Você está na página 1de 47

Segurança em Trabalhos em Altura

Conteúdo Programático do Curso

• História de Acidentes e da NR-35 • Sistemas, equipamentos e


procedimentos de proteção coletiva;
• Normas e Regulamentos Aplicáveis a
• Equipamentos de Proteção Individual
Trabalho em Altura
para trabalho em altura: seleção,
• Noções de Segurança de Trabalho em inspeção, conservação e limitação de
Altura; uso;
• Normas e regulamentos aplicáveis ao • Acidentes típicos em trabalhos em
trabalho em altura; altura;
• Análise de Risco e condições • Condutas em situações de emergência,
impeditivas; incluindo noções de técnicas de resgate
• Riscos potenciais inerentes ao trabalho e de primeiros socorros;
em altura e medidas de prevenção e • Fator de queda;
controle;
• Nós, voltas e Sistema de Ancoragem;
Objetivo

Capacitar o Colaborador para atividades


acima de dois Metros de Altura
Normas e Legislação
Artigo 7: São direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:

XII: Redução dos Riscos inerentes ao


Trabalho, por meio de normas de saúde
Higiene e Segurança:

XVIII: Seguro Contra acidentes de


Trabalho, a carga do empregador, sem
excluir a indenização a que está obrigado,
quando incorrer a dolo ou culpa.
Artigo 157 da Lei 6.514: A observância, em todos os
locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não
desobriga as empresas do cumprimento de outras
disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas
em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos
Estados ou Municípios em que se situem os respectivos
estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de
convenções coletivas de trabalho.

Art . 157: Cabe às empresas:


I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de
evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas
pelo órgão regional competente;
• Art . 158 - Cabe aos empregados:
• I - observar as normas de segurança e
medicina do trabalho, inclusive as
instruções de que trata o item II do artigo
anterior;
• Il - colaborar com a empresa na aplicação
dos dispositivos deste Capítulo.
• Parágrafo único - Constitui ato faltoso do
empregado a recusa injustificada:
• a) à observância das instruções
expedidas pelo empregador na forma do
item II do artigo anterior;
) • b) ao uso dos equipamentos de proteção
individual fornecidos pela empresa.
DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU
INTERDIÇÃO:
• Art . 160 - Nenhum estabelecimento
poderá iniciar suas atividades sem prévia
inspeção e aprovação das respectivas
instalações pela autoridade regional
competente em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
• DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL:
• Art . 166: A empresa é obrigada a
fornecer aos empregados,
gratuitamente, equipamento de proteção
individual adequado ao risco e em
perfeito estado de conservação e
funcionamento, sempre que as medidas
• Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
• Art . 168: Será obrigatório o exame médico do empregado, por
conta do empregador.
Das Edificações:
• Art . 172: 0s pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar
saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de
pessoas ou a movimentação de materiais.
• Art . 173: As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de
forma que impeçam a queda de pessoas ou de objetos.
• Art . 174: As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas,
pisos, corredores, coberturas e passagens dos locais de trabalho
deverão obedecer às condições de segurança e de higiene do
trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-se em
perfeito estado de conservação e limpeza.
• Das Outras Medidas Especiais de
Proteção
• Art . 200: Cabe ao Ministério do Trabalho
estabelecer disposições complementares
às normas de que trata este Capítulo,
tendo em vista as peculiaridades de cada
atividade ou setor de trabalho,
especialmente sobre:
• I - medidas de prevenção de acidentes e
os equipamentos de proteção individual
em obras de construção, demolição ou
reparos;
• VIII - emprego das cores nos locais de
trabalho, inclusive nas sinalizações de
NR-1Disposições Gerais NR-20 - Inflamáveis
NR-2Inspeção Prévia NR-21 – Trabalho a Céu aberto
NR-3Embargo ou Interdição NR-22 – Saúde e Segurança na
NR-4: Serviço Especializado em Mineração
Engenharia de Segurança e Medicina do NR-26 - Sinalização
Trabalho.
NR-30 – Segurança e Saúde no
NR-5 - CIPA
Trabalho Aquaviário - Trabalho
NR-6 - EPI em dupla portando em dupla
NR-7 - PCMSO portando um Guia.
NR-8 - EDIFICAÇÃO NR-33 – Espaço Confinado
NR-9 PPRA NR-35 Trabalho em Altura
NR-10 – Segurança em Elétrica NR – 36 – Trabalho com abate e
NR-12 – Segurança em Máquinas e processamento de carnes e
ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS E
PERMISSÃO DE TRABALHO.
ANÁLISE DE RISCO

Risco: É a possibilidade real de causar danos nas condições de uso.

Perigo: É a propriedade ou capacidade intrínseca dos materiais,


Equipamentos, Métodos e Práticas do Trabalho, potencialmente causadora
de danos
Todo o Serviço deve ser feito através de uma Análise
de Risco:
A AR é o documento que verifica todos os Riscos. Ele
é um método sistemático de exame e avaliação de
todas as etapas e elementos de um trabalho a
desenvolver e racionalizar toda a sequência de
operações que o trabalhador executa.
Nele é considerado:
1- O Local em que os serviços serão executados
2- O Isolamento e a Sinalização no Entorno da Área
de Trabalho
3- O Estabelecimento dos Sistemas de Ancoragem
4- As Condições Meteorológicas
5- Risco de Quedas de Ferramentas
6- Risco de Quedas de Ferramentas
7- Os Trabalhos simultâneos que apresentam Riscos Específicos
8- O Atendimento aos requisitos de segurança contidos nas demais
normas regulamentadoras
9- Riscos Adicionais
10 – Condições Impeditivas
11- As Situações de Emergências e o planejamento de Resgate e
Primeiros Socorros
12 – Necessidade de Comunicação
13- A Forma de Supervisão
E se mesmo assim acontecer?

A primeira coisa a ser feita sempre é proceder aos primeiros


socorros e encaminhar a vítima para o atendimento hospitalar

O empregador deve emitir um CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) dentro


das primeiras 24 horas úteis, mesmo que não haja afastamento das suas atividades.
Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. Caso o empregador não
emita o CAT, o trabalhador pode pedir ao sindicato que envie esse documento ou
procurar assistência diretamente no INSS.
O trabalhador só poderá retornar ao trabalho após receber alta. Os primeiros 15 dias
de afastamento será pago pelo empregador e a partir disso será pago pelo INSS por
meio de auxilio doença.
O trabalhado não poderá ser demitido até os primeiros 12 meses a contar do ultimo dia
de cobertura do auxilio doença
Em casos de indenização, existe um período para solicitá-la, que é de no
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer
tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional.
Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade
profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência,
e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução –
permanente ou temporária – da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte;

Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho


peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

Para qualquer dos casos indicados acima, deverão ser emitidas quatro vias sendo:
1ª via ao INSS
2ª via ao segurado ou dependente
3ª via ao sindicato de classe do trabalhador
4ª via à empresa.
a CAT inicial irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto,
doença profissional, do trabalho ou óbito imediato;

a CAT de reabertura será utilizada para casos de afastamento


por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença
profissional ou do trabalho;

a CAT de comunicação de óbito, será emitida exclusivamente


para casos de falecimento decorrente de acidente ou doença
profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial;

na CAT de reabertura, deverão constar as mesmas informações


da época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia
trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão
relativos à data da reabertura. Não será considerada CAT de
reabertura a situação de simples assistência médica ou de
afastamento com menos de 15 dias consecutivos.
Auxílio Doença
É devido ao acidentado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de 15 dias
consecutivos.
Auxílio Acidente
Será concedido como indenização ao segurado que após a consolidação das lesões
decorrentes de acidentes de qualquer natureza, resultar em sequela definitiva que
ocasione redução da capacidade para o trabalho ou impossibilite o desempenho da
função que exercia.
É mensal e vitalício, a contar do dia seguinte da sessação do auxílio doença.

Aposentadoria por invalidez


É direito do acidentado que estando ou não em gozo de auxílio doença, for
considerado incapaz para o trabalho, e que for impossível sua reabilitação para
exercício de uma função que lhe garanta o sustento.
O valor é de 100% do salário de benefício.

Pensão por morte


É direito do dependentes do segurado falecido em consequência de acidente, a
AS PRINCIPAIS METODOLOGIAS TÉCNICAS UTILIZADAS NO
DESENVOLVIMENTO DA AR SÃO:

APR: Análise Preliminar de Riscos.

•Permissão de Trabalho: As atividades


em altura não rotineiras deverão ser
previamente autorizadas mediante
. O que é Permissão de Trabalho ?

É o documento para formalizar a


autorização para a execução da
atividade, ou seja, o local de trabalho,
recursos e pessoal se encontram em
conformidade com a análise de risco.
• O QUE ELA DEVE CONTER:
A- Os requisitos Mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos.

B- As disposições e Medidas estabelecidas na Análise de Risco

C- A relação de todos os envolvidos e suas realizações


Para evitar o acidente é necessário

– Antecipação: É necessário sempre buscar identificar o risco do ambiente


de trabalho antes que o processo de trabalho seja iniciado, modificado ou
que novos métodos sejam introduzidos no ambiente.

– Reconhecimento: Reconhecer todos os potências riscos do ambiente


através da análise do ambiente e determinar as possíveis prioridades de
eliminação dos riscos diretamente no ambiente.

– Avaliação: Monitorar cada risco direto no ambiente de trabalho. Na fase de


avaliação do ambiente equipamentos de avaliação (medição) específicos ao
riscos existentes podem ser usados a fim de medir (mensurar) cada risco no
ambiente.

– Controle: Na fase de controle o objetivo minimizar ou neutralizar os riscos


• O Risco de Queda existe em vários ramos de atividades, devemos
intervir nestas situações de risco regularizando o processo e tornando
os trabalhos mais seguros. Os Riscos dos Trabalhos em Alturas estão
associados aos perigos que estão presentes nos serviços citados:

Manutenção em Telhados
Pintura, Lavagem e Serviços de Alvenaria
nas Fachadas
Instalação e Manutenção Elétrica
Manutenção de Redes Hidráulicas
Acesso a Equipamentos através de escadas
Marinheiros ou Andaimes
Paradas de Manutenção
Serviços em Ônibus ou Caminhão
Trabalhos de Manutenção em Torres
Principais Causas de Acidentes:

Falta de Planejamento adequado;

Falta de Material de Apoio

Pontos de Ancoragem insuficiente

Falta de Formação ou Treinamento

Ancoragem Ruim
•Principais Equipamentos utilizados em
Trabalhos em Altura.
• Checklist para escadas:
• Degraus Quebrados
• A escada está firme, estável ao Nível do
Solo
• A Escada é de Altura Correta para a
tarefa
• A Escada não pode ficar muito perto ou
longe da estrutura de apoio
• A Escada está garantida contra
deslocamento, ou existe outra pessoa
segurando a base da escada.
• Todos os dispositivos de travamento da
escada estão seguros
• Andaime Móvel Tipo Torre
• Andaimes Suspensos
Medidas de Segurança para andaime

Ter Forração Completa

Ser Antiderrapante

Ser nivelado e fixado de modo seguro

Ter Guarda Corpo e rodapé


• Plataforma Elevatória Móvel
Colisões

Atropelamentos

Contato com Fonte de Calor

Contato com Fonte de energia eletrica


• Cadeirinha utilizada na impossibilidade de andaime
• Ela deve ter dispositivo de subida e
descida com trava dupla de segurança.

• Sistema de fixação do Trabalhador por


meio de cinto.

• É proibido a improvisação de cadeiras


suspensas.

• TELA
Sinalização
Sistemas de Proteção
Individual
• Muitos dos acidentes típicos em altura acontecem no
momento em que os trabalhadores estão se deslocando em
equipamentos de acesso, como andaimes, escadas, torres,
telhados, plataformas elevatórias, dentre outros. Por isso é
obrigatório observar as condições de segurança do
equipamento, bem como a certificação do mesmo, seu
funcionamento e também quanto a utilização correta.
• Lembrando quem não só ocorrem acidentes devido aos
equipamentos, pois as causas dos acidentes típicos em
altura podem ter origem em aspectos relacionados a
situação do trabalhador, ou seja, erro humano.
• Causas dos acidentes típicos em altura
• Existem empresas e instituições que são
especialistas em pesquisa e investigação de
acidentes típicos em altura no trabalho, de
acordo com algumas amostragens dessas
organizações as causas mais frequentes de
acidentes são:
• Falta de capacitação dos profissionais – Muitos
profissionais trabalham ilegalmente sem
realizar o curso nr35 e por isso não são
qualificados.
• Falta de planejamento – Antes da execução de qualquer atividade em altura é
necessário observar e estudar o local de trabalho, bem como as atividades que
ali serão exercidas.
• Falta de equipamentos – Não é possível realizar trabalhos em altura sem a
utilizar de equipamentos que tem a função de auxiliar e dar mais segurança na
execução das tarefas.
• Falta de inspeção dos equipamentos – Os equipamentos devem possuir
certificação e precisam estar em bom estado.

• Falta de comunicação – A chave para a ordem e organização é a comunicação,


a equipe precisa estar bem alinhada para que tudo dê certo.
• Carga horária excessiva – O trabalhador deve estar apto e preparado para
execução das atividades, o tempo de descanso precisa ser respeitado.
• Pressa – A pressa é inimiga da perfeição, realizar atividades correndo podem
• TRAUMA DE SUSPENSÃO

SINTOMAS DA SUSPENSÃO INERTE


O garroteamento provocado nas veias pelas fitas do cinto é capaz de
provocar edemas e uma leve isquemia que libera as toxinas (acidose),
podendo levar a insuficiência renal, podendo causar trombose venosa,
com consequente embolia pulmonar e produção de ácidos nos músculos.
São sinais e sintomas relacionados à suspensão inerte em cintos de
segurança, estes podem começar imediatamente após a suspensão:
• Formigamento e amortecimento dos membros;
Tonturas, náuseas, hipotermia, inconsciência;
Represamento de volume circulatório nos membros inferiores
resultando Várias complicações (choque circulatório, reações
fisiológicas, entre outras);
• PREVENÇÃO

• A prevenção passa a ser o elemento chave no tratamento


destes acidentes.

• O cinto de segurança é um sistema de segurança criado para


evitar lesões por queda quando se trabalha “em altura”.

• A prevenção deve ser direcionada fundamentalmente para:


Evitar o surgimento da síndrome;

• Adquirir cintos no tamanho correto e equipamentos


certificados através do C.A. (certificado de aprovação);
Equipamentos Utilizados em Emergência
Sistemas de Ancoragem e
Nós
• Nó Oito Simples
• Nó Oito duplo
• Nó Oito Guiado ou Follon Me
• Nó Nove
• Nó Direito
• Nó Escota
• Nó de Pescador
• Nó Borboleta

Você também pode gostar