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CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

MÓDULO DE SEGURANÇA I

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SUMARIO

CAPÍTULO 01 – CONCEITOS ---------------------03


CAPÍTULO 02 - DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 ---------------------04
CAPÍTULO 03 - DURAÇÃO DO TRABALHO ---------------------05
CAPÍTULO 04 - PERÍODOS DE DESCANSO ---------------------07
CAPÍTULO 05 - TRABALHO NOTURNO ---------------------07
CAPÍTULO 06 - FÉRIAS E SUA DURAÇÃO ---------------------08
CAPÍTULO 07 - LEI Nº 6.514, DE 22.12.1977 SEGURANÇA E ---------------------09
MEDICINA DO TRABALHO
CAPÍTULO 08 – DISPOSIÇÕES GERAIS ---------------------10
CAPÍTULO 09 - ATIVIDADE INSALUBRES OU PERIGOSAS ---------------------13
CAPÍTULO 10 - PROTEÇÃO À MATERNIDADE ---------------------16
CAPÍTULO 11 - APOSENTADORIA ESPECIAL ---------------------17
CAPÍTULO 12 - PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO ---------------------17
CAPÍTULO 13 - APOSENTADORIA POR IDADE ---------------------18
CAPÍTULO 14 - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ---------------------19
CAPÍTULO 15 - APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ---------------------19
CAPÍTULO 16 - AUXÍLIO ACIDENTE ---------------------20
CAPÍTULO 17 - AUXÍLIO DOENÇA ---------------------21
CAPÍTULO 18 - AUXÍLIO RECLUSÃO ---------------------22
CAPÍTULO 19 – TIPOS DE ACIDENTES ---------------------22
CAPÍTULO 20 – ASPECTOS LEGAIS DO ACIDENTE DE TRABALHO ---------------------24
CAPÍTULO 21 – FONTE DE AGENTES AGRESSIVOS ---------------------25
CAPÍTULO 22 – EXPOSIÇÃO ---------------------26
CAPÍTULO 23 – AVALIAÇÃO DOS RISCOS ---------------------27
CAPÍTULO 24 – RETENÇÃO E CONTENÇÃO ---------------------31
CAPÍTULO 25 – MATRIZ PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS ---------------------31
CAPÍTULO 26 – INSPEÇÃO PRÉVIA ---------------------34
CAPÍTULO 27 – EMBARGO E INTERDIÇÃO ---------------------35
CAPÍTULO 28 – EDIFICAÇÕES ---------------------35

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CAPÍTULO 01 – CONCEITOS

Segurança do Trabalho - É o conjunto de medidas técnicas, médicas


e educacionais, empregadas para prevenir acidentes, quer
eliminando condições inseguras do ambiente de trabalho quer
instruindo ou convencionando pessoas na implantação de práticas
preventivas.
Acidente do Trabalho - É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte
ou perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Acidente de Trajeto - Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que
ocorre na ida ou na volta do trabalho ou no mesmo trajeto, quando o trabalhador efetua as
refeições em sua residência. Deixa de caracterizar-se o acidente quando o trabalhador, por
vontade própria, interrompa ou altere seu trajeto normal.

Doença Ocupacional/Profissional - É a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho


peculiar à determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego e o da Previdência Social.
Ex: Saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo) e a LER (lesões por esforços
repetitivos).

Doença do Trabalho - É a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em


que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente (também constante da relação
supracitada).
Ex: Disacusia (surdez) em trabalho realizado em local extremamente ruidoso.

Incidente - No conceito prevencionista é todo acidente sem lesão física, sendo que esta
conceituação permite a análise de todos os acidentes ocorridos, para que possamos descobrir
as verdadeiras causas e as consequentes medidas de prevenção.

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Causas do Acidente de Trabalho


Em um passado não muito distante, a responsabilidade do acidente do trabalho era colocada
nos trabalhadores, através dos atos inseguros, essa tendência acabou criando uma
"consciência culposa" nos mesmos, pois era comum a negligência, o descuido, a facilitação e
o excesso de confiança serem apontados como causas dos acidentes.

Atualmente com o avanço e a socialização das técnicas prevencionistas o que queremos é


apurar quais são as verdadeiras causas e não os culpados pelos acidentes do trabalho,
portanto, não é que não exista o ato inseguro e a condição insegura, mas o que precisamos é
compreendê-los melhor.

Ato Inseguro - Toda forma incorreta de trabalhar, desrespeito às normas de segurança, ou


seja, ações conscientes ou inconscientes que possam causar acidentes ou ferimentos.
Condição insegura - É a condição do ambiente de trabalho, que cause o acidente ou
contribua para sua ocorrência.

Fator pessoal de insegurança - É a causa relativa ao comportamento humano, que propicia a


ocorrência de acidentes.

CAPÍTULO 02 - DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE


MAIO DE 1943

Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho,


que a este decreto-lei acompanha, com as alterações por
ela introduzidas na legislação vigente.
Art. 2º O presente decreto-lei entrará em vigor em 10 de
novembro de 1943.

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas
de trabalho, nela previstas.
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

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§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,


os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.
Parágrafo único - Computar-se, na contagem de tempo de serviço, para efeito de
indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho
prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.
Art. 5º - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo.
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais
ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e
outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda,
de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que
nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.

CAPÍTULO 03 - DURAÇÃO DO TRABALHO

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em


qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como
jornada extraordinária as variações de horário no registro de
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.
TOTAL: 15 minutos
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno,
por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando,
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador
fornecer a condução.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a vinte e cinco horas semanais.

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§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções,
tempo integral.
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em
número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado,
ou mediante contrato coletivo de trabalho.
§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente,
a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por
cento) superior à da hora normal.
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de
um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias.
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite
legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo
manifesto.
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo
ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade
competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da
fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste
artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora
normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe
expressamente outro limite.
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho
poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o
número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10
(dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita
essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.

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CAPÍTULO 04 - PERÍODOS DE DESCANSO

Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um


descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência
pública ou necessidade imperiosa do serviço,
deverá coincidir com o domingo, no todo ou em
parte.

Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, será estabelecida escala
de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória
a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1
(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de
2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for
concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com
um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho.
Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a
cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de
10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho.

CAPÍTULO 05 - TRABALHO NOTURNO

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento


semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e,
para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna.

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§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.


§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as
22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.

Quadro de horário
Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido
pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro
será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma
mesma seção ou turma.
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a
anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-
assinalação do período de repouso.

CAPÍTULO 06 - FÉRIAS E SUA DURAÇÃO

Art. 129 - Todo empregado terá direito


anualmente ao gozo de um período de férias,
sem prejuízo da remuneração.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze)
meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver
faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas)
faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

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I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte
e cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e
duas horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte
horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.

CAPÍTULO 07 - LEI Nº 6.514, DE 22.12.1977 SEGURANÇA E MEDICINA DO


TRABALHO

Art. 157 - Cabe às empresas:


I - cumprir e fazer cumprir as normas de
segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens
de serviço, quanto às precauções a tomar no
sentido de evitar acidentes do trabalho ou
doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam
determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
Art. 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que
trata o item II do artigo anterior;
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do
artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

CAPÍTULO 08 – DISPOSIÇÕES GERAIS

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1.1 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de


observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário,
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. (Alteração
dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
1.1.1 As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que
couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos
sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais. (Alteração dada pela
Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.2 A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do


cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos
de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de
convenções e acordos coletivos de trabalho. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de
09/03/83)
1.3 A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional
competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas
com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a
fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho em todo o território nacional. (Alteração dada pela Portaria n.º 13, de
17/09/93)
1.3.1 Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST conhecer, em
última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos
Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. (Alteração
dada pela Portaria n.º 13, de 17/09/93)

1.4 A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional
competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do
trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT,
o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
(Alteração dada pela Portaria n.º 13, de 17/09/93)

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1.4.1 Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia do Trabalho


Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de
09/03/83)
a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho;
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares
sobre segurança e medicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de
trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;
d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização de
insalubridade;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do
trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança
do Trabalho registrado no MTb.
1.5 Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais, mediante
convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou orientação às
empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se: (Alteração
dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade


econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao
empregador os profissionais liberais, as 2 instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como
empregados;
b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador,
sob a dependência deste e mediante salário;
c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente
de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o
empregador para atingir seus objetivos;
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes,
tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;

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e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo


estabelecimento;
f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de
apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem
operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.
1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo
grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para efeito de
aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
1.6.2 Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de engenharia,
compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, será considerada como um
estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica. (Alteração
dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração dada pela Portaria
n.º 84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III, IV,
V e VI) desta alínea foram revogados.
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)

I. Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;


II. Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III. Os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos
quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV. Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos
legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; (Alteração dada pela
Portaria n.º 03, de 07/02/88)

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e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença


relacionada ao trabalho.
(Inserção dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
1.8 Cabe ao empregado: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho,
inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; (Alteração dada pela Portaria n.º
84, de 04/03/09)
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR;
1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto
no item anterior.
(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
1.9 O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina
do trabalho acarretará 3 ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação
pertinente. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
1.10 As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das Normas
Regulamentadoras – NR, serão decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho - SSMT. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).

CAPÍTULO 09 - ATIVIDADE INSALUBRES OU PERIGOSAS

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou


operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e
da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos.
Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o
quadro das atividades e operações insalubres e
adotará normas sobre os critérios de caracterização
da insalubridade, os limites de tolerância aos
agentes agressivos, meios de proteção e o tempo
máximo de exposição do empregado a esses

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agentes.
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes,
alérgicos ou incômodos.
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo.
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-
mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.
Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco
acentuado.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará
com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das
normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho
ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as
atividades insalubres ou perigosas.

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§ 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por


Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste
artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do
Trabalho.
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do
Ministério do Trabalho, nem a realização ex-ofício da perícia.
Art. 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou
periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos
quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11.
Art. 197 - Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais
de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição,
recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a
padronização internacional.
Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste
artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou cartazes, com advertência
quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.

CAPÍTULO 10 - PROTEÇÃO À MATERNIDADE

Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do


contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído
matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez.
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos
de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de
trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por
motivo de casamento ou de gravidez.
Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-
maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do
emprego e do salário.
§ 1o A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data
do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia
antes do parto e ocorrência deste.

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§ 2o Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2


(duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
§ 3o Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.
§ 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais
direitos:
I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança
será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu §
5o.
§ 4o A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial
de guarda à adotante ou guardiã.
Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá direito ao salário
integral e, quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de
trabalho, bem como os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à
função que anteriormente ocupava.
Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso
resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a
mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito
de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a
mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia
hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá
ser dilatado, a critério da autoridade competente.
Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à
infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas
maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores,
destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas.
Art. 399 - O Ministro do Trabalho, Indústria e Comercio conferirá diploma de benemerência
aos empregadores que se distinguirem pela organização e manutenção de creches e de

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instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se
recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações.

CAPÍTULO 11 - APOSENTADORIA ESPECIAL

Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou


à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá
comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a
concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).
A aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e
contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou
de produção. Além disso, a exposição aos agentes nocivos deverá ter ocorrido de modo
habitual e permanente, não ocasional nem intermitente.
Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumprimento da carência,
que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo
menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a tabela
progressiva. A perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão de
aposentadoria especial, segundo a Lei nº 10.666/03.
A comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulário denominado Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa ou seu preposto, com base em
Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

CAPÍTULO 12 - PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO

O PPP é o documento histórico-laboral do trabalhador que reúne dados administrativos,


registros ambientais e resultados de monitoração biológica, entre outras informações,
durante todo o período em que este exerceu suas atividades. Deverá ser emitido e mantido
atualizado pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho
ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO),

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no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador


avulso não portuário. O sindicato da categoria ou OGMO estão autorizados a emitir o PPP
somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados.
Os antigos formulários para requerimento de aposentadoria especial (SB-40, DISES-BE 5235,
DSS-8030 e DIRBEN 8030) somente serão aceitos pelo INSS para períodos laborados até
31/12/2003 e desde que emitidos até esta data, segundo os respectivos períodos de
vigência. Para os períodos trabalhados a partir de 1º/1/2004 ou formulários emitidos após
esta data, será aceito apenas o PPP. O PPP poderá conter informações de todo o período
trabalhado, ainda que exercido anteriormente a 1º/1/2004.
A empresa é obrigada a fornecer cópia autêntica do PPP ao trabalhador em caso de rescisão
do contrato de trabalho ou de desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão
de Obra.
O segurado que tiver exercido sucessivamente duas ou mais atividades em condições
prejudiciais à saúde ou integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo
para aposentadoria especial, poderá somar os referidos períodos seguindo a seguinte tabela
de conversão, considerada a atividade preponderante:

CAPÍTULO 13 - APOSENTADORIA POR IDADE

Têm direito ao benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e
do sexo feminino a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir
aposentadoria por idade com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos, homens, e a partir
dos 55 anos, mulheres.
Para solicitar o benefício, os trabalhadores urbanos inscritos na Previdência Social a partir de
25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuições mensais. Os rurais têm de
provar, com documentos, 180 meses de atividade rural.
Os segurados urbanos filiados até 24 de julho de 1991, devem comprovar o número de
contribuições exigidas de acordo com o ano em que implementaram as condições para
requerer o benefício, conforme tabela abaixo. Para os trabalhadores rurais, filiados até 24 de
julho de 1991, será exigida a comprovação de atividade rural no mesmo número de meses
constantes na tabela. Além disso, o segurado deverá estar exercendo a atividade rural na
data de entrada do requerimento ou na data em que implementou todas as condições
exigidas para o benefício, ou seja, idade mínima e carência.

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Nota:
A aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável: depois que receber o primeiro
pagamento, ou sacar o PIS e/ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado
não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a
aposentadoria.

Como requerer a aposentadoria por idade


O benefício pode ser solicitado por meio de agendamento prévio pelo portal da Previdência
Social na Internet, pelo telefone 135 ou nas Agências da Previdência Social, mediante o
cumprimento das exigências legais (idade mínima e carência).

CAPÍTULO 14 - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela
perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo
de serviço que lhes garanta o sustento.
Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no
agravamento da enfermidade.
Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de dois em dois
anos, se não, o benefício é suspenso. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado
recupera a capacidade e volta ao trabalho.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por
no mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo de carência não é
exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência Social.

CAPÍTULO 15 - APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador
homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30

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anos. Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que combinar dois
requisitos: tempo de contribuição e idade mínima.
Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de
contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de
1998 para completar 30 anos de contribuição.
As mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição, mais um
adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25
anos de contribuição.
Para ter direito à aposentadoria integral ou proporcional, é necessário também o
cumprimento do período de carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições
mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25
de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa
data têm de seguir a tabela progressiva.
A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria
por tempo de contribuição.

Nota:
A aposentadoria por tempo de contribuição é irreversível e irrenunciável: depois que receber
o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o
segurado não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para
requerer a aposentadoria.

Como requerer aposentadoria por tempo de contribuição


O benefício pode ser solicitado por meio de agendamento prévio pela Central 135, pelo portal
da Previdência Social na Internet ou nas Agências da Previdência Social, mediante o
cumprimento das exigências legais.

CAPÍTULO 16 - AUXÍLIO ACIDENTE

Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua
capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm
direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador
especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e o facultativo não recebem o
benefício

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Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o


trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar
desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social.
O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios
pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o
trabalhador se aposenta.

Pagamento
A partir do dia seguinte em que cessa o auxílio-doença.

Valor do benefício
Corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença corrigido até o
mês anterior ao do início do auxílio-acidente.
CAPÍTULO 17 - AUXÍLIO DOENÇA

Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de
15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias
são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º
dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados inclusive o doméstico, a
Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em
ambos os casos, deverá ter ocorrido o requerimento do benefício. Clique aqui para mais
informações sobre pagamento.
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame
realizado pela perícia médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no
mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer
natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doença profissional ou do
trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição e
desde que tenha qualidade de segurado quando do início da incapacidade, o trabalhador
acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em estágio avançado
(osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), contaminação por
radiação (comprovada em laudo médico) ou hepatopatia grave.

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Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou
lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agravamento da
enfermidade.
O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e, se
constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar do
programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, prescrito e custeado
pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão
consideradas para concessão do auxílio-doença se, após nova filiação à Previdência Social,
houver pelo menos quatro contribuições que, somadas às anteriores, totalizem, no mínimo, a
carência exigida (12 meses).

O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao


trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
A empresa poderá requerer o benefício de auxílio-doença para seu empregado ou
contribuinte individual que lhe preste serviço e, nesse caso, terá acesso às decisões
referentes ao benefício.
Nota: A Previdência Social processará de ofício o benefício, quando tiver conhecimento, por
meio de documentos que comprovem essa situação, de que o segurado encontra-se
incapacitado para o trabalho e impossibilitado de se comunicar com o INSS. Nesse caso, será
obrigatória a realização de exame médico-pericial pelo INSS para comprovação da alegada
incapacidade.

CAPÍTULO 18 - AUXÍLIO RECLUSÃO

O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão,


durante o período em que estiver preso sob-regime fechado ou semiaberto. Não cabe
concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento
condicional ou cumprindo pena em regime aberto.

Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

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- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual
trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou
na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor
mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade
de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

CAPÍTULO 19 – TIPOS DE ACIDENTES

Segurança do Trabalho - Pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são
adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como
proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e
Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento,
Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho,
Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e
Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos.
Acidente do Trabalho - É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou perda ou redução
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Acidente de Trajeto - Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que
ocorre na ida ou na volta do trabalho ou no mesmo trajeto, quando o trabalhador efetua as
refeições em sua residência. Deixa de caracterizar-se o acidente quando o trabalhador, por
vontade própria, interrompa ou altere seu trajeto normal.

Doença Ocupacional/Profissional - É a produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho peculiar à determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e o da Previdência Social.

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Ex: Saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo), Silicose (sílica) e a LER (lesões por
esforços repetitivos).

Doença do Trabalho - É a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em


que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente (também constante da relação
supracitada).
Ex: Disacusia (surdez) em trabalho realizado em local extremamente ruidoso.

Incidente - No conceito prevencionista é todo acidente sem lesão física, sendo que esta
conceituação permite a análise de todos os acidentes ocorridos, para que possamos descobrir
as verdadeiras causas e as consequências medidas de prevenção.

CAPÍTULO 20 – ASPECTOS LEGAIS DO ACIDENTE DE TRABALHO

O conceito definido pela lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da Previdência Social determina,
em seu Capitulo II, Seção I, artigo 19 que "Acidente de trabalho é o que ocorre no
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta lei, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou ainda a redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho”.
Também se inclui nestes casos, a chamada doença profissional mencionada como "a
produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social". O inciso II desse mesmo artigo define doença do trabalho como sendo aquela
"adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado
e com ele se relacione diretamente", como também os acidentes de Trajeto, acidente
sofrido pelo trabalhador, ainda que fora do local e horário de trabalho como em viagem a
serviço da empresa, independente do meio de locomoção utilizado no percurso da residência

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para o local de trabalho ou vice-versa, nos períodos destinados a refeição ou descanso ou por
ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, dentre outros.
Tal definição é questionável por exigir que haja uma lesão para que se caracterize o
ACIDENTE DO TRABALHO, do ponto de vista prevencionista, o ACIDENTE DO TRABALHO
caracteriza-se por ser um acontecimento imprevisto que suspende ou interfere no
procedimento de uma tarefa ou atividade, podendo trazer como conseqüência:
perda de tempo, danos materiais, lesões físicas e doenças profissionais.

Os prejuízos para o empregado:


 Afastamento, mesmo temporário, do emprego;
 Risco de perda do emprego;
 Imobilização de um familiar em casa para acompanhar visitas ao médico e auxiliar no
tratamento;
 Queda no rendimento e na produção;
 Problemas emocionais causados pelo acidente.

Os prejuízos para a empresa:
 Transporte e suporte ao acidentado;
 Perda de horas de trabalho;
 Diminuição de produtividade pelo trabalhador substituto;
 Custo de demissão do substituto, no retorno ao trabalho;
 Diminuição de produtividade, temporária ou não, do empregado recuperado do
acidente;

CAPÍTULO 21 – FONTE DE AGENTES AGRESSIVOS

Fonte - É o sistema, instalação, equipamento, material ou atividade que contém ou é capaz


de produzir ou liberar agentes agressivos à saúde do trabalhador.

Definição de riscos ambientais no trabalho


Consideram-se riscos ambientais os agentes químicos, físicos, biológicos, existentes nos
ambientes de trabalho. Em alguns casos significativos utilizamos também referenciar os
agentes ergonômicos e os riscos de acidentes como riscos ambientais para este efeito. Os
riscos ambientais são capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador

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devido a sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Os riscos ambientais


ou profissionais estão divididos em cinco grupos principais:

1) Riscos físicos
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas
características do local de trabalho, que podem causar prejuízos á saúde do trabalhador.

2) Riscos químicos
Estes riscos são representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas
líquida, sólida e gasosa. Quando absorvidos pelo organismo, pode produzir reações tóxicas e
danos á saúde. Há três vias de penetração no organismo: - Via respiratória: inalação pelas
vias aéreas - Via cutânea: absorção pela pele - Via digestiva: ingestão.

3) Riscos biológicos
Os riscos biológicos são causados por microrganismos invisíveis a olho nu, como bactérias,
fungos, vírus, bacilos e outros, São capazes de desencadear doenças devido à contaminação
e pela própria natureza do trabalho.

4) Riscos ergonômicos
Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que propõem que os ambientes de
trabalho se adaptem ao homem, propiciando bem estar físico e psicológico. Os riscos
ergonômicos estão ligados também a fatores externos – do ambiente – e a fatores internos –
do plano emocional. Em síntese: ocorrem quando há disfunção entre o indivíduo, seu posto
de trabalho e seus equipamentos.

5) Riscos de acidentes
Riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas – de ambiente físico e do
processo de trabalho – e tecnológicas impróprias capazes de provocar lesões à integridade
física do trabalhador.

Conceito do limite de Tolerância / Limite de Exposição

Um valor abaixo do qual há razoável segurança para a maioria dos expostos contra o
desencadeamento de doenças causadas por um agente ambiental? (essa adição é
fundamental)

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Aposentadoria Especial
Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou
à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá
comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a
concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).

CAPÍTULO 22 – EXPOSIÇÃO

Exposição – Percentual de homens-horas, máquinas, equipamentos e instalações propensos a


interagirem com um ou mais perigos/fatores de risco.

Exposição Eventual – Exposição que ocorre de forma não programada, incerta, casual, que
depende de fatores adversos, fora do habitual.

Exposição Intermitente – Exposição que ocorre de forma não contínua, ocasional, e com
interrupções ou intervalos regulares, ao longo da jornada de trabalho, diária, semanal ou
mensal.

Exposição Continua – Exposição que ocorre de forma habitual ao longo da jornada de


trabalho ou que não pode ser dissociada da atividade exercida.
• até 30 minutos por dia = trabalho eventual;
• até 400 minutos por dia (próximo de 6 horas e meia) = trabalho intermitente;
• acima de 400 minutos por dia = trabalho permanente, contínuo ou habitual.

Em porcentagens (considerando uma jornada de 8 horas por dia), teríamos:

• até 6,25% da jornada diária = trabalho eventual;


• até 83,34% da jornada diária = trabalho intermitente;
• acima de 83,34% da jornada diária = trabalho permanente, contínuo ou habitual.

Exemplo
Condições de exposição dos riscos ambientais

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Riscos identificados: Físico (ruído)


Fonte geradora: Máquinas em geral do setor
Trajetória do agente: Pelo ar
Número de trabalhadores expostos: X
Tipo de exposição: Continua, acima de 83,34 da jornada diária
Atividades / Funções: Operador de máquinas

CAPÍTULO 23 – AVALIAÇÃO DOS RISCOS

A chave para locais de trabalho seguros e saudáveis


A cada momento, morre uma pessoa por causas relacionadas com o trabalho. Todos os anos,
centenas de milhares de trabalhadores se lesionam no trabalho, outros por motivos de
estresse, sobrecarga de trabalho, lesões musculoesqueléticas ou outras doenças relacionadas
com o trabalho. Além do custo humano que têm para os trabalhadores e as suas famílias, os
acidentes e as doenças consomem igualmente os recursos dos sistemas de saúde e afetam a
produtividade das empresas.
A avaliação de riscos constitui a base de uma gestão eficaz da segurança e da saúde e é
fundamental para reduzir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais. Se for bem
realizada, esta avaliação pode melhorar a segurança e a saúde, bem como, de um modo
geral, o desempenho das empresas.

O que é a avaliação de riscos?


A avaliação de riscos é o processo de avaliação dos riscos para a saúde e a segurança dos
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É, pois, uma análise sistemática
de todos os aspectos do trabalho, que identifica:

 Aquilo que é susceptível de causar lesões ou danos;


 A possibilidade de os perigos serem eliminados;
 As medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para controlar
os riscos.

A entidade patronal tem o dever geral de assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores
em todos os aspectos relacionados com o trabalho.

28
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Como avaliar os riscos?


Na maior parte das empresas, uma abordagem direta, em cinco etapas (4), deverá funcionar.
Existem, contudo, outros métodos que funcionam igualmente bem, nomeadamente para
riscos e circunstâncias mais complexos.

A avaliação de riscos em cinco etapas


Etapa 1. Identificação dos perigos e das pessoas em risco
“Não esqueça: um perigo pode ser qualquer coisa (material ou equipamento de trabalho,
métodos ou práticas de trabalho) com potencial para causar dano”.

Algumas pistas para ajudá-lo a identificar os perigos que interessam:


 Circule pelo local de trabalho e observe tudo o que possa causar danos;
 Consulte os trabalhadores e/ou os seus representantes sobre os problemas que lhes
tenham surgido;
 Tenha em conta os perigos a longo prazo para a saúde, por exemplo, níveis elevados
de ruído ou exposição a substâncias prejudiciais, bem como riscos mais complexos ou
menos óbvios, por exemplo, fatores de risco psicossociais ou decorrentes da
organização do trabalho;
 Consulte os registros de acidentes de trabalho e de problemas de saúde da empresa;
 Procure obter informações de outras fontes, como:
 Manuais de instruções ou fichas de dados dos fabricantes e fornecedores,
 Site sobre saúde e segurança no trabalho,
 Organizações nacionais, associações comerciais ou sindicatos,
 Regulamentos e normas técnicas.

É importante que fique claro, relativamente a cada perigo, quais as pessoas que poderão ser
afetadas; deste modo, será mais fácil identificar a melhor forma de gerir o risco. Isto não
significa elaborar uma lista com os nomes das pessoas expostas, mas antes identificar
grupos, como «pessoas que trabalham exposta ao risco».
Deve ser prestada especial atenção aos grupos de trabalhadores que podem correr riscos
acrescidos ou ter requisitos específicos. Em cada caso, é importante identificar a forma que
esses danos poderão assumir, ou seja, o tipo de lesão ou problema de saúde que pode
ocorrer.

29
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Trabalhadores que podem correr maior risco


 Trabalhadores com deficiência
 Trabalhadores migrantes
 Trabalhadores jovens e idosos
 Mulheres grávidas
 Pessoal inexperiente ou sem formação
 Trabalhadores da manutenção
 Trabalhadores com baixo comprometimento
 Trabalhadores com problemas de saúde
 Trabalhadores sob medicação susceptível de aumentar a sua vulnerabilidade ao dano

Etapa 2. Avaliação e priorização dos riscos


“Não esqueça: um risco é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguém sofrer danos
provocados pelo perigo”.
A etapa seguinte consiste na avaliação dos riscos decorrentes de cada perigo. Para o efeito,
deve considerar-se:

 A probabilidade de um perigo ocasionar dano;


 A gravidade provável do dano;
 A frequência da exposição dos trabalhadores (e o número de trabalhadores expostos).

Etapa 3. Decisão sobre medidas preventivas


A etapa seguinte consiste em decidir de que forma eliminar ou controlar os riscos. Nesta fase,
há que avaliar:
 Se é possível eliminar o risco;
 Se tal não for o caso, de que forma é possível controlar os riscos de modo a que estes
não comprometam a segurança e a saúde das pessoas expostas.

Na prevenção e no controle dos riscos, importa ter em conta os seguintes princípios


gerais de prevenção:
 Evitar os riscos;
 Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
 Combater os riscos na origem;
 Conferir às medidas de proteção coletiva prioridade em relação às medidas de
proteção individual

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 Adaptar-se ao progresso técnico e às mudanças na informação;


 Procurar melhorar o nível de proteção.
Etapa 4. Adoção de medidas
A etapa seguinte consiste na adoção de medidas de prevenção e de proteção. É importante
envolver os trabalhadores e os seus representantes no processo.

Para que as medidas sejam eficazes, é necessário elaborar um plano que especifique:
 As medidas a aplicar;
 Quem faz; o quê; e quando;
 Quando deve a aplicação estar concluída.
É essencial definir prioridades para os trabalhos destinados a eliminar ou prevenir riscos.

Etapa 5. Acompanhamento e revisão


O acompanhamento das realizações de controles regulares destinados a verificar a aplicação
efetiva ou a eficácia das medidas de prevenção e proteção, bem como a identificação de
novos problemas será de grande valia para melhor gestão.

A avaliação de riscos deve ser revista regularmente, em função da natureza dos riscos e do
grau provável de mudança na atividade laboral, ou na sequencia das conclusões da
investigação de um acidente ou de um «quase acidente».
Registrar a avaliação
A avaliação de riscos deve ser registrada. O seu registro pode ser utilizado como base para:
 Informações a transmitir às pessoas em causa;
 Controles destinados a avaliar se foram tomados às medidas necessárias;
 Elementos de prova a apresentar às autoridades de fiscalização;
 Uma eventual revisão, em caso de alteração das circunstâncias.
Recomenda-se o registro de, no mínimo, os seguintes elementos:
 Nome e função da pessoa ou pessoas que procederam à avaliação;
 Perigos e riscos identificados;
 Grupos de trabalhadores expostos a riscos específicos;
 Medidas de proteção necessárias;
 Informações sobre a introdução das medidas, como, por exemplo, o nome da pessoa
responsável e a data;
 Informações sobre as medidas de acompanhamento e de revisão Subsequentes,
incluindo a data e o nome das pessoas envolvidas;

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 Informações sobre a participação dos trabalhadores e dos seus representantes no


processo de avaliação de riscos.

CAPÍTULO 24 – RETENÇÃO E CONTENÇÃO

Risco é a probabilidade de ocorrência de efeitos adversos à saúde humana, animal e ao


ambiente.

Contenção são meios de proteção aos profissionais na exposição aos agentes de risco,
atingida por meio de boas práticas e do uso de equipamentos de proteção individual ou
coletivo apropriado.

Retenção e Contenção na Construção Civil


Retenção e Contenção na Saúde
Retenção e Contenção na Indústria
Retenção e Contenção na Agricultura
Retenção e Contenção no Transporte

CAPÍTULO 25 – MATRIZ PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

Trata-se de um procedimento para priorização de impactos dentro de uma organização.


Para esta situação as seguintes instruções para preenchimento da matriz devem ser
consideradas:
Campo: “Aspectos” – devem-se descrever os aspectos identificados no processo analisado.
Campo: “Impactos”: descrever os impactos associados aos aspectos. São estes impactos
que serão avaliados individualmente no campo “avaliação” a seguir.
Campo “Avaliação” – este campo é subdividido nos seguintes itens:
Incidência (I) – o aspecto ambiental deve ser avaliado conforme abaixo:
- Direto (D) – aquele sobre o qual a organização exerce ou pode exercer controle efetivo,
originando um impacto direto.
- Indireto (I) – aquele sobre o qual a organização pode apenas exercer influência,
notadamente junto a partes interessadas externas, originando um impacto indireto.
Abrangência (A) – o impacto ambiental deve ser avaliado conforme abaixo:

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- Local (L) – aquele cujos efeitos do aspecto se fazem sentir apenas no próprio sítio onde se
deu a ação e suas imediações.
- Regional (R) – aquele cujos efeitos do aspecto se propagam por uma área além das
imediações do sítio onde se dá a ação.
- Global (G) – aquele cujos efeitos do aspecto atingem um componente de importância
coletiva, nacional ou até mesmo internacional.
Probabilidade (Pr) – os impactos ambientais potenciais associados às situações de risco
devem ser avaliados segundo sua probabilidade de ocorrência, conforme critérios a seguir:
- Alta (3 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja muito grande ou existam
evidências de muitas ocorrências no passado (no mínimo 1 caso em 1 ou 2 anos, por
exemplo).
- Média (2 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja razoável ou existam
evidências de algumas ocorrências no passado (no mínimo 1 caso em 3 ou 4 anos, por
exemplo).
- Baixa (1 ponto) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja nula ou muito remota (no
mínimo 1 caso em 5 anos ou mais, por exemplo) ou não existam evidências de ocorrência no
passado.
Para os impactos reais, este parâmetro deve estar associado à frequência de ocorrência do
mesmo, uma vez iniciada a atividade sob análise, conforme critérios a seguir:
- Alta (3 pontos) – a ocorrência do impacto é constante, uma vez iniciada a atividade.
- Média (2 pontos) – a ocorrência do impacto é intermitente, uma vez iniciada a atividade.
- Baixa (1 ponto) – a ocorrência do impacto é esporádica, uma vez iniciada a atividade.
Severidade (Sr) – os impactos devem ser avaliados segundo sua criticidade, em três tipos
de categorias:
- Severo (3 pontos) – aquele cujo impacto adverso cause danos irreversíveis, críticos ou de
difícil reversão e/ou ponha perigo a vida de seres humanos externos à empresa.
- Leve (2 pontos) – aquele cujo impacto adverso cause danos reversíveis ou contornáveis
e/ou ameace a saúde de seres humanos externos à empresa.
- Sem dano (1 ponto) – aquele cujo impacto cause danos mínimos ou imperceptíveis.
Escala (Es) – os impactos devem ser avaliados segundo a sua escala:
- Ampla (3 pontos) – se o prejuízo alastra-se para fronteiras amplas e desconhecidas. No
caso dos impactos adversos, pode-se ter, por exemplo, contaminação de lençóis
subterrâneos, rios, mares, extensas correntes de ar, erosão generalizada e/ou outros
prejuízos semelhantes.

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- Limitada (2 pontos) – se o prejuízo alastra-se para áreas fora dos limites da propriedade da
empresa, porém limita-se à região de vizinhança.
- Isolada (1 ponto) – se o prejuízo restringe-se a uma área específica que não extrapola
limites da propriedade da empresa.
Detecção (De) – os impactos potenciais e reais devem ser avaliados segundo o seu grau de
detecção, conforme critérios a seguir:
- Difícil (3 pontos) – é improvável que o impacto real ou que o aspecto potencial, neste
último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja detectado através dos meios de
monitoramento disponíveis.
- Moderado (2 pontos) – é provável que o aspecto real ou que o aspecto potencial, neste
último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja detectado através dos meios de
monitoramento disponíveis e dentro de um período razoável de tempo.
- Fácil (1 ponto) – é praticamente certo que o impacto real ou que o impacto potencial, neste
último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja detectado rapidamente através dos
meios de monitoramento disponíveis.
As condições de operação podem ser avaliadas da seguinte maneira:
- Normal (N) – Aquelas especificadas para que as operações se dê em dentro das condições
esperadas de produtividade, qualidade e segurança.
- Anormal (A) – Aquelas de falha incompleta e/ou de baixa ou alta produção, onde consumos,
perdas ou poluição, novos ou com níveis além dos aceitáveis, existam ou possam existir.
- Risco (R) - Aquela situação que apresenta um ou mais impactos potenciais que podem se
manifestar, com uma certa probabilidade, através de um incidente ou de um acidente.

Da mesma forma que as condições de operação, a temporalidade indica que o impacto


pode ser avaliado conforme abaixo:
- Passado (P) – resultante de atividades, produtos e/ou serviços desenvolvidos no passado
que ainda geram impactos (passivo).
- Presente (Pr) – resultante de atividades, produtos e/ou serviços realizados no presente.
- Futuro (F) – resultante de atividades, produtos e/ou serviços que estão em fase de
implantação ou podem ter impacto no futuro.
Campo “Significância” – é composto pelos parâmetros abaixo:
Resultado (Re) – é determinado pela multiplicação dos fatores (Probabilidade X Severidade X
Escala X Detecção)
Pontuação
Obtida Significância Ação a ser tomada

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De 01 a 06 pontos
Desprezível “Manter rotina”
De 08 a 16 pontos
Significante “Controle operacional”
Igual ou acima de 18 pontos
Importante “Controle operacional e Plano de Ação”

CAPÍTULO 26 – INSPEÇÃO PRÉVIA

Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação de
suas instalações ao órgão regional do MTb. (Alteração dada pela Portaria n.º 35, de
28/12/83)
O órgão regional do MTb, após realizar a inspeção prévia, emitirá o Certificado de Aprovação
de Instalações – CAI.
A empresa poderá encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das instalações do
estabelecimento novo, conforme modelo anexo, que poderá ser aceita pelo referido órgão,
para fins de fiscalização, quando não for possível realizar a inspeção prévia antes de o
estabelecimento iniciar suas atividades.
A empresa deverá comunicar e solicitar a aprovação do órgão regional do MTb, quando
ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos de seu(s)
estabelecimento(s).
É facultado às empresas submeter à apreciação prévia do órgão regional do MTb os projetos
de construção e respectivas instalações.
A inspeção prévia e a declaração de instalações, constituem os elementos capazes de
assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou
de doenças do trabalho, razão pela qual o estabelecimento que não atender ao disposto
naqueles itens fica sujeito ao impedimento de seu funcionamento, conforme estabelece o art.
160 da CLT, até que seja cumprida a exigência deste artigo.

CAPÍTULO 27 – EMBARGO E INTERDIÇÃO

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Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação de situação


de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador.
Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar
acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do
trabalhador.
A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço,
máquina ou equipamento.
O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra.
Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem,
instalação, manutenção ou reforma.
Durante a vigência da interdição ou do embargo, podem ser desenvolvidas atividades
necessárias à correção da situação de grave e iminente risco, desde que adotadas medidas
de proteção adequadas dos trabalhadores envolvidos.
Durante a paralisação decorrente da imposição de interdição ou embargo, os empregados
devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício.

CAPÍTULO 28 – EDIFICAÇÕES

Circulação
Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que
prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda
de pessoas ou objetos.
Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas
móveis e fixas, para as quais a edificação se destina.
As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo com as
normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação.
Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver
perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes.
Os andares acima do solo devem dispor de proteção adequada contra quedas, de acordo com
as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as condições de segurança e conforto.

Proteção contra intempéries

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As partes externas, bem como todas as que separem unidades autônomas de uma edificação,
ainda que não acompanhem sua estrutura, devem, obrigatoriamente, observar as normas
técnicas oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e
condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade.
Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessários
impermeabilizados e protegidos contra a umidade.
As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas.
As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a evitar
insolação excessiva ou falta de insolação.

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