Você está na página 1de 72

ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ

ANA LUIZA SENE BRITO

NORMA REGULAMENTADORA 32: informações dos médicos e acadêmicos de


medicina

ITAJUBÁ
2012
ANA LUIZA SENE BRITO

NORMA REGULAMENTADORA 32: informações dos médicos e acadêmicos de


medicina

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Escola de Enfermagem
Wenceslau Braz como requisito parcial
para a obtenção do título de Enfermeira
com apoio do PROBIC/FAPEMIG.

Orientadora: Profª M.ª Aldaíza Ferreira


Antunes Fortes.
Coorientadora: Profª. M.ª Ana Maria
Nassar Cintra Soane.

ITAJUBÁ
2012
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação elaborada pela
Bibliotecária Karina Morais Parreira CRB 6/2777 da Escola de
Enfermagem Wenceslau Braz – EEWB

B862n Brito, Ana Luiza Sene.


Norma regulamentadora 32: informações dos médicos
e acadêmicos de medicina / Ana Luiza Sene Brito. – 2012.
71 f.

Orientadora: Profª. M.ª Aldaíza Ferreira Antunes F.


Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Enfermagem) com apoio do Programa de Bolsa Científica
- (PROBIC/FAPEMIG) Escola de Enfermagem Wenceslau
Braz - EEWB, Itajubá, 2012.

1. Segurança do trabalho. 2. Saúde do trabalhador. 3.


Riscos ocupacionais. I. Título.

NLM: WA 400
Dedico este estudo a todos os profissionais que se disponibilizaram a participar da
entrevista, contribuindo para este novo aprendizado.

Ana Luiza
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter colocado a ciência da enfermagem, esta


pesquisa e as pessoas que contribuíram a ela, direta ou indiretamente, em meu
caminho, proporcionando-me a felicidade decorrente da realização de um trabalho
realizado com tanto afinco.

Às professoras Aldaíza Ferreira Antunes Fortes e Ana Maria Nassar Cintra


Soane, que me motivaram e estiveram ao meu lado durante todas as etapas deste
trabalho e que, com paciência e compreensão, contribuíram imensamente para o
meu crescimento profissional.

Ao Programa de Bolsa de Iniciação Científica (PROBIC)-FAPEMIG, pela


oportunidade da construção de novos conhecimentos que foram somados ao meu
desenvolvimento acadêmico.

À minha família, amigos e namorado, que estiveram sempre ao meu lado


durante todas as dificuldades, que compreenderam minha ausência e me ensinaram
que devemos sempre perseverar nos nossos objetivos.

E a todos os participantes deste estudo, que o tornaram um meio de


conhecimento, aprendizado e realização profissional.
“Qualquer norma ou lei se torna inerte, se não houver aplicabilidade real por
parte dos principais beneficiários aos quais ela se destina.”

Eunice Kimie K. Nakamura


RESUMO

Estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório, descritivo e transversal,


desenvolvido com o intuito de conhecer as informações dos acadêmicos de
medicina e médicos da cidade de Itajubá, MG, acerca da Norma Regulamentadora
32 (NR-32). Foram entrevistados 10 acadêmicos de medicina e 10 médicos, pois
houve saturação de dados. A amostragem foi não probabilística intencional. A coleta
de dados foi realizada mediante entrevista semi-estruturada, após aprovação pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz. Os dados
foram analisados e interpretados por meio do método de Análise de Conteúdo de
Bardin. Por meio as categorias emergidas constatou-se grande desconhecimento
sobre a NR-32, sua abordagem e aplicação pelos entrevistados, ou seja, o
conhecimento sobre a norma é, na maioria das vezes, superficial, insuficiente,
limitado e pouco aplicado. A NR-32 necessita ser divulgada e aplicada entre o meio
profissional objetivando a conscientização e, consequentemente a proteção e
segurança nos ambientes de trabalho.

Palavras-chave: Segurança do trabalho. Saúde do trabalhador. Riscos ocupacionais.


ABSTRACT

This is a qualitative study is an exploratory, descriptive and cross in order to know


the information of medical students and doctors of the city of Itajubá, MG, about
Norm 32 (NR-32). We interviewed 10 medical students and 10 doctors, because
there was saturation of data. The non-probability sampling was intentional. Data
collection was conducted through semi-structured interview, after approval by the
Ethics Committee in Research of the School of Nursing Wenceslau Braz. Data were
analyzed and interpreted through the method of content analysis of Bardin. After
analysis with the categories originated, it was found widespread ignorance about the
NR-32, its approach and application by the respondents, ie, knowledge of the
standard is, in most cases, superficial, inadequate, limited and poorly applied. The
NR-32 needs to be disseminated and applied between the occupational objective
awareness and consequently the protection and safety in the workplace.

Keywords: Occupational safety. Occupational health. Occupational hazards.


LISTA DE ABREVIATURAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CDC Centers of Disease Control

CIE Conselho Internacional de Enfermagem

CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear

CTI Centro de Terapia Intensiva

EAS Estabelecimentos de Assistência à Saúde

EPIs Equipamentos de Proteção Individual

FAP Fator Acidentário de Prevenção

FAPEMIG Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health

NR Norma Regulamentadora

OIT Organização Internacional do Trabalho

OSHA Occupational Safety and Health Association

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SAT Seguro Acidente de Trabalho

SSO Segurança e Saúde Ocupacional

SUS Sistema Único de Saúde


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................13
1.1 INTERESSE PELO TEMA .............................................................................14
1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO.......................................................................15
1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................16

2 MARCO CONCEITUAL.................................................................................17
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA NR-32 ................................................................17
2.1.1 Evolução na sua criação .............................................................................17
2.2 OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A NR-32 ...............................................20

3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA .................................................................22


3.1 CENÁRIO DE ESTUDO.................................................................................22
3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO ....................................................................23
3.3 PARTICIPANTES, NATUREZA DA AMOSTRA E AMOSTRAGEM ..............24
3.4 COLETA DE DADOS.....................................................................................25
3.4.1 Instrumento para a coleta de dados...........................................................25
3.4.2 Procedimentos para a coleta de dados .....................................................25
3.5 PRÉ-TESTE...................................................................................................26
3.6 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................26
3.7 ÉTICA DA PESQUISA ...................................................................................27

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................29


4.1 RESULTADOS REFERENTES AOS ACADÊMICOS DE MEDICINA –
DADOS PESSOAIS........................................................................................29
4.1.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo ..............29
4.2 RESULTADOS REFERENTES AOS MÉDICOS – DADOS PESSOAIS........34
4.2.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo ..............35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................44

6 CONCLUSÃO................................................................................................46

REFERÊNCIAS.............................................................................................47


APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semi-estruturada...........................50




APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido................51




APÊNDICE C – Extração das ideias principais dos acadêmicos de


medicina.......................................................................................................52


APÊNDICE D – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias


principais extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina....53


APÊNDICE E – Agrupamento das idéias principais semelhantes


originando as categorias ............................................................................54


APÊNDICE F – Extração das ideias principais dos acadêmicos de


medicina.......................................................................................................55


APÊNDICE G – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias


principais extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina....56


APÊNDICE H – Agrupamento das idéias principais semelhantes


originando as categorias ............................................................................57


APÊNDICE I – Extração das ideias principais dos acadêmicos de


medicina.......................................................................................................58


APÊNDICE J – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias


principais extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina....59


APÊNDICE K – Agrupamento das idéias principais semelhantes


originando as categorias ............................................................................60


APÊNDICE L – Extração das ideias principais dos médicos...................61




APÊNDICE M – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias


principais extraídas dos depoimentos dos médicos ...............................62


APÊNDICE N – Agrupamento das idéias principais semelhantes


originando as categorias ............................................................................63


APÊNDICE O – Extração das ideias principais dos médicos ..................64




APÊNDICE P – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias


principais extraídas dos depoimentos dos médicos ...............................65


APÊNDICE Q – Agrupamento das idéias principais semelhantes


originando as categorias ............................................................................66


APÊNDICE R – Extração das ideias principais dos médicos ..................67




APÊNDICE S – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias


principais extraídas dos depoimentos dos médicos ...............................68


APÊNDICE T – Agrupamento das idéias principais semelhantes


originando as categorias ............................................................................69


ANEXO A – Parecer Consubstanciado n. 592/2010 ..................................70


13

1 INTRODUÇÃO

A Norma Regulamentadora (NR) 32, intitulada Segurança e Saúde no


Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde, é uma norma específica
para os estabelecimentos ou prestadores de serviços de saúde. Os
estabelecimentos passam a ter parâmetros, paradigmas e metodologia para a
implementação de programas de prevenção (BRASIL, 2005).
A NR 32 visa a implantar programas de prevenção na saúde através dos
Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), para que o estabelecimento possa obter
as vantagens previstas no Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) e Fator
Acidentário de Prevenção (FAP).
Segundo Brasil (2001), esta norma estabelece diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção em relação à segurança e à saúde dos
trabalhadores, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral. Uma das vantagens desta norma é estabelecer
diretrizes relacionadas aos diversos riscos associados à atividade.
Esta NR é importante no cenário brasileiro, devido à inexistência de legislação
específica acerca das questões de segurança e saúde no trabalho, sendo o Brasil o
primeiro país do mundo a ter uma norma de ampla abrangência voltada para os
trabalhadores de saúde (MARZIALE; ROBAZZI, 2004).
Os trabalhadores dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) muitas
vezes enfrentam situações inapropriadas, não as considerando como perigosas,
mesmo que as evidências científicas mostrem a presença de vários agentes de risco
nos ambientes.
Procedimentos e medidas de proteção devem ser tomados a fim de assegurar
a segurança dos trabalhadores da área da saúde e prevenir acidentes e doenças
ocupacionais. Para tanto, é necessário treinamento específico, disposição e
cooperação para mudanças de comportamento e conduta.
Marziale e Robazzi (2004) dizem que foram utilizadas para a elaboração
dessa norma regulamentações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), dissertações de mestrado e teses de doutorado, recomendações e
manuais já existentes no Ministério da Saúde, normas da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN), entre outras várias proposições de instituições importantes
14

para a área, tais como as da Occupational Safety and Health Association – OSHA,
aquelas do Centers for Disease Control and Prevention – CDC, as da Organização
Internacional do Trabalho e Organização Mundial da Saúde e as do National Institute
of Occupational Safety and Health – NIOSH.
Faz-se importante conhecer a percepção dos profissionais sobre a referida
norma, visto que o sucesso de qualquer programa educativo está ligado ao apoio da
instituição, à participação dos trabalhadores de um modo geral e à participação dos
profissionais de serviços especializados em engenharia de segurança e em
medicina do trabalho interligando conhecimentos, normas e práticas.
Assim, contribuem para uma correta utilização dos recursos existentes,
compartilhando os conhecimentos adquiridos na tentativa de melhorá-los e ampliá-
los, trazendo questões do cotidiano e do saber profissional a fim de garantir a
aplicabilidade da legislação vigente.

1.1 INTERESSE PELO TEMA

O interesse pelo tema surgiu a partir de um convite, realizado pelas docentes do


setor de pesquisa da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, para a realização de
um trabalho científico. Realizamos um encontro em que foram expostos vários
temas. Interessei-me logo pelo que abrangia a NR 32. Desde que entrei na
faculdade e conheci a referida norma, me questiono se as pessoas têm
conhecimento da importância dos procedimentos para prevenção de acidentes nos
locais de atendimento à saúde. Em ensino clínico, ao observar diversos profissionais
atuando de acordo com as diretrizes estabelecidas por esta norma, comecei a me
tornar mais crítica ao ver que existem profissionais que não obedecem aos preceitos
da NR 32.
A confiança depositada pelos pacientes nos profissionais e acadêmicos de
saúde me fez despertar para a importância de atentarmos para nossas atitudes,
contudo, não estou envolvida na rotina profissional dos médicos e acadêmicos de
medicina, o que me instigou a pesquisar a informação dos mesmos em relação às
diretrizes da NR 32.
Quando iniciei a pesquisa bibliográfica, notei que a NR-32 era muita mais
específica e completa do que eu imaginava, e, ao me deparar com tantos
parâmetros e conceitos, me questionei ainda mais quanto ao conhecimento dos
15

profissionais de saúde sobre ela, especialmente os médicos e acadêmicos de


medicina.
Qual seria a ideia que eles fazem da NR 32? Aos que conhecem a existência da
norma: eles a aplicam no seu dia a dia em ensino clínico e exercendo a profissão?
Frente a essas indagações, desejei conhecer o que os acadêmicos de medicina
e médicos pensam a respeito da NR 32.

1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Existem diversas situações de risco que são consideradas muitas vezes como
corriqueiras pelos profissionais, não prestando a devida atenção, e pouco ou nada
fazendo para que não se repitam. Há evidências científicas sobre os vários agentes
de riscos ocupacionais em ambientes de trabalho aos quais os profissionais se
submetem e, nem sempre utilizam meios para preveni-los, como por exemplo, os
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs.
Segundo Fagundes (2009), os agentes de riscos, quando não devidamente
controlados, causam inúmeros acidentes e doenças profissionais ou do trabalho. A
autora os subdivide em riscos biológicos – que abrangem doenças transmissíveis
agudas e crônicas, parasitoses, reações tóxicas e alérgicas a plantas e animais e
infecções; riscos químicos – devido ao contato com produtos tóxicos como
anestésicos, esterilizantes, desinfetantes, solventes, agentes de limpeza, anti-
sépticos, detergentes e medicamentos diversos; riscos físicos – radiações ionizantes
e não ionizantes, variações atmosféricas e vibrações oscilatórias; e riscos
ergonômicos – que conferem à adaptação do ser humano ao trabalho, pois são
pessoas de diferentes alturas, pesos, estruturas ósseas e musculares. São fatos que
não se alteram e devem ser utilizados como base para o planejamento das
condições de trabalho de cada um.
No âmbito social, os resultados obtidos nesta pesquisa estimulam ou
aperfeiçoam o conhecimento sobre a norma em questão, colaborando assim para a
segurança dos profissionais e seus clientes.
Profissionalmente, ressalta a importância do conhecimento e aplicação de uma
norma essencial para os trabalhadores da área da saúde.
No segmento científico, além de esclarecer as questões que desencadearam a
iniciativa deste estudo, que dizem respeito à ideia que os acadêmicos de medicina e
16

médicos fazem da NR-32 em relação ao uso e aplicabilidade no cotidiano


profissional, a partir de informações para solidificar o conhecimento, contribuirá para
futuros estudos sobre o tema.
Questiono-me se esses profissionais ou acadêmicos também pensam na
importância do cumprimento da norma, e se tem acesso a ela, assim como pude ter
em laboratórios e em ensino clínico ao iniciar a vida acadêmica. E, além do simples
acesso e consciência da sua essencialidade no nosso cotidiano, a aplicabilidade da
mesma se faz importante para que possamos continuar oferecendo segurança e
sendo verdadeiros pontos de confiança para a pessoa debilitada.
Diante deste panorama, emergiu a questão que norteou o estudo: Quais as
informações que os acadêmicos de medicina e médicos têm sobre a NR 32?

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo do estudo foi:

x Conhecer as informações dos acadêmicos de medicina e médicos da


cidade de Itajubá, MG, acerca da Norma Regulamentadora 32.
17

2 MARCO CONCEITUAL

A NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de


Assistência à Saúde - é específica para estabelecimentos de saúde, e esta etapa do
trabalho está dividida em duas partes: contextualização da NR-32 e os profissionais
de saúde e a NR-32.

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA NR-32

As Normas Regulamentadoras foram publicadas pelo Ministério do Trabalho e


Emprego através da Portaria 3.214/79 a fim de estabelecer os requisitos técnicos e
legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).
Atualmente, existem 34 Normas Regulamentadoras.
Wada (2010) nos oferece dados de acordo com a Organização Internacional
do Trabalho (OIT) que diz que as doenças e os acidentes relacionados ao trabalho
matam anualmente 1,1 milhões de pessoas em todo o mundo. Nesse número, estão
incluídos cerca de 300 mil óbitos decorrentes de 250 milhões de acidentes de
trabalho, além de mortes por doenças ocupacionais diversas. Ainda segundo a
mesma fonte, os custos das doenças e dos acidentes de trabalho chegam a cerca
de quatro por cento da produção mundial.
A implantação da NR-32 realiza procedimentos e medidas protetoras,
resultando em segurança no ambiente de trabalho, assim, visando à prevenção de
acidentes/doenças ocupacionais entre os profissionais da área da saúde.
Para fins de aplicação desta NR, entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em
qualquer nível de complexidade (BRASIL, MS, 2005).

2.1.1 Evolução na sua criação

As NR são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta


por representantes do governo, empregadores e empregados, por meio de Portarias
expedidas pelo MTE.
18

Como dito anteriormente, foram utilizadas regulamentações da ANVISA,


dissertações de mestrado e teses de doutorado, recomendações e manuais já
existentes no Ministério da Saúde, normas da CNEN, entre outras várias
proposições de instituições importantes para a área, na elaboração da NR-32. O
principal objetivo é eliminar o risco de acidentes do trabalho e se o mesmo não
puder ser eliminado, deve ser controlado, avaliado e administrado.
A NR-32 compõe um conjunto de 34 Normas Regulamentadoras, leis
complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais
da OIT, ratificadas pelo Brasil, que definem a segurança no trabalho.
Marziale e Robazzi (2004) comentam que durante o processo de confecção
do texto, consultas a especialistas nos assuntos abordados foram realizadas pelo
grupo técnico responsável e pesquisas em EAS a fim de obter informações dos
próprios trabalhadores sobre a prática de certos procedimentos. Tais informações,
provenientes de diferentes regiões do Brasil, visavam estabelecer o melhor
entendimento das medidas utilizadas e uma forma de normatizá-las, com mais
propriedade.
As autoras também explanam que, desde as primeiras reuniões do grupo
técnico, notava-se inequívoca a necessidade de se ter um texto normatizador oficial
no país para a área da saúde, pois era uma oportunidade importante de se
regularizar as diversas e problemáticas questões que a envolvem.
Após revisão bibliográfica, reuniões de trabalho e intenso estudo, ficou
decidido que a elaboração da NR 32 seria por tipos de Riscos Ocupacionais e não
por locais específicos dos estabelecimentos de saúde.
O PPRA é um programa de higiene ocupacional de caráter multidisciplinar,
que deve ser elaborado e implementado a fim de prevenir riscos físicos, químicos e
biológicos. Pode ser feito por qualquer pessoa ou equipe, que sejam capazes de
desenvolver o disposto na norma. Deve ser realizado uma vez ao ano e sempre que
necessário quando produza mudança nas condições de trabalho, ou quando a
análise dos acidentes e incidentes determinar a necessidade. (FAGUNDES, 2009).
O PCMSO deve ser planejado e implementado com base nos riscos à saúde
dos trabalhadores, principalmente os que foram previstos no PPRA, e deve
considerar como questões incidentes, tanto sobre o indivíduo quanto à coletividade
dos profissionais, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico. Estabelece
prazo e periodicidade para as avaliações clínicas e execução e interpretação dos
19

exames médicos complementares. Deve ser coordenado por um médico, com


especialização em medicina do trabalho, responsável pela execução do programa.
(FAGUNDES, 2009).
A norma abrange, além de riscos ergonômicos - que estão ligados à
adaptação do ser humano ao trabalho, já que as pessoas são diferentes em
estruturas ósseas, musculares e altura; essas características devem ser utilizadas
como base para o planejamento das condições de trabalho às quais o profissional
será submetido - diversos riscos e condições ideais para a saúde do profissional no
trabalho:
a) Riscos biológicos (PPRA, PCMSO, medidas de proteção, vacinação dos
trabalhadores): abrangem doenças transmissíveis agudas e crônicas,
parasitoses, reações tóxicas e alérgicas a plantas e animais. Também destaca
os riscos biológicos da hepatite B, a que os profissionais de saúde estão,
sobremaneira, expostos;
b) Riscos químicos (PPRA, PCMSO, medidas de proteção, gases medicinais,
medicamentos e drogas de risco, quimioterápicos antineoplásicos, vestiário,
capacitação): trata da variedade de produtos tóxicos aos quais os profissionais
estão expostos, muitas vezes diariamente;
c) Radiações Ionizantes (Riscos Físicos): abrange o plano de Proteção Radiológica
– PPR, serviço de proteção radiológica, serviço de medicina nuclear, serviços de
radioterapia, braquiterapia, Serviços de Radiodiagnóstico Odontológico.
Além dos riscos citados, a NR-32 indica as diretrizes para o tratamento dos
resíduos (recipientes, sala de armazenamento temporário, transporte), as condições
de conforto por ocasião das refeições, as lavanderias, limpeza e conservação,
manutenção de máquinas e equipamentos, e apresenta algumas disposições gerais
e finais. A fim de verificar as informações dos acadêmicos de medicina e médicos da
cidade de Itajubá, o estudo será focado nos riscos explanados nos parágrafos
acima, visto que estes profissionais se encontram distantes, muitas vezes, das
lavanderias, refeitórios, entre outros.
A observância às regras da NR-32 não dispensa, contudo, o cumprimento de
outras normas sobre o assunto. O descumprimento de normas de segurança e
medicina do trabalho poderá ensejar a aplicação e o pagamento de multa imposta
por fiscais do trabalho.
20

É fato que o risco no ambiente de trabalho se multiplica quando as normas de


segurança não são observadas. Por isso, a NR-32 se preocupa com a correta
realização do PCMSO e do PPRA, instrumentos necessários à prevenção de riscos
e acidentes nas empresas, que devem ser realizados periodicamente, e atualizados,
na medida em que a empresa adota medidas recomendadas pelos programas.

2.2 OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A NR-32

Na bibliografia da NR-32, comenta-se da sua importância aos profissionais de


saúde de forma geral, mas poucos são os estudos específicos mostrando seu
reflexo para cada profissão. Está diversificada e específica para profissionais de
enfermagem, enquanto que para outros profissionais da saúde, são escassas as
publicações.
Wada (2010) nos conta que, de acordo com dados divulgados pelo Conselho
Internacional de Enfermagem (CIE) e pelo Comitê Permanente de Enfermeiros da
União Europeia, anualmente cerca de um milhão de trabalhadores da saúde sofrem
acidentes com agulhas, destes, 40% correspondem aos profissionais de
enfermagem.
Fagundes (2009) diz que, muitas vezes, os profissionais de saúde trabalham
sem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tendo a consciência
que sua profissão está exposta a vários riscos. Marziale e Robazzi (2004) comentam
que os trabalhadores dos estabelecimentos de assistência à saúde, frequentemente,
enfrentam situações laborais inapropriadas, não as considerando, entretanto, como
perigosas, mesmo que as evidências científicas mostrem a presença de vários
agentes de riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho.
A NR-32 faz-se importante para todos os profissionais da área da saúde que
atuam em estabelecimentos de assistência à saúde, pois, independente de sua
função, todos estão expostos a diversos riscos e, por isso, procedimentos e medidas
protetoras deverão ser realizadas, promovendo-se segurança no trabalho e
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais entre os trabalhadores da área da
saúde. (MARZIALE; ROBAZZI, 2004).
Os profissionais devem tomar conhecimento das regulamentações que a NR-
32 nos traz, haja vista que estes contam com uma legislação específica para a sua
proteção e segurança nos ambientes de trabalho dos EAS, e muitos não sabem da
21

sua existência, se submetendo a diversos riscos (biológicos, físicos, químicos,


psicossociais e ergonômicos) sem saber que podem adotar medidas de segurança
que não os tornarão predispostos a se tornarem enfermos e a sofrerem acidentes de
trabalho.
22

3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA

A trajetória metodológica engloba os pontos relacionados com a


caracterização do cenário do estudo, delineamento do estudo, que inclui os sujeitos,
a amostra e amostragem, os instrumentos, o pré-teste, os procedimentos para a
coleta de dados, a estratégia de análise dos dados, além da ética da pesquisa.

3.1 CENÁRIO DE ESTUDO

O presente estudo terá como cenário o Hospital Escola da Faculdade de


Medicina da cidade de Itajubá, Minas Gerais.
Segundo o site da Prefeitura Municipal de Itajubá (2010), Itajubá situa-se no
sul do Estado de Minas Gerais, numa altitude de 1746 metros no seu ponto mais alto
e de 830 metros no ponto mais baixo, acima do nível do mar, sendo que a área
urbana, sem considerar os morros, fica numa altitude média de 842 metros.
Ocupando uma área de 290,45 km² de extensão, com população de 90.812
habitantes, de acordo com o IBGE de 2006, o equivalente a 312,65 hab./km², numa
taxa anual de crescimento de 1,26% habitantes por ano.
É centro de referência em assistência à saúde para dezesseis municípios da
chamada microrregião do Alto Sapucaí. A cidade conta com dois hospitais
credenciados para o Sistema Único de Saúde - SUS, Santa Casa de Misericórdia de
Itajubá e Hospital Escola de Itajubá, da Faculdade de Medicina de Itajubá, com
níveis de atendimento de atenção básica até alta complexidade. Oferece ainda
assistência na área privada de convênios com Hospitais Odontomed, Saúde Ceam e
Unimed Itajubá, além do hospital Bezerra de Menezes, voltado à saúde mental.
A assistência ambulatorial, além dos serviços privados, é realizada nos
hospitais credenciados do SUS. Nas Unidades Básicas de Saúde do município e nas
duas policlínicas municipais. Exames laboratoriais e de imagem são realizados por
prestadores de serviços credenciados para o SUS, e ou contratados pela Prefeitura
Municipal, através da Secretaria de Saúde. A farmácia da Policlínica de Itajubá
fornece gratuitamente aos parceiros cadastrados nos vários programas de saúde,
medicamentos para diabéticos, hipertensos, gestantes, pacientes portadores de
doenças infecto contagiosas e para o programa DST/AIDS.
23

A Secretaria Municipal de Saúde mantém vários programas diferenciados de


assistência à Saúde. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ, 2010).
O Hospital Escola de Itajubá é certificado como Hospital Universitário por uma
avaliação adotada pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde para
certificar Hospitais brasileiros que realmente estão voltados ao Ensino Superior e à
assistência de qualidade. Oferece serviços de centro cirúrgico, centro de terapia
intensiva (CTI), clínica cirúrgica, clínica médica, colposcopia, diagnóstico por
imagem, eletrocardiograma, endoscopia, internação particular e convênios,
laboratório de análise clínica, laboratório de anatomia patológica, maternidade e
pediatria, medicina do trabalho, raios-X, serviço social, tomografia computadorizada,
ultra-som e urgência e emergência. Nele, os estudantes da Faculdade de Medicina
de Itajubá são inseridos em atividades práticas, com o objetivo de diminuir o
distanciamento entre os conteúdos básicos e clínicos, sendo assim o principal
espaço de formação destes acadêmicos. (AISI, 2010)

3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO

O estudo é definido como exploratório, descritivo e transversal com


abordagem qualitativa.
Para Lakatos e Marconi (2001), o estudo exploratório são investigações de
pesquisa empírica que possui o objetivo de formular questões ou problemas, com
finalidade de desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o
ambiente, fato ou fenômeno, para realizar pesquisar futuras precisas ou clarificar e
modificar conceitos.
A pesquisa exploratória também tem a finalidade de esclarecer e oferecer
uma visão ampla acerca de um determinado fato. Têm como objetivo classificar e
interpretar fenômenos, buscando freqüência, característica, relação e associação
entre variáveis. (DYNIEWICZ, 2007).
Segundo Lakatos e Marconi (2001), variável é um conceito que contém ou
apresenta valores, tais como: qualidades, quantidades, características, entre outros.
Uma pesquisa qualitativa, para Dyniewicz (2007) não impõe expectativas pré-
existentes e o pesquisador procura entender o fenômeno tal como ocorre.
24

3.3 PARTICIPANTES, NATUREZA DA AMOSTRA E AMOSTRAGEM

Os sujeitos são os acadêmicos de medicina e médicos que atuam no Hospital


Escola de Itajubá, em atividades acadêmicas e atividades profissionais ou em ensino
clínico, respectivamente, selecionados a partir dos seguintes critérios de
elegibilidade:
x Concordar em participar do estudo;
x Ter idade igual ou superior a 18 anos;
x Encontrar-se, no mínimo, no 4º ano (5º período), do curso de medicina;
x Ter concluído a graduação em medicina;
x Atuar ou realizar estágio supervisionado/ensino clínico no Hospital Escola
de Itajubá.
A necessidade do acadêmico de cursar no mínimo, o 5º período do curso de
medicina se justifica pelo maior contato com os pacientes advindo do ensino clínico
e maior conhecimento teórico e prático adquirido nos primeiros anos do curso.
Os médicos podem ter concluído o curso em qualquer ano apesar da data de
publicação da portaria que aprova a NR 32: Portaria nº 485, de 11 de novembro de
2005. Existe a hipótese de que os profissionais que concluíram sua graduação antes
deste ano podem nunca ter recebido informações sobre a normatização ou mesmo
não terem se atualizado da aprovação, exigência e publicação da NR 32.
Os critérios de exclusão/inelegibilidade encontram-se dispostos a seguir:
x Não concordar em participar do estudo;
x Ter idade inferior a 18 anos;
x Encontrar-se, em período anterior ao 5º período, do curso de medicina;
x Não atuar ou realizar estágio supervisionado/ensino clínico no Hospital
Escola de Itajubá ou em consultório particular;
Segundo Polit, Beck e Hungler (2004), a amostra numa pesquisa qualitativa é
determinada pela necessidade de informações. Um princípio que orienta a
amostragem é a saturação de dados: ao ponto que não é obtida nenhuma
informação nova e sim a redundância. Sendo assim, o número total de entrevistados
dependerá das respostas obtidas, formando assim a amostra do estudo. Ao
perceber que o objetivo do estudo foi alcançado, não surgirem novos dados e iniciar
redundância de informações, a coleta de dados e o acréscimo de sujeitos serão
interrompidos.
25

A amostragem será não probabilística por intenção, onde o pesquisador


escolhe membros da amostra de acordo com as necessidades de informação que
emergem dos resultados preliminares (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). Nesse
caso, serão os acadêmicos de medicina e médicos.

3.4 COLETA DE DADOS

Nesta etapa do trabalho, será apresentado o instrumento para a coleta de


dados e os procedimentos para coleta de dados.

3.4.1 Instrumento para a coleta de dados

O instrumento utilizado para coleta de dados foi um roteiro de entrevista semi-


estruturada, composta por duas partes. A primeira parte traz questões referentes às
características pessoais (idade, gênero, ano de formação, período do curso de
graduação) e a segunda parte contendo três questões abertas que responderão aos
objetivos da pesquisa. (APÊNDICE A).

3.4.2 Procedimentos para a coleta de dados

A coleta de dados foi iniciada após aprovação do Comitê de Ética em


Pesquisa da EEWB, autorização do responsável pelo Hospital Escola de Itajubá e
após a aceitação de cada entrevistado, concordando em participar do estudo.
Em seguida, houve a proposta de um agendamento com as instituições e com
os entrevistados em dias e horários viáveis, porém todos optaram por responder
imediatamente.
Houve a verificação dos critérios de elegibilidade e de exclusão de cada
participante antes de iniciar a entrevista.
Os dados foram coletados por meio de gravações em fita cassete, que
registraram na íntegra cada entrevista. Após a transcrição dos dados, as fitas foram
incineradas. Alguns participantes solicitaram responder a entrevista por escrito e não
por gravação, o que não influenciou a coleta e análise dos dados.
26

As entrevistas foram realizadas em um local apropriado, dentro da própria


instituição, preservando sempre a privacidade do participante e a sua escolha do
local para a entrevista.
A qualquer momento, o participante pode retirar dúvidas relativas à sua
participação e divulgação dos resultados. Antes da coleta dos dados, todos
receberam orientações e tiveram ciência do objetivo do estudo, da entrevista, da sua
autonomia e do anonimato e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (APÊNDICE B).

3.5 PRÉ-TESTE

Neste estudo, o pré-teste foi realizado com quatro sujeitos, sendo dois
acadêmicos de medicina e dois médicos. Todos estavam dentro dos critérios de
inclusão e foram incluídos na amostra, porque não houve necessidade de alterar o
instrumento.
O pré-teste tem a intenção de verificar a adequação do instrumento ao
objetivo da pesquisa, e realizar quaisquer alterações necessárias e possíveis,
visando assim garantir que seja eficaz e efetivo para o estudo, pois, no entender de
Gil (2002), é a partir do pré-teste que o instrumento será validado para a coleta dos
dados.

3.6 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados analisados da caracterização pessoal e profissional dos


participantes do estudo, referentes à primeira parte do roteiro de entrevista semi-
estruturada, foram apresentados em forma de comentários destes resultados.
Os dados coletados com a gravação das respostas dos (as) participantes às
questões abertas, da segunda parte do roteiro de entrevista semi-estruturada,
depois de transcritos, foram analisados e interpretados por meio da análise de
conteúdo, que, segundo Marconi e Lakatos (2002), consiste em uma técnica para
investigar o conteúdo das comunicações humanas, isto é, visa os produtos das
ações humanas, voltando-se para o estudo das ideias e não das palavras em si.
27

As autoras afirmam ainda que a análise de conteúdo é caracterizada pela


busca do entendimento da comunicação entre os homens, baseando-se no
reconhecimento do conteúdo das mensagens.
Para Bardin (2007), a análise de conteúdo constitui um conjunto de
instrumentos metodológicos que se aplica aos discursos diversificados.
Ressalta, também, que a investigação dos temas ou análise temática
representa um tipo de categorização muito bom para ser adotado, por ser rápido e
eficaz na aplicação a discursos diretos e simples.
Abrange três etapas:
x a pré-análise - que é a organização do material a ser analisado;
x a exploração do material - operação de codificação, classificação e
categorização;
x o tratamento dos resultados, inferência e interpretação - estabelecimento de
relações por meio de reflexão e intuição.

Para efetuar a análise de conteúdo dos dados que se obteve com a pesquisa,
utilizou-se os APÊNDICES C, D, E, F, G, H, I, J e K para os acadêmicos de medicina
e os APÊNDICES L, M, N, O, P, Q, R, S e T para os médicos. No APÊNDICES C e
F, organizou-se o material colhido realizando a extração das ideias principais. Logo
depois, utilizando os APÊNDICES D e M, explorou-se o material codificando os
dados, ou seja, efetuou-se a identificação uniforme, por semelhança, das ideias
principais extraídas. Em seguida, classificaram-se e categorizaram-se os dados, ou
seja, nos APÊNDICES E e N, agrupou-se as ideias principais semelhantes,
originando assim, as categorias. Os demais apêndices seguem respectivamente o
método de análise para as demais perguntas do instrumento.

3.7 ÉTICA DA PESQUISA

O presente estudo seguiu os preceitos estabelecidos pela Resolução 196/96,


de 16/10/1996, do Conselho Nacional de Saúde. A autonomia e o anonimato foram
respeitados, assim como a decisão em participar da pesquisa, após receber
informações sobre o objetivo e estudo. Esta decisão foi oficializada pela assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B), deixando o
participante livre para desistir, caso assim desejasse e quando quisesse.
28

O pesquisado está assegurado da privacidade de proteção de imagem, sendo


identificados por: AM1, AM2, AM3, etc., para os acadêmicos de medicina, e M1, M2,
M3, etc., para os médicos.
Os resultados deste estudo poderão ser disponibilizados para as instituições e
participantes, se assim o desejarem. Além de participar de evento específico, na
EEWB, por ter sido contemplado com a bolsa de Iniciação Científica da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).
A folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos encontra-se
devidamente preenchida, conforme ANEXO A.
29

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Esta etapa do trabalho, primeiramente, exibe os resultados referentes aos


acadêmicos de medicina, expondo seus dados pessoais e a apresentação, análise e
discussão dos dados transcritos das respostas deles às três abertas do roteiro de
entrevista semi-estruturada (APÊNDICE A). Em seguida, expõe na mesma
sequência, os resultados referentes aos médicos.

4.1 RESULTADOS REFERENTES AOS ACADÊMICOS DE MEDICINA – DADOS


PESSOAIS

Foram entrevistados 10 acadêmicos, sendo que todos concluíram sua


graduação em 2011. Deles, sete eram do gênero masculino (70%), e três do gênero
feminino (30%).
Houve pouca variação entre as idades dos entrevistados. A faixa de maior
prevalência foi de 24, 25 e 29 anos, com 20% cada. As faixas etárias de 21, 22, 23 e
27 anos correspondem a 10% cada.

4.1.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo

Neste subtópico são apresentados, analisados e discutidos os dados das três


questões abertas da segunda parte do roteiro de entrevista semiestruturada.
Os dados, depois de transcritos, foram analisados, utilizando-se do método de
análise de conteúdo, descrito anteriormente na trajetória metodológica.
Foi realizada uma pré-análise, na qual se organizou o material. Em seguida,
explorou-se o material, codificando, classificando e categorizando os dados, ou seja,
os depoimentos dos participantes foram agrupados em categorias de acordo com a
similaridade de ideias contidas neles (APÊNDICES C, D, E, F, G, H, I, J, e K).
Finalmente, foram efetivados o tratamento, inferência e interpretação desses
dados.
Neste lume, ao analisar as respostas dos acadêmicos de medicina referentes
à questão: “O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32)?” emergiram três
categorias, a saber:
¾ Falta de conhecimento;
30

™ Segurança do trabalho;
9 Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e condutas de
proteção.

Primeira categoria: Falta de conhecimento

As falas indicam que 90% dos entrevistados não sabem o que é a Norma
Regulamentadora 32. É perceptível o desconhecimento decorrente das respostas
destes 9 entrevistados:
“Não sei.” (AM1, AM3, AM4, AM5, AM6, AM7, AM8, AM9,
AM10).
Para Marziale e Robazzi (2004), todos os profissionais devem ser informados
sobre a nova legislação, no intuito de garantir segurança e confiabilidade no
desenvolvimento de suas atividades diárias. As autoras já tornavam clara a
necessidade e a importância do conhecimento sobre a NR-32 um ano antes de a
mesma ser regulamentada.
Rúbio (2007) ressalta que é de suma importância o conhecimento da NR-32
por toda a classe trabalhadora da área da saúde, pois, desta maneira, tanto os
empregadores quantos os trabalhadores estarão mais seguros.
Desse modo, observa-se que a NR-32 necessita de ser colocada como
prioridade no ensino e na prática dos profissionais de saúde, como recomenda
Nakamura (2008), enfocando as precauções padrão: que os estabelecimentos de
ensino na área da saúde deem ênfase ao ensinamento desta técnica,
conscientizando os acadêmicos e futuros profissionais da importância deste ato
como barreira na transmissão de infecções cruzadas.

Segunda categoria: Segurança do trabalho

Apenas o depoimento de um acadêmico (10%) ilustra esta categoria:


“Norma que fala sobre segurança do trabalho...” (AM2).
Nakamura (2008) atenta ao fato que cabe à união, aos estados e municípios,
criar meios de levar o conhecimento da NR-32 aos trabalhadores da área pública e
proporcionar a estes trabalhadores melhores condições de trabalho, assim como
qualidade de vida.
31

Otani (2007) relata existir no Brasil mais de 1800 profissionais de saúde no


setor público. Concorda-se com a autora pois, desse modo, teremos profissionais
com maior conhecimento específico em relação à NR 32, bem como sua importância
dentro do ambiente laboral, como enfocam Lage e Oliveira, (2011). Os autores ainda
referem que esta norma mostra a responsabilidade dos trabalhadores e do
empregador dentro do seu ambiente de trabalho, como medida de prevenção
exercendo suas atividades de maneira segura e eficaz.

Terceira categoria: Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e


condutas de proteção

Nesta categoria, já de uma forma mais ampla, nota-se o conhecimento


superficial sobre a NR-32 de 10% (1) dos entrevistados, evidente na seguinte fala:
“...uso de EPI’s e as condutas para se proteger e evitar
acidentes.” (AM2).
A Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6) considera “Equipamento de Proteção
Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho”.
Almeida, Leite e Pagliuca (2005) dizem que o uso do EPI é uma das formas
de evitar acidentes com maiores proporções, constituindo uma barreira protetora
para o trabalhador, reduzindo efetivamente (embora não elimine) os riscos.
O risco de exposição varia segundo o tipo de atividade exercida, o uso de
medidas preventivas à exposição e a prevalência local de doenças. O papel do
profissional de saúde como transmissor de doenças não deve ser ignorado na
prática clínica, visto que o risco de transmitir doenças aumenta caso o emprego de
técnicas adequadas, como a lavagem das mãos, não seja feito corretamente
(NAKAMURA, 2008).
Em estudo realizado por Barboza, Oliveira e Talhaferro, (2008) aponta ser
necessária uma reavaliação do setor quanto ao tipo de equipamento de proteção
individual adotado, assim como uma reciclagem dos trabalhadores sobre os riscos a
que estão expostos no setor e o objetivo do equipamento de proteção individual na
prevenção destes. O que certifica a necessidade de conhecimento sobre EPIs,
32

riscos e prevenção, corroborando a importância da NR-6 (EPI) e da NR-32, para que


o colaborador tenha conhecimento das medidas de prevenção à sua segurança.
Da análise da questão: “O que NR-32 aborda?”, elucidaram duas categorias:
¾ Falta de conhecimento;
™ Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de EPI.

Primeira categoria: Falta de conhecimento

Novamente, observa-se que há 90% dos entrevistados sem conhecimento


sobre o que a NR-32 aborda. Desse modo, chega-se à conclusão de que, como não
se tem um conhecimento mínimo sobre o que é a NR-32, torna-se esperada a falta
de conhecimento específico a respeito do que esta norma aborda.
Estes dados vão ao encontro dos dizeres de Oliveira e Gonçalves (2010),
sobre a dificuldade de os profissionais da enfermagem cumprirem o que está
previsto na NR 32, uma vez que muitos serviços de saúde desconhecem a norma ou
não a divulgam entre os funcionários. É fundamental que o profissional tenha
conhecimento da NR-32, a fim de promover maior envolvimento entre a equipe e
estimular um pensamento crítico e participativo, argumentando de forma clara o que
está previsto na norma.
Anterior à criação da NR-32, não havia uma norma específica que abordasse
a diversidade dos riscos existentes no ambiente de trabalho dos EAS. Os
profissionais eram regidos por intuição, ou seja, era necessário adotar e
correlacionar, entre outras leis vigentes, para se ter um funcionamento regular das
instituições de saúde (NASCIMENTO, 2008).
Atualmente, a NR-32 trouxe muitas vantagens e mudanças benéficas, como
Marziale e Robazzi (2004) esperavam; porém, faz-se necessária a intenção de se
promover a segurança e prevenir acidentes por parte principalmente dos futuros e
atuais profissionais da área da saúde.

Segunda categoria: Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de


EPI
33

Somente 10% (1) dos entrevistados demonstraram conhecimento sobre o


conteúdo da NR-32. De fato, a NR-32 visa à prevenção de acidentes de trabalho,
porém é mais abrangente que a NR-6.
Silva e Zeitoune (2009) mostram que, de acordo com a NR. 6, EPI é todo
equipamento que o profissional deve utilizar para protegê-lo dos riscos que estão
expostos no cotidiano trabalhista, riscos estes que podem ameaçar a segurança e
saúde dos trabalhadores. Pode-se destacar uso de luvas, máscaras e óculos.
Os trabalhadores estão expostos a riscos até mesmo sem saber da existência
deles, exercendo as atividades, desconhecendo seus direitos e deveres dentro do
local de trabalho. Portanto, cabem às empresas a responsabilidade e necessidade
de implantar essa norma regulamentadora (BRASIL, 2005).
Para tanto, faz-se importante a capacitação enquanto acadêmicos, a fim de
que os futuros profissionais sejam capazes de implantar a NR-32 e cobrar de seus
colaboradores o devido cumprimento dela, além de terem respaldo e conhecimento
para aplicá-la a seu benefício e do seu paciente.
Analisando a última questão: “Você aplica a NR-32 no seu cotidiano
profissional/atividades acadêmicas?” Obtiveram-se três categorias:
¾ Não;
™ Uso equipamentos de proteção individual;
9 Não sei;
Primeira categoria: Não

Categoria originada pela fala de um (10%) dos entrevistados, especificamente


identificado por AM1, o qual respondeu negativamente aos 3 questionamentos da
pesquisa, informando “não ter ideia” do que é a NR-32, não sabendo o que ela
aborda e não a aplica. Um resultado reflexivo para a classe de trabalhadores de
EAS, pois, como já discutido, todos os profissionais devem ser informados sobre a
legislação, no intuito de garantir segurança e confiabilidade no desenvolvimento de
suas atividades diárias (MARZIALE, ROBAZZI; 2004).
É também, para Rúbio (2007, p. 4), motivo de orgulho, já que a referida norma
“é a primeira norma no mundo a regulamentar a saúde e segurança dos
trabalhadores em instituições de saúde”.
34

Segunda categoria: Uso equipamentos de proteção individual

Um acadêmico (10%) informa fazer uso de EPIs.


Mancini et al (2008) relatam que o uso de luvas deve ser usado como barreira
protetora para evitar o contato direto com o paciente e objetos contaminados,
evitando assim a propagação de doenças, ressaltando a lavagem das mãos que
constitui ação básica e eficaz na prevenção e controle de infecção.
Mas, além do uso de EPIs, é importante uma sensibilização com a segurança
dos trabalhadores para se avaliar os métodos de trabalho, o cumprimento das
normas de segurança, a manutenção de máquinas e equipamentos e a prevenção
dos riscos ocupacionais, para que, aí sim, se apliquem totalmente as diretrizes
regulamentadas pela NR-32.

Terceira categoria: Não sei

Dos entrevistados, oito (80%), assumem não ter conhecimento sobre a


aplicabilidade da norma no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas.
Para saber quais os caminhos, etapas e ferramentas que os funcionários
públicos da saúde devem seguir e utilizar para garantirem planos de proteção no
ambiente de trabalho de acordo com a NR-32, primeiramente deve-se considerar a
saúde e a segurança como direitos inalienáveis da pessoa. As demais etapas
passam pela mobilização e organização da classe trabalhadora pública nos
sindicatos e nos locais de trabalho. Melhoras das condições e dos ambientes de
trabalho estão ligadas à participação da classe trabalhadora (OTANI, 2007, p. 3).
Com isso, é clara a importância da sensibilização da classe acadêmica e
profissional, para que, ao compreenderem o significado e a importância da
aplicabilidade da NR-32, passem a ser aliados num processo contínuo de
capacitação e melhora da saúde dos trabalhadores.

4.2 RESULTADOS REFERENTES AOS MÉDICOS – DADOS PESSOAIS

Dos 10 médicos entrevistados, houve bastante diferença no ano de


graduação, porém a maior prevalência foi no ano de 2010, com 30% dos formandos.
35

Os demais anos de graduação representam dois médicos graduados em 1998 (20%)


e um médico, ou seja, 10%, e são: 1980, 1988, 1997, 2007 e 2008.
Sete eram do gênero feminino (70%), e 3 do gênero masculino (30%).
Houve grande variação entre as idades dos entrevistados, sendo cada um de
uma faixa etária. A faixa de maior prevalência foi de 27 anos,
com 2 médicos nesta faixa.

4.2.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo

Utilizando-se dos mesmos passos descritos nos subtópicos 4.1.2, temos nos
apêndices L, M, N, O, P, Q, R, S e T os resultados dos médicos participantes do
estudo. Assim, da análise das respostas dos médicos em relação à questão: “O que
é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32)?”, surgiram três categorias:
¾ Falta de conhecimento;
™ Segurança do trabalho;
9 Uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

Primeira categoria: Falta de conhecimento

Nesta categoria, 40% dos profissionais demonstraram não ter conhecimento


sobre o que é a NR-32.
Acredita-se, como Silva e Zeitoune (2009), que seja necessário investir no
processo educativo e em prevenção e controle do ambiente de trabalho, através de
treinamentos, cursos e palestras, visando reduzir a exposição aos riscos e prevenir o
surgimento das doenças ocupacionais.
Os profissionais devem se atualizar sempre e buscar conhecimento sobre as
novas diretrizes para seu trabalho. De acordo com Chiodi, Marizale e Robazzi (2007,
p.2) percebe-se que “pequena atenção tem sido dispensada às unidades da rede
básica de saúde... as quais merecem atenção devido ao grande número de
trabalhadores atuantes nessas instituições em nosso país...”.
Desse modo, entende-se que, se a instituição não segue e cobra as diretrizes
estabelecidas, deve partir primeiramente do profissional o interesse em modernizar
seus conhecimentos e, assim, cobrar de seus gerentes e instituições a renovação de
36

diretrizes que só trarão melhorias para os profissionais e, consequentemente, para


os pacientes.
Enfim, espera-se que haja conscientização dos profissionais da saúde de um
modo geral e principalmente do setor público onde, segundo os dados obtidos,
corroborando com estudo de Nakamura (2008), a informação está chegando
tardiamente.

Segunda categoria: Segurança do trabalho

Dos entrevistados, três (30%), relacionaram a NR-32 com segurança no


trabalho.
Os trabalhadores que atuam nas unidades de Saúde Pública estão expostos
a risco de acidente de trabalho com exposição a material biológico porque
manuseiam vários materiais perfurocortantes e estão em contato com materiais e
pacientes contaminados por microorganismos patogênicos, dentre os quais se
destacam os vírus HIV (AIDS), HBV e HCV (hepatite). Esse risco à exposição se
torna preocupante, haja vista a grande incidência de pacientes portadores desses
vírus no Brasil. (CHIODI; MARZIALE; ROBAZZI, 2007).
Por isso e por outros riscos a que os trabalhadores estão expostos (físicos,
químicos e ergonômicos) é importante a dispersão de informações e treinamentos
sobre a NR-32. Nessa questão, os participantes da pesquisa responderam que a
NR-32 está relacionada com segurança no trabalho, sendo essa uma resposta
correta, que demonstra que esses entrevistados possuem algum conhecimento
sobre a norma.

Terceira categoria: Uso de equipamentos de proteção individual (EPI)

Diante das respostas dos 30% de trabalhadores entrevistados (3), não se


pode dizer que são respostas corretas, mas sim aceitáveis, visto que a NR-32 trata
da segurança do profissional a partir do uso de EPIs, porém de uma forma mais
completa, com outras medidas de proteção do profissional e prevenção de
acidentes. Como já citado anteriormente, a NR-6 trata especificamente do uso de
EPIs; desta maneira, é incorreto a referência de uso de EPIs à NR-32.
37

É dever da empresa fornecer o EPI em quantidade e qualidade, e cabe ao


trabalhador utilizá-lo apenas com finalidade a que se destina, responsabilizar-se por
sua guarda e conservação, além de comunicar ao empregador qualquer dano ou
alteração que o torne impróprio para o uso. A análise da utilização de EPI é
complexa, pois existem fatores relacionados ao empregador, ao empregado e ao
próprio EPI (BRASIL, 2005).
Apesar do estudo realizado por Chiodi, Marziale e Robazzi (2007), sobre
acidentes com material biológico, demonstrar a importância do uso do EPI, as
autoras enfocam que, quanto à parte do corpo atingida, os membros superiores
corresponderam a 93,5% dos acidentes de trabalho, sendo que os dedos das mãos
foram atingidos em 80,6% dos episódios. Mas, também, foi observado que, embora
em frequências menores, boca, olho e face também foram locais onde houve
contato com material biológico, o que serve de alerta para o uso de EPI tais como
óculos e máscaras.
No que tange a questão: “O que NR-32 aborda?” Evidenciaram 5 categorias:
¾ Falta de conhecimento;
™ Segurança no Trabalho;
9 Prevenção;
ƒ Uso de EPI’s;
o Proteção para profissionais de saúde.

Primeira categoria: Falta de conhecimento


Quatro (40%) dos entrevistados comunicaram que não sabem o que a NR-32
aborda.
Oliveira e Lage (2011), dizem que ainda falta o conhecimento específico dos
profissionais de enfermagem em relação à NR 32 bem como sua importância dentro
do ambiente laboral. Portanto, se faz necessário que a instituição capacite seus
colaboradores no intuito de proporcionar maior segurança no desenvolvimento das
atividades diárias da equipe de trabalho. É valido ressaltar que o colaborador deve
estar apto a compartilhar o conhecimento adquirido, visando minimizar os riscos
existentes no ambiente de trabalho. Para tanto, a NR 32 deve ser implementada em
todos os serviços de saúde.
Cabe aos trabalhadores conhecer as normas de segurança e solicitar aos
órgãos competentes o cumprimento delas. Cada um precisará fazer sua parte. De
38

nada adiantará à empresa investir em segurança se o trabalhador for negligente com


sua própria segurança (MOUTINHO, 2007).
Nota-se que é necessário treinamento, disposição, cooperação e grande
empenho de todos os envolvidos para a realização de uma mudança que deve ser
cobrada e exigida a fim de maior segurança e de saúde de todos os profissionais.

Segunda categoria: Segurança no Trabalho

Essa categoria foi mencionada por um entrevistado (10%) e retrata a


coerência com os dizeres de Santos Júnior et al (2009) que a NR-32 para
Segurança no Trabalho em Serviços de Saúde é a primeira normatização específica
sobre a segurança dos trabalhadores da área da saúde e, assim como em outros
países, mostra preocupação e interesse em como abordar um tema tão complexo e
delicado, enfatizando as ações preventivas das instituições de saúde como as
melhores ferramentas para serem utilizadas nesse sentido.
Nesse sentido, de fato, as ações preventivas dos EAS são fatores
indispensáveis no processo de aplicação da NR-32, dessa maneira levando
segurança a todos os colaboradores que estiverem empenhados em garantir sua
saúde no ambiente de trabalho.

Terceira categoria: Prevenção

Dois (20%) dos entrevistados citaram como prevenção o que a NR-32 aborda.
Segundo Júnior et al (2009), órgãos nacionais e internacionais têm procurado
elaborar normatizações que tornem o ambiente de trabalho mais seguro, enfatizando
principalmente os aspectos de prevenção de acidentes. Desse modo, desde que
todos busquem conhecer e aplicar, podemos tornar a NR-32 exemplo para diversos
países, pois é a única no mundo que busca a segurança no ambiente de trabalho
através das diretrizes de prevenção de acidentes e proteção do colaborador.
Para Oliveira e Lage (2001), a NR-32 mostra a responsabilidade dos
trabalhadores e do empregador dentro do seu ambiente de trabalho, como medida
de prevenção exercendo suas atividades de maneira segura e eficaz.
39

A NR-32 trata da segurança do colaborador por meio de medidas de proteção


visando à prevenção de acidentes ocupacionais no meio laboral. Ou seja, a
prevenção é um dos maiores focos da NR-32, pois todas as medidas exigidas pela
norma visam à prevenção de acidentes aos colaboradores e clientes. Porém, os
relatos não citam as medidas normatizadas focadas à prevenção, mostrando que
estes entrevistados sabem que a norma visa prevenção de acidentes, mas não
sabem citar o que a norma aborda, isto é, quais as medidas estabelecidas para se
evitar acidentes no ambiente de trabalho:
“Prevenção.” (M5)
“Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.” (M8)

Quarta categoria: Uso de EPI’s

Três (30%) dos médicos atribuíram o uso de EPIs à resposta da questão.


Barbosa, Oliveira e Talhaferro (2008), em seu estudo, concluíram que o
ambiente de trabalho e o apoio gerencial têm um papel considerável na adequação
entre treinamento e aderência às recomendações, destacando a importância dos
supervisores na orientação e no reforço das práticas adequadas.
Tendo em vista o pensamento primitivo que limita a NR-32 a uso de EPIs,
observa-se a necessidade de que o ambiente de trabalho com o apoio gerencial,
através de educação continuada, treinamentos e trocas de experiências, clarifique e
ensine a normatização específica da NR-32 diferenciando-a com a NR-6.

Quinta categoria: Proteção para profissionais de saúde

Esta categoria é expressa por dois participantes (20%).


Por meio da prevenção dos acidentes, os profissionais da saúde estarão
tomados de uma maior proteção na realização de suas atividades profissionais.
Sabe-se que a prática e o conhecimento atualizado são os fatores mais
influentes na aprendizagem e nas mudanças educacionais, que podem ser
reforçados pela especialização clínica, criando no funcionário as necessidades de
adaptação e reorientação em suas atividades (DAVIM; TORRES; SANTOS, 1999).
40

Entende-se que, se o profissional é tomado, na prática, de mudanças no seu


cotidiano, visando sua própria proteção, esta é a melhor forma de manter tais
profissionais protegidos de quaisquer acidentes ocupacionais a que estão expostos.
Na questão: “Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional?” Emergiram
6 categorias:
¾ Provavelmente aplico;
™ Não sei;
9 Não;
ƒ Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos;
o Sim;
i Às vezes.

Primeira categoria: Provavelmente aplico

Dois (20%) dos entrevistados disse que provavelmente aplica.


Segundo Cunha e Mauro (2010), sabe-se que, em se tratando de legislação,
há a necessidade da implantação, sendo uma das primeiras etapas a divulgação de
sua existência e de seu conteúdo, seguida de fiscalização para que seja cumprida,
tanto por parte do empregador, quanto do trabalhador. Porém, com relação à NR-32
é fundamental o despertar de consciência sobre sua importância para a área de
saúde. Esta construção de conhecimento deve ser realizada de forma conjunta com
todos os profissionais para que não seja transformada em mero cumprimento de leis
ou normas como tantas outras existentes no país.
A fala desses entrevistados mostra insegurança do conhecimento sobre a
norma, pois, em se tratando de normatização e segurança, não existe meio termo.
Quando se tem conhecimento solidificado sobre as condutas para se proteger no
ambiente de trabalho, não restam dúvidas de que o profissional utilizar-se-á dos
seus direitos para manter sua segurança e saúde. Assim, podemos concluir que
estes entrevistados mostraram falta de conhecimento à NR-32 em suas falas:
“Às vezes eu estou aplicando e nem sei.” (M1)
“Provavelmente eu devo aplicar.” (M4)

Segunda categoria: Não sei


41

Dois (20%) dos entrevistados não tem conhecimento da aplicação da norma


no seu dia a dia profissional.
Devido à falta de conhecimento, grande parte dos profissionais sequer
suspeita dos riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho.
Portanto, é de suma importância que o profissional tenha conhecimento das
ações de prevenção contidas na NR-32 para saber o que deve exigir da instituição
de saúde em que trabalha e como deve agir para garantir sua própria segurança e
de outrem. (RÚBIO; 2007).

Terceira categoria: Não


Um participante do estudo (10%) informa que não aplica a NR-32.
Este fato é bastante preocupante e digno de uma investigação mais
aprofundada objetivando a revisão de estratégias de sensibilização do profissional
de saúde perante a prevenção de riscos e doenças ocupacionais. Apesar do
conhecimento dos riscos e das medidas de proteção e segurança, não há aplicação
prática destas medidas com vista à diminuição da exposição aos riscos e até mesmo
das doenças ocupacionais (SILVA; ZEITOUNE, 2009).

Quarta categoria: Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos

Um (10%) dos entrevistados diz que aplica a NR-32 evitando contaminação,


utilizando luvas e conhecendo riscos.
Como afirmam Almeida, Leite e Pagliuca (2005), medidas de proteção e
segurança são formas de prevenção a serem utilizadas na assistência a todos os
pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e no contato com
mucosas e pele não íntegra. Tais medidas incluem a utilização de EPIs, com a
finalidade de reduzir a exposição ao sangue ou fluidos corpóreos, e os cuidados
específicos recomendados para manipulação e descarte de materiais contaminados
por material orgânico.
A aplicação das medidas de proteção não é suficiente para garantir as
medidas de prevenção, devendo fazer parte das estratégias as reflexões a respeito
das mudanças de comportamento e as causas de acidentes. A não-adesão ou a
42

baixa adesão às recomendações da utilização de barreiras de proteção é uma


realidade, o que leva à indagação sobre outros fatores que podem estar contribuindo
para este tipo de comportamento (BALSAMO; FELLI, 2006).

Quinta categoria: Sim

Três (30%) dos entrevistados dizem que aplicam a NR-32.


Esta norma apresenta grande relação com a educação continuada e a
capacitação dos profissionais da área de saúde. A capacitação deve ser ministrada
durante a jornada de trabalho por profissionais de saúde familiarizados com os
riscos e sempre que ocorrer uma mudança das condições de exposição dos
trabalhadores a esses agentes. (BRASIL, 2005).
Os entrevistados que disseram aplicar a NR-32, mesmo que tenham
conhecimento prévio sobre a norma e que a apliquem corretamente no seu cotidiano
profissional devem buscar atualização sempre que ocorrerem mudanças no
ambiente de trabalho, e sempre que se sentirem inseguros e desprotegidos. Assim,
zelarão por sua segurança e estarão se tornando melhores profissionais por se
preocuparem com sua saúde e prevenção.
De acordo com a NR-32, a capacitação dos profissionais de saúde deve
ocorrer sempre antes do início das atividades e de forma continuada, ministrada por
profissionais capacitados e familiarizados com os riscos inerentes a cada local de
trabalho e com a condição de exposição ocupacional. Incluem-se nesta análise:
riscos potenciais para a saúde, medidas de controle, normas e procedimentos de
higiene, equipamentos de proteção individual e coletiva, vestimentas adequadas ao
trabalho, medidas de prevenção de acidentes e incidentes e medidas a serem
adotadas na ocorrência dos mesmos (BRASIL, 2005).
Sabe-se que, desde 2005, quando entrou em vigência a NR-32, toda a
capacitação deve ser documentada com registro de data, horário, carga horária,
conteúdo ministrado, nome e formação ou capacitação profissional do instrutor e dos
trabalhadores envolvidos para fins de comprovação junto ao Ministério do Trabalho e
Emprego (BRASIL, 2005).
O estabelecimento de um programa interdisciplinar de educação continuada
propicia maior integração da equipe de saúde, promovendo oportunidades de
43

aprendizagem e intercâmbio de conhecimentos (THOFEHRN, MUNIZ, SILVA; 2000


apud CUNHA, MAURO; 2010).
Nesse contexto, observamos a importância do interesse da educação
continuada dos colaborados dos EAS, para que cada vez mais, solidifiquem o
conhecimento pré-existente sobre os seus direitos de segurança no ambiente de
trabalho. Não basta conhecer e aplicar as diretrizes por uma questão meramente
legislativa. A aplicação de normas de segurança no ambiente de trabalho deve ser,
primeiramente, por consciência do próprio profissional em se proteger e promover
segurança a si próprio.

Sexta categoria: Às vezes

Um (10%) dos entrevistados informa que às vezes aplica a NR-32 no


cotidiano profissional.
Desde a Primeira Reunião Ordinária da Comissão, que aconteceu nos dias 15
e 16 de março de 2007, ficou evidente a preocupação de todos os representantes
sobre a aplicabilidade desta norma no setor público. Essa preocupação já era uma
constante desde os encontros do grupo técnico que construiu e aprovou o texto
inicial da NR-32 (BRASIL, 2004).
Ratificando o que já foi discutido anteriormente, sabe-se que quando se tem
conhecimento de algo, seja sobre legislações, normas, ou quaisquer outras
questões profissionais, é inaceitável o meio termo. A dúvida, principalmente nas
profissões da área da saúde, implica riscos ao profissional e a seu cliente.
Analisando a categoria, percebe-se que não se pode aplicar uma norma que
prevê proteção e segurança de forma esporádica por nenhum motivo. Ignorar a
segurança no ambiente de trabalho, sobretudo na área da saúde, transparece
negligência, imprudência e imperícia para consigo e seu cliente.
44

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concorda-se com Nakamura (2008), quando enfoca que o desafio atual é


difundir a NR-32 e conscientizar os gestores das diversas áreas públicas de saúde
sobre a importância das medidas preventivas preconizadas pela legislação, apesar
das restrições orçamentárias deste setor.
Como observado no decorrer da análise dos dados desta pesquisa, é
imprescindível a sensibilização dos trabalhadores sobre a importância das ações
preventivas contidas na norma, para que, com conhecimento da aplicabilidade da
mesma, saibam atuar junto às instituições que trabalham a fim de garantir a sua
própria segurança, pois esta normatização só terá seu valor efetivado se os
indivíduos amparados por ela tomarem conhecimento de sua existência e
aplicabilidade.
Por meio do conhecimento e aplicabilidade da NR-32 como respaldo benéfico
a todos os envolvidos, fazem-se necessárias parcerias entre as instituições de
ensino, gestores e trabalhadores dos setores assistenciais, no sentido de promover
ações efetivas, como: a implementação de campanhas, treinamentos educacionais,
visitas de inspeção nos locais de trabalho, orientações individuais e coletivas para os
profissionais de saúde sobre a prevenção de doenças nosocomiais, privilegiando a
biossegurança, respaldada pelo bom senso, de preferência como atributo individual
e não como uma prática imposta pela legislação, cujo objetivo seja a melhoria da
qualidade de vida no trabalho através da prevenção de intercorrências
desagradáveis. (NAKAMURA, 2008).
Esta autora enfatiza que os profissionais devem, com urgência, inteirarem-se
de que qualquer norma ou lei se torna inerte, se não houver aplicabilidade real por
parte dos principais beneficiários aos quais ela se destina.
Conclui-se que os trabalhadores da classe de saúde de modo geral, e
principalmente os acadêmicos de medicina e médicos que ainda não tomaram
conhecimento das diretrizes da NR-32 devem, com urgência, fazer valer seus
direitos e cumprir com seus deveres, para que se tornem elementos indispensáveis
na qualidade de vida no ambiente de trabalho, gerando benefícios de segurança
para a classe contratante, para a trabalhadora e para o cliente, prevenindo
circunstâncias acidentais no ambiente de assistência à saúde.
45

Esta pesquisa poderá contribuir para o surgimento de novas pesquisas que


possam ampliar, solidificar e favorecer os conhecimentos sobre a NR-32 e sua
aplicação na prática de diversos profissionais em todas as suas especialidades de
atendimento à saúde, preenchendo desta forma a lacuna de literatura nesta
abordagem.
46

6 CONCLUSÃO

Com essa pesquisa, concluiu-se que, quanto à primeira questão da entrevista


semi-estruturada referente ao objetivo da pesquisa: “O que é a Norma
Regulamentadora – 32 (NR-32)?” emergiram categorias semelhantes para
acadêmicos de medicina e médicos, sendo elas: falta de conhecimento, segurança
do trabalho e uso de EPI’s. Deste modo, a primeira questão evidenciou o
desconhecimento de alguns participantes quanto à NR-32, e o conhecimento
limitado de outros participantes sobre a referida norma.
Foram elucidadas, da segunda questão: “O que a NR-32 aborda?” duas
categorias para os acadêmicos de enfermagem: falta de conhecimento e medidas
para evitar acidentes de trabalho através do uso de EPI. Para os médicos,
elucidaram-se cinco categorias: falta de conhecimento, segurança do trabalho,
prevenção, uso de EPI’s e proteção para os profissionais de saúde.
Todas as categorias originadas demonstraram desconhecimento total ou
parcial da NR-32; porém, por outro lado, observa-se noção básica dos participantes
ao relacionarem com segurança, prevenção e proteção.
Na terceira questão: “Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional?”
obtiveram-se três categorias originadas pelos acadêmicos de medicina
entrevistados: “não”, “uso de EPI’s” e “não sei”. Já para os médicos participantes,
originaram-se seis categorias: “provavelmente aplico”, “não sei”, “não”, “evitar
contaminação, usar luvas e conhecer riscos”, “sim” e “às vezes”. Observa-se que
existe uma aplicação parcial da NR-32 referente ao uso de EPI’s, evitar
contaminação, usar luvas e conhecer riscos. Conclui-se que a aplicação da NR-32
ainda é insuficiente devido ao conhecimento deficiente da norma em questão.
Vale ressaltar que, durante a assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido, surgiram as justificativas do desconhecimento da norma, pois a maior
parte dos participantes relatou nunca ter ouvido falar e desconhecer totalmente a
NR-32. A partir da entrevista para a coleta de dados deste trabalho, houve a
mudança do pensamento no sentido de curiosidade sobre o que se tratava. Deste
modo, esta pesquisa atingiu os participantes, estimulando-os a aprender e conhecer
sobre a norma, contribuindo assim para o seu cotidiano profissional e para a saúde
do profissional, equipe e paciente.
47

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DE ITAJUBÁ-MG (AISI). Hospital Escola.


Serviços. 2010. Disponível em:
<http://www.aisi.edu.br/he/index.asp?p=artigos_vertodashe&categoria=15>. Acesso
em: 10 fev. 2009.

ALMEIDA, C. B. de; LEITE, A. L. A. e S.; PAGLIUCA, L. M. F. Acidentes de trabalho


envolvendo os olhos: avaliação de riscos ocupacionais com trabalhadores de
enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem. v. 13, n. 5, p. 708-716,
2005. Disponível em: <http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd49/v13n5a15.pdf>.
Acesso em: 20 fev. 2012.

ANDRADE, G. M. Controle das infecções hospitalares: avanços tecnológicos –


velhos hábitos x novas atitudes. Out. 2001. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/divulgaartigo/controle.htm>. Acesso em: 05 out. 2010.

BALSAMO, A. C.; FELLI, V. E. A. Estudo sobre os acidentes de trabalho com


exposição aos líquidos corporais humanos em trabalhadores de saúde de um
hospital universitário. Revista Latino Americana de Enfermagem. v. 14, n. 3, p-
346-353, 2006.

BARBOSA, D. B.; OLIVEIRA, A. R. de; TALHAFERRO, B. Adesão ao uso dos


equipamentos de proteção individual pela enfermagem. Revista de Ciências
Médicas, v. 17, n. 3, p. 157-166, maio/dez. 2008.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, 2007.

BRASIL. M. V. B.; STEFFENS, F.; LORENZO, D. O Perfil do acidentado com


material biológico no hospital de pronto socorro. Revista Hospital Pronto Socorro,
v. 47, n. 1, p. 26-33, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. NR-32 segurança e saúde no trabalho em serviços


de saúde. Brasília, DF, 2005. Disponível em: <http://www
mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf>. Acesso em: 2 fev.
2009.

CHIODI, M. B.; MARZIALE, M. H. P.; ROBAZZI, M. L. do C. C. Acidentes de trabalho


com material biológico entre trabalhadores de unidades de saúde pública. Revista
Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 15, n. 4, jul./ago. 2007.

CUNHA, A. C. da; MAURO, M. Y. C. Educação continuada e a norma


regulamentadora 32: utopia ou realidade na enfermagem? Revista Brasileira de
Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 35, n. 122, p. 305-313, 2010.

DAVIM, R. M. B.; TORRES, G. de V.; SANTOS, S. R. dos. Educação continuada em


enfermagem: conhecimentos, atividades e barreiras encontradas em uma
maternidade escolar. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto,
v. 7, n. 5, dez, 1999.
48

DYNIEWICZ, A. M. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São


Caetano do Sul: Difusão, 2007. p. 87-121.

FAGUNDES, G. NR-32 uma realidade na área hospitalar. 2009. Disponível em:


<http://www.saudeetrabalho.com.br/download/NR32-gilmara.pdf>. Acesso em: 10
mar. 2009.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 119
p.

S. JUNIOR, B. J dos et al. Riscos ocupacionais em centros de radiodiagnóstico.


Revista de enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 365-370, jul./set.
2010.

LAGE, K. R.; OLIVEIRA, J. E. de. Equipe de enfermagem e os riscos biológicos:


Norma Regulamentadora 32: (NR-32). Revista Enfermagem Integrada. Ipatinga:
Unileste-MG, v. 4, n. 2, nov./dez. 2011.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 4


ed. São Paulo: Atlas, 2001. 188 p.

MANCINI, P. C. et al. Medidas de biossegurança em audiologia. Revista CEFAC.


São Paulo, v. 10, n. 4, p. 603-610, out./dez. 2008.

MARZIALE, M. H. P.; ROBAZZI, M. L. do C. A norma regulamentadora 32 e suas


implicações sobre os trabalhadores de enfermagem. Revista Latino-Americana de
Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 12, n. 5, set./out. 2004.

MINAS GERAIS. Prefeitura Municipal de Itajubá. Localização. 2010. Disponível em:


<http://www.itajuba.mg.gov.br/localizacao.php>. Acesso em: 10 fev. 2009.

MOUTINHO, W. S. Conscientizar e prevenir: iniciativas para segurança no


trabalho. Informativo COREN-MG, v. 29, n. 2, p. 3-9, jul./set. 2007. Disponível em:
<http://www.coren-mg.org.br/informativo_jun_set_2007.pdf>. Acesso em: 23 jul.
2011.

NASCIMENTO, C. A. de L. Implantação na NR 32 no Hospital Cruz Azul de São


Paulo. São Paulo, jun. 2008. Disponível em:
<http://www.institutodeengenharia.org.br/site/ieadm/arquivos/arqnot818.pdf>. Acesso
em: 14 fev. 2012.

NAKAMURA, E. K. K. Conhecimento do NR-32 e o uso de EPIs nas precauções


básicas de biossegurança pela equipe de enfermagem de rede pública. 2008.
Disponível em:
<http://www.anent.org.br/congressos/III_congresso/PDF/o_conhecimento_do_nr_32
_e_o_uso_de_epis_nas_precaucoes_basicas_de_biosseguranca_pela_equipe_de_
en.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2012.

NISHIDE, V. M.; BENATTI, M. C. C. Riscos ocupacionais entre trabalhadores de


enfermagem de uma unidade de terapia intensiva. Revista da Escola de
49

Enfermagem da USP. São Paulo, v. 38, dez. 2004. Disponível em:


<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342004000400006>. Acesso em: 20 fev. 2012.
OLIVEIRA, A. C.; GONÇALVES J. de A. Acidente ocupacional por material
perfurocortante entre profissionais de saúde de um centro cirúrgico. Revista da
Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v. 44, n. 2, p. 482-487, jun. 2010.
Disponível em:<www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/34.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2012.

OTANI, K. Aplicação da NR-32 no setor público requer mobilização da classe.


Jornal Controle de Infecção, ano XVIII, n. 64, p. 3, fev./maio 2007. Disponível em:
<http://www.bd.com/brasilperiodicos>. Acesso em: 26 maio 2010.

POLIT, D. F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem:


métodos, avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

RÚBIO, M. Garantia de proteção à saúde: profissionais de enfermagem devem exigir


aplicação da Norma Regulamentadora 32. Informativo COREN-MG, v. 29, n. 2, p.
3-9, jul./set. 2007. Disponível em: <http://www.coren-
mg.org.br/informativo_jun_set_2007.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2012.

SILVA, M.; ZEITOUNE, R. C. G. Riscos ocupacionais em um setor de hemodiálise


na perspectiva dos trabalhadores da equipe de enfermagem. Escola Anna Nery.
Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, abr./jun. 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
81452009000200007&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 jan.2012.

WADA, C. NR 32 – A sustentabilidade no setor da saúde. Disponível em:


<http://www.saudebusinessweb.com.br/voce_informa/interna.asp?cod=12059>
Acesso em: 10 fev. 2009.
50

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semi-estruturada

1ª PARTE – DADOS PESSOAIS


1. Acadêmico de Medicina ( ) Período: ______________________
Médico ( ) Ano da graduação: __________________________
2. Gênero: M ( ) F( )
3. Idade: _________________________________________________

2ª PARTE – REFERENTE AO OBJETIVO DO ESTUDO

4. O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32)?


........................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...
5. O que a NR-32 aborda?
........................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
........................................................................
6. Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
...................................................................................................................................
.............................................
51

APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Nós, Aldaiza Ferreira Antunes Fortes e Ana Luiza Sene Brito, docente e graduanda em
enfermagem, respectivamente, da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB), da cidade de
Itajubá, MG, estamos realizando uma pesquisa intitulada “NORMA REGULAMENTADORA – 32:
informações dos médicos e acadêmicos de medicina”, com os acadêmicos de medicina e médicos da
cidade referida, com o objetivo de “Conhecer as informações dos acadêmicos de medicina e médicos
da cidade de Itajubá, MG, acerca da Norma Regulamentadora-32”. A partir do conhecimento destas
informações, poderemos no âmbito social, estimular ou aperfeiçoar o conhecimento sobre a norma
em questão, colaborando assim para a segurança dos profissionais e seus clientes.
Profissionalmente, ressaltará a importância do conhecimento e aplicação de uma norma
essencial para os trabalhadores da área da saúde.
No segmento científico, a partir de informações para solidificar o conhecimento, contribuirá para
futuros estudos sobre o tema, além de esclarecer as questões que desencadearam a iniciativa deste
estudo, que dizem respeito à idéia que os acadêmicos de medicina e médicos fazem da NR-32 em
relação ao uso e aplicabilidade no cotidiano profissional.
Para efetivar esta pesquisa precisamos que você concorde em participar de uma entrevista
gravada respondendo a duas questões sobre o assunto e outras sobre seus dados pessoais.
Gostaríamos de deixar claro que as informações obtidas serão mantidas em sigilo e que você
não será identificado pelo nome. Todas as suas informações ficarão sob nossa responsabilidade e
trabalharemos com elas com o cuidado de preservar a identidade de todos, utilizando siglas como M1
(médico 1), M2 (médico 2), AM1 (acadêmico de medicina 1), AM2 (acadêmico de medicina 2) e assim
por diante.
É importante lembrar que a sua participação é estritamente voluntária e a qualquer momento
você pode desistir, se assim o desejar.
Você concorda em participar deste estudo?
Este Termo de Consentimento Pós-Informação e Esclarecimento é um documento que
comprova a sua permissão. Precisamos da sua assinatura para oficializar o seu consentimento.
Agradecemos desde já por sua valiosa colaboração e nos colocamos à disposição para
quaisquer esclarecimentos necessários.
Diante do disposto acima, concordo em participar desta pesquisa e para oficializar minha
participação, assino o presente documento.

NOME:.......................................................................................................
ASSINATURA: ............................................................................................
DATA: ......../......../........
Para possíveis informações ou esclarecimentos a respeito da pesquisa, você poderá contatar o
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/EEWB) no telefone: (35) 3622-0930 ramal 323, em Itajubá-MG.
52

APÊNDICE C – Extração das ideias principais dos acadêmicos de medicina

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

AM1 “Não sei, não tenho ideia.” x Não sei, não tenho ideia

x Segurança do trabalho
x Uso de equipamentos de
AM2 “Norma que fala sobre segurança
do trabalho, uso IPI’s e as
condutas p/ se proteger e evitar
x Condutas para se
proteção individual
acidentes.”

x Não sei
proteger de acidentes.
AM3 “Não sei.”

AM4 “Não sei.” x Não sei

AM5 “Não sei.” x Não sei

AM6 “Não sei.” x Não sei

AM7 “Não sei.” x Não sei

AM8 “Não sei.” x Não sei

AM9 “Não sei.” x Não sei

AM10 “Não sei.” x Não sei


53

APÊNDICE D – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais


extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas


por semelhanças
AM1 “Não sei, não tenho ideia.” A. Não sei, não tenho ideia

AM2 “Norma que fala sobre segurança B. Segurança do trabalho.


do trabalho, uso IPI’s e as C. Equipamentos de proteção
condutas p/ se proteger e evitar individual, prevenção de
acidentes.” acidentes.

AM3 “Não sei.” A. Não sei.

AM4 “Não sei.” A. Não sei.

AM5 “Não sei.” A. Não sei.

AM6 “Não sei.” A. Não sei.

AM7 “Não sei.” A. Não sei

AM8 “Não sei.” A. Não sei.

AM9 “Não sei.” A. Não sei.

AM10 “Não sei.” A. Não sei.


54

APÊNDICE E – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as


categorias

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas


AM1 A. Não sei. Falta de conhecimento
AM3 A. Não sei.
AM4 A. Não sei.
AM5 A. Não sei.
AM6 A. Não sei.
AM7 A. Não sei.
AM8 A. Não sei.
AM9 A. Não sei.
AM10 A. Não sei.
A. Não sei.

AM2 B. Segurança do trabalho. Segurança do trabalho.

AM2 C. Equipamentos de proteção Uso equipamentos de proteção


individual, prevenção de individual (EPI) e prevenção de
acidentes. acidentes.
55

APÊNDICE F – Extração das ideias principais dos acadêmicos de medicina

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

AM1 “Não sei.” x Não sei.


AM2 “Medidas para evitar acidentes de x Medidas para evitar
trabalho através do uso de EPI’s.” acidentes de trabalho
através do uso de
equipamentos de proteção

x
individual.
AM3 “Não sei.” Não sei.

AM4 “Não sei.” x Não sei.

AM5 “Não sei.” x Não sei.

AM6 “Não sei.” x Não sei.

AM7 “Não sei.” x Não sei.

AM8 “Não sei.” x Não sei.

AM9 “Não sei.” x Não sei.

AM10 “Não sei.” x Não sei.


56

APÊNDICE G – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais


extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas


por semelhanças
AM1 “Não sei.” A. Não sei.

AM2 “Medidas para evitar acidentes de B. Medidas para evitar


trabalho através do uso de EPI’s.” acidentes de trabalho através de
uso de Equipamentos de
Proteção Individual.
AM3 “Não sei.” A. Não sei.

AM4 “Não sei.” A. Não sei.

AM5 “Não sei.” A. Não sei.

AM6 “Não sei.” A. Não sei.

AM7 “Não sei.” B. Não sei

AM8 “Não sei.” A. Não sei.

AM9 “Não sei.” A. Não sei.

AM10 “Não sei.” A. Não sei.


57

APÊNDICE H – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as


categorias

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas


AM1 A. Não sei. Falta de conhecimento.
AM3 A. Não sei.
AM4 A. Não sei.
AM5 A. Não sei.
AM6 A. Não sei.
AM7 A. Não sei.
AM8 A. Não sei.
AM9 A. Não sei.
AM10 A. Não sei.
A. Não sei.

AM2 B. Medidas para evitar acidentes Medidas para evitar acidentes


de trabalho através de uso de de trabalho através de uso de
Equipamentos de Proteção Equipamentos de Proteção
Individual. Individual.
58

APÊNDICE I – Extração das ideias principais dos acadêmicos de medicina

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

AM1 “Não.” x Não.


“Sim. Na maioria das vezes x
emprego o uso de EPI’s no pronto x
AM2 Sim.
Uso de Equipamentos de
Socorro na hora de realizer uma Proteção individual.
sutura ou durante um
procedimento que exija mais o uso
de EPI’s e durante cirurgias

x
sempre.”
AM3 “Não sei.” Não sei

AM4 “Não sei.” x Não sei

AM5 “Não sei.” x Não sei

AM6 “Não sei.” x Não sei

AM7 “Não sei.” x Não sei

AM8 “Não sei.” x Não sei

AM9 “Não sei.” x Não sei

AM10 “Não sei.” x Não sei


59

APÊNDICE J – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais


extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas


por semelhanças
AM1 “Não.” A. Não.

AM2 “Sim. Na maioria das vezes B. Sim.


emprego o uso de EPI’s no pronto C. Uso Equipamentos de
Socorro na hora de realizer uma Proteção Individual.
sutura ou durante um
procedimento que exija mais o uso
de EPI’s e durante cirurgias
sempre.”
AM3 “Não sei.” D. Não sei.

AM4 “Não sei.” D. Não sei.

AM5 “Não sei.” D. Não sei.

AM6 “Não sei.” D. Não sei.

AM7 “Não sei.” D. Não sei.

AM8 “Não sei.” D. Não sei.

AM9 “Não sei.” D. Não sei.

AM10 “Não sei.” D. Não sei.


60

APÊNDICE K – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as


categorias

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas


AM1 A. Não. Não.

AM2 B. Sim. Sim.

AM2 C. Uso Equipamentos de Uso de equipamentos de


Proteção Individual. proteção individual.
AM3 D. Não sei. Não sei.
AM4 D. Não sei.
AM5 D. Não sei.
AM6 D. Não sei.
AM7 D. Não sei.
AM8 D. Não sei.
AM9 D. Não sei.
AM10 D. Não sei.
61

APÊNDICE L – Extração das ideias principais dos médicos

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

M1 “Como eu falei pra você, lendo x Não sei do que se trata.


isso aqui (termo de consentimento
livre e esclarecido), eu não sei
nem do que se trata.”

M2 “Não sei.” x Não sei.

M3 “É uma norma que regulamenta x Regulamenta segurança


segurança no ambiente de no ambiente de trabalho.
trabalho.”

M4 “Não sei. Não lembro.” x Não sei, não lembro.

M5 “Segurança em saúde do x Segurança em saúde do


trabalho.” trabalho.

M6 “É a norma que regulamenta o uso x Uso de equipamento de


de equipamento de proteção proteção individual (EPI).
individual.”
M7 “Não sei.” x Não sei.

M8 “Norma técnica que regulamenta x Equipamentos de


equipamentos de segurança e segurança e prevenção.
prevenção.”
M9 “Estabelece as diretrizes sobre x Segurança do trabalho.
segurança do trabalho.”

M10 “Norma da saúde em relação aos x Equipamentos e proteção


equipamentos e proteção aos aos profissionais.
profissionais de saúde.”
62

APÊNDICE M – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais


extraídas dos depoimentos dos médicos

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas


por semelhanças
M1 “Como eu falei pra você, lendo A. Não sei do que se trata.
isso aqui (termo de consentimento
livre e esclarecido), eu não sei
nem do que se trata.”

M2 “Não sei.” A. Não sei

M3 “É uma norma que regulamenta B. Segurança no ambiente de


segurança no ambiente de trabalho.
trabalho.”

M4 “Não sei. Não lembro.” A. Não sei, não lembro.

M5 “Segurança em saúde do B. Segurança em saúde do


trabalho.” trabalho.

M6 “É a norma que regulamenta o uso C. Uso de equipamento de


de equipamento de proteção proteção individual (EPI).
individual.”
M7 “Não sei.” A. Não sei.

M8 “Norma técnica que regulamenta C. Equipamentos de segurança


equipamentos de segurança e e prevenção.
prevenção.”
M9 “Estabelece as diretrizes sobre B. Segurança do trabalho.
segurança do trabalho.”

M10 “Norma da saúde em relação aos C.Equipamentos e proteção


equipamentos e proteção aos aos profissionais.
profissionais de saúde.”
63

APÊNDICE N – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as


categorias

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas


M1 A. Não sei do que se trata. Falta de conhecimento
M2 A. Não sei.
M4 A. Não sei.
M7 A. Não sei.

M3 B. Segurança no ambiente de Segurança no trabalho


M5 trabalho.
M9 B. Segurança em saúde do
trabalho.
B. Segurança do trabalho.

M6 C. Uso de equipamento de Uso de Equipamento de


M8 proteção individual (EPI). Proteção Individual (EPI).
M10 C. Equipamentos de segurança e
prevenção.
C. Equipamentos e proteção aos
profissionais.
64

APÊNDICE O – Extração das ideias principais dos médicos

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

M1 “Não sei. Não Posso te falar x Não sei. Não posso te falar

x
nada.” nada.
M2 “Também não sei.” Também não sei.
M3 “Segurança no trabalho.” x Segurança no trabalho.

M4 “Não sei. Não lembro.” x Não sei. Não lembro.

M5 “Prevenção.” x Prevenção.
M6 “Aborda sobre o uso de EPI’s.” x Uso de Equipamentos de

x
Proteção Individual.
M7 “Não sei.” Não sei.

M8 “Prevenção de acidentes no x Prevenção de acidentes no


ambiente de trabalho.” ambiente de trabalho.

M9 “Aborda os equipamentos e x Equipamentos.

x
formas de proteção da sua pessoa
(própria).” Formas de proteção.

M10 “Equipamentos e normas de x Equipamentos.

x
proteção pessoal e ambiental para
profissionais de saúde.” Normas de proteção pessoal
e ambiental para
profissionais de saúde.
65

APÊNDICE P – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais


extraídas dos depoimentos dos médicos

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas


por semelhanças
M1 “Não sei. Não Posso te falar A. Não sei.
nada.”
M2 “Também não sei.” A. Não sei.

M3 “Segurança no trabalho.” B. Segurança no Trabalho.

M4 “Não sei. Não lembro.” A. Não sei.

M5 “Prevenção.” C. Prevenção.
M6 “Aborda sobre o uso de EPI’s.” D. Uso de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI’s).

M7 “Não sei.” A. Não sei.

M8 “Prevenção de acidentes no C. Prevenção de acidentes no


ambiente de trabalho.” ambiente de trabalho.

M9 “Aborda os equipamentos e D. Equipamentos.


formas de proteção da sua pessoa
(própria).” E. Formas de proteção.

M10 “Equipamentos e normas de D. Equipamentos.


proteção pessoal e ambiental para
profissionais de saúde.” E. Normas de proteção pessoal
e ambiental para profissionais
de saúde.
66

APÊNDICE Q – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as


categorias

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas


M1 A. Não sei. Falta de conhecimento.
M2 A. Não sei.
M4 A. Não sei.
M7 A. Não sei.

M3 B. Segurança no Trabalho. Segurança no Trabalho.

M5 C. Prevenção. Prevenção.
M8 C. Prevenção de acidentes no
ambiente de trabalho.

M6 D. Uso de Equipamentos de Uso de Equipamentos de


M9 Proteção Individual (EPI’s). Proteção Individual.
M10 D. Equipamentos.
D. Equipamentos.

M9 E. Formas de proteção. Proteção para profissionais de


M10 E. Normas de proteção pessoal e saúde.
ambiental para profissionais de
saúde.
67

APÊNDICE R – Extração das ideias principais dos médicos

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

M1 “Você tem que me explicar pra eu x Você tem que me explicar


saber. Às vezes eu estou pra eu saber. Às vezes eu

x
aplicando e nem sei.” estou aplicando e nem sei.
M2 “Não sei.” Não sei.

M3 “Não.” x Não.

M4 “Provavelmente eu devo aplicar.” x Provavelmente eu devo

“Evitar contaminação, usar luvas, x


aplicar.
M5 Evitar contaminação, usar

x
conhecer riscos.” luvas, conhecer riscos.
M6 “Sim.” Sim.

M7 “Desconheço.” x Desconheço.

M8 “Sim.” x Sim.

M9 “Sim. Sempre que possível.” x Sim. Sempre que possível.

M10 “Às vezes.” x Às vezes.


68

APÊNDICE S – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais


extraídas dos depoimentos dos médicos

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas


por semelhanças
M1 “Você tem que me explicar pra eu A. Às vezes eu estou aplicando
saber. Às vezes eu estou e nem sei.
aplicando e nem sei.”
M2 “Não sei.” B. Não sei.

M3 “Não.” C. Não.

M4 “Provavelmente eu devo aplicar.” A. Provavelmente eu devo


aplicar.

M5 “Evitar contaminação, usar luvas, D. Evitar contaminação, usar


conhecer riscos.” luvas, conhecer riscos.
M6 “Sim.” E. Sim.

M7 “Desconheço.” B. Desconheço.

M8 “Sim.” E. Sim.

M9 “Sim. Sempre que possível.” E. Sim. Sempre que possível.

M10 “Às vezes.” F. Às vezes.


69

APÊNDICE T – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as


categorias

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas


M1 A. Às vezes eu estou aplicando Provavelmente aplico.
M4 e nem sei.
A. Provavelmente eu devo
aplicar.
M2 B. Não sei. Não sei.
M7 B. Desconheço.
M3 C. Não. Não.

M5 D. Evitar contaminação, usar Evitar contaminação, usar


luvas, conhecer riscos. luvas, conhecer riscos.
M6 E. Sim. Sim.
M8 E. Sim.
M9 E. Sim. Sempre que possível.

M10 F. Às vezes. Às vezes.


70

ANEXO A – Parecer Consubstanciado N. 592/2010


71

Você também pode gostar