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UFF – TEM00211 Introdução à Engenharia de Fabricação

Prof. Lucas Benini

Aula 3 Prof. Lucas Benini Aula 3

Escopo
Introdução à Engenharia de Fabricação
Processos de Usinagem
• Introdução
Aula 3
• Fundamentos
• Principais processos
Prof. Lucas Benini • Folha de processo
Universidade Federal Fluminense
lucasbenini@id.uff.br • Estudo de caso

TEM00211

Departamento de Engenharia Mecânica 1


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Introdução

• Conjunto de processos de manufatura nos quais uma


ferramenta de corte é usada para romper o excesso
de material (cavaco) de um sólido

• Material remanescente tenha a forma da peça


desejada

• Ação predominante: cisalhamento

• Cavaco removido: nova superfície

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Processos de Fabricação

Fundir Conformar Separar Juntar Recobrir Alterar Propr.

Dividir Limpar Desmontar Evacuar

Usinar com Usinar com Remover


Ferramenta Ferramenta
de Geometria de Geometria
Definida Não-Definida
Remoção Eletrolítica
Remoção Química
Remoção Térmica
Tamborear
Tornear

Retificar

Lapidar
Brochar

Serrar
Limar
Aplainar

Brunir

Jatear
Fresar
Furar

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Introdução Introdução

Processos de corte – ou geometria definida


• Processos de corte – ou geometria definida
Torneamento Fresamento

• Processos abrasivos – geometria não-definida

• Processos avançados de usinagem – usinagem não


convencional

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Introdução Introdução

Processos de corte – ou geometria definida Processos abrasivos – ou geometria não-definida


Furação Brochamento
• Impossibilidade de definir geometricamente as arestas
das ferramentas abrasivas levou ao nome de usinagem
com gumes de geometria não-definida

• Gumes (ou arestas): considerados “estatisticamente”

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Introdução Introdução

Processos abrasivos – ou geometria não-definida Processos abrasivos – ou geometria não-definida


Retificação Brunimento
• Retificação
• Lapidação
• Brunimento
• Lixamento
• Tamboreamento
• Polimento
• Jateamento
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Introdução Introdução

Processos abrasivos – ou geometria não-definida Processos abrasivos – ou geometria não-definida


Polimento
Lapidação Tamboreamento

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Introdução Introdução

Processos abrasivos – ou geometria não-definida Processos avançados de usinagem – ou usinagem não


Jateamento convencional

• Laser
• Química
• Eletroquímica
• Ultra-som
• Jato d’água

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Introdução Introdução

Processos avançados de usinagem – ou usinagem não Processos avançados de usinagem – ou usinagem não
convencional convencional
Eletroerosão (EDM) Usinagem por laser Usinagem por jato d’água

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Introdução Introdução

Variáveis independentes – podem ser controladas Variáveis dependentes – influenciadas pelas independentes

• Tipo de cavaco formado


• Tipo de ferramenta de corte
• Força requerida e energia dissipada
• Material a ser usinado
• Aumento da temperatura da peça, ferramenta e cavaco
• Tipo do fluido de corte
• Acabamento da superfície
• Condições de corte
• Integridade da superfície

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Introdução Introdução

Material Bruto Produto Final Acabamento da superfície


Influencia:

• Propriedades da peça (resistência a fadiga)

Remoção de cavaco Remoção de cavaco Remoção de cavaco


• Precisão dimensional

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Introdução Introdução

Integridade da superfície
Influenciada pelos seguintes fatores:

• Temperatura alcançada no processo


• Tensões residuais
• Transformações metalúrgicas ocorridas
• Deformação plástica e formação de trincas

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Introdução Introdução

Usinagem

• Pode ser empregada em ampla variedade de materiais

• Pode ser usado como processo complementar

• Tolerâncias dimensionais bastante estreitas podem ser


obtidas - menores que 25 μm; Ra em torno de 0,4 μm

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Introdução Introdução

Torneamento Fresamento
• Pode ser executado em qualquer material
• Baixa taxa de produção, mas máquinas automáticas • Variedade de formas; variedade de ferramentas
podem alcançar alta produção • Taxa de produção: baixa para média
• Baixa qualificação do operador • Requer trabalho qualificado do operador

Tolerância (±mm) Tolerância (±mm)


Fino: 0,05 – 0,13 0,13 – 0,25
Áspero: 0,13

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Introdução Introdução

Aplainamento Retificação

• Superfícies planas e perfis de contorno retos • Superfícies planas, paralelas, perpendiculares


• Produção em baixa quantidade • Produção em baixa para média quantidade
• Requer trabalho qualificado do operador em operações • Requer trabalho qualificado do operador
feitas em etapas
Tolerância (±mm)
Tolerância (±mm) 0,01 – 0,02
0,08 – 0,13

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Introdução Introdução

Furação Serramento
• Aplicado para obtenção de cortes retos e curvos em
• Furos de vários tamanhos e profundidades formas estruturais
• Alta taxa de produção • Não é adequado para materiais duros
• Qualificação do operador depende da precisão exigida • Baixa taxa de produção
• Não requer muita qualificação operador
Tolerância (±mm)
0,075 Tolerância (±mm)
0,8

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Fundamentos Formação do cavaco

Escopo Tipo de cavaco produzido influencia significativamente o


acabamento e a integridade da superfície
• Formação de cavaco e material
a ser usinado
• Cavacos segmentados ou contínuos
• Materiais para ferramentas de • Cavacos lamelar
corte • Cavaco cisalhado
• Cavaco arrancado
• Fluidos de corte

• Usinabilidade

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Formação do cavaco Formação do cavaco

Cavacos contínuos Cavacos cisalhados


• Material com elevada capacidade de deformação • Segmentos de cavacos que são seccionados na
• Estrutura regular região de cisalhamento
• Deformações que não levam ao encruamento • Ocorrem em materiais frágeis
• Quando deformado produz encruamento
Cavacos em forma de lamela
• Normalmente surgem para altas velocidades de Cavacos arrancados
corte e grandes avanços • Materiais frágeis com estrutura irregular (ferros
fundidos e rochas, etc.)

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Formação do cavaco Formação do cavaco

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Aresta postiça de Corte Aresta postiça de Corte


(Gume Postiço) (Gume Postiço)

• Durante a usinagem de materiais dúcteis em • A formação de uma APC é cíclica; ela se forma,
velocidades de corte baixas a médias, o atrito entre aumenta e depois fica instável e quebra
a ferramenta e o cavaco tende a fazer com que
partes do material de trabalho adiram à superfície • Grande parte da APC desprendida é retirada com o
de saída da ferramenta, perto da aresta de corte cavaco, às vezes levando partes da superfície de
saída da ferramenta com ela, reduzindo a vida útil
• Essa formação se chama aresta postiça de corte da ferramenta de corte
(APC) ou gume postiço

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Aresta postiça de Corte


(Gume Postiço) Formação do cavaco

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Controle do cavaco Controle do cavaco

Em sistemas automatizados a produção de cavacos longos • Podem prejudicar o acabamento superficial ao


pode causar os seguintes problemas: aderir a peça
• Ocupam alto volume e dificultam o manuseio nos
• Aumentam a força de usinagem, a temperatura, e
processos subsequentes de descarte
em geral, diminuem a vida da ferramenta
• Podem aderir a peça, a partes da máquina, ou à
• Prejudicam o acesso do fluido de corte a área de
ferramenta: situações de perigo ao operador por conta
das altas velocidades formação de cavaco

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Controle do cavaco Controle do cavaco

• Ferraresi (1970):
“A forma mais conveniente é geralmente a helicoidal,
sendo o cavaco em lascas preferido em casos onde o
cavaco deve ser removido pelo fluído de corte ou
quando há pouco espaço disponível para o cavaco. O
cavaco em fita é o mais problemático, pode gerar
acidentes e ocupa muito espaço”

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Controle do cavaco Grandezas do processo

Dispositivo de fixação Peça

Porta ferramentas Ferramenta

Máquina-ferramenta

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Grandezas do processo Grandezas do processo

• Peça: aquilo que irá sofrer uma operação de usinagem • Máquina-ferramenta: elemento que proporcionará os
movimentos, velocidade, avanço e a força necessária
ao processo de usinagem
• Dispositivo de fixação: local onde será fixada a peça

• Ferramenta: realiza uma operação de usinagem


• Porta-ferramenta: dispositivo destinado a fixar a
ferramenta

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Torneamento Furação
Movimentos relativos Movimentos relativos
M o v . e f e t iv o
M o v . d e c o rte B ro c a h e lic o id a l
Ve Vc
P eça M o v . d e c o rte

P eça
Vc

Vf Ve
Vf

M ov. de avanço
F e rra m e n ta M o v . e fe tiv o

M ov. de avanço

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Fresamento Ferramentas de corte


Movimentos relativos
Mov. de corte • O homem da idade da pedra de um
instrumento de punho: machado
Vc
primitivo
Fresa
Mov. efetivo

Ve • Forma de cunha: uma das


Peça ferramentas mais antigas
Vf
Mov. de avanço • A ação da cunha: rachar um tronco
de árvore

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Ferramentas de corte Ferramentas de corte

• Menor o ângulo de cunha: menor o


esforço para penetrar no tronco

• Maior o ângulo da cunha: maior o


esforço para penetrar no tronco

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Cunha de corte Cunha de corte

• Para cada par material de ferramenta/material da A geometria da ferramenta influencia na:


peça há uma geometria de corte apropriada
• Formação e saída do cavaco
• Forças de corte
• Desgaste da ferramenta
• Qualidade final do trabalho

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Cunha de corte Cunha de corte

• Cunha de Corte: corpo limitado pelas superfícies da


ferramenta
Face

Gume secundário • Gumes (principal e secundário): intersecção das


Chanfro na face superfícies da ferramenta
Chanfro na flanco gume
do gume secundário
secundário
Gume principal
Raio de quina • Quina: intersecção de dois gumes
Flanco principal
Chanfro na
Flanco secundário
flanco gume secundário

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Cunha de corte Cunha de corte - Ângulos

• Face: superfície sobre a qual sai o cavaco • Direção do gume (): ângulo entre plano de trabalho e
do gume
• Flancos: superfícies que se justapõem à superfície
gerada • De quina (): ângulo entre plano do gume principal e
secundário

• Chanfros: recorte em ângulo nos gumes • Inclinação lateral (): ângulo entre o gume e a
superfície de referência

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Cunha de corte - Ângulos Cunha de corte

α : ângulo de incidência

• Incidência (): ângulo entre o flanco e o plano de Β : ângulo de cunha


corte γ : ângulo de saída

• Cunha (): ângulo entre o flanco e a face ε : ângulo de quina

χ : ângulo de direção

λ = ângulo de inclinação
• Saída (): ângulo entre a face e o plano de
rε = raio de quina
referência

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Influência da geometria da
Cunha de corte
ferramenta
Cavaco Cunha de corte
h : espessura de usinagem Ferramentas de fresamento

hch : espessura de corte Tipo W: menor número de dentes para


(depois da retirada de permitir a saída de grandes cavacos
Direção de corte
cavaco)
Usinagem de alumínio, bronze, plásticos

Peça Face Flanco

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Influência da geometria da Influência da geometria da


ferramenta ferramenta
Ferramentas de fresamento Ferramentas de fresamento

Tipo N: para materiais de média dureza Tipo H : para materiais duros (aços com
(aços baixo teor de carbono) alto teor de carbono)

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Influência da geometria da Influência da geometria da


ferramenta ferramenta

• Direção do gume  : largura de usinagem, forças,


vibrações
• Cunha  : estabilidade da ferramenta
• Quina  : estabilidade da ferramenta
• Saída  : estabilidade, forças, rugosidade, quebra de
• Inclinação  : estabilização do corte, forças passivas, cavacos, desgaste
direcionamento do cavaco
• Raio de quina r : rugosidade, vibrações
• Incidência  : desgaste, resistência da ferramenta

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Influência da geometria da cunha Influência da geometria da cunha

Aumento da estabilidade do gume

Redução da vibração
e da força de corte

Desgaste menor
Melhor formação do cavaco
Melhor superfície
Aumento da
Redução das forças Redução da qualidade da
Desgaste Menor desgaste vibração e superfície
menor
da força de
Aumento da corte
estabilidade do gume

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Influência da geometria da cunha Planos de referência


Direção presumida do
• Ângulo de saída  : Relacionado com a superfície de mov. de corte
Plano passivo da
ferramenta
saída (face) da ferramenta, sobre a qual escoa o
cavaco
Plano de trabalho
Direção presumida do convencional Pf
mov. de avanço
• Trabalho de dobramento do cavaco

• Conceito de ferramentas positivas ou negativas Plano de referência da


ferramenta Pr

Sistema
ferramenta
na MÃO Gume principal

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Planos de referência Considerações na escolha da


ferramenta
Direção presumida do mov. de corte Plano do gume da
Plano ortogonal da
ferramenta Ps Fatores decisivos
ferramenta Po
Plano normal do gume • Material da ferramenta
Direção presumida do Pn
mov. de avanço • Material da peça
• Condições de corte
Plano de referência da
ferramenta Pr • Tipo de operação
Sistema
ferramenta • Geometria da peça
na Gume principal
MÁQUINA • Acabamento requerido e Custos

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Tipos de ferramentas de corte Tipos de ferramentas de corte

Fresa Ferramentas maciças Ferramentas soldadas

Metal duro Haste

Quebra-cavaco

Bit

Junta de solda
Broca

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Tipos de ferramentas de corte Tipos de ferramentas de corte

Com insertos intercambiáveis


• Quadradas: grande estabilidade de gume, entretanto
têm aplicação limitada na usinagem de forma (
muito grande)

• Triangulares: têm menor estabilidade de gume,


adequadas à usinagem de forma

• Redondas: alta qualidade da superfície usinada, seu


raio mínimo pré-definido

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Tipos de ferramentas de corte Tipos de ferramentas de corte

Maiorresistência
Maior resistência Menor resistência
Menor resistência

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Tipos de ferramentas de corte

ISO 5608

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Tipos de ferramentas de corte Tipos de ferramentas de corte

ISO 5608

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Fixação das ferramentas de corte Fixação das ferramentas de corte

Rigidez da ferramenta Rigidez da ferramenta

• Seção proporcional ao esforço de corte: esforço grande • Firmemente apertada com as maiores superfícies de
usa-se ferramenta robusta apoio de contato superior no porta ferramenta

• Ter o mínimo possível de saliência em relação ao porta- • Com porta-ferramenta do tipo placa ajustável: placa de
ferramenta - sem balanço aperto nivelada

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Materiais para ferramentas de corte Materiais para ferramentas de corte

Propriedades desejadas Propriedades desejadas


• resistência à compressão • resistência a quente
• dureza • resistência à oxidação
• resistência à flexão • pequena tendência a difusão e caldeamento
• tenacidade • resistência à abrasão
• resistência do gume • condutibilidade térmica, calor específico e expansão
• resistência interna de ligação térmica adequados

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Materiais para ferramentas de corte Materiais para ferramentas de corte


Materiais para Usinagem com
Ferramenta de Geometria Definida
Diamante

CBN Materiais Metálicos Materiais de Ligação Materiais Cerâmicos

Aço-ferramenta Metal-duro (WC)


Velocidade de corte, resistência

Cerâmicas
ao desgaste, dureza a quente

Aço-rápido Cermets (TiC/TiN)

CERMETS
Cerâmicas de Corte Materiais de Altíssima Dureza
Metal-duro
revestido
Cerâmica Cerâmica Diamante CBN
Metal-duro óxida não-óxida
Aço-rápido Diamante CBN
Vc 60 dureza resist. Óxida Mista Reforçada C/ Si3N 4 monocristalino CBN + TiC
revestido
c/ Wiskers Diamante CBN + BN
flexão policristalino hexagonal
Aço-rápido Si 3 N 4 +
Al 2O 3 Al 2 O 3 Al 2O 3 + demais
Al 2O 3 Al 2 O 3 + SiC-wisker
Tenacidade, resistência à flexão + ZrO 2 ZrO 2 + TiC

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Aço ferramenta Aço ferramenta

• Aço-ferramenta não-ligado (≈ 1,25% C; pequenas • Resistência depende da estrutura martensítica


quantidades de Si e Mn) • Resistência ao desgaste aumenta com dureza e teor
de C
• Dureza obtida por tratamento térmico: • Tenacidade cai com dureza e teor de C
– aquecimento até temperatura de austenitização
• Apresenta baixa dureza a quente (diminui a partir
– resfriamento rápido em água (dureza martensítica)
– revenimento (diminui dureza e aumenta tenacidade)
de 200 °C)
• Campo de aplicação restrito a ferramentas manuais

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Aço ferramenta Aço ferramenta

• Aço-ferramenta ligado (≈ 1,25% C, ≈ 1,5% Cr, ≈ 1,2% W, • Dureza superior (solubilização de C) que os aços não-
0,5% Mo, ≈ 1,2% V) ligados

• Maior resistência ao desgaste que os aços não-ligados • Melhor têmpera ao longo da seção transversal

• Usados para usinagem de aços com vc baixas


• Maior resistência a quente (Cr, W, Mo, V) que os aços
(alargamento, rosqueamento)
não-ligados
• Ferramentas para manutenção

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Aço rápido Aço rápido

• Melhor revenimento da estrutura que aço-ferramenta • Composição química usual (5 a 7% formam


carbonetos)
• Dureza (60 a 67 HRC) obtida principalmente por
carbonetos • 0,6 a 1,6% C
• 4% Cr
• Média resistência a quente (aprox. 600° C) • 7 a 10% W

• Principais elementos de liga: W, Mo, V, Co • Designação: S + % W - Mo - V - Co (ex.: S 10-4-3-10)

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Aço rápido - elementos de liga Aço rápido - elementos de liga


Tungstênio (W) Molibdênio (Mo)

• formador de carbonetos • melhora a temperabilidade


• melhora o revenimento • melhora a tenacidade
• melhora a resistência ao desgaste • substitui o W

Vanádio (V) Cobalto (Co)


• eleva temperatura de
• forma carbonetos primários sensibilização a quente
• melhora a resistência ao desgaste • melhora dureza a quente
• melhor solubilidade de carbonetos
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Metal duro (WIDIA) Metal duro (WIDIA)

Estrutura do metal-duro
• Obtido por sinterização (ligante + carbonetos)

• Ligante - liga carbonetos frágeis (Co)

• Carbonetos - fornecem dureza a quente e resistência


ao desgaste (WC, TiC, etc.)
 = carbonetos de tungstênio
 = cobalto
 = carbonetos de titânio, tântalo e nióbio

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Metal duro Metal duro

• Possível variação de
propriedades
• Dureza elevada

• Muito empregado para


• Boa resistência ao desgaste e a
fabricação de ferramentas de
quente
forma

• Resistência à compressão
• Usado na fabricação de
insertos intercambiáveis

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Cermets Cermets

Metais-duros com base em TiC e TiN, sendo a fase


ligante de Ni-Cr-Mo • Alta resistência ao desgaste a quente

• Por praticamente não conterem W, Ta e Co, preços


não sofrem grandes flutuações • Adequado para operações de acabamento em aços

• Alta dureza (pouco desgaste abrasivo) e alta • Empregado para usinagem de aços com altas
resistência de gume velocidades de corte e pequenas seções de
usinagem
• Alta resistência à difusão e à adesão

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Materiais cerâmicos Materiais cerâmicos

Materiais cerâmicos: materiais não-metálicos e inorgânicos Propriedades gerais:

Classificação • Alta dureza e resistência à compressão


• Óxidas (o maior grupo)
• Alta resistência química
• Não-óxidas (carbonetos,
boretos, nitretos e silicatos) • Alta temperatura de fusão

Al2O3
• As propriedades são consequência de ligações
covalentes e iônicas

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Materiais cerâmicos Materiais cerâmicos


Cerâmicas mistas
Cerâmicas óxidas
• De cor escura, contém entre 5 e 40% de TiC e TiN
• Teor de Al2O3 maior que 90%
• Tem estrutura muito fina (melhor característica
• Utilização no desbaste e acabamento de Fofo e de tenacidade)
aços com dureza até 48 HRC
• Alta resistência à abrasão

• Empregados no desbaste e acabamento de aços e


Fofo (até 64 HRC)
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Materiais duros Materiais duros

Materiais de Altíssima Dureza D u re z a C o n d u t iv id a d e t é r m ic a


2
( V ic k e rs ) [ N / m m ] RT [ W /m K ]

D ia m a n t e
Diamante CBN
CBN

Diamante CBN B 4C
monocristalino
CBN + TiC
S iC
Diamante CBN + BN
policristalino hexagonal T iC

- A l2 O 3
10000 5000 2500 100 1000 10000
Diamante e nitreto de boro cúbico são materiais cerâmicos (diamante uma
cerâmica monoatômica e o nitreto de boro cúbico uma cerâmica não-óxida)

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Materiais duros Materiais duros

• Ferramentas de diamante: diferentes materiais - ligas


CBN de metais não-ferrosos, borracha, polímeros, pedras,
metal-duro, etc.

• A usinagem de materiais ferrosos com ferramentas de


diamante não é possível (a não ser sob condições
Diamante
especiais), devido à afinidade do carbono com o ferro
(ocorre rápido desgaste do gume)

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Cuidados com as ferramentas de


Materiais duros
corte
Manuseio e Manutenção

• Ferramentas de diamante monocristalino:


• Evitar o contato entre ferramentas: risco de
operações de usinagem de ultraprecisão, onde são lascamento e fratura da cunha de corte
exigidas altíssimas qualidades superficiais,
dimensionais e de forma • Armazenamento: proteção de plástico ou borracha

• Danificações no manuseio: quebras na haste ou no


inserto

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Cuidados com as ferramentas de Cuidados com as ferramentas de


corte corte
Manuseio e Manutenção Adequar ao processo

• Luvas: evitar risco de haver ferimentos, suor e oleosidade


na mão - oxidação • Tipo de corte, material, condições de usinagem

• Usar a ferramenta na faixa de operação apropriada

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Cuidados com as ferramentas de Cuidados com as ferramentas de


corte corte
Set-up Manuseio e manutenção
• Usar ferramentas de acordo com o lote e fabricante
• Manter em condições que permitam o uso
• Cuidado com quebras e deformações no assento do
inserto
• Armazenagem por um período de tempo razoável:
• Não apertar demais o inserto na colocação para não os insertos devem ser retirados
provocar a sua quebra
• Armazenagem: de acordo com a aplicação,
• Porta ferramentas com vários insertos: assegurar que tamanho e frequência de uso
a direção de corte está correta

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Cuidados com as ferramentas de


Fluidos de corte
corte
Manuseio e manutenção
• Em torno de 95% da energia total consumida no
• Separar ferramentas novas e antigas processo de usinagem é convertida em forma de
calor
• Estoque: o acesso seja fácil
• Restante: armazenado como energia elástica e
deformação plástica no cavaco
• Armazenagem: danificadas separadamente das
ferramentas novas

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Fluidos de corte Fluidos de corte

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Fluidos de corte Fluidos de corte

Fontes de calor:
• O processo de cisalhamento - maioria do calor • Calor é prejudicial: alguns metais tendem a
permanece no cavaco produzir cavacos que se aderem a face da
ferramenta
• Deformação plástica adicional que ocorre no cavaco -
atrito ferramenta cavaco (em alguns casos: até 540 °C) • Consequência: aumento da potência requerida
para o corte, aumento do atrito e aumento do calor
• Atrito entre a superfície nova e a lateral da
ferramenta

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Fluidos de corte Fluidos de corte

• Função básica do fluido: controlar o calor Características

Por meio da: • Alta capacidade calorífica


• Direta refrigeração da peça, cavaco ferramenta • Alta condutividade térmica
• Baixa taxa de evaporação
• Redução do atrito entre peça, cavaco e ferramenta • Não corroer o sistema
• Não ser agressivo a saúde do operador
“Lubri-refrigerante”

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Fluidos de corte Fluidos de corte

Óleos de corte
Classificação
• Misturas de diferentes óleos minerais com aditivos
• Óleos de corte não sendo diluídos em água

• Usados em usinagem com condições severas, com


• Óleos solúveis baixas velocidades

• Fluidos sintéticos • Não tem boas propriedades refrigerantes, mas


excelente lubrificante

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Fluidos de corte Fluidos de corte

Óleos solúveis Fluidos sintéticos

• São óleos minerais com adição de agentes • Denominados emulsões químicas


emulsificantes: emulsão com água
• Compostos por pequena quantidade de óleo
• Alta capacidade de refrigeração, baixo custo, redução emulsificado em água e produtos químicos
do perigo de combustão dissolvidos

• Pobre controle da oxidação, ataque com bactérias

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Fluidos de corte Usinabilidade

• Definição: facilidade com que o cavaco pode ser


separado do material

• Dois principais aspectos: propriedades do material


que está sendo usinado e condições de usinagem
envolvidas

• Boa usinabilidade: requer baixa potência, causa


desgaste desprezível na ferramenta e produz bom
acabamento superficial
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Usinabilidade Usinabilidade

Propriedades do material que afetam a usinabilidade: • Abrasividade, natureza das inclusões e interfaces na
microestrutura afetam a usinabilidade do material
• Resistência ao cisalhamento
• Coeficiente de atrito (varia com o tipo de material)
• Encruamento (aumento da resistência mecânica
e dureza com a deformação plástica) • Condutividade térmica

• Dureza

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Usinabilidade Usinabilidade

Critérios Classificação da usinabilidade das ligas ferrosas é


baseada no aço carbono AISI/SAE/ABNT 1112
• Forças de processo *** Classificado como de usinabilidade 100% ***

• Potência consumida
• Ferro fundido nodular ferrítico é 110%
• Desgaste da ferramenta • Aço inoxidável da série 300 é 50%
• ABNT 1040 é 65%
• Acabamento da superfície usinada

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Usinabilidade Rugosidade da Superfície

Acabamento superficial de uma peça influencia seu


desempenho em operação:

• Freios de automóveis, mancais, rolamentos e


engrenagens
• Escoamento de fluidos em tubulações e resistência ao
fluxo em cascos de navios
• Problemas de corrosão e fadiga

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Rugosidade da Superfície Rugosidade da Superfície


Processo de fabricação
determina acabamento Definição: Conjunto de desvios microgeométricos,
superficial e desempenho caracterizado pelas pequenas saliências e reentrâncias
presentes em uma superfície
• Mancais de motores:
capacidade de carga aumenta
com diminuição da Norma NBR ISO 4287/2002 – define termos para
rugosidade (acabamento especificação da rugosidade:
superficial) - Superfícies
• Importante quantificar a - Perfis
rugosidade
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Rugosidade da Superfície Rugosidade da Superfície

(idealizada no projeto)

(mensurada no rugosímetro)

Rugosímetro
(obtida do processo de fabricação)

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Rugosidade da Superfície Rugosidade da Superfície

Perfil
efetivo

Textura primária

Textura secundária

Desvio de forma

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Rugosidade da Superfície Rugosidade Ra


• Perfil de rugosidade: obtido após separação do desvio • É a média aritmética dos valores absolutos das
de forma e da textura secundária do perfil efetivo, ordenadas de afastamento (yi), dos pontos do perfil
através do uso de filtros de rugosidade em relação à linha média, dentro do
• Avaliação da rugosidade: uso do comprimento de percurso de medição (lm)
amostragem (cut-off)

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Rugosidade Rz Rugosidade Rz

• Corresponde à média aritmética dos cinco valores de


rugosidade parcial. Rugosidade parcial (Z i) é a soma
dos valores absolutos das ordenadas dos pontos de
maior afastamento, acima e abaixo da linha média,
existentes no comprimento de amostragem (cut off)

• Na representação gráfica do perfil, esse valor


corresponde à altura entre os pontos máximo e
mínimo do perfil, no comprimento de amostragem (le)

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Rugosidade

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Parâmetros de Corte Parâmetros de Corte

Parâmetros de corte ou regime de corte • A velocidade de corte (Vc) é a velocidade instantânea


do ponto de referência do gume da ferramenta,
• Velocidade de corte Vc segundo a direção e o sentido de corte

• Avanço ou Velocidade de avanço v c   .d .n [m/min]


Onde:
1000
• Profundidade de corte
• d =  da peça em mm, no torneamento
CUIDADO: as nomenclaturas podem variar de nome • n = número de rotações por minuto (rpm)
conforme a literatura

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Parâmetros de Corte Parâmetros de Corte


• A velocidade de avanço (va ou vf ) é a velocidade
• d =  da fresa no instantânea do ponto de referência do gume,
segundo a direção e sentido de avanço
fresamento ou  da
broca na furação, 𝑣 = 𝑎. 𝑛 =
.
. 𝑓 [𝑚𝑚/𝑚𝑖𝑛]
em mm .

• em que va = velocidade de avanço, mm/min; a =


avanço, mm/rev; n = rotação do eixo arvore por min
v c   .d .n
1000 • Obs.: a constante 1000 converter a unidade metros em milímetros

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Parâmetros de Corte Parâmetros de Corte

• A profundidade de corte (p ou ap) é a


profundidade de penetração da aresta principal de
corte, medida numa direção perpendicular ao plano
de trabalho, em mm
D  d
p 
2

• Taxa volumétrica de remoção de material [mm³/min]


𝑄 = 𝑣𝑐 . a . p

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Parâmetros de Corte Parâmetros de Corte

• O tempo de corte
(percurso de avanço, 𝑙 )
correspondente ao
tempo 𝑡 :
tc = tempo de corte [min]
la = percurso de avanço [mm]
• 𝑙 = 𝑣 . 𝑡 = 𝑎 . 𝑛. 𝑡 d = diâmetro da peça [mm]
a = avanço [mm/volta]
v = velocidade de corte [m/min]
Onde:
p = profundidade de corte [mm]

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Parâmetros de Corte Parâmetros de Corte


Torneamento

Fresamento

tc = tempo de corte [min]


la = percurso de avanço [mm]
d = diâmetro da peça [mm]
a = avanço [mm/volta]
v = velocidade de corte [m/min]
Onde:
p = profundidade de corte [mm]

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Parâmetros de Corte Parâmetros de Corte

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Processos de usinagem - Escopo Torneamento

• Torneamento • Processo de usinagem destinado à obtenção de


• Fresamento superfícies de revolução
• Aplainamento
• Furação • Ferramenta atua em um único ponto na remoção do
• Retificação material da peça
• Serramento
• Processos não • Peça é rotacionada em torno de seu eixo longitudinal
convencionais sobre a superfície da peça

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Torneamento Torneamento

• Velocidade de corte: de 10 a 1000 m/min

• Pode ser realizado na maioria das ligas metálicas

• Peças com elementos simétricos rotacionais

• Pequenos parafusos para armação de óculos, cilindros


de laminação, turbinas de hidroelétricas

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Torneamento Torneamento

Torneamento cônico: Faceamento:


• Ferramenta se desloca segundo uma trajetória • Ferramenta se desloca segundo uma trajetória
retilínea, inclinada em relação ao eixo principal de retilínea, perpendicular ao eixo principal de rotação da
rotação da máquina máquina; visa obter uma superfície plana

Rosqueamento Torneamento de perfis


• Visa a obtenção de filetes; abertura de um mais sulcos • Ferramenta se desloca segundo uma trajetória
helicoidais de passo uniforme retilínea, contornando uma superfície determinada
com o perfil da ferramenta

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Torneamento Torneamento

Perfilamento: Torneamento cilíndrico:


• Ferramenta se desloca segundo uma trajetória
retilínea radial ou axial, visa obter uma forma definida, • Ferramenta se desloca segundo uma trajetória paralela
determinada pelo perfil da ferramenta ao eixo principal de rotação da máquina, promovendo
o corte e a remoção de material
Sangramento
• Ferramenta se desloca segundo uma trajetória • Pode ser interno ou externo
retilínea, perpendicular ao eixo de rotação da máquina
com objetivo de obter um entalhe circular

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Torneamento Torneamento
Dispositivo de
fixação
Peça
Nova
superfície

Cavaco

Ferramenta Contra ponto

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Torneamento Torneamento

Figura 4.8

Departamento de Engenharia Mecânica 177


Departamento de Engenharia Mecânica 178

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Torneamento Torneamento

• Máquina que executa o trabalho de torneamento de


chama torno

• Cabeçote fixo: contém a unidade motora para


rotacionar o eixo árvore principal (prevê a força de
trabalho)

• Eixo árvore tem a capacidade de girar com


velocidades rotacionais diferentes

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Torno Tipos de tornos

• Torno com avanço manual: As velocidades são mais


altas em um torno com avanço manual, mas o número
de configurações de velocidade é limitado

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Tipos de tornos Tipos de tornos

• Torno de ferramentaria: é menor e tem uma faixa • Torno revólver: é um torno operado manualmente no
mais ampla de velocidades e avanços disponíveis. qual o cabeçote móvel é substituído por uma torre que
Também é construído para uma precisão maior contém até seis ferramentas de corte

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Tipos de tornos Tipos de tornos

• Tornos vertical • Torno automático: utiliza uma pinça (em vez de um


mandril), permitindo que uma barra longa seja
posicionada no cabeçote fixo

• A alimentação de material e a indexação e


alimentação das ferramentas de corte são feitas
automaticamente

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Tipos de tornos Tipos de tornos

• Torno CNC: no qual as operações da máquina-


ferramenta são controladas por um “programa de
instruções” consistindo em um código alfanumérico

• O CNC levou ao desenvolvimento de máquinas-


ferramenta capazes de realizar ciclos mais complexos e
geometrias de peça mais complexas, e um nível mais
alto de operação automatizada do que tornos
automáticos e com fixação por mandril convencional.

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Tipos de tornos Torneamento

• Ferramenta é colocada no porta ferramenta (parte


central do torno)

• Porta ferramenta: projetado para ter movimento


longitudinal e transversal

• Acessórios: placa universal, placa de castanha


independente, luneta fixa, etc.

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Torneamento Torneamento

Avental

Transmissão Cabeçote fixo

Caixa de avanços e roscas


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Torneamento Torneamento

Luneta fixa Luneta móvel

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Torneamento Torneamento

Placa de quatro Placa de três


castanhas castanhas

Placa lisa

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Torneamento Torneamento

Placa de castanhas

Placa de arraste

Contra ponta fixo Contra ponta Arrastador


rotativo frontal
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Torneamento Torneamento – furar no torno

Capa + pinça

Castanha
independente
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Torneamento Torneamento

Vantagens
• Principal variável: taxa de remoção de material – é
em função do diâmetro da peça usinada,
acabamento desejado, tipo de operação e tipo do • Produção de peças 1 a 60 peças/h (manual) e 10 a
material mais de 1000 peças/h para máquinas automáticas

• Velocidade de corte: buscar aquela que forneça a • Acabamento satisfatório, custo baixo
taxa de produção máxima
• Possibilidade de detalhes superficiais complexos

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Departamento de Engenharia Mecânica 202

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Torneamento Torneamento

Limitações Aplicações

• Grande produção de cavaco: reciclagem custosa • Fabricação de pistões


devido a oxidação automotivos (combinado
com a fundição)
• Produção da empresa deve justificar o
investimento • Fabricação de engrenagens de caixas de
transmissão (combinado com o forjamento)
• Custo de ferramentas é elevado

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Departamento de Engenharia Mecânica 204
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Fresamento Fresamento

• Remoção do material e a geração da superfície


usinada ocorrem em decorrência do movimento
relativo entre peça e a ferramenta

• Ferramenta de corte possui vários gumes e executa


movimento rotativo, enquanto é pressionada contra
a peça

• Superfície resultante: diferentes formas, planas e


curvas Fresamento horizontal Fresamento vertical

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Departamento de Engenharia Mecânica 206

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Fresamento Fresamento

Departamento de Engenharia Mecânica 207


Departamento de Engenharia Mecânica 208

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Fresamento Fresamento

Departamento de Engenharia Mecânica 209


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Fresamento Fresamento

• Parâmetros que descrevem o movimento da Vantagens


ferramenta e ou peça são: frequência de rotação,
velocidade de corte e velocidade de avanço • Potencial para programação da usinagem

• Alta flexibilidade, possui uma variedade de formas e


• Dimensões de corte são: profundidade de corte e
superfícies que podem ser geradas
penetração de trabalho
• Qualidade do acabamento
• Demais parâmetros: diâmetro da ferramenta e
números de dentes, taxa de remoção de material, • Altas taxas de remoção do cavaco
tempo de corte
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Fresamento Fresamento

Limitações

• Complexibilidade limitada pelo perfil da ferramenta

• Baixo volume de produção: 1 a 100 peças/h

• Rendimento do material é baixo (grande produção de


cavaco)

• Alto custo do equipamento

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Fresamento Aplainamento

Aplicações • Destinado à obtenção de superfícies planas

• Usinagem de motores • Entalhes, rasgos produzidos ao longo do comprimento


• Componentes de bombas de uma peça
• Engrenagens
• Moldes para fundição • Ferramenta apresenta um único gume
• Moldes para injeção de plásticos
• Cavaco é arrancado pelo movimento “vai e vem”

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Aplainamento Aplainamento

Operações Plaina limadora

• Plaina limadora: podem ser acionadas mecânica ou • Peça é fixada sobre a mesa
hidraulicamente
• Mesa move-se intermitentemente e a ferramenta se
• Plaina de mesa: dimensões muito maiores que as move continuamente: movimento vai e vem sobre a
plainas limadoras superfície plana da peça

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Aplainamento Aplainamento
Cabeçote
Trenó (ou torpedo)

Mesa

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Aplainamento Aplainamento

Plaina de mesa

• Peça é fixada sobre a mesa

• Mesa que terá o movimento contínuo de vai e vem

• Ferramenta dotada apenas do movimento de avanço

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Aplainamento Aplainamento

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Aplainamento Aplainamento

• Peças são geralmente grandes e pesadas • Caso de peças grandes: recomenda-se grandes
profundidades de corte (diminuem o tempo de
corte)
• Devem resistir às grandes forças de corte e altas
forças de inércia resultantes de mudanças rápidas na
velocidade ao final do processo • Precisão: 0,08 – 0,13 mm

• São requeridos tempos consideráveis para o


aplainamento

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Aplainamento - ACESSÓRIOS Aplainamento


calços
Vantagens

cantoneiras
• Processo simples

• Não exige mão de obra tão especializada com baixo


custo
Grampos e parafuso

• Peças grandes: até 2 m em plaina limadora e 25 m


em plaina de mesa

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Aplainamento Furação

Limitações • Abre, alarga ou dá acabamento em fundos redondos


na peça
• Volume de produção baixo: 1 a 50 peças/hora
• Ferramenta cilíndrica e multicortante: broca
• Processo limitado a natureza do processo: perfis
retos e superfícies planas ao longo do comprimento • Broca é pressionada na peça estacionária por
da peça intermédio de máquinas operatrizes chamadas
furaderias

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Furação Furação

• Existem diversos tipos de furadeiras; mais comum


é a furadeira de coluna (ou de mesa)
Furadeira
de coluna
• Furadeira de coluna: furações comuns ou trabalhos
em série mediante o emprego de gabaritos

• Usinagem de grande séries de furos: recomenda-se


empregar furadeiras de várias colunas

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Furação Furação
Gabaritos

Furadeira de várias colunas (ou em série, ou de árvores múltiplas)

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Furação Furação

Operações • Alargamento: usado para aumentar


significativamente um furo já existente; utiliza-se
broca de diâmetro maior que este furo
• Furação em cheio: destinada à abertura de furo
cilíndrico numa peça; remove material na direção
• Furação escalonada: nessa operação a broca tem
axial do furo
uma variação de diâmetro; a broca que fura é a
mesa que alarga
• Alargamento de precisão: usado para aumentar
muito pouco um furo; melhor tolerância e • Atarraxamento: é usado um macho para fazer uma
acabamento rosca interna em um furo pré-existente
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Furação Furação
Furação Furação de
Escareamento
Furação escalonada Centro

Alargamento Rebaixamento Alargamento Atarrachamento

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Brochamento Brochamento
• Destinado à obtenção de superfícies quaisquer com
o auxílio de ferramentas multicortantes

• Ferramenta ou a peça se deslocam segundo uma


trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo
da ferramenta.

• Máquina-ferramenta: brochadeira

• Ferramenta: brocha

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Brochamento Recartilhamento

• Destinado à obtenção de superfícies quaisquer com

• Recartilhamento angular: cria um padrão de


ranhuras piramidal

• Recartilhamento linear: cria um padrão de ranhuras


longitudinais retas

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Recartilhamento Recartilhamento

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Recartilhamento Retificação

• Usinagem por abrasão destinado à obtenção de


superfícies com auxílio de uma ferramenta abrasiva
de revolução

• Remoção é feita por cada grão abrasivo componente


da ferramenta de corte

• Ferramenta é denominada rebolo

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Retificação Retificação

• Vários tipo de rebolos se distinguem pelo seu • Pode ser usado em todos
formato, seu tipo de grão e sua dureza os tipos de materiais,
dúcteis e endurecidos
• Máquinas-ferramentas são denominadas retificadoras
• Permite ótimo
• Retífica: geralmente usada em operações de acabamento da
acabamento superfície: rugosidade
mínima de até 0,025 µm
(Ra)

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Retificação Retificação

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Retificação Retificação

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Retificação Retificação

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Retificação Retificação

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Retificação Retificação

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Retificação Retificação

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Retificação Serramento

• Processo no qual uma fina fenda é feita na peça por


uma ferramenta (serra) que possui uma série de
dentes curtamente espaçados

• Serras: muito semelhantes às fresas, que possuem


uma sucessão ordenada de dentes de corte

• Corte é geralmente realizado a frio

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Serramento Serramento

• Serras de lâmina: movimento de ida e volta

• Serras circulares: movimentos de corte e avanço

• Serras de fita: a serra é em forma de lâmina de


pequena espessura (0,8 a 1 mm) formando um
circuito fechado; a lâmina é presa sob tensão entre
dois volantes

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3

Processos não convencionais


Serramento
Usinagem por eletroerosão

ou EDM “Electrical discharge machining”

• Utilizado para a produção de orifícios, ranhuras e


outras cavidades pela fusão ou vaporização
localizada do metal causada por pequenos arcos
elétricos de alta frequência

• A descarga desses arcos elétricos é produzida por


pulsação controlada de corrente contínua entre a
peça e a ferramenta
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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem por eletroerosão Usinagem por eletroerosão
Partículas migram e formam a
PONTE DE ÍONS
Ânions (íons -)
- - - - - -
Ferramenta
- - - - - - (eletrodo)

(Dielétrico é
o condutor)

+ + + + + +
+ + + + + +
Peça
Cátions (íons +)

A B

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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem por eletroerosão Usinagem por eletroerosão

• Ciclo: aproxima o eletrodo da peça e em seguida o • Erosão ocorre na peça e no eletrodo


afasta
• Com os ajustes corretos na máquina-ferramenta há
• Frequência do ciclo: 200.000 ciclos/s (em 1 segundo
erosão de 0,5% no eletrodo e 99,5% na peça
ocorre o ciclo 200.000 vezes)

• A ponte de íons causam um aumento súbito de


• Todo material condutor pode ser utilizado como
temperatura de até 50.000 °C (dependendo da eletrodo; recomenda-se com ponto de fusão elevado
intensidade de corrente), causando sua fusão e (cobre, grafite)
vaporização do eletrodo e da peça
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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem por eletroerosão Usinagem ultrassônica

• Abrasivos como CBN, SiC, Si3N4 e diamante contidos


numa suspensão de água em concentrações de cerca
de 20% a 60% são dirigidos em alta velocidade
contra a peça

• Ferramenta vibrante (aço doce ou aço inoxidável) em


baixa amplitude (≈ 0,076 mm) e alta frequência (≈
20.000 Hz)

• Usado para corte de aço inoxidável e ligas de titânio

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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem ultrassônica Usinagem ultrassônica

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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem ultrassônica Usinagem com jato d’água

• Usinagem de óxido de alumínio,


para a fabricação de circuitos • A usinagem é feita por um jato d’água muito fino
eletrônicos (os furos produzidos (0,25 a 0,63 mm)
têm diâmetros entre 0,15 e 0,5
µm) • Alta pressão (≈ 400 Mpa) e alta velocidade (≈ 900
• Produção de furos com 1 µm de m/s) direcionado na superfície da peça metálica
diâmetro e 0,3 µm de
profundidade em pastilhas • Aproximadamente 0,23 kg/min de abrasivo são
reversíveis para a alocação de adicionados ao jato d´água
termopares

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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem com jato d’água Usinagem com jato d’água

Tipos de materiais que podem ser usinados

• Alumínio, aços, titânio, ligas de níquel, etc.


• Mármores, granitos e vidros
• Material laminado
• Cerâmicas com alumina de alta densidade
• Matriz metálica

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Processos não convencionais Processos não convencionais


Usinagem com jato d’água Usinagem com jato d’água
Vantagens da usinagem com jato de água

• Versatilidade: usina diversos tipos de materiais em


até 270 mm de espessura

• Não tem zona termicamente afetada

• Bordas de alta qualidade

• Elimina operações secundárias

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Plano de processo Plano de processo DECISÕES

• Frequentemente existe mais de uma alternativa de • Seleção da matéria-prima e seu método de fabricação
plano de processo para a fabricação de uma única
peça • Seleção dos processos de usinagem das superfícies
das peças
• Qualidade: pontos de vista tecnológico e econômico
• Determinação da sequência de operações
• Plano de processo: aumenta qualidade e reduz custos
de fabricação • Determinação do método de fixação da peça para
cada operação

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Plano de processo DECISÕES Plano de processo

• Seleção dos equipamentos e ferramentas para as • Operação: Uma operação é caracterizada pela
operações de usinagem utilização do mesmo equipamento e mesma peça

• Determinação das cotas e tolerâncias de fabricação • Operação elementar: é efetuada sem alterar a
para as operações de usinagem ferramenta (ou grupo de ferramentas usadas
simultaneamente), a superfície usinada da peça, a
• Seleção das condições de usinagem e determinação velocidade e o avanço. Se um destes é alterado, tem-
dos tempos padrões para cada operação se uma outra operação elementar

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Departamento de Engenharia Mecânica 284

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Plano de processo Plano de processo

• Operação: Uma operação é caracterizada pela


utilização do mesmo equipamento e mesma peça

• Operação elementar: é efetuada sem alterar a


ferramenta (ou grupo de ferramentas usadas
simultaneamente), a superfície usinada da peça, a
velocidade e o avanço. Se um destes é alterado, tem-
se uma outra operação elementar

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Departamento de Engenharia Mecânica 286

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Plano de processo exemplo Plano de processo exemplo

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Plano de processo exemplo Plano de processo exemplo

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Plano de processo exemplo

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Departamento de Engenharia Mecânica 292

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Departamento de Engenharia Mecânica 293


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Estudo de caso
ENGRENAGEM DA CAIXA DE TRANSMISSÃO

• Características e propriedades exigidas

• Material

• Processo de fabricação

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Departamento de Engenharia Mecânica 296

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Apresentação do produto Apresentação do produto

• É uma dos (mais de 200) componentes que compõe • Na caixa de câmbio ocorrem as mudanças de marcha
o conjunto chamado de caixa de transmissão ou que permitem o controle da velocidade e do torque
caixa de câmbio

• Caixa de câmbio: transmitir a força do motor para as


rodas do carro

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Departamento de Engenharia Mecânica 298

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

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Engrenagem da caixa de
transmissão

Características e propriedades exigidas

• Precisão dimensional (transmissão funcione com o


máximo de eficiência, mínima perda de energia, e
mínimo desgaste)

• Algumas partes da engrenagem: precisão de alguns


micrômetros

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Departamento de Engenharia Mecânica 302

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Características e propriedades exigidas Características e propriedades exigidas

• Alta resistência mecânica - grande pressão em • Deve ser tenaz – resistir aos impactos durante o
pequena área de contato funcionamento

• Alta resistência ao desgaste - alto atrito nos • Resistência à fadiga - carregamento cíclico, intenso e
instantes iniciais de funcionamento constante

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Departamento de Engenharia Mecânica 304

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Material deve apresentar Material

• Alta resistência mecânica AÇO – Melhor custo benefício


• Alta resistência à fadiga
• Alta tenacidade • Alta resistência mecânica e baixo custo
• Alta dureza na superfície • Permite mudanças microestruturais possíveis de
atender às características de comportamento
mecânico exigidas

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Departamento de Engenharia Mecânica 306
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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Material Material

Além de conferir alta tenacidade e resistência mecânica • Alta tenacidade é conflitante com alta dureza
ao corpo da engrenagem o aço precisa: • Dureza e resistência ao desgaste característica
exigida na superfície da peça
• Tornar possível a obtenção de uma superfície dura e
resistente ao desgaste Ótima opção é o aço para cementação

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Departamento de Engenharia Mecânica 308

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Material – Aço para cementação CEMENTAÇÃO

• Fabricação de componentes com núcleo resistente e • Consiste em se introduzir carbono na superfície


tenaz, mas com alta dureza na superfície do aço pelo mecanismo de difusão atômica

• Tratamento termoquímico de cementação • Objetivo: aumentar a dureza superficial do material,


depois de convenientemente temperado

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Departamento de Engenharia Mecânica 310

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Quando o ferro ou o aço é rapidamente aquecido Engrenagens para sistemas de transmissão: aço AISI
por têmpera 8620

• O maior teor de carbono na superfície exterior torna-


C Mn Si Cr Ni Mo
se duro através da transformação da austenita em
martensita
0,17-0,23 0,6-0,9 0,15-0,30 0,35-0,6 0,4-0,7 0,15-0,25

• Enquanto: o núcleo permanece macio e resistente


como uma microestrutura ferrítica e/ou perlita
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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Material – Aço AISI 8620 Material – Aço AISI 8620

• Baixo teor de carbono e elementos de liga conferem Região da


Resistência Limite de Resistência ao
Dureza (HRC) Mecânica resistência impacto (j) –
ao material ótima tenacidade e resistência mecânica peça
(MPa) (MPa) ensaio Charpy

Núcleo (não
30-40 830-970 1.100-1.200 50-100
• Cementação: confere boa temperabilidade, cementada)

garantindo o endurecimento da superfície Superfície


58-64
(cementada)

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Departamento de Engenharia Mecânica 314

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Processo de fabricação Processo de fabricação

• Usinagem é mais adequada devido à precisão exigida • Primeira etapa: corte da barra de aço – guilhotina ou
serramento
• Economia do processo: forjamento de um tarugo • Peça aquecida até 1200 °C e forjada mais de uma
(dimensões mais próximas da geometria final) etapa:

Forjamento em estampo – forjamento em matriz


• Matéria prima em forma de barras ou tarugos
fechada - puncionamento
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Departamento de Engenharia Mecânica 316

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Processo de fabricação

• Posteriormente o corpo é usinado em duas etapas


principais:

- Torneamento para acerto da geometria e dimensões


- Fresamento para a usinagem dos dentes

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Processo de fabricação

No caso das engrenagens que possuem dentes internos

• Após a operação de torneamento e antes do


fresamento, os dentes internos são/podem ser
usinados pelo processo de brochamento

Departamento de Engenharia Mecânica 319


Departamento de Engenharia Mecânica 320

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Brochamento

• Remoção progressiva e linear de cavacos realizado


com uma ferramenta de múltiplos dentes que
aumentam progressivamente chamada brocha

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Departamento de Engenharia Mecânica 322

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Engrenagem da caixa de
transmissão

Processo de fabricação

• O fresamento dos dentes externos da engrenagem é


realizado por uma técnica de fresamento chamada
“hobbing”

• Fresa (chamada hobber) possui eixos que fazem


tanto a peça trabalhada quando a ferramenta
girarem
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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

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Departamento de Engenharia Mecânica 326

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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Processo de fabricação Processo de fabricação

• A razão entre as velocidades de rotação e o número • Depois do fresamento a engrenagem passa por
de trilhas do “hob” determinam o número de dentes operações de rebarbamento e acabamento
da engrenagem superficial

• Até 5 dentes podem ser escavados simultaneamente, • Posteriormente: tratamento termoquímico de


permitindo ótimo acabamento superficial cementação da engrenagem, que é seguido de
têmpera e revenido
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Engrenagem da caixa de Engrenagem da caixa de


transmissão transmissão

Processo de fabricação Processo de fabricação

• Cementação é feita a uma temperatura de 927 °C em • Profundidade da camada cementada: 0,5 a 1,0 mm
atmosfera de 20%CO – 40%H2 a partir do metanol
dissociado • Após a têmpera e revenido: dureza atinge valores de
58 a 64 HRC

• Resultado: um teor de C de 0,90% seja atingido na • Após a cementação: peça pode passar por um
superfície processo de torneamento (com mínima remoção de
material)
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Engrenagem da caixa de
transmissão
FIM

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