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Campina Grande, PB
Setembro - 2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
1.1. OBJETIVOS .................................................................................................................. 2
1.1.1. Objetivos gerais .................................................................................................. 2
1.1.2. Objetivos específicos ........................................................................................... 4
1.2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES .................................................................................... 4
1.2.1. Da Proponente ou Contratante ............................................................................ 4
1.2.2. Da Contratada ..................................................................................................... 4
1.2.3. Da planta industrial objeto desta Análise de Riscos ............................................ 5
1.2.4. Equipe Designada pela Contratada ..................................................................... 5
2. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 6
2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 6
2.1.1. Normas ISO ....................................................................................................... 10
2.1.1.1. ISO 45001 — Occupational health and safety management systems ............ 10
2.1.1.2. ABNT NBR 12100 — Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto –
Apreciação e redução de riscos ............................................................................ 11
2.1.1.3. ABNT NBR 14153 — Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando
relacionados à segurança – Princípios gerais para projeto ................................... 15
2.1.1.4. EN ISO 13849-1 — Safety of machinery – Safety related-parts of control
systems – Part 1: General principles for design .................................................... 19
2.1.1.5. Hazard Rating Number (HRN) — ou Número de Avaliação de Perigos ........... 24
3. ANÁLISE DE RISCOS .......................................................................................................... 27
3.1. ELEVADOR DE CARGAS ........................................................................................... 27
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 42
ANEXOS ................................................................................................................................... 43
[PMS] Análise de Riscos — Máquinas & Equipamentos Planta CAAPORÃ
1. INTRODUÇÃO
Visando integrar o cumprimento de papel atenuante dos riscos de acidentes de trabalho
inerentes às atividades econômicas industriais e todas aquelas que se utilizem de interações entre
meios tecnológicos (neste caso, máquinas e equipamentos) e pessoas, este documento designa-se
genericamente por Análise de Riscos e constitui uma das etapas do processo de melhoria contínua
no que concerne à ocorrência desse tipo de acidente, envolvendo o elemento humano e o recurso
tecnológico. Integra, pois não cumpre, não conclui, a menos que esteja vinculado a outras medidas
concomitantes. Portanto, esta Análise de Riscos constitui ainda um conjunto de medidas e
iniciativas promovidas pela empresa ASSA ABLOY BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
em alinhamento com a sua estratégia empresarial, bem como, em atendimento à legislação vigente,
para contribuir com a redução do número de acidentes de trabalho no país, sobretudo, os acidentes
envolvendo operações em máquinas e equipamentos. Uma vez contribuindo para este objetivo,
contribui invariavelmente com a preservação da saúde, a integridade e a melhoria da qualidade de
vida dos trabalhadores.
◾ Outras NRs.
Além disso, constitui base de referências, para construção deste documento, a metodologia
abaixo:
Outras referências são citadas mais adiante neste documento, no breve referencial teórico
disposto na seção dedicada à metodologia. Visa-se fornecer aqui não mais do que o estritamente
essencial, deixando para além das fronteiras deste documento, isto é, a rica literatura específica,
qualquer outra consulta que o usuário — leia-se o leitor — deste documento venha a se interessar
por fazer.
1.1. OBJETIVOS
O presente documento se restringe a alcançar alguns objetivos, a saber:
Além disso, cumpre requisito para o atendimento à legislação vigente, sobretudo, aos
dispostos no Art. 7º, Capítulo II da CF/88, que diz:
"São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:"
Em seus incisos:
"Cabe às empresas:"
Em seus incisos:
Encerrando a seção dos objetivos gerais, tem-se o atendimento à NR-12, em seus itens:
1.2.2. Da Contratada
24.804.268/0001-44, situada à Rua Conceição de Monte Alegre, Nº 107 (Torre B, Conj. 101, 10º
Andar), bairro Cidade Monções, no Município de São Paulo, SP — CEP 04563-060.
◾ CNAE: 25.42-0-00
Para desenvolver esta Análise de Riscos, a James Watt Engenharia designou equipe
formada pelos técnicos especializados, a saber:
* Responsável Técnico
Além das informações anteriores, este documento é composto ainda pela metodologia
utilizada para alcance dos objetivos; um breve referencial teórico que fundamenta este trabalho;
bem como a apresentação e o desenvolvimento da análise de riscos propriamente dita e; por fim,
uma seção dedicada às considerações finais.
2. METODOLOGIA
O processo de avaliação de riscos exige que pensemos sobre quem poderia ter sua
integridade física e/ou psicológica ameaçadas, isto é, ser machucado fisicamente ou prejudicado
psicologicamente no ambiente de trabalho; como poderiam ser prejudicados e; quais medidas
razoáveis podem ser realizadas no intuito de prevenir estes danos potenciais. É válido salientar que
todos os empregadores devem avaliar os riscos para com os seus funcionários no local de trabalho
e para todos aqueles (ex. funcionários terceirizados, clientes ou visitantes) que possam
eventualmente ser afetados por suas atividades.
pelo fabrico de uma máquina ou quase-máquina abrangida pela presente diretiva, bem
como pela conformidade da máquina ou quase-máquina com a presente diretiva tendo
em vista a sua colocação no mercado, com o seu próprio nome ou a sua própria marca
ou para o seu próprio uso. Na falta de um fabricante tal como definido supra, considera-
se fabricante qualquer pessoa singular ou coletiva que proceda à colocação no mercado
ou à entrada em serviço de uma máquina ou quase-máquina abrangida pela presente
diretiva;
◾ Mandatário: qualquer pessoa singular ou coletiva, estabelecida na Comunidade, que
Normas de Telecomunicações (ETSI), com base num mandato conferido pela Comissão
de acordo com os procedimentos estabelecidos na Directiva 98/34/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 22 de Junho de 1998, relativa a um procedimento de
informação no domínio das normas e regulamentações técnicas e das regras relativas
aos serviços da sociedade da informação;
◾ Perigo: uma fonte potencial de lesões ou danos para a saúde. Pode ser definido como
qualquer coisa que possa acidentar, ferir ou prejudicar alguém e está sempre
relacionado à natureza do elemento em questão, ou seja, é algo intrínseco a ele. Ao
longo deste documento poderemos nos referir ao perigo como agente nocivo. Ex.
produtos químicos, fogo, eletricidade, trabalho em altura, máquinas industriais etc.;
◾ Zona de perigo: qualquer zona dentro e/ou em torno de uma máquina, na qual uma
perigo;
◾ Operador: a(s) pessoa(s) encarregada(s) de instalar, fazer funcionar, regular, limpar,
saúde que possam ocorrer numa situação perigosa. Em geral, esta probabilidade varia
de acordo com a exposição do(s) indivíduo(s) ao agente nocivo. Ex. o operador de
prensa mecânica está sujeito a elevado risco de acidente quando está operando a
máquina sem o treinamento adequado ou sem EPC ou sem EPI;
◾ Protetor: elemento da máquina especificamente utilizado para garantir proteção por
no manual de instruções;
◾ Má utilização razoavelmente previsível: utilização da máquina de um modo não
referenciais complementares.
1978 (Portaria SIT Nº 3.214/78, com redação vigente derivada da Directiva de Máquinas europeia e
dada pela Portaria Nº 197/2010) cujo principal objetivo é garantir inerentemente máquinas e
equipamentos seguros, exigindo informações completas sobre transporte, utilização, manutenção e
eliminação ao longo do ciclo de vida da máquina e estabelecendo parâmetros técnicos, princípios
fundamentais e medidas de proteção e mitigação de riscos de acidente. Correntemente está em
vigor, mas atravessa processos de melhoria e atualizações, tendo sido a sua última alteração dada
pela Portaria Nº 916 de 31 de julho de 2019. Para o seu desenvolvimento, foram utilizadas diversas
fontes técnicas internacionais, bem como o envolvimento direto de um amplo corpo técnico
brasileiro formado por representantes do Governo, das empresas e dos trabalhadores — a Comissão
Nacional Temática Tripartite NR-12 (Máquinas e Equipamentos). Um rico conteúdo sobre a NR-12
pode ser visualizado através do "Manual de Instruções da NR-12" publicado pela ABIMAQ através
do endereço eletrônico
http://www.abimaq.org.br/comunicacoes/deci/Manual-de-Instrucoes-da-NR-12.pdf (ou também pode
ser acessado nos servidores da James Watt Engenharia através da URL
http://www.jwengenharia.com.br/p_cliente/arquivos/Manual-de-Instrucoes-da-NR-12.pdf), onde é
apresentada uma grande quantidade de informações a respeito desta temática. É válido mencionar
que a fim de proporcionar um nível de segurança adequada aos trabalhadores, não é o bastante
satisfazer apenas a NR-12, pois também pode se fazer necessário cumprir atendimento a outras
normas nacionais e internacionais aplicáveis, sendo algumas dessas normas, geralmente utilizadas
à maioria das máquinas — além daquelas já mencionadas na primeira seção deste documento e a
título de informação —, as seguintes:
A ISO (em conjunto com a IEC e a ITU) é a grande líder responsável pela padronização e
melhoria contínua de processos no mundo. Atualmente composta por 163 países membros —
inclusive o Brasil através da ABNT —, algumas de suas normas são utilizadas para o
desenvolvimento deste trabalho. Apesar de terem sido pontuadas anteriormente, faz-se necessário
compreender a forma como estas normas se relacionam com os objetivos aqui propostos.
A fim de realizar a presente Análise de Riscos, o conteúdo da OHSAS 18001 bem como da
ISO 45001 não se fazem essenciais. No entanto, a posteriori, este documento poderá compor
requisito para atendimento a eventual processo de certificação ao referido sistema de gestão de
saúde e segurança ocupacional e, por esta razão, fora superficialmente mencionado aqui.
Esta norma técnica da ABNT foi elaborada com base na internacional ISO 12100 — Safety
of machinery – General principles for design – Risk assessment and risk reduction. Foi elaborada
para auxiliar os projetistas, os fabricantes e quaisquer pessoas ou organismos interessados a
interpretarem as exigências essenciais de segurança de máquinas no âmbito do MERCOSUL. Ela
especifica a terminologia básica, princípios e uma metodologia para a obtenção da segurança em
projetos de máquinas. Além disso, especifica princípios para a apreciação e redução de riscos que
auxiliam projetistas a alcançar tal objetivo.
◾ Risco residual: risco remanescente após terem sido adotadas medidas de proteção;
sua ocorrência;
◾ Análise de risco: combinação da especificação dos limites da máquina, identificação
avaliação de risco;
◾ Redução de risco adequada: redução de risco que atenda ao menos as exigências
◾ Perigo: uma fonte potencial de lesões ou danos para a saúde. Pode ser definido como
qualquer coisa que possa acidentar, ferir ou prejudicar alguém e está sempre
relacionado à natureza do elemento em questão, ou seja, é algo intrínseco a ele. Ao
longo deste documento poderemos nos referir ao perigo como agente nocivo. Ex.
produtos químicos, fogo, eletricidade, trabalho em altura, máquinas industriais etc.;
◾ Zona de perigo: qualquer zona dentro e/ou em torno de uma máquina, na qual uma
perigo;
◾ Operador: a(s) pessoa(s) encarregada(s) de instalar, fazer funcionar, regular, limpar,
saúde que possam ocorrer numa situação perigosa. Em geral, esta probabilidade varia
de acordo com a exposição do(s) indivíduo(s) ao agente nocivo. Ex. o operador de
prensa mecânica está sujeito a elevado risco de acidente quando está operando a
máquina sem o treinamento adequado ou sem EPC ou sem EPI;
◾ Protetor: elemento da máquina especificamente utilizado para garantir proteção por
no manual de instruções;
◾ Má utilização razoavelmente previsível: utilização da máquina de um modo não
referenciais complementares.
a) Determinação dos limites da máquina, considerando o seu uso devido, bem como
quaisquer formas de mau uso razoavelmente previsíveis;
b) Identificação dos perigos e situações perigosas associadas;
c) Estimativa do risco para cada perigo ou situação perigosa;
d) Avaliação do risco e tomada de decisão quanto à necessidade de redução de riscos;
e) Eliminação de perigo ou redução de risco associado ao perigo por meio de medidas
de proteção.
Assume-se que quando presente em uma máquina, um perigo, cedo ou tarde, irá vitimar
alguém, ou seja, causará um dano, caso medidas de segurança não venham a ser tomadas
devidamente. Para que isso não ocorra ou, pelo menos, para que as chances de isso ocorrer sejam
efetivamente remotas, deve-se recorrer a um processo iterativo visando a melhor redução de riscos
possível. Os quatro fatores a seguir devem ser levados em consideração:
Nota 2: o projeto da máquina, ainda que aceitável em determinado momento, pode não ser
mais justificado, na medida em que o desenvolvimento tecnológico possa permitir um projeto
equivalente que ofereça menor risco.
* A primeira vez que a pergunta é feita, ela é respondida pelo resultado da apreciação de riscos inicial.
Figura 1 – Representação esquemática do processo de redução de riscos incluindo o método iterativo de três passos (adaptado
de ABNT NBR 12100:2013).
Esta norma técnica da ABNT foi desenvolvida com base na internacional EN 954-1 —
Safety of machinery – Safety related parts of control systems – General principles for design. De
acordo com a referida norma, partes de sistemas de comando de máquinas têm, frequentemente, a
atribuição de prover segurança. Essas partes podem consistir de hardware e software e
desempenham as funções de segurança de sistemas de comando. Podem ser parte integrante ou
separada do sistema de comando.
Ainda de acordo com a NBR 14153, o desempenho, com relação à ocorrência de defeitos,
de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido em cinco categorias:
B, 1, 2, 3 e 4. Para esta norma, estas categorias devem ser utilizadas como pontos de referência e a
seleção de uma determinada categoria dependerá da máquina e da extensão a que os meios de
comando são utilizados para medidas de proteção. Na seleção de uma categoria e no projeto de
uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, o projetista deverá declarar, ao
menos, as seguintes informações:
Figura 2 – Seleção possível de categorias, segundo a ABNT NBR 14153:2013 (adaptado de ABNT NBR
14153:2013, Anexo B).
Como pode ser observado, para cada fator duas opções são dadas. Os limites tênues entre
as duas opções não são mencionados nas normas, mas as interpretações seguintes são comuns:
A NBR 14153 fornece em seu item 6 uma tabela resumo dos requisitos por categorias,
apresentada a seguir:
Cabe observar que na data de publicação desta Análise de Riscos, a legislação brasileira
ainda considera a norma NBR 14153 como sendo referência para definições das partes de sistemas
de comando relacionados à segurança. Na mesma data, a Europa e os Estados Unidos da América,
além de outros países que são tradicionais fabricantes e fornecedores de máquinas à indústria
brasileira, utilizam como base a norma EN ISO 13849-1:2015 — "Safety of machinery – Safety
related parts of control systems – Part 1: General principles for design". Ocorre que de acordo com
a Nota Técnica Nº 48 da SIT/MTPS, de 8 de março de 2016, dentro em breve, a NBR 14153 será
descontinuada no Brasil, sendo então substituída por uma nova norma a ser publicada pela ABNT,
cuja tradução está sendo realizada baseada na EN ISO 13849-1 supramencionada. Ainda, esta nota
técnica reserva destaque especialmente relevante à correlação entre o conceito de "categoria de
segurança" previsto na NBR 14153 e o conceito de "níveis de desempenho (Performance Level –
PL)" previsto na EN ISO 13849-1 — melhor comentado adiante neste trabalho —, em razão da
possibilidade de estarem ocorrendo interpretações equivocadas de que máquinas novas, fabricadas
na Europa seguindo Normativas internacionais (ISO ou IEC), ou ainda Normativas EN tico C
harmonizadas, não estariam de acordo com a NR-12.
A James Watt Engenharia segue a mesma linha e o faz assumindo como referência para o
desenvolvimento desta Análise de Riscos exatamente a referida norma EN ISO 13849-1, utilizando
o seu conceito de Performance Level (em detrimento do conceito de Categoria de Segurança) e o
software assistente SISTEMA, desenvolvido e fornecido pelo Instituto da Sociedade Cooperativa
Profissional da Segurança e Saúde Ocupacional da Alemanha (em alemão Institut für Arbeitschutz
der Deutschen Gesetzlichen Unfallversicherung – IFA DGUV) para auxiliar na determinação dos
níveis de performance do sistema de segurança e de seus componentes.
Assim como a norma referenciada na seção anterior, esta norma EN ISO 13849-1 se
destina a especificar os requisitos de segurança, bem como estabelecer um guia sobre os princípios
para o projeto de partes de sistemas de comando relacionados à segurança. No entanto, a despeito
de utilizar uma base de definições com elementos semelhantes ou equivalentes à da NBR 14153,
apresenta também conceitos novos, sobretudo, relacionados à estrutura e à dinâmica de
determinação dos parâmetros métricos para conhecimento das escalas de segurança e riscos
envolvidas no processo de apreciação de riscos em máquinas. O que pode ser entendido como uma
evolução na metodologia de determinação métrica, produzindo informações mais precisas e reais
sobre cada situação.
Trata-se de uma norma relativamente nova — em nível global —, que inclusive ainda não
foi lançada no Brasil, pois está em processo de tradução pela ABNT. Além disso, cabe mencionar
que a própria ISO 13849-1 poderá, dentro de um tempo ainda não determinado, ser marcada por
uma mudança importante, pois há uma discussão em curso para fundir esta norma à norma IEC
62061 — Safety of machinery – Functional safety of safety-related electrical, electronic and
programmable electronic control systems.
Para esta norma EN ISO 13849-1, a capacidade dos sistemas de comando relacionados à
segurança (SRP/CS) para executar as suas funções de segurança em condições previstas é alocada
em cinco níveis, denominados Performance Levels (PL) e definidos em termos de probabilidade de
falha perigosa por hora (Probability of a dangerous Failure per Hour – PFHd). Com efeito, a
probabilidade de uma falha perigosa da função de segurança depende de alguns fatores, que
incluem:
diagnostic coverage);
◾ Falhas de causa comum — processo de pontuação e quantificação de medidas contra
◾ Características do processo;
◾ Estresse operacional;
◾ Condições ambientais e;
◾ Procedimentos de operação.
A figura a seguir apresenta um esquema para seleção possível do PL de acordo com a ISO
13849-1:
Figura 3 – Seleção possível de Performance Level (PL), segundo a EN ISO 13849-1:2015 (adaptado de EN ISO
13849-1:2015).
Figura 4 – Correlação entre Categorias de Segurança (NBR 14153) e Performance Level (ISO 13849-1).
No processo de apreciação de riscos, uma vez definido o PLr, faz-se necessário avaliar se
alguma medida de redução de riscos é necessária e, em caso afirmativo, deve-se recorrer à
hierarquia definida pela Directiva de Máquinas:
Vale lembrar que caso as intervenções para redução de riscos envolvam dispositivos de
segurança, os sistemas de controle que os monitoram necessitam ser concebidos segundo
especificações da ISO 13849-1 ou, em casos mais específicos, da norma IEC 62061.
SISTEMA — Safety Integrity Software Tool for the Evaluation of Machine Applications
Figura 5 – Tela de interface do SISTEMA para determinação dos Performance Levels (de acordo com a ISO 13849-1)
Ainda com relação às diferenças entre as duas normas, o quadro a seguir apresenta
aspectos qualitativos e quantitativos. Relacionado às mudanças na metodologia entre ambas, é
possível afirmar que a NBR 14153 considera apenas os aspectos qualitativos, enquanto que a ISO
13849-1 leva em consideração, também, os aspectos quantitativos — como tempo e confiabilidade
dos componentes, por exemplo —, garantindo maior precisão nas informações fornecidas e, de
modo geral, uma apreciação de riscos mais confiável. Assume-se, assim, a norma mais antiga como
Qualitativa Quantitativa
Estrutura X X
MTTFd X
Cobertura Diagnóstica (DC) X
Causa Comum de Falha (CCF) X
Software X
Falhas sistemáticas X
Comportamento em condições de X
falha
Meio ambiente (condições X
ambientais)
Com esta subseção que apresenta brevemente o método de avaliação de riscos conhecido
por HRN, encerra-se a parte de referencial teórico para este trabalho. Este método é utilizado para
classificar um risco de raro a extremo, dando a ele uma nota (HRN) baseada em diversos fatores e
parâmetros e foi, como outrora mencionado neste documento, publicado em artigo da revista
Safety and Health Practitioner, por Chris Steel, em 1990.
Os valores que esses parâmetros podem assumir, na metodologia HRN, são observados na
tabela a seguir:
HRN = PO x FE x GSL x NP
Com base nos valores possíveis dos parâmetros observados na tabela anterior, pode-se
conhecer os níveis de riscos mínimo e máximo alcançáveis através desta metodologia, aplicando os
valores inferiores e superiores, respectivamente:
Há, na seção de anexos, uma tabela que se destina a apresentar informações amplamente
praticadas sobre perigos e suas fontes, elencando-os e classificando-os à luz de suas naturezas
intrínsecas (mecânicos, elétricos, físicos, ergonômicos, biológicos, químicos etc.).
Caso haja interesse do leitor conhecer mais profundamente sobre a metodologia ora
apresentada, sugerimos realizar a busca na internet sobre o tema, ou ainda, contatar a revista onde
fora originalmente publicada o artigo do Chris Steel (na Safety and Health Practitioner). No
entanto, para fins de alcance dos objetivos aqui propostos e não postergar mais a Análise de Risco
das máquinas propriamente dita, dar-se o conteúdo apresentado como suficientemente satisfatório.
3. ANÁLISE DE RISCOS
A partir de agora dar-se o início das análises de riscos propriamente ditas de todas as
máquinas e equipamentos da planta.
◾ Nível de Treinamento:
- Pessoal de manutenção treinado;
- Operadores treinados;
- Pessoal em treinamento (sempre acompanhados por supervisor/mentor).
◾ Proteções móveis
◾ Parada de emergência
Os perigos identificados para esta máquina (em todo o seu ciclo de vida), segundo o Anexo B da NBR 12100:2013, são
os seguintes:
De acordo com os perigos acima identificados para a referida máquina, tem-se o cálculo
para obtenção do HRN de cada perigo ou situação perigosa, conforme recomenda a NBR 12100. É
o que segue:
Relatório fotográfico
Relatório fotográfico
Relatório fotográfico
Relatório fotográfico
Relatório fotográfico
Ações Requeridas:
O HRN atual apresenta riscos em potencial. Medidas adicionais devem ser consideradas:
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Comentário: PO FE GSL NP HRN - Estimado Risco Estimado
0.033 2.5 4 1 0.33 Raro
Legenda:
PO: Possibilidade de ocorrência | FE: Frequência ou tempo de exposição | GSL: Grau de severidade da lesão
NP: Número de pessoas expostas
Relatório fotográfico
De acordo com preconização da ISO 13849-1, tem-se que cada função de segurança
(quando do uso de sistemas de comando relacionados à segurança) da referida máquina deve ter o
PLr definido da seguinte forma:
S2 F2 P1 d 3
Legenda:
S1: Lesão leve, geralmente reversível | S2: Grave, geralmente irreversível, de uma ou mais pessoas e morte | F1: De
raramente a nunca | F2: De frequentemente a continuamente | P1: Possível sob certas condições | P2: Praticamente
impossível
S2 F2 P2 e 4
Legenda:
S1: Lesão leve, geralmente reversível | S2: Grave, geralmente irreversível, de uma ou mais pessoas e morte | F1: De
raramente a nunca | F2: De frequentemente a continuamente | P1: Possível sob certas condições | P2: Praticamente
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3.1.3.6. Meios de acesso permanentes (Este item não se aplica à nova NR-12)
Item Não conformidade Recomendações
3.1.3.11. Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos (Itens NR-12: 12.11.1 a 12.11.5)
Item Não conformidade Recomendações
3.1.3.15. Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a qualquer título e exposição
(Itens NR-12: 12.15.1 a 12.15.2)
Item Não conformidade Recomendações
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visando reduzir as ocorrências indesejáveis relacionadas a acidentes de trabalho, o gerenciamento
de riscos pode ser uma ferramenta de grande utilidade, possibilitando obter proveito dos riscos
positivos — leia-se oportunidades — e mitigar ou mesmo eliminar os riscos negativos — ameaças.
Como etapas desse processo, tem-se a identificação dos perigos e/ou fontes de perigos e a
apreciação dos riscos relacionados a estes. Através desse documento, espera-se ser possível a
compreensão enquanto diagnóstico e o oferecimento de subsídios para montagem de um plano de
ação visando o saneamento dos desvios percebidos. A partir de então, um conjunto de medidas
deve concorrer para contribuição de grande importância à saúde e integridade física dos
trabalhadores.
É fundamental destacar que, após este processo de apreciação de riscos, uma vez identificada a
necessidade de estabelecer medidas adicionais de segurança, a etapa imediatamente seguinte é a
etapa de PROJETOS DE ENGENHARIA. Nesta etapa há, efetivamente, a concepção de soluções
técnicas apropriadas aos problemas identificados, possibilitando a participação de equipe
multidisciplinar para obter os melhores resultados. Um projeto bem desenvolvido é, praticamente,
a certeza de um problema bem resolvido!
Uma vez que estejam concluídas todas as etapas de adequação de uma máquina ou equipamento
qualquer, uma nova avaliação de riscos deverá ser realizada a partir do momento em que houver
qualquer mudança no procedimento operacional, bem como nas funções da máquina, ou seja,
consumado tal evento, esta análise de riscos torna-se obsoleta, perdendo o seu efeito.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12100: Princípios gerais de
projeto - Apreciação e redução de riscos. Rio de Janeiro, 2015.
_______________. NBR 14153: Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionadas
à segurança – Princípios gerais para projeto. Rio de Janeiro, 1997.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-4 - Serviços especializados em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho - SESMT. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016.
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf. Acesso
em: 06 de fevereiro de 2019.
_______________. NR-10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília: Ministério
do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-10.pdf. Acesso em: 06 de
fevereiro de 2019.
_______________. NR-12 - Segurança do trabalho em máquinas e equipamentos. Brasília: Ministério
do Trabalho e Emprego, 2018. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-12.pdf. Acesso em: 06 de
fevereiro de 2019.
_______________. CONSTITUIÇÃO (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado Federal, 1988. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 17 de
julho de 2018.
_______________. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT). Brasília, DF: Senado Federal,
1943. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm. Acesso em 17 de
julho de 2018.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO). ISO 13849-1: Safety of
machinery – Safety-related parts of control systems – Part 1: General principles for design.
Genebra, 2015.
PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO. Directiva 2006/42/CE relativa às máquinas. Jornal
Oficial da União Européia, 2006. Disponível em:
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32006L0042&from=EN. Acesso
em: 06 de fevereiro de 2019.
SAFETY & HEALTH PRACTITIONER. Risk estimation: 25 years on. Disponível em
https://www.shponline.co.uk/risk-estimation-25-years/. Acesso em 17 de julho de 2018.
ANEXOS
1
1. INTRODUÇÃO 1
1.1.1. Objetivos gerais 2
1.1.2. Objetivos específicos 4
1.2.1. Da Proponente ou Contratante 4
1.2.2. Da Contratada 4
1.2.3. Da planta industrial objeto desta Análise de Riscos 5
1.2.4. Equipe Designada pela Contratada 5
2
2. METODOLOGIA 6
2.1.1. Normas ISO 10
2.1.1.1. ISO 45001 — Occupational health and safety management systems 10
2.1.1.2. ABNT NBR 12100 — Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e
redução de riscos 11
2.1.1.3. ABNT NBR 14153 — Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados
à segurança – Princípios gerais para projeto 15
2.1.1.4. EN ISO 13849-1 — Safety of machinery – Safety related-parts of control systems – Part 1
- General principles for design 19
2.1.1.5. Hazard Rating Number (HRN) — ou Número de Avaliação de Perigos 24
3
3. ANÁLISE DE RISCOS 27
A
ANEXOS 43
C
CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
R
REFERÊNCIAS 42