Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Radiologia Bucal
Aula 1 Raios-X
Introdução É uma forma de radiação proveniente de uma
ampola a vácuo quando atravessada por uma
A radiologia é o ramo da ciência que estuda as corrente elétrica de alto potencial.
radiações ionizantes e suas aplicações.
Em 1895 Wilhelm Conrad Roentgen, que era um
Radiação
professor de física alemão, no dia 08/11/1895 fazendo É a propagação de energia através do espaço da
suas pesquisas que eram feitas em um tubo, uma matéria ou do vácuo.
caixa onde dentro dela não havia ar, ou seja, era
vácuo e ele conectava essa mesma caixa a rede Natureza dos Raios-X
elétrica, assim fazendo passar dentro desse tubo,
dessa caixa uma corrente elétrica em alto potencial. • Corpusculares
Nesse dia fazendo suas pesquisas, ele tinha um
papelão (tipo uma cartolina) branco no canto da São as que se propagam em forma de partículas ou
parede, que era impregnada de alguns tipos de corpúsculos, e possuem massa.
cristais principalmente o platinocianeto de bário, Ex: radiações emitidas pelos elementos radioativos.
quando ele conecta a caixa a rede elétrica fazendo
passar dentro desse tubo, dessa caixa uma corrente • Eletromagnéticas
elétrica em alto potencial , assim atingindo aquela
cartolina e promovendo uma alta fluorescência. Ele São as radiações que não possuem massa, nada mais
percebeu que tinha acontecido algo diferente então, são do que a energia em movimento.
pegou uma cartolina preta e envolveu o tubo, e
Ex: rádio, televisão, radares, raios ultravioletas e os
testou novamente se surpreendendo com a
raios-x.
corrente elétrica que ultrapassou o a cartolina preta
e continuou provocando a fluorescência. Obs: essa categoria é a utilizada na odontologia.
A partir dessa descoberta, ele começou a testar com Propriedades dos Raios-X
filme fotográfico colocando certa distância do tubo e
colocava quaisquer objetos (tesoura, espingarda) Propaga-se a uma velocidade igual a da luz (300.00
entre os dois, assim vendo que apareceu a imagem km/s) em linha reta e movimento ondulatório.
dos objetos. Até que um dia ele pediu a sua esposa
Ana Bertha pra posicionar a mão entre o filme e o Possui a propriedade de tornar fluorescente
tubo, porém botou a mão com a aliança, assim determinadas substâncias químicas, como o
vendo que tinham aparecido os ossos da mulher dele. tungstano de cálcio e o platinocianeto de bário.
Dr. Otto Walkhoff foi quem realizou a primeira São invisíveis e possuem a capacidade de atravessa
radiografia dentária. Ele radiografou sua própria boca, corpos opacos, além de impressionar chapas
e esse episódio aconteceu 14 dias após a descoberta radiográficas e de estimular ou destruir tecidos vivos.
dos raios-x.
Aparelhos Radiográficos
- Industriais;
- Médicos;
1
Hurian Machado – Odontologia UNIG
Filmes Radiográficos
O filme dos raios-x é o meio usado para registrar a
imagem depois de ter sido exposto à radiação e
processado nas soluções adequadas. Figura 1 créditos à @dentistaconselheira
• Constituição
1. Base ou Suporte
- Vidro;
- Nitrato de Celulose;
Figura 2 créditos à @dentistaconselheira
- Acetato de Celulose;
- Poliéster.
2
Hurian Machado – Odontologia UNIG
• Detalhe
3
Hurian Machado – Odontologia UNIG
• Desvantagens
- Alto custo;
- Necessidade de conhecimento em informática;
• Imagem Radiopaca - Menor área abrangida pelo CCD.
4
Hurian Machado – Odontologia UNIG
• Radiações Eletromagnéticas
2. Grande quantidade de radiação em área limitada
São as radiações que não possuem massa. Ex: raios- do corpo. Ex: radioterapia para tratamento de
x que são produzidos através de um aparelho e os tumores.
raios gama que são emitidos por instabilidade nuclear.
Efeitos Somáticos
São os efeitos que podem ocorrer apenas nas
células constitutivas do corpo, promovendo
alterações ou destruindo essas células. 3. Pequena quantidade de radiação ao corpo todo.
Ex: fontes naturais de radiação (radiação cósmica,
Não se relaciona com a progênie (células minérios radioativos).
relacionadas com a reprodução e a hereditariedade).
• Radiosensibilidade
5
Hurian Machado – Odontologia UNIG
• Medidores de Radiação
- Dosímetro de bolso;
- Câmara de ionização;
5. Técnica radiográfica;
- Cristais termoluminescentes.
Ex: periapical, interproxmal (bite-wing), oclusal etc.
6. Mantenedores de filme
-Tem a função de estabilizar p filme na boca do
paciente e dispensam radiação desnecessária no
dedo no operador.
6
Hurian Machado – Odontologia UNIG
-Deve haver monitoração do profissional e pessoal Na câmara escura em forma de labirinto ou quarto
auxiliar quando necessário feito por firma escuro, devemos dividi-la em 2 partes:
especializada através de dosímetros.
1. Parte seca: onde são manipulados os filmes e para
guardarmos os acessórios como grampos,
colgaduras, termômetros, relógios etc.
2. Parte úmida: onde deverão ficar os recipientes do
processamento e água corrente.
- Posição das Soluções
1. Revelador → Àgua → Fixador
2. Fixador ← Àgua ← Revelador
Processamento Radiofráfico
Após a sensibilização dos halogenetos de prata pelos
raios-x, a imagem ainda não é visualizada. O filme
deverá passar por um tratamento químico
chamando “processamento”.
O processamento radiográfico deve ser realizado em
local apropriado, na câmara escura ou quarto escuro, Figura 5 Câmara escura.
onde as películas estejam protegidas da luz artificial
e natural. • Soluções Processadoras
- Existem 3 tipos principais de câmara escura: As soluções são encontradas em três situações
comercialmente:
1. Portátil;
1. Prontas pra uso;
2. Quarto escuro;
2. Soluções concentradas;
3. Labirinto (mais usado em clínicas).
3. Sais para serem misturados.
• Equipamentos da câmara escura
As soluções podem estar vencidas nos seguintes
- Mesa manipuladora; casos:
7
Hurian Machado – Odontologia UNIG
8
Hurian Machado – Odontologia UNIG
9
Hurian Machado – Odontologia UNIG
10
Hurian Machado – Odontologia UNIG
11
Hurian Machado – Odontologia UNIG
• Detalhes Técnicos
1. Posição da Cabeça
a) Maxila
Plano de Camper, linha que vai do trágus à asa do
nariz na horizontal e Plano Sagital Mediano na
perpendicular em relação ao solo.
b) Mandíbula
Trágus à comissura labial a 45° em relação ao solo.
2. Colocação do Filme
Colocamos uma das bordas do filme junto a
comissura labial, e com o dedo indicador da outra
mão, afastamo o outro lado da comissura, giramos o
filme e introduzimos até onde permita o bordo
anterior do ramo ascendente da mandíbula ou até
Figura 6 Técnica oclusal para tomadas da maxila.
ficar 2 a 2mm do filme para fora da boca.
a) Tomadas Totais: o longo eixo maior do filme deve
estar perndicular ao plano sagital mediano.
b) Tomadas Parciais: o longo eixo maior deve estar
paralelo ao Plano Sagital Mediano.
3. Fixação do Filme
a) Pacinentes dentados: simples oclusão.
Figura 7 Técnica oclusal para tomadas da mandíbula.
b) Pacientes edêntulos:
Obs: na prática: para tomadas da maxila, os feixes
1. Maxila: polegar de ambas as mãos.
devem estar direcionados para o meio do nariz; para
2. Mandíbula: dedos indicadores e médios de ambas tomadas da mandíbula, os feixes de raios-x devem
as mãos. estar perpendicular ao centro do assoalho de boca.
Obs: nas tomadas oclusais totais para tuber: mesmo 5. Tempo de Exposição
com os dentes, a boca deverá estar aberta e a
O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante
fixação feita com os polegares para que o processo
do filme.
coronóide não se interponha entre o feixe de raios-
x e o tuber.
12
Hurian Machado – Odontologia UNIG
13
Hurian Machado – Odontologia UNIG
14
Hurian Machado – Odontologia UNIG
Obs: o Y invertido de Ennis é formado pelo -O forame incisivo surge entre os incisivos centrais
cruzamentoda imagem do assoalho da fossa nasal como uma imagem radiolúcida de forma oval;
com a parede anterior do seio maxilar.
-Não é muito comum aparecer;
9. Fossas Nasais -Dependendo da angulagem que fora utilizada, o
- Localiza-se acima do ápice dos forame pode se apresentar no final da raiz do incisivo
incisivos; lateral podendo ser confundido com uma lesão
periapical (granuloma ou cisto radicular periapical).
- Duas imagens radiolúcidas,
simétricas e separadas entre si 14. Sutura Intermaxilar
por um traço radiopaco (septo
- Linha radiolúcida entre os incisivos
nasal);
centrais;
- Maior ângulo vertical empregado;
- Jamais deverá ser confundida com
- Maior imagem das fossas nasais. o traço de fratura;
15
Hurian Machado – Odontologia UNIG
6. Base da Mandíbula
- Linha radiopaca;
- Aparece em função da grande
reabsorção do rebordo alveolar
(pequeno) ou devido maior
aprofundamento do filme, ou até
mesmo excesso do ângulo vertical
empregado.
16
Hurian Machado – Odontologia UNIG
Aula 4 4. Fusão
Anomalias Dentárias e Maxilares Apresenta dois condutos radiculares e duas raízes
fundidas entre si, podendo atingir a dentição
Anomalias são distúrbios de crescimento ou permanente e decídua.
desenvolvimento nas estruturas anatômicas
causando desvio do normal.
Na cavidade oral, a maioria das anomalias são aquelas
que afetam os dentes.
As anomalias podem ter origem hereditária,
congênita ou adquirida. 5. Dens in Dente ou Dens Invaginatus
3. Geminação
Anomalia em que o dente apresente uma
coroa dupla e um só conduto radicular.
Comum aos elementos 11 e 21.
17
Hurian Machado – Odontologia UNIG
8. Dilaceração 3. Mesiodens
Caracteriza-se por um ângulo ou curvatura brusca São supranumerários localizados na região anterior
na coroa ou na raiz do dente. da maxila, entre os incisivos centrais, com
proporções reduzidas podendo estar retidos,
impedindo então a erupção dos dentes
permanentes. Comum aos elementos 11 e 21.
Anomalias de Número
1. Dentes Supranumerários e Acessórios 4. Raízes Suplementares
- É o excesso de número de dentes tanto na - Só podem ser dectadas através do
dentição decídua quanto permanente. exame radiográfico.
- Os dentes supranumerários possuem a forma - Sua detecção é importante nos
anatômica igual à dos permanentes/decíduos, já os tratamentos endodônticos e cirurgias.
acessórios, não.
- Maior incidência nos molares infeiores.
5. Displasia Ectodérmica
- É um distúrbio hereditário de origem ectodérmica.
- Caracteriza-se pela ausência total ou parcial de
2. Anodontia glândulas sudoríparas, pêlos bastante reduzidos e
pele seca, lisa e fina, além de anotdontia parcial ou
- Ausência de um ou mais elementos dentários total e más oclusões frequentes.
radiograficamente comprovada.
- Pode ser total ou parcial, falsa ou verdadeira.
18
Hurian Machado – Odontologia UNIG
Anomalias de Erupção
1. Dente retido X dente impactado
a) Dente retido: dente não erupacionado por falta de
força eruptiva. Rizogênese oncompleta.
b) Dente impactado: dente impossibilidado de
erupcionar devido à uma barreira física (outro dente,
por exemplo).
2. Concrescência
6. Dentição Pré-Decídua ou Permanente
Anomalia em que os dentes se unem pelo cemento.
- Finas camadas de esmalte e dentina presa ao
rebordo gengival com grande mobilidade.
- Apaecendo no nascimento são chamados de natais
e aparecendo no 1° mês, neo-natais.
7. Tranmigração Dentárias
3. Giroversão
Quando o dente erupciona fora do processo alveolar.
O dente sofre uma rotação em torno do seu longo
eixo com inversão das faces.
Anomalias da Maxilofaciais
Deslocamento do dente de sua posição normal para A fenda palatina é proveniente de um defeito na
a vestibular ou lingual/palatina ou da lingua/palatina fusão das lâminas palatinas do processo maxilar.
para vestibular.
5. Transposição Dentária
Quando o dente
erupciona fora de
seu local habitual,
mas dentro do arco
dentário.
19
Hurian Machado – Odontologia UNIG
♡FIM♡
Referências
- Material de apoio cedido pelo professor da disciplina.
20