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Sumário
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS
E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ........................................................................... 4
INCLUSÃO ESCOLAR ............................................................................................... 6
INCLUSAO DO ESTUDANTE COM TEA................................................................... 7
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ............................................. 9
INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS .............................................................. 11
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ............................................................................. 15
RECURSOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS QUE FAVORECEM A INCLUSÃO DE
ALUNOS COM TEA ................................................................................................. 17
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 21
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FACUMINAS
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INCLUSÃO ESCOLAR
A inclusão escolar diz respeito às novas atitudes em relação às ações que
permeiam o ambiente escolar, tendo como um dos pontos norteadores o acesso à
educação para todos os indivíduos, independentemente de este ser ou não do
público-alvo da educação especial (BARBOSA; FUMES, 2012). A inclusão escolar
traz o pressuposto de que a escola é que tem que se ajustar aos educandos, ao invés
destes se ajustarem àquela. O espaço escolar deve ser pensado de maneira flexível,
a fim de atender cada educando de forma particularizada (PACHECO, 2007). Nessa
perspectiva, entendemos a educação inclusiva como um processo que inclui todas as
pessoas, tendo por base a partilha de responsabilidades por todos os agentes da
comunidade escolar, e não uma luta de reivindicações travada por alguns
profissionais. Não é apenas o professor que transformará a escola em inclusiva, mas
sim a união entre coordenadores, professores, demais funcionários e família (PIRES,
2006).
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Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola regular, em
uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas,
investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o sujeito como um ser que
aprende, pensa, sente, participa de um grupo social e se desenvolve com ele e a
partir dele, com toda sua singularidade.
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De acordo com a Lei, a instituição escolar deverá matricular, bem como ofertar,
quando comprovada a necessidade, um acompanhante especializado (BRASIL,
2012). Este, segundo a Nota Técnica nº 24 do Ministério da Educação, deverá ser
“[...] disponibilizado sempre que identificada a necessidade individual do estudante,
visando à acessibilidade às comunicações e à atenção aos cuidados pessoais de
alimentação, higiene e locomoção” (BRASIL, 2013, p. 4). A intervenção do
acompanhante necessita ser articulada a todas as atividades realizadas no contexto
escolar: atividades da sala de aula, atividades do atendimento educacional
especializado e demais atividades escolares.
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Em se tratando do Plano do AEE, a Resolução n.º 4/2009 indica que este deve
ser elaborado e executado pelo professor do AEE em articulação com os professores
do ensino regular, da família e de diversos outros profissionais, como terapeutas
ocupacionais e fisioterapeutas, entre outros. “Este plano deve ter o objetivo de
eliminar barreiras de aprendizagem” (BRASIL, 2013, p. 3).
Cintra, Jesuino e Proença (2010) esclarecem que o AEE não deve ser
confundido com reforço escolar ou mera repetição dos conteúdos curriculares
desenvolvidos na sala de aula. Seu objetivo é constituir um conjunto de
procedimentos específicos que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem.
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Lazzeri (2010, p. 33) afirma que as atividades do AEE para estudantes com TEA “[...]
devem ser diversificadas, criativas e instigadoras de outras possibilidades de
aprendizado diferentes das utilizadas em sala regular”. Tendo por objetivo de otimizar
a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes que favoreçam a inclusão
escolar do indivíduo.
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INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS
Método Son-Rise
O método:
TEACCH
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Esta abordagem, segundo Williams e Wright (2008), tem por objetivo ajudar
indivíduos com TEA a cultivar a independência dentro de seu potencial máximo, entre
os principais direcionamentos estão o foco no indivíduo, visto que cada programa é
individualizado, reconhecendo que todos são diferentes.
Orrú (2012) afirma que o TEACCH é eficaz no trabalho com crianças com TEA,
principalmente por possuir uma metodologia que produz o efeito esperado na
modificação dos comportamentos. O treino das habilidades é eficaz em ambientes
controlados, com estímulos direcionados para a resposta esperada.
ABA
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Integração Sensorial
A teoria da integração sensorial foi fundada pela Dra. A. Jean Ayres, nos
Estados Unidos, nos anos de 1960, cuja investigação lhe possibilitou criar uma
avaliação e intervenção para as desordens sensoriais. Em seu estudo, investigou a
natureza da forma do cérebro processar a informação sensorial de forma a usá-la
para a aprendizagem, para as emoções e o comportamento. Sua teoria propõe que a
integração sensorial atue no cérebro de forma que este organize a sensação do nosso
corpo e do ambiente para que seja possível usar o corpo de forma eficaz no ambiente
(MAILLOUX; ROLEY; BRIAN, 2012).
Está indicada para crianças em idade escolar sem desordens motoras severas
ou mentais e é comumente usada com crianças diagnosticadas com TEA. A teoria de
integração sensorial de Ayres fundamenta-se em alguns testes (Sensory Integration
Praxis Tests – SIPT) e muitas observações que contribuíram para a identificação de
muitos dos distúrbios sensoriais. Baseia-se em princípios considerados essenciais
para a condução das intervenções, alguns deles são:
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postural, motor oral e controle óculo motor, incluindo segurar-se contra gravidade e
manter controle enquanto se move pelo espaço [...] (MAILLOUX, ROLEY; BRIAN,
2012, p. 7).
Equoterapia
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ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
No documento Saberes e Práticas da Inclusão voltado para a Educação
Infantil, é indicado que o professor não deve expor o aluno com TEA aos demais da
turma. A prática de preparar a turma com informações antecipadas pode prejudicar o
processo educacional, uma vez que o social pode ser influenciar neste. Assim, o
documento indica que se deve apresentar as informações a partir dos
questionamentos dos alunos da turma, permitindo espontaneidade para a condução
das informações e da sensibilização dos demais alunos (BRASIL, 2004).
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Se necessária uma conversa com a turma, o aluno com TEA pode ser
encarregado de uma tarefa externa, evitando que se sinta constrangido. Nessa
situação, a atitude do professor deve considerar uma conversa coletiva que se paute
na discussão da diferença do aluno no aspecto específico ao levantado pela turma e
nos pontos positivos da personalidade e potencialidades da criança com TEA
(BRASIL, 2004).
(e) o ensino deve ser baseado não só na exposição verbal, mas em outros
recursos também; (f) apresentar tarefas curtas e uma por vez e aumentá-las
gradualmente; elaborar regras de convivência e utilizá-las; (g) observar o que
desencadeia as situações de comportamento inadequado e interferir antes da
situação, mudando a tarefa. Gradualmente, a exposição da criança com TEA às
situações pode ser trabalhada, a fim de não mais desencadear um comportamento
inadequado; reforçar sempre o comportamento adequado e nunca o inadequado. (h)
Na situação do comportamento inadequado (gritar, autolesionar-se, jogar objetos), o
professor deve considerar os riscos à integridade física do aluno e o melhor ambiente
para acalmá-lo; (i) não permitir que o aluno não realize tarefa alguma: professor pode
solucionar isso por meio de reestruturação das atividades, da rotina, do número de
tarefa; e, (j) criar um meio de comunicação, a depender da necessidade do aluno.
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[...] os jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu bojo
um saber pronto e acabado. Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em
potencial. Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno. Em segundo lugar,
o material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para
todos os sujeitos. O material pedagógico é um objeto dinâmico que se altera em
função da cadeia simbólica e imaginária do aluno. Em terceiro lugar, o material
pedagógico traz em seu bojo um potencial relacional, que pode ou não desencadear
relações entre as pessoas. Assim, o objeto que desencadeou relações muito positivas
em uma classe pode ser o mesmo que paralisará outra. Em quarto lugar, o material
pedagógico são objetos que trazem em seu bojo uma historicidade própria. Além de
portar a historicidade de cada aluno e professor, eles apresentam também a
historicidade da cultura de uma dada época.
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Assim, é preciso pensar em quais tecnologias o aluno com TEA necessita para
sua maior autonomia e participação nas atividades dentro e fora da escola. Bersch
(2006, p. 283), com base na California State University Northridge – Center on
Disabilities, propõe a organização de dez passos necessários para a implementação
e acompanhamento da Tecnologia Assistiva para alunos com deficiência:
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REFERÊNCIAS
APA (American Psychiatric Association). Transtornos mentais. DSM-V. In:
______. Manual diagnóstico e estatísticos de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014. p. 50-59.
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