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IMAGINOLOGIA

É a ciência que estuda os efeitos e as propriedades da radiação.

Descoberta em 1985 por Rontgen: os raios formam-se sempre que num tubo de alto vácuos os elétrons
impulsionados desde o catodo com suficiente velocidade chocam-se contra a superfície de um anteparo
ou alvo. Ai se produzem 99% de energia calorífica e somente 1% de radiação x.

Para formação de raio x são imprescindíveis:

1) Presença de elétrons livre


2) Presença de uma voltagem adequada, que os acelere em direção ao anodo;
3) Presença de uma superfície de frenagem adequada (anteparo ou alvo anódico)

OBS: QUANTO MAIOR A INTENSIDADE DA CORRENTE DE AQUECIMENTO, MAIS ELETRONS SERAO


PRODUZIDOS E MAIS FOTONS DE RAIOS X PODERAO SE FORMAR NO ANODO.

Raio-X: Não atravessa corpos que tenham muito cálcio, ferro, chumbo ou íons;

Radiopaco: Corpo que tem resistência aos raios-x (claro)

Radiolucido: Corpo que não apresenta resistência aos raios x (escuro)

 PROPRIEDADES DO RAIO X:

1) ENEGRECER O FILME RADIOGRAFICO;


2) Caminha em linha reta;
3) Possui velocidade da Luz;
4) Não é desviada por campos elétricos e magnéticos
5) Sensibiliza chapas radiográficas;
6) É invisível e inodoro;
7) Pode penetrar copos opacos;
8) Não sofre reflexão e refração;
9) Produz ionização;
10) Produz fluorescência e fosforescência;

Radiação primaria: radiação que sai do aparelho de raio x; raio x emitido do ponto focal;
Radiação secundaria: radiação que reflete que é espalhada; raio x emitido pela matéria sobre a qual o
feixe primário incide;
APARELHOS DE RAIOS X ODONTOLOGICOS

1) Aparelhos radiográficos odontológicos: radiográficas intrabucais: periapical, oclusal e


interproximal;
2) Aparelho radiográfico panorâmico: radiografia retangular;
3) Aparelho de radiografia cefalometrica: radiografia lateral da face;

 Características de um aparelho odontológico:

Kilovoltagem: 50 a 70 kvP

Miliamperagem: 7 a 10 mA

Constituição: Corpo, cabeçote, braço articular, dispositivo e base;

1) Corpo:
Encontram-se as partes elétricas, autotransformador, lâmpada piloto, estabilizador,
regulador de voltagem, regulador de miliamperagem, marcadores de tempo;
2) Cabeçote:

Tem o tubo de raio x (catodo, anodo), transformador de alta tensão, transformador de baixa
tensão, auto transformador, filtro de alumínio, diafragma de chumbo, colimador, cilindro
localizador, goniômetro;

2.1) Tubo de raio x -> os raios x são produzidos quando os elétrons são acelerados no meio
pelo qual é feito o vácuo e são freados bruscamente contra um alvo ou anteparo;Quem
controla o alvo é o transformador de alta tensão;

Os tubos de raio-x atuais tem área focal de 20 cm, níveis de elétrons(aquecimento),


envolucro de vidro plumbifero, resfriamento com óleo( fica por fora do vidro), presença de câmara de
expansão, anodo rotatório;

 Cátodo: responsável pela geração de elétrons, feito de uma placa côncava de molibdênio(forma
de taça), contem um filamento de tungstênio, recebe o transformador de baixa tensão e um
pólo de alta tensão;
 Anodo: Anteparo para o feixe de elétrons, área focal de tungstênio em um bloco de cobre,
rotatório-> disco biselado em 20 lados que giram em velocidade constante, com a finalidade de
renovar o ponto de bombeamento dos elétrons sem alterar o tamanho real da área focal. Assim
desgasta o tungstênio por inteiro e não só em um local.
2.2) Auto transformador-> Estabiliza a corrente elétrica que ira para os transformadores de alta
e baixa tensão;

2.3) Transformador de baixa tensão-> Diminui a tensão elétrica, os dois pólos estão ligados no
catodo e tem a finalidade de aquecer filamento de tungstênio, formando a nuvem de elétrons.
É medido em miliamperes: 7 a 10 mA;

-> Miliamperagem mede a quantidade de elétrons que é gerada pelo filamento de tungstênio quando
aquecido pelo transformador de baixa tensão;

2.4) Transformador de alta tensão -> eleva a tensão elétrica, ligado ao catodo e ao anodo,
promove a aceleração, eleva a temperatura no anteparo a 130ºC, é medido em kilovoltagens: 50
a 70 kvP.

 Kilovoltagem mede a velocidade que o elétrons atingem ate serem freados pelo anodo;

2.5) Filtro de alumínio-> Absorve os RX moles(não homogêneos), varia de 1,5mm a 2.5mm

2.6) Diafragma de Chumbo-> Deixa passar so o feixe central, bloqueia os feixes divergentes,
elimina os raios x periféricos;

2.7) Colimador-> Direciona o feixe de radiação aproveitando os feixes mais centrais;

2.8) Cilindro localizador-> Em forma de cone, cilindro aberto;

2.9) Goniometro -> Dispositivo para verificar a angulação vertical do feixe de raio x , localizado
na lateral do cabeçote.

OBS: CABEÇOTE PARA BAIXO, ANGULACAO POSITIVA, DENTES SUPERIORES. CABEÇOTE PARA
CIMA, ANGULACAO NEGATIVA, DENTES INFERIORES.

3) Braço articular:

Sustentacao, pode coonter 2 ou 3 articulacoes. Ideal: Bracos curtos e com varias


articulações;

4) Base

Fixo: parede, chão, preso no equipo

Movel: com rodas


 Cuidados com o aparelho
1) Verificar se tem vazamento de óleo
2) Evitar pancadas
3) Tempo de uma exposição a outra de 1 minuto
4) Deixar cabeçote sempre em pé
5) Deixar braço articular sempre encolhido;

FILME RADIOGRAFICO ODONTOLOGICO

 Camadas do filme:
A) Protetora: Fina camada de gelatina que tem função de proteger a emulsão de forcas
mecânicas;
B) Emulsão: Gelatina de origem animal- determina a validade do filme, impregnada de diminutos
cristais de sais halogenados deprata,possui uma espessura de 0,02 mm, é poroso e inerte,
considerado o coração do filme- sem ele não tem imagem.
C) Camada adesiva: segredo do fabricante, é uma cola que une a emulsão a base;
D) Base: Plástico resistente, serve de suporte para a emulsão, transparente, fina, plana e azulada
ou esverdeada, flexível (0,02mm)
E) Embalagem: Papel preto, opaco a luz, lamina de chumbo na parte de trás, envelope branco de
plastico ou papel a prova de luz, lingüeta;

 Classificação dos filmes:

1) Quanto à utilização ou localização:


Intra-orais: periapical, oclusal, interproximal
Extra orais

2) Quanto ao tamanho

PERIAPICAIS
FILMES EXTRABUCAIS DIMENSOES
DIMENSAO
A 13 X 18 CM
INFANTIL 2,2 X 3,4
B 18 X 24 CM
ADULTO 3,0 X 4,0
C 24 X 30 CM
INTERPORXIMAL
D 30 X 40 CM
INFANTIL 2,3 X 3,9
E 15 X 30 CM
ADULTO 2,6 X 5,3
OCLUSAL
5,7 X 7,5
PROPRIEDADE SENSILOMETRICA DO FILME

 Sensibilidade (velocidade): é a eficácia com que o filme responde ao efeito da radiação, ou seja,
é a capacidade que um filme tem de produzir imagem com mais, ou com menos radiação.
 Contraste: é a diferença na densidade entres varias regiões da radiografia
Alto contraste: escala de cor curta, filme rápido;
Baixo contraste: escala de cor longa, filme lento;
 Latitude: É a capacidade do filme de ser tanto super exposto como sub exposto e produzir
imagens aceitáveis para diagnostico;
Baixa latitude: escala curta
Alta latitude: escala longa
 Detalhe: é a capacidade de um filme registrar detalhes muito finos e pequenos, radiografias de
alta e baixa densidade não tem muito detalhe, a radiografia tem que ter densidade
media;Quanto menores forem os cristais maior detalhe e necessidade de radiação;

Fatores determinantes do detalhe:

1) Tamanho da área focal: quanto maior a área, menor o detalhe;


2) Granulação do filme: quanto menor os cristais, melhor o detalhe;
3) Quilovoltagem: altera o contraste do filme
4) Soluções do processamento
5) Movimentação ( do filme, do cabeçote, do paciente)

ARMAZENAMENTO DO FILME

Acondicionar longe de temperatura excessiva, umidade, rx e luminosidade. Armazenar em temperatura


entra 10-21ºC, colocar na geladeira prolonga por um ano o prazo de validade;

PLACAS INTENSIFICADORAS (ECRANS)

São dispositivos constituídos de pequenos cristais fluorescentes que proporcionam luminescência sob
ação dos Rx aumentando o efeito fotográfico e a sensibilidade do filme, Redução de 10-60 vezes o
tempo de exposição;lento, rápido ou ultra-rapido; Ecran-front: cristais menores (radiografia com maior
detalhe), Ecran-back: cristais maiores (radiografia com menor detalhe);

 Camadas: camada protetora, luminosa, refletora e base.

PROCESSAMENTO RADIOGRAFICO

Tem a função de transformar a imagem latente em visível e de fixar permanentemente a imagem no


filme;

 Imagem Latente: Os cristais de prata existentes no filme modificam-se quando absorvem os


fótons de raios x, precipitando ou formando uma película de prata em cada cristal atingido pela
radiação. Essa película é constituída por uma parte de prata total do cristal e pelo remanescente
da prata original. A imagem latente é o conjunto dessas partículas de prata.

 Solução de processamento: Composta por varias substancias químicas, todas com função bem
definidas, tendo como veiculo a água destilada.

1) Solução reveladora: Converte a imagem latente em visível, pela redução dos sais
halogenados de prata que foram sensibilizados pelos Rx, em prata metálica. O calor acelera
o processo de revelação;
2) Solução fixadora: Interrompe a redução dos sais que foram sensibilizados. Remove da
emulsão os sais que não foram sensibilizados, endurece para que o filme seque.
 Câmara escura:
1) Portátil: deve ficar em um ponto da sala sem muita luz
2) Quarto: Tem que ser comandada por quem esta dentro, todas as entradas de luz devem ser
vedadas, área seca para manipular o filme, área úmida para o processamento
3) Labirinto: as paredes dos labirintos devem ser pintadas de preto. As paredes dos quartos
devem ser de azulejo branco para refletir a luz de segurança.
 Método de revelação
1) Processamento manual:

a)Revelação: Depende do tempo de permanência do filme, temperatura da solução 20º c POR 5


minutos, concentração da solução.

b) Banho intermediário: Feito com água corrente ou acido acético. Paralisa a ação do revelador, impede
a contaminação do fixador, existe apenas no processamento manual, precisa ficar no Maximo 20
segundos no tanque, deve ser trocada a água após cada revelação;

c) Fixação: Permanece na solução por 10minutos, a temperatura excessiva pode produzis manchas,
duração da qualidade da imagem-> no mínimo o dobro do tempo do revelador, quanto mais tempo ficar
é melhor.

d) Lavagem final: água corrente para eliminar resíduos das soluçoes processadoras, 20 minutos em água
corrente;

e) Secagem: Elimina os restos de liquido da emulsão, circulação de ar moderador, secagem rápida causa
manchas.
EXAUSTAO

 Revelador: perde a capacidade de reduzir os cristais de prata


 Fixador: perde a capacidade de dissolver os cristais não reduzidos

MÉTODO DE REVELACAO INSPECIONAL VISUAL

 Vantagens: Pode variar na densidade da radiografia, exames rápidos, não é necessário medir
temperatura.
 Radiografias sem padronização, presença de manchas e velamento, necessidade do operador na
câmara, depende do controle visual;

PROCESSAMENTO AUTOMATICO

 Vantagens: menor tempo de processamento, tempo de exposição padronizado, qualidade


constante, menor espaço requerido, câmara escura eliminada, leitura de filme seco.
 Desvantagens: custo e manutenção alta, limpeza regular e freqüente, quebra do equipamento.

EXAMES RADIOGRAFICOS INTRABUCAIS

1) PERIAPICAL: BISSETRIZ E PARALELISMO


2) INTERPROXIMAL
3) OCLUSAL

1) TÉCNICA PERIAPICAL

Radiografa o osso em todo seu conjunto (coroa, raiz, periodonto) e o osso alveolar circundante;

 Técnica da bissetriz

Um dente será isometricamente representado quando o raio central incidir perpendicularmente a


bissetriz do ângulo formado entre o dente e o filme;

Indicações: anomalia ou alterações do órgão dental, cronologia de erupção dos dentes, observação de
caries – alterações periapicais, relações anatômicas entre dentições decídua e permanente, se não
conseguir usar a técnica do paralelismo;

Planos antropológicos e linhas de referencia:

1) Plano sagital mediano: divide a cabeça em lado esquerdo e direito ( em pé)


2) Plano de camper: Linha que passa pelo pório e espinha nasal anterior, orientação da radiografia
na maxila, representada externamente pelo tragus a asa do nariz (sentado)
3) Plano tragus-comissuras: deixa o plano oclusal paralelo ao solo, orientação para as radiografias
da mandíbula (deitado)

Angulação vertical

Quando movimentamos o cilindro do Rx em relação a linha de oclusão dos dentes temos uma
angulação vertical

MAXILA MANDIBULA
Positiva: de cima para baixo, maxila
MOLARES + 20 a 30º 0 a -5º
Negativa: de baixo para cima,
PRÉ MOLARES +30 a 40º -5 a -10º
mandíbula CANINOS +40 a 45º -10 a -15º
INCISIVOS +45 a 50º -15 a -20º
Feixe perpendicular ao filme:
encurta, deve-se diminuir a angulação vertical
Feixe perpendicular ao dente: alonga, deve-se aumentar a angulação vertical

Angulação horizontal

Quando o cilindro se movimenta em relação ao plano sagital mediano. Esta entre 0 e 90º. Tem
que ficar paralelo as faces proximais do dente. Quando for 0 o cabeçote coincide com o plano
sagital mediano.

MAXILA MANDIBULA
INCISIVOS 0 0
CANINOS 60-75º 45-50º
PRÉ-MOLARES 70-80º 70-80º
MOLARES 80-90º 80-90º
O objetivo principal do plano de uso correto da angulação horizontal é certificar que o feixe central do
rx seja paralelo as faces inter proximais do dente;

 Técnica do Paralelismo (técnica do cone longo)

0,5 segundos porque o cone esta mais longe do objeto.

A superfície do plano ou película é posicionada paralelamente ao eixo do dente com a ajuda de um


suporte ou sensor. O raio central incide perpendicularmente ao longo eixo dente/filme.
Paralelismo x Bissetriz

Presença de suporte especial para o filme, mantido pelos dentes; sem preocupação com a incidência ou
angulação vertical e horizontal, distancia focal.

 Vantagens: fácil posição da cabeça, não precisa que s planos fiquem paralelo ao solo, menor
distorção de ampliação, padronização do exame,determinação das angulações pelo
posicioamento do suporte;
 Desvantagens:movimentação do paciente, desconforto e maior custo, odontopediatria não da
pra ser utilizado, maior tempos de exposição;

1) TÉCNICA INTERPROXIMAL

Rapper (1925) criou o termo bite-wing

É adequada para região de PM e M

Angulação vertical é de 8 a 10º

 Posição do paciente:
O plano de camper deve estar paralelo ao solo, plano sagital mediano perpendicular ao solo, o
feixe de raio x tem que passar exatamente no meio da região estudada.

 Região de incidência:
Angulação vertical: 8º
Pré-molares: Cilindro no 2º PM
Molares: cilindro no 2º M

 Indicações:
Pesquisa de caries interproximais, cálculos salivares, nódulos e calcificações pulpares, relação
carie/câmara pulpar,pontos de contato, excesso de restaurações, relação decíduos
permanentes, cristas alveolares;

Técnica interproximal anterior: técnica de lowet

Usa-se 3 filmes radiográficos, lamina de chumbo, mesmo posicionamento da técnica


interproximal ou bite wing.

AV superior: 35º
AV inferior: -15º

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