDV H SDUDOHODV FRP XPD GHQVLGDGH GH
FRPR R PRPHQWR GH GLSROR GH FDUJDV HOpWULFDV WHP VHX VHQWLGR LQGR GDV FDUJDV
FDUJDV σ = q0 / A 6H LQWURGX]LUPRV XPGLHOpWULFR GH FRQVWDQWH GLHOpWULFD K HQWUH QHJDWLYDVSDUDDVSRVLWLYDV$VVLPSRGHPRVHVFUHYHUDHTXDomRFRPR
DVSODFDVGRFDSDFLWRURFDPSRHOpWULFR E QRGLHOpWULFRILFD
q
= ε 0 E + P
q q′ A
E= −
ε0 A ε0 A $ TXDQWLGDGH GR SULPHLUR PHPEUR DSDUHFH VHPSUH HP VLWXDo}HV GD HOHWURVWiWLFD
→
(P TXH q′ p D FDUJD HOpWULFD LQGX]LGD QDV IDFHV GR GLHOpWULFR 6XEVWLWXLQGR QD 3RU LVVR GDPRV D HOD R QRPH GH GHVORFDPHQWR HOpWULFR D $VVLP D HTXDomR
HTXDomRDFLPDRYDORUGRFDPSRHOpWULFRQRGLHOpWULFRSRUVHXYDORU ILFD
249 250
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G R FDPSR HOpWULFR E p R TXH GHWHUPLQD D IRUoD HOpWULFD TXH DWXD QD
VmR YHWRUHV FRQVWDQWHV HP FDGD SRQWR GR GLHOpWULFR GH PRGR TXH D QDWXUH]D
→ →
YHWRULDOGHOHVQHVWHFDVRQmRpLPSRUWDQWH(QWUHWDQWRLVVRQHPVHPSUHDFRQWHFH UHJLmR D H P VmR DSHQDV TXDQWLGDGHV DX[LOLDUHV SDUD IDFLOLWDU R FiOFXOR
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HPSUREOHPDVPDLVFRPSOH[RV3RULVVRSRGHPRVH[SUHVVDURVYHWRUHV D H P
→
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q § q ·
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A © Kε o A ¹
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D = K ε 0 E = ε E
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A A© K¹ © K¹ © K¹
RX
& &
P = ε 0 (K − 1) E
(VWDHTXDomRPRVWUDTXHQDDXVrQFLDGHGLHOpWULFR K = 1 RYHWRUSRODUL]DomRVH
DQXOD
$FRQVWDQWH χ = K − 1pGHQRPLQDGDVXVFHSWLELOLGDGHHOpWULFDGRGLHOpWULFR(OD
p VHPSUH PDLRU TXH D XQLGDGH SRLV K > 1 (P WHUPRV GHOD D HTXDomR VH
)LJXUD2VWUrVYHWRUHVHOpWULFRV
HVFUHYH
'HYHPRVQRWDUDOJXQVSRQWRVPXLWRLPSRUWDQWHVVREUHRVYHWRUHV & &
P = χ ε 0 E
→
D D HVWiOLJDGRDSHQDVjFDUJDOLYUHLVWRpjFDUJDH[WHUQDDRGLHOpWULFR
QRFDVRDGDVSODFDVGRFDSDFLWRUQRWHTXHQDILJXUDDVOLQKDVGHIRUoDGH
→ $ GHILQLomR GR YHWRU GHVORFDPHQWR HOpWULFR GDGD SRU SHUPLWH TXH
D OLJDPDSHQDVDVFDUJDVQDVSODFDV
PRGLILTXHPRVDOHLGH*DXVVHDHVFUHYDPRVSDUDXPPHLRGLHOpWULFR
→
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→ &
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D • nˆ da = q
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→
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LQGX]LGDV
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251 252
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2QGH pRYHWRUXQLWiULRQDGLUHomRGRHL[R\
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2
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9FDOFXOH
& q
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q
E=
εoA
)LJXUD&DUJDVQRFDSDFLWRUFRPGLHOpWULFR (SRUWDQWR
1,8 × 10 −9 C
E=
(8,85 × 10 F / m)(100 × 10 − 4 m 2 )
−12
D RYHWRUGHVORFDPHQWR
F RYHWRUSRODUL]DomR 'H DFRUGR FRP D ILJXUD SRGHPRV REVHUYDU TXH R FDPSR HOpWULFR p
6ROXomR SHUSHQGLFXODUjVSODFDHSRUWDQWR
→
D3DUDXPFDSDFLWRUGHSODFDVSODQDVSDUDOHODVVHPRGLHOpWULFR
E = −(2,0 × 10 4 V / m) ˆj
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C0 = = = 8,9 × 10 −12 F F2YHWRUSRODUL]DomRpGDGRSHODHTXDomR
d 10 − 2 m
→ →
&RPRDFDUJDQDVSODFDVGRFDSDFLWRUp P = χ ε0 E
−12 −9
q = C 0 V0 = 8,9 × 10 F × 200 V = 1,8 × 10 C →
P = (3,5 − 1)(8,85 × 10 −12 F / m)(−2,0 × 10 4 V / m) ˆj
RPyGXORGRYHWRUGHVORFDPHQWRpGDGRSHODHTXDomR →
P = −(4,4 × 10 −7 C / m 2 ) ˆj
q
D=
A
1,8 × 10 −9 C
D= 3(16((5(6321'$
100 × 10 − 4 m 2
( )
→
D = − 1,8 × 10 −7 C / m 2 ˆj
253 254
6DEHPRV TXH D PDWpULD p QRUPDOPHQWH QHXWUD H TXH SRU H[HPSOR XPD
FRUUHQWH GH iJXD HP XP ULR HPERUD FRQVWLWXD XP IOX[R GH PDWpULD QmR HVWi
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6DEHPRV WDPEpP TXH D PDWpULD p FRQVWLWXtGD EDVLFDPHQWH SRU SDUWtFXODV
DOJXPDV QHXWUDV RXWUDV SRVLWLYDV H RXWUDV QHJDWLYDV QrXWURQV SUyWRQV H
HOpWURQV
•
•
•
&RQVWDWDVHQRHQWDQWRTXHGDVSDUWtFXODVFDUUHJDGDVHPGLYHUVRVPDWHULDLV
DOJXPDVSRGHPWHUPRELOLGDGHPXLWRPDLRUTXHRXWUDVVHPSUHTXHIRUoDGDVD
VHPRYHUSHODDomRGHFDPSRVHOpWULFRV
e R FDVR GRV PHWDLV QRV TXDLV WHPRV tRQV SRVLWLYRV TXH FRQVWLWXHP XPD UHGH
FULVWDOLQD PDV FRP DOJXQV HOpWURQV XVXDOPHQWH XP SRU FDGD iWRPR TXH
SRGHPVHPRYHUSRUWRGRRFRUSRPHWiOLFR2FRPSRUWDPHQWRGHVVHVHOpWURQV
1DVDXODVDQWHULRUHVDSUHQGHPRVDGHVFUHYHUHDFDOFXODUFDPSRVHOpWULFRV FRQKHFLGRVFRPRHOpWURQVGHFRQGXomRHPPXLWRVDVSHFWRVVHDSUR[LPDDRGH
HGLIHUHQoDVGHSRWHQFLDOHOpWULFRSURGX]LGDVSRUGLYHUVDVGLVWULEXLo}HVHVWiWLFDVGH XPJiV
FDUJDVHHVVDSDUWHGHQRVVRHVWXGRpSRULVVRGHQRPLQDGDHOHWURVWiWLFD
(QWUHWDQWRDHQHUJLDHOpWULFDTXHFRQVXPLPRVHPQRVVRGLDDGLDVHMDHP 4XDQGR VmR IRUoDGRV D VH PRYHU SUHIHUHQFLDOPHQWH HP GHWHUPLQDGD GLUHomR
QRVVDV FDVDV VHMD QDV LQG~VWULDV RX RXWURV VHWRUHV GD VRFLHGDGH VH GHYH DR SHOD DomR GH DOJXP FDPSR HOpWULFR VmR HVVHV HOpWURQV PDLV RX PHQRV OLYUHV
PRYHU HP WRUQR GH VXDV SRVLo}HV GH HTXLOtEULR $TXL Ki FRUUHQWH HOpWULFD DVVRFLDGD D
XPDSHTXHQDFRUUHQWHGHPDWpULDMiTXHDPDVVDGRVHOpWURQVpPXLWRPHQRU
3RU HVWH PRWLYR TXDQGR DV OX]HV GH XPD UHVLGrQFLD VH DSDJDP
TXHDGRVtRQVTXHFRQVWLWXHPDUHGHFULVWDOLQD
UHSHQWLQDPHQWHGL]VHTXHIDOWRXFRUUHQWH
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RV FiWLRQV VH PRYHP HP VHQWLGR FRQWUiULR DR GRV kQLRQV $PERV RV WLSRV GH
,
-' 3,"#(( $% 43%(0",5
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, 4XDQWR j SULPHLUD SRGHVH GL]HU TXH D SDODYUD "#(( $% !%8 ,!!#"0,+,
6 4XDQWRjVHJXQGDTXHVWmRpQHFHVViULRTXHVHMDPSURGX]LGRVFDPSRVHOpWULFRV
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PRYHUHPGHWHUPLQDGDGLUHomR
272 273
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HOpWULFR PXLWR LQWHQVR p FULDGR HQWUH DTXHOD H D VXSHUItFLH GD 7HUUD ,VWR SRGH HILFLrQFLDHVHXPDQXVHLR
SURYRFDUXPUDLRTXHpDSDVVDJHPGHJUDQGHTXDQWLGDGHGHFDUJDHOpWULFDGD
7HUUDSDUDDQXYHPRXGDQXYHPSDUDD7HUUD
(VWHIOX[RGHFDUJDVGHQRPLQDGRFRUUHQWHFRURQDpPXLWRLQWHQVRHWHPXPD
GXUDomRPXLWRFXUWDFHVVDQGRDVVLPTXHDQXYHPVHGHVFDUUHJDRXDVVLPTXH
GHL[DGHH[LVWLUXPDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOHQWUHDQXYHPHD7HUUD
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OX]HVGHXPDUHVLGrQFLDSRUPDLVTXHDOJXQVGpFLPRVGHVHJXQGR
)LJXUD5HSUHVHQWDomRHVTXHPiWLFDGHXPDFpOXODYROWDLFD
3DUD LVWR p QHFHVViULR TXH VH SRVVD FULDU H PDQWHU XP FDPSR HOpWULFR TXH
UHSUHVHQWD D IRUoD HOHWURPRWUL] TXH SURYRFD R PRYLPHQWR GDV FDUJDV
$ ILJXUD PRVWUD HVTXHPDWLFDPHQWH R IXQFLRQDPHQWR GH XPD FpOXOD
HOpWULFDV
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274 275
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276 277
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278 279
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282 283
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2 &DGD iWRPR GH FREUH FRQWULEXL FRP XP HOpWURQ SDUD D EDQGD GH
TXHWHPDGLUHomRGDYHORFLGDGHPpGLDGRVSRUWDGRUHVGHFDUJDHVHQWLGRLJXDODR FRQGXomR SRUWDQWR R Q~PHUR GH HOpWURQV GH FRQGXomR p LJXDO DR Q~PHUR GH
GDFRUUHQWHFRQYHQFLRQDO6XDXQLGDGHQR6,p*9I( 9#(* %(#-',+(,+#Hp 3
iWRPRVHPXPPLOtPHWURF~ELFR7HPRVQHVVHYROXPHXPDPDVVDGH 8,96 mg / cm
GDGRSHODHTXDomR
VHQGRDPDVVDPROHFXODUGRFREUHGH 63,54 g HQFRQWUDPRVRQ~PHURGHVHMDGR
& &
J = n q v a mCu N A 8,96 ×10 − 3 × 6,022 ×10 23
n= = = 8,49 ×1019 portadores / mm 3
M Cu 63,54
(VWDH[SUHVVmRPRVWUDTXHXPIOX[RGHFDUJDVSRVLWLYDVHPXPDGLUHomRH
VHQWLGR SURGX] XP YHWRU GHQVLGDGH GH FRUUHQWH LGrQWLFR DR TXH p SURGX]LGR SRU
XP IOX[R GD PHVPD TXDQWLGDGH GH FDUJD QHJDWLYD QD PHVPD GLUHomR PDV HP
G
VHQWLGRFRQWUiULR
4XDO D YHORFLGDGH GH DUUDVWH GRV HOpWURQV GH FRQGXomR HP XP ILR GH FREUH FXMD
2
(QTXDQWR,+ $!0+,+ + "#(( $% 3'*= %#UFRQIRUPHSRGHPRVQRWDU iUHDGDVHomRUHWDpGH 1,0 mm HTXHpSHUFRUULGRSRUXPDFRUUHQWHGH 2,00 A "
QD HTXDomR , "#(( $% 3 '* !",4,( (PERUD D FRUUHQWH WHQKD XP
VHQWLGR QmR VH SRGH IDODU GH GLUHomR GD PHVPD (P XP ILR FRP HQFDSDPHQWR
GLHOpWULFROLJDGRDXPDIHPDFRUUHQWHQmRVHDOWHUDVHHOHpGREUDGRGHGLYHUVDV
J
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(QFRQWUH D YHORFLGDGH GH DUUDVWH GRV HOpWURQV HP XP ILR GH SUDWD FRP GRLV
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3
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3 * $!'(8= 4 $-',$%# , + $!0+,+ + "#(( $% 3 '*, )(,$+ ?, GH 108 g
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XPDVROXomRVDOLQDDGHQVLGDGHGHFRUUHQWHWHUiDFRQWULEXLomRGHFDGDXPGHOHV
& &
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2V SRUWDGRUHV PDLV OHYHV VmR PDLV HIHWLYRV QD FRQGXomR GH FRUUHQWH SRLV
VXDYHORFLGDGHpXVXDOPHQWHPDLRU
286 287
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XQLGDGHGHYROXPHQRILRGHSUDWD
d Ag N A 10,5
n Ag = = = 5,85 × 10 22 portadores / cm 3 .
M Ag 6,022 × 10 23 × 108
2YtGHRHVWDUiGLVSRQtYHOQRDPELHQWHYLUWXDOGHDSUHQGL]DJHP
@
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$ HQHUJLD JDVWD SDUD DXPHQWDU D WHPSHUDWXUD GH XP OLWUR GH iJXD HP GH] JUDXV
QD$WLYLGDGHFDOFXODUDYHORFLGDGHGHDUUDVWH
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2.10 − 6 × 5,85 × 10 28 × 1,6 × 10 −19 s
N atm 3,8 × 10 4
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8
m Zn = M Zn = 65,4 = 13g.
NA 2 × 1,6 × 10 −19 × 6,022 × 10 23
SRU FHQWtPHWUR F~ELFR WRGRV HOHV VHPRYHP SDUD R QRUWHFRP XPD YHORFLGDGH GH
&
G 1,0 × 10 5 m / s 'HWHUPLQHDRPyGXORHEDGLUHomRGDGHQVLGDGHGHFRUUHQWH J
FDOFXODGRQRH[HPSORHQFRQWUDPRVDYHORFLGDGH ( 2 IXVtYHO p SURMHWDGR SDUD DEULU XP FLUFXLWR TXDQGR D FRUUHQWH XOWUDSDVVDU
XP FHUWR YDORU 6XSRQKD TXH R PDWHULDO D VHU XVDGR HP XP IXVtYHO VRIUD IXVmR
2,00 m
va = = 1,5.10 5 . TXDQGR D GHQVLGDGH GH FRUUHQWH XOWUDSDVVDU 440 A / cm 4XH GLkPHWUR GH ILR
2
8,5 × 1019 × 1,6 × 10 −19 × 1,0 × 10 −6 s
FLOtQGULFRGHYHVHUXVDGRSDUDID]HUXPIXVtYHOTXHOLPLWHDFRUUHQWHGH 0,5 A "
J
288 289
/HPEUHVHTXH V pDYDULDomRGDHQHUJLDSRWHQFLDOHOpWULFDGHFDGDXQLGDGH
$8/$ 5(6,67Ç1&,$ (/e75,&$ 5(6,67,9,'$'( ( /(, '( GH FDUJD TXH SHUFRUUH R FRQGXWRU SRUWDQWR R SURGXWR R i UHSUHVHQWD D SHUGD GH
2+0 HQHUJLD SRWHQFLDO HOpWULFD TXDQGR XPD XQLGDGH GH FDUJD DWUDYHVVD XP FRQGXWRU H
HVWD HQHUJLD DSDUHFH FRPR HQHUJLD WpUPLFD QR SUySULR FRQGXWRU TXH QHVVH FDVR
GHQRPLQDPRVUHVLVWRU
2%-(7,926
$ UD]mR 9ROW$PSqUH TXH p D XQLGDGH GH UHVLVWrQFLD SRU VXD
• ',6&87,526&21&(,7265(/$&,21$'26¬5(6,67Ç1&,$(¬5(6,67,9,'$'((/e75,&$6
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5(6,67Ç1&,$(/e75,&$
V
1 Ohm = 1 Ω = 1
m
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FRPDOJXPFRQGXWRUVXUJHXPDFRUUHQWHHOpWULFDFXMRVHQWLGRFRQYHQFLRQDOFRPR
/(,'(2+0
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HOpWURQVVDHPGRSyORQHJDWLYRSHUGHPHQHUJLDSRWHQFLDOHOpWULFDTXHVXUJHFRPR
HQHUJLDWpUPLFDQRILRFRQGXWRUHFKHJDPDRSyORSRVLWLYR $ HTXDomR GHILQH R TXH p D UHVLVWrQFLD GH XP FRQGXWRU PDV QmR QRV
IRUQHFHTXDOTXHULQIRUPDomRDUHVSHLWRGRFRPSRUWDPHQWRGHVVDJUDQGH]DTXDQGR
-i TXH D WHQVmR HQWUH RV WHUPLQDLV GRV JHUDGRUHV GH IRUoD HOHWURPRWUL] p
DSOLFDPRVGLIHUHQWHVYDORUHVGHWHQVmRjVH[WUHPLGDGHVGRFRQGXWRU
FDUDFWHUtVWLFD GH FDGD XP GHOHV XPD SHUJXQWD TXH VH SRGH ID]HU QHVWH SRQWR p
FRP TXH IDFLOLGDGH IOXLUmR DV FDUJDV TXDQGR HVVHV WHUPLQDLV VmR OLJDGRV
$WHQVmRDSOLFDGDjVH[WUHPLGDGHVGHXPFRQGXWRUHDFRQVHTHQWHFRUUHQWH
H[WHUQDPHQWH" (TXLYDOHQWHPHQWH TXDO R YDORU GD FRUUHQWH TXH SHUFRUUHUi R
TXH R SHUFRUUH VmR JUDQGH]DV PDFURVFySLFDV TXH SRGHP VHU PHGLGDV FRP
FLUFXLWR"
DSDUHOKRVGHQRPLQDGRV UHVSHFWLYDPHQWHYROWtPHWURHDPSHUtPHWUR 7DLVDSDUHOKRV
$ UHVSRVWD p TXH D FRUUHQWH REWLGD GHSHQGH SULQFLSDOPHQWH GDV VHUmRGHVFULWRVHPXPDDXODSRVWHULRU
FDUDFWHUtVWLFDVGRFLUFXLWRH[WHUQRRFRPSULPHQWRDVHomR UHWDGRVILRVXWLOL]DGRV
RVPDWHULDLVGHTXHVmRIHLWRVVmRIDWRUHVTXHLQIOXHQFLDPRUHVXOWDGR 3DUD WHUPRV XPD QRomR PDLV FODUD GR TXH RFRUUH TXDQGR ID]HPRV YDULDU R
4XDQGR VH DSOLFD XPD GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO jV H[WUHPLGDGHV GH XP YDORU GD WHQVmR DSOLFDGD D XP FRQGXWRU DSUHVHQWDPRV RV UHVXOWDGRV GH QRVVDV
FRQGXWRUSURYRFDQGRDSDVVDJHPGHXPDFRUUHQWHHOpWULFDGHILQHVHDUHVLVWrQFLD PHGLGDVGHWHQVmRHFRUUHQWHGHIRUPDJUiILFD
UD]mRHQWUHDWHQVmRDSOLFDGD V HDFRUUHQWHJHUDGD i 1D ILJXUD SRGHPRV YHU GLIHUHQWHV FRPSRUWDPHQWRV GD FRUUHQWH HP
IXQomR GD WHQVmR DSOLFDGD D D XP FRQGXWRU OLQHDU RX {KPLFR E XPD YiOYXOD
GLRGR TXH Vy FRQGX] FRUUHQWH HP XP VHQWLGR F XP GLRGR VHPLFRQGXWRU FXMD
V UHVLVWrQFLD QmR Vy YDULD FRP D WHQVmR DSOLFDGD PDV DSUHVHQWD YDORUHV PXLWR
R =
i GLIHUHQWHVTXDQGRVHLQYHUWHVXDSRODULGDGH
4XDQWRPDLRUIRUDUHVLVWrQFLDGRFRQGXWRUPHQRUVHUiDFRUUHQWHSDUDXP PDQWLGDFRQVWDQWHSRLVFRPRYHUHPRVRVYDORUHVGDVUHVLVWLYLGDGHVGRVGLYHUVRV
GDGRSRWHQFLDODSOLFDGR PDWHULDLVDSUHVHQWDPDOJXPDGHSHQGrQFLDFRPDWHPSHUDWXUD
290 291
'LYHUVRV GLVSRVLWLYRV FRQVWUXtGRV SHOR VHU KXPDQR QmR DSUHVHQWDP HVVH
FRPSRUWDPHQWR1DVILJXUDVEHFWHPRVGRLVH[HPSORVGHFRQGXWRUHVTXH
QmRWrPFRPSRUWDPHQWROLQHDUHFXMRXVRHPFLUFXLWRVHOpWULFRVDGYpPH[DWDPHQWH
GH VHXV FRPSRUWDPHQWRV LQFRPXQV QD QDWXUH]D (VWHV VmR GHQRPLQDGRV
FRQGXWRUHVQmROLQHDUHVRXQmR{KPLFRV
$OHLGH2KPpXPDUHODomRHPStULFDREWLGDGDREVHUYDomRGHTXHD
PDLRULD GRV PDWHULDLV DSUHVHQWD R FRPSRUWDPHQWR VXJHULGR SHOD ILJXUD
)LJXUD *UiILFRV GH FRUUHQWH HP IXQomR GD WHQVmR DSOLFDGD D FRQGXWRU D
{KPLFREYiOYXODGHGLRGRHFGLRGRVHPLFRQGXWRU
3RGHPRV ID]HU QR HQWDQWR XPD GHGXomR FOiVVLFD GD OHL GH 2KP EDVHDGD
1RV WUrV FDVRV DSUHVHQWDGRV H GH IRUPD JHUDO R LQYHUVR PXOWLSOLFDWLYR GD HPXPPRGHORPLFURVFySLFRTXHFRQVLGHUDXPFRQGXWRUFRPRXPDUHGHFULVWDOLQD
LQFOLQDomRHPFDGDSRQWRGHFDGDFXUYDUHSUHVHQWDDUHVLVWrQFLDSDUDFDGDYDORUGD HQYROWDSRUXPJiVGHSDUWtFXODVTXHWrPSRUVHFKRFDUHPFRQVWDQWHPHQWHFRPD
WHQVmR UHGHXPPRYLPHQWRDOHDWyULRFRPYHORFLGDGHTXDGUiWLFDPpGLDHPWRUQRGH
NPV
(P RXWUDV SDODYUDV D LQFOLQDomR UHSUHVHQWD D FRQGXWkQFLD GR PDWHULDO HP
4XDQGR p DSOLFDGR XP FDPSR HOpWULFR HVVHV HOpWURQV VmR DFHOHUDGRV
FDGDSRQWRGDFXUYD$FRQGXWkQFLD6pGHILQLGDSHODH[SUHVVmRL 69PDV
JDQKDQGR SRUWDQWR HQHUJLD FLQpWLFD $R VH FKRFDUHP QRYDPHQWH FRP tRQV
UDUDPHQWHpXWLOL]DGD
SRVLWLYRVSHUGHPFRPSOHWDPHQWHHVWDHQHUJLDSDUDDUHGH(VWHSURFHVVRFRQWLQXD
HRVHOpWURQVJDQKDPXPSRXFRGHHQHUJLDTXHpORJRHQWUHJXHjUHGHFULVWDOLQD
$ LPHQVD PDLRULD GHQWUH WRGRV RV REMHWRV FRQGXWRUHV WHP XP
'HVWD IRUPD RV HOpWURQV DGTXLUHP XPD YHORFLGDGH PpGLD D YHORFLGDGH GH
FRPSRUWDPHQWRGHVFULWRSHODFXUYDDSUHVHQWDGDQDILJXUDD
DUUDVWH v a TXHSHUPDQHFHFRQVWDQWH
(VVDFXUYDFRUUHVSRQGHDXPDUHWDTXHSDVVDSHODRULJHPRXVHMDWUDWDVH (VVH SURFHVVR p GLIHUHQWH GR TXH RFRUUH FRP HOpWURQV VRE D DomR GH XP
GHXPDSURSRUomRGLUHWDHQWUHDFRUUHQWHHDWHQVmR,VWRLQGLFDTXHXPDLQILQLGDGH FDPSR QR HVSDoR OLYUH TXH VmR DFHOHUDGRV H WrP VXD YHORFLGDGH DXPHQWDGD
GH REMHWRV WrP UHVLVWrQFLDV FXMRV YDORUHV LQGHSHQGHP GDV WHQV}HV D TXH HVWmR FRQWLQXDPHQWH
VXEPHWLGRVGHVGHTXHPDQWLGDVLQDOWHUDGDVVXDVWHPSHUDWXUDV
&RQVLGHUHPRVTXHRWHPSRPpGLRHQWUHGRLVFKRTXHV GHXPHOpWURQFRPD
(VWD REVHUYDomR FRUUHVSRQGH j OHL GH 2KP *HRUJ 6LPRQ 2KP UHGHVHMD τ HTXHRWHPSRGHGXUDomRGHFDGDFKRTXHVHMDGHVSUH]tYHOHQWmRD
FDGD LQWHUYDOR GH WHPSR τ FDGD HOpWURQ HP PpGLD DGTXLUH GHYLGR j DomR GR
FDPSR HOpWULFR H SHUGH GHYLGR DRV FKRTXHV FRP D UHGH XPD TXDQWLGDGH GH
$UHVLVWrQFLDGDPDLRULDGRVFRQGXWRUHVLQGHSHQGHGRVYDORUHVGHWHQVmR
PRYLPHQWR mv a 3RGHPRV HQWmR GL]HU TXH D UHGH FULVWDOLQD IXQFLRQD FRPR
DHOHVDSOLFDGRVVHQGRDFRUUHQWHSURGX]LGDHPFDGDFDVRGLUHWDPHQWH XP PHLR YLVFRVR TXH H[HUFH XPD IRUoD PpGLD FRQWUiULD j TXH p H[HUFLGD
SURSRUFLRQDOjWHQVmRDSOLFDGD SHORFDPSRHOpWULFRTXHOHYDRVHOpWURQVWHUHPXPDYHORFLGDGHWHUPLQDOD
YHORFLGDGHGHDUUDVWH
'HYLGR j IRUPD GD FXUYD REWLGD QRV JUiILFRV FRPR R GD ILJXUD D RV
FRQGXWRUHV TXH VH FRPSRUWDP GH DFRUGR FRP D OHL GH 2KP VmR ,JXDODQGR D SHUGD PpGLD GH PRPHQWR SRU XQLGDGH GH WHPSR j IRUoD
GHQRPLQDGRVFRQGXWRUHV{KPLFRVRXOLQHDUHV HOpWULFD
292 293
mv a RTXHQRVIRUQHFHDUHVLVWLYLGDGHGHXPFRQGXWRU
= eE,
τ
62/8d2'HDFRUGRFRPDDWLYLGDGHDYHORFLGDGHGHDUUDVWHGRVHOpWURQVp GRVtRQVGDUHGHHGRQ~PHURGHVWHVSRUXQLGDGHGHYROXPHVHQGRLQGHSHQGHQWH
−4 GHTXDOTXHUFDPSRDSOLFDGR
GH 1,5 .10 m / s 2FDPSRHOpWULFRSRGHVHUFDOFXODGRXVDQGRVH
1HQKXPD GDV GHPDLV JUDQGH]DV TXH DSDUHFHP QHVWD H[SUHVVmR SDUD D
UHVLVWLYLGDGHFOiVVLFDGHSHQGHGRFDPSRHOpWULFR(ODHVWiSRUWDQWRGHDFRUGRFRP
/HYDQGRHVWHVUHVXOWDGRVjHTXDomRHQFRQWUDPRV 3DUD FRPSUHHQGHU R TXH RFRUUH HP FDGD SRQWR QR LQWHULRU GR
2 FRQGXWRUDGRWDPRVXPSRQWRGHYLVWDPLFURVFySLFR$RDSOLFDUPRVXPDGLIHUHQoD
ne L
J = n e va = E , GHSRWHQFLDOjVH[WUHPLGDGHVGHXPFRQGXWRUFULDPRVXPFDPSRHOpWULFRTXHIRUoD
mu
294 295
RV SRUWDGRUHV GH FDUJD D DGTXLULUHP XPD YHORFLGDGH GH DUUDVWH FULDQGR DVVLP RTXHQRVOHYDjH[SUHVVmR
XPDFRUUHQWHHOpWULFD
L
R=ρ .
A
$ GHQVLGDGH GH FRUUHQWH FRPR YLPRV DQWHULRUPHQWH p GLUHWDPHQWH
SURSRUFLRQDOjYHORFLGDGHGHDUUDVWHGRVSRUWDGRUHVGHFDUJD$UD]mRHQWUHRYDORU
GR FDPSR HOpWULFR H R YDORU GD GHQVLGDGH GH FRUUHQWH HP FDGD SRQWR GR FRQGXWRU $ UHVLVWrQFLD GH XP ILR p WDQWR PDLRU TXDQWR PDLRU IRU VHX FRPSULPHQWRH
GHILQHDJUDQGH]DTXHGHQRPLQDPRVUHVLVWLYLGDGHUHVLVWLYLGDGH ρ GRPDWHULDO WDQWRPHQRUPDLRUDiUHDGHVXDVHomRUHWD
(VWH FRPSRUWDPHQWR p DQiORJR DR GH XP FDQXGLQKR XVDGR SDUD EHEHU
& & OtTXLGRV 4XDQWR PDLRU IRU VHX FRPSULPHQWR H TXDQWR PHQRU D iUHD GH VXD VHomR
E = ρ J
UHWDPDLRUVHUiVXDUHVLVWrQFLDj SDVVDJHPGROtTXLGR3RU LVVRQDILJXUDD
UHVLVWrQFLDGRWUHFKR&'GHYHVHUEHPPDLRU TXHDGRWUHFKR$%RXGRWUHFKR()
VHRPDWHULDOIRURPHVPRHPWRGRVRVWUHFKRVGRFLUFXLWRH[WHUQR
(VWDHTXDomRLQGLFDTXHDGHQVLGDGHGHFRUUHQWHWHPDPHVPDGLUHomR
HVHQWLGRGRFDPSRHOpWULFRHPFDGDSRQWR
(;(03/2
6H XP FRQGXWRUp FRQVWLWXtGR SRU DOJXP PDWHULDO FXMDFRPSRVLomR YDULD GH 2
&DERVGH DoR FRP 2,0 cm GHVHomR UHWD H 300 km GH FRPSULPHQWR VmR XWLOL]DGRV
XPSRQWRDRXWURDUHVLVWLYLGDGHWDPEpPSRGHYDULDUDRORQJRGRYROXPHGRFRUSR
SDUD FRQHFWDU XPD XVLQD KLGUHOpWULFD D XPD FLGDGH 4XDO D UHVLVWrQFLD HOpWULFD GH
&RQVLGHUDQGR FRUSRV KRPRJrQHRV D UHVLVWLYLGDGH p XPD FDUDFWHUtVWLFD GH FDGD
FDGDXPGHOHV"
PDWHULDOHLQGHSHQGHGDVGLPHQV}HVGRVFRQGXWRUHVFRQVLGHUDGRV
−8
62/8d2'HDFRUGRFRPDWDEHODDUHVLVWLYLGDGHGRDoRpGH 18,0 × 10 Ωm
3RGHPRVHQWmRUHHVFUHYHUDHTXDomRQDVHJXLQWHIRUPD $7,9,'$'(
−8
8P ILR GH .DQWKDO OLJD PHWiOLFD FXMD UHVLVWLYLGDGH p GH 140 × 10 Ωm WHP XPD
& &
J = σ E UHVLVWrQFLDGH 5,6 Ω FRPSULPHQWRGH 4,0 m HVHomRUHWDUHWDQJXODU
D4XDODiUHDGHVXDVHomRUHWD"
6HXPDGLIHUHQoDGHSRWHQFLDOpDSOLFDGDD XPILRGHVHomRUHWDFRQVWDQWH E 2 ILR p FRUWDGR DR PHLR UHVXOWDQGR HP GRLV ILRV GH XP PHWUR TXH VmR
A HGHFRPSULPHQWR L DUHODomRHQWUHDWHQVmRHRFDPSRp V = E L HHQWUHD FRORFDGRVODGRDODGRIRUPDQGRXP~QLFRILRPDLVFXUWRSRUpPPDLVJURVVR4XDO
FRUUHQWH H D GHQVLGDGH GH FRUUHQWH p i = J A 'H DFRUGR FRP D HTXDomR VHUiVXDQRYDUHVLVWrQFLD"
WHUHPRV
EL
R = ,
JA
296 297
5(63267$6&20(17$'$6'$6$7,9,'$'(63523267$6 'HWHUPLQH D D FRUUHQWH QR ILR E R PyGXOR GD GHQVLGDGH GH FRUUHQWH H F D
UHVLVWLYLGDGHGRPDWHULDOGRILR
$7,9,'$'(
( 8P FHUWRILR SRVVXLUHVLVWrQFLD R 4XDO VHUiD UHVLVWrQFLDGH XP RXWUR ILR
'H DFRUGR FRP D H[SUHVVmR SDUD R OLYUH FDPLQKR PpGLR WRPDQGR R YDORU GD
GHPHVPRPDWHULDOFRPPHWDGHGRFRPSULPHQWRHPHWDGHGRGLkPHWUR"
YHORFLGDGH TXDGUiWLFD PpGLD FRP NPV H R WHPSR PpGLR HQWUH FKRTXHV
FDOFXODGRQRH[HPSORWHPRV
( 8PD GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO GH V p DSOLFDGD HQWUH DV H[WUHPLGDGH GH
XPILRGHPGHFRPSULPHQWRHUDLRPP$FRUUHQWHUHVXOWDQWHp$
4XDOpDUHVLVWLYLGDGHGRILR"
L = v.τ = 1,6 × 10 .2,5 × 10
−14
6
= 4 × 10 −8 m.
$7,9,'$'( ( 8P DOXQR SRVVXL GRLV FRQGXWRUHV GH PHVPR PDWHULDO H PHVPR
FRPSULPHQWR R SULPHLUR p XP ILR PDFLoR GH PP GH GLkPHWUR H R VHJXQGR p
D'HDFRUGRFRPDHTXDomRDiUHDGDVHomRUHWDGRILRp
XPWXERRFRFRPGLkPHWURH[WHUQRGHPPHGLkPHWURLQWHUQRGHPP4XDO
L 140.10 −8..4
A = ρ = = 1,0.10 −6 m 2 = 1,0mm 2 . pDUD]mRHQWUHDVUHVLVWrQFLDVGRVFRQGXWRUHV"
R 5,6
L' L R
R
'
=ρ =ρ = = 1,4Ω.
A' 4A 4
3RUWDQWRDQRYDUHVLVWrQFLDpTXDWURYH]HVPHQRUTXHDRULJLQDO
3(16((5(6321'$
35 7UrV ILRV GH PHVPR GLkPHWUR VmR OLJDGRV HQWUH GRLV SRQWRV PDQWLGRV D
XPDPHVPDGLIHUHQoD GHSRWHQFLDO$VUHVLVWLYLGDGHV HFRPSULPHQWRVGRVILRVVmR
ρ H L ILR$ ρ H L ILR%H ρ H L ILR&&RORTXHRVILRVHPRUGHP
FUHVFHQWHGHUHVLVWrQFLD
(;(5&Ë&,26'(),;$d2
( 8PD GLIHUHQoD GH SRWHQFLDO GH V p DSOLFDGD QDV H[WUHPLGDGHV GH XP
ILR GH P GH FRPSULPHQWR H PP GH GLkPHWUR H UHVLVWrQFLD GH Ω
298 299
ρ = ρ 0 [1 + α (T − T0 )],
$8/$5(6,67,9,'$'('260$7(5,$,6(327Ç1&,$
RQGH ρ 0 p D UHVLVWLYLGDGH D 20 0C T D WHPSHUDWXUD H α p R FRHILFLHQWH GH
(/e75,&$
WHPSHUDWXUDGDUHVLVWLYLGDGHFXMRVYDORUHVVmRWDPEpPUHODFLRQDGRVQDWDEHOD
2%-(7,926
7DEHOD5HVLVWLYLGDGHVHFRHILFLHQWHVGHWHPSHUDWXUD T0 = 20 0C GHDOJXQVPDWHULDLV
• &21+(&(5($3/,&$5$/(,'(2+0
• $3/,&$52&21&(,72'(327Ç1&,$(/e75,&$
GH UHIHUrQFLD T0 = 20 C ,VWR p LPSRUWDQWH SRLV HP JHUDO RV YDORUHV GDV
0 (Q[RIUH [
UHVLVWLYLGDGHV PXGDP FRP D YDULDomR GD WHPSHUDWXUD 3RGHPRV UHSUHVHQWDU HVWD D±VLOtFLRGRSDGRFRPiWRPRVGHIyVIRURSRUPPE±VLOtFLRGRSDGRFRPiWRPRVGHDOXPtQLR
SRUPP
GHSHQGrQFLDDSUR[LPDGDPHQWHDWUDYpVGDHTXDomR
300 301
9HPRV QD WDEHOD TXH RV PHWDLV SXURV VmR RV PHOKRUHV FRQGXWRUHV H GHVORFDPHQWR GLIHUHQFLDO H LQWHJUDUPRV GR SyOR QHJDWLYR DWp R SRVLWLYR
20
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