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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Instituto De Engenharia, Ciência e Tecnologia


Curso de Engenharia de Minas
Luis Gustavo Cunha Nogueira

 ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS

Janaúba
2022
Luis Gustavo Cunha Nogueira

 ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS

Trabalho apresentado à disciplina de Topografia,


do 6° período de Engenharia de Minas, como
parte dos requisitos exigidos para a obtenção
parcial de nota.

Professora: Sarah Nadja Araújo Fonseca

Janaúba
2022
1. PROCESSO DE ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA

Escavação é o processo empregado para romper a compacidade do solo ou da rocha,


por meio de ferramentas e processos convenientes. A escavação de túneis, antes do surgimento
dos explosivos e das máquinas tuneladoras, eram desenvolvidas por operários manualmente
através de ferramentas manuais que esculpiam os maciços dando à forma ao túnel. A seguir
veremos os principais métodos de escavação de túneis em materiais duros e moles (SILVA, 2017).

Para túneis escavados em rochas, a não ser nos casos daqueles extremamente curtos
(cerca de 200m de comprimento), são normalmente estabelecidas, para a construção, duas ou
mais frentes de escavação. Genericamente, as seguintes operações são necessárias:
(MARANGON, 2007).  Perfuração da frente de escavação com marteletes;  Carregamento dos
furos com explosivos;  Detonação dos explosivos;  Ventilação e remoção dos detritos e da
poeira;  Remoção da água de infiltração, se necessário;  Colocação do escoramento para o teto
e paredes laterais, se necessário;  Colocação do revestimento, se necessário. (SILVA, 2017).

A parcialização da escavação é necessária, pois escavar túneis de grandes


dimensões em seção plena é impraticável, tanto construtivamente quanto por razões de
segurança. A escolha do método de parcialização a ser empregado depende de diversos
fatores, tais como:
Viabilidade técnica; b) geometria do túnel; c) parâmetros do maciço; d)
condicionantes ambientais; e) prazos da obra; f) recursos disponíveis; g) e nível de
segurança desejado.
Os maiores inconvenientes dos métodos clássicos são o atraso entre a execução
do suporte e a escavação e as imperfeições construtivas existentes entre o suporte e o
maciço escavado. Ambos podendo implicar em grandes deformações do maciço
(WATASHI, 2019)

Ao se projetar um túnel, têm-se que ter em mente a geologia local e escolher a melhor técnica
construtiva que será realizada, uma vez que a mesma influencia diretamente no comportamento
da zona escavada
2. DESMONTE DE ROCHAS
O método de desmonte é definido como um conjunto de processos utilizados
para proceder ao arranque do minério do maciço, através da progressão de uma frente de
trabalho. Trata-se de um conceito mais restrito que o de método de lavra, pois engloba apenas
um conjunto de operações necessárias a extração da substância útil da frente de trabalho
(SANTANA et al.,2019)

3. ESCAVAÇÃO MECÂNICA

Os métodos de escavação mecanizados são realizados com o auxílio de um


equipamento denominado Tunnel Boring Machine (TBM), no Brasil ele é conhecido como
tuneladora. Estes métodos são utilizados em regiões densamente ocupadas e onde as
condições de solo são desfavoráveis. Neste tipo de situação a estabilidade do maciço não
pode ser comprometida por grandes perturbações nas tensões iniciais do maciço. Os
métodos de escavação mecanizados são particularmente eficazes em garantir esta condição.
Neste tipo de método a frente de escavação é suportada pelo mecanismo de corte em
conjunto de uma pressão que é aplicada a partir de lama bentonítica ou através do próprio
material escavado. As paredes do túnel são inicialmente suportadas pelo escudo da
tuneladora e em seguida pelos anéis de concreto ou aço, que são instalados conforme ocorre
o avanço da escavação.

A escolha entre os dois tipos de tuneladoras depende de vários fatores, entre


eles: tipo de solo, do nível freático , da profundidade do túnel e da disponibilidade do
equipamento.

As tuneladoras EPB aplicam uma pressão na frente de escavação com o próprio


material escavado. Ao avançar a escavação a cabeça de corte encaminha o material escavado
para uma câmara de escavação. Dentro da tuneladora um parafuso de Arquimedes é
responsável por retirar o material escavado de dentro desta câmara. A diferença entre a taxa
de rendimento da escavação e a taxa de produtividade da retirada do solo da câmara que irá
produzir a pressão de suporte da frente de escavação (CHAPMAN et al., 2010).
No caso das tuneladoras SPB a pressão aplicada na frente de escavação é
proporcionada pelo balanceamento entre a entrada e a saída da lama bentonítica dentro da
câmara de escavação. Devido a esta particularidade, o controle da pressão nas tuneladoras SPB é
mais preciso do que nas tuneladoras EPB (GUGLIELMETTI et al., 2008).
(WATASHI, 2019)

4. REFERÊNCIAS

WATASHI, D. B., ESTUDO PARAMÉTRICO DE ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS.


2019. Pós Graduação em Geotécnica. Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade
de São Paulo.

(SANTANA et al.,2019)

https://www.finom.edu.br/assets/uploads/cursos/tcc/
2021041319040017.pdf
SANTANA, Iasmin Vale; LIMA, Marcus Alexandre; COSTA, Leandro Vilhena;
BONFIM, Rosa Jussara: TECNOLOGIAS APLICADAS AO DESMONTE DE
ROCHAS. Anais do 1° Simpósio de TCC, das faculdade s FINOM e Tecsoma. 2019;
865-882 866 energético, decompõe-se quimicamente gerando uma considerável
quantidade de gases em altas temperaturas, liberando uma enorme energia em
curtíssimo espaço de tempo

(SILVA, 2017).
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/140/o/INFLU%C3%8ANCIA_EM_SUPERF
%C3%8DCIE_DO_PROCESSO_DE_ESCAVA
%C3%87%C3%83O_DE_OBRAS_SUBTERR
%C3%82NEAS_EM_SOLO_DE_GOI%C3%82NIA..pdf

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