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MÓDULO DE SEGURANÇA I
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CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS
SUMARIO
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CAPÍTULO 01 – CONCEITOS
Acidente de Trajeto - Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que
ocorre na ida ou na volta do trabalho ou no mesmo trajeto, quando o trabalhador efetua as
refeições em sua residência. Deixa de caracterizar-se o acidente quando o trabalhador, por
vontade própria, interrompa ou altere seu trajeto normal.
Incidente - No conceito prevencionista é todo acidente sem lesão física, sendo que esta
conceituação permite a análise de todos os acidentes ocorridos, para que possamos descobrir
as verdadeiras causas e as consequentes medidas de prevenção.
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§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções,
tempo integral.
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em
número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado,
ou mediante contrato coletivo de trabalho.
§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente,
a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por
cento) superior à da hora normal.
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de
um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias.
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite
legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo
manifesto.
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo
ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade
competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da
fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste
artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora
normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe
expressamente outro limite.
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho
poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o
número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10
(dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita
essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.
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Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, será estabelecida escala
de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória
a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1
(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de
2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for
concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com
um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho.
Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a
cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de
10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho.
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Quadro de horário
Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido
pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro
será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma
mesma seção ou turma.
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a
anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-
assinalação do período de repouso.
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I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte
e cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e
duas horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte
horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
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1.4 A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional
competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do
trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT,
o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
(Alteração dada pela Portaria n.º 13, de 17/09/93)
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agentes.
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes,
alérgicos ou incômodos.
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo.
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-
mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.
Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco
acentuado.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará
com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das
normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho
ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as
atividades insalubres ou perigosas.
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instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se
recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações.
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Têm direito ao benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e
do sexo feminino a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir
aposentadoria por idade com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos, homens, e a partir
dos 55 anos, mulheres.
Para solicitar o benefício, os trabalhadores urbanos inscritos na Previdência Social a partir de
25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuições mensais. Os rurais têm de
provar, com documentos, 180 meses de atividade rural.
Os segurados urbanos filiados até 24 de julho de 1991, devem comprovar o número de
contribuições exigidas de acordo com o ano em que implementaram as condições para
requerer o benefício, conforme tabela abaixo. Para os trabalhadores rurais, filiados até 24 de
julho de 1991, será exigida a comprovação de atividade rural no mesmo número de meses
constantes na tabela. Além disso, o segurado deverá estar exercendo a atividade rural na
data de entrada do requerimento ou na data em que implementou todas as condições
exigidas para o benefício, ou seja, idade mínima e carência.
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Nota:
A aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável: depois que receber o primeiro
pagamento, ou sacar o PIS e/ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado
não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a
aposentadoria.
Benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela
perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo
de serviço que lhes garanta o sustento.
Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no
agravamento da enfermidade.
Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de dois em dois
anos, se não, o benefício é suspenso. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado
recupera a capacidade e volta ao trabalho.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por
no mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo de carência não é
exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência Social.
Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador
homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30
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anos. Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que combinar dois
requisitos: tempo de contribuição e idade mínima.
Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de
contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de
1998 para completar 30 anos de contribuição.
As mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição, mais um
adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25
anos de contribuição.
Para ter direito à aposentadoria integral ou proporcional, é necessário também o
cumprimento do período de carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições
mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25
de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa
data têm de seguir a tabela progressiva.
A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria
por tempo de contribuição.
Nota:
A aposentadoria por tempo de contribuição é irreversível e irrenunciável: depois que receber
o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o
segurado não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para
requerer a aposentadoria.
Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua
capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm
direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador
especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e o facultativo não recebem o
benefício
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Pagamento
A partir do dia seguinte em que cessa o auxílio-doença.
Valor do benefício
Corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença corrigido até o
mês anterior ao do início do auxílio-acidente.
CAPÍTULO 17 - AUXÍLIO DOENÇA
Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de
15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias
são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º
dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados inclusive o doméstico, a
Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em
ambos os casos, deverá ter ocorrido o requerimento do benefício. Clique aqui para mais
informações sobre pagamento.
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame
realizado pela perícia médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no
mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer
natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doença profissional ou do
trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição e
desde que tenha qualidade de segurado quando do início da incapacidade, o trabalhador
acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em estágio avançado
(osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), contaminação por
radiação (comprovada em laudo médico) ou hepatopatia grave.
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Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou
lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agravamento da
enfermidade.
O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e, se
constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar do
programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, prescrito e custeado
pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão
consideradas para concessão do auxílio-doença se, após nova filiação à Previdência Social,
houver pelo menos quatro contribuições que, somadas às anteriores, totalizem, no mínimo, a
carência exigida (12 meses).
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- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual
trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou
na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor
mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade
de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:
Segurança do Trabalho - Pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são
adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como
proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e
Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento,
Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho,
Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e
Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos.
Acidente do Trabalho - É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou perda ou redução
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Acidente de Trajeto - Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que
ocorre na ida ou na volta do trabalho ou no mesmo trajeto, quando o trabalhador efetua as
refeições em sua residência. Deixa de caracterizar-se o acidente quando o trabalhador, por
vontade própria, interrompa ou altere seu trajeto normal.
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Ex: Saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo), Silicose (sílica) e a LER (lesões por
esforços repetitivos).
Incidente - No conceito prevencionista é todo acidente sem lesão física, sendo que esta
conceituação permite a análise de todos os acidentes ocorridos, para que possamos descobrir
as verdadeiras causas e as consequências medidas de prevenção.
O conceito definido pela lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da Previdência Social determina,
em seu Capitulo II, Seção I, artigo 19 que "Acidente de trabalho é o que ocorre no
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta lei, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou ainda a redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho”.
Também se inclui nestes casos, a chamada doença profissional mencionada como "a
produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social". O inciso II desse mesmo artigo define doença do trabalho como sendo aquela
"adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado
e com ele se relacione diretamente", como também os acidentes de Trajeto, acidente
sofrido pelo trabalhador, ainda que fora do local e horário de trabalho como em viagem a
serviço da empresa, independente do meio de locomoção utilizado no percurso da residência
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para o local de trabalho ou vice-versa, nos períodos destinados a refeição ou descanso ou por
ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, dentre outros.
Tal definição é questionável por exigir que haja uma lesão para que se caracterize o
ACIDENTE DO TRABALHO, do ponto de vista prevencionista, o ACIDENTE DO TRABALHO
caracteriza-se por ser um acontecimento imprevisto que suspende ou interfere no
procedimento de uma tarefa ou atividade, podendo trazer como conseqüência:
perda de tempo, danos materiais, lesões físicas e doenças profissionais.
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1) Riscos físicos
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas
características do local de trabalho, que podem causar prejuízos á saúde do trabalhador.
2) Riscos químicos
Estes riscos são representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas
líquida, sólida e gasosa. Quando absorvidos pelo organismo, pode produzir reações tóxicas e
danos á saúde. Há três vias de penetração no organismo: - Via respiratória: inalação pelas
vias aéreas - Via cutânea: absorção pela pele - Via digestiva: ingestão.
3) Riscos biológicos
Os riscos biológicos são causados por microrganismos invisíveis a olho nu, como bactérias,
fungos, vírus, bacilos e outros, São capazes de desencadear doenças devido à contaminação
e pela própria natureza do trabalho.
4) Riscos ergonômicos
Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que propõem que os ambientes de
trabalho se adaptem ao homem, propiciando bem estar físico e psicológico. Os riscos
ergonômicos estão ligados também a fatores externos – do ambiente – e a fatores internos –
do plano emocional. Em síntese: ocorrem quando há disfunção entre o indivíduo, seu posto
de trabalho e seus equipamentos.
5) Riscos de acidentes
Riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas – de ambiente físico e do
processo de trabalho – e tecnológicas impróprias capazes de provocar lesões à integridade
física do trabalhador.
Um valor abaixo do qual há razoável segurança para a maioria dos expostos contra o
desencadeamento de doenças causadas por um agente ambiental? (essa adição é
fundamental)
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Aposentadoria Especial
Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou
à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá
comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a
concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).
CAPÍTULO 22 – EXPOSIÇÃO
Exposição Eventual – Exposição que ocorre de forma não programada, incerta, casual, que
depende de fatores adversos, fora do habitual.
Exposição Intermitente – Exposição que ocorre de forma não contínua, ocasional, e com
interrupções ou intervalos regulares, ao longo da jornada de trabalho, diária, semanal ou
mensal.
Exemplo
Condições de exposição dos riscos ambientais
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A entidade patronal tem o dever geral de assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores
em todos os aspectos relacionados com o trabalho.
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É importante que fique claro, relativamente a cada perigo, quais as pessoas que poderão ser
afetadas; deste modo, será mais fácil identificar a melhor forma de gerir o risco. Isto não
significa elaborar uma lista com os nomes das pessoas expostas, mas antes identificar
grupos, como «pessoas que trabalham exposta ao risco».
Deve ser prestada especial atenção aos grupos de trabalhadores que podem correr riscos
acrescidos ou ter requisitos específicos. Em cada caso, é importante identificar a forma que
esses danos poderão assumir, ou seja, o tipo de lesão ou problema de saúde que pode
ocorrer.
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Para que as medidas sejam eficazes, é necessário elaborar um plano que especifique:
As medidas a aplicar;
Quem faz; o quê; e quando;
Quando deve a aplicação estar concluída.
É essencial definir prioridades para os trabalhos destinados a eliminar ou prevenir riscos.
A avaliação de riscos deve ser revista regularmente, em função da natureza dos riscos e do
grau provável de mudança na atividade laboral, ou na sequencia das conclusões da
investigação de um acidente ou de um «quase acidente».
Registrar a avaliação
A avaliação de riscos deve ser registrada. O seu registro pode ser utilizado como base para:
Informações a transmitir às pessoas em causa;
Controles destinados a avaliar se foram tomados às medidas necessárias;
Elementos de prova a apresentar às autoridades de fiscalização;
Uma eventual revisão, em caso de alteração das circunstâncias.
Recomenda-se o registro de, no mínimo, os seguintes elementos:
Nome e função da pessoa ou pessoas que procederam à avaliação;
Perigos e riscos identificados;
Grupos de trabalhadores expostos a riscos específicos;
Medidas de proteção necessárias;
Informações sobre a introdução das medidas, como, por exemplo, o nome da pessoa
responsável e a data;
Informações sobre as medidas de acompanhamento e de revisão Subsequentes,
incluindo a data e o nome das pessoas envolvidas;
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Contenção são meios de proteção aos profissionais na exposição aos agentes de risco,
atingida por meio de boas práticas e do uso de equipamentos de proteção individual ou
coletivo apropriado.
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- Local (L) – aquele cujos efeitos do aspecto se fazem sentir apenas no próprio sítio onde se
deu a ação e suas imediações.
- Regional (R) – aquele cujos efeitos do aspecto se propagam por uma área além das
imediações do sítio onde se dá a ação.
- Global (G) – aquele cujos efeitos do aspecto atingem um componente de importância
coletiva, nacional ou até mesmo internacional.
Probabilidade (Pr) – os impactos ambientais potenciais associados às situações de risco
devem ser avaliados segundo sua probabilidade de ocorrência, conforme critérios a seguir:
- Alta (3 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja muito grande ou existam
evidências de muitas ocorrências no passado (no mínimo 1 caso em 1 ou 2 anos, por
exemplo).
- Média (2 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja razoável ou existam
evidências de algumas ocorrências no passado (no mínimo 1 caso em 3 ou 4 anos, por
exemplo).
- Baixa (1 ponto) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja nula ou muito remota (no
mínimo 1 caso em 5 anos ou mais, por exemplo) ou não existam evidências de ocorrência no
passado.
Para os impactos reais, este parâmetro deve estar associado à frequência de ocorrência do
mesmo, uma vez iniciada a atividade sob análise, conforme critérios a seguir:
- Alta (3 pontos) – a ocorrência do impacto é constante, uma vez iniciada a atividade.
- Média (2 pontos) – a ocorrência do impacto é intermitente, uma vez iniciada a atividade.
- Baixa (1 ponto) – a ocorrência do impacto é esporádica, uma vez iniciada a atividade.
Severidade (Sr) – os impactos devem ser avaliados segundo sua criticidade, em três tipos
de categorias:
- Severo (3 pontos) – aquele cujo impacto adverso cause danos irreversíveis, críticos ou de
difícil reversão e/ou ponha perigo a vida de seres humanos externos à empresa.
- Leve (2 pontos) – aquele cujo impacto adverso cause danos reversíveis ou contornáveis
e/ou ameace a saúde de seres humanos externos à empresa.
- Sem dano (1 ponto) – aquele cujo impacto cause danos mínimos ou imperceptíveis.
Escala (Es) – os impactos devem ser avaliados segundo a sua escala:
- Ampla (3 pontos) – se o prejuízo alastra-se para fronteiras amplas e desconhecidas. No
caso dos impactos adversos, pode-se ter, por exemplo, contaminação de lençóis
subterrâneos, rios, mares, extensas correntes de ar, erosão generalizada e/ou outros
prejuízos semelhantes.
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- Limitada (2 pontos) – se o prejuízo alastra-se para áreas fora dos limites da propriedade da
empresa, porém limita-se à região de vizinhança.
- Isolada (1 ponto) – se o prejuízo restringe-se a uma área específica que não extrapola
limites da propriedade da empresa.
Detecção (De) – os impactos potenciais e reais devem ser avaliados segundo o seu grau de
detecção, conforme critérios a seguir:
- Difícil (3 pontos) – é improvável que o impacto real ou que o aspecto potencial, neste
último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja detectado através dos meios de
monitoramento disponíveis.
- Moderado (2 pontos) – é provável que o aspecto real ou que o aspecto potencial, neste
último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja detectado através dos meios de
monitoramento disponíveis e dentro de um período razoável de tempo.
- Fácil (1 ponto) – é praticamente certo que o impacto real ou que o impacto potencial, neste
último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja detectado rapidamente através dos
meios de monitoramento disponíveis.
As condições de operação podem ser avaliadas da seguinte maneira:
- Normal (N) – Aquelas especificadas para que as operações se dê em dentro das condições
esperadas de produtividade, qualidade e segurança.
- Anormal (A) – Aquelas de falha incompleta e/ou de baixa ou alta produção, onde consumos,
perdas ou poluição, novos ou com níveis além dos aceitáveis, existam ou possam existir.
- Risco (R) - Aquela situação que apresenta um ou mais impactos potenciais que podem se
manifestar, com uma certa probabilidade, através de um incidente ou de um acidente.
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De 01 a 06 pontos
Desprezível “Manter rotina”
De 08 a 16 pontos
Significante “Controle operacional”
Igual ou acima de 18 pontos
Importante “Controle operacional e Plano de Ação”
Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação de
suas instalações ao órgão regional do MTb. (Alteração dada pela Portaria n.º 35, de
28/12/83)
O órgão regional do MTb, após realizar a inspeção prévia, emitirá o Certificado de Aprovação
de Instalações – CAI.
A empresa poderá encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das instalações do
estabelecimento novo, conforme modelo anexo, que poderá ser aceita pelo referido órgão,
para fins de fiscalização, quando não for possível realizar a inspeção prévia antes de o
estabelecimento iniciar suas atividades.
A empresa deverá comunicar e solicitar a aprovação do órgão regional do MTb, quando
ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos de seu(s)
estabelecimento(s).
É facultado às empresas submeter à apreciação prévia do órgão regional do MTb os projetos
de construção e respectivas instalações.
A inspeção prévia e a declaração de instalações, constituem os elementos capazes de
assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou
de doenças do trabalho, razão pela qual o estabelecimento que não atender ao disposto
naqueles itens fica sujeito ao impedimento de seu funcionamento, conforme estabelece o art.
160 da CLT, até que seja cumprida a exigência deste artigo.
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CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS
CAPÍTULO 28 – EDIFICAÇÕES
Circulação
Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que
prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda
de pessoas ou objetos.
Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas
móveis e fixas, para as quais a edificação se destina.
As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo com as
normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação.
Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver
perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes.
Os andares acima do solo devem dispor de proteção adequada contra quedas, de acordo com
as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as condições de segurança e conforto.
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CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS
As partes externas, bem como todas as que separem unidades autônomas de uma edificação,
ainda que não acompanhem sua estrutura, devem, obrigatoriamente, observar as normas
técnicas oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e
condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade.
Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessários
impermeabilizados e protegidos contra a umidade.
As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas.
As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a evitar
insolação excessiva ou falta de insolação.
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