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COLÉGIO LUMEN

COLÉGIO LUMEN

PROFESSOR: DANIEL SILVA


0.0.0....0.0...0......OOOOOOOOIOOOOIOOOO0..0......

Documentação da Imagem
Radiografica

VCUMENTACÄO DA IMAGEM Os cristais de haleto de prata são produtos químicos fotografi-


camente ativos, sensíveis à luz, compostos por brometo de prata
ANALÖGICA
com cerca de 10% de iodeto de prata. Técnicas de fabricação
.[Öj . e radiogra’fico recentes possibilitam a obtenção de cristais de forma tabular, de-
nominados “grãos-T”, que apresentam uma superfície maior de ab-
A.Jomposíção de um filme radiogra'fico sorção de luz, com menor volume de cristais.
Em filme radiografico com duas camadas de emulsão fotográfi-
z radiografico é composto por uma ou duas camadas de
ca, a luz que alcança uma camada pode atravessar a base do filme e
.z - z
in . fotográfica unidas a uma base (Figura 6.1 ).
atingir a camada de emulsão do lado oposto, reduzindo a nitidez da
iE imagem. Esse fenômeno é denominado cruzamento, ou (crossover).
DO FILME
Com o objetivo de reduzir, ou mesmo anular, esse fenômeno, um
poliéster, de cor azulada, homogeneamente transparente, fle-
filtro colorido é incorporado entre cada camada de emulsão foto-
frcom espessura uniforme de cerca de 180p.
gráfica e a base do filme radiográfico. Esse filtro, também deno-
minado camada anti-halo, é eliminado no processamento do filme
uLsÃo
FOTOGRÁFICA
radiografico (revelação). Os filmes radiograficos com apenas uma
i 5 a 10u de espessura e é composta por uma mistura de
camada de emulsão fotográfica têm na sua parte posterior uma ca-
{”1'2u . fotográfica com uma suspensão de cristais de haleto de mada não refletora.
gt A gelatina fotográfica tem como funções distribuir unifor-
= te (sem acúmulo na base) e fixar os microcristais de ha- CAMADA PROTETORA
de prata na base, o que possibilita, pela sua permeabilidade, Consiste em uma camada de gelatina transparente muito fina, ade-
traçãoe a atuação dos agentes químicos do processo de rida à superfície da emulsão fotográfica, cuja função é proteger a
. o. emulsão fotográfica.

Filme de Filme de
duas camadas uma camada

Camada protetora
Emulsão fotográfica

Base

Emulsão fotográfica
Camada protetora

'2'. .. ra 6.1 Esquema de um filme radiogra’fico em corte transversal


30 Tecnicas Radiográflces - BIASDLI

Classificação do filme radiografico em função da CURvA oARAcTERisTIcA DE UM FILME aAoIoGRAFICo


ExPosTo DIRETAMENTE Aos RAIOS x IsEIvI ECRAM
sensibilidade eo espectro de luz
Tem uma forma parabolica ascendente (Figura 6.2). Nesse caso, o
O filme radiografico pode ser classificado` em função da sua feixe de radiação e pouco absorvido, e a densidade Óptica maxima
sensibilidade ao espectro de luz, em não cromatizado ou croma- que pode ser obtida depende apenas da quantidade de prata con-
tizado. tida na emulsão fotografica.

NÃO CROMATIZADO
Tem sensibilidade espectral limitada na faixa do ultravioleta ao azul,
sendo a sensibilidade maxima no azul.

CROMATIZADD (ORTDCROMÁTICO 0U PANCRCIMÄTICÜ)


Tem sensibilidade espectral na faixa do verde-amarelo (ortocromá-
tico) ao infravermelho (pancromãticol.
A sensibilidade espectral e estendida as radiações de maior
comprimento de onda (do verde ao infravermelho) por meio da adi-
ção de corantes de cor azulada fixados sobre os cristais da emulF
são (adsorção)1 os quais agem como captadores que absorvem a
energia luminosa emitida pelos écrans reforçadores, transmitindo-a
ao cristal que recobrem.

Densidade óptica (Do) do filme radiogräfico


In.
r
A densidade Óptica (Dol corresponde ao grau de enegrecimenF Ü log Exposição
to do filme radiografico e tem relação com a taxa de transmissão
da luz no filme {T}. Pode ser calculada por meio das formulas a Figur: 5.2 Gráfico de curva característica de um filme radiograflco
exposto diretamente aos raios )1
seguir:

D T = ”In Do = log", mu ou Do= log 1iT


"ni
U'
,_ Observação: os filmes para exposiçao direta aos raios X
t
H
'iu m
U'l
Em que: Do = densidade optica; log m = logaritmo base 10; T = taxa de transmissão da luz; I = (sem ecran) tem camadas de emulsão fotografica mais espes-
5i- ro intensidade da luz transmitida; In - intensidade da luz que incide no filme.
C
:- sas, com o objetivo de absorver maior quantidade de radiação
3
U
m do feixe.
D 'D Radiografica
D Em filmes radiograficos de duas camadas de emulsão fotográ-
fica, a taxa de transmissão da luz {T} corresponderá ao produto da
cuavA cARAcTERlsTIcA DE EMULSÖES EXPOSTAS A LUZ
taxa de transmissão de cada camada (T = T1 x T2)I e a densidade
IÉCRANS REFoeÇAooREs)
optica (Uol sera a soma das densidades Ópticas de cada camada
Esta curva apresenta a forma de um ”S" (Figura 6.3) e pode ser
(Do = Elio1 + Doi).
Urna radiografia bem feita deve apresentar densidades Ópticas dividida em quatro partes:
entre 0,4 e 2,0.
I Parte horizontal: corresponde à densidade optica mínima do
filme radiografico (véu de base).
vEU os BASE oo FILME RAoIosRAFlco I Base da Curva: corresponde à parte enourvada ascenden-
Um filme radiografico não exposto (virgem) e processado (reve- te. em que são observadas pequenas variações de densidade
lado) tem densidade optica ligeiramente superior a zero. que cor- Óptica.
responde ao veu de base do filme. Esse véu de base ocorre em
função do tipo de emulsão. da base e das condições do proces-
Do
samento do filme radiografico e deve ter uma densidade optica
inferior a 0,15.

Curva caracteristica do filme radiografias


Traduz graficamente em escala Iogarltmica a densidade optica
(enegrecimento) do filme radiografico em função da taxa de exq
posição. O formato da curva caracteristica dependerá da natureza
da fonte sensibilizadora da emulsão fotográfica (raios X ou energia
luminosa)r podendo ser de dois tipos:

0 log Exposição
1. parte horizontal; 2. base da curva: 3. parte ratilinaa: 4. curvatura superior

Flgura 6.3 Grafico da curva caracteristica da um filme radiogrúfioo


exposto à luz (ecran reforçador)
DocuMENTAçÃo DA IMAGEM RADIOGRÄFICA ANALÖGICA 31
...............................................................................................................................................................................................................................................

'z à de contraste maximo,


1,: i retlllnea: corresponde regiao Cuidados com O filme radiogräfico
‚. . ento Ótimo do filme radiograflco. §
""-¬ atura superior: corresponde à transição do contraste Devido à sensibilidade do filme radiografico não exposto (virgem) a

,,i'mo à saturação (redução do contraste). fatores físicos, químicos e biológicos, alguns cuidados devem ser
observados na armazenagem das caixas fechadas.
I As caixas devem ser armazenadas na vertical, em um local “im-
,.Llntraste e latitude de exposigéo dO filme (blindado) à
" permeävel" radiacäo.
V-íÍ'ínáfÍCO I A umidade relativa do ar do local de armazenagem deve estar
._ Í
= :e corresponde à diferença de densidades Ópticas (ma- entre 30% e 50%.
l A temperatura do local de armazenagem não deve sofrer varia-
mlnima)
encontradas no filme radiografico. Pode ser cal-
ções bruscas e deve estar entre 15° e 25°C.
2,.»_ por meio do valor da tangente do ângulo (a) formado pela . As caixas não podem ter contato com nenhum tipo de líquido
„ .
_]Vretillnea da curva característica do filme radiografico e o eixo (água ou substâncias quimicas).
fl, Ü. 'ssas (log exposição), ou por meio do valor da tangente g Í
1""' o (a) formado pela reta traçada através dos pontos das Ecrans (telas intensificadoras)
'es máxima e minima do filme radiografico e o eixo das Os écrans, também denominados telas intensificadoras, foram de-
zz (log exposia). senvolvidos a partir da propriedade dos raios X de fazer fluorescer
latitudede certos sais metálicos. Essa luminescência é o resultado da trans-
exposiqäo, ou amplitude de luminosidade, corres-
eo intervalo de exposições de um filme radiografico, em que formaeao da energla dos ralos X em energla Iumunosa.
-~' desöpticas (máxima e mínima) estão situadas na parte Ii-
_» ... .
curva caracteristica. Quanto mais ampla for a latitude de um Compos'çao de um ecran
- fáfiCO,maior seraaescala de densidade que poderá ser O écran é uma placa flexível, composta por uma base e duas ou
1m:- : Um filme radiografico de grande contraste tem uma la- trés camadas (Figura 55)-
'
,freduzida, enquanto aquele de baixo contraste possui uma
"" BASE
estendida (Figura 6.4).
l Ê É de cartolina ou poliéster e serve apenas como suporte do mate-
" "
rial fluorescente.
(contraste) y = Tg a
U
I CLO
D)
E
D. m9
-. Base O "ãš
(Q mm
a,ysibi/idade/velocidade do filme radiogra'fíco q
m.
(Q:
_...
m5?
l Camada refletora O n
3m,
"idade/velocidade de um filme radiografico é a exposição (ou absorvente)
m
0

"3’ : para produzir uma densidade Óptica (Do) de 1,0 acima


.Í",de base. Corresponde à resposta das emulsões fotográfi- Camada
'ff Iuminosidades recebidas. Ela é inversamente proporcional fluorescente

o,ou seja, quanto mais sensível for o filme radiografi- Película


or será a luminosidade necessária para a obtenção de um protetora
"` r :
aii' enegrecimento. Ê Figura 6.5 Esquema de um écran em corte transversal

a filme 1 > ot filme 2


contraste filme 1 > contraste filme 2
latitude filme 1 > latitude filme 2

Filme 1
Filme 2
lr
Do

_' _______________________________
002

I
I
I l
I I
I I
a! I

W l .
a l Latitude
k l
V W I LL
v
I _-. _ —-_ — _
log Exposição T _—l. —_ — — —_ — -—_ log Exposição
E1 m
2 E O
E1 Ez
Í76.4 (A e B) Gráficos mostrando a relação contraste/latitude de um filme radiográfico
32 Tecnicas Radiográflcas ' BIASDLI

CAMADA FLUÜRESCENTE Faroe DE coNvEssão DE UM ECRAN


E flexivel, com uma espessura de 50 a 300a, s consists am uma O fator da conversão de um ecran, tambem conhecido como ren-
aamada da cristais de um composto fluorescente, suspensos em dimento luminoso, corresponde ã transformação da energia dos
um material da ligação. raios X em energia luminosa.
CAMADA REFLETÚRA
Ü fator de conversão de um ecran e proporcional ã sua reso-
lução espacial. Um acréscimo do fator de conversão obtido pelo
Pode ou não fazer parte da composição de um ecran. Consiste em
aumento da espessura da camada fluorescente determina uma re-
uma camada de dicxido de titânio (TiOQ) ou dioxido de magnésio
dução da resolução espacial da imagem (redução da nitidez).
(M902). colocada sob a camada fluorescente, tendo como função
aumentar o rendimento luminoso do ecran por meio da reflexão da
luz emitida pelos cristais. Quando presente, essa camada esta lo- Classificação dos ecrans em função da utilização
calizada entre a base e a camada fluorescente.
E'ceAN anoioscceico
CAMADA ABSORVENTE Utilizado em radiosccpia, e formado por uma base, uma camada
Tal como a aamada refletora, pode ou não fazer parte da composi- fluorescente composta de finos cristais de sulfeto de zinco (ZnSl
ção de um ecran. Sua função e absorver a luz difusa emitida pelos e sulfeto de cadmio (CdS), com adição de sais de cobre (Cu)
cristais, aumentando a nitidez da imagem formada. Tem a mesma ou prata (Ag) em pequenas proporções, uma camada refletora
localização da aamada refletora, visto que apenas urna dessas duas composta por dioxido de titânio (TD?) e uma camada (pelicula)

camadas (refletora ou absorvente), ou nenhuma das duas, pode protetora.

estar presente na composição de um ecran.


E'csArvs REFoRçAoas
Utilizadas na documentação radiografica, são compostos por cris'
Características de um ecran tais em que a espectro de emissão luminosa e particularmente di-
Um ecran e definido pelo seu espectro de emissão de luz, sua re- recionado para emulsões radiograficas (filmes radiograficosl. Tem,
solução espacial s seu fator da conversão. eventualmente, uma camada refletora de dioxido da titânio {TIDE}
ou dióxido de magnésio {M902}. Existem basicamente tres tipos
EsPEcTao DE Emissão DA Luz DE UM E’CRAN desses ecrans:
A interação do feixe de radiação corn a ecran ocorre por absor- I Grão fino ou detalhe (lento): possui otima resolução espa-
O ção fctoele'trica au difusão Compton. Essa interação provoca uma cial obtida com a redução da espessura da aamada fluorescen¬
In:
UN

m
IH-
excitação dos cristais do ecran, que e traduzida por uma emissão te, a adição de um corante na gelatina de ligação dos cristais e
c da luz.
o a supressão da camada refletora.
E Imagem
E; da O espectro de emissão da luz emitida por um ecran varia em O conjunto desses fatores minimiza a difusão da luz no inte-
Ü Radiografica função dos cristais que a compõem (fabela 6.1}.
D rior do ecran, melhorando a qualidade da imagem, mas reduzin-
do o poder reforçador do ecran.
A denominação grão fino não e muito adequada, pois ocorre
Tabela 6.1 . urna redução da espessura da camada fluorescente, e não do
.' .i- I-- "|-
H. ¬_ n... 1
tamanho do grão.
Complexos cristalino: nte I Padrão ou standard (médio): corresponde ao equilibrio en-
CaWOä (tungstato de calcio) tre o poder reforçador e a resolução espacial do ecran.
Gd:C:,S:Tb foxido sulfito de gadolinio terbio I Grão grosso (rápido): tem baixa resolução espacial obtida
ativado) pelo aumento da espessura da camada fluorescente. Isso au-
LaEDESTb (Óxido sulfito de lantãnio terbio menta a difusão da luz no interior da ecran, reduzindo a qualida-
ativado) da da imagem, mas aumentando o poder reforçador da ecran.
Possibilita, para uma mesma tensão (W) aplicada no tubo da
raia X uma redução do tempo de exposição.
I E’s-ran “azul": aam a aamada fluorescente composta por cris-
A denominação grão grosso não e muito adequada, pois o
tais de tungstato de calcio, possui um espectro de emissão
que ocorre não e um aumento do tamanho da grão, mas da es-
continua, com intensidade maxima no azul. É bem adaptado aos
pessura da camada fluorescente.
filmes radiograficos não cromatizadcs, sensíveis ao azul.
I Écran de "terras raras": com a camada fluorescente compos- Comercialmente, alem desses tipos, podem ser encontrados os
ta por cristais da familia das terras raras como o Óxido sulfito de ecrans reforçadcres de grande detalhe e os ultrarrãpidos.
gadolínio a D Óxido sulfito de lantãnio, tem um espectro de emis-
são não continuo, que se apresenta sob a forma de um espectro
Cuidados com o ecran
de raias com intensidade maxima no verde-amarelo. Sau fator
de conversão cresce com o aumento da tensão (W) a e muito É importante inspecionar a Iimpar regularmente os ecrans para
superior ao da tungatata da calcio. É bem adaptado aos filmes mente-los livres de sujeira. A limpeza deve seguir as especifica-
radiograficos cromatizados ortocromaticos, sensíveis ao verde. ções do fabricante e ser feita com muito cuidado para evitar danos
na sua superficie.
RESDLUÇAC ESPACIAL DE UM ÉCRAN
O rendimento luminoso e a resolução espacial e de contraste de Chassi
um ecran são funções da taxa da absorção da radiação. Eles da- Para a execução da um exame radiogrãfico analógico, e necessa-
pandam não sc da espessura da camada fluorescente, como tam- rio que a filma radiografico esteja dentro da um recipiente com-
bem da natureza a das dimensões dos cristais que a compõem. pletamente vedado ã entrada de luz. Esse recipiente pode ser um
DOCUMENTAÇÃO DA iMAeEM RADIOGRÄFICA ANALÖGICA 33

.. plástico flexível, como o utilizado nos exames radiografi- Superfície posterior do chassi
feed» tológicos, ou um chassi, também denominado cassete,
Lâmina de chumbo
fjijs-mte utilizado nos exames radiograficos médicos. >9.0.9.0.....0.0.0.Q.0.0.Q. .O Camada flexível (espuma)

_mposição do chassi Figura 6.8 Esquema do lado posterior de um chassi em corte transversal

é um recipiente rígido, com dois lados distintos: o ante-


.i
“Iii posterior.
O écran é montado no chassi com sua superfície do lado da
› ÍiANTERioRDO CHASSI base colada na superfície interna do chassi, no lado anterior,
rem que fica voltado para o tubo de raios X durante a realiza- ou na camada de material flexível (espuma) no lado posterior (Fi-
(vexame radiografico. E feito de material rígido, homogenea- gura 6.9).
1.»fladiotransparente, como banquelite, magnésio ou alumínio,
l_E imizar a absorção do feixe de radiação e evitar o apareci-
. . Edeartefatos na radiografia. Possui duas faces: uma externa
Superfície anterior
interna (Figura 6.6). do chassi
_________________________ ,
I
'3
I
I
I
I
l
l
I

Camada refletora !
(ou absorvente) Écrân
I
l
Camada :
fluorescente :
l
Película protetora I

__._—__-_——.---_.__—...-—-———_.—_—q

Película protetora

Camada fluorescente

U
Camada refletora I
šeâ
.4... (ou absorvente) 9.1%
0
'fíjfirl "3.6 Lado anterior do chassi
Base
____—__.___——_—__———_-_——_.a
23m
uma
i "cvwv vw 'o' vw
nooomo’ooo‘ooou Camada flexível (espuma)
220m
O 00
man: l
o
{oxiotßotototmoto‘ototo’g Lâmina de chumbo
Il-FosTERloR DO CHASSI
B Superfície posterior do chassi
f*material rígido, é por onde se abre o chassi e se manuseia
(carregamento e descarregamento do chassi).
Elsadiogréfico Figura 6.9 (A e B) Esquema do lado anterior de um chassi com écran em
corte transversal (A). Esquema do lado posterior de um chassi com écran em
corte transversal (B)

Tipos de chassi .

COM OU SEM JANELA


Os chassis podem se apresentar da seguinte maneira:
I Sem janela (Figura 6.10).
I Com janela (Figura 6.11): a janela do chassi corresponde a
um local (retangular) fixo sem écran, localizado em um dos can-
tos do lado posterior do chassi, por onde e feita a identificação
da radiografia. Os chassis com janela dificultam e, eventualmen-
te, até impossibilitem o correto posicionamento da identificação
"175.7 Lado posterior do chassi
nas radiografias.

COM ou SEM ECRAN REFORCADOR


Weexterna: é a face do lado posterior do chassi onde estäo
gnresilhas, responsáveis pelo fechamento do chassi. Os chassis podem se apresentar montados da seguinte maneira:
v:Interna: geralmente encontra-se aderida a esta face uma I Sem écran reforçador.
r de chumbo, responsável pela absorção da radiação I Com apenas um écran reforçador: o écran é fixado na face in-
rir» ndária originada na parte posterior do chassi. Aderida a terna do lado anterior do chassi. E usado com filme radiografico
¬ *finafolha de chumbo, encontra-se uma camada de um ma- de uma camada de emulsão fotográfica.
-flexlvel (espuma), que tem por função possibilitar um con- I Com dois écrans reforçadores: cada écran é fixado na face in-
;perfeitamente homogêneo entre a emulsão fotografica e o terna de cada lado do chassi. É usado com filme radiografico
(Figura 6.8). com dupla camada de emulsão fotográfica.
Técnicas Radiograficas I BIASOLI
.........................................................................................................................................................................................................................................

Ecran

Filme

Ecran

Espuma

Lâmina de chumbo

Superfície posterior do chassi

Figura 6.12 Esquema de um chassi com um filme radiografico entre dois


écrans em corte transversal

azul, denominado filme de base azul. Ale’m disso, para écrans com
espectro de emissão máximo em verde-amarelo, deve ser usado
filme radiografico cromatizado, ortocromatico, sensível ao verde,
denominado filme de base verde.
A escolha da melhor combinação écran-filme radiografico de-
ve ser feita em função da melhor resolução espacial da imagem
radiografica associada à menor dose de radiação necessaria para
obtê-Ia. A combinação do écran reforçador de terras raras (ver-
de), mais Iuminescente, com o filme radiografico de base verde,
mais sensível, se comparado com o sistema azul, proporciona um
rendimento superior a 50%, que é representado por uma grande
Figura 6.11 Chassi com janela
redução da dose de radiação.
O filme radiografico com uma camada de emulsão fotográfica é
COM OU SEM GRADE associado a apenas um écran. Esse tipo de filme deve ser colocado
O Os chassis podem se apresentar da seguinte maneira: dentro do chassi com o lado da emulsão voltado (em contato) para
(U
0'1
CU I Sem grade: corresponde ao tipo mais comum. o écran. Essa combinação produz excelente contraste e é destina-
.H
C
OJ I Com grade: tem uma grade fixada na face externa do lado an- da ao estudo de partes moles, de estruturas delgadas (mamografia)
E Imagem e também ao estudo detalhado dos ossos das extremidades.
3
U
terior do chassi. Esse tipo de chassi é usado para exames no
O da Radiogréfica
O leito ou no ato operatório.
Sistema filme-écran assimétrico
Tamanhos dos chassis a .
O sistema filme-écran assimétrico, conhecido oomo Kodak lnSi-
ghtTM imaging system, desenvolvido pela Kodak, tem uma latitude
Existem varios tamanhos padronizados de chassis (cassetes) que estendida com uma alta resolução, representada por maior faixa
combinam com os diversos tamanhos de écran reforçador e filme de contraste visível em menores densidades. Representa uma boa
radiografico. Os tamanhos mais comuns encontrados no mercado
opção para o estudo de regiões do corpo que possuam grandes
são: 13×18cm; 18×24cm; 24×30cm; 30×40cm; 35,6×35,6cm;
diferenças de densidade, como o tórax de frente (posteroanterior
35,6×43,20m; 30x900m (panorämico); e 35,6×91,4cm (pano-
ou anteroposterior) e o pé em anteroposterior.
râmico).

Associação filme-écran reforçador . Compost-5? I


O feixe de radiação, ao sair (emergir) do objeto e incidir no écran, É composto por um filme radiografico com duas camadas de emul-
näo e homogêneo, tendo um “relevo” que é característico do obje- são fotografica diferentes associado a um par de écrans reforçado-
to por ele atravessado. Esse “relevo”, conforme ja visto, ocorre em res de velocidade e resolução espacial distintos com as seguintes
função das diferentes densidades encontradas no objeto atraves- características:
sado pelo feixe de radiação. É traduzido no écran por um feixe lu- I O écran anterior, mais fino, mais lento e de elevada resolução
minoso de intensidades diferentes denominado imagem luminosa, espacial, associa-se à emulsão fotográfica anterior do filme ra-
que corresponde a base da imagem radiografica formada no filme diográfico, que tem maior contraste.
radiografico. I O écran posterior, mais espesso, mais rápido e com resolução
A sensibilização do filme radiografico é obtida pela transferên- espacial menor, associa-se à emulsão fotográfica posterior do
cia da imagem luminosa do écran para a emulsão fotográfica. Para filme radiografico, que tem contraste reduzido.
isso, o filme deve estar dentro de um chassi fechado e prensado
homogeneamente entre o écran e o chassi nos filmes de apenas Nesse sistema, deve ser observada a correta posição do filme
uma camada de emulsão, ou entre os écrans nos filmes de dupla radiografico dentro do chassi.
camada de emulsão (Figura 6.12).
A fim de aproveitar melhor a emissão luminosa dos écrans re- Câmara escura
forçadores, os filmes radiograficos devem apresentar uma sensi- A câmara escura é um local vedado à entrada de luz externa (quando
bilidade espectral associada ao espectro de emissão do écran. fechado), onde o filme radiografico é manipulado. Deve possuir, além
Assim, para os écrans com espectro de emissão máxima no azul, da lâmpada comum (no teto), uma “iluminação de segurança”, dis-
deve ser usado um filme radiografico não cromatizado, sensível ao tante no mínimo 1,2m do local de manuseio do filme radiografico.
DOCUMENTAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA ANALÓGICA
........................................................................................................................................................................................................................................

edesse tipo de iluminação e prover uma luz de de- O processo de formação da imagem latente no filme radiogra-
E. intensidade e comprimento de onda fora da faixa de fico consiste na interação dos fótons de luz da tela intensificadora
vade do filme radiografico, para que não cause velamen- (écran) e também de alguns fótons de raios X, com os microcris-
t z A iluminação de segurança para filmes radiograficos tais de haleto de prata da emulsão fotográfica. Essa interação pro-
obtida mediante uma lâmpada incandescente vermelha duz a liberação de elétrons de alguns dos íons brometo (Br'), que
.é ou uma lâmpada incandescente comum de mesma inten- irão se combinar com alguns íons de prata (Ag+).
`nserida em um iluminador com um filtro de segurança do Como consequência, teremos a formação do gás bromo (Brg),
-2. Convém lembrar que o filme utilizado na câmara laser que é liberado, e de alguns átomos neutros de prata (Ag2 = prata
`.el ao vermelho e, nesse caso, a iluminação de segurança metálica), os quais são sensíveis ao processo de revelação. Os
e ser vermelha. filmes radiograficos expostos são mais sensíveis que os não ex-
aredes da câmara escura devem ser revestidas com tinta postos (virgens) e, portanto, devem ser processados (revelados)
de tom claro e sem brilho, para evitar o reflexo da ilumina- imediatamente. O processamento do filme radiografico consiste
'-gurança.A umidade relativa do ar no seu interior deve ser na redução química (ganho de elétrons) dos íons de prata (Ag+) na
. a 50%, e a temperatura na faixa de 15° a 25°C. Deve ter revelação e na remoção total dos cristais de haleto de prata não
Ysistema de ventilação e exaustão eficientes. revelados na fixação (Figura 6.14).
"
as de filmes radiograficos, quando abertas (em uso), de-
colocadas sem a respectiva tampa dentro de um móvel Tipos de processamento
1 ¡ía-completamente vedado a entrada de luz, conhecido como
- filmes radiograficos (Figura 6.13A). Para facilitar a identi- O processamento do filme radiografico pode ser realizado por dois
sistemas: manual e automatico.
do tamanho do filme radiografico dentro da uburra”, as cai-
em ser colocadas em determinada ordem (Figura 6.138). PROCESSAMENTO MAN UAL
de manuseio do filme radiografico na câmara escura
'- É realizado manualmente pelo operador dentro da câmara escura,
ar limpo, livre de sujeira, pÓ ou líquido. Para evitar perda
sendo os tempos do processo dependentes do operador. Ocorre
idade da imagem radiografica, o manuseio do filme deve
em cinco etapas, na seguinte ordem: revelação; interrupção; fixa-
com cuidado, sempre pelas bordas, com o menor contato
' ção; lavagem; e secagem.
*dos dedos com o filme.
No processamento manual, o filme radiografico e colocado em
uma colgadura proporcional ao seu tamanho. A colgadura e' um su-
porte metâlico que mantém o filme radiografico preso pelos cantos I, o.
24x30cm por presilhas (Figura 6.15). No processamento manual do filme in- Q)
Q.
m

traoral, e muito importante a identificação da colgadura, para evitar o


(D
ã'
o:
LUHOOG
13x18cm 18x24cm ¬
m. «2
a troca de exames. :E CD
o 3 c

30x40cm O processamento manual é conhecido como molhado, sendo m


OÇQBIUG

iniciado com a imersão do conjunto filme-colgadura no tanque com


35,6×35,ôcm
solução reveladora, denominado tanque do revelador. Daí e passa-
35,6x43,2cm do para o tanque com solução interruptora, denominado tanque do
interruptor, sendo em seguida passado para o tanque com solução
fixadora, chamado de tanque do fixador. Finalmente, é passado pa-
ra a lavagem com água corrente no tanque de lavagem e finalizado
corn a secagem. Deve ser tomado o cuidado de evitar a formação
de bolhas de ar na superfície do filme radiografico durante as imer-
sões nos tanques, pois são responsáveis pelo aparecimento de
z 6.13 (A e B) Esquema de uma burra de filmes radiográficos (A).
z mostrando uma sugestão para a disposição das caixas de filmes artefatos na imagem.
.‚ oosem uma burra (B)
PRocEssAMENTo AUTOMÁTICO
É realizado através de processadoras automáticas (máquinas de
revelar) e ocorre em quatro etapas, na seguinte ordem: revelação;
‚ {pas de câmara escura
fixação; lavagem; e secagem. A processadora automática (maqui-
"-‘dendo do tipo de processamento, a câmara escura pode na de revelar) de filmes radiograficos é uma maquina completa-
icamente de dois tipos: mente vedada â entrada de luz, que tem em seu interior três tan-
».L».L:lhalda' no processamento manual do filme radiografico, que ques e uma secadora (Figura 6.16).
"alizado dentro da câmara escura. O primeiro tanque, localizado próximo à entrada do filme ra-
'
z : no processamento automático do filme radiografico, que diografico (bandeja), é denominado tanque de revelação e tem
'ealizado
dentro da processadora. solução reveladora (revelador). Por sua vez, o segundo tanque, lo-
calizado a seguir desse, é denominado tanque de fixação, e possui
*Liu amento do filme radiogräfico solução fixadora (fixador). E o terceiro tanque, localizado a seguir
film radiografico exposto e não processado tem uma imagem do tanque de fixação e antes da secadora, é denominado tanque
elao olho humano denominada imagem latente ou radiante. de lavagem, e possui água (Figura 6.17).
‚ u! -agem corresponde ao conjunto de todos os cristais de pra- Dentro de cada tanque, é colocado um conjunto de rolos e
' z.: stose não expostos, e constitui a base da imagem formada engrenagens denominado rack. Ou seja, cada tanque possui seu
< 'á radiografico. Para que a imagem latente transforme-se em rack. Dois racks denominados racks de passagem ou crossover,
cada um posicionado por cima, e entre dois racks de tanques adja-
centes, ou seja, um entre o do tanque de revelação e 0 de fixação,
Técnicas Radiogra'ficas I BIASOLI
....................................................................................................................................................................................................
.......................................................

Imagem latente Fixação

Imagem latente Revelação Fixação

ag 1

Õfiãó fig“
3-
3‘5 4"
Figura 6.14 Fotomicrografia e esquema do processamento de um filme radiográfico
O
m:
U"
m
4.;
C
d)
E Imagem
3
U
da Radiografica
O processamento automático e conhecido como seco e inicia-
O
O do com a colocação do filme radiográfico na bandeja da processa-
dora, terminando com a saída desse filme processado e seco. O
filme radiográfico e transportado mecanicamente por um sistema
de rolos por meio dos tanques do revelador, do fixador e da água
(lavagem) e do compartimento de secagem.

Etapas do processamento do filme radiográfico


PRIMElRA ETAPA - REVELAÇÃO
Esta etapa e realizada com uma solução química denominada re-
velador e consiste na redução química de todos os íons de prata,
sendo que a prata metálica (AgQ), que corresponde aos íons ex-
postos a luz oriunda do écran ou à radiação, e' oxidada mais rapi-
damente que os íons não expostos.
A revelação depende dos seguintes fatores:
I Temperatura: quanto maior a temperatura do revelador, mais
rápido se dará o processo de redução química.
Figura 6.15 Colgadura
I Concentração: quanto mais concentrado o revelador, mais rá-
pida tende a ser a redução química.
I pH: quanto maior o pH, mais alcalina a solução, mais rapido
e outro entre o de fixação e o de Iavagem, possibilitam a passagem será o processo de redução química e maior o contraste da
imagem.
do filme radiográfico de um tanque a outro (Figura 6.18). Algumas
I Tempo: deve ser em função dos três itens anteriores.
processadoras automáticas têm um terceiro rack de passagem,
entre o rack do tanque de lavagem e a secadora. Esses fatores devem ser interligados de modo a proporcionar
As processadoras automáticas têm sistemas para controle da a máxima conversão dos cristais expostos e a mínima dos não ex-
temperatura das soluções químicas e da secadora e mecanismos postos. O revelador oxida-se com muita facilidade; portanto, seu
para a reposição e a recirculação das soluções químicas. A` re- contato com o ar deve ser evitado. O tanque de revelação manual,
posição das soluções químicas é feita por dois tanques externos quando não estiver em uso, e o tanque externo de abastecimen-
de abastecimento, um contendo solução reveladora (revelador) e to de revelador da processadora automática devem ter um dis-
outro contendo solução fixadora (fixador). positivo que impeça ou reduza esse contato (revelador-ar). Esse
DocuMENTAÇÃo DA IMAGEM RADIOGRÄFICA ANALÖGICA 37

Direção
do filme I

Bandeja lili.)
de entrada

wg; 5:21:22
\
Secador
(resistência)

Fixador

Revelador

„H Ventilador
-‚|l

'ill a 6.16 Esquema de uma processadora automática


if'

, .Racks de
" "
. . f’passagem

F”flndeja de
Bandeja ’
'
def, entrada '
entrada

Smuêulur
:O
m
o. E
O
E: °_’_:
O 33
Secador
LO
¬
„m
m‘ u3:
P+
:.'3
O
m
3% ml
o

Figura 6.18 Processadora automática - parte interna (racks de


passagem)

I Agente preservativo: e' responsável por evitar a oxidação da


solução devido ao contato com o ar. Os compostos químicos,
""0 Íntimo com o líquido (revelador), impedindo o contato do tais como sulfito de sódio e sulfito de potássio, podem ser usa-
or com 0 ar. dos com essa função.
agentes que compõem o revelador são os seguintes: I Agente endurecedor: é responsável por retardar o inchaço
vnte acelerador ou ativador: e responsável pela produ- da emulsão e importante no processamento automático. Ge-
ado meio alcalino necessário para a ação dos demais corn- ralmente, o composto químico usado com essa função é o glu-
lr,mentes da revelação e pelo amolecimento da gelatina, o que taraldeído.
.....`,.ibilitaa penetração dos químicos. Os compostos quími- I Água: serve como veículo.
`
., tais como carbonato de sódio, carbonato de potássio, hi-
xidode sódio e hidróxido de potássio, podem ser usadosI SEGUNDA ETAPA - INTERRUPÇÃO

essa função. É realizada com uma solução química denominada interruptor, que
Ente revelador ou redutor: é responsável pela redução tem a função de interromper o processo de revelação. Tal etapa
AII>I`mica(fornece elétrons) dos microcristais de haleto de prata. não existe no processamento automático.
*compostos químicos, tais como metol, hidroquinona e feni- O agente que compõe o interruptor detém rapidamente e de
am. podem ser usados com essa função. maneira uniforme o processo da revelação. Serve também para
'
Mute retardador ou antivéu: é responsável pela regulação aumentar a vida útil do fixador. O ácido acetico glacial diluído em
.uração da revelação, evitando velamentos. Os compostos água pode ser usado com essa função.
.imicos, tais como brometo de potássio e iodeto de potássio, A água corrente também pode ser utilizada, porém com resulta-
a
_'ífíem= ser usados com essa função. dos menos satisfatórios.
il
l
Técnicas Radiográficas ' BIASOLI
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TERCEIRA ETAPA - FixAçÃo TROCA DAS soLuçõEs ouíMicAs


Esta etapa e realizada com uma solução química denominada fi- As soluções químicas (revelador, interruptor e fixador) responsá-
xador. É constituída por dois processos que ocorrem simulta- veis pelo processamento do filme radiografico ficam saturadas
neamente: (perdem atividade) em função do tempo e do número de reações.
I Clareamento: consiste na remoção dos cristais de haleto de Para evitar perda acentuada da atividade das soluções químicas, o
prata não revelados. O filme radiografico muda sua imagem nas que acarretaria uma redução na qualidade da imagem formada no
partes claras de leitosa para clara. Durante essa etapa, o filme filme radiografico, as soluções devem ser trocadas periodicamente
ainda está sujeito a alterações se for atingido por luz. por soluções novas. O fixador saturado em razão da prata suspen-
I Endurecimento: corresponde ao endurecimento (coagulação) sa na solução não deve ser descartado sem que antes a prata seja
da gelatina, e seu tempo é superior ao do clareamento (o dobro retirada por um processo de eletrólise.
do tempo).
LIMPEZA DOS TANQUES
O processo de fixação estara completo quando esses dois pro- Nas processadoras automáticas, os racks dos três tanques devem
cessos estiverem concluídos. Os agentes que compõem o fixador ser lavados com bucha aspera de material sintético e sabão em
são os seguintes: pedra neutro, pelo menos uma vez por semana. Com uma perio-
I Agente acidificante: é responsável pela neutralização de por- dicidade de três a seis meses, deve ser realizado um sistema de
ções alcalinas do revelador levadas pelo filme radiogrãfico. Os limpeza químico nos racks e tanques da processadora com substi-
compostos químicos, tais como acido ace'tico e ácido sulfúrico, tuição das soluções químicas por soluções novas.
podem ser usados com essa função. Os tanques do processamento manual devem ser esvaziados
I Agente fixador ou clarificante: é responsável por dissolver e limpos com uma periodicidade de três a seis meses, com suas
e eliminar da emulsão os cristais de haleto de prata não re- soluções químicas substituídas por soluções novas. Convém mui-
velados, fixando a imagem. Torna transparentes as areas não ta atenção ao fato de que tanto os tanques de revelação manual
irradiadas no filme radiografico. Os compostos químicos, tais quanto os racks da processadora automática não podem ser mu-
como tiossulfato de amônia e tiossulfato de sódio (hipossulfito dados de posição.
de sódio), também conhecido como "hipo”, podem ser usados O revelador é altamente sensível, sendo facilmente contamina-
com essa função. do pelo fixador. Para evitar a contaminação, em nenhuma hipótese
I Agente preservador: e responsável por evitar a decomposi- pode haver troca dos racks na processadora automática e dos tan-
ção do fixador e auxiliar no clareamento do filme radiografico. ques no processamento manual.
O
l (U
O” Geralmente, é usado o sulfito de sódio. Na processadora automática, as soluções devem ser colocadas
CU
w
C I Agente endurecedor: é responsável por impedir o amoleci- com cuidado antes dos racks para evitar respingos e consequente
d)
r-
C
3
Imagem mento da gelatina (curtir a gelatina). Impede que ela se desfaça contaminação. Çonve'm sempre cumprir a seguinte ordem: primei-
U
D da Radiografica durante a lavagem ou a secagem do filme radiografico. Os com- ramente, encher o tanque de lavagem (com água), colocando a
0
postos químicos, como alúmen de potássio, alúmen de cromo, seguir o respectivo rack; depois encher o tanque de fixação (com
cloreto de alumínio e sulfato de alumínio, podem ser usados a solução do fixador), colocando a seguir o respectivo rack; e, por
com essa função. último, encher o tanque de revelação (com a solução do revela-
dor), colocando a seguir o respectivo rack. Os racks devem ser
QUARTA ETAPA - LAVAGEM
colocados nos tanques lentamente, para evitar o transbordamento
Após a fixação, o filme radiografico deve ser lavado em água cor- das soluções.
rente para que sejam removidos todos os traços remanescentes
dos produtos químicos utilizados. COMO PROCEDER EM CASO DE CONTAMINAÇÃO DA SOLUÇÃO
QUÍMICA
QUINTA ETAPA - SECAGEM
Em caso de contaminação, o tanque de revelação do processamen-
Após a lavagem, o filme radiografico deve ser seco. No processa- to manual ou do automático deve ser totalmente esvaziado e a solu-
mento manual, a secagem deve ser feita em local livre de poeira ou ção química, jogada fora. Feito isso, o tanque de revelação, nos dois
em uma secadora. tipos de processamento, e o respectivo rack no processamento au-
tomático devem ser lavados. No processamento automatico, o tan-
Cuidados com a processadora automática e com que do revelador deve ser preenchido com água e a máquina, colo- Al
os tanques de processamento manual cada em funcionamento por aproximadamente cinco minutos para a
limpeza das mangueiras da bomba de recirculação e do filtro.
REPOSIÇÃO E REFORÇO DAS SOLUÇÕES OUÍMICAS Em seguida, o tanque deve ser esvaziado e limpo com água.
Em ambos os tipos de processamento, as soluções químicas de- Após a lavagem, é colocada uma nova solução química.
vem ser repostas periodicamente com soluções novas, pois ocorre
uma redução no volume dos respectivos tanques associada a per-
Principais problemas que podem ocorrer no
da de atividade das soluções. A redução no volume ocorre devido
processamento de filmes radiograficos
ao carreamento pelo filme radiografico de pequenas quantidades
de solução quimica de um tanque para outro, durante o processa- RADIOGRAFIA SUB-REVELADA (POUCO REVELADA)
mento. O volume carreado por filme tem uma relação direta com Uma radiografia com revelação deficiente pode apresentar uma
a área do filme processado, tornando-se considerável após o pro- redução do contraste, observada por meio das partes negras do
cessamento de várias películas. filme que ficam semitransparentes (cinza-escuro) (Figura 6.19).
Nas processadoras automáticas, essa reposição (reforço) é au- Pode ocorrer quando:
tomatica e, no processamento manual, ela deve ser feita sempre I A solução quimica do revelador está oxidada ou saturada.
que necessário. I A temperatura da solução química do revelador está baixa.
DOCUMENTAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA ANALÓGICA
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P.

I Em processadoras com velocidade variável, ocorre a perda da


relação temperatura/velocidade.
I Ocorre aumento do tempo de revelação no processamento ma-
nual.

AUMENTO DO vÉu DE BASE


Observa-se o aumento do véu de base, em uma radiografia, por
meio da falta de contraste, ou seja, as partes brancas do filme fi-
cam acinzentadas (Figura 6.21).

Figura 6.19 Radiografia sub-revelada


j

I A solução química do revelador está diluída.


I Em processadoras com velocidade variável, ocorre a perda da
relação temperatura/velocidade.
I Ocorre redução do tempo de revelação, seja por redução do
volume de solução química no tanque de processamento auto-
mático ou por redução do tempo de revelação no processa-
i mento manual.
:1 a.
m m
RADIOG RAFIA SU PER-REVELADA 2-.
O
(Q
3m
¬
Uma radiografia super-revelada apresenta-se bastante enegrecida, m. to 1uaumo q
:2 m
com um aumento do véu de base, ou seja, as partes brancas do
O
m
3
oeãe
filme ficam veladas (acinzentadas) e consequentemente há uma re-
Figura 6.21 Radiografia com aumento do véu de base
dução dos níveis de cinza (perda de detalhe) (Figura 6.20).
Pode ocorrer quando:
I A temperatura da solução química do revelador esta alta.
I A solução química do revelador está concentrada. Pode ocorrer quando:
A temperatura da solução química do revelador está alta.
A solução química do revelador está concentrada.
Ocorre aumento do tempo de revelação no processamento ma-
nual.
A solução química do revelador está contaminada.
Ocorre exposição do filme à radiação.
Ocorre exposição excessiva do filme à iluminação de segu-
rança.
I A iluminação de segurança é inadequada.

RADIOGRAFIA SU BFIXADA (POUCO FIXADA)


Uma radiografia com uma fixação deficiente pode apresentar uma
transparência insuficiente, ou seja, as partes transparentes apre-
sentam-se leitosas (esbranquiçadas). Pode, também, mudar de cor
em pouco tempo, ficando marrom (Figura 6.22).
Em ambos os tipos de processamento, o filme radiografico de-
mora a secar. No processamento automático, por exemplo, pode
ser observado que o filme sai úmido da processadora.
Pode ocorrer quando:
I A solução do fixador está saturada.
I A solução química está diluída.
I Ocorre redução do tempo de fixação, seja por redução do vo-
lume de solução química no tanque de processamento auto-
mãtico ou por redução do tempo de fixação no processamento
Figura 6.20 Radiografia super-revelada manual.
Técnicas Radiogräficas I BIASOLI
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Figura 6.24 Radiografia com Iodo


Figura 6.22 Radiografia subfixada

RADIOGRAFIA ARRANHADA RADIOGRAFIA MAL LAVADA


Ocorre por falta de alinhamento ou corrosão das guias nas pro- Pode ocorrer devido à deficiência ou mesmo pela falta de lavagem
cessadoras automáticas, ou por falta de cuidado no manuseio das da radiografia.
O
'IU
0'1 colgaduras durante o processamento manual (Figura 6.23). A radiografia apresenta um odor característico.
(U
u
C
d.)
E Imagem RADIOGRAFIA COM REVELAÇÃO IRREGULAR
3
U
O da Radiográfica Pode ocorrer devido a problemas (desgaste) no rack de passa-
D
gem (crossover) do revelador para o fixador. A radiografia apresen-
ta áreas irregulares mais escuras (Figura 6.25).

Figura 6.25 Radiografia com revelação irregular

DOCUMENTAÇÃO DA IMAGEM
RADIOGRAFICA DIGITAL
Figura 6.23 Radiografia arranhada
A imagem radiografica digital é aquela gerada no formato digital
(dados), podendo ser enviada a um monitor, arquivada em mídia
ou impressa. A documentação radiografica em sistemas digitais
RADIOG RAFIA COM IMPU REZAS
pode ser feita por meio de impressão a laser (filme) (Figura 6.26).
Pode ocorrer devido à presença de impurezas (lodo, sujeira), no impressäo em papel (Figura 6.27) ou em midias digitais (CD ou
tanque de lavagem (Figura 6.24). DVD) (Figura 6.28).
DOCUMENTAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRAFICA DIGITAL 41

5*,- -
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Figura 6.26 (A e B) Impressora laser (A). Filme impresso a laser (B)

'I

FIgura 6.27 (A e B) Impressora de papel (A). Papel impresso (B)


42 Técnicas Radiográficas BIASOLI q
....................
.....................................................................................................................................................................................................................................

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