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COLÉGIO LUMEN
Documentação da Imagem
Radiografica
Filme de Filme de
duas camadas uma camada
Camada protetora
Emulsão fotográfica
Base
Emulsão fotográfica
Camada protetora
NÃO CROMATIZADO
Tem sensibilidade espectral limitada na faixa do ultravioleta ao azul,
sendo a sensibilidade maxima no azul.
0 log Exposição
1. parte horizontal; 2. base da curva: 3. parte ratilinaa: 4. curvatura superior
,,i'mo à saturação (redução do contraste). fatores físicos, químicos e biológicos, alguns cuidados devem ser
observados na armazenagem das caixas fechadas.
I As caixas devem ser armazenadas na vertical, em um local “im-
,.Llntraste e latitude de exposigéo dO filme (blindado) à
" permeävel" radiacäo.
V-íÍ'ínáfÍCO I A umidade relativa do ar do local de armazenagem deve estar
._ Í
= :e corresponde à diferença de densidades Ópticas (ma- entre 30% e 50%.
l A temperatura do local de armazenagem não deve sofrer varia-
mlnima)
encontradas no filme radiografico. Pode ser cal-
ções bruscas e deve estar entre 15° e 25°C.
2,.»_ por meio do valor da tangente do ângulo (a) formado pela . As caixas não podem ter contato com nenhum tipo de líquido
„ .
_]Vretillnea da curva característica do filme radiografico e o eixo (água ou substâncias quimicas).
fl, Ü. 'ssas (log exposição), ou por meio do valor da tangente g Í
1""' o (a) formado pela reta traçada através dos pontos das Ecrans (telas intensificadoras)
'es máxima e minima do filme radiografico e o eixo das Os écrans, também denominados telas intensificadoras, foram de-
zz (log exposia). senvolvidos a partir da propriedade dos raios X de fazer fluorescer
latitudede certos sais metálicos. Essa luminescência é o resultado da trans-
exposiqäo, ou amplitude de luminosidade, corres-
eo intervalo de exposições de um filme radiografico, em que formaeao da energla dos ralos X em energla Iumunosa.
-~' desöpticas (máxima e mínima) estão situadas na parte Ii-
_» ... .
curva caracteristica. Quanto mais ampla for a latitude de um Compos'çao de um ecran
- fáfiCO,maior seraaescala de densidade que poderá ser O écran é uma placa flexível, composta por uma base e duas ou
1m:- : Um filme radiografico de grande contraste tem uma la- trés camadas (Figura 55)-
'
,freduzida, enquanto aquele de baixo contraste possui uma
"" BASE
estendida (Figura 6.4).
l Ê É de cartolina ou poliéster e serve apenas como suporte do mate-
" "
rial fluorescente.
(contraste) y = Tg a
U
I CLO
D)
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D. m9
-. Base O "ãš
(Q mm
a,ysibi/idade/velocidade do filme radiogra'fíco q
m.
(Q:
_...
m5?
l Camada refletora O n
3m,
"idade/velocidade de um filme radiografico é a exposição (ou absorvente)
m
0
Filme 1
Filme 2
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Do
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I
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a l Latitude
k l
V W I LL
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I _-. _ —-_ — _
log Exposição T _—l. —_ — — —_ — -—_ log Exposição
E1 m
2 E O
E1 Ez
Í76.4 (A e B) Gráficos mostrando a relação contraste/latitude de um filme radiográfico
32 Tecnicas Radiográflcas ' BIASDLI
m
IH-
excitação dos cristais do ecran, que e traduzida por uma emissão te, a adição de um corante na gelatina de ligação dos cristais e
c da luz.
o a supressão da camada refletora.
E Imagem
E; da O espectro de emissão da luz emitida por um ecran varia em O conjunto desses fatores minimiza a difusão da luz no inte-
Ü Radiografica função dos cristais que a compõem (fabela 6.1}.
D rior do ecran, melhorando a qualidade da imagem, mas reduzin-
do o poder reforçador do ecran.
A denominação grão fino não e muito adequada, pois ocorre
Tabela 6.1 . urna redução da espessura da camada fluorescente, e não do
.' .i- I-- "|-
H. ¬_ n... 1
tamanho do grão.
Complexos cristalino: nte I Padrão ou standard (médio): corresponde ao equilibrio en-
CaWOä (tungstato de calcio) tre o poder reforçador e a resolução espacial do ecran.
Gd:C:,S:Tb foxido sulfito de gadolinio terbio I Grão grosso (rápido): tem baixa resolução espacial obtida
ativado) pelo aumento da espessura da camada fluorescente. Isso au-
LaEDESTb (Óxido sulfito de lantãnio terbio menta a difusão da luz no interior da ecran, reduzindo a qualida-
ativado) da da imagem, mas aumentando o poder reforçador da ecran.
Possibilita, para uma mesma tensão (W) aplicada no tubo da
raia X uma redução do tempo de exposição.
I E’s-ran “azul": aam a aamada fluorescente composta por cris-
A denominação grão grosso não e muito adequada, pois o
tais de tungstato de calcio, possui um espectro de emissão
que ocorre não e um aumento do tamanho da grão, mas da es-
continua, com intensidade maxima no azul. É bem adaptado aos
pessura da camada fluorescente.
filmes radiograficos não cromatizadcs, sensíveis ao azul.
I Écran de "terras raras": com a camada fluorescente compos- Comercialmente, alem desses tipos, podem ser encontrados os
ta por cristais da familia das terras raras como o Óxido sulfito de ecrans reforçadcres de grande detalhe e os ultrarrãpidos.
gadolínio a D Óxido sulfito de lantãnio, tem um espectro de emis-
são não continuo, que se apresenta sob a forma de um espectro
Cuidados com o ecran
de raias com intensidade maxima no verde-amarelo. Sau fator
de conversão cresce com o aumento da tensão (W) a e muito É importante inspecionar a Iimpar regularmente os ecrans para
superior ao da tungatata da calcio. É bem adaptado aos filmes mente-los livres de sujeira. A limpeza deve seguir as especifica-
radiograficos cromatizados ortocromaticos, sensíveis ao verde. ções do fabricante e ser feita com muito cuidado para evitar danos
na sua superficie.
RESDLUÇAC ESPACIAL DE UM ÉCRAN
O rendimento luminoso e a resolução espacial e de contraste de Chassi
um ecran são funções da taxa da absorção da radiação. Eles da- Para a execução da um exame radiogrãfico analógico, e necessa-
pandam não sc da espessura da camada fluorescente, como tam- rio que a filma radiografico esteja dentro da um recipiente com-
bem da natureza a das dimensões dos cristais que a compõem. pletamente vedado ã entrada de luz. Esse recipiente pode ser um
DOCUMENTAÇÃO DA iMAeEM RADIOGRÄFICA ANALÖGICA 33
.. plástico flexível, como o utilizado nos exames radiografi- Superfície posterior do chassi
feed» tológicos, ou um chassi, também denominado cassete,
Lâmina de chumbo
fjijs-mte utilizado nos exames radiograficos médicos. >9.0.9.0.....0.0.0.Q.0.0.Q. .O Camada flexível (espuma)
_mposição do chassi Figura 6.8 Esquema do lado posterior de um chassi em corte transversal
Camada refletora !
(ou absorvente) Écrân
I
l
Camada :
fluorescente :
l
Película protetora I
__._—__-_——.---_.__—...-—-———_.—_—q
Película protetora
Camada fluorescente
U
Camada refletora I
šeâ
.4... (ou absorvente) 9.1%
0
'fíjfirl "3.6 Lado anterior do chassi
Base
____—__.___——_—__———_-_——_.a
23m
uma
i "cvwv vw 'o' vw
nooomo’ooo‘ooou Camada flexível (espuma)
220m
O 00
man: l
o
{oxiotßotototmoto‘ototo’g Lâmina de chumbo
Il-FosTERloR DO CHASSI
B Superfície posterior do chassi
f*material rígido, é por onde se abre o chassi e se manuseia
(carregamento e descarregamento do chassi).
Elsadiogréfico Figura 6.9 (A e B) Esquema do lado anterior de um chassi com écran em
corte transversal (A). Esquema do lado posterior de um chassi com écran em
corte transversal (B)
Tipos de chassi .
Ecran
Filme
Ecran
Espuma
Lâmina de chumbo
azul, denominado filme de base azul. Ale’m disso, para écrans com
espectro de emissão máximo em verde-amarelo, deve ser usado
filme radiografico cromatizado, ortocromatico, sensível ao verde,
denominado filme de base verde.
A escolha da melhor combinação écran-filme radiografico de-
ve ser feita em função da melhor resolução espacial da imagem
radiografica associada à menor dose de radiação necessaria para
obtê-Ia. A combinação do écran reforçador de terras raras (ver-
de), mais Iuminescente, com o filme radiografico de base verde,
mais sensível, se comparado com o sistema azul, proporciona um
rendimento superior a 50%, que é representado por uma grande
Figura 6.11 Chassi com janela
redução da dose de radiação.
O filme radiografico com uma camada de emulsão fotográfica é
COM OU SEM GRADE associado a apenas um écran. Esse tipo de filme deve ser colocado
O Os chassis podem se apresentar da seguinte maneira: dentro do chassi com o lado da emulsão voltado (em contato) para
(U
0'1
CU I Sem grade: corresponde ao tipo mais comum. o écran. Essa combinação produz excelente contraste e é destina-
.H
C
OJ I Com grade: tem uma grade fixada na face externa do lado an- da ao estudo de partes moles, de estruturas delgadas (mamografia)
E Imagem e também ao estudo detalhado dos ossos das extremidades.
3
U
terior do chassi. Esse tipo de chassi é usado para exames no
O da Radiogréfica
O leito ou no ato operatório.
Sistema filme-écran assimétrico
Tamanhos dos chassis a .
O sistema filme-écran assimétrico, conhecido oomo Kodak lnSi-
ghtTM imaging system, desenvolvido pela Kodak, tem uma latitude
Existem varios tamanhos padronizados de chassis (cassetes) que estendida com uma alta resolução, representada por maior faixa
combinam com os diversos tamanhos de écran reforçador e filme de contraste visível em menores densidades. Representa uma boa
radiografico. Os tamanhos mais comuns encontrados no mercado
opção para o estudo de regiões do corpo que possuam grandes
são: 13×18cm; 18×24cm; 24×30cm; 30×40cm; 35,6×35,6cm;
diferenças de densidade, como o tórax de frente (posteroanterior
35,6×43,20m; 30x900m (panorämico); e 35,6×91,4cm (pano-
ou anteroposterior) e o pé em anteroposterior.
râmico).
edesse tipo de iluminação e prover uma luz de de- O processo de formação da imagem latente no filme radiogra-
E. intensidade e comprimento de onda fora da faixa de fico consiste na interação dos fótons de luz da tela intensificadora
vade do filme radiografico, para que não cause velamen- (écran) e também de alguns fótons de raios X, com os microcris-
t z A iluminação de segurança para filmes radiograficos tais de haleto de prata da emulsão fotográfica. Essa interação pro-
obtida mediante uma lâmpada incandescente vermelha duz a liberação de elétrons de alguns dos íons brometo (Br'), que
.é ou uma lâmpada incandescente comum de mesma inten- irão se combinar com alguns íons de prata (Ag+).
`nserida em um iluminador com um filtro de segurança do Como consequência, teremos a formação do gás bromo (Brg),
-2. Convém lembrar que o filme utilizado na câmara laser que é liberado, e de alguns átomos neutros de prata (Ag2 = prata
`.el ao vermelho e, nesse caso, a iluminação de segurança metálica), os quais são sensíveis ao processo de revelação. Os
e ser vermelha. filmes radiograficos expostos são mais sensíveis que os não ex-
aredes da câmara escura devem ser revestidas com tinta postos (virgens) e, portanto, devem ser processados (revelados)
de tom claro e sem brilho, para evitar o reflexo da ilumina- imediatamente. O processamento do filme radiografico consiste
'-gurança.A umidade relativa do ar no seu interior deve ser na redução química (ganho de elétrons) dos íons de prata (Ag+) na
. a 50%, e a temperatura na faixa de 15° a 25°C. Deve ter revelação e na remoção total dos cristais de haleto de prata não
Ysistema de ventilação e exaustão eficientes. revelados na fixação (Figura 6.14).
"
as de filmes radiograficos, quando abertas (em uso), de-
colocadas sem a respectiva tampa dentro de um móvel Tipos de processamento
1 ¡ía-completamente vedado a entrada de luz, conhecido como
- filmes radiograficos (Figura 6.13A). Para facilitar a identi- O processamento do filme radiografico pode ser realizado por dois
sistemas: manual e automatico.
do tamanho do filme radiografico dentro da uburra”, as cai-
em ser colocadas em determinada ordem (Figura 6.138). PROCESSAMENTO MAN UAL
de manuseio do filme radiografico na câmara escura
'- É realizado manualmente pelo operador dentro da câmara escura,
ar limpo, livre de sujeira, pÓ ou líquido. Para evitar perda
sendo os tempos do processo dependentes do operador. Ocorre
idade da imagem radiografica, o manuseio do filme deve
em cinco etapas, na seguinte ordem: revelação; interrupção; fixa-
com cuidado, sempre pelas bordas, com o menor contato
' ção; lavagem; e secagem.
*dos dedos com o filme.
No processamento manual, o filme radiografico e colocado em
uma colgadura proporcional ao seu tamanho. A colgadura e' um su-
porte metâlico que mantém o filme radiografico preso pelos cantos I, o.
24x30cm por presilhas (Figura 6.15). No processamento manual do filme in- Q)
Q.
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ag 1
Õfiãó fig“
3-
3‘5 4"
Figura 6.14 Fotomicrografia e esquema do processamento de um filme radiográfico
O
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E Imagem
3
U
da Radiografica
O processamento automático e conhecido como seco e inicia-
O
O do com a colocação do filme radiográfico na bandeja da processa-
dora, terminando com a saída desse filme processado e seco. O
filme radiográfico e transportado mecanicamente por um sistema
de rolos por meio dos tanques do revelador, do fixador e da água
(lavagem) e do compartimento de secagem.
Direção
do filme I
Bandeja lili.)
de entrada
wg; 5:21:22
\
Secador
(resistência)
Fixador
Revelador
„H Ventilador
-‚|l
, .Racks de
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. . f’passagem
F”flndeja de
Bandeja ’
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def, entrada '
entrada
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Secador
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essa função. É realizada com uma solução química denominada interruptor, que
Ente revelador ou redutor: é responsável pela redução tem a função de interromper o processo de revelação. Tal etapa
AII>I`mica(fornece elétrons) dos microcristais de haleto de prata. não existe no processamento automático.
*compostos químicos, tais como metol, hidroquinona e feni- O agente que compõe o interruptor detém rapidamente e de
am. podem ser usados com essa função. maneira uniforme o processo da revelação. Serve também para
'
Mute retardador ou antivéu: é responsável pela regulação aumentar a vida útil do fixador. O ácido acetico glacial diluído em
.uração da revelação, evitando velamentos. Os compostos água pode ser usado com essa função.
.imicos, tais como brometo de potássio e iodeto de potássio, A água corrente também pode ser utilizada, porém com resulta-
a
_'ífíem= ser usados com essa função. dos menos satisfatórios.
il
l
Técnicas Radiográficas ' BIASOLI
............................................................................................................................................................................................................................................................
DOCUMENTAÇÃO DA IMAGEM
RADIOGRAFICA DIGITAL
Figura 6.23 Radiografia arranhada
A imagem radiografica digital é aquela gerada no formato digital
(dados), podendo ser enviada a um monitor, arquivada em mídia
ou impressa. A documentação radiografica em sistemas digitais
RADIOG RAFIA COM IMPU REZAS
pode ser feita por meio de impressão a laser (filme) (Figura 6.26).
Pode ocorrer devido à presença de impurezas (lodo, sujeira), no impressäo em papel (Figura 6.27) ou em midias digitais (CD ou
tanque de lavagem (Figura 6.24). DVD) (Figura 6.28).
DOCUMENTAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRAFICA DIGITAL 41
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