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FOTOGRAFIA E CINEMA

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SUMÁRIO

NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................................................... 2


 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
 HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA.............................................................................................................. 4
2.1 História da Fotografia no Brasil ............................................................................................... 9

 HISTÓRIA DO CINEMA ................................................................................................................... 11


3.1 História do Cinema Brasileiro ................................................................................................ 18

 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA NO CINEMA ............................................................................ 30


4.1 Cinematografia ...................................................................................................................... 32

1. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 34

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível
superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e


eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do
serviço oferecido.

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 INTRODUÇÃO

A fotografia é o processo e a arte que permite registrar e reproduzir, através de


reações químicas e em superfícies preparadas para o efeito, as imagens que se tiram
no fundo de uma câmara escura.

O princípio da câmara escura consiste em projetar a imagem que é captada por um


pequeno orifício sobre a superfície. Desta forma, o tamanho da imagem é reduzido e
pode aumentar a sua nitidez.

Termo cinema é uma abreviatura de cinematógrafo, uma invenção dos irmãos


Lumiere no final do século XIX que permitiu contar histórias através de imagens.
Desde então, após mais de cem anos, o cinema continua sendo considerado uma arte
(conhecido como a sétima arte) assim como um fenômeno social e uma potente
indústria.

A projeção de imagens cinematográficas possui diversos precedentes históricos: as


sombras chinesas, a câmara escura par projetar imagens ou fotografias. No entanto,
o cinema teve um salto espantoso e qualificativo com a visualização de imagens em
movimento

A cinematografia é a técnica para projetar imagens estáticas sequenciais (fotogramas)


sobre uma tela através de uma velocidade suficiente para que as mesmas entrem
em movimento. Na maioria das vezes este termo faz parte apenas do mundo
do cinema.

Por outro lado, a cinematografia pode ser usada de forma mais ampla, neste caso,
inclui todos os passos referentes ao processo de produção de um filme como a
fotografia, a montagem e a projeção.

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 HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

A História da Fotografia estuda as imagens produzidas a partir da exposição de


material fotossensível. Também estão incluídas às que foram captadas pelas lentes
das modernas máquinas fotográficas digitais.

Igualmente, se ocupa em entender os diferentes aparelhos que possibilitaram reter a


imagem e imprimi-la numa placa de vidro, metal, gelatina ou papel.

A origem etimológica de “fotografia” vem do grego e significa "gravar com


luz": "foto" (luz) e "graphein" (escrever,gravar).

Origem da Fotografia

As primeiras experiências fotográficas de químicos e alquimistas datam de cerca 350


a.C. Todavia, foi em meados do século X que o árabe Alhaken de Basora percebeu a
natureza das imagens que se projetavam no interior de sua tenda trespassada pela
luz solar.

Em 1525, já se dominava a técnica de escurecimento dos sais de prata. No ano de


1604, o químico italiano Ângelo Sala (1576-1637) já sabia que alguns compostos de
prata oxidavam quando expostos à luz do Sol.

Por sua vez, o farmacêutico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) viria a
corroborar esta descoberta em 1777, ao demonstrar o enegrecimento de sais
expostos à ação da luz.

No ano de 1725, foi a vez do cientista alemão Johann Henrich Schulze (1687-1744)
projetar uma imagem durável numa superfície. Por conseguinte, o químico britânico
Thomas Wedgwood (1771-1805) realizou no início do século XIX experimentos
semelhantes.

Evolução da Fotografia

Muitos foram os pioneiros que pesquisaram como fixar uma imagem no papel. "Tirar
fotografia", "fazer um retrato" tornou-se moda entre todas as classes sociais na
segunda metade do século XIX.

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A primeira fotografia propriamente dita foi obra do francês Joseph Niépce (1763-1828).
Ele estudava as propriedades do cloreto de prata sobre papel desde 1817 e obteve
sua grande obra no verão de 1826.

Daguerreótipo

Por sua vez, outro francês, Louis Jaques Mandé Daguerre (1789-1851), desenvolveu
este sistema. Alguns anos depois, criou o aparelho que leva seu nome,
o “daguerreótipo”, que era capaz de gravar imagens permanentes.

Figura 1

O daguerreótipo era uma caixa enorme que captava a imagem através da lente e a
gravava sobre o vidro

O único problema do daguerreótipo era seu peso, o que dificultou a popularização do


aparelho.

Calótipo

Em 1840, o químico inglês John F. Goddard (1795-1866), criou lentes com maior
abertura. No ano seguinte, o escritor e cientista inglês William Henry Fox Talbot (1800-
1877) criou o "calótipo", aperfeiçoando o processo de fixação de imagens.

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Figura 2: Exemplo de imagem obtida através do calótipo: o negativo, à esquerda e o positivo, à
direita

Fotografia colorida

A primeira fotografia colorida seria criada alguns anos depois, em 1861, pelo físico
escocês James Clerk Maxwell (1831-1879).

Contribuíram nesta empreitada Gabriel Lippman (1845-1921), os irmãos Auguste


(1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948). Mais tarde, os irmãos conseguiriam colocar
as imagens em movimento, fato que daria origem ao cinema.

Por fim, o francês DucosduHauron (1837-1920) desenvolveu uma forma de imprimir


três negativos com filtros coloridos em vermelho e azul.

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Figura 3: Primeira fotografia feita por DucosduHauron, em Agen, em 1877. Ao fundo, a catedral
de Saint-Caprais

Em 1871, o método de emulsão seca de brometo de prata em colódio foi aperfeiçoado


pelo médico inglês Richard LeachMaddox (1816-1902), que substituiu o colódio por
placas secas de gelatina.

Popularização da fotografia

Durante o século XIX, a fotografia começa a fazer parte do dia a dia, mas apenas os
fotógrafos profissionais, que trabalhavam em estúdios, conseguiam comprar um
aparelho.

A fotografia passou a registrar momentos específicos tais quais casamentos,


aniversários e solenidades públicas. Para que tudo ficasse perfeito, os fotografados
deveriam permanecer imóveis a fim de que a imagem fosse captada e impressa no
papel.

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Figura 4

Este é o segundo modelo portátil da Brownie-Kodak que permitiu a difusão da


fotografia

Um marco histórico foi o ano de 1901, quando a empresa americana Kodak lançou a
Brownie-Kodak, uma câmera comercial e popular.

Em 1935, a Kodak introduziria o Kodachrome, o pioneiro na linha de filmes coloridos.


Nesta linha, a também americana Polaroid cria a fotografia colorida instantânea em
1963.

Outra inovação da Kodak seria a criação da câmera digital DCS 100 em 1990, uma
máquina digital de fácil manipulação e barata.

Aqui se inicia uma era de gravações digitais de imagens a partir de uma câmera digital
ou de telefones celulares. Sem o suporte do papel, as imagens podem ser
armazenadas em computadores ou na web, para serem “infinitamente” editadas,
impressas e difundidas.

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2.1 História da Fotografia no Brasil

Figura 5: A imagem do atual Paço Imperial feita por Louis Compte em 1840 é uma das
primeiras realizadas no Brasil

Surgimento da fotografia no Brasil

Ao mesmo tempo que Louis Daguerre realiza seus experimentos, outro francês,
radicado em Campinas (SP), busca fixar as imagens numa superfície. Trata-se de
Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879), um viajante que participou da
expedição científica de Langsdorff e que decidiu fazer do Brasil seu novo lar.

Graças às pesquisas do historiador Boris Kossoy, sabemos que Florence utilizou,


inclusive, a palavra "fotografia" em 1832, bem antes que muitos dos seus colegas
europeus.

Desta maneira, vemos que a fotografia não foi um invenção isolada, mas fruto de
vários pesquisadores, que perseguiam o mesmo objetivo ao mesmo tempo.

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Incentivo de Dom Pedro II à fotografia

Oficialmente, porém, a fotografia chega ao Brasil em 1840, apenas um ano após a


invenção do daguerreótipo na França.

O abade francês Louis Compte fez demonstrações ao então jovem imperador Dom
Pedro II, que fica maravilhado com o invento. O soberano passou a colecionar
daguerreótipos, posava constantemente para retratos e inclusive teve diversos
fotógrafos oficiais que deixaram inúmeros registros da família imperial e do Brasil.

A partir da urbanização e do crescimento das grandes cidades, a fotografia ganha seu


espaço na sociedade brasileira. Podemos citar o fotógrafo Marc Ferrez (1843-1923)
que realizou inúmeros registros e ainda hoje é uma referência de profissional do
século XIX.

No entanto, a fotografia no Brasil serviu para deixar registrados momentos dramáticos


como a Guerra do Paraguai (1865-1870) e a Guerra de Canudos (1895). Ambos os
conflitos passaram pelas lentes de Flávio de Barros.

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 HISTÓRIA DO CINEMA

No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos franceses Auguste e Louis


Lumière, realizaram a primeira exibição pública cinematográfica.

No entanto, a criação do cinema foi resultado do esforço de vários inventores que


trabalhavam para conseguir registrar imagens em movimento.

Origem do Cinema

Conseguir imagens em movimento foi algo perseguido desde a Antiguidade. As


sombras sempre exerceram fascínio nos seres humanos, o que rendeu inclusive a
criação do teatro de sombras.

Com o advento da fotografia foi possível fixar a imagem numa superfície, seja ela
papel, placa de metal ou vidro. Desta maneira, não podemos entender a história do
cinema sem compreender a história da fotografia.

Por isso, diversos inventores, de países como França e Estados Unidos,


desenvolviam aparelhos para captar e projetar imagens em movimento. Vejamos
algumas dessas máquinas:

Lanterna Mágica

A própria etimologia da palavra cinema explica isso. Afinal, "cinema" é a abreviação


de cinematógrafo. "Cine", vem do grego e significa movimento e o sufixo "ágrafo", aqui
significa, gravar. Assim, temos o movimento gravado.

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Figura 6

Uma apresentação doméstica de lanterna mágica para crianças

Inventada no século XVII, tratava-se de uma câmara escura que projetava, através de
lentes e luz, desenhos pintados à mão em vidros. Um narrador se encarregava de
contar a estória e algumas vezes havia acompanhamento musical.

A lanterna mágica se tornou uma grande atração em feiras urbanas, mas também foi
usada no ambiente acadêmico.

Praxinoscópio

Figura 7: No praxinoscópio cada imagem deveria ser desenhada cuidadosamente para dar a
ilusão de movimento

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Construído em 1877 pelo francês Charles Émile Reynaud (1844-1918), o
praxinoscópio consistia num aparelho de formato circular no qual as imagens iam se
sucedendo e davam a sensação que estavam se movendo.

Inicialmente restrito ao ambiente doméstico, Reynaud conseguiria em 1888 aumentar


o tamanho de sua máquina. Isto permitiu projetar os desenhos para plateias maiores
e estas performances ficaram conhecidas como "teatro ótico".

Estas projeções alcançaram um enorme sucesso no final do século XIX. De fato, o


praxinoscópio só foi superado pelo cinematógrafo do irmãos Lumière.

Cinetoscópio

Figura 8: Um homem assiste filmes no cinetoscópio, que se encontra aberto e é possível ver
os rolos de filmes

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Lançado, em 1894, na fábrica comandada por Thomas Edison (1847-1931) nos
Estados Unidos, o cinetoscópio era uma máquina individual onde se assistia filmes de
curta duração

O invento só foi possível porque Edison criou uma película de celuloide capaz de
guardar as imagens e assim, projetá-las através das lentes.

Cinematógrafo

Figura 9: O cinematógrafo criado pelos irmãos Lumière foi patenteado em 13 de fevereiro de


1895

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O cinematógrafo criado pelos irmãos Lumière foi patenteado em 13 de fevereiro de
1895

Os irmãos Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), apaixonados


por inventos e fotografia, desenvolveram o cinematógrafo. Ao contrário dos outros
aparelhos, este permitia gravar e projetar as imagens tornando a atividade mais
prática.

Ambos estavam a par das descobertas de Thomas Edison e fizeram pequenas


alterações nos fotogramas para evitar problemas legais.

Desta maneira, o invento dos irmãos franceses superou os concorrentes e


transformou-se no aparelho preferido daqueles que desejavam registrar imagens em
movimento.

Primeira Exibição Cinematográfica

Os irmãos Lumière eram filhos de um fabricante de materiais fotográficos, cuja fábrica


estava localizada na cidade Lyon, França.

Pesquisaram e aperfeiçoaram as primeiras câmaras fotográficas contribuindo para o


surgimento da fotografia colorida. Através do cinematógrafo, começaram a realizar
seus primeiros filmes que consistiam em captar imagens com o aparelho parado.

Em 28 de dezembro de 1895, em Paris, no "Grand Café", foi realizada a primeira


projeção cinematográfica tal qual conhecemos. Assim, numa sala escura, foram
projetados dez filmes de curta duração como "A chegada do trem à estação de La
Ciotat" ou "A saída dos operários da fábrica".

No entanto, os próprios irmãos Lumière não prosseguiram sua carreira pelo cinema.
Louis ainda inventaria o fotorama e se dedicaria à ciência, enquanto Auguste
continuaria seus estudos de bioquímica e fisiologia.

Cinema Narrativo

O cinema era visto apenas para fins documentais e para registrar através de uma
câmara estática algo que estava acontecendo diante da lente. Seria o que se chama
de "teatro filmado".

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No entanto, dois pioneiros vão utilizar as câmaras para contar estórias, criar técnicas
e narrativas que somente seriam possíveis com este aparelho.

Destacamos dois precursores do cinema narrativo: Alice Guy-Blaché e Georges


Méliès.

Alice Guy-Blaché

Figura 10: A cineasta Alice Guy foi a primeira pessoa a conseguir viver do cinema

A primeira pessoa a explorar a via narrativa do cinema foi a francesa Alice Guy-Blaché
(1873-1968). Autora de quase mil obras, ela fez o primeiro filme baseado num conto
popular, "A fada dos repolhos" (1896).

Alice Guy trabalhava como secretária na fábrica e produtora de cinema Gaumont,


quando os irmãos Lumière foram fazer uma demonstração do seu recente invento.

Encantada com o aparelho, Alice Guy começou a experimentar filmar com dupla
exposição, atrasar ou apressar a velocidade da câmara a fim de conseguir efeitos
interessantes para narrar suas estórias. Ela ainda seria a primeira a usar cores e som
nos seus filmes.

Casou-se com HebertBlaché, em 1907, que trabalhava como operador de câmara.


Ambos se mudaram para os Estados Unidos três anos depois e ali Alice Guy criou

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sua própria produtora e construiu estúdios para filmar suas obras. Após se divorciar
em 1920, volta para a França, mas não consegue retomar sua carreira de diretora.

Alice Guy rodou mais de mil filmes do qual apenas 350 sobreviveram, incluído sua
monumental "A Vida de Cristo", de 1906, que contou com 300 figurantes.

Completamente apagada da história do cinema, Alice Guy-Blaché faleceu em 1968.


Agora, os historiadores voltam a dar-lhe o lugar que ela merece.

Georges Méliès

Figura 11: Georges Mélliès e o famoso cartaz de seu filme "Viagem à Lua"

Por outro lado, o mágico e ator francês Georges Méliès também trabalharia no
desenvolvimento da linguagem cinematográfica introduzindo cortes, sobre exposição
e zoom.

Nascido em Paris, em 1861, Georges Méliès comandava seu próprio teatro na capital
francesa e foi convidado pelos irmãos Lumière para assistir a exibição do
"cinematógrafo" em 1895.

Méliès queria usar o aparelho nos seus espetáculos, mas os irmãos não o venderam.
De qualquer maneira, ele comprou uma máquina semelhante e começou a escrever
roteiros e atuar. Aperfeiçoou os truques próprios do teatro e do ilusionismo para o
cinema e assim alcançou grande sucesso.

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Seu maior êxito foi a o flime "Viagem à Lua", de 1902, onde adaptou a célebre obra
de Júlio Verne para o cinema. Por suas inovações, Méliès é reconhecido como o "pai
dos efeitos especiais".

3.1 História do Cinema Brasileiro

A história do cinema no Brasil começa em julho de 1896, quando ocorre a primeira


exibição de cinema no país, na cidade do Rio de Janeiro.

No mundo, o cinema tem início em dezembro de 1895, na cidade de Paris. A película


exibida foi Saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière, dos irmãos Lumiére.

Inicialmente o cinema era mudo, e somente na década de 1930 surge o cinema falado.

Figura 12: Selos em homenagem ao cinema brasileiro exibem imagens de Adhemar Gonzaga,
Carmen Miranda, Carmen Santos e Oscarito (1990)

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Resumo da História do Cinema no Brasil

Em 1887, depois da estreia cinematográfica no país, surge a primeira sala de cinema


aberta ao público na capital carioca, por incentivo dos irmãos italianos Paschoal
Segreto e Affonso Segreto.

Eles foram os pioneiros do cinema no Brasil, considerados os primeiros cineastas no


país, uma vez que realizaram gravações da Baía de Guanabara, em 1898.

No ano seguinte, Pachoal Segreto realizou uma filmagem na cidade de São Paulo
durante a celebração da unificação da Itália.

No entanto, foi somente no início do século XX, que São Paulo tem sua primeira sala
de cinema, chamada de BijouTheatre.

Figura 13: Fachada do BijouTheatre, primeiro cinema na cidade de São Paulo

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Um dos problemas iniciais da produção do cinema no país era a falta de eletricidade,
que somente foi resolvida em 1907 com a implantação da Usina Ribeirão de Lages,
no Rio de Janeiro.

Após esse evento, os números de salas cresceram consideravelmente na cidade do


Rio de Janeiro, chegando a ter cerca de 20 salas de exibição.

Século XX e a Expansão do Cinema no Brasil

No início, os filmes eram de caráter documental. Em 1908, o cineasta luso-brasileiro


António Leal apresenta sua película Os Estranguladores, considerado o primeiro filme
de ficção brasileiro, com duração de 40 minutos.

Anos depois, em 1914, foi exibido o primeiro longa-metragem produzido no país pelo
português Francisco Santos intitulado O Crime dos Banhados, com mais de duas
horas de duração.

Entretanto, após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ocorre uma crise do cinema
brasileiro, o qual fora dominado por produções estadunidenses (cinema de
Hollywood), enfraquecendo assim, o cinema nacional.

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Por conseguinte, na década de 20 e 30 o cinema brasileiro atinge grande expansão
com as publicações das revistas de cinema Para Todos, Selecta e a Cinearte e ainda
com produções que se espalham por vários cantos do país denominado os ciclos
regionais.

Foi na década de 30 que foi criado o primeiro grande estúdio cinematográfico no


Brasil: a “Cinédia”.

As produções mais importantes dessa época foram: Limite (1931), de Mario Peixoto; A
Voz do Carnaval (1933), de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro e Ganga
Bruta (1933) de Humberto Mauro.

Figura 14: Cena do filme Ganga Bruta (1933)

A Atlântida e as Chanchadas

Na década de 40 surgem os gêneros das "chanchadas", filmes cômicos-musicais de


baixo orçamento.

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Esse estilo despontou juntamente com a companhia de cinema Atlântida
Cinematográfica, fundada em 18 de setembro de 1941 no Rio de Janeiro por Moacyr
Fenelon e José Carlos Burle.

Os principais atores da Atlântida foram Oscarito, Grande Otelo e Anselmo Duarte. As


películas que merecem destaque são: Moleque Tião (1941), Tristezas Não Pagam
Dívidas (1944) e Carnaval no fogo (1949).

Figura 15: Cena de Moleque Tião, que teve como protagonista o célebre ator Grande Otelo

Criação da Vera Cruz

Em 1949 foi criado o estúdio Vera Cruz, baseado nos moldes do cinema americano,
em que os produtores buscavam realizar produções mais sofisticadas. Mazzaropi foi
o artista de maior sucesso do estúdio.

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A Vera Cruz representou um marco na industrialização da cinematografia nacional.
Nessa época, tem destaque o filme O Cangaceiro (1953), o primeiro filme brasileiro a
ganhar o festival de Cannes.

Figura 16: Cartaz e sinopse de O cangaceiro (1953), de Lima Barreto

Além disso, em 1954, quando a Vera Cruz faliu, surge o primeiro filme brasileiro a
cores: Destino em Apuros, de Ernesto Remani.

Note que em 1950 foi criada a primeira emissora de televisão do Brasil, a Tevê Tupi,
e muitos atores da Vera Cruz passaram a atuar na Tupi.

Cinema Novo

De caráter revolucionário, o cinema novo se consolidará nos anos 60, focado nas
temáticas se cunho social e político.

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Na década de 1950, já foram produzidos filmes considerados precursores do Cinema
Novo, como Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos.

Do cinema novo destacam-se as produções do cineasta baiano Glauber Rocha: Deus


e o Diabo na Terra do Sol (1964) e O Dragão da Maldade Contra o Santo
Guerreiro (1968).

Cinema Marginal ou "Udigrudi"

Mais tarde, em fins da década de 60 e início dos anos 70, surge o cinema marginal
denominado também de “Údigrudi” (1968-1970). As maiores produtoras dessa
vertente foram "Boca do Lixo", em SP e "Belair Filmes", no RJ.

Essas produções estavam bastante alinhadas com o movimento de contracultura,


ideologias revolucionárias e também com o tropicalismo, movimento musical que
ocorria na mesma época. Sofreu grande censura por parte do regime militar que se
instaurava no país.

Essa vertente foi baseada no cinema experimental de caráter radical. Um filme de


grande destaque foi O Bandido da Luz Vermelha (1968), dirigido por Rogério
Sganzerla.

Figura 17: Cena de O bandido da luz vermelha (1968)

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Criação da Embrafilme

Em 1969 é criada a Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes) que permanece até


1982.

Fundada em pleno contexto da ditadura militar, o governo apoia a ideia, com a


finalidade usar o cinema como uma importante ferramenta de controle estatal.

Nesse contexto, o Estado financia as produções cinematográficas, dando espaço para


as produções nacionais.

A Boca do Lixo e as Pornochanchadas

No começo dos anos 70, em São Paulo, as produções de baixo custo do movimento
“Boca do Lixo” realizam as pornochanchadas, baseada nas comédias italianas e com
forte teor erótico.

Esse gênero teve enorme destaque na década, fazendo grande sucesso comercial no
Brasil. Como exemplo, temos a película A Viúva Virgem (1972), do cineasta Pedro
Carlos Rovai.

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A pornochanchada sofreu um enorme declínio da década de 80, perdendo sua
audiência para os filmes pornográficos hardcores, que ganhavam cada vez mais
espaço no Brasil e no mundo.

Ainda que a produção cinematográfica tenha sofrido um declínio no final da década


de 70, filmes como Dona flor e seus dois maridos (1976), do cineasta Bruno Barreto,
fizeram sucesso.

Figura 18: Cena de Dona Flor e seus dois maridos. A história foi contada outras vezes na
dramaturgia brasileira

Dona Flor teve mais de 10 milhões de espectadores. Além dele, filmes de comédias
com a turma dos Trapalhões atraíam milhões de pessoas.

Crise do Cinema Brasileiro

Com a chegada do videocassete nos anos 80, a proliferação de locadoras marca essa
década no país.

Nesse momento, o fim da ditadura e o despontar de uma crise econômica, leva o


cinema nacional a sofrer um grande declínio.

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Assim, os produtores não tinham dinheiro para produzir seus filmes, e os
espectadores, da mesma forma, já não tinham condições para assisti-los.

Na década de 80 merecem destaque O Homem que virou suco (1980), de João Batista
de Andrade, Jango(1984), de Sílvio Tendler e Cabra marcado para morrer (1984), de
Eduardo Coutinho e Pixote, a lei do mais fraco (1980), de Hector Babenco.

Figura 19: Cena de O homem que virou suco (1980), com o ator José Dumont

No final dos anos 80, é lançado o documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge
Furtado, que também marcou época. Confira esse importante curta-metragem, de 13
minutos, aqui:

Com a chegada de Fernando Collor no poder, a crise se agrava. Além das


privatizações, o novo presidente extingue o Ministério da Cultura, e acaba com a
Embrafilme, o Concine e a Fundação do Cinema Brasileiro.

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Cinema de Retomada

Assim, foi somente na segunda metade da década de 90 que o cinema ganha força,
com a produção de novos filmes. Esse período ficou conhecido como “Cinema de
Retomada” depois de anos imersos na crise.

A partir disso, a produção de filmes cresce e são criados diversos festivais no país. É
criada também a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, sendo
implementada uma nova legislação, a “Lei do Audiovisual”.

A partir de 1995, o cinema brasileiro começa a sair da crise com a produção do


filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1994) de Carla Camurati, o primeiro
realizado pela Lei do Audiovisual.

Nessa década, merecem destaques as produções O Quatrilho (1995), de Fábio


Barreto e O Que é Isso Companheiro? (1997), de Bruno Barreto.

Há ainda Central do Brasil (1998), dirigido por Walter Salles, que você pode conferir o
trailer aqui:

Século XXI e a Pós-Retomada do Cinema

No começo do século XXI, o cinema brasileiro adquire novamente reconhecimento no


cenário mundial, com diversos filmes indicados para festivais e Oscar.

Como exemplo, temos:Cidade de Deus (2002) de Fernando


Meirelles; Carandiru (2003) de Hector Babenco; Tropa de Elite (2007) de José Padilha;
e Enquanto a Noite Não Chega (2009), de Beto Souza e Renato Falcão.

Em 2015, a produção Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, também fez sucesso.

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Figura 20: Cartaz de Cidade de Deus em português e em outros idiomas

Com a introdução de novas tecnologias (3D, por exemplo), as produções e a


quantidades de salas de cinema no país crescem cada vez mais.

Alguns pesquisadores da área denominam o período como a pós retomada do cinema


brasileiro, em que a indústria cinematográfica do Brasil se consolida.

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 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA NO CINEMA

Figura 21

Do surgimento até os dias de hoje, a chamada oitava arte tem uma grande impacto
no cinema, sendo até uma categoria de premiação do maior prêmio do mercado
cinematográfico do mundo.

O surgimento da fotografia e do cinema

A fotografia surgiu no início do século 19, pelo francês Louis Daguerre. O primeiro
aparelho, patenteado por ele e amplamente comercializado, foi chamado
de daguerreótipo.

Este equipamento foi inspirado na heliografia (gravura que usava a luz do sol como
meio de exposição). Em 1871, a fotografia instantânea surgiu e revolucionou essa
arte.

Já o cinema ficou conhecido em meados de 1895, através dos irmãos Louis e


Auguste Lumière. Apesar dos irmãos não serem os criadores, foram eles quem
patentearam a invenção. O cinematógrafo filmava, copiava e projetava – tudo ao
mesmo tempo!

Antes dele, William Dickson, assistente de Thomas Edson, criou o cinetoscópio, em


1889. O aparelho conseguia capturar as imagens em movimento, mas sem projetá-
las. Ainda assim, serviu de base para a criação do cinematógrafo.

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A primeira exibição realizadas pelos irmãos Lumière foi no dia 22 de março de 1895.
O filme mostrava a saída os funcionários da empresa Lumière, em Lyon.

A partir de então, os registros passaram a ser cada mais conceituais e menos da vida
cotidiana. O cinema passou a ser considerado arte nas primeiras décadas do século
XX, com o interesse de artistas do teatro, ilusionismo e outros efeitos cênicos.

Qual a relação entre fotografia e cinema

O cinema reúne diferentes artes, incluindo a fotografia. Ainda que já existissem


registros fotográficos no século 19, a necessidade de capturar imagens em movimento
motivou o fotógrafo Eadweard J. Muybridge. Ele percebeu que ao fotografar o mesmo
corpo, com pequenas alterações de posição, 24 vezes, ele conseguiria uma ideia de
movimento se folheasse os registros de forma sequencial e com alta velocidade. E
essa é a base do cinema até hoje!

A importância da fotografia no cinema

Figura 22

A oitava arte (fotografia) faz parte e tem grande influência para a qualidade da sétima
arte (cinema). Assim, compreendemos que um não existe sem o outro.

Por qual outro motivo um prêmio tão famoso, como o Oscar, valorizaria a fotografia, a
ponto de criar uma categoria de premiação só para ela?

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Quando se planeja contar uma história em movimento, é preciso considerar e aplicar
todas as técnicas fotográficas. A imagem, as cores, a iluminação terão suas próprias
narrativas.

A fotografia tem grande influência no cinema, desde sua concepção até os dias de
hoje.

Serviu como inspiração para inventores serem capazes de criar sistemas e


equipamentos para registro e projeção de imagens em movimento, e são essenciais
para a narrativa visual de qualquer filme.

4.1 Cinematografia

Figura 24

A cinematografia é a técnica para projetar imagens estáticas sequenciais (fotogramas)


sobre uma tela através de uma velocidade suficiente para que as mesmas entrem
em movimento. Na maioria das vezes este termo faz parte apenas do mundo
do cinema.

Por outro lado, a cinematografia pode ser usada de forma mais ampla, neste caso,
inclui todos os passos referentes ao processo de produção de um filme como a
fotografia, a montagem e a projeção.

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Os primórdios da cinematografia

No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos Lumiere faziam a primeira projeção pública


com a demonstração de imagens em movimento. Assim, Louis e Auguste Lumiere
contribuíram para o novo tipo de invenção: o cinematógrafo (aparelho que servia para
filmar e projetar imagens em movimento).

Mesmo assim, esta não era a primeira vez que alguém capturava imagens em
movimento, já que uns anos antes o americano Thomas Edison também realizou este
feito com o cinetoscópio. A diferença entre essas duas máquinas, e que terminaria por
explicar o êxito dos Lumiere, baseava-se que o cinematógrafo era muito mais rápido
e funcional, de maneira que podia capturar e projetar imagens, diferentemente do
outro.

Os primeiros filmes baseavam-se em dois gêneros: o cinema de ficção e o


documentário

De um lado projetavam cenas da vida cotidiana filmadas em exteriores, tais como


transeuntes na rua, a chegada de pessoas numa igreja, o dia a dia dos comerciantes,
entre outras. Por outro lado, as cenas eram produzidas em ambientes interiores.
Assim vale destacar os títulos fundamentais desta primeira época: “Saída dos
operários da fábrica” (1895) e “A chegada de um trem na estação” (1895).

A indústria cinematográfica

Das primeiras obras até a atualidade, a cinematografia se tornou uma indústria


gigantesca que move milhões em todo o mundo.

Os grandes estudos de Hollywood são os responsáveis em grande parte pelo êxito do


cinema como produto comercial, já que ao longo do século XX foram determinadas
bases de distribuição global, além da criação e promoção das grandes estrelas. Em
mais um século de existência, o cinema se tornou um instrumento de divulgação
cultural e entretenimento de primeira ordem.

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