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2023

Alotropia do Carbono

Thayna Aparecida Oliveira de Castro


Dominus Educação
29/5/2023
Alotropia do caborno
Os átomos de Carbono podem se unir de várias formas diferentes, formando
inúmeras substâncias, a esta propriedade denominamos de Alotropia.
O fato de a grafite e o diamante terem o mesmo elemento (carbono) como
constituinte pode causar dúvidas como: por que materiais que possuem a mesma
constituição atômica são tão diferentes na consistência?
Enquanto a grafite risca suaves traços no papel, o diamante perfura dentes. As brocas
usadas pelos dentistas são diamantadas, ou seja, são recobertas por diamantes. Para
se ter ideia da dureza do diamante, ele é utilizado para cortar blocos de granito.
Existem pelo menos sete alótropos do carbono, que são: grafita (alfa e beta),
diamante, lonsdaleíta (diamante hexagonal), caoíta, carbono (VI) e os fulerenos. Entre
esses, somente duas formas alotrópicas são naturais: grafita e diamante.
Grafita: é formada por átomos ligados que formam anéis hexagonais contidos em um
mesmo plano. Essas “placas” de hexágonos unidos são mantidas atraídas umas às
outras por meio de forças mútuas de atração que são estáveis.

A grafita é um sólido mole porque as placas podem deslizar umas sobre as outras,
por isso ela é usada como lubrificante de engrenagens e rolamentos. É usada também
no lápis de escrever. Entre suas propriedades, estão a de ser condutora de
eletricidade e a densidade igual a 2,25 g/cm3.
Diamante: a estrutura do diamante é formada por átomos de carbono ligados cada
um a outros quatro átomos de carbono, conforme a ilustração a seguir mostra:

Por possuir uma estrutura mais compacta, o diamante é duro, não conduz
eletricidade e sua densidade é igual a 3,51 g/cm3. Ele é formado em camadas
internas da Terra onde a pressão e a temperatura são muito elevadas.
Fulerenos: Entre as variedades alotrópicas do carbono que são sintéticas estão os
fulerenos. Eles possuem estrutura poliédrica com um átomo de carbono em cada
vértice. Um exemplo é o C60, que é denominado buckminsterfullerene. Sua estrutura
parece com uma bola de futebol.

Nanotubos de Carbono: Outra forma alotrópica sintética do carbono são os


nanotubos de carbono (imagem a seguir) — cilindros ou tubos ocos formados por
alótropos do carbono com proporções nanométricas (1 nanômetro é igual à
bilionésima parte de um metro (10-9 m)). Eles são como uma folha de papel enrolada,
mas formados por átomos de carbono e com a espessura de apenas um átomo. Eles
são 100 mil vezes mais finos que um fio de cabelo e invisíveis até para microscópios
ópticos.

O importante dos nanotubos é que, por possuírem extraordinárias propriedades


mecânicas, elétricas e térmicas, eles apresentam amplas aplicações biológicas —
incluindo diagnósticos e tratamentos médicos —, tecnológicas e outras que ainda
estão sendo estudadas.
Alótropo Fórmula Estrutura

Cn (estrutura aleatória,
Negro de fumo com predominância de
carbono sp2 )

Cn (folhas paralelas de
Grafite anéis aromáticos unidos)

Cn (cristais com carbono


sp3)
Diamante

C60 é o mais comum, mas


existem dezenas de outras
Fulerenos moléculas, como C20 e
C70

Cn, são tubos com


estrutura semelhante às
Nanotubos de carbono folhas de grafite

Vale a pena saber:


Carbono amorfo é pigmento preto
O carbono amorfo é uma forma semelhante ao grafite, mas com muitos "defeitos",
isto é, sem as extensas folhas que aparecem no grafite. Pode ser preparado de várias
formas (e com diferentes graus de pureza), desde a captura de fuligem (o negro de
fumo) até a carbonização de material vegetal ou animal, que leva a carvões ativados.
Seus usos principais são como pigmento preto, em tintas, alimentos e outros
materiais como pneus; e como material desodorizante e filtrante para água e gases,
em máscaras

Grafite tem escrita até no nome


O grafite é composto de extensas camadas de átomos de carbono, que formam folhas
com anéis unidos - mais ou menos como uma tela. Essas "telas" de carbono deslizam
facilmente umas sobre as outras, e ao escrever com um lápis de grafite o rastro
deixado é feito dessas camadas, que vão se espalhando quando o lápis é atritado com
o papel. O nome desse mineral vem, justamente, do grego "graphos" que significa
escrita. Essa mesma propriedade "deslizante" do grafite permite que ele seja usado
como lubrificante, especialmente em altas temperaturas - já que o material resiste a
mais de 3000oC antes de começar a fundir. Pelo mesmo motivo e também por
conduzir eletricidade com razoável facilidade, o grafite pode ser usado como eletrodo
para fornos elétricos, onde conduz corrente elétrica suficiente para fundir metais

Diamante não é para sempre


Diamantes são a substância natural mais dura que se conhece. São densos e
transparentes, quando puros, com um alto índice de refração que espalha a luz com
mais eficiência que um prisma de vidro (especialmente depois de habilmente
lapidado). Devido à sua dureza, são tradicionalmente usados para cortar outros
materiais, e mais recentemente têm sido fabricadas finas camadas de diamante para
proteger superfícies muito especiais. Ainda por cima, são isolantes elétricos e
excelentes condutores de calor. Mas diamantes não são para sempre, já que, sendo
de carbono, podem queimar em chamas suficientemente quentes, em presença de
O2.

Fulerenos são bolinhas de carbono


Os fulerenos são o único alótropo molecular do carbono, ou seja, não são formas com
milhares de átomos aglomerados. São minúsculas bolinhas com números
determinados de átomos de carbono. O C60 é o mais comum, mas existem dezenas
de outras moléculas, como C20 e C70. Foram descobertos em 1985, quando cientistas
investigavam os tipos de macromoléculas de carbono que poderiam se formar em
nebulosas no espaço. Hoje se sabe que há traços de fulerenos em fuligens e em
alguns minerais. Ainda não há aplicações comerciais, mas muitas aplicações
potenciais

Nanotubos são fruto da pesquisa com fulerenos


Nanotubos são fruto da pesquisa com fulerenos. A pesquisa com fulerenos valeu o
Nobel aos pesquisadores, em 1996. E animou o ramo dos alótropos de carbono: hoje
há milhares de pesquisadores trabalhando com uma outra forma inusitada de
carbono, os nanotubos. Imagine que uma daquelas conhecidas "folhas" de grafite é
enrolada na forma de um tubo. Ora, um nanotubo é mais ou menos isso, podendo ser
de parede simples, dupla ou múltipla, aberto ou fechado. Esses tubos são quase
unidimensionais (possuem um comprimento muito, muito superior à largura) e há
diversos protótipos de circuitos eletrônicos, dispositivos e materiais contendo
nanotubos. Os prognósticos de produtos para a área médica são muito interessantes.

Como se pode ver, o carbono, esse elemento tão conhecido da


humanidade, ainda reserva muitas surpresas para o futuro!!!

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