FATORES QUE ALTERAM A PRODUÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Para formação de uma radiografia é necessário: 2- FATORES LIGADOS AO OBJETO

Aparelho de raio-X + objeto (paciente) + fator
A absorção dos raios-X dependem fundamentalmente
geométrico + filme (até aqui imagem latente) +
do objeto. São 3 fatores:
processamento químico = radiografia.
1- Número atômico: Nossa boca é formada por tecidos
*Qualquer variação em um destes elementos terá
moles, tecidos duros e materiais restauradores. Os
repercussão na radiografia.
tecidos moles possuem baixo número atômico,
1- FATORES LIGADOS AO APARELHO DE RAIO-X enquanto os tecidos duros possuem médio e os
materiais restauradores alto número atômico. Quanto
Os aparelhos de raio-x possuem uma calibragem:
maior o número atômico, maior a capacidade de
 Miliamperagem: 7 a 10 mA. absorver energia da radiação (ele segura a radiação,
Ela aquece o filamento para geração de não deixa ela passar). Portanto, quanto mais mole=
elétrons  responsável pela quantidade de mais escuro.
raios-X e pela densidade radiográfica.
2- Densidade física: Quanto maior a densidade física,
Densidade radiográfica = Grau de
maior a capacidade do objeto de segurar a energia da
escurecimento de uma radiografia. Densidade
radiação. Exemplo: o dente é menos denso que uma
alta são radiografias escuras, expostas a
restauração metálica. Mais denso = mais clara a
grande quantidade de radiação. Densidade
imagem na radiografia.
baixa são radiografias claras.
 Quilovoltagem: 50 a 70kVp. Ordem de densidade  Ar, gordura, músculo, osso,
Ela acelera os elétrons através da ddp  dentina e cemento, esmalte.
responsável pela qualidade dos raios-X e pelo
3- Espessura: Quanto mais espesso = maior a
contraste radiográfico.
capacidade de absorver a energia da radiação =
Contraste radiográfico = É a diferença entre o
imagem mais clara.
branco e o preto, passando pelos tons de cinza.
Alto contraste: muito branco e muito preto, Para um paciente gordinho é necessário um maior
com pouco cinza. Médio contraste: Branco, tempo de exposição. Se ficar menos tempo a imagem
preto e tons de cinza equilibrados. Baixo ficará clara, pois haverá menos sensibilização da prata.
contraste: predomina o cinza. Portanto, o perfil do paciênte influencia no tempo de
exposição.
A miliamperagem e a quilovoltagem dos aparelhos
odontológicos não são controlados pelo operador. O 3- FATORES GEOMÉTRICOS
que pode ser controlado é o tempo de exposição,
Depende da posição da fonte emissora de raios-X, do
pontanto ele influencia a qualidade final da imagem.
objeto e do filme.
Para uma radiografia periapical, o tempo de exposição
1- O aparelho de raio-X deve ficar afastado do objeto
é de 0,5 a 0,7 segundos. Se deixarmos mais tempo que
e do filme: Quanto mais afastada estiver a fonte de
isso a imagem ficará preta, pois muita radiação chegará
raios-X do objeto e do filme, mais fiel será a imagem,
na película e interagirá com muitos cristais de prata. Se
aproximando-se do tamanho real do objeto. Se ficar
deixarmos pouco tempo, a imagem ficará muito clara.
muito perto= imagem ampliada.
Além disso, quanto mais perto o paciente e o filme
ficarem do aparelho, mais radiação com energia boa
vai passar pelo paciente e chegar no filme para formar
a imagem. Se aumenta a distância = aumenta o tempo
de exposição. Portanto, quanto mais afastada a fonte
de raio-X da área de incidência, menos intensa e
penetrante vai ser a radiação.
2- O objeto deve estar próximo do filme: Caso
contrário, poderá resultar em ampliação da imagem.
3- O objeto deve estar paralelo ao filme: Se não estiver
paralelo ao filme, a imagem ficará distorcida e
ampliada.
4- Os raios-X devem estar perpendiculares ao objeto
e ao filme: Fformação de ângulo de 90º. Se não estiver
perpendicular, poderá resultar em alongamento,
encurtamento ou sobreposição.
Na hora do exame não pode acontecer a
movimentação do paciente, do filme e do cabeçote. Se
não, haverá perda de nitidez e detalhe.
Uma radiografia tecnicamente boa possui:
1- Grau médio de densidade.
2- Grau médio de contraste.
3- Máxima nitidez.
4- Mínima distorção.
4- FATOR FILME
Suas características estão na dependência do
fabricante. Hoje ele influencia muito pouco na
qualidade final da imagem, pois quase todos possuem
características parecidos.
A sensibilidade é a quantidade de radiação requerida
para produzir densidade aceitável. Os filmes
disponíveis no mercado possuem sensibilidades
semelhantes.
O que pode influenciar na qualidade da imagem é o
armazenamento do filme. Deve ser condicionado em
temperaturas entre 10 e 21 ºC (alta temperatura pode
resultar em velamento). Deve ficar longe de umidade,
radiação e luminosidade.
5- FATOR PROCESSAMENTO
Para que a revelação do filme promova o aparecimento
da prata preta na proporção correta, a exposição aos
raios-X deverá ser proporcional à sensibilidade do
filme. Os erros de processamento ocorrem devido:
1- Revelação por tempo prolongado ou temperatura
elevada da solução = Imagens escuras.
Portanto, soluções aquecidas (revelador e fixador)
perdem qualidade e soluções reveladoras em contato
com o ar oxidam, causando imagens com mudança de
tonalidade.
2- Revelador em exaustão = Perda da capacidade de
reduzir os cristais de prata e formar a prata preta. A
troca não pode ultrapassar 15 dias. Quanto mais
utilizado, a troca deve ser mais rápida.
3- Fixador em exaustão = Perda da capacidade de
dissolver os cristais não reduzidos.
 Imagem transpare: 1- não foi emitido radiação;
2- mergulhou primeiro no fixador; 3- muito
tempo no fixador.
 Alongamento ou encurtamento= erro na
angulação vertical.
 Imagem manchada: erro na lavagem final.
6- VÉU/VELAMENTO OU “FOG”
Grau de escurecimento desnecessário na imagem,
fazendo que ela perca nitidez e diminua o contraste.
Causas comuns:

 A radiação secundária é a principal.

 Filtros de segurança inapropriados.
 Entrada de luz na câmara escura.
 Armazenamento do filme em altas
temperaturas.
 Revelação do filme em temperatura excessiva
ou período prolongado.