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Introdução à Engenharia de Fabricação
Processos de Usinagem
• Introdução
Aula 3
• Fundamentos
• Principais processos
Prof. Lucas Benini • Folha de processo
Universidade Federal Fluminense
lucasbenini@id.uff.br • Estudo de caso
TEM00211
Introdução
Processos de Fabricação
Retificar
Lapidar
Brochar
Serrar
Limar
Aplainar
Brunir
Jatear
Fresar
Furar
Introdução Introdução
Introdução Introdução
Introdução Introdução
Introdução Introdução
Introdução Introdução
• Laser
• Química
• Eletroquímica
• Ultra-som
• Jato d’água
Introdução Introdução
Processos avançados de usinagem – ou usinagem não Processos avançados de usinagem – ou usinagem não
convencional convencional
Eletroerosão (EDM) Usinagem por laser Usinagem por jato d’água
Introdução Introdução
Variáveis independentes – podem ser controladas Variáveis dependentes – influenciadas pelas independentes
Introdução Introdução
Introdução Introdução
Integridade da superfície
Influenciada pelos seguintes fatores:
Introdução Introdução
Usinagem
Introdução Introdução
Torneamento Fresamento
• Pode ser executado em qualquer material
• Baixa taxa de produção, mas máquinas automáticas • Variedade de formas; variedade de ferramentas
podem alcançar alta produção • Taxa de produção: baixa para média
• Baixa qualificação do operador • Requer trabalho qualificado do operador
Introdução Introdução
Aplainamento Retificação
Introdução Introdução
Furação Serramento
• Aplicado para obtenção de cortes retos e curvos em
• Furos de vários tamanhos e profundidades formas estruturais
• Alta taxa de produção • Não é adequado para materiais duros
• Qualificação do operador depende da precisão exigida • Baixa taxa de produção
• Não requer muita qualificação operador
Tolerância (±mm)
0,075 Tolerância (±mm)
0,8
• Usinabilidade
• Durante a usinagem de materiais dúcteis em • A formação de uma APC é cíclica; ela se forma,
velocidades de corte baixas a médias, o atrito entre aumenta e depois fica instável e quebra
a ferramenta e o cavaco tende a fazer com que
partes do material de trabalho adiram à superfície • Grande parte da APC desprendida é retirada com o
de saída da ferramenta, perto da aresta de corte cavaco, às vezes levando partes da superfície de
saída da ferramenta com ela, reduzindo a vida útil
• Essa formação se chama aresta postiça de corte da ferramenta de corte
(APC) ou gume postiço
• Ferraresi (1970):
“A forma mais conveniente é geralmente a helicoidal,
sendo o cavaco em lascas preferido em casos onde o
cavaco deve ser removido pelo fluído de corte ou
quando há pouco espaço disponível para o cavaco. O
cavaco em fita é o mais problemático, pode gerar
acidentes e ocupa muito espaço”
Máquina-ferramenta
• Peça: aquilo que irá sofrer uma operação de usinagem • Máquina-ferramenta: elemento que proporcionará os
movimentos, velocidade, avanço e a força necessária
ao processo de usinagem
• Dispositivo de fixação: local onde será fixada a peça
Torneamento Furação
Movimentos relativos Movimentos relativos
M o v . e f e t iv o
M o v . d e c o rte B ro c a h e lic o id a l
Ve Vc
P eça M o v . d e c o rte
P eça
Vc
Vf Ve
Vf
M ov. de avanço
F e rra m e n ta M o v . e fe tiv o
M ov. de avanço
• Face: superfície sobre a qual sai o cavaco • Direção do gume (): ângulo entre plano de trabalho e
do gume
• Flancos: superfícies que se justapõem à superfície
gerada • De quina (): ângulo entre plano do gume principal e
secundário
• Chanfros: recorte em ângulo nos gumes • Inclinação lateral (): ângulo entre o gume e a
superfície de referência
α : ângulo de incidência
χ : ângulo de direção
λ = ângulo de inclinação
• Saída (): ângulo entre a face e o plano de
rε = raio de quina
referência
Influência da geometria da
Cunha de corte
ferramenta
Cavaco Cunha de corte
h : espessura de usinagem Ferramentas de fresamento
Tipo N: para materiais de média dureza Tipo H : para materiais duros (aços com
(aços baixo teor de carbono) alto teor de carbono)
Redução da vibração
e da força de corte
Desgaste menor
Melhor formação do cavaco
Melhor superfície
Aumento da
Redução das forças Redução da qualidade da
Desgaste Menor desgaste vibração e superfície
menor
da força de
Aumento da corte
estabilidade do gume
Sistema
ferramenta
na MÃO Gume principal
Quebra-cavaco
Bit
Junta de solda
Broca
Maiorresistência
Maior resistência Menor resistência
Menor resistência
ISO 5608
ISO 5608
• Seção proporcional ao esforço de corte: esforço grande • Firmemente apertada com as maiores superfícies de
usa-se ferramenta robusta apoio de contato superior no porta ferramenta
• Ter o mínimo possível de saliência em relação ao porta- • Com porta-ferramenta do tipo placa ajustável: placa de
ferramenta - sem balanço aperto nivelada
Cerâmicas
ao desgaste, dureza a quente
CERMETS
Cerâmicas de Corte Materiais de Altíssima Dureza
Metal-duro
revestido
Cerâmica Cerâmica Diamante CBN
Metal-duro óxida não-óxida
Aço-rápido Diamante CBN
Vc 60 dureza resist. Óxida Mista Reforçada C/ Si3N 4 monocristalino CBN + TiC
revestido
c/ Wiskers Diamante CBN + BN
flexão policristalino hexagonal
Aço-rápido Si 3 N 4 +
Al 2O 3 Al 2 O 3 Al 2O 3 + demais
Al 2O 3 Al 2 O 3 + SiC-wisker
Tenacidade, resistência à flexão + ZrO 2 ZrO 2 + TiC
• Aço-ferramenta ligado (≈ 1,25% C, ≈ 1,5% Cr, ≈ 1,2% W, • Dureza superior (solubilização de C) que os aços não-
0,5% Mo, ≈ 1,2% V) ligados
• Maior resistência ao desgaste que os aços não-ligados • Melhor têmpera ao longo da seção transversal
Estrutura do metal-duro
• Obtido por sinterização (ligante + carbonetos)
• Possível variação de
propriedades
• Dureza elevada
• Resistência à compressão
• Usado na fabricação de
insertos intercambiáveis
Cermets Cermets
• Alta dureza (pouco desgaste abrasivo) e alta • Empregado para usinagem de aços com altas
resistência de gume velocidades de corte e pequenas seções de
usinagem
• Alta resistência à difusão e à adesão
Al2O3
• As propriedades são consequência de ligações
covalentes e iônicas
D ia m a n t e
Diamante CBN
CBN
Diamante CBN B 4C
monocristalino
CBN + TiC
S iC
Diamante CBN + BN
policristalino hexagonal T iC
- A l2 O 3
10000 5000 2500 100 1000 10000
Diamante e nitreto de boro cúbico são materiais cerâmicos (diamante uma
cerâmica monoatômica e o nitreto de boro cúbico uma cerâmica não-óxida)
Fontes de calor:
• O processo de cisalhamento - maioria do calor • Calor é prejudicial: alguns metais tendem a
permanece no cavaco produzir cavacos que se aderem a face da
ferramenta
• Deformação plástica adicional que ocorre no cavaco -
atrito ferramenta cavaco (em alguns casos: até 540 °C) • Consequência: aumento da potência requerida
para o corte, aumento do atrito e aumento do calor
• Atrito entre a superfície nova e a lateral da
ferramenta
Óleos de corte
Classificação
• Misturas de diferentes óleos minerais com aditivos
• Óleos de corte não sendo diluídos em água
Usinabilidade Usinabilidade
Propriedades do material que afetam a usinabilidade: • Abrasividade, natureza das inclusões e interfaces na
microestrutura afetam a usinabilidade do material
• Resistência ao cisalhamento
• Coeficiente de atrito (varia com o tipo de material)
• Encruamento (aumento da resistência mecânica
e dureza com a deformação plástica) • Condutividade térmica
• Dureza
Usinabilidade Usinabilidade
• Potência consumida
• Ferro fundido nodular ferrítico é 110%
• Desgaste da ferramenta • Aço inoxidável da série 300 é 50%
• ABNT 1040 é 65%
• Acabamento da superfície usinada
(idealizada no projeto)
(mensurada no rugosímetro)
Rugosímetro
(obtida do processo de fabricação)
Perfil
efetivo
Textura primária
Textura secundária
Desvio de forma
Rugosidade Rz Rugosidade Rz
Rugosidade
• O tempo de corte
(percurso de avanço, 𝑙 )
correspondente ao
tempo 𝑡 :
tc = tempo de corte [min]
la = percurso de avanço [mm]
• 𝑙 = 𝑣 . 𝑡 = 𝑎 . 𝑛. 𝑡 d = diâmetro da peça [mm]
a = avanço [mm/volta]
v = velocidade de corte [m/min]
Onde:
p = profundidade de corte [mm]
Fresamento
Torneamento Torneamento
Torneamento Torneamento
Torneamento Torneamento
Torneamento Torneamento
Dispositivo de
fixação
Peça
Nova
superfície
Cavaco
Torneamento Torneamento
Figura 4.8
Torneamento Torneamento
• Torno de ferramentaria: é menor e tem uma faixa • Torno revólver: é um torno operado manualmente no
mais ampla de velocidades e avanços disponíveis. qual o cabeçote móvel é substituído por uma torre que
Também é construído para uma precisão maior contém até seis ferramentas de corte
Torneamento Torneamento
Avental
Torneamento Torneamento
Torneamento Torneamento
Placa lisa
Torneamento Torneamento
Placa de castanhas
Placa de arraste
Capa + pinça
Castanha
independente
Departamento de Engenharia Mecânica 199
Departamento de Engenharia Mecânica 200
Torneamento Torneamento
Vantagens
• Principal variável: taxa de remoção de material – é
em função do diâmetro da peça usinada,
acabamento desejado, tipo de operação e tipo do • Produção de peças 1 a 60 peças/h (manual) e 10 a
material mais de 1000 peças/h para máquinas automáticas
• Velocidade de corte: buscar aquela que forneça a • Acabamento satisfatório, custo baixo
taxa de produção máxima
• Possibilidade de detalhes superficiais complexos
Torneamento Torneamento
Limitações Aplicações
Fresamento Fresamento
Fresamento Fresamento
Fresamento Fresamento
Fresamento Fresamento
Fresamento Fresamento
Limitações
Fresamento Aplainamento
Aplainamento Aplainamento
• Plaina limadora: podem ser acionadas mecânica ou • Peça é fixada sobre a mesa
hidraulicamente
• Mesa move-se intermitentemente e a ferramenta se
• Plaina de mesa: dimensões muito maiores que as move continuamente: movimento vai e vem sobre a
plainas limadoras superfície plana da peça
Aplainamento Aplainamento
Cabeçote
Trenó (ou torpedo)
Mesa
Aplainamento Aplainamento
Plaina de mesa
Aplainamento Aplainamento
Aplainamento Aplainamento
• Peças são geralmente grandes e pesadas • Caso de peças grandes: recomenda-se grandes
profundidades de corte (diminuem o tempo de
corte)
• Devem resistir às grandes forças de corte e altas
forças de inércia resultantes de mudanças rápidas na
velocidade ao final do processo • Precisão: 0,08 – 0,13 mm
cantoneiras
• Processo simples
Aplainamento Furação
Furação Furação
Furação Furação
Gabaritos
Furação Furação
Furação Furação
Furação Furação de
Escareamento
Furação escalonada Centro
Brochamento Brochamento
• Destinado à obtenção de superfícies quaisquer com
o auxílio de ferramentas multicortantes
• Máquina-ferramenta: brochadeira
• Ferramenta: brocha
Brochamento Recartilhamento
Recartilhamento Recartilhamento
Recartilhamento Retificação
Retificação Retificação
• Vários tipo de rebolos se distinguem pelo seu • Pode ser usado em todos
formato, seu tipo de grão e sua dureza os tipos de materiais,
dúcteis e endurecidos
• Máquinas-ferramentas são denominadas retificadoras
• Permite ótimo
• Retífica: geralmente usada em operações de acabamento da
acabamento superfície: rugosidade
mínima de até 0,025 µm
(Ra)
Retificação Retificação
Retificação Retificação
Retificação Retificação
Retificação Retificação
Retificação Retificação
Retificação Retificação
Retificação Serramento
Serramento Serramento
(Dielétrico é
o condutor)
+ + + + + +
+ + + + + +
Peça
Cátions (íons +)
A B
• Frequentemente existe mais de uma alternativa de • Seleção da matéria-prima e seu método de fabricação
plano de processo para a fabricação de uma única
peça • Seleção dos processos de usinagem das superfícies
das peças
• Qualidade: pontos de vista tecnológico e econômico
• Determinação da sequência de operações
• Plano de processo: aumenta qualidade e reduz custos
de fabricação • Determinação do método de fixação da peça para
cada operação
• Seleção dos equipamentos e ferramentas para as • Operação: Uma operação é caracterizada pela
operações de usinagem utilização do mesmo equipamento e mesma peça
• Determinação das cotas e tolerâncias de fabricação • Operação elementar: é efetuada sem alterar a
para as operações de usinagem ferramenta (ou grupo de ferramentas usadas
simultaneamente), a superfície usinada da peça, a
• Seleção das condições de usinagem e determinação velocidade e o avanço. Se um destes é alterado, tem-
dos tempos padrões para cada operação se uma outra operação elementar
Estudo de caso
ENGRENAGEM DA CAIXA DE TRANSMISSÃO
• Material
• Processo de fabricação
• É uma dos (mais de 200) componentes que compõe • Na caixa de câmbio ocorrem as mudanças de marcha
o conjunto chamado de caixa de transmissão ou que permitem o controle da velocidade e do torque
caixa de câmbio
Engrenagem da caixa de
transmissão
• Alta resistência mecânica - grande pressão em • Deve ser tenaz – resistir aos impactos durante o
pequena área de contato funcionamento
• Alta resistência ao desgaste - alto atrito nos • Resistência à fadiga - carregamento cíclico, intenso e
instantes iniciais de funcionamento constante
Material Material
Além de conferir alta tenacidade e resistência mecânica • Alta tenacidade é conflitante com alta dureza
ao corpo da engrenagem o aço precisa: • Dureza e resistência ao desgaste característica
exigida na superfície da peça
• Tornar possível a obtenção de uma superfície dura e
resistente ao desgaste Ótima opção é o aço para cementação
Quando o ferro ou o aço é rapidamente aquecido Engrenagens para sistemas de transmissão: aço AISI
por têmpera 8620
Núcleo (não
30-40 830-970 1.100-1.200 50-100
• Cementação: confere boa temperabilidade, cementada)
• Usinagem é mais adequada devido à precisão exigida • Primeira etapa: corte da barra de aço – guilhotina ou
serramento
• Economia do processo: forjamento de um tarugo • Peça aquecida até 1200 °C e forjada mais de uma
(dimensões mais próximas da geometria final) etapa:
Processo de fabricação
Processo de fabricação
Brochamento
Engrenagem da caixa de
transmissão
Processo de fabricação
• A razão entre as velocidades de rotação e o número • Depois do fresamento a engrenagem passa por
de trilhas do “hob” determinam o número de dentes operações de rebarbamento e acabamento
da engrenagem superficial
• Cementação é feita a uma temperatura de 927 °C em • Profundidade da camada cementada: 0,5 a 1,0 mm
atmosfera de 20%CO – 40%H2 a partir do metanol
dissociado • Após a têmpera e revenido: dureza atinge valores de
58 a 64 HRC
• Resultado: um teor de C de 0,90% seja atingido na • Após a cementação: peça pode passar por um
superfície processo de torneamento (com mínima remoção de
material)
Departamento de Engenharia Mecânica 329
Departamento de Engenharia Mecânica 330
UFF – TEM00211 Introdução à Engenharia de Fabricação
Prof. Lucas Benini
Engrenagem da caixa de
transmissão
FIM