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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO

JEQUITINHONHA E MUCURI INSTITUTO DE


ENGENHARIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA- IECT CURSO
DE ENGENHARIA DE MINAS

Ana Carolina Lisboa Bastos


Maria Cecília Nogueira

PRÁTICA 1 – Amostragem

Janaúba – MG
Maio/2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E
MUCURI INSTITUTO DE ENGENHARIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA-
IECT

CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

Ana Carolina Lisboa Bastos


Maria Cecília Nogueira

PRÁTICA 1 – Amostragem

Relatório apresentado como requisito parcial


para obtenção de nota na disciplina de
Tratamento de minério I, do curso de
Engenharia de Minas da Universidade Federal
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
ministrada pela professora Dra. Bárbara
Rocha.

Janaúba – MG
Maio/2022
Sumário

1 Introdução.................................................................................................................... 5 2

Objetivo....................................................................................................................... 7 3

Metodologia................................................................................................................. 8 4

Resultados e discussão ................................................................................................. 9 5

Conclusão .................................................................................................................. 13 6
Referências Bibliográficas.......................................................................................... 14

1 Introdução

Para estabelecer o desempenho operacional de um processo de tratamento de


minérios, é de fundamental importância o conhecimento das concentrações dos elementos
nos diferentes fluxos que circulam em um equipamento (Merks, 1985). A indicação de uma
dada propriedade de um fluxo é realizada através de uma pequena fração do mesmo,
definida como amostra, a amostra representa da melhor forma o fluxo amostrado.
(Assis,1993).
A amostragem é um agrupamento de processos destinados para obter uma amostra
representativa de cada universo. Essa amostra é conceituada como representativa quando
as propriedades presentes no universo como: teor dos elementos, constituintes
mineralógicos, massa específica, distribuição granulométrica, entre outros, estão também
estimadas na amostra (Hoffman, 1991).
Abaixo, na Figura 01 temos um exemplo desse processo de amostragem,
especificamente a redução da amostra, ou seja, pra cada 1t de universo temos 100g de
amostra.

Figura 01- Redução da Amostra

Fonte: Própria do autor

A amostra é definida usualmente como misturas de partículas, de tamanho, forma e


composição variadas, e sua obtenção representativa só é possível com base em critérios
bem estabelecidos. No momento em que a seleção e coleta da amostra não são realizadas
de maneira correta, o resultado dessas análises não irá corresponder com as características
presentes no amostra, levando a ter conclusões incorretas da amostra analisada (Assis,
1993).
A técnica de amostragem na indústria em geral tem crescido e melhorado bastante,
apesar de ainda não receber toda a importância necessária, por ser um setor que muitas das
vezes é negligenciado devido uma coleta de amostras com uma série de erros sistemáticos. Já
no Brasil a amostragem ainda é empregada por muitas empresas (Allen, 1981).
Na Figura 02, mostra a quantidade moduladas do material (incrementos) de um
universo que deseja amostrar, para a composição da amostra primária ou global, de tal forma
que esta amostra esteja representada em um universo amostrado.
Figura 02- Técnica de Amostragem

Fonte: Própria do autor

Levando em consideração que toneladas de um material específico são estimadas


através de análises realizadas com amostras, é de extrema importância que os critériosde
obtenção dessa amostra sejam realizados de maneira correta, para que nessas estimativas não
apresentem erros de análise, pois essas estimativas de análises serão utilizadas no fim para
avaliação de depósitos minerais, controle de processos em laboratórios, unidades piloto,
indústrias e comercialização de produtos, contudo é claro a importância da amostragem
(Ladeira, 1987).
2 Objetivo

Esse trabalho possui como objetivos:

• Reduzir a amostra bruta para amostra de laboratório para minério seco a granel; •

Aplicar técnicas de redução da amostra bruta de forma manual; • Identificar as

amostras para análises posteriores;

• Compreender a importância da amostragem e identificação das amostras.


3 Metodologia

Inicialmente assistiu-se vídeos relacionados ao tema da aula prática e depois


realizou-se a prática no laboratório. E para iniciar retirou-se a amostra do laboratório da
pilha pulmão, em vários locais da mesma, com o auxílio de uma pá e um balde.
Posteriormente avaliou-se o material coletado de maneira macroscópica. Realizou-se o
quarteamento de maneira manual, onde despejou-se a amostra sobre a lona, homogeneizou
se e por fim moldou-se uma pilha cônica. Para fracionar o material, dividiu-se em quatro
partes iguais, formou-se grupos com as partes 1 e 3 e o outro com as partes pares restantes.
Escolheu-se o grupo para descarte e repetiu-se o procedimento de quarteamento. Por fim a
amostra foi guardada e identificada para análises posteriores.
4 Resultados e discussão

Os vídeos propostos para assistir, são sobre práticas realizadas em diferentes


laboratórios e ambos apresentam diferenças. No vídeo da prática da Francielle ela
apresenta e explica detalhadamente todos os métodos de quarteamento, sendo eles: o
carrosel, pilha cônica, quarteador jones e pilha alongada. Já no vídeo apresentado pelo
Carlão, é mais voltado para o processo de amostragem completo, onde ele apresenta os
equipamentos utilizados e ao mesmo tempo realiza todo o processo.
Para dar início a nossa aula prática de amostragem, foram retiradas amostras em
vários pontos da pilha pulmão, representada na Figura 3, no laboratório realizamos a
homogeneização (Figura 4) e montagem das pilhas cônicas (Figura 5) devido a sua
composição homogênea.

Figura 3 - Pilha pulmão

Fonte: Próprio autor


Figura 4 – Homogeneização

Fonte: Próprio autor

Figura 5 - Pilha cônica


Fonte: Próprio autor

Depois de montada, a pilha cônica foi quarteada, os montes foram numerados de 1


a 4 e juntamos em grupo, as pilhas 1 e 3 e outro com as partes pares restantes, como
mostrado na Figura 6.
Figura 6 - Pilha quarteada

Fonte: Próprio autor

Para o descarte escolhemos as pilhas 2 e 4 e o outro grupo coletamos com o auxílio


da espátula e do pincel e colocamos na bandeja de alumínio, conforme mostra a Figura 7.
Ao realizar o segundo quarteamento, para obter melhores resultados, houve um erro da
dupla e os dados posteriores ao segundo quarteamento foram cedidos generosamente pela
dupla de colegas (Figura 8).
Figura 7 - Coleta das pilhas 1 e 3
Fonte: Próprio autor
Figura 8 - Segundo quarteamento e coleta

Fonte: Próprio autor

Por fim, com a amostra devidamente quarteada, foi identificada e guardada para
posteriores processos, como ilustrado na Figura 9.
Figura 9 - Amostra final
Fonte: Próprio autor
5 Conclusão

Após a realização da prática, concluímos que a amostragem para pesquisas é um


processo simples e ao mesmo tempo eficiente, pois permite obter dados de uma população
sem ter que analisá-la por completo. Mas é importante ressaltar que esse procedimento
deve ser executado com muita atenção para adquirir dados confiáveis.
6 Referências Bibliográficas

Allen T. Sampling of Powders. In: Scarllet, B. (Ed.). Particules size measurement,


powdertechnology series. London: Third Edition, 1981, p.1-35.

Assis, S. M.; Salum, M. J. Aulas Práticas de Tratamento de Minérios. Universidade


Federal deMinas Gerais. Departamento de Engenharia de Minas. Belo Horizonte,
1993.

Bolfarine, H. e Bussab, W.O. Elementos de amostragem. Instituto de Matemática e


Estatísticada Universidade de São Paulo.Versão Preliminar. Julho, 2000.

Goes, M. A. C.; Luz, A. B. e Possa, M. V. Amostragem. In: Luz, A. B., Sampaio, J. A.


e Almeida, S. L. M. (Ed.). Tratamento de minérios. 4a ed. Rio de Janeiro:
CETEM/MCT, 2004,p.19-54.

HOFFMAN, G. Methodenbuch: Die Untersuchung von Boeden. Band I. 4.


Auflage.Darmstadt: VDLUFA-Verlag, 1991.

Ladeira, A. C. Q. Teoria e prática de amostragem. Escola de Engenharia da


UniversidadeFederal de Minas Gerais, Belo Horizonte, abril, 1987 (Seminário).

Merks, J. W. Sampling and weighing of bulk solids. Trans Tech Publication, Karl
Distributors,Rockport. USA, 1985.

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