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MANUAL DE TREINAMENTO
Proteção Respiratória
Modulo I
Fev / 2004
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Proteção Respiratória - PPR
Sumário
CONCEITO LEGAL.....................................................................................................................................................4
CONCEITO PREVENCIONISTA DE ACIDENTE DO TRABALHO.....................................................................................................4
CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO.......................................................................................................................6
1 – ATITUDES INADEQUADAS..................................................................................................................................................6
2 – CONDIÇÕES AMBIENTAIS INADEQUADAS...........................................................................................................................6
O RISCO RESPIRATÓRIO E O EFEITO SOBRE O ORGANISMO HUMANO...........................................................7
A RESPIRACÃO DO HOMEM.............................................................................................................................................7
AR RESPIRÁVEL..................................................................................................................................................................7
COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO............................................................................................................................8
AR RESPIRÁVEL SIGNIFICA..............................................................................................................................................9
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Conceito legal
(Lei 8213 de 24/07/91 – regulamentada pelo Decreto 357 de 07/12/91)
Acidente de trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere no
processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e / ou lesões nos
trabalhadores e ou danos materiais.
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Assim sendo e antes de darmos continuidade ao texto, vamos prestar atenção aos exemplos
e casos seguintes:
CASO Nº 01:
_________________________________________________________________
CASO Nº 02:
_________________________________________________________________
CASO Nº 03
_________________________________________________________________
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1 – Atitudes Inadequadas
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das
tarefas de forma contrária às normas de segurança.
É Falsa a idéia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na
verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e
controlá-los. Seguem-se, para orientação, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a
praticarem atos inseguros:
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade física e
ou mental do trabalhador, devido à deficiência ambiental ou das máquinas, equipamentos e
ferramentas.
Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. No entanto,
deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentados são provocados pela presença de
condições inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo.
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A RESPIRACÃO DO HOMEM
É o oxigênio que mantém acesa a chama da vida.
O corpo humano é comparável a uma indústria química, onde a cada instante, a cada
fração de segundo milhares de reações se desenvolvem simultaneamente.
A energia química armazenada nos alimentos é transformada, após uma longa cadeia
de reações intermináveis, em energias cinéticas e energias térmicas.
Comparando o corpo humano a uma máquina complexa, pode-se concluir que um dos
parâmetros a assegurar o perfeito funcionamento, é a presença de "ar respirável".
AR RESPIRÁVEL
O ar atmosférico que nos envolve, o ar natural (aqui considerado seco) pode ser
representado em números redondos, em % por volume de:
1% RESTO:
0,04% Dióxido de Carbono (CO2)
0,9% Argônio (Ar) + TRAÇOS DE 1 21
GASES NOBRES.
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COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO
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Genericamente entende-se por "ar respirável", uma composição que o homem possa
respirar por um tempo prolongado sem sofrer danos ou sem sentir incômodos. Por exemplo:
gás tóxico e odor desagradável.
4. O ar respirável não deve conter qualquer substância que o tome desagradável, por
exemplo: odores.
Obs: Em todos os casos nos quais esses 4 itens não podem ser preenchidos ou
assegurados devem-se utilizar “EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA"
convenientemente escolhidos.
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Inserir fo
to do
A importância relevante à respiração, isto é, o oxigênio do ar respirado, significa para
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Descanso (deitada):
Compreende em média 0,5 litros de respiração, portanto em 12 ciclos de respiração por
minuto 6 l/min.
Em trabalho:
de grande esforço físico este valor poderá acrescer a 90 litros/min ou mais.
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90 80
80
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CONSUMO DE VOLUME
CONSUMO DE RENDIMENTO
OXIGÊNIO E RESPIRATÓRIO
TRABALHO TRABALHO OXIGÊNIO EM
EM
LITROSIMINUTO WATT
LITROS/MINUTO
Deitado 0.25 6 -
Descansando Sentado 0.30 7 -
Em pé 0.40 9 -
Andar 6,5 Km/h 0.70 16 30
Trabalho leve Nadar devagar
0,80 18 40
0,9 Km/h
Trabalho Andar 6,5 Km/h 1,2 27 80
médio Nadar 1,6 Km/h 1,4 30 95
Nadar 1.85 Km/h 1,8 40 130
Andar de
bicicleta 21 1,85 45 140
Km/h
Trabalho
Correr a 13 Km/h 2,0 50 145
pesado
Nadar 2,2 Km/h 2,5 60 185
Trabalho
Correr a I 5 Km/h 2,6 65 200
pesadíssimo
Escadas, 100
3,2 80 250
degraus/min.
Correr morro
4,0 95 290
acima
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FATORES ANATÔMICOS
Mostramos nos parágrafos anteriores a correlação entre o esforço físico realizado
pela pessoa e o correspondente volume necessário de ar respirado.
Porém, propriedades anatômicas invariáveis, podemos defini-Ias como sendo dados
técnicos do pulmão, e das vias respiratórias - determinam em certas situações o limite ao
esforço físico ou a troca gasosa necessária ao homem. Por sua importância e sua influência
no conteúdo deste assunto queremos abordar estes fatos anatômicos.
A CAPACIDADE VITAL do nosso pulmão se compõe pelo VOLUME CORRENTE,
mais o VOLUME EXPIRATÓRIO DE RESERVA Mais o VOLUME INSPIRATÓRIO DE
RESERVA.
Uma pessoa na realização de trabalho que exige um esforço físico máximo atinge com
grande profundidade da respiração a sua CAPACIDADE VITAL, e por correspondência
análoga esta permite avaliar com o auxílio de medições espirométricas (medição de um
sopro forçado com o Espirômetro), o limite superior de seu rendimento físico - Avaliação
Médica.
A CAPACIDADE VITAL de pessoa sã e adulta depende de sua altura, sua idade
(diminui com a idade) e do sexo (em mulheres de 0,8 até 1 litro, menor do que em homens
de mesmo tamanho e idade).
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Todavia, como isso nem sempre é possível, poderia ainda ser minimizado através da
aplicação e uso de controles efetivos que eliminassem ou reduzissem a exposição aos
perigos respiratórios
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Deficiência de oxigênio
Contaminados por gases:
Imediatamente perigosos à vida e à saúde (IPVS).
Não imediatamente perigosos à vida e à saúde (NÃO IPVS).
Contaminados por aerodispersóides (poeiras, fumos, neblinas).
Contaminados por gases e aerodispersóides:
Imediatamente perigosos à vida e à saúde (IPVS).
Não imediatamente perigosos à vida e à saúde (NÃO IPVS).
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Nestes casos, o único equipamento que oferece proteção adequada é aquele que
fornece ar respirável ou oxigênio ao homem, denominado de "equipamento isolante"
Respiradores com filtros não oferecem proteção em ambientes com deficiência de oxigênio.
TÓXICOS E INERTES:
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Exemplos:
Cloro (CI2), Oxigênio (02), Hidrogênio (H2), Nitrogênio (N2), etc.
Vapor: forma gasosa de substância que a 25°c e 760 mmHg normalmente se encontram no
estado sólido ou liquido e que podem ser gaseificados (os sólidos e os líquidos) ou
aumentando a temperatura ou aumentando a pressão.
Os vapores também se difundem no ar.
Exemplos:
acetona, éter, álcool, gasolina, nafta, vapores de água, etc.
Obs.: Existe um ponto de concentração de vapores de uma. substância, a uma temperatura
determinada denominada “saturação”. A partir do qual, qualquer incremento na concentração
transformará o vapor em liquido ou sólido. Portanto a diferença entre gases e vapores é a
concentração que pode existir no ambiente.
Os gases tóxicos ou venenosos podem produzir lesões mesmo em baixas
concentrações enquanto que os gases inertes produzem efeitos indesejáveis, basicamente
pela substituição do ar, o qual contém o oxigênio necessário à vida.
Gases imediatamente perigosos à vida são contaminantes que podem estar presentes
em concentrações perigosas, mesmo quando a exposição for por um período curto.
A possibilidade de um contaminante ser classificado como:
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Hélio (He), Argônio (ar), Neônio (Ne), Nitrogênio (N 2) e Dióxido de Carbono (C02).
Ácidos:
Orgânicos:
São os que podem existir como gases ou vapores de compostos líquidos orgânicos.
Organometálicos:
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Efeitos biológicos:
Os contaminantes gasosos podem ser classificados, de acordo com os efeitos
biológicos, como:
Asfixiantes:
São os que interferem com a inalação, transporte ou utilização de oxigênio no corpo
humano.
Os asfixiantes simples, como:
Irritantes Químicos:
Tais como os gases e alcalinos os quais podem causar irritação do sistema
respiratório e provocar o aparecimento de edemas pulmonares.
Anestésicos:
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LIMITES DE TOLERÂNCIA:
Os efeitos dos gases e aerodispersóides no organismo dependem em grande parte
das concentrações dispersas no ar e ao tempo de exposição.
De acordo com estes fatores, uma relação dos "Limites de Tolerância", está
publicada na Portaria 3214 do MTE – NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – Em seu
Anexo Nº 11 – Quadro 1, como um guia para as exposições e concentrações, que um
indivíduo são pode tolerar normalmente durante 48 horas semanais de trabalho, sem sofrer
efeitos nocivos à saúde.
As concentrações de aerodispersóides no ar são enumeradas em miligramas por
metro cúbico no ar (mg/m 3) e as concentrações gasosas em partes por milhão (ppm) por
volume.
AMBIENTES CONTAMINADOS POR AERODISPERSÓIDES:
Os aerodispersóides podem ser classificados em três grupos, de acordo com sua ação
nociva:
Partículas Tóxicas:
Podem passar dos pulmões para a corrente sangüínea e levadas para as diversas partes
do corpo, onde vão exercer ação nociva à saúde. Esta ação nociva pode se caracterizar
como irritação química, envenenamento sistêmico, neoplasmos (tumores) efeitos como asma
ou simplesmente reações febris.
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Poeiras
Alguns exemplos: algodão, lã, cereais, penas de aves, farinhas, poeiras de couro,
pólen de flores, pó de madeira, carvão vegetal.
Deve ser observado que os aerodispersóides considerados como não tóxicos, assim
como os que são causadores de fibroses devem ser considerados sempre como nocivos à
saúde, isto porque muitas poeiras podem causar irritações ou alergias a pessoas muito
sensíveis. Altas concentrações destes aerodispersóides devem ser consideradas sempre
com muita atenção e cautela.
Névoas ou neblinas:
Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensões que vão desde 5 a 100
mícrons, gerados pela condensação do estado gasoso para o líquido ou por dispersão de um
líquido, como por exemplo, a atomização. São expressas em mglm 3 no ar.
Fumos:
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Poeiras:
Partículas sólidas geradas mecanicamente por: manuseio, moagem, raspagem,
esmerilhagem, impacto rápido, detonação, etc., de materiais orgânicos e inorgânicos, tais
como: pedras, carvão, madeira, grãos, minérios e metais.
As poeiras não tendem a flocular, a não ser que sob ação de forças
eletrostáticas.
Elas se depositam pela ação da gravidade. .
São encontradas em dimensões perigosas que vão desde 0,5 a 10 mícrons. São
expressas em mppc (milhões de partículas por pé cúbico de ar) ou mg/m 3,
conforme o método a ser usado.
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Hoje, existe no mercado uma série de instrumentos que fazem o trabalho de detecção
de gases, alertando-nos automaticamente quando sua concentração passa de determinados
valores.
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OS GASES POLUENTES
CLASSIFICAÇÃO DOS GASES POLUENTES
Existem várias maneiras de classificarmos os gases poluentes. uma delas é a seguinte:
1 Irritantes
1.1 Irritantes Primários
De ação sobre as vias respiratórias superiores
Gás Clorídrico HCI
Acido Sulfúrico H2 SO 4 Ácidos Fortes
1.1.1
Amônia NH3
Álcalis Fortes
Soda Cáustica NaOH
Fornaldeido CH20
De ação sobre os brônquios
1.1.2 Anidrido Sulforoso S02
Cloro Cl2
De ação sobre os pulmões
Ozônio 03
1.1.3
Gases Nitrosos, N02 e N204 Hidrazina.
Fosgênio COCl2
Irritantes atípicos
1.1.4 Acroleína = Aldeído Acrílico CH2CHCHO
Gases Lacrimogêneos
Irritantes Secundários
1.2
Gás Sulfídrico H2S
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2 ANESTÉSICOS
Anestésicos Primários
Hidrocarbonetos alifáticos:
o Butano C4H10
o Propano C3Hg
2.1
o Eteno (Etileno) C2H4
o Éteres
o Aldeídos (Formol, Acetaldeído, etc.).
o Cetonas (Acetona, Metil Etil Acetona, etc.).
Anestésicos de efeitos sobre as vísceras
Hidrocarbonetos Clorados:
o Tetracloreto de Carbono CCl4
2.2
o Tricloretileno CCl2 = CHCI
o Percloretileno CCl2 = CCI2, etc.
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3 ASFIXIANTES
Asfixiantes Simples
o Hidrogênio H2
o Nitrogênio N2 Fisiologicamente Inertes
o Hélio He
3.1 o Metano CH4
o Etano C2H6 Anestésicos Fracos
o Acetileno C2H2
Asfixiantes Químicos
o Monóxido de Carbono CO
3.2
o Anilina C6H5NH2
o Gás Cianídrico HCN
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A. PPM.- que significa partes por milhão, ou partes de poluente por milhão de partes de
_ ar respirado. 1 ppm de gás no ambiente corresponde a I cm3 desse gás por metro'
cúbico de ar que se respira.
A. mg/m3 - que significa mg de gás por m3 de ar que se respira. É uma unidade peso
por volume.
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Dentro do tubo existe um reagente químico específico para o gás que se quer medir.
Havendo esse gás no ambiente, ele reage quimicamente com o preparado, mudando a cor
original: sendo a escala impressa no próprio corpo do tubinho, após o término da operação,
temos a leitura direta da concentração do poluente no ambiente: naquele momento.
Multi-Gás-Detector
Entre os acessórios para o Multi-Gás-Detector, mencionaremos os seguintes:
Contador de Bombadas:
Peça plástica acoplável ao detector. Permite que a pessoa que executa uma medição
não se engane quanto ao número de bombadas já dado, por distração. Cada bombada é
registrada pelo contador, de maneira que o operador sempre saiba quantas faltam dar.
Sonda de ar quente:
Tubo resfriador de gases para ser usado quando a amostra de ar penetra com
temperatura superior a 40°C (fomos, caldeiras, etc.). O ar penetra antes pela sonda, onde é
resfriado penetrando depois no tubinho reagente em temperatura compatível com a precisão
do mesmo.
Pelo método eletrônico
Alguns gases, pelo seu poder de intoxicação e freqüência nas diversas atividades
industriais, motivaram a criação de detectores eletrônicos específicos. São eles: o CO
(Monóxido de Carbono) o H 2S (Gás Sulfídrico) e o Oxigênio, este evidentemente nada tóxico,
mas de importância quanto à sua presença.
Para esses 3 gases, existem aparelhos nas versões portáteis e fixa.
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Por ser um gás sem cor, cheiro ou gosto, não pode ser detectado pelas pessoas a ele
submetidas, e em conseqüência aparecem sérias intoxicações, que podem inclusive levar à
morte em poucos minutos.
Normalmente, quando respiramos ar puro, o oxigênio nele contido combina-se com a
hemoglobina do sangue (Hb), formando a oxi-hemoglobina HB-O, a qual dentro da corrente
sanguínea, é responsável pela irrigação de todas as células do corpo no que diz respeito a
oxigênio. Havendo monóxido de carbono no ar que se respira por menor que seja a
concentração, forma-se-á de preferência a carboxi-hemoglobina (Hb-CO) ao invés de Hb-O,
por ser a primeira, ligação 200 vezes mais forte do que a segunda. Assim, o corpo humano
deixa de ter células irrigadas com oxigênio e inicia-se então o processo de intoxicação, que
será maior quanto maior for a concentração de CO no ar respirado. Também o tempo de
exposição ao CO influi no aparecimento de sintomas de envenenamento.
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Esses sintomas são: dores de cabeça, tonturas, náuseas, vômitos, coma e morte. Até
que não ocorra a perda de consciência (desmaio), a recuperação do paciente é total e
relativamente fácil, bastando para isso respirar ar puro ou oxigênio. Ao se penetrar, por
exemplo, num local com 2000 ppm de CO, ocorre à morte em pouco tempo, sem
possibilidade de se prestar qualquer socorro.
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Pode-se controlar o CO tanto pelo método do tubo reagente, como através dos
monitores. portátil e fixo.
O OXIGÊNIO EM LOCAIS DE TRABALHO
O ar que respiramos contém 78% em volume de Nitrogênio, 21 % de Oxigênio de 1 %
de gases inertes.
Por isso contamos com os medidores de oxigênio (Oxímetros) fixos ou portáteis. Eles
vão nos dizer quanto 02 existe no ar que respiramos.
Os oxímetros são aparelhos que funcionam com um sensor e uma unidade de
indicação que pode ou não conter os alarmes sonoros .
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-
02 + 2H20 + 4e 40H
oxigênio íon hidroxíla
enquanto que na mola de prata ocorre a seguinte reação:
+ -
Ag + CI AgCI + e
prata íon cloreto cloreto de prata
O efeito global, portanto, é que a mola de prata é convertida em cloreto de prata (é por
isso que a prata, anteriormente brilhante, toma uma cor marrom quando a célula já trabalha
há algum tempo) e o íon hidroxila substitui o íon cloreto.
Estes dois efeitos determinam a vida da célula. Com nossas atuais células, há prata
suficiente e íon cloreto para 7 a 9 meses de funcionamento contínuo de ar. A corrente
produzida a 20°C é de aproximadamente 70 μA (micro-ampere).
O indicador do oxímetro, geralmente tem escala de O a 40% 0 2. Outras escalas
especiais, no entanto, estão disponíveis.
Não apenas a falta, mas o excesso de O 2, representa perigo aos trabalhadores. Neste
Último caso, regiões próximas a depósitos de O 2 (oxigênio) líquido, podem ser invadidas por
esse gás e aumentar em grande escala o risco de explosão dos materiais.
O oxigênio é necessário à combustão. O ar atmosférico possui 21 % de oxigênio e a
maneira com que alguns materiais se incendeiam nesse ambiente é muito bem conhecido.
Em concentrações superiores a 21 %, contudo, a situação é bem outra.
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Os oxímetros, então, servem para nos dar alarmes sempre que a concentração de O 2
no ar seja inferior a 18% ou superior a 23% em volume.
Os modelos portáteis de oxímetros, tais como, E-li, E-12, E-I. podem ser levados em
quaisquer áreas e deixados ligados até se completar o serviço. Já o modelo fixo OXYTRON
protege áreas 24 horas por dia, dando os alarmes altos e baixo quando for acionado pela
concentração de 02 no ambiente.
OS GASES COMBUSTÍVEIS
Cada gás combustível tem uma constante denominada "Limite Inferior de
Explosividade" bem como o “Limite Superior de Explosividade”, ambas expressa em %
volume tomadas a 20°C e 1013 mbar.
O LIE é a mínima concentração do gás que, em mistura com o ar atmosférico, é capaz
de provocar explosão pela presença de uma fonte e energia qualquer (faísca, centelha, ultra-
som, etc.). Concentrações de gás abaixo do seu LIE não são combustíveis.
LIE LSE
Metano
5% 15%
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No trânsito das ruas e estradas, uma grande parcela dos acidentes é provocada por
motoristas embriagados. O CONTRAN, na Lei nº: 9.503, de 23/ 09/ 97, art° 276 estabelece
que:
"A concentração de seis decigramas de ÁLCOOL por litro de sangue, comprova que o
condutor se acha impedido de dirigir veículo automotor”.
§ Único – O CONTRAN estipulará os índices equivalentes para os demais testes
de ALCOOLEMIA".
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Um KIT de teste, pelo seu uso fácil e pela precisão dos resultados, é hoje utilizado
pelas polícias de diversos países bem como, no âmbito industrial. Trata-se do ALCOTEST,
aparelho composto de um tubo reagentes com um produto químico amarelo. Hoje existe
também o "Bafômetro" de características simples e segura em seus resultados.
QUANTIDADE
TEMPO
DE ALCOOLEMIA EFEITOS
ELIMINAÇÃO
BEBIDA INGERIDA
1 uísque
1 coquetel Sem efeitos evidentes no
0,03% 2 horas
2 copos de vinho comportamento.
2 chopes
2 uísques Sentimentos de bem estar.
2 coquetéis Despreocupação e desinibição.
0,06% 4 horas
4 copos de vinho Alteração nos movimentos
4 chopes finos.
3 uísques Euforia / loquacidade /
3 coquetéis Desabafo /
0,09% 6 horas
6 copos de vinho emocional,/ hiperatividade./
6 chopes Insistência / irritação
Estado de intoxicação
5 uísques
evidente.
5 coquetéis
0,15 % Evidente 10 horas
10 copos de vinho
Anormalidade nas funções
10 chopes
motoras e mentais.
0,01% = 0,1g11 = 1 decigrama de álcool por litro de sangue.
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Modulo II
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Áreas de Trabalhos
Atuações Imprevisíveis
Continuamente
Contaminados
A. Apesar de todo o esforço realizado, nem sempre será possível conseguir que certos
locais de trabalho estejam livres de contaminantes que vez e outra ou continuamente
excedem os Limites de Tolerância previstos. Nestes casos será inevitável um controle
contínuo dos contaminantes,
Se, no entanto as concentrações forem prejudiciais, será indispensável o uso de
Equipamentos de Proteção Respiratória - EPR durante toda a jornada de trabalho.
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Dependente Independente
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DEPENDENTES
Equipamentos Isolantes
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INDEPENDENTES
Os Equipamentos Filtrantes considerados INDEPENDENTES são aqueles que não
dependem do efeito do ar atmosférico ambiental. São os Equipamentos com linha de ar,
Equipamentos autônomos de respiração com cilindro (Equipamento autônomo de respiração
a ar comprimido) e Equipamentos autônomos de respiração a oxigênio. O usuário será
sempre suprido através do próprio equipamento com ar ou oxigênio perfeitamente respirável.
Para que um Equipamento de Proteção Respiratória possa ser usado, é preciso haver
uma ligação estanque de confiança com as vias respiratórias e do usuário. Esta peça de
suma importância, pertencente ao Equipamento de Proteção Respiratória é a "Conexão
para a Respiração".
A conexão para a respiração determina em grande parte o desempenho seguro do
Equipamento de Proteção Respiratória.
A sua escolha minuciosa recebe, portanto a mesma importância como o próprio
Equipamento de Proteção Respiratória.
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ESPÉCIES DE FILTROS
Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura porosa oferece
uma grande superfície. Assim por exemplo, um carvão ativo de boa qualidade apresenta uma
superfície de 1000 a 1300 m2 por grama de carvão. .
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Para muitos outros gases (amônia, cloro, dióxido de enxofre), o efeito de retenção no
filtro poderá ser melhorado com a impregnação do carvão com produtos químicos de reação,
utilizando-se para tanto sais minerais, catalisadores e elementos alcalinos. Os gases retidos
por ação química aderem melhor ao elemento absorvente do que os de retenção física de
adsorção.
FILTROS COMBINADOS:
Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro contra
aerodispersóides numa mesma unidade filtrante. Oferecem proteção quando gases e
aerodispersóides aparecem simultaneamente no ambiente.
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FILTROS - CO
Os filtros contra monóxido de carbono ocupam entre os demais filtros uma posição de
destaque, pois os filtros normais não têm ação filtrante sobre o Monóxido de Carbono.
O perigoso Monóxido de Carbono não é eliminado pelo filtro, porém transforma-se no
inofensivo Dióxido de Carbono (C02) mediante ação catalítica, usando-se para tanto o
oxigênio do próprio ar atmosférico no catalisador.
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ARMAZENAMENTO
O armazenamento de filtros contra gases ou combinados, novos, na embalagem
original de fabricação, e acondicionados convenientemente, é de 3 anos após a sua
fabricação. Obs: Atualmente os fabricantes já informam no corpo dos filtros ou nas
embalagens as respectivas datas de fabricação e validade, as quais tem de ser respeitadas.
Filtros contra aerodispersóides podem ser armazenados por tempo praticamente
ilimitado. O prazo de armazenamento está marcado em todos os filtros contra gases e filtros
combinados. Após o vencimento deste prazo os filtros não devem ser usados.
Os filtros uma vez abertos, mesmo que nunca usados, devem ser substituídos dentro
de um prazo de 6 meses, ou dentro do prazo de validade ser for o caso.
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Ciclo da Respiração
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ESQUEMA TÉCNICO
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EQUIPAMENTO BÁSICO
O equipamento autônomo de ar comprimido se compõem de várias unidades
padronizadas:
Suporte anatômico,
Correias de fixação,
Cinta para travar o cilindro,
Redutor de pressão.
O suporte anatômico: Serve para fixação do cilindro de ar e transporte do conjunto como
um todo, poderá ser em aço inoxidável, polipropileno ou fibra de
carbono.
Cinta para travar o cilindro: As cintas de fixação são auto-travantes com complementação
em velcron.
Correias de fixação: Formadas por tirantes e o cinto, prendem o equipamento ao corpo do
usuário com a máxima segurança, não permitindo que se desloque,
mas permite a sua rápida colocação e retirada. As correias são
confeccionadas normalmente por um tecido de fibras sintéticas muito
resistentes.
Redutor de pressão:
O redutor de pressão é normalmente de duplo estágio de redução é lacrado de
fabrica, preso na placa do suporte de fixação de forma protegida.
Reduz a alta pressão do cilindro (200 ou 300 Bar) para numa pressão média e
constante de trabalho de no máximo 6 Bar .
Possui manômetro para controle da alta pressão durante o uso e a qualquer
momento permite a leitura da pressão marcada.
A média pressão passa pela válvula de demanda até a máscara facial PP.
Possui uma válvula de segurança, igualmente lacrada.
Uma válvula de alarme, que entra em ação quando resta a quinta parte da pressão
de carga do cilindro ou quando a pressão lida no manômetro estiver compreendida
entre 50 a 55 Bar. Alerta o usuário através do alarme sonoro sobre a
aproximação do esgotamento da reserva do ar disponível.
O cilindro de ar comprimido é conectado manualmente e sem esforço através de
um volante com rosca.
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CILINDROS DE AR COMPRIMIDO
Os cilindros de ar comprimido são fabricados em aço-liga de cromo molibdênio e
aprovados pelo BUREAU VERITAS, na norma DOT -AA3 à pressão de teste hidrostático de
334 atm. com revestimento por aplicação eletrostática de epoxina de cor amarela, com
inscrição "AR RESPIRÁVEL", e gravado a pressão de carga nominal oferecida, possui um
fecho de segurança de latão cromado e conexão DIN de rosca 5/8" para ar comprimido.
Já existem também os modernos e mais leves cilindros de “Composite” (fibra de
carbono).
Obs: Os cilindros de aço são retestados a cada cinco anos e os cilindros de composite a
cada três anos. Existem em várias capacidades de carga e tamanhos.
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Quanto maior for a pressão de carga num determinado cilindro (Recipiente de Aço) tanto
mais ar poderá armazenar no mesmo.
Considerações importantes:
1 BAR = 1 atm = 1 kg/cm2.
1 BAR = Equivale a aproximadamente 14,7 Ibs .
Para utilização prática em cálculos arredondamos para 15 Ibs.
A quantidade de ar respirável num cilindro de aço pode ser calculada facilmente a qualquer
instante. Exemplo de como calcular:
1. Devemos conhecer o volume do cilindro.
2. 07 litros constante vezes a pressão do mesmo,
3. 200 BAR (variável).
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1400 : 28 = 50 minutos
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Equipamentos de Mergulho
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respiratórias do usuário, devem ser cuidadosamente limpos e desinfetados após cada uso.
Para a limpeza utiliza-se água em abundância e um sabão neutro, de preferência em
pó ou líquido.
Após a lavagem das peças recomenda-se proceder à desinfecção, que poderá ser:
1. Com vapor de formaldeido e neutralização com amônia
2. Em banho de formaldeido
3. Em banho de desinfetante germicida
2 - EM BANHO DE FORMALDEÍDO –
submergir durante 10 minutos as peças em solução de formaldeído* à temperatura normal
(ambiente). A solução é preparada diluindo-se uma parte de solução de formaldeído em nove
partes de água. Enxaguar várias vezes e deixar secar.
Desejando-se secar os equipamentos de forma suspensa durante uma noite, o odor
de formaldeído desaparece_ se a secagem é feita por passagem de ar quente (no máximo a
70° C), o odor desaparece mais rapidamente. Quando os equipamentos forem reutilizados
logo após o banho com formaldeído, deve-se proceder a um banho neutralizador em
amoníaco. Uma parte de solução concentrada de amoníaco é diluída com 30 partes de água.
Banha-se então durante 5 minutos os aparelhos desinfetados e seca-se a seguir.
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DICIONÁRIO:
Gasômetro II – Reservatório de CO – Cap: 30.000 Altos Fornos I e II – Locais de geração de gás CO.
Nm3/h
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