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AULA 1 – HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

ESAMC
Curso: Comunicação Social, Design e Moda / graduação

Disciplina: Fotografia I
Professora: Joyce Guadagnuci
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

QUAIS SÃO OS ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS PARA


SE FAZER UMA FOTOGRAFIA?
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

A câmera obscura (escura)

Consiste numa sala escura, com apenas um orifício de um dos lados,


que permite a entrada de luz.

Desde a antiguidade, observadores notaram que dentro de


cômodos assim podiam observar imagens refletidas dos objetos que
se encontravam do lado de fora, formadas pela luz refletida que
entrava pela abertura.

Isso acontecia graças a uma das propriedades físicas da luz, que é a


de se propagar em linha reta.

E quanto menor o orifício, melhor a qualidade da imagem.


HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

A câmera obscura (escura)


HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
A câmera obscura (escura) 

No séc. XVI, os artistas


italianos transportaram o
mecanismo usado nas salas
para caixas portáteis,

substituíram os pequenos
orifícios por lentes,

adicionaram um espelho
para inverter a imagem e

uma superfície de vidro


onde a imagem era
projetada.
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A câmera obscura (escura) 

Mas até o momento a


câmera só servia aos
desenhistas, não
havia nada que
pudesse gravar as
imagens sobre uma
superfície, a não ser
de forma manual.
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A Heliografia

O primeiro a conseguir produzir


uma fotografia foi o francês Joseph
Nicéphore Niépce, em 1826.

Depois de 8h de exposição, ele


conseguiu fixar a vista de sua janela
sobre uma chapa revestida de
betume da judeia.

Ao experimento ele deu o nome de


HELIOGRAFIA.
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A Heliografia

Primeira fotografia de Niépce (1826), tirada da janela do sótão de sua


casa de campo na França
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A Daguerreotipia

Em 1835, um outro francês, Louis


Jacques Mandé Daguerre, ciente das
pesquisas de Niépce, expôs na câmera
obscura placas de cobre, recobertas de
prata polida e sensibilizadas sobre o
vapor de iodo, formando o iodeto de
prata.

Assim, conseguiu uma imagem com 30


min de exposição.

Em 1839, vendeu a patente ao governo


francês e se tornou o inventor do
Daguerreótipo, ou seja, da imagem fixa.
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A Daguerreotipia
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A Daguerreotipia

O único problema do
daguerreótipo é que ele só
reproduzia uma cópia única.
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A Daguerreotipia

O único problema do
daguerreótipo é que ele só
reproduzia uma cópia única.
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

Por volta de 1830, o desenhista francês


Hercules Florence, que vivia no Brasil, na
Vila de São Carlos (atual Campinas), cria um
processo similar ao de Niepce e Daguerre,
porém, tecnicamente superior.

Ele realizou uma série de experimentos


(que incluíram até o uso de urina para fixar
imagens).

Florence desenvolveu uma chapa de vidro


tratada quimicamente que capturava a
imagem e depois podia passá-la para o
papel.
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No entanto, Florence só teve sua invenção


reconhecida depois da publicação da
pesquisa do historiador brasileiro Boris
Kossoy, no final dos anos de 1970.

Segundo Kossoy, além de ter descoberto o


processo fotográfico isoladamente em
Campinas, usou em seus diários a
palavra Photographie em 1834, cinco anos
antes de o químico inglês John Hershel
cunhar o termo Photography.
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A Calotipia ou talbotipia

O inglês Willian Henry Fox Talbot, descendente de família nobre,


membro do parlamento britânico, escritor e cientista, usava a
câmera escura para fazer desenhos em suas viagens.

Na intenção de fugir da patente do daguerreótipo em seu país,


pesquisava uma fórmula para sensibilizar quimicamente o papel.

No início de suas experiências, o cientista tentou obter cópias


por contato de silhuetas de folhas, plumas, rendas e outros
objetos.
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A Calotipia ou talbotipia

Plumas e rendas obtidas com a superposição dos objetos sobre


papel sensibilizado
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A Calotipia ou talbotipia

Ele mergulhava o papel em nitrato e cloreto de prata e, depois de


seco, colocava os objetos sobre ele e o expunha à luz, o que
resultava numa silhueta escura.

Finalmente, para o papel não escurecer por inteiro e perder a


imagem, era submerso em amoníaco ou numa solução
concentrada de sal.

Porém, as imagens de Talbot não causavam interesse do público


por conta de seu tamanho reduzido 2,50 cm2, contra os 22 cm2 de
um daguerreótipo, além da sua lentidão e incapacidade de
registrar detalhes.
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A Calotipia ou talbotipia

O cientista chamou esta imagem invertida de “negativo“ e


chegou a conclusão de que se o papel fosse transparente, a
primeira imagem serviria para produzir uma segunda, onde luzes e
sombras se inverteriam.

Além disso, a partir de um negativo era possível fazer inúmeras


cópias.

Então, em 1835, realiza o mais antigo negativo do mundo que se


tem notícia.
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A Calotipia ou talbotipia

Negativo e Fotografia das janelas da Abadia de Lacock, 1835


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A era dos retratos

Gaspar Félix Tournachon, mais


conhecido como Nadar, foi um dos
mais famosos representantes do
retrato fotográfico durante a
época em que a atividade teve
seu auge (1845 a 1890).

Seu maior feito foi captar fotos


aéreas, a partir de uma balão.
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A era dos retratos

Fotografia da atriz francesa Sarah


Bernhardt feita por Nadar
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A era dos retratos
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A era dos retratos

Fotografia aérea feita por Nadar


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A era dos retratos

Primeira fotografia aérea de Paris, em 1858


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A era dos retratos

André Disdéri também foi um


importante retratista.

Teve êxito comercial e um grande


número de clientes, pois em 1854
idealizou um sistema para tornar as
fotografias mais baratas, conhecido
como cartes-de-visite.

Numa só placa colocava vários


retratos, utilizando-se assim menos
produtos químicos, placas e tempo.
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Cartes-de-visite
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Cartes-de-visite
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Cartes-de-visite
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A popularização da fotografia

1880 – George Eastman funda nos EUA a Eastman Dry Plate Company, que
depois foi batizada de Kodak.

1888 - A Kodak lança sua primeira câmera com filme de rolo e, em 1900, a
primeira câmera popular The Brownie, ao preço de US$ 1,00. 

O cliente levava o equipamento para casa e quando voltava à loja para


revelar o filme recebia outra câmera já com um filme novo.

Esta forma de comercialização foi eternizada pelo slogan: “Você aperta o


botão e nós fazemos o resto”.

1932 – George Eastman se suicida aos 78 anos: “Cumpri minha missão –


para que esperar?”
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A popularização da fotografia

Anúncio da kodak
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Evolução das câmeras fotográficas

O formato 35mm, introduzido com a câmera Leica, em 1925,


revoluciona o mercado.

A câmera fica muito menor e mais leve, facilitando a vida dos


fotógrafos de rua.
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Evolução das câmeras fotográficas

O formato do filme 35mm (24 x36 mm) retangular possibilita uma


composição mais assimétrica e dinâmica.
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Evolução das câmeras fotográficas

O SISTEMA REFLEX

Criado nos anos de 1930.

Quando você olha pelo visor


analógico de uma reflex, o que
você vê é exatamente aquilo
que a luz está enxergando,
refletido por espelhos e um
pentaprisma.
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Evolução das câmeras fotográficas

O SISTEMA REFLEX

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