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> Desta maneira, aparecem grandezas muito > Sua unidade, o becquerel (Bq), corresponde a uma
específicas como: Equivalente de dose ambiente e transformação por segundo.
Equivalente de dose pessoal. > A unidade antiga, curie (Ci) corresponde ao número
de transformações nucleares por unidade de tempo
Fatores de conversão e condições de medição de 1 grama de 226Ra, sendo 1 Ci = 3,7 x 1010 Bq.
> Você tem que ter em mente que nem sempre o
modo de operação dos detectores, o material de que Fluxo, 𝑁̇
são constituídos e os parâmetros que medem > É o quociente de dN/dt, em que dN é o incremento
correspondem às grandezas radiológicas do número de partículas no intervalo de tempo dt.
anteriormente mencionadas.
> Os fatores de conversão levam em conta as dN ̇
diferenças de interação da radiação com um gás, o 𝑁= , [𝑁̇] = 𝑠 −1
dt
ar, um semicondutor, uma emulsão, o tecido humano
ou um órgão. Fluxo de energia, 𝑅̇
> Existem as condições de medição: se foram > É o quociente de dR/dt, em que dR é o incremento
realizadas no ar, num fantoma, em campos alinhados da energia radiante no intervalo de tempo dt.
ou expandidos, nas condições de temperatura e 𝑑𝑅
pressão padronizadas. 𝑅̇ = , [𝑅̇ ] = 𝑊
𝑑𝑡
Fluência, Φ
> É o quociente dN/da em que dN é o número de
partículas incidentes numa esfera de área de seção
reta da, medida em unidades de m-2 .
dN
E QUAIS AS GRANDEZAS RADIOLÓGICAS? Φ = , [Φ ] = 𝑚−2
da
O número de partículas N pode corresponder a
Número de partículas partículas emitidas, transferidas ou recebidas. Esta
> É o número de partículas (emitidas, transferidas ou grandeza é muito utilizada na medição de nêutrons. A
recebidas) na região de interesse. fluência, por exemplo, de uma fonte de nêutrons, é
> N será sempre muito grande e será tratada como medida de modo absoluto utilizando-se um sistema
variável contínua. conhecido como banho de sulfato de manganês.
Energia radiante, R Fluência de energia, Ψ
> É a energia (excluindo a energia de repouso) das > É o quociente dR/da, em que dR é o incremento da
partículas na região de interesse. energia radiante que incide numa esfera de área de
Assim, para N partículas com energia E (excluindo a seção reta da.
energia de repouso) dR
Ψ = , [Ψ ] = 𝐽 ∙ 𝑚−2
da
𝑅 = 𝑁. 𝐸
Atividade (Activity), A
> A atividade de um material radioativo é expressa Esfera com seção de choque da: É
pelo quociente entre o número médio de a forma mais simples de se
transformações nucleares espontâneas e o intervalo caracterizar um campo de radiação
• Considera-se o ponto P como o
de tempo decorrido. centro da esfera com secção da.
𝑑𝑁 • da é ⊥ à direção de cada partícula
𝐴= 𝐵𝑞 = 𝑠 −1 que atravessa a esfera
𝑑𝑡
𝑁
𝜎= ; [𝜎] = 𝑚2 Em que 𝑑𝑅𝑡𝑟 é a energia média transferida como
Φ
energia cinética das partículas carregadas pelas
Em que N é o número médio de interações por alvo, interações das partículas não-carregadas como
sob fluência de partículas Φ.
by: Giu
Z →número atômico do meio >> Como num material existem muitos elétrons,
A → número de massa atômica do meio quando um elétron nele incide, haverá uma série
(∆𝐸𝑚𝑖𝑛) → energia mínima perdida pela partícula de colisões sequenciais, com correspondentes
carregada transferências de energia e mudanças de direção.
Stopping power irrestrito >> A energia inicial do elétron incidente vai sendo
gradativamente transferida para o material, numa
∆𝐸𝑚á𝑥
𝑑𝜎 trajetória com a forma de linha quebrada.
𝑆𝑒𝑙 (𝐸, ∆) = 𝜌𝑁𝐴 ∫ ∆𝐸 𝑑(∆𝐸)
∆𝐸𝑚𝑖𝑛 𝑑(∆𝐸) >> Supondo, então, que uma certa quantidade
média de energia dE foi transferida entre um ponto
A de referência e um ponto B de avaliação final,
Transferência linear de energia – LET após várias colisões, a relação entre a energia dE,
média, e a distância dx entre os pontos A e B é
> O conceito de transferência linear de energia, denominada de LET.
Linear Energy Transfer (LET), provém da
simplificação do Poder de Freamento de Colisão
Linear (Linear Collision Stopping Power)
𝑑𝐸∆ 𝑑𝐸𝐾𝐸>∆
✓ O poder de freamento (stopping power) 𝐿∆ = = 𝑆𝑒𝑙 (𝐸) − ; [𝐿∆ ] = 𝐽. 𝑚−1
𝑑𝑙 𝑑𝑙
expressa o efeito do meio material na
partícula, enquanto que o LET expressa o Em que 𝑆𝑒𝑙 (𝐸) é o Stopping power eletrônico e 𝐸𝐾𝐸>∆
efeito da partícula no meio, normalmente o é a soma da energia cinética dos elétrons
tecido humano. secundários liberados pela partícula carregada
incidente. Essa soma deve ser maior que Δ.
> perda média de energia, por colisão, de uma
partícula carregada por unidade de comprimento. Rendimento de ionização num gás
Embora a grandeza se refere a pares de íons, • Aniquilação da matéria, por exemplo, a aniquilação
atualmente ela é considerada em termos da carga de um pósitron, que neste caso contribuirá
dividida por e. positivamente (+mec²)
>> Isto remove a ambiguidade relacionada à
produção de íons com muita carga. O termo (𝑅𝑜𝑢𝑡 )𝑛𝑜𝑛−𝑟
𝑢 pode ser considerado como a
diferença entre a energia radiante total das partículas
𝑊 𝐸 não carregadas (𝑅𝑜𝑢𝑡 )𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑢 e a energia cinéticas das
=
𝑒 𝑞 partículas carregadas que sofrem perdas radioativas
𝑊𝑎𝑟 = 33,97 𝑒𝑉 (𝑅𝑜𝑢𝑡 )𝐾𝐸
𝑢
𝑒𝑉
𝑊𝑎𝑟 33,97
= 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠 𝑥1,60𝑥10−19 𝐽/𝑒𝑉 = 33,97 𝐽/𝐶 (𝑅𝑜𝑢𝑡 )𝑛𝑜𝑛−𝑟 = (𝑅𝑜𝑢𝑡 )𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − (𝑅𝑜𝑢𝑡 )𝐾𝐸
𝑢 𝑢 𝑢
𝑒 1,60𝑥10−19 𝐶
𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
A perda radioativa é a conversão da energia cinética
da partícula carregada em fótons por bremsstrahlung,
Grandezas dosimétricas ou aniquilação de pósitrons. No caso da aniquilação,
apenas a energia cinética do pósitron no momento da
>> A interação de um campo de radiação com a aniquilação é classificada como perda radioativa.
matéria pode ser descrita em termos de grandezas
que são essencialmente produtos entre as grandezas # fótons de aniquilação carregam 2 mec
radiométricas e coeficientes de interação.
# qualquer energia cinética passada de uma partícula
>> Os processos pelos quais a energia é convertida carregada para outra em V não é considerada no
em energia dissipada na matéria pode ser cálculo de ∈𝑡𝑟
convenientemente dividida em dois estágios:
#A transferência de energia da partícula Energia transferida líquida
incidente à partícula secundária >> net energy transfered
#A deposição dessa energia na matéria >> ∈𝑛𝑡𝑟 =∈ 𝑡𝑟 − 𝑅𝑢𝑟
>> 𝑅𝑢𝑟 é a energia radiante emitida (como perdas
>> A quantificação deste depósito de energia da radioativas) por qualquer partícula carregada liberada
radiação ionizante na matéria é chamada Dosimetria em V, independentemente de onde os eventos ou
das radiações ionizantes. perdas radioativas ocorreram.
𝐾𝑟𝑎𝑑 = 𝐾 − 𝐾𝑒𝑙 𝑑𝜖 𝐽
𝐷= [ = 𝐺𝑦]
𝑑𝑚 𝑘𝑔
1 Gy = 1 J/kg = 100 rad = 104 erg/g A dimensão de D é a mesma para o kerma K.
# D representa a energia por unidade de massa que
permanece na matéria no ponto P para produzir
Taxa de kerma qualquer efeito que se possa atribuir à radiação.
Alguns efeitos são proporcionais à D e outros têm
𝑑𝐾 𝑑 𝑑 ∈𝑛𝑡𝑟 uma relação mais complexa.
𝐾̇ = = ( )
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑚
Taxa de Dose
𝐽 𝐺𝑦
[ ]=
𝑘𝑔. 𝑠 𝑠 𝑑𝐷 𝑑 𝑑∈
𝐷̇ = = ( )
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑚
𝑡1
𝐾(𝑡0, 𝑡1) = ∫ 𝐾̇ (𝑡)𝑑𝑡 𝐽 𝐺𝑦
𝑡0 [ ]=
𝑘𝑔. 𝑠 𝑠
𝑡1
𝐷(𝑡0, 𝑡1) = ∫ 𝐷̇ (𝑡)𝑑𝑡
𝑡0
by: Giu
Dose Equivalente, H
# Esta grandeza, definida no Brasil como Dose EXPOSIÇÃO, X
Equivalente (Dose Equivalent) - ICRP 26. >> Por convenção, a exposição é definida somente
# Esta grandeza, assim denominada, ficou para raios X e γ
estabelecida nas normas da CNEN-NE- 𝑑𝑄
𝑋=
3.01(1988) 𝑑𝑚
# A tradução correta: Equivalente de dose, pois o
conceito definido foi de equivalência entre doses >> dQ é o valor absoluto da carga total de íons de um
de diferentes radiações para produzir o mesmo dado sinal, produzidos no ar, quando todos os
elétrons (negativos e positivos) liberados pelos fótons
efeito biológico.
no ar, em uma massa dm, são completamente
# A Dose Equivalente, H, é obtida multiplicando- freados no ar
se a dose absorvida D pelo Fator de qualidade
(Quality factor), Q >> a medição da Exposição só é factível numa
câmara de ionização a ar, a câmara de ar livre
𝐽 (freeair).
𝐻 = 𝐷𝑄 [ = 𝑠𝑖𝑒𝑣𝑒𝑟𝑡 = 𝑆𝑣 = 100𝑟𝑒𝑚]
𝑘𝑔
>>Isto significa que esta grandeza só pode ser
definida para o ar e para fótons X ou gama.
# As radiações alfa não conseguem penetrar na
câmara para ionizar o ar, e as radiações beta não
permitem condições de homogeneidade ou equilíbrio
eletrônico na coleta dos elétrons
Para se estabelecer uma relação entre kerma e dose Equilíbrio de partículas carregadas
absorvida é preciso que haja equilíbrio de partículas
carregadas ou equilíbrio eletrônico que ocorre (EPC)
quando:
a. A composição atômica do meio é homogênea; A diferença entre kerma e dose absorvida:
b. A densidade do meio é homogênea; • Dose absorvida depende da energia média
c. Existe um campo uniforme de radiação absorvida na região de interação (local)
indiretamente ionizante; • Kerma depende da energia total transferida
d. Não existem campos elétricos ou magnéticos ao material.
não homogêneos.
>> Isto significa que, uma parte do valor
𝐷 = 𝐾𝑐 transferido durante a excitação e desexcitação dos
átomos que interagiram com os elétrons de
Relação entre Kerma de colisão (Kc) e a Fluência ionização é dissipada por radiação de freamento,
(Φ) outra sob forma de luz ou raios X característicos.
Quando um feixe monoenergético de fótons de Para se estabelecer uma relação entre kerma e
energia E interage com um material homogêneo, o dose absorvida é preciso que haja equilíbrio de
coeficiente de absorção de energia em massa (μen partículas carregadas ou equilíbrio eletrônico.
/ρ) apresenta um valor único. Como a fluência Φ é
a relação entre o número de partículas ou fótons Quando ocorre?
incidentes dN sobre uma esfera de secção de área • A composição atômica do meio é homogênea e a
da, o produto dN*E representa a energia total das densidade do meio é homogênea;
partículas incidentes. • Existe um campo uniforme de radiação
indiretamente ionizante;
Kc = E (μen/ ) = (μen/ ) • Não existem campos elétricos ou magné0cos
não-homogêneos.
Relação entre Exposição e Fluência de energia • Nestas condições, o kerma de colisão kc é igual
à dose absorvida D.
𝑑𝑄 𝑑𝐸𝑡𝑟 1
𝑋= = (1 − 𝑔̅ )
𝑑𝑚 𝑑𝑚 (𝑊/𝑒)
μtr 1
𝑋= Ψ (1 − 𝑔̅ )
ρ (𝑊/𝑒)
μtr 1 (𝑘𝑐)𝑎𝑟
𝑋 = Ψ( ) 𝐸, 𝑎𝑟 ( ) 𝑎𝑟 =
ρ 𝑊 33,97
(𝑒)
W = 33.97eV
(W/e)=33.97J.C-1
Equilíbrio de partículas carregadas para #Além disso, a atenuação dos fótons à distância
fontes externas igual ao alcance máximo dos e- (≈ 0,02 g/cm²) é
desprezível→ o feixe não é atenuado
>> existe EPC pois # Desta forma, para profundidades maiores que
0,02 g/cm², há EPC praticamente perfeito.
e2 entra em V com
energia cinética E = Com o aumento da energia das partículas não-
Ee1 carregadas, a habilidade de se gerar partículas
carregadas secundárias aumenta mais
Se e1 emite um fóton ℎ𝑣1, e2 também emitirá rapidamente do que o poder de penetração da
um fóton idêntico ℎ𝑣2 (em média). radiação primária.
Como resultado desse fenômeno, o EPC não é
Se ℎ𝑣2' escapa de V: aproximado corretamente para altas energias.
̅̅̅
(𝑅 𝑜𝑢𝑡)𝑢 = ℎ𝑣2 = ℎ𝑣1 = 𝑅̅𝑢𝑟 Esta falha no EPC é chamada Equilíbrio
Transiente de Partículas Carregadas
̅̅̅̅̅̅̅̅
(𝑅𝑜𝑢𝑡)𝑛𝑜𝑛−𝑟
𝑢 =0 𝑒 ̅ 𝑛𝑡𝑟
̅= ∈
∈
̅̅̅ 𝑜𝑢𝑡)𝑢 = 0
(𝑅
𝑅̅𝑢𝑟 = ℎ𝑣1
̅̅̅̅̅̅̅̅
(𝑅𝑜𝑢𝑡)𝑛𝑜𝑛−𝑟
𝑢 =0
̅≠ ∈
∈ ̅ 𝑛𝑡𝑟 Relação entre Taxa de Exposição ( ̇) e Atividade da
fonte (A)
𝐴
𝑋̇ = 2
𝑑
𝑋̇ = taxa de exposição (em R/h).
A = atividade da fonte (em curie).
d = distância entre fonte e ponto de medição (em
m).
Γ = constante de taxa de exposição em
(R.m²)/(h.Ci).