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Clínica Integrada 1 (PERIODONTIA) – 5º Semestre - 2ª Unidade – Aula 1 - Etiologia e patologia das doenças
periodontais – PARTE I - Doenças Gengivais (Classificação das Doenças Periodontais)

 Biofilme Dental:
 No início é apenas uma deposição seletiva de glicoproteínas salivares (película
adquirida – nesse momento ainda não se tem colonização bacteriana), que após
um período de 10 a 20 horas, dá-se o início da colonização de bactérias,
passando assim a se chamar biofilme dental;
 A placa bacteriana atualmente vendo sendo chamada de biofilme dental
 Instala-se sobre qualquer superfície sólida presente na cavidade oral  até mesmo um paciente que utiliza
prótese, pode-se haver o acúmulo desse biofilme, então mesmo para pacientes edêntulos tem-se que fazer
instrução de higiene oral;
 Existem duas hipóteses para a placa bacteriana:
 Placa não-específica;
 Placa específica:
1. Teoria da Placa Inespecífica:
o Teoria que relacionava qualquer acúmulo de MO na margem gengival à
produção de fatores irritante e, consequentemente, a inflamação gengival e destruição do
periodonto;
o Logo, qualquer tipo de bactéria que fique acumulada na região cervical do dente, pode vir a causar
doença periodontal, então não especifica o tipo de bactéria, por isso é chamado de teoria
inespecífica. Entretanto, outros estudos foram feitos e verificou-se que não é qualquer tipo de
bactéria que causa doença periodontal, até porque se tem várias bactéria na boca, e muitas bactérias
são aquelas que não causam problemas patológicos, então não podia ser qualquer tipo de bactéria;
o Então foram feitos outros estudos, chegando à teoria que se aceita e utiliza até hoje (abaixo)
2. Teoria da Placa Específica:
o A composição microbiana do biofilme dental dos pacientes difere, dentre as diversas entidades
clínicas periodontais, tais como periodonto saudável, gengivites e periodontites;
o Logo, dependendo do tipo de bactéria que se esteja acumulada na região cervical, vai-se desenvolver
um tipo específico de doença. Logo, existem bactérias que desenvolvem gengivite, existem bactérias
que desenvolvem periodontite, então elas são diferentes, e não é qualquer tipo de bactéria que vai
causar qualquer patologia, tem-se uma especificidade, é essa teoria que é utilizada até hoje.
o A composição do Biofilme Dental apresenta microbiota distinta de acordo com a doença que irá
causar.
 Biofilme Dental
 Biofilme Supragengival  Encontra-se bactérias GRAM +
o No biofilme SUPRAGENGIVAL, vai-se encontrar bactérias GRAM (+).Não vai-se encontrar GRAM (-), só
vai ser encontrada GRAM (+);
o Actinomyces viscosus;
o Streptococcus sanguis
 Biofilme Subgengival  Econtra-se bactérias GRAM –
o No biofilme SUBGENGIVAL vai-se encontrar bactérias GRAM (-). Pode-se encontrar bactérias GRAM
(+) também, porém a grande maioria é GRAM (-)
o Agregatybacter actinomycetemcomitans;
o Porphyromonas Gengivalis;
o Prevotella Intermedia

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Nova Classificação das doenças Periodontais AAP, EFP 2017

Artigo  Classification of periodontal and peri-implant diseases and conditions 2017 (FAZER LEITURA)

 Doenças e Condições Periodontais:


 Saúde Periodontal, Doença Gengivais:
 Saúde Periodontal e Saúde Gengival;
 Gengivite Induzida por biofilme dental;
 Gengivite não induzida por biofilme dental.
 Periodontite:
 Periodontite propriamente dita  “Periodontite crônica/agressiva” (não existe mais essa terminologia:
crônica e o agressiva;
 Periodontite como manifestação de doença sistêmica;
 Periodontites Necrosantes  “ PUN” (PUN não é mais utilizado)
 Outras condições que afetam o periodonto:
 Doenças e condições sistêmicas que afetam os tecidos de suporte;
 Abcessos periodontais e lesões endo-perio;
 Deformidades e condições mucogengivais;
 Forças traumáticas oclusais;
 Fatores relacionados a dentes e próteses.
 Saúde Gengival:
 Saúde gengival em um periodonto intacto;
 Saúde gengival em um periodonto reduzido:
 Paciente com periodontite estabilizada;
 Paciente sem periodontite, mas com recessão e alongamento de coroa.

 Saúde Gengival Clínica:


 Periodonto Intacto  Paciente nunca teve perda de tecido de suporte, está intacto;
 Ausência de sangramento à sondagem;
 Ausência de eritema, edema, de hiperplasia;
 Ausência de perda óssea (níveis ósseos fisiológicos entre 1,0 e 3,0 mm);
 Periodonto Reduzido  Paciente já teve algum tipo de perda de inserção, logo já teve uma perda periodontal
anterior;
 Ausência de sangramento à sondagem;
 Ausência de eritema e edema;
 Presença de inserção clínica reduzida e perda óssea;
 Não significa dizer que o paciente que tem periodonto reduzido esteja com a
doença, ele pode ter tido, e naquele momento não tem mais.
 Doenças Gengivais
Patógenos envolvidos com a Gengivite:
Microorganismos anaeróbicos gram-positivos

Actinomyces viscosus
Streptoccous sanguis

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 Doença Gengival – Gengivite :
 Doença Inflamatória e imunológica:
o Sinais e Sintomas da gengivite:
 Presença de biofilme dental para iniciar ou exacerbar a
lesão (inflamação);
 Edema gengival;
 Cor vermelho-cinza;
 Temperatura do sulco elevada (rubor);
 Sangramento ao toque;
 Aumento do exsudato gengival;
 Ausência de perda de inserção;
 Reversibilidade.
 Classificação das Doenças Periodontais:
 Doenças Gengivais:
1. Doenças gengivais induzidas pelo biofilme dental:
A. Associada apenas ao biofilme dental:

B. Mediada por fatores de risco locais ou sistêmicos:


Fatores de risco sistêmico:
 Fumo  é o segundo maior causador de doença periodontal;
 Hiperglicemia;
 Fatores nutricionais  algumas faltas de vitaminas causam problemas nos tecidos
gengivais;
 Agentes farmacológicos  existem drogas que levam a uma hiperplasia gengival, e a um
sangramento mais acelerado;
 Hormônios sexuais  principalmente na adolescência, que os hormônios sexuais são
todos jogados na corrente sanguínea;
 (Puberdade, ciclo menstrual, gravidez, contraceptivos)  predispõe o aparecimento da
gengivite;
 Discrasias sanguíneas  É um defeito hematológico, que o paciente venha a ter como a
leucemia, agranulocitose.
Fatores de risco locais:
 Fatores retentivos de biofilme  restauração, prótese  mal adaptadas, onde vão
servir para o acúmulo de biofilme dental;
 Xerostomia  Pacientes com pouca salivação.

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C. Droga-induzida (induzida por medicação)
Aumentos gengivais induzidos por drogas;
Aumento combinado (droga + inflamação)
Nifedipina  Medicação para quem tem hipertensão arterial|
Hidantoina  Medicação para quem tem epilepsia;
Hiperplasias influenciadas por drogas: crescimento excessivo da
gengiva;
 Anticonvulsionantes  fenitoína, valproato de sódio;
 Imunosupressor  ciclosporina;
 Bloqueadores dos canais de cálcio  nifedipina, verapamil;

2. Doenças Gengivais não induzidas pelo biofilme dental:


 Desordens de desenvolvimento genético:
Fibromatose gengival hereditária:
 Aumento difuso da gengiva;
 Desenvolve-se sem considerar a remoção eficaz da placa, logo remove todo o biofilme e
mesmo assim a gengiva não regride à hiperplasia, não considerando que removeu o biofilme;
 Infecções Específicas:
Origem bacteriana:
 Ocorrem quando patógenos não relacionados à placa
dominam a resistência do hospedeiro.
 A) Associadas à Neisseria Gonorrhea;
- Faringite Gonocócica
 B) Associadas ao Treponema Pallidum (causa a sífilis)
- Sífilis Primária: lesões primárias são encontradas,
ocasionalmente, nas amígdalas, na mucosa bucal, língua, gengiva;

- Sífilis Secundária: na mucosa oral ocorre o


aparecimento de placas vermelhas, facilitando o
diagnóstico diferencial;

- Sífilis Terciária: evolução da secundária, 3-10


anos após infecção inicial podendo causar
problemas no coração, olhos, sistema nervoso
e osso.

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 C) Associadas ao Mycobacterium Tuberculosis:
- Bactéria causadora da tuberculose. Essa bactéria causam lesões orais também;

 D) Associadas à Streptococcus Sp

 E) Faringite Streptococia

B. Infecções específicas:

Origem Viral
 A) Coxsackie Vírus (febre aftosa);
 B) Herpes:
 O HSV (Herps simples) é um DNA-vírus, causa comum de doença tanto oral quanto
gengival;
 Tipos: HSV-1 e HSV-2;
 As principais manifestações clínicas são:
 Gengivoestomatite Herpética Primária;
 Infecções recorrentes

1. Gengivoestomatite Herpética Primária:


 Atinge Crianças entre 2 e 5 anos ou adultos sem exposição prévia. O início da infecção é abrupto e
acompanhado por linfadenopatia cervical anterior, calafrios, febre, náusea, irritabilidade e lesões orais
dolorosas.
2. Gengivoestomatite herpética secundária (ou Recorrente):
 Quando já se sabe que a pessoa tem o primeiro contato, depois fica latente no organismo do paciente. Por
algum motivo depois na vida da pessoa, seja por imunidade baixa, seja por estresse, ela pode voltar,
aparecendo novamente;
 Reativação local do vírus que produz, mais comumente, lesões labiais peribucais;
 A reativação pode ocorrer em resposta a uma variedade de estímulos: exposição solar, estresse emocional e
resposta ao trauma.

(Lesões de Herpes Labial Recorrentes Bilaterais) (Lesões de herpes intra-orais recorrentes que afetam o palato)

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 C) Varicela Zoster:
 Causada devido à reativação do vírus da varicela (catapora);
 Ocorre primariamente em adultos, caracterizada por erupção vesicular, pústula e ulceração
com formação de crostas;
 Tem duração de 7 a 10 dias;

 D) Molusco Contagioso:
 Pode aparecer em qualquer região do
corpo, inclusive em região de cavidade
oral;
 É contagisoso.

 E) Papiloma Vírus Humano:


 Papiloma de células escamosas;
 Condiloma Acumilnante;
 Verrugas Vulgares;
 Hiperplasia focal epitelial.

B. Infecções Específicas:

Origem fúngicas:
 A) Infecções por Candida sp:
 Principalmente cândida albicans;
 Infecções oportunísticas, causadas pela levedura do gênero Candida;
 Espera a pessoa ficar com a imunidade baixa para assim aparecer;
 Comum em:
 Lactantes (sapinho) até o segundo mês de vida;
 Idosos e usuários de próteses dentárias;
 Fumantes;
 Pacientes infectados por HIV;
 Imunodeprimidos de forma geral, já que é oportunísticas;

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 Fatores predisponentes para a Candidíase Oral:
 Terapia com antibióticos de largo espectro;
 Terapia com esteroides;
 Neutropenia (quando o paciente produz uma quantidade pequenas de neutrófilos) ou
infecção por HIV;
 Deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico;
 Discrasia sanguínea (Agranulocitose);
 Diabetes Mellitus (descompensado).

 Candidíase Oral:
 Pseudomembranosa;
 Eritematosa;
 Hiperplásica.

1. Candidíase Oral Pseudomembranosa:


 Conhecida como “sapinho” nos recém-nascidos;
 Lesões brancas de aspecto cremoso, na língua, parede interna das bochechas e no palato, qualquer
região da cavidade oral:

 Facilmente removida com raspagem, deixando um leito eritematoso.

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2. Candidíase Oral Eritematosa:
 Mucosa atrófica, lisa e avermelhada, acompanhada de sensação de
ardência:

3. Candidíase Oral Hiperplásica:


 Ocorre quando o fungo invade as camadas mais profundas
da mucosa. As placas resistem à remoção.

2) Doenças Gengivais não induzidas pelo biofilme dental (continuação...)


Origem fúngicas:
 Outras micoses:
A) Histoplasmose: (Histoplasma capsulatum):
 As lesões bucais podem afetar qualquer área da mucosa oral, sendo a gengiva o sítio mais
frequente;
 Iniciam-se com nódulos, tornando-se ulceras, depois se tornando uma crosta;
 Paciente apresenta muita dor e perda de tecido gengival;

B) Aspergilóise (Aspergilus):
 Afecção micótica que atinge o trato respiratório.

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2) Doenças Gengivais não induzidas pelo biofilme dental (continuação...)

 Condições Inflamatórias e Imunes:

A) Hipersensibilidade reacional:
 Contato alérgico: mediadas por células T;
 Materiais restauradores locais;
 Dentifrícios, colutórios e chicletes;
 Alimentos  é um caso de hipersensibilidade reacional
 Gengivite de células plasmáticas;
 Eritema multiforme.

B) Doenças autoimunes em monocutâneas:


 Pênfigo vulgar;
 Penfigóide bolhoso;
 Líquen Plano;
 Lúpus eritematoso.
 Pênfigo Vulgar:
 Doença auto-imune caracterizada pela formação de bolhas intra-epiteliais na pele ou na mucosa;

 Penfigóide Bolhoso:
 A cavidade bucal costuma ser o primeiro local afetado;
 Pode haver formação de bolhas que rompem-se, formando ulcerações recobertas por fibrina.

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 Líquen Plano:
 Mais comum das doenças monocutâneas;
 Raramente observada na infância;
 Possuem aspectos papular, reticular, em forma de placa, atrófico, ulcerativo e bolhoso;
 Manifestações mais comuns são as pápulas e estrias brancas;
 Afeta qualquer área da mucosa oral;

 Lúpus Eritematoso:
 Desordem auto-imune, doença auto-imune;
 Mais prevalente em mulheres;
 Pode envolver gengiva ou outras partes da mucosa oral.
 OBS.: Se o paciente tiver lúpus, para atender o paciente, precisa-se
necessariamente fazer uma profilaxia antibiótica, para qualquer
procedimento mais invasivo.

C) Granulomatose orofacial:
 Doença de Crohn;
 Sarcodoise.
 Essas patologias dão lesões na cavidade oral;

2) Doenças Gengivais não induzidas pelo biofilme dental (continuação...):


A) Processos Reativos:
 Granulomas:
 Granuloma fibroso;
 Granuloma fibroblástico calcificante;
 Granuloma piogênico  é muito comum em mulheres grávidas (gestantes);
 Granuloma de células gigantes  sangra muito ao retirar;
 O tratamento para os granulomas é a remoção do grânulo.

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B) Neoplasia:

 Pré-Malignas:
 Leucoplasia  aspecto mais esbranquiçados;
 Eritroplasia  aspecto mais avermelhado.
 Malignas:
 Carcinoma de células escamosas;
 Leucemia;
 Linfoma (de Hodkin e Não-Hodkin)

 Carcinoma Espinocelular
 Leucemia:
 Desenvolvimento anormal dos leucócitos;
 Edema e hemorragia gengivais  tem muito sangramento gengival;
 Ulcerações;
 Presença de complicações orais secundárias como candidíase, herpes simples e periodontite;
 O tratamento mais feito para pacientes com leucemia é: uso de laser de baixa potência, assim
diminuindo o sangramento.
 Linfoma (de Hodgkin e Não-hodgkin)

3) Doenças Gengivais não induzidas pelo biofilme dental (continuação...):

A) Doenças Metabólicas, endócrinas e nutricionais:


 Deficiência de vitamina C ou escorbuto degeneração do tecido conjuntivo  causa problema
gengival, pois com sua presença vai:
 Auxilia no sistema imunológico;
 Mantém a integridade dos vasos sanguíneos;
 Auxilia na formação do colágeno;
 Previne Infecções.

B) Lesões traumáticas:
 Lesão mecânica:
 Queratose Friccional;
 Ulceração gengival induzida mecanicamente;
 Auto-Mutilação.

 Lesão Química: reversível


 Descamação da mucosa induzida por clorexidina;
 Queimaduras por ácidos acetilsalicílico e soda caústica;
 Queimadura por cocaína;
 Descamação devida ao dentifrício.

 Lesão térmica:
 Causada por queimaduras com líquidos quentes.

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C) Pigmentação gengival:
 Melanoplasia;
 Melanose por tabaco;
 Pigmentação droga-induzida;
 Tatuagem por amálgama.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LINDHE, J. Periodontia Clínica, 3ª ed., Guanabara Koogan. 1999.

CARRANZA, F. A.; NEWMAN, M. G.; TAKEI, H. H. Periodontia clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

NEWMAN, M.G.; TAKEI, H.H.; KLOKKEVOLD, P.R.; CARRANZA, J. F.A. Periodontia clínica. 11ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012.

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Clínica Integrada 2 (Periodontia) – 6º  Gerenciamento (avaliação) de
Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 - problemas mucogengivais;
Interrelação Periodontia/Dentística –  Preservação da morfologia do
Parte 1 processo alveolar após exodontia;
 Reconstrução do processo
 A periodontia não pode ser dissociada alveolar;
de uma boa dentística, pois tem toda  Avaliar se o paciente precisa de
uma interrelação. Não pode-se querer ter cirurgias de aumento de coroa.
um periodonto saudável, se tiver a parte
restauradora ruim, ou vice-versa; *OBS.: Ao se referir às cirurgias pré-protéticas,
não quer dizer que é uma cirurgia antes de
 Saúde Periodontal:
 Pré-Requisito para uma odontologia colocar uma prótese, esse protética se refere
de sucesso: à reabilitação, que pode ser tanto através
 É justamente o bom entendimento de prótese como através de restaurações
dessas duas disciplinas – periodontia e diretas de resina, logo a cirurgia pré-
protética é preparar o local para receber
dentística;
 Infecção Periodontal – deve ser um tratamento restaurador, não quer dizer
tratada e controlada antes da que seja somente prótese indireta.
odontologia restauradora, logo a
parte periodontal sempre deve estar
tratada para depois conseguir fazer a - Controle da doença ativa –
parte restauradora.
1. Tratamentos de emergência:
 Aliviar sintomas do paciente;
 Estabilizar a infecção aguda que o
paciente possa ter;
 Avaliar as condições endodônticas e
periodontais:
 Está com algum tipo de pulpite? Vai
precisar fazer o tratamento
endodôntico em alguma unidade, ou
- SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO - algumas unidades? Vai avaliar se o
paciente está com perda inserção,
 Preparação do periodonto para a está com mobilidade, com
odontologia restauradora – Sequência do sangramento? Deve-se fazer toda
tratamento: essa avaliação.
 Controle da doença ativa:
 Tratamento de emergência;
 Exodontia de dentes
irrecuperáveis;
 Instrução de higiene oral;
 RAR (Raspagem e alisamento
radicular);
 Reavaliação do tratamento;
 Cirurgia periodontal;
 Terapia ortodôntica auxiliar.
 Cirurgia pré-protética*:
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2. Extração de dentes irrecuperáveis:
 A retenção desses dentes
(irrecuperáveis – dente
que não tem jeito com
endodontia, não tem jeito
com cirurgias
regenerativas) sem o 4. Raspagem e Alisamento Radicular:
tratamento periodontal  RAR + Medidas de higiene oral =
pode resultar em perda óssea; redução da inflamação gengival e
 Logo, esses dentes não podem ser taxa de progressão da periodontite;
deixados na cavidade oral, pois corre o  Não basta apenas orientar, o paciente
risco de haver outros tipos de infecções precisa fazer, e essa é a parte mais
mais graves, e o paciente ter mais difícil do trabalho do cirurgião-dentista;
perda de tecido ósseo, e não se quer
isso, deve-se tentar manter as estruturas
de suporte dos dentes dos pacientes,
mesmo que ele venha a perder aquele
dente, aquela estrutura de suporte que
se tem ali, de osso deve-se tentar
5. Reavaliação:
manter, pois nos dias de hoje, quando
 Feita após 4 semanas do fim do
um paciente perde um dente, faz-se
tratamento (1 mês);
implante;
 Tempo suficiente para cicatrização,
 Se for observado que o paciente tem
redução da inflamação e das
algum dente que não tem mais
profundidades de bolsas;
condição de continuar na cavidade
 Havendo necessidade de cirurgia,
oral, e exodontia é indicada;
deve ser feita antes do tratamento
restaurador;
 Bolsa > 5 mm  Remoção incompleta
3. Medidas de Higiene Oral:
do cálculo (em campo fechado);
 Sempre prezar pelas informações e
cuidados que o paciente deve ter com
6. Cirurgia Periodontal:
a higiene oral;
 Necessária em algumas situações;
 Reduzem o índice de biofilme e
 Não se refere à cirurgia estética,
inflamação gengival;
refere-se à cirurgias periodontais;
 Em bolsas profundas (> 5 mm), as
 Utilizada para:
medidas de higiene isoladamente não
 Tratar doença ativa;
surtem efeito. Então nesses casos
 Preparar o meio para tratamento
sempre vai ter que intervir, além das
restaurador, como o aumento de
instruções de higiene oral, vai-se ter que
coroa clínica;
fazer procedimentos de raspagem e
alisamento radicular, pois é difícil para o
paciente manter aquela região
saudável por conta do tamanho da
perda de inserção que se tem.

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7. Terapia Ortodôntica Auxiliar: sessão, faz enxertia óssea com
 Só deve ser feita após controle da biomaterial;
doença periodontal ativa;
 O não controle do processo 3. Reconstrução de processo alveolar que
inflamatório durante o movimento são perdidos durante exodontia:
dental em um paciente  Acréscimo de tecido mole;
periodontalmente suscetível pode  Acréscimo de tecido duro.
resultar na perda irreversível da
crista óssea (tecido de suporte), 4. Procedimentos de aumento de coroa:
causando possivelmente mais  Indicados para permitir:
prejuízos que benefícios ao  Preparo dentário apropriado para
paciente. receber a restauração;
 Enxertos de tecido mole são, muitas  Moldagem dentária;
vezes, indicados antes do tratamento  Posicionamento das margens
ortodôntico para ganho de gengiva restauradoras;
inserida.  Ajuste dos níveis gengivais – parte
estética.
- CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA -

1. Procedimentos cirúrgicos realizados


antes de se instalar uma prótese para
reabilitação oral do paciente com o
objetivo de facilitar a adaptação,
retenção e manutenção dessa prótese
na arcada;
 Inter-Relação Perio-Dentística:
 Considerações Biológicas;
 Considerações Estéticas;
 Considerações Periodontais;

- CONSIDERAÇÕES BIOLÓGICAS -

1. Anatomia do Periodonto:
 Segunda imagem  Remoção do
 Posicionamento das margens das
tórus palatino;
restaurações:
 Supragengival;
2. Preservação do alvéolo dental após
 Gengival (ao nível gengival);
exodontia:
 Subgengival.
 Útil previamente à instalação de
implantes ou colocação de pônticos;
 Evitar problemas estéticos;

 Se fizer uma exodontia e o paciente


não vai instalar o implanta naquela

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complicado fazer uma
restauração com margem
subgengival, pois vai dar
problema naquela relação entre
a margem gengival e a
restauração, então paciente que
não tem a gengiva inserida deve-
se evitar fazer restauração
 Margem Supragengival: subgengival;
 É a margem que menos produz  A margem da restauração não
impacto sobre o periodonto; deve violar a distância biológica
 Vantagens: (epitélio juncional e inserção
 Maior facilidade no preparo, conjuntiva);
visualização da moldagem e  Logo se fizer uma restauração
adaptação das margens da com a margem gengival
restauração; subgengival, essa margem pode
 Melhor prevenção da ser subgengival, mas só poderá
reincidência de cáries penetrar o sulco gengival, pois
 Desvantagem: até nesse sulco não estará
 Estética, então deve-se fazer agredindo o espaço biológico
uma escolha de cor e que a principal linha de defesa
planejamento bem feito, para dos dentes naturais, logo não
não comprometer a estética; pode invadir o epitélio juncional;

 Margem Gengival:
 Bem tolerada periodontalmente   Pode contribuir para problemas
não traz prejuízo ao periodonto;
periodontais crônicos, por isso que
 A estética não fica comprometida ela deve sem muito bem elaborada,
devido à harmonização dos
planejada e feita;
materiais;
 Fácil de ser concluída.

 Margem Subgengival:  Pode servir como nicho de retenção


de biofilme, por isso que a margem
 Aspectos a serem observados:
 Perfil de emergência adequado subgengival deve ser muito lisa e
 contorno da coroa; polida;
 Selamento marginal com
excelente adaptação e
acabamento da restauração;  No preparo intra-sulcular, a
 Presença de uma faixa de inflamação gengival relaciona-se
gengiva inserida adequada  com:
Muitas vezes tem regiões na  Materiais restauradores;
cavidade oral que o paciente  Sobrecontorno das margens;
praticamente não tem gengiva  Asperezas da superfície;
inserida, perdeu com o passar do  Retenção de placa.
tempo, nesses casos é muito

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 Nas seguintes situações vai poder Referência Bibliográfica
indica-la:
 Cáries ou outros defeitos, CARRANZA Jr., F.A.; NEWMAN M.G.; TAKEI
como abrasão cervical; H.H. Periodontia clínica , 9 o ed., Ed.
 Restaurações pré-existente já Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,
com margens subgengivais;
2004.
 Para questões estética;
 Coroa clínica muito curta para
retenção mecânica da
restauração, às vezes a coroa
do paciente já é muito curta,
então não tem muita retenção
para fixar o material
restaurador tanto direto
quanto indireto, então vai
precisar fazer uma margem
subgengival;
 Fraturas subgengivais  Nesses
casos também a margem da
restauração vai ter que ser
subgengival;
 Logo, pode-se fazer margens
subgengivais, porém não
pode-se invadir a distância
biológica.

A colocação da margem gengival 0,5 mm


no interior do sulco permite a manutenção
do espaço biológico;

 IMPORTANTE:
 Se a margem for colocada muito
abaixo da crista tecidual gengival vai
violar o aparato de inserção gengival,
vai violar a distância biológica, então
NÃO PODE!

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