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Segurança do Trabalho

Curso de Pedreiro

Palmas – TO
2013
1 Histórico
• Revolução Industrial.
• A Organização Internacional do Trabalho (OIT)
• Segunda Guerra (mentalidade humanitária)
• Organização Mundial da Saúde (OMS)
• Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
• Normas Regulamentadoras (NR’s)
2 Introdução a Segurança do Trabalho

2.1 Acidente do Trabalho

Conceito Legal: “acidente do trabalho é


aquele que ocorre no exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, ou perda, ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho”.
Conceito Prevencionista: “Acidente do
trabalho é toda ocorrência não programada,
não desejada, que interrompe o andamento
normal do trabalho, podendo resultar em
danos físicos e/ou funcionais, ou a morte do
trabalhador e/ou danos materiais e
econômicos a empresa e ao meio ambiente”.
2.1.1 Classificação dos Acidentes do
Trabalho

• Acidente Típico
• Acidente de Trajeto
• Acidente Fora do Local e Horário de Trabalho
• Doença Profissional e Doença do Trabalho
2.1.2 Investigação dos Acidentes
• Estudo e aplicação de medidas corretivas.
• Evitar que os acidentes se repitam, ou ainda
evita que outros possam acontecer.
• Para tal estudo devem conhecer:
as causas dos acidentes.
métodos e/ou situações inadequada à
prevenção de acidentes.
Núcleo de Pesquisa Aplicada a Pesca e
Aquicultura do Tocantins
2.1.3 Analise de Acidentes
Tem por objetivo descobrir as causas dos
acidentes para que se possa, por meio da
eliminação das mesmas, evitar sua repetição.
Essa investigação envolve três fases:
• Coleta de informações
• Diagnóstico da ocorrência
• Proposta de medidas corretivas
2.1.4 Consequências dos Acidentes

• Lesões pessoais
• Perda de tempo
• Danos Materiais
2.1.5 Comunicação de Acidente do
Trabalho (CAT)
• A empresa deverá comunicar ao Ministério do
Trabalho o acidente do trabalho, ocorrido com
seu empregado, havendo ou não afastamento
do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao
da ocorrência. Tratando-se de acidente
envolvendo trabalhadores a serviço de
empresas prestadoras de serviços, a CAT
deverá ser emitida pela empresa
empregadora.
Núcleo de Pesquisa Aplicada a Pesca e
Aquicultura do Tocantins
2.2 Legislação
2.2.1 Normas Regulamentadoras
 A LEI No. 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977 Altera o
Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT), relativo à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional
competente em matéria de segurança e medicina do
trabalho:
 A PORTARIA No. 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978 Aprova
as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V,
Título II, da Consolidação das leis do trabalho, relativas
à Segurança e Medicina do Trabalho.
NORMAS REGULAMENTADORAS:

 NR-1 – DISPOSIÇÕES GERAIS


 NR-2 – INSPEÇÃO PRÉVIA
 NR-3 – EMBRAGO E INTERDIÇÃO
 NR-4 – SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO
TRABALHO – SESMT
 NR-5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA
 NR-6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
 NR-7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL - PCMSO
 NR-8 – EDIFICAÇÕES
 NR-9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA
 NR-10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE
 NR-11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E
MANUSEIO DE MATERIAIS
 NR-12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
 NR-13 – CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
 NR-14 – FORNOS
 NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
 NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
 NR-17 – ERGONOMIA
 NR-18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT
 NR-19 – EXPLOSIVOS
 NR-20 – LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS
 NR-21 – TRABALHO A CÉU ABERTO
 NR-22 – SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO
 NR-23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
 NR-24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE
TRABALHO
 NR-25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS
 NR-26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
 NR-27 – REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
 NR-28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
 NR-29 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO
 NR-30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO
 NR-31 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DA AGRICULTURA,
PECUÁRIA, SIVILCULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
 NR-32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE
 NR-33 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS
CONFINADOS
 NR-34 (TEXTO PARA CONSULTA PÚBLICA) - CONDIÇÕES E MEIO
AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E
REPARAÇÃO NAVAL
 NR – 35 TRABALHO EM ALTURA.
 NR – 36 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE
ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS.
2.2.2 SESMT
As empresas privadas e públicas, os órgãos
públicos da administração direta e indireta e
dos poderes Legislativo e Judiciário, que
possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
manterão, obrigatoriamente, Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho, com a finalidade de
promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.
O dimensionamento dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho vincula-se à
gradação do risco da, atividade principal e ao
número total de empregados do
estabelecimento, constantes dos Quadros I e
II, anexos, observadas as exceções previstas
nesta NR.
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Aquicultura do Tocantins
2.2.2.1 Componentes do SESMT
 Médico do Trabalho
Executar exames admissionais, demissionais, periódicos
de todos os empregados e exames complementares, a
fim de controlar as condições de saúde dos mesmos e
assegurar a continuidade operacional e a
produtividade;
Proceder aos exames médicos destinados à seleção ou
orientação de candidatos a emprego em ocupações
definidas, baseando-se nas exigências psicossomáticas
das mesmas, para possibilitar o aproveitamento dos
mais aptos.
Implementar e desenvolver o PCMSO
• Engenheiro de Segurança do Trabalho
Elaborar e implementar projetos que visem a
preservação da integridade física e psicológica
dos colaboradores, através de programas,
campanhas e treinamentos;
Realizar análises ambientais e propor
melhorias;
Emitir laudos.
• Técnico de Segurança do Trabalho
Realizar inspeções de segurança em obras e
instalações da empresa, com o intuito de
identificar riscos em ambientes da empresa.
Elaborar relatórios das condições ambientais
encontradas.
Participar de palestras, campanhas e
treinamentos de conscientização.
Acompanhar o desenvolvimento da CIPA.
• Enfermeira do Trabalho
Realizar campanhas de vacinação e de saúde
em geral.
Acompanhar o recebimento de atestados
médicos e identificar possíveis causas laborais.
Realizar atendimentos emergenciais
2.2.3 Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO)
• O PCMSO deverá ter caráter de prevenção,
rastreamento e diagnóstico precoce dos
agravos à saúde relacionados ao trabalho,
inclusive de natureza subclínica, além da
constatação da existência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis à saúde
dos trabalhadores.
O PCMSO deve incluir, entre outros, a
realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
2.2.4 Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA)
• O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais) visa reconhecer os riscos do
ambiente, através de análises qualitativas e
quantitativas, apontando medidas de correção
ou neutralização destes riscos.
2.2.5 CIPA
• A Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) é um instrumento que os
trabalhadores dispõem para tratar da
prevenção de acidentes do trabalho, das
condições do ambiente do trabalho e de todos
os aspectos que afetam sua saúde e
segurança. A CIPA é regulamentada pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos
artigos 162 a 165 e pela Norma
Regulamentadora 5 (NR-5), contida na
portaria 3.214 de 08.06.78 baixada pelo
Ministério do Trabalho.
• A constituição de órgãos dessa natureza
dentro das empresas foi determinada pela
ocorrência significativa e crescente de
acidentes e doenças típicas do trabalho em
todos os países que se industrializaram.
• A CIPA é composta de representantes do
empregador e dos empregados, de acordo
com o dimensionamento previsto, ressalvadas
as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos
específicos.
• No Brasil, esta participação, prevista na CLT, se
restringe a CIPA, onde os trabalhadores
formalmente ocupam metade de sua
composição após eleições diretas e anuais.
• Todas as empresas que possuam empregados
com atividades em um canteiro de obras
devem possuir CIPA, sendo esta organizada
quanto ao tipo (por canteiro, centralizada ou
provisória) e dimensionada de acordo com as
determinações do item 18.33 da NR-18.
Tipos de CIPA:
• CIPA centralizada: quando a empresa possui
num mesmo município 1 (um) ou mais
canteiros de obras ou frentes de trabalho com
menos de 70 (setenta) empregados (18.33.1).
• CIPA por canteiro: quando a empresa possui 1
(um) ou mais canteiros ou frentes de trabalho
com 70 (setenta) ou mais empregados
(18.33.3).
• CIPA provisória: para o caso de canteiro cuja
duração de atividades não exceda a 180 dias
(18.33.4).
2.3 Riscos Ambientais
• É importante conhecer quais são os riscos
inerentes à atividade e ao ambiente, para
poder eliminá-los ou neutralizá-los com
medidas e equipamentos que atuem
diretamente sobre eles.
• São considerados riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos, ergonômico e de
acidente que possam ocasionar danos à saúde
do trabalhador ou que possa causar prejuízo a
sua integridade física, oriundos nos ambientes
de trabalho, em função de sua natureza,
concentração, intensidade e tempo de
exposição.
Riscos Físicos
• Consideram-se agentes físicos as diversas
formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, tais como: ruído,
vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações não ionizantes, radiações
ionizantes, umidade, bem como o infra-som e
o ultra-som.
Riscos Químicos
• Consideram-se agentes químicos as
substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos
metálicos, névoas, neblinas, gases ou vapores,
ou que, pela natureza da atividade de
exposição possam ter contato, ou ser
absorvido pelo organismo através da pele ou
por ingestão.
Riscos Biológicos
• Consideram-se agentes biológicos as
bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, entre outros.
Riscos Ergonômicos
• Qualquer fator que possa interferir nas
características psicofisiológicas do
trabalhador, causando desconforto ou
afetando sua saúde. São exemplos de risco
ergonômico: o levantamento de peso, ritmo
excessivo de trabalho, monotonia,
repetitividade, postura inadequada de
trabalho, entre outros.
Riscos de Acidentes
• Qualquer fator que coloque o trabalhador em
situação vulnerável e possa afetar sua
integridade, e seu bem estar físico e psíquico.
São exemplos de risco de acidente: as
máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo
físico inadequado, armazenamento
inadequado, entre outras situações.
2.4 Mapa de Riscos
• É a representação gráfica dos riscos dos riscos
de um ambiente.
• Feito a partir da planta baixa, classificando-os
por grau de perigo: pequeno, médio e grande.
• Estes tipos são agrupados em cinco grupos
classificados pelas cores vermelho, verde,
marrom, amarelo e azul. Cada grupo
corresponde a um tipo de agente: químico,
físico, biológico, ergonômico e de acidente.
• O mapa deve ser colocado em um local visível
para alertar aos trabalhadores sobre os
perigos existentes naquela área.
• Quando num mesmo local houver incidência
de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-
se o mesmo circulo, dividindo-o em partes,
pintando-as com cor correspondente ao risco.
• Dentro dos círculos deverão ser anotados o
numero de trabalhadores expostos ao risco e
o nome do risco.
Grupo 1 Grupo2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo5
Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul
Agentes Agentes Agentes Riscos Riscos de
Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico Máquinas e
Vibrações Fumos Metálicos Bactérias intenso equipamentos sem
Radiações Névoas Protozoários Levantamento e proteção
ionizantes Neblinas Fungos transporte manual Instrumentos
Radiações não - Gases Parasitas de peso inadequadas ou
ionizantes Vapores Bacilos Exigência de defeituosas
Frio de Substâncias, postura Risco de Choque
Calor compostos ou inadequada elétrico e
Pressões anormais produtos químicos Controle rígido de mecânico
Umidade produtividade Probabilidade de
Imposição de incêndio ou
ritmos excessivos explosão
Monotonia e Armazenamento
repetitividade inadequado
Manipulação
inadequada
de perfuro-
cortantes
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Aquicultura do Tocantins
2.4.1 Elaboração do Mapa de Risco
• A inspeção de segurança deve ser feita para
levantamento dos dados necessários
• Após discutido e aprovado, o mapa de riscos
completo ou setorial deve ser afixado no setor
mapeado, em local visível e de fácil acesso
para os trabalhadores e visitantes.
As etapas da elaboração do mapa de
risco são:
• Levantamento dos dados do processo de
trabalho: Numero de funcionários que
trabalham no setor, sexo do entrevistado,
jornada de trabalho, se já recebeu
treinamento para função e se já recebeu
treinamento em segurança, avaliação do
ambiente de trabalho, das atividades
desenvolvidas e do ambiente de trabalho;
• Identificação dos riscos existentes;
• Identificação das medidas de proteção e se
elas são eficientes: EPIs, EPCs, estado de
higiene e conforto dos banheiros, vestiários,
bebedouros, refeitório e áreas de lazer;
• Identificação dos problemas de saúde:
Queixas mais freqüentes entre trabalhadores
expostos aos mesmos riscos, acidentes de
trabalhos ocorridos e as doenças ocupacionais
registradas no setor.
• Analise dos levantamentos de riscos realizados
anteriormente.
3 Ergonomia
• Ergonomia é um conjunto de ciências e
tecnologias que procura a adaptação
confortável e produtiva entre o ser humano e
o seu ambiente de trabalho, procurando
adaptar as condições de trabalho às
características do ser humano, resultando no
princípio mais importante da ergonomia:
adaptar o trabalho ao homem.
3.1 Posto de Trabalho
• Toda atividade de trabalho está inserida numa
dada área, num certo espaço. O ambiente
físico ou posto de trabalho, pode favorecer ou
dificultar a execução do trabalho. Seus
componentes podem ser fonte de
insatisfação, desconforto, sofrimento e
doenças ou proporcionar a sensação de
conforto.
3.2 Doenças Ergonômicas
• As atividades que exigem movimentos
repetitivos, força excessiva, posturas estáticas
ou inadequadas, digitação por tempo
prolongado, entre outras, podem levar a dores
musculares. Esses tipos de atividades sem
alternância, pausas para descanso e/ou
mudanças de postura podem ser prejudiciais.
3.3 Mobiliário do Posto de Trabalho
• Toda mobília utilizadas em escritórios devem
seguir as normas da ABNT para mobiliário de
escritório e NR-17 do Ministério do Trabalho e
Previdência Social. Devendo ter laudo
emitido e assinado por Engenheiro Mecânico
e de Segurança do Trabalho assegurando sua
conformidade com as Normas Mecânicas e da
NR 17 do MTE.
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4 Equipamentos de Proteção
Individual e Coletivo
4.1 Equipamento de Proteção Individual (EPI)
• EPI são ferramentas de trabalho que visam
proteger a saúde do trabalhador, reduzindo os
riscos decorrentes da exposição de um agente
de risco.
• O uso de EPI é uma exigência da legislação
trabalhista brasileira através de suas Normas
Regulamentadoras.
É obrigação do empregador

• fornecer os EPI adequados ao trabalho


• instruir e treinar quanto ao uso dos EPI
• fiscalizar e exigir o uso dos EPI
• repor os EPI danificados
É obrigação do trabalhador

• usar e conservar os EPI

Quem falhar nestas obrigações poderá ser


responsabilizado
• O empregador poderá responder na área criminal
ou cível, além de ser multado pelo Ministério do
Trabalho.
• O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas
podendo até ser demitido por justa causa.
4.2 Equipamento de Proteção Coletiva
(EPC)
• O Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) visa
identificar, neutralizar, ou eliminar os riscos
inerentes ao ambiente da tarefa.
• Tem a finalidade de proteger a integridade física
dos colaboradores ou de terceiros, eliminando
agentes ambientais prejudiciais à saúde;
sinalizando e delimitando áreas de trabalho, ou
atuando como barreira para os agentes de riscos
ambientais, entre outros meios.
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5 Prevenção e Combate a Incêndio
• Conceitua-se incêndio como a presença de fogo
em local não desejado, capaz de provocar
prejuízos materiais, quedas, queimaduras e
intoxicações por fumaça.
• O fogo, por sua vez, é um tipo de queima,
combustão ou oxidação; resulta de uma reação
química em cadeia, que ocorre na medida em
que atuem:
– Combustível;
– Oxigênio;
– Calor (energia);
– Reação em cadeia.
TETRAEDRO DO FOGO

• Eliminando-se um desses 4 elementos,


terminará a combustão e, consequentemente,
o foco de incêndio.
5.1 Medidas Preventivas
• A prevenção é o conjunto de medidas que
visam evitar que os sinistros surjam, mas não
havendo essa possibilidade, que sejam
mantidos sob controle, evitando a propagação
e facilitando o combate.
• Atividades educativas como palestras e cursos
nas escolas, empresas, prédios residenciais;
• Divulgação pelos meios de comunicação;
• Elaboração de normas e leis que obriguem a
aprovação de projetos de proteção contra
incêndios, instalação dos equipamentos,
testes e manutenção adequados;
• Formação, treinamento e exercícios práticos
de brigadas de incêndio.
5.2 Combate ao Incêndio
O combate inicia-se quando não foi possível
evitar o surgimento do incêndio,
preferencialmente sendo adotadas medidas
na seguinte ordem:
• Salvamento de vidas;
• Isolamento;
• Confinamento;
• Extinção;
• Rescaldo.
CLASSES DE INCÊNDIO

Classe Exemplos de Materiais Combustíveis

Incêndios em materiais sólidos fibrosos, tais como: madeira,


A papel, tecido, etc. que se caracterizam por deixar após a
queima, resíduos como carvão e cinza.
Incêndios em líquidos e gases inflamáveis, ou em sólidos
B que se liquefazem para entrar em combustão: gasolina, GLP,
parafina, etc.
Incêndios que envolvem equipamentos elétricos
C
energizados: motores, geradores, cabos, etc.
Incêndios em metais combustíveis, tais como: magnésio,
D
titânio, potássio, zinco, sódio, etc.
5.3 Extintores
• Água Pressurizada: usado principalmente em
incêndios de classe “A”. Nunca utilizar este tipo
de extintor em incêndios de classe “B” e “C”.
• Pó Químico Seco, usado nos incêndios classe “B”
e “C”. Em materiais pirofóricos (classe “D”), será
utilizado um pó químico especial.
• Dióxido de Carbono, mais conhecido como CO2,
usado preferencialmente nos incêndios classe
“C”.
• EXTINTOR DE CO2 “BC”
• EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO “BC”
• EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA “A”
5.4 Uso Extintor
• Agir com firmeza e decisão, sem arriscar-se;
• Manter a calma e afastar as pessoas;
• Desligar os circuitos elétricos envolvidos;
• Constatar não haver risco de explosão;
• Usar o agente extintor correto;
• Observar para que não haja reincidência dos
focos.
• Num ambiente tomado pela fumaça, use um
lenço molhado para cobrir o nariz e a boca e
saia rastejando, respirando junto ao piso.
• Molhe bastante suas roupas e mantenha-se
vestido para se proteger.
• Vendo uma pessoa com as roupas em chamas,
obrigue-a a jogar-se no chão, envolva-a com
um cobertor, cortina, etc.

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