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Filme Radiográfico - Histórico

- Placas secas de vidro usadas no início do século;


- 1896, placas fabricadas não conseguiam absorver
totalmente o feixe de radiação;
- Mais de uma hora de exposição a radiação;
- Pouca densidade ótica e baixo contraste;
- Uso de fotografia da radiografia (tons invertidos);
- Placa de Roentgen com emulsão de prata mais grossa
e concentrada (redução de 1 hora para 20 min);
- Inovações e melhorias nos equipamentos e nas placas
reduziram o tempo para alguns segundos;
- Placas ainda consideradas muito lentas ou com pouca
sensibilidade;
- Placa de Roentgen vira consenso da época:
Emulsão mais grossa e com mais prata;
Filme Radiográfico - Histórico
- Uso de emulsão dos dois lados da placa;
- Peso da placa (14”x 17”) era de 1kg;
- Vidro era fornecido pela Bélgica, com a 1a guerra, o
fornecimento foi cortado;
- Pesquisa de novas bases para a emulsão;
- 1914 – Filme da Kodak com maior sensibilidade;
- Equipamentos portáteis usados em campo precisavam
de filmes mais rápidos e mais eficientes;
- 1918 – filme dupli-tized (dupla emulsão) da Kodak;
- Outras formas de registro ficaram obsoletas;
- Utilizava duas telas intensificadoras no chassi;
- Dificuldade de convencer os radiologistas;
- Novos chassis e novos acessórios foram inventados;
- 1923 – filme mais rápido (sensível) foi desenvolvido;
Filme Radiográfico - Histórico
- Redução radical no tempo de exposição,menor tensão
do tubo, com menos desgastes e menos fissuras;
- Base de nitrato celulósico – risco de incêndio.
- Acetato celulósico como base volta a ser interessante;
- 1924 – filme radiográfico em base segura de acetato
celulósico produzido e vendido pela Kodak;
- 1933 – DuPont adiciona tinta azul a base melhorando a
qualidade diagnóstica dos filmes – padrão.
- 1960 - Nova base para filmes de RX médico –
Polietileno Teratalado:
- Maior rigidez;
- Maior estabilidade dimensional;
- Baixa absorção de água;
- Grande resistência a rasgos.
Filme Radiográfico
Definição:
Elemento fotossensível que sofre alteração física quando
exposto aos seguintes efeitos:
Radiação eletromagnética, luz, calor, umidade, produtos
químicos e manuseio inadequado.

Finalidade:
Transformar a variação da intensidade da radiação
registrada pelo filme (imagem latente) em imagem
visível, após o seu processamento químico.
Filme Radiográfico
Características Básicas
• Físicas: • Fotográficas:
- Tipos de Base; - Densidade:
- Características da Grau de enegrecimento de uma
emulsão; região distinta do filme;
- Espessura; - Sensibilidade:
- Resistência; Capacidade de registrar variações
na intensidade de interação;
- Uniformidade de - Contraste:
superfície; Diferença de densidade ótica (DO),
- Flexibilidade; variando do preto ao branco:
- Boa absorção de - Latitude:
agentes químicos. Faixa de exposições na qual o filme
responde com DO de uso clínico.
Filme Radiográfico - Construção

• Base;
• Substrato;
• Emulsão/ rede
cristalina/ haletos
de prata (Gelatina);
• Revestimento/
capa protetora.
Filme Radiográfico - Construção
Base:
- Material transparente e levemente azulado (poliéster, polietileno ou
acetato de celulose) com ± 180 µm de espessura;
- Estabilidade dimensional (baixa dilatação) e boa flexibilidade;
- Resistência a alteração de temperatura (baixa probabilidade de
combustão) .
- Substrato:
- Meio de adesão entre emulsão e base;
- Contribui para a boa distribuição da emulsão sobre a superfície da base;
- Boa adesão para manuseio e transportes automáticos.

Revestimento / Capa protetora:


- Exerce a proteção dos cristais da emulsão contra a abrasão e o atrito;
- Evita que um filme cole no outro;
- Possui boa permeabilidade aos componentes químicos do processo de
revelação;
Filme Radiográfico - Construção
Gelatina / Emulsão:
- Constituída de substâncias fotossensíveis
(haletos de prata “Ag + Br” e “Ag + I”);
- Espessura de aproximadamente 10 µm;
- Mantém os haletos de prata uniformemente distribuídos;
- Permite a passagem de água e dos produtos de revelação
por entre os micro cristais;
- Forma a cadeia cristalina com a proporção aproximada de:
– 90% de brometo de prata (base cristalina);
– 8% de iodeto de prata (sensibilidade a luminescência
por espectro);
– 2% de sulfeto de prata (armadilhas);
Filme Radiográfico Construção
• Emulsão/Gelatina (continuação):
Pode ser de revestimento simples ou duplo, sendo
que o duplo possui as seguintes características:
- Maior sensibilidade;
- Maior interação com menor
intensidade de radiação;
- Menor nitidez (resolução
espacial).
OBS: os filmes especiais
possuem uma única
camada de revestimento.
Filme Radiográfico
Construção
• Característica dos haletos de prata:
- Composto por prata (Ag) + bromo (Br) + Iodo (I), que são
elementos denominados Halógenos, e acrescido de sulfeto(S);
- Diâmetro de ± 1µm => bilhões por cm³ de emulsão;
- Caracteriza de forma direta a
emulsão com a variação de:
– Tamanho dos cristais;
– Concentração dos cristais;
– Concentração de iodo.
Filme Radiográfico
Construção

- São adicionados aos Brometos


de prata uma certa quantidade
de Iodeto de prata (+ou- 10%)
para aumentar a sensibilidade;
- Adição de impureza para
atrair os elétrons liberados
do Bromo e do Iodo quando
da incidência do fóton.
Filme Radiográfico
Construção

Corante anti-halo:
Efeito halo se caracteriza
pelo fóton de luz depois de
interagir com a camada
anterior, também interage
com a posterior;
Usado nos filmes de dupla
camada na base do filme.
Filme Radiográfico
Formação da Imagem Latente
• A interação da radiação eletromagnética com os
cristais, provoca uma mudança física nos haletos
com grau variável de densidade, denominada
Imagem Latente;
• Cuidado na manipulação: Importante lembrar que
a imagem já está formada, só não pode ser
visualizada;
• A visualização somente será possível após o
processo de revelação do filme.
Filme Radiográfico
Formação da Imagem Latente
Seqüência de interação do fóton com o micro cristal
de haleto de prata:
(a) Fóton atinge o micro cristal;
(b) O elétron extra do haleto (Br ou I), é liberado;
Filme Radiográfico
Formação da Imagem Latente
Seqüência de interação do fóton com o micro cristal
de haleto de prata:
(c) O Bromo e o Iodo saem do microcristal enquanto
os elétrons livres se dirigem para a impureza;
(d) Os elétrons criam uma região negativa que
atrai os íons
positivos
de prata;
Filme Radiográfico
Formação da Imagem Latente
Seqüência de interação do fóton com o micro cristal
de haleto de prata:
(e) Os íons Ag+ incorporam os elétrons livres e se tornam
prata estável;
(f) Quanto maior for a concentração de prata estável, maior
será a degradação
do microcristal.
Filme Radiográfico
Formação da Imagem Latente
• Estes elétrons, em grande concentração, irão
atrair os átomos de prata (Ag+), instáveis, para
o ponto sensível;
• A ligação dos e- com os Ag+, formará um
átomo de prata estável no interior dos cristais;
• A grande concentração destes átomos é a
responsável pela formação da imagem latente.
Filme Radiográfico
Formação da Imagem Latente
Filme Radiográfico
Tamanho dos filmes

Padronização dos tamanhos de filmes radiográficos:


10 tamanhos:
13 cm x 18 cm 24 cm x 30 cm
15 cm x 30 cm 25 cm x 30 cm
15 cm x 40 cm 30 cm x 40 cm
18 cm x 24 cm 35 cm x 35 cm
20 cm x 25 cm 35 cm x 43 cm
Écran Intensificador
Fluorescência – Propriedade que certas substâncias químicas
possuem de emitir radiação eletromagnética quando estiverem
sendo excitadas por ondas eletromagnéticas ou elétrons e
permanecerem emitindo por um período extremamente curto após
o término desta excitação.
Fosforescência – Propriedade que certas substâncias químicas
possuem de emitir radiação eletromagnética por um longo período
de tempo, após sofrerem um processo de excitação por ondas
eletromagnéticas ou elétrons.
Écran - Material fluorescente, que converte energia de raios-X
(fóton) em centenas de fótons de luz visível, que por sua vez,
podem ser utilizados para aumentar a sensibilização dos haletos
de prata do filme radiográfico, tendo como objetivo final a formação
das imagens radiográficas.
Écran Intensificador
Histórico
• Fluoroscopia – Utilizava uma tela de sulfato de
zinco, produzindo imagem amarelo-esverdeada;
• Primeiras telas: Écran composto de tungstato de
cálcio, emitindo luz azul e ultravioleta (região de alta
sensibilidade para alguns filmes);
• Telas atuais: Utilizam cristais de sulfato de bário e
terras raras, emitindo luz na região do verde;
O oxisulfito de gadolínio absorve 50 % mais fótons do
que o tungstato de cálcio, emitindo 2 vezes mais fótons
de luz.
Écran Intensificador
Estrutura Física

Composto por:

• Base;
• Camada refletora;
• Camada Fosfórica;
• Camada Protetora.
Écran Intensificador
Estrutura Física
Base:
• Suporte de plástico, papel ou papelão;
• Tem por finalidade dar sustentação a camada ativa;
• Tem a propriedade de não provocar interações com a camada
fosfórica (ativa);
• Deve possuir uma flexibilidade moderada.

Camada refletora:
• Camada fina localizada entre a base e o fósforo, composta por
material refletor (Ex: dióxido de titânio ou óxido de magnésio);
• Recepciona os fótons que saem no sentido contrário ao filme,
após a interação com os raios-X, redirecionando-os para sua
superfície;
• Aumenta a eficiência da intensificação;
• Aumenta a perda de resolução espacial na imagem.
Écran Intensificador
Estrutura Física
Camada Fosfórica:
- Camada ativa do écran, composta por cristais de elementos químicos
de elevado no atômico (39 à 74), com espessura de 70 a 250 µm;
- Possuí alta eficiência de conversão de fótons de raios-X em fótons de
luz visível, intensificando a sensibilização no filme;
- Deve possuir boa atividade de interação (máximo brilho com o menor
tempo de resposta possível. No caso dos raios-X, é da ordem de 10-9 s).
Camada Protetora:
• Aplicada na superfície do écran, sobre a camada fosfórica (onde
ocorre o contato filme / écran);
• Possui impermeabilidade e transparência a luz;
• Diminui a probabilidade de eletricidade estática;
• Permite a limpeza do écran sem alterar sua composição fosfórica.
Écran Intensificador
Estrutura Física
Écran Intensificador
Estrutura Física - Dupla camada
Écran Intensificador
Características do Fósforo
1) Quanto a absorção dos fótons de raios-X:
- Maior densidade = maior energia absorvida = maior quantidade
de fótons de luz emitida;
- Maior espessura (quantidade de fósforo) = maior energia
absorvida = maior difusão de luz => auto absorção;
- Camada dupla = menor resolução espacial (nitidez), sistema
mais comum no raio-X diagnóstico.
- Camada simples = mamografia e extremidades.
2) Tamanho dos cristais:
- Aumento dos cristais = aumento da interação.
3) Espectro de emissão de luz:
- Deve ser compatível com a sensibilidade do filme utilizado.
Écran Intensificador
Características do Fósforo
4) Resistência a variações ambientais:
- Calor, umidade;
5) Ausência de Luminescência Residual:
- Luminescência residual é sinônimo de fosforescência, seu efeito
após o término da interação provoca alterações nas imagens
formadas, devendo ser evitada.
6) Intensificação:
- É a propriedade do cristal de fósforo converter fótons de raios-X
em luz visível, variando de acordo com o elemento que o compõe
e/ou a intensidade de raios-X incidentes.
- Pode intensificar na ordem de centenas ou milhares de vezes,
reduzindo a dose no paciente de 50 a 100 vezes.
- Redução no tempo de exposição, quanto maior for a eficiência de
conversão.
Chassi - Estrutura Física
Chassis - recipiente articulado de metal e plástico.
Écran Intensificador
Estrutura Física
Contato Filme/Écran:
Suas superfícies internas irão comprimir a superfície do Écran contra a
superfície do filme.
O manuseio incorreto pode provocar irregularidades nesse contato,
prejudicando a distribuição de luz sobre o filme.
ESPECTRO DE CORES
Quadro de Resumo
Fósforo x Luz Espectro
Quadro de Resumo
Fósforo x Luz Espectro
Fim.

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