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Elane Nery da Silva

Felipe Rafael Rios


Nathalee Barbosa Nunes
Sayonara Ribeiro dos Santos Aguiar Silva
ABSCESSO PERIAPICAL Discentes da UEFS

Luis Cardoso Rasquin


RELATO DE CASO CLÍNICO Docente da DSAU/UEFS

INTRODUÇÃO
O abcesso periapical é um dos processos infecciosos mais frequentes na clínica odontológica de urgencia e apresentam como etiologia primária uma infecção dento-alveolar
associada a necrose pulpar, sendo a cárie a principal responsável (CARVALHO et al., 2004; ESTRELA, 2004; LOPES e SIQUEIRA JÚNIOR 2004).
Os fatores locais determinam a evolução das inflamações periapicais e uma vez removida a causa através da obturação do canal radicular, a normalidade do periápice é
restabelecida (DDO/UNICAMP, 2011) .
O diagnóstico é clínico, apresentando-se, em geral, com aumento de volume da face e intensa dor. A drenagem do material purulento, antibioticoterapia e tratamento de canal
(com curativo de demora com medicação) compõem o traatamento (ESTRELA, 2004; LOPES e SIQUEIRA JÚNIOR 2004).
O atual desenvolvimento científico da endodontia tem propiciado a resolução de casos clínicos, que no passado, a única solução terapêutica possível era cirúrgica (RIBEIRO e
VALDRIGHI, 1996).

OBJETIVO
Neste trabalho objetiva-se descrever o tratamento endodôntico realizado em um dente permanente, portador de necrose pulpar, com reação periapical visível
radiograficamente, diagnosticado com abscesso periapical.

RELATO DE CASO
• Paciente D.D.S. do gênero feminino, 29 anos, foi encaminhada a Clínica Odontológica II da Universidade Estadual de Feira de Santana para tratamento endodôntico na
unidade 1.2.

• Foram feitos os exames clínicos e complementares, que levaram ao diagnóstico de necrose pulpar com lesão periapical (Abscesso fénix). O exame radiográfico foi
importante no processo de diagnóstico, a paciente apresentava na região da unidade 1.2 uma área de rarefação óssea próxima ao ápice.

• Foi realizada a necropulpectomia com curativo de demora com hidróxido de cálcio – Pasta Calen PMCC (Medicação Intracanal). A medicação intracanal era trocada a cada
15 dias, sendo realizadas as trocas contínuas num período de 06 meses, após observou-se o reparo tecidual e tomou-se a decisão de obturar o canal radicular.

• O preparo biomecânico foi feito pela técnica de instrumentação com escalonamento com recuo anatômico e as substâncias auxiliares foram soda clorada 2,5% e EDT-A.
Preconizou-se também a limpeza do forame.

• A obturação foi com cone de guta-percha e pasta de óxido de zinco eogenol pela técnica de da condensação lateral.

• Após 1 ano o controle radiográfico revela o sucesso do tratamento.

Imagens do caso realizado na Clínica Odontológica II da UEFS, 2010.

Radiografia com modificação na Preparo Biomecânico Medicação Intracanal Dente Obturado Controle Radiográfico
Radiografia de Diagnóstico angulação para confirmar qual dente Odontometria Condensação Lateral
e limpeza do forame (a cada 15 dias por 6 meses) após 6 meses de trocas de medicação após 1 ano
envolvido

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando o tratamento endodôntico é bem orientado e executado dentro de uma técnica correta, a porcentagem de sucesso obtido é bem elevada. Portanto, para obter-se
sucesso no tratamento endodôntico, é necessário o conhecimento e execução correta das técnicas, além do conhecimento dos materiais e seu modo de ação.

REFERÊNCIAS

1. CARVALHO, M. D. et al. Modalidades de tratamento do abscesso periodontal. Arquivos em Odontologia, Belo Horizonte, v.40, n.2, p. 111-206, abr./jun. 2004.
2. DDO/UNICAMP. Patologia Periapical. Áreas de semiologia e patologia. Patologia geral - DB-301, unidade III, FOP/UNICAMP, 2011. Disponivel em: < http://www.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un3_Aula28Pat-Periap.pdf> Acessado em 10 de maio de 2011.
3. ESTRELA, C. Clínica Endodôntica. São Paulo: Artes Médicas, 2004.
4. LOPES, H. P.; SIQUEIRA, JUNIOR. J. F. Endodontia: Biologia e Técnica. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
5. RIBEIRO, M. H., VALDRIGHI, L. Cura não cirúrgica de um grande cisto radicular. RGO, v.44, n.1, p.27-34, jan/fev. l996.

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