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SUMÁRIO
1. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 34
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Por outro lado, a cinematografia pode ser usada de forma mais ampla, neste caso,
inclui todos os passos referentes ao processo de produção de um filme como a
fotografia, a montagem e a projeção.
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HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
Origem da Fotografia
Por sua vez, o farmacêutico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) viria a
corroborar esta descoberta em 1777, ao demonstrar o enegrecimento de sais
expostos à ação da luz.
No ano de 1725, foi a vez do cientista alemão Johann Henrich Schulze (1687-1744)
projetar uma imagem durável numa superfície. Por conseguinte, o químico britânico
Thomas Wedgwood (1771-1805) realizou no início do século XIX experimentos
semelhantes.
Evolução da Fotografia
Muitos foram os pioneiros que pesquisaram como fixar uma imagem no papel. "Tirar
fotografia", "fazer um retrato" tornou-se moda entre todas as classes sociais na
segunda metade do século XIX.
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A primeira fotografia propriamente dita foi obra do francês Joseph Niépce (1763-1828).
Ele estudava as propriedades do cloreto de prata sobre papel desde 1817 e obteve
sua grande obra no verão de 1826.
Daguerreótipo
Por sua vez, outro francês, Louis Jaques Mandé Daguerre (1789-1851), desenvolveu
este sistema. Alguns anos depois, criou o aparelho que leva seu nome,
o “daguerreótipo”, que era capaz de gravar imagens permanentes.
Figura 1
O daguerreótipo era uma caixa enorme que captava a imagem através da lente e a
gravava sobre o vidro
Calótipo
Em 1840, o químico inglês John F. Goddard (1795-1866), criou lentes com maior
abertura. No ano seguinte, o escritor e cientista inglês William Henry Fox Talbot (1800-
1877) criou o "calótipo", aperfeiçoando o processo de fixação de imagens.
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Figura 2: Exemplo de imagem obtida através do calótipo: o negativo, à esquerda e o positivo, à
direita
Fotografia colorida
A primeira fotografia colorida seria criada alguns anos depois, em 1861, pelo físico
escocês James Clerk Maxwell (1831-1879).
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Figura 3: Primeira fotografia feita por DucosduHauron, em Agen, em 1877. Ao fundo, a catedral
de Saint-Caprais
Popularização da fotografia
Durante o século XIX, a fotografia começa a fazer parte do dia a dia, mas apenas os
fotógrafos profissionais, que trabalhavam em estúdios, conseguiam comprar um
aparelho.
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Figura 4
Um marco histórico foi o ano de 1901, quando a empresa americana Kodak lançou a
Brownie-Kodak, uma câmera comercial e popular.
Outra inovação da Kodak seria a criação da câmera digital DCS 100 em 1990, uma
máquina digital de fácil manipulação e barata.
Aqui se inicia uma era de gravações digitais de imagens a partir de uma câmera digital
ou de telefones celulares. Sem o suporte do papel, as imagens podem ser
armazenadas em computadores ou na web, para serem “infinitamente” editadas,
impressas e difundidas.
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2.1 História da Fotografia no Brasil
Figura 5: A imagem do atual Paço Imperial feita por Louis Compte em 1840 é uma das
primeiras realizadas no Brasil
Ao mesmo tempo que Louis Daguerre realiza seus experimentos, outro francês,
radicado em Campinas (SP), busca fixar as imagens numa superfície. Trata-se de
Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879), um viajante que participou da
expedição científica de Langsdorff e que decidiu fazer do Brasil seu novo lar.
Desta maneira, vemos que a fotografia não foi um invenção isolada, mas fruto de
vários pesquisadores, que perseguiam o mesmo objetivo ao mesmo tempo.
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Incentivo de Dom Pedro II à fotografia
O abade francês Louis Compte fez demonstrações ao então jovem imperador Dom
Pedro II, que fica maravilhado com o invento. O soberano passou a colecionar
daguerreótipos, posava constantemente para retratos e inclusive teve diversos
fotógrafos oficiais que deixaram inúmeros registros da família imperial e do Brasil.
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HISTÓRIA DO CINEMA
Origem do Cinema
Com o advento da fotografia foi possível fixar a imagem numa superfície, seja ela
papel, placa de metal ou vidro. Desta maneira, não podemos entender a história do
cinema sem compreender a história da fotografia.
Lanterna Mágica
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Figura 6
Inventada no século XVII, tratava-se de uma câmara escura que projetava, através de
lentes e luz, desenhos pintados à mão em vidros. Um narrador se encarregava de
contar a estória e algumas vezes havia acompanhamento musical.
A lanterna mágica se tornou uma grande atração em feiras urbanas, mas também foi
usada no ambiente acadêmico.
Praxinoscópio
Figura 7: No praxinoscópio cada imagem deveria ser desenhada cuidadosamente para dar a
ilusão de movimento
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Construído em 1877 pelo francês Charles Émile Reynaud (1844-1918), o
praxinoscópio consistia num aparelho de formato circular no qual as imagens iam se
sucedendo e davam a sensação que estavam se movendo.
Cinetoscópio
Figura 8: Um homem assiste filmes no cinetoscópio, que se encontra aberto e é possível ver
os rolos de filmes
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Lançado, em 1894, na fábrica comandada por Thomas Edison (1847-1931) nos
Estados Unidos, o cinetoscópio era uma máquina individual onde se assistia filmes de
curta duração
O invento só foi possível porque Edison criou uma película de celuloide capaz de
guardar as imagens e assim, projetá-las através das lentes.
Cinematógrafo
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O cinematógrafo criado pelos irmãos Lumière foi patenteado em 13 de fevereiro de
1895
No entanto, os próprios irmãos Lumière não prosseguiram sua carreira pelo cinema.
Louis ainda inventaria o fotorama e se dedicaria à ciência, enquanto Auguste
continuaria seus estudos de bioquímica e fisiologia.
Cinema Narrativo
O cinema era visto apenas para fins documentais e para registrar através de uma
câmara estática algo que estava acontecendo diante da lente. Seria o que se chama
de "teatro filmado".
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No entanto, dois pioneiros vão utilizar as câmaras para contar estórias, criar técnicas
e narrativas que somente seriam possíveis com este aparelho.
Alice Guy-Blaché
Figura 10: A cineasta Alice Guy foi a primeira pessoa a conseguir viver do cinema
A primeira pessoa a explorar a via narrativa do cinema foi a francesa Alice Guy-Blaché
(1873-1968). Autora de quase mil obras, ela fez o primeiro filme baseado num conto
popular, "A fada dos repolhos" (1896).
Encantada com o aparelho, Alice Guy começou a experimentar filmar com dupla
exposição, atrasar ou apressar a velocidade da câmara a fim de conseguir efeitos
interessantes para narrar suas estórias. Ela ainda seria a primeira a usar cores e som
nos seus filmes.
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sua própria produtora e construiu estúdios para filmar suas obras. Após se divorciar
em 1920, volta para a França, mas não consegue retomar sua carreira de diretora.
Alice Guy rodou mais de mil filmes do qual apenas 350 sobreviveram, incluído sua
monumental "A Vida de Cristo", de 1906, que contou com 300 figurantes.
Georges Méliès
Figura 11: Georges Mélliès e o famoso cartaz de seu filme "Viagem à Lua"
Por outro lado, o mágico e ator francês Georges Méliès também trabalharia no
desenvolvimento da linguagem cinematográfica introduzindo cortes, sobre exposição
e zoom.
Nascido em Paris, em 1861, Georges Méliès comandava seu próprio teatro na capital
francesa e foi convidado pelos irmãos Lumière para assistir a exibição do
"cinematógrafo" em 1895.
Méliès queria usar o aparelho nos seus espetáculos, mas os irmãos não o venderam.
De qualquer maneira, ele comprou uma máquina semelhante e começou a escrever
roteiros e atuar. Aperfeiçoou os truques próprios do teatro e do ilusionismo para o
cinema e assim alcançou grande sucesso.
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Seu maior êxito foi a o flime "Viagem à Lua", de 1902, onde adaptou a célebre obra
de Júlio Verne para o cinema. Por suas inovações, Méliès é reconhecido como o "pai
dos efeitos especiais".
Inicialmente o cinema era mudo, e somente na década de 1930 surge o cinema falado.
Figura 12: Selos em homenagem ao cinema brasileiro exibem imagens de Adhemar Gonzaga,
Carmen Miranda, Carmen Santos e Oscarito (1990)
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Resumo da História do Cinema no Brasil
No ano seguinte, Pachoal Segreto realizou uma filmagem na cidade de São Paulo
durante a celebração da unificação da Itália.
No entanto, foi somente no início do século XX, que São Paulo tem sua primeira sala
de cinema, chamada de BijouTheatre.
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Um dos problemas iniciais da produção do cinema no país era a falta de eletricidade,
que somente foi resolvida em 1907 com a implantação da Usina Ribeirão de Lages,
no Rio de Janeiro.
Anos depois, em 1914, foi exibido o primeiro longa-metragem produzido no país pelo
português Francisco Santos intitulado O Crime dos Banhados, com mais de duas
horas de duração.
Entretanto, após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ocorre uma crise do cinema
brasileiro, o qual fora dominado por produções estadunidenses (cinema de
Hollywood), enfraquecendo assim, o cinema nacional.
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Por conseguinte, na década de 20 e 30 o cinema brasileiro atinge grande expansão
com as publicações das revistas de cinema Para Todos, Selecta e a Cinearte e ainda
com produções que se espalham por vários cantos do país denominado os ciclos
regionais.
As produções mais importantes dessa época foram: Limite (1931), de Mario Peixoto; A
Voz do Carnaval (1933), de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro e Ganga
Bruta (1933) de Humberto Mauro.
A Atlântida e as Chanchadas
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Esse estilo despontou juntamente com a companhia de cinema Atlântida
Cinematográfica, fundada em 18 de setembro de 1941 no Rio de Janeiro por Moacyr
Fenelon e José Carlos Burle.
Figura 15: Cena de Moleque Tião, que teve como protagonista o célebre ator Grande Otelo
Em 1949 foi criado o estúdio Vera Cruz, baseado nos moldes do cinema americano,
em que os produtores buscavam realizar produções mais sofisticadas. Mazzaropi foi
o artista de maior sucesso do estúdio.
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A Vera Cruz representou um marco na industrialização da cinematografia nacional.
Nessa época, tem destaque o filme O Cangaceiro (1953), o primeiro filme brasileiro a
ganhar o festival de Cannes.
Além disso, em 1954, quando a Vera Cruz faliu, surge o primeiro filme brasileiro a
cores: Destino em Apuros, de Ernesto Remani.
Note que em 1950 foi criada a primeira emissora de televisão do Brasil, a Tevê Tupi,
e muitos atores da Vera Cruz passaram a atuar na Tupi.
Cinema Novo
De caráter revolucionário, o cinema novo se consolidará nos anos 60, focado nas
temáticas se cunho social e político.
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Na década de 1950, já foram produzidos filmes considerados precursores do Cinema
Novo, como Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos.
Mais tarde, em fins da década de 60 e início dos anos 70, surge o cinema marginal
denominado também de “Údigrudi” (1968-1970). As maiores produtoras dessa
vertente foram "Boca do Lixo", em SP e "Belair Filmes", no RJ.
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Criação da Embrafilme
No começo dos anos 70, em São Paulo, as produções de baixo custo do movimento
“Boca do Lixo” realizam as pornochanchadas, baseada nas comédias italianas e com
forte teor erótico.
Esse gênero teve enorme destaque na década, fazendo grande sucesso comercial no
Brasil. Como exemplo, temos a película A Viúva Virgem (1972), do cineasta Pedro
Carlos Rovai.
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A pornochanchada sofreu um enorme declínio da década de 80, perdendo sua
audiência para os filmes pornográficos hardcores, que ganhavam cada vez mais
espaço no Brasil e no mundo.
Figura 18: Cena de Dona Flor e seus dois maridos. A história foi contada outras vezes na
dramaturgia brasileira
Dona Flor teve mais de 10 milhões de espectadores. Além dele, filmes de comédias
com a turma dos Trapalhões atraíam milhões de pessoas.
Com a chegada do videocassete nos anos 80, a proliferação de locadoras marca essa
década no país.
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Assim, os produtores não tinham dinheiro para produzir seus filmes, e os
espectadores, da mesma forma, já não tinham condições para assisti-los.
Na década de 80 merecem destaque O Homem que virou suco (1980), de João Batista
de Andrade, Jango(1984), de Sílvio Tendler e Cabra marcado para morrer (1984), de
Eduardo Coutinho e Pixote, a lei do mais fraco (1980), de Hector Babenco.
Figura 19: Cena de O homem que virou suco (1980), com o ator José Dumont
No final dos anos 80, é lançado o documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge
Furtado, que também marcou época. Confira esse importante curta-metragem, de 13
minutos, aqui:
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Cinema de Retomada
Assim, foi somente na segunda metade da década de 90 que o cinema ganha força,
com a produção de novos filmes. Esse período ficou conhecido como “Cinema de
Retomada” depois de anos imersos na crise.
A partir disso, a produção de filmes cresce e são criados diversos festivais no país. É
criada também a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, sendo
implementada uma nova legislação, a “Lei do Audiovisual”.
Há ainda Central do Brasil (1998), dirigido por Walter Salles, que você pode conferir o
trailer aqui:
Em 2015, a produção Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, também fez sucesso.
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Figura 20: Cartaz de Cidade de Deus em português e em outros idiomas
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A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA NO CINEMA
Figura 21
Do surgimento até os dias de hoje, a chamada oitava arte tem uma grande impacto
no cinema, sendo até uma categoria de premiação do maior prêmio do mercado
cinematográfico do mundo.
A fotografia surgiu no início do século 19, pelo francês Louis Daguerre. O primeiro
aparelho, patenteado por ele e amplamente comercializado, foi chamado
de daguerreótipo.
Este equipamento foi inspirado na heliografia (gravura que usava a luz do sol como
meio de exposição). Em 1871, a fotografia instantânea surgiu e revolucionou essa
arte.
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A primeira exibição realizadas pelos irmãos Lumière foi no dia 22 de março de 1895.
O filme mostrava a saída os funcionários da empresa Lumière, em Lyon.
A partir de então, os registros passaram a ser cada mais conceituais e menos da vida
cotidiana. O cinema passou a ser considerado arte nas primeiras décadas do século
XX, com o interesse de artistas do teatro, ilusionismo e outros efeitos cênicos.
Figura 22
A oitava arte (fotografia) faz parte e tem grande influência para a qualidade da sétima
arte (cinema). Assim, compreendemos que um não existe sem o outro.
Por qual outro motivo um prêmio tão famoso, como o Oscar, valorizaria a fotografia, a
ponto de criar uma categoria de premiação só para ela?
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Quando se planeja contar uma história em movimento, é preciso considerar e aplicar
todas as técnicas fotográficas. A imagem, as cores, a iluminação terão suas próprias
narrativas.
A fotografia tem grande influência no cinema, desde sua concepção até os dias de
hoje.
4.1 Cinematografia
Figura 24
Por outro lado, a cinematografia pode ser usada de forma mais ampla, neste caso,
inclui todos os passos referentes ao processo de produção de um filme como a
fotografia, a montagem e a projeção.
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Os primórdios da cinematografia
Mesmo assim, esta não era a primeira vez que alguém capturava imagens em
movimento, já que uns anos antes o americano Thomas Edison também realizou este
feito com o cinetoscópio. A diferença entre essas duas máquinas, e que terminaria por
explicar o êxito dos Lumiere, baseava-se que o cinematógrafo era muito mais rápido
e funcional, de maneira que podia capturar e projetar imagens, diferentemente do
outro.
A indústria cinematográfica
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REFERÊNCIAS
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