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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE – CAA

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 1
ESPECTROSCOPIA MOLECULAR

ACADÊMICOS:
Arianne Camila Florêncio Rocha
Carlos Henrique Ramos
Gabriel Queiroz Moraes Resende
Henrique Ramos Galindo

Caruaru - Pernambuco
2013
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ACADÊMICOS:
Arianne Camila Florêncio Rocha
Carlos Henrique Ramos
Gabriel Queiroz Moraes Resende
Henrique Ramos Galindo

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 1
ESPECTROSCOPIA

Re l atór i o do E xpe r i me nt o 1
cujo te ma era
Espectrosc opia, referente a
disci plina de Quí mica Geral
2, do curso superior de
Engenharia Civil da
Universida de Fe deral de
Pernambuco – Centro
Acadê mico do Agreste.

Professora: Érika Marinho

Caruaru - Pernambuco
2013
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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
1.1 – Princípios teóricos................................................................................................4
1.1.1 – Partícula em uma caixa....................................................................................4
1.1.2 – Espectroscopia...................................................................................................4
1.2 – Objetivo.................................................................................................................5
2 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................6
2.1 – Primeira parte......................................................................................................6
2.2 – Segunda parte.......................................................................................................6
2.3 – Terceira parte.......................................................................................................6
2.4 – Quarta parte.........................................................................................................7
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................8
4 - CONCLUSÃO.........................................................................................................12
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................13
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1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Princípios teóricos

1.1.1 – Partícula em uma caixa

A Mecânica quântica diz que as partículas têm propriedades de ondas


(Dualidade Onda-Partícula da matéria). Por causa disso, não podemos esperar que as
partículas comportem-se como objetos que se movem em trajetórias precisas. A
abordagem de Schorödinger foi substituir a trajetória precisa da partícula por uma
função de onda (uma função matemática com valores que variam com a posição). [1]
O físico Max Born propôs uma interpretação física para a função de onda. A
interpretação de Born diz que a densidade de probabilidade de um a partícula estar em
uma determinada posição e é proporcional ao quadrado da função de onda nesse ponto.
A partícula em uma caixa é um dos exemplos mais simples de função de onda,
na qual, uma partícula de massa m é confinada entre duas paredes impenetráveis,
separadas pela distância L. [1]

1.1.2 – Espectroscopia

A espectroscopia pode ser entendida como uma retratação de qualquer tipo de


interação da radiação eletromagnética com a matéria. Dessa forma, toda manifestação
que nossos olhos percebem, por exemplo, é um tipo de espectroscopia. Através da
análise minuciosa do espectro observado podemos obter informações relevantes sobre a
estrutura molecular e modo de interação entre moléculas. [2]
A espectroscopia molecular fornece o valor da variação da energia interna
quando uma molécula absorve, emite ou espalha a radiação eletromagnética em
quantidades discretas ou quantizadas. [3]
O exame pode ser destrutivo ou não destrutivo; os exames mais interessantes são
os que não destroem as amostras, e dos quais resultem dados precisos. Sempre quando
se excita uma substância com uma fonte de energia, esta pode tanto emitir como
absorver radiação em determinado comprimento de onda, permitindo uma observação
do comportamento do corpo de prova. Os resultados da análise espectroscópica de uma
amostra providenciam dados sobre a estrutura do analito, tais como geometria de
ligação, natureza química de ligandos de um dado átomo, comprimentos de ligações
químicas, etc.. A base da espectroscopia é a natureza ondulatória das radiações
eletromagnéticas, cuja variável é a frequência fundamental.
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Esta determina o número de oscilações realizadas pela onda por unidade de


tempo, e o comprimento de onda, distância percorrida pela onda durante um período de
tempo correspondente a uma unidade de frequência, sendo o produto destas definido
como a velocidade de propagação da onda. [4]
Os três principais tipos de interação da radiação eletromagnética com a matéria
são: Espectroscopia de absorção (relaciona quntidade de energia absorvida com o
comprimento de onda), Espectroscopia de emissão (analisa a quantidade de energia
emitida por uma amostra contra o comprimento de onda da radiação absorvida) e
Espectroscopia de espalhamento ou de dispersão (determina a quantidade de energia
espalhada em função de parâmetros tais como o comprimento de onda, ângulo de
incidência e o ângulo de polarização da radiação incidente). [4]
Neste experimento foi utilizado o método da Espectroscopia de absorção.

1.2 - Objetivo
Esse experimento tem como objetivo tratar do espectro molecular, que não
possui solução exata, ou seja, é descrito por um modelo aproximado (partículas na
caixa). O objetivo consiste também em analisar o desempenho do modelo através de sua
descrição. Com isso espera-se que as limitações e a funcionalidade do modelo sejam
evidenciadas.
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2 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

2.1 - Primeira parte

A- Inicialmente, cortou-se o tomate em pequenos pedaços, macerando-os com o


auxílio de um pistilo. Posteriormente o extrato foi colocado num béquer.
B- Raspou-se a cenoura com uma faca, colocando as raspas num béquer.
C- Em seguida, as amostras contidas nos béqueres foram levadas a capela e lá
foram cobertas com acetato de etila.
D- As amostras ficaram em repouso na capela por aproximadamente 15 minutos.

2.2 - Segunda parte

A- Foram colocados 25ml de água destilada em dois béqueres distintos.


B- Em um béquer foram adicionadas gradativamente gotas de ácido sulfúrico,
fazendo com que o pH da solução chegasse a 2,1 após a adição de 13 gotas. Para
medir a variação do pH foi usado um pHmetro.
C- No outro béquer, foram adicionadas gradativamente gotas de hidróxido de sódio
de modo que o pH chegasse a 11,97 após 7 gotas serem adicionadas. Para medir
a variação do pH foi usado o mesmo pHmetro devidamente higienizado com
água destilada.
D- Para finalizar esta etapa do procedimento, foram adicionadas três gotas de
vermelho de fenol em cada um dos béqueres para visualizar a coloração que as
solução iriam adquirir.

2.3 - Terceira parte

A- Cortou-se o repolho em pedaços pequenos, colocando-os num béquer em


seguida.
B- Nesse béquer, foi adicionada água destilada até cobrir por completo os pedaços
de repolho.
C- Aqueceu-se a mistura por 10 minutos.
D- Por meio da decantação, separou-se o extrato obtido dos pedaços de repolho.
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E- Três tubos de ensaio foram separados para auxiliar a preparação de três soluções
distintas.
F- No primeiro tubo de ensaio, foram adicionados 5ml do extrato de repolho,
anteriormente separado. Nesse mesmo tubo de ensaio adicionou-se 5ml de ácido
clorídrico diluído.
G- No segundo tubo de ensaio, foram colocados 5ml do extrato de repolho
juntamente com 5ml de água destilada.
H- No terceiro e último tubo de ensaio, adicionou-se novamente 5ml do extrato de
repolho juntamente com 5ml de solução diluída de hidróxido de sódio.

2.4 - Quarta parte

A- Nessa etapa, a auxiliar de laboratório da Universidade Federal de Pernambuco


utilizou as soluções de β-caroteno (extraído da cenoura) e licopeno (extraído do
tomate) que estavam na capela; e repolho roxo para utilizar no
espectrofotômetro UV-visível, e analisar os espectros de absorção na região do
visível.
B- Gradativamente se aumentou o comprimento de onda utilizado para cada
amostra. A amostra de cenoura ao atingir 420nm, a absorvância (ou absorbância)
foi maior que 2,000 que é o máximo que o espectrômetro pode aferir. Com isso
foi necessário diluir a amostra para aferir com precisão dentro da escala do
aparelho.
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3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

O procedimento consiste em extrair e analisar os pigmentos do repolho roxo


(antocianina) da cenoura (β-caroteno) e do tomate (licopeno).
Em uma primeira parte utilizamos o acetato de etila como solvente para as
amostras obtidas dos pequenos pedaços da cenoura e do tomate. Após esperar cerca de
15 minutos para a solução ser bem diluída, separamos a parte sólida da solução ficando
apenas com os pigmentos e o acetato de etila.

Fig. 1 – Amostras de cenoura e de tomate com acetato de etila na capela

Depois fizemos o mesmo com os pedaços de repolho roxo, mas desta vez o
solvente foi água destilada e o modo de diluição foi o aquecimento da solução por cerca
de 10 minutos. Precisamos dessas soluções resultantes, pois nas três os pigmentos são
moléculas orgânicas conjugadas cujos elétrons π estão deslocados.

Fig. 2 – Amostra aquecida de repolho roxo e água


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Pegamos então essas soluções e seus brancos (que servirão como referência na
espectroscopia) para poder então analisar as transições eletrônicas que ocorrem através
do espectrofotômetro UV-visível.
Como podemos ver nos gráficos 1,2 e 3, todos os pigmentos se comportam de
forma diferente e tem suas transições em frequências diferentes de acordo com suas
propriedades.
O licopeno e o β-caroteno foram analisados do λ igual a 400nm até λ 560nm e
nesse intervalo para o licopeno pode ser observados dois deslocamentos um a 440nm e
outro a 500nm e para o β-caroteno pode ser observado apenas um deslocamento a
440nm.

Gráfico 1 - Gráfico da solução de licopeno (Absorvância x Comprimentos de onda)

Gráfico 2 - Gráfico da solução de β-Caroteno (Absorvância x Comprimentos de onda)


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A antocianina pode ser estudada do λ igual a 400nm até o λ 700nm e observa-se


que a transição ocorre quando λ é 580nm.

Gráfico 3 - Gráfico da solução de Antocianina (Absorbância x Comprimentos de onda)

Em uma segunda parte vimos a propriedade do extrato de repolho roxo como


indicador de pH. Primeiro preparamos duas soluções: uma ácida (com pH 2,1 de acido
sulfúrico diluído em água destilada) e outra básica (com pH 11,97 de hidróxido de sódio
diluído em água destilada).
Essas duas soluções incolores passam a mudar de cor quando misturadas com
vermelho de fenol como será analisado posteriormente.
Com a mistura de ácido sulfúrico e água destilada, ao adicionar o vermelho de
fenol obtivemos uma solução de coloração amarelada, indicando o meio ácido, como
pode ser visto na Fig. 3.
Na mistura de hidróxido de sódio e água destilada, ao adicionar vermelho de
fenol obtivemos a coloração avermelhada que indica o meio básico, como pode ser visto
na Fig. 4.

Fig. 3 – Ácido Sulfúrico e Água, meio ácido Fig. 4 – Hidróxido de Sódio e Água, meio básico
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Tendo esses dados podemos obsevar como o extrato do repolho roxo (de
coloração roxa transparente) se comporta em cada um desses meios.
Para o meio ácido, pegamos o extrato e misturamos com ácido clorídrico diluído
obtendo um pH de aproximadamente 1 e coloração rosa (que indica o meio ácido),
como pode ser visto na Fig. 5.
Para o meio neutro, misturamos o extrato do repolho com água destilada,
obtendo um pH neutro de aproximadamente 6 e sem mudanças na coloração, como é
indicado na Fig. 6.
E por último, para o meio básico, misturamos o extrato de repolho roxo com
solução diluída de hidróxido de sódio, obtendo o pH básico de aproximadamente 12 e
com coloração esverdeada (indicando o meio básico), como pode ser notado na Fig. 7.

Fig. 5 – Extrato de repolho roxo com ácido clorídrico Fig. 6 – Extrato de repolho roxo com água

Fig. 7 – Extrato de repolho roxo com hidróxido de sódio

Essa propriedade do repolho roxo existe graças a substância antocianina que


muda de cor nos meios ácido, básico e neutro, isso devido as suas mudanças estruturais
de acordo com a variação do pH.
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4 - CONCLUSÃO

Na primeira parte desse experimento foi utilizado o método da Espectroscopia


de absorção, onde três soluções de três compostos distintos (licopeno, β-caroteno e
antocianina) são submetidas a leituras de absorvância (ou absorbância) ao longo de uma
faixa de comprimento de onda eletromagnética, passando-se, assim a ter informações
referentes à capacidade do composto em absorver luz.
O licopeno e o β-caroteno foram analisados num intervalo de comprimento de
onda (λ) de 400nm a 560 nm, já a antocianina num intervalo de 400nm a 700nm. Dessa
análise do licopeno, β-caroteno e da antocianina obtém-se que os picos lineares de
maior intensidade de absorção ocorrem quando os comprimentos de onda são 440nm,
440nm e 580nm respectivamente.
Na segunda parte foram demonstradas as propriedades indicadoras ácido-base do
vermelho de fenol e do extrato de repolho roxo. Primeiro adicionou-se o fenol vermelho
a solução de ácido sulfúrico + água destilada obtendo-se, assim, uma solução de
coloração amarelada, indicando que é um meio ácido. Em seguida, adicionou-se o
vermelho de fenol a solução de hidróxido de sódio + água destilada, obtendo-se, assim,
uma solução de coloração avermelhada, indicando que é um meio básico.
Para demonstrar a propriedade indicadora ácido-base do repolho roxo e criar
uma escala padrão foram preparadas três soluções: a 1ª com 5ml de HCl diluído + 5ml
de extrato de repolho roxo, obtendo um pH de aproximadamente 1 e uma coloração
rósea (indicador de meio ácido); a 2ª com 5ml de água destilada + 5ml de extrato de
repolho roxo, obtendo um pH neutro de 6 e sem alteração na coloração; a 3ª com 5ml de
solução diluída de NaOH + 5ml de extrato de repolho, obtendo um pH de
aproximadamente 12 e uma coloração esverdeada (indicador de meio básico).
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5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] - ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: Questionando a Vida


Moderna e o Meio Ambiente. Tradução Ricardo Bicca de Alencastro. 3° ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006;
[2] – http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/04/espect.pdf;
[3] – http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/9716243_03_cap_03.pdf;
[4] - http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectroscopia;

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