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FOTOGRAFIA

CAPÍTULO 1 - DE PLATÃO À NASA: OS


CAMINHOS DA FOTOGRAFIA

José Roberto Gonçalves


Introdução
Você sabia que fotografia, como a conhecemos hoje, é o resultado de um longo processo de
aprimoramento tecnológico desenvolvido na Grécia Antiga? Foram os gregos os primeiros a
descreverem o princípio da câmera escura, que deu origem a atual câmera fotográfica. A fotografia era
chamada de “lápis da natureza” e era sinônimo de verdade e  prova do real, pois não era mais necessário
a mão do pintor para registrar as cenas da natureza. Além disso, você já imaginou que a fotografia já foi
símbolo de status e poder econômico?
Antigamente, as famílias abastadas utilizavam álbuns de paisagens distantes para decorar a sala de
visitas. Já as famílias mais humildes possuíam um único retrato, pendurado na parede, com a imagem
do casal. Atualmente, a fotografia é acessível a todos, encantando as multidões com seu poder de
congelar momentos e transmitir emoções.
A fotografia é muito presente em nosso cotidiano moderno e se constitui como uma poderosa
ferramenta de comunicação, capaz de falar com um número infinito de pessoas, superando barreiras de
idiomas. Mas quais os motivos para se aprender a linguagem fotográfica? É isto que veremos em
nossos estudos
 Nesta unidade, iremos contextualizar a fotografia, iniciando pelas datas marcantes de sua descoberta e
evolução, apresentaremos os principais gêneros fotográficos e conversaremos sobre a sua linguagem.
Vamos começar? Acompanhe o conteúdo com atenção!

1.1 Breve histórico


O processo fotográfico é fruto da união da arte com a ciência, que herdou o processo técnico e o
estatuto de ‘verdade’ de prova do real, por meio do científico, pois não era mais necessário a mão do
pintor para registrar as cenas. Já do artístico, tem traços da linguagem, nos enquadramentos e temas.
Esta combinação criou um instrumento de comunicação que modificou a forma de interagimos com o
mundo. Para contar parte dessa longa história, selecionamos algumas datas marcantes desse processo.
É importante conhecermos os principais eventos que constituem a história da fotografia, como um
ponto de partida para o aprofundamento dos estudos sobre a evolução da técnica das artes
fotográficas.
Em 400 a.C., apareceram os primeiros relatos sobre a utilização de “câmaras escuras” para a
observação de eclipses solares. O mais conhecido destes relatos foi escrito por Aristóteles (384-322
a.C.) (OLIVEIRA; VICENTINI, 2009). Já em 1000 d.C., criou-se as lentes mais luminosas. Os avanços
sobre a óptica permitem a melhoria das câmeras escuras. Estes estudos são atribuídos ao físico árabe
Alhazam (LANGFORD, 1979).
Em 1200 d.C., Roger Bacon (1214-1294) e Levi Ben Gershon (1288-1344) utilizaram a câmera escura
para realizarem observações sobre os eclipses solares, mas ainda eram do tamanho de uma sala
(BUSSELLE, 1993).
Cesere Cesarino, discípulo de Leonardo Da Vinci, publica, em 1545 desenho descrevendo o
funcionamento de uma câmara obscura. A câmara escura difunde-se entre os pintores que as utilizavam
desse o século XV (BUSSELLE, 1993).
Figura 1 - Ilustração feita por Cesere Cesarino descrevendo a câmera obscura
Fonte: Universal History Archive, Shutterstock, 2020.

Em 1604 d.C., o químico italiano Ângelo Sala, observou que a prata escurecia quando exposta ao Sol. E
em 1725 d.C. o médico alemão, Johan Heindrich Schulze concluiu que era a ação da luz e não o calor
que fazia a prata escurecer (EMANIA, 2019).
O químico Thomas Wedgwood (1771 -1805), em 1806 d.C., realizou experimentos com nitrato de prata
para copiar imagens pintadas em vidro. Seu processo só permitia reproduzir silhuetas que desapareciam
com o tempo (BUSSELLE, 1993).
No século XIX, o francês Joseph Nicéphore Niepce (1765-1833) iniciou seus experimentos para a
obtenção de imagens por meio da ação direta do sol utilizando os aletos de prata. Em 1822, abandonou
esse processo e passou a utilizar o betume da Judéia como material sensível. Após untar placas de
metal com esse componente, a expôs a ação da luz do sol por oito horas, dentro de uma câmera escura.
Quatro anos depois, Niepce realizou a primeira fotografia permanente, batizando-a de heliografia, em que
hélio corresponde ao sol e grafia diz respeito à escrita (BUSSELLE, 1993).
1829 d.C., Louis-Jacques Mandé Daguerre. (1757-1851), propôs uma parceria a Niepce para o
desenvolvimento da heliografia. A parceria durou até 1833, ano da morte de Niepce. Após adquirir
muitos conhecimentos com a parceria, Daguerre seguiu seu próprio caminho e passou a utilizar sais de
prata no lugar do betume para revela-lo com vapor de mercúrio, fixando-o com água salgada. Essa busca
levou 10 anos e resultou na diminuição do tempo inicial de 8 horas de exposição para 30 minutos
(BUSSELLE, 1993).
Daguerre, em 1839, patenteia seu invento e começa a comercializar sua invenção, expondo-a em seu
Diorama em Paris, batizando-a de Daguerreótipo. No mesmo ano, vendeu a patente ao governo francês e
publicou um folheto, de 79 páginas, intitulado “Histoire et description du procédé nommé le
daguerréotype”. Em pouco tempo, a invenção estava disseminada por toda a Europa e Américas
(VASQUEZ, 2002).

VOCÊ SABIA?
Em 1833, um francês, radicado no Brasil na cidade Campinas-SP, já produzia e
comercializava imagens fotográficas. Ele era
Antoine Hercule Romuald Florence (1804 -1879).  Contudo, ele não registrou a
sua patente e abandonou sua invenção ao saber que outro francês, Daguerre,
havia anunciado a descoberta do processo fotográfico. Foi Florence que
cunhou em 1834 o termo “fotografia” que só viria a ser utilizado anos depois de
sua morte. 

Ainda no século XIX, o químico inglês Willian Fox Talbot (1800-1877), desenvolve um processo em duas
etapas para a obtenção de imagens. O processo de Talbot consistia em banhar uma folha de papel em
uma solução de cloreto de prata, expô-la a luz do sol através da câmera escura e, revela-la em uma
solução de cloreto de sódio, fixando a imagem. Ao final do processo, o físico inglês percebeu que tinha
em suas mãos uma imagem invertida que denominou “negativo”. Como o papel era transparente, Talbot
o posicionou sobre outro papel também sensibilizado com cloreto de prata, e expos novamente a luz.
Com isso, obteve a primeira fotografia pelo processo negativo-positivo. Em 1841, o químico obtém a
patente de sua invenção e a batiza de Talbótipo. Em 1844 publica livro “The pencil of nature”, contendo
fotografias, e o relato de sua descoberta (BUSSELLE, 1993).
Frederick Scott Archer  (1813 -1857), um escultor inglês, contribui para a história da fotografia, quando
desenvolve o processo “emulsão de colódio úmido”, em 1849. Essa nova tecnologia consistia em
preparar uma placa de vidro com piroxilina diluída em éter e álcool, adicionando iodeto e brometo.
Instantes antes de se fotografar, a placa era banhada em prata e exposta a luz do sol. Imediatamente
após a exposição era preciso revelar. Esse processo veio a substituir os processos utilizados nos
daguerreótipos.
Outra invenção importante no século XIX, foi a introdução das placas secas inventadas, por Richard
Leach Maddox (1816 -1902). Além disso, George Eastman (1854-1932) criou a empresa Kodak, lançando
máquinas fotográficas de baixo custo e fácil operação. Seu slogan era: “você pressiona o botão, nós
fazemos o resto”.
A estratégia de vendas era fornecer uma câmera fotográfica já carregada com um filme para 100 poses,
por um baixo preço de aquisição. Após fotografar, a câmera deveria ser enviada para a sede da Kodak na
qual o filme era revelado e as fotografias impressas e todo o conjunto: máquina; novo filme; fotografias
impressas, eram devolvidas a um preço muito maior que o valor de aquisição da primeira máquina.
Figura 2 - Kodak Brownie foi lançada em 1900 e foi um marco na simplificação do processo fotográfico
Fonte: Universal History, Shutterstock, 2020.

Já no século XX, houve um marco importante para a indústria fotografia, houve a introdução da
fotografia colorida no mercado com o processo autocromo. Esse processo dominaria o mercado até
meados da década de 1930. Além de que lançaram o filme colorido “pancromático” em formato de
35mm para a indústria cinematográfica.
Em 1942, a Kodak lança o filme Kodacolor que se tornaria a referência no mercado. E 30 anos depois, a
empresa apresenta ao mercado o primeiro Charge-Coupled Device (CCD) que, em português, significa
“dispositivo de carga acoplada”. Esse novo dispositivo produzia imagens com 100x100 pixels
(TECMUNDO, 2013).
Finalmente, no século XXI, foi comercializado o primeiro telefone com câmera fotográfica, o modelo era
o J-SH04, da Sharp. E a partir disso o ramo da fotografia cresceu em uma velocidade absurda e se
popularizou rapidamente.

1.2 Gêneros fotográficos


Os gêneros fotográficos são uma classificação do conteúdo da imagem, que facilita a sua produção.
Sabemos que o conceito de fotografia não é estanque, é multifacetada e pode conter mais de um
gênero, dentro da mesma imagem. O que isso quer dizer? Simples: uma mesma fotografia pode ser
classificada de diversas formas de acordo com o seu uso ou com o olhar do observador. Portanto, as
classificações ou gêneros fotográficos não devem ser entendidos como excludentes, mas, sim, como
complementares e referenciais para facilitar sua produção.
Para orientá-lo em sua caminhada de aprendizagem, apresentamos, a seguir, um resumo dos principais
gêneros fotográficos. Acompanhe!

1.2.1 Fotografia de paisagem


O gênero paisagem é bastante amplo e tem suas origens nos primórdios da fotografia, quando buscava
imitar os estilos/temas da pintura clássica, uma vez que carrega em sua gênese o literal, ou seja, a
busca por retratar um determinado local/cena da forma mais fiel possível. Desse modo, “[...] a fotografia
de paisagem, mais do que os outros gêneros, tem se esforçado para achar sua própria voz” .

Figura 3 - A desconstrução da fotografia de paisagem


Fonte: Shutterstock, 2020.

Com o passar dos anos, a fotografia de paisagem libertou-se do literal e passou a incorporar novas
formas de composição e significação, adicionando volumes e texturas em sua linguagem. Dentro deste
gênero podem-se agrupar os subgêneros: fotografia de viagem; : fotografia de arquitetura; e fotografia de
natureza.
Vejamos, a seguir, as categorias propostas por Ang (2010).

• Fotografia de viagem: retrata lugares, eventos e pessoas, tendo


como elemento principal a paisagem natural ou artificial. Destaca
o local visitado, o ser humano serve como referência para o
tamanho das construções ou grandiosidade do espaço.
• Fotografia de arquitetura: tem como tema principal as
construções feitas pelo homem. As imagens podem assumir um
caráter mais artístico/conceitual ou documental. Não há a
necessidade da presença do ser humano na imagem. Quando
presente, tem a função de indicar escala de proporção/volume. Os
elementos arquitetônicos estão em destaque.
• Fotografia de natureza: tem como foco plantas e animais. Evita-
se a presença de seres humanos ou elementos artificiais. Os temas
principais são a vida selvagem. Em alguns casos, pode assumir
caráter técnico-científico, quando voltada para o registro de
detalhes ou hábitos dos seres vivos.

A fotografia de viagem é muito mais que uma selfie, trata-se de um registro da realidade social, das
alterações do meio ambiente e dos lugares visitados. Muito do que sabemos sobre o passado da
humanidade é fruto de fotografias tomadas por viajantes anônimos que deixaram suas observações,
sobre os lugares que visitaram, registradas em imagens fotográficas.

1.2.2 Fotografia de notícia


As fotografias de notícia ou fotojornalismo são imagens empregadas para informar, testemunhar, revelar,
expor, denunciar e opinar sobre um determinado fato/acontecimento. Este gênero contribuir para dar
credibilidade a informação textual expandindo-a ou direcionando sua leitura. As fotografias jornalísticas
precisam ser acompanhadas de um texto que complemente as informações, como: por quê aquilo
ocorreu, quais as consequências etc. Desse modo, empregamos o termo fotojornalismo como sinônimo
de fotografia de notícias, “[...] de qualquer modo, como nos restantes tipos de jornalismo, a finalidade
primeira do fotojornalismo, entendido de uma forma lata, é informar” .

Figura 4 - A fotografia de notícias como um relato fotográfico


Fonte: Pavels Hotulevs, Shutterstock, 2020.

Dentro do seguimento fotojornalismo, Sousa (2004), classifica da fotografia de notícia em: spot news,
notícias em geral, esportes, retrato. Vejamos a definição de cada uma delas, a seguir.
• Spot news (fotografia de notícias): fotografias tomadas de forma
espontânea, únicas, feitas no momento da ação, onde os
personagens são retratados sem poses pré-definidas ou
ensaiadas.
• Notícias em geral: seguem uma pauta pré-definida, dando ao
fotojornalista a possibilidade de pensar a fotografia previamente.
Tipicamente estão relacionadas a coberturas agendadas como
coletivas de imprensa, conferências e desfiles.
• Esportes: busca a ação, o momento impactante que mais
simboliza a prática esportiva. Ex.: no futebol, o gol, no tênis, o
saque.
• Retrato: tem por objetivo identificar as pessoas/grupos objeto da
notícia. A imagem de retrato pode ser posada ou não, individual
ou em grupo, contudo, necessita que a pessoa/grupo possa ser
identificada na imagem.
• Contudo, preferimos uma classificação mais abrangente que
subdivide a fotografia de notícia em: informativa; ilustrativa;
ensaio/fotorreportagem. Vejamos, a seguir.
• Informativa: apresenta o fato da melhor forma possível,
procurando responder as perguntas: quem fez? O que fez? Como
fez? Onde fez? Isso permite ao leitor formar uma ideia mais ampla
sobre o acontecimento de forma rápida e intuitiva. Quanto maior a
carga de informação na fotografia, menos ela dependerá do texto
que lhe acompanha para gerar sentido. Nesta categoria se
enquadram as spot news e esportes.
• Ilustrativa: baixa carga informativa, necessitando do texto para
dar-lhe sentido. Serve muito mais como testemunho da presença
do fotojornalista ao evento. Dentro desta categoria se encaixa o
retrato e notícias em geral.
• Ensaio/fotorreportagem: o ensaio fotográfico, na sua
modalidade jornalística, está relacionado a grandes reportagens,
onde o fotojornalista tem tempo para realizar uma sequência de
imagens de forma a compor uma história dentro da reportagem.
Em muitos casos é apresentada como livros, sessões ou edições
inteiras de uma revista. As revistas National Geografic, Life, O
Cruzeiro e Manchete, foram expoentes deste gênero fotográfico.

A fotografia de notícias deve cumprir o seu principal papel que é de informar, de trazer aos olhos dos
leitores a realidade dos fatos presenciada pelo fotojornalista presente ao evento. Sua credibilidade está
baseada na confiança da presença do fotojornalista no local dos acontecimentos e que estamos vendo
apenas o que o fotojornalista presenciou, sem inclusões ou exclusões posteriores. Portanto, a fotografia
jornalística, por princípio, deve ser o “retrato” fiel da cena, um testemunho pessoal do fotojornalista sobre
a realidade dos fatos.

1.2.3 Fotografia publicitária


Mais sensível às mudanças tecnológicas, seja de equipamentos, seja de mídias, a fotografia publicitária
atualiza sua linguagem de forma mais rápida que a fotografia de notícias. Ao contrário da fotografia de
notícias, que se agarra a função denotativa (sentido literal) da imagem, ao instante, à casualidade, ao
não encenado; a fotografia publicitária se esmera na produção, na antecipação, no preparo, no pormenor,
intensificando a função conotativa (sentido figurado) da imagem. Contudo, as funções (denotativa e
conotativa) já não dão mais conta da complexidade da linguagem publicitária. A exibição do produto
(forma, cor e volume), que servia para apresentar ao comprador o que ele levaria para casa, há muito não
mais satisfaz as exigências de um consumidor ávido por experiências.
As imagens publicitárias se tornaram uma ampliação de experiências que “[...] remete para um
determinado estilo de vida, um imaginário, que surge na fotografia de forma propositada e preparada” .
Assim, esse gênero fotográfico é pensado para gerar sentido e mover o leitor ao consumo. A cada
movimento da tecnologia, a fotografia publicitária se inova e renova, incorporando novos recursos de
composição e edição, se tornando mais complexa.
Contudo, apesar do aumento da complexidade da mensagem publicitária, ainda podemos agrupar esse
gênero em três subgêneros: moda, produtos/comercial e campanhas. Antes de serem categorias ou
subcategorias fixas, essa divisão cumpre um papel esquemático pedagógico, uma vez que a fotografia
produzida é cada vez mais fluida, rompendo barreiras de linguagens tradicionais.

• Fotografia de moda: celebra a forma humana, destaca a cultura


material e imaterial. Busca o equilíbrio dos detalhes, a encenação
e abusa dos ângulos surpreendentes e inusitados. Vale-se de
adereços e elementos cenográficos para compor a mensagem
publicitária. Busca contar uma história que transcende a própria
imagem.
• Produtos/comercial: tem por objetivo destacar o produto,
enfatizando suas qualidades e dimensões. Pode ser subdividida
por finalidade — posicionamento da marca ou venda no varejo.
Quando falamos de posicionamento da marca, a fotografia do
produto está inserida em um contexto maior de definição de
identidade de marca. No caso da fotografia comercial, seja para e-
commerce ou suplementos de ofertas (jornaizinhos), as imagens
são produzidas em fundos neutros, normalmente brancos,
destacando o produto a ser comercializado, sem se envolver com
o posicionamento da marca.
• Campanhas: as fotografias realizadas para uma campanha
publicitária, seguem um roteiro (briefing) pré-estabelecido pela
agência que detém a conta do produto/serviço, devendo atender
as diversas mídias - internet (websites, mídias sociais, aplicativos
mobile, e-mail marketing etc.), impresso (jornais, revistas,
panfletos, embalagens etc.). Segue um conceito específico de
forma a divulgar e posicionar a marca no mercado.

Da mesma forma que no mundo do consumo as possibilidades são infinitas e se entrelaçam, na


fotografia publicitária isso fica cada vez mais marcado como forma de concepção das peças
publicitárias. Novos formatos de mídias surgem a todo momento, obrigando a fotografia publicitária a se
inventar e reinventar a todo momento. Trazendo um dinamismo ao trabalho do Fotógrafo de Publicidade
que o obriga a transitar por todos os gêneros e subgêneros da fotografia.

1.2.4 Fotografia tecnocientífica e documental 


Segue critérios rígidos de produção no tocante ao emprego de equipamentos e procedimentos de
obtenção das imagens. Utilizada para fins científicos ou prova criminal (forense). A calibragem dos
equipamentos é feita de forma a inserir o mínimo de alteração na imagem registrada, buscando a
fidelidade na reprodução do objeto. A fotografia tecnocientifica é empregada desde a matemática até a
medicina, passando pela astronomia, biologia, química e direito. Observamos as subcategorias a seguir.
• Micro e macrofotografia: a microfotografia se destina a registar
objetos muito pequenos que não são vistos a olho nu, tais como
microrganismos, células, átomos. A macrofotografia registra
objetos pequenos, mas que podem ser vistos a olho nu. Bastante
difundida entre os fotógrafos de natureza.
• Astrofotografia: produzida com o emprego de telescópios ou
acessórios especiais, se destina a observação do universo. Divide-
se em quatro subcategorias, como: deep space, produzidas com o
emprego de telescópios, se destina a observar o espaço profundo
onde se localizam as outras galáxias; o sistema solar, podendo
empregar telescópios ou câmeras fotográficas com lentes
intercambiáveis (SLR); o campo amplo, podendo ser realizada por
amadores empregando equipamento fotográfico de baixo custo,
necessitando de um suporte para fixação da câmera; e time lapse,
variante da fotografia de campo amplo, se caracteriza pela
produção de uma série de imagens em intervalo de tempo pré-
definido.
• Flora e fauna: utilizada no campo da biologia para registrar
animais e plantas selvagens em seu habitat. Vale-se tanto de
teleobjetivas quanto de objetivas macro. Quando realizada por
cientistas, segue rígidos procedimentos de captação e descrição
das condições de produção da imagem.
• Forense: é utilizada para representar a realidade encontrada em
um local de sinistro, devendo seguir critérios técnicos de forma a
poder ser utilizada como prova em um processo judicial. O
fotógrafo forense é treinado para identificar a sequência dos
acontecimentos que levaram ao desfecho da ação. Em uma cena
pericial, o registro deve ser feito partindo do geral para o
específico (detalhe), buscando cobrir todos os ângulos da ação.

Essas categorias definem e diferenciam cada categoria das fotográficas tecnocientíficas.


Já na fotografia documental, se levarmos em consideração que toda fotografia é um documento, um
relato, uma construção social, então, o que seria fotografia documental? O gênero documental na
fotografia, se caracteriza pela sua intencionalidade em registrar e descrever através de imagens um
determinado comportamento/evento social.
Nesse sentido, Lombardi (2008, p. 37) discorre que

A fotografia documental tem como proposta narrar uma história por meio de uma sequência de
imagens. Com sua especificidade centrada na aliança do registro documental com a estética,
ela assume a função de fazer a mediação entre o homem e o seu entorno. É, portanto,
problematizadora da realidade social, e ao mesmo tempo, reivindicadora de um modo próprio de
expressão.

VOCÊ O CONHECE?
Araquém Alcântara (1951), jornalista e fotógrafo, trabalhou como repórter nos
jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. Especializou-se em fotografia de
natureza, tornando-se fotodocumentarista. Foi o primeiro fotógrafo brasileiro a
desenvolver uma sistemática de documentação dos Parques Nacionais de
Proteção Ambiental. Seu trabalho é reconhecido internacionalmente, sendo exposto
nas principais galerias das Américas e Europa. Para saber mais:
https://araquemalcantara.com/ (https://araquemalcantara.com/).    
O fotodocumentarista não só tem consciência de sua intencionalidade como se prepara para a captação
das imagens, sua organização e utilização. Está preocupado com a objetividade, a verdade e a
credibilidade. Caracteriza-se por ser um projeto de longa duração, de forma a registar a continuidade de
um determinado evento social e não somente um instante deslocado de seu contexto.
O resultado desse processo é um conjunto de imagens que assume a condição de um relato social
contundente e, em certa medida, poético. Na fotografia documental “[...] temas sociais, impressões
sobre o mundo, vida cotidiana, cenas de guerra, registros de viagens, os mais diferentes tipos de
fotografias podem ser classificados como documentais” (LOMBARD, 2008, p. 42). Como nos outros
gêneros já estudados, a fotografia também divide-se em três subgêneros, conforme Lombard (2008).

• Fotografia de família: o fotógrafo está preocupado em registrar


os aspectos da cultura familiar, sua estrutura e costumes.
• Fotografia de guerra: um dos gêneros da fotografia documental
mais pungente e celebrado, tendo em vista os desafios que esta
modalidade carrega em sua gênese. A fotografia de guerra se
notabiliza por imagens vibrantes, por vezes violentas e
constrangedoras. Desde a Guerra da Criméia 1853-1859,
praticamente todos os grandes conflitos armados foram
documentados pelas lentes dos fotógrafos.
• Fotografia sócio-documental: tem como objeto de pesquisa os
eventos sociais de larga abrangência e longa duração, que
impactam na forma de organização de comunidades ou países. Os
temas mais recorrentes neste segmento são trabalho, fome,
deslocamentos populacionais forçados por guerras ou
perseguições religiosas, entre outros temas que impactam na
organização social.

De forma ampla, o fotógrafo documental se aproxima da historiografia, da antropologia e da sociologia,


no sentido de buscar a compreensão de determinado fato social e suas interações na história da
humanidade.

1.2.5 Ensaio fotográfico


O ensaio fotográfico se caracteriza por contar uma história sem o mesmo aprofundamento que a
fotografia documental, contudo, mantendo uma unidade discursiva que permita ao leitor identificar a
intencionalidade do fotógrafo. Transmite uma mensagem leve e contextualizada, propondo novas
reflexões sobre o tema. É fruto de uma intencionalidade do autor que busca estruturar o ensaio na
compreensão que este tem sobre o tema e a sociedade.
A liberdade do fotógrafo é ampla nesse gênero, entretanto, caso seja uma encomenda, no campo da
publicidade ou jornalismo, deve seguir o briefing ou a pauta estabelecida. Contudo, algumas escolhas
são de competência do fotógrafo: a estética; a mensagem e a montagem da apresentação final.
Ao mergulhar em um ensaio o autor se vê inserido em um processo que exige muito mais que a
captura de imagens. Exige uma reflexão sobre a conexão entre estas imagens, sobre a edição
que melhor pode expressar sua intenção no trabalho (tendo assim mais efeito que a simples
exposição de tudo que se pode revelar a respeito do assunto em questão) e sobre a
apresentação que seja mais eficiente para tocar o outro, seu apreciador.(FIUZA; PARENTE, 2008,
p. 164)

A liberdade de expressão e produção do ensaio fotográfico, é um dos fatores que mais atraem
fotógrafos ao longo do tempo. Este gênero o tem ampla utilização no jornalismo, na publicidade e na
fotografia social/comercial. No campo da fotografia social-comercial, os ensaios de newborn (recém-
nascido), pets (animais de estimação) e casamentos estão em alta. Para a execução de um bom ensaio
fotográfico é necessário seguir alguns procedimentos mínimos tais como: pesquisa sobre o tema,
linguagem, iluminação, locações, formato, roteiro e pós-produção.

• Tema: realizar pesquisa prévia sobre o assunto, informando-se


sobre o assunto que será fotografado, estabelecendo relações
entre o tema e seu significado social. Pesquisar, também, as
implicações legais sobre o tema — existem leis que regulam o que
pode ser fotografado e divulgado.
• Linguagem: o que já foi feito? Como já foi feito? Quem já fez? Esse
conjunto de informações irá lhe ajudar no processo de
composição da mensagem e, também, na concepção da
linguagem a ser utilizada. A busca por referências auxilia no
processo de construção da própria linguagem (planos, ângulos
formas, texturas, iluminação etc.), principalmente para fotógrafos
iniciantes.
• Locações: a escolha da localização onde se dará o ensaio
influencia diretamente em seus resultados. Locais inusitados
costumam ajudar na composição da mensagem a ser passada
através das imagens. O cenário precisa estar adequado com a
proposta do ensaio. Uma locação bem escolhida valoriza o modelo
e a mensagem. Já uma locação aleatória pode antagonizar com a
mensagem, anulando sua proposta. As locações podem ser
internas ou externas, naturais ou artificiais dependendo da
intenção do fotógrafo bem como da verba disponível. Neste item,
incluímos acessórios (roupas, elementos de cenário, maquiagem)
como os itens a serem listados previamente.
• Iluminação: pode ser natural ou artificial, direta ou indireta. A
iluminação natural pode ser controlada com aparadores ou
rebatedores de forma a direcioná-la ou suavizá-la. Dias
ensolarados proporcionam fotografias contrastadas, com regiões
claras e escuras bem pronunciadas. Dias nublados proporcionam
uma iluminação mais suave e difusa. A iluminação artificial
permite maior controle sobre as zonas claras e escuras da
imagem. Podemos utilizar luz contínua (lâmpadas) ou luz de flash.
• Formato: a definição prévia do formato auxilia na adequação do
tema e da linguagem a ser empregada. Um ensaio pensado para
ser impresso e exposto em uma galeria é diferente de um ensaio
que será publicado em uma rede social. Devemos prever também
se o ensaio será interativo ou dirigido — interativo: o observador
pode tocar ou selecionar a sequência de exibição das imagens;
dirigido: o fotógrafo determina a sequência de exibição das
imagens. Impresso ou digital: o ensaio é pensado para ser exibido
em dispositivos digitais (computadores, projetores, internet) ou
impresso (livros, fotografias impressas, banner, placas etc.).
• Roteiro: tem por função facilitar a execução do ensaio e evitar o
esquecimento de poses. Nele são listados, além das poses, os
acessórios, ângulos, iluminação e mensagem que compõem cada
cena previamente escolhida.
• Pós-produção: consiste na edição, tratamento e montagem das
imagens para exibição. As etapas da pós-produção serão definidas
de acordo com a complexidade e proposta do ensaio.

As dicas anteriores são boas para os profissionais da fotografia para desenvolver um trabalho
diferenciado, com uma base teórica, que auxilia no processo misturando teoria e prática.

1.3 Olhar fotográfico


Ao fotografarmos congelamos uma determinada cena, recortada de um contexto amplo, que é a
realidade vivida e a disponibilizamos para ser observada por uma infinidade de pessoas. Como a cena
registrada sempre estará fora de contexto, pois o momento que a produziu não existe mais, é preciso
treinarmos o olhar para identificar e organizar os elementos que compõem a cena de forma a compor
uma mensagem que possa fazer sentido ao longo do tempo.
Podemos dizer que o olhar fotográfico é uma construção de sentidos através de imagens. É ordenar os
elementos discursivos da cena de forma a dar sentido sem o emprego da palavra escrita ou falada. Esse
mirar fotográfico nos ajuda a enxergar o mundo caótico que nos cerca e extrair dele algo que posas ser
descrito, comprado, classificado ou entendido.
Neste tópico, abordaremos os sentidos do olhar na fotografia e as formas de pensar a fotografia como
instrumento de comunicação.
1.3.1 Ver: um ato de escolha!
Você sabia que não conseguimos olhar para o mundo sem descrevê-lo? A todo momento estamos a
todo o momento realizando operações mentais de descrição, comparação, classificação e socialização
atribuindo nomes as coisas (GONÇALVES, 2011).
Assim, classificar as coisas é uma forma de domesticá-las, de atribuir um sentido de posse, e toda
posse precisa ser registrada. Para registrar as informações é preciso estabelecer regras e
procedimentos que permitam a socialização e recuperação da informação, com o mínimo de perda de
sentido. Cada cultura estabelece padrões de observação e interpretação do real, organizando e
hierarquizando as informações.

VOCÊ QUER VER?


“Arquitetura da Destruição” (1991) é um documentário dirigido por Peter Choen da
Suécia, e possui 1h50min. O material aborda o poder da imagem na construção de
ideologias, destacando como a fotografia é empregada em campanhas
publicitárias. Também demonstra como a correta escolha dos planos e ângulos
influenciam na criação de sentidos na imagem. Você pode assistir o documentário
no link: https://youtu.be/IBqGThx2Mas (https://youtu.be/IBqGThx2Mas) .

Diante de uma imagem, o observador irá extrair os elementos comunicacionais que lhe interessa,
deixando em segundo plano as demais informações. Desse modo,

[...] a imagem, pela especificidade de sua linguagem, é mais flexível do que o texto, no sentido de
acomodar, em sua estrutura narrativa, múltiplos significados, sendo, portanto, um elemento
essencial para que se possa analisar como estes significados são construídos, incutidos, e
veiculados pelo meio social. (NOVAES, 2005, p. 117)

A educação do olhar fotográfico permite ao produtor da imagem elaborar mensagens mais adequadas à
proposta comunicacional.
CASO
Aristides Pedro da Silva (1921-2013), mais conhecido como V8, nascido na
periferia de Campinas, em São Paulo, em 1921, tinha o desejo de se tornar pintor.
Contudo, as condições sociais e financeiras não permitiram a realização de seu
desejo. Faltavam-lhe os recursos para comprar pinceis e tintas.
Aos sete anos de idade, mudou-se com a família para a Hotel Fazenda Fonte
Sônia-Campinas, onde trabalharam como colonos. Nesse período, um pintor
francês que estava hospedado no local o contratou como carregador dos
apetrechos de pintura. Com ele aprendeu e desenvolveu seu olhar para a pintura.
Ao final da estadia, o casal francês se dispôs a adotá-lo, contudo sua família não
permitiu. Aristides e sua família permaneceram como colonos na fazenda até o
ano de 1937. Mudou-se para uma casa no centro da cidade de Campinas, montou
uma lavanderia e, no tempo livre, exercitava a fotografia, cobrindo partidas de
futebol amador. Nessa época, conheceu o fotógrafo Mario de Oliveira que o
ensinou as artes fotográficas.
De posse desse novo conhecimento, fechou a lavanderia e abriu um estúdio
fotográfico em 1952. Iniciou com fotos 3x4, passando para fotografia de
casamentos e posteriormente eventos. Com o decorrer dos anos, V8 tornou-se
referência em sua profissão em Campinas e um dos maiores colecionadores de
imagens da cidade. O fruto de seu trabalho, um acervo com mais de 4.500
fotografias, foi adquirido pelo Centro de Memória da Unicamp em 2001 e está a
disposição de pesquisadores e entusiastas da fotografia (FANTINATTI, 2008).    

Devemos lembrar que as imagens, tais como os textos, são artefatos culturais e seguem uma estrutura
discursiva normatizada por regras rígidas, não se pode dizer tudo, de qualquer forma. Como uma
criança, aprendemos a falar observando o mundo a nossa volta, aprendendo os sons antes de formar
uma palavra, posteriormente, dar-lhe sentido dentro de uma frase. Para poder dizer algo, antes
precisamos aprender a falar.

1.3.2 Pensar a fotografia


Alguma vez você já falou algo sem pensar? Ou tomou uma atitude por impulso? A maioria de nós já fez
isso ao menos uma vez vida e, os resultados foram infelizes, no mínimo. Com a fotografia a lógica é a
mesma. Antes de fotografar é necessário pensar. Mas, para pensar é preciso estabelecer parâmetros,
projetar o alcance da mensagem e avaliar as consequências, pois “[...] o que o fotógrafo registra em sua
imagem não é só o que está ali presente no que fotografa, mas também, e sobretudo, as discrepâncias
entre o que pensa ver e o que está lá, mas não é visível” (MARTINS, 2008, p. 28).
Devemos nos lembrar que nenhum ato é desprovido de sentido, toda fotografia é intencional. Por isso, a
fotografia pode ser pensada como testemunho do real, atribuindo-lhe uma imparcialidade alicerçada em
sua natureza técnica, que a isentaria da interpretação humana. Contudo, o ato de apontar as lentes da
câmera fotográfica é um ato de escolha, pensado para significar, portanto, ideológico.
Quando direcionamos as lentes da câmera fotografia para uma determinada cena, obrigatoriamente
excluímos todo o resto. E, em muitos casos, o que não é mostrado significa muito mais que o que é
registrado pelas lentes.

VAMOS PRATICAR?
Convido-o a visitar suas redes sociais e observar as imagens que l
expostas, indagando: que mundo é mostrado nestas fotos? O que essa
pensa? O que ela faz? Onde esteve? Oque ela veste? O que ela co
principalmente, o que está ausente nessas imagens? Qual aspecto da re
social não está contemplado neste conjunto de imagens? O que não
Após realizar esse exercício, ponha-se a descrever “que pessoa
retratada pelas imagens”? Quais são suas preferências e hábitos de co
Esses questionamentos, antes de serem aleatórios e circunscritos à fo
das mídias sociais, são perguntas realizadas por historiadores, antrop
sociólogos quando se debruçam sobre as pinturas nas paredes das ca
pirâmides, templos antigos, ou álbuns de família do século XVIII. P
fotografia transcende o seu momento de produção, alcança os
interpretações que ela pode assumir na história.

Conclusão
Concluímos a unidade introdutória relativa à disciplina Fotografia. Agora, você já sabe a origem do
processo fotográfico, seus principais gêneros e subgêneros, conhece sua linguagem e forma de pensar
a imagem na sociedade.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

• acompanhar a evolução histórica do processo fotográfico;


• aprender como se estrutura um ensaio fotográfico;
• identificar a relevância da fotografia no processo de comunicação
humana;
• compreender que a fotografia é um ato intencional influenciado
pela cultura.

Bibliografia
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BUSSELLE, M. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Pioneira, 1997.
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2006. Disponível em:
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FANTINATTI, J. M. Personagem: Aristides Pedro da Silva (apelidado de V-8). Pró-Memória de Campinas.
2008. Disponível em: http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2008/03/personagem-aristides-
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GONÇALVES, J. R. Fotografia de imprensa em sala de aula: usos e reflexões. In: XXVI Simpósio Nacional
de História, ANPUH, 2011, São Paulo. Anais […]. São Paulo: ANPUH, 2011. p. 1-18.
LOMBARDI, K. H. Documentário imaginário: reflexões sobre a fotografia documental contemporânea.
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LANGFORD. M. J. Fotografia básica. São Paulo: Dinalivro/Martins Fontes, 1979.
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2005. p. 114-119.
OLIVEIRA, E. M.; VICENTINI, A. Fotojornalismo: uma viagem entre o analógico e o digital. São Paulo:
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PRAKEL, D. Iluminação. Porto Alegre: Bookman, 2015.
SOUSA, J. P. Fotojornalismo: uma introdução à história, às técnicas e à linguagem da fotografia na
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VASQUEZ, P. K. A fotografia no Império. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2002.

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