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ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


Técnicas Construtivas (2016.2)
Aula 06 – Estruturas de Concreto Armado
META
Conhecer técnicas construtivas para estruturas em concreto armado

OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
- Reconhecer o processo executivo do sistema de fôrmas e armação;
- Reconhecer sistemas estruturais em concreto armado;
PROGRAMAÇÃO:

1.0 – FÔRMAS
1.1 – Definições
1.2 – Classificação
1.3 – Processo construtivo
Fonte: http://www.ufrgs.br

2.0 – ARMAÇÃO
2.1 – Definições
2.2 – Processo construtivo

3.0 – SISTEMAS ESTRUTURAIS


3.1 – Definições
3.2 – Pré-moldados
3.3 – Moldados no local

Fonte: http://centralpremoldados.com.br
1.0 FÔRMAS

Técnicas Construtivas
1.1 Definições

A fôrma pode ser considerada como o conjunto de componentes cujas


funções principais são:

 dar forma ao concreto (molde);


 conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência
suficiente para se sustentar por si só;

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 proporcionar à superfície do concreto a textura requerida.

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Um sistema de fôrmas é o conjunto de materiais e equipamentos que
são utilizados para concebê-las e executá-las.
Fonte: http://estruturas-m5b.blogspot.com.br/2014_04_01_archive.html

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Aula 06 – Superestrutura
1.2 Classificação

Técnicas Construtivas
As fôrmas podem ser identificadas de acordo com o material do qual são
compostas:

1. Integralmente de madeira; 2. Misto (madeira x metálico)

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Aula 06 – Superestrutura
1.2 Classificação

Técnicas Construtivas
3. Integralmente metálico 4. Plásticas

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Aula 06 – Superestrutura
1.2 Classificação

Técnicas Construtivas
5. Papelão

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Aula 06 – Superestrutura
1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
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1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.1 Fôrmas Pilares
a) Fabricação das fôrmas;

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1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.1 Fôrmas Pilares
a) Fabricação das fôrmas;

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Aula 06 – Superestrutura
1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.1 Fôrmas Pilares
b) Os eixos e gastalhos devem ser
marcados no dia seguinte à
concretagem da laje. Utilizar sempre a
mesma trena metálica;

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Aula 06 – Superestrutura
1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.1 Fôrmas Pilares
c) Passar desmoldante nas faces internas d) Após execução da armação, montar as
das fôrmas de pilar; faces laterais menores e a de fundo dos
pilares, pregando-as;

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1.3 Processo construtivo

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1.3.1 Fôrmas Pilares g) Nivelar as faces montadas, verificando
a abertura na base do pilar. Verificar o
e) Conferir o encontro das faces no topo prumo do conjunto;
do pilar com um esquadro metálico; h) Definir o nível final da concretagem do
f) Posicionar as barras de ancoragens; pilar.

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Aula 06 – Superestrutura
1.3 Processo construtivo
c) Lançar os fundos de viga a partir das

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1.3.2 Fôrmas Vigas e Lajes cabeças de pilares, apoiando-os
diretamente em algumas escorras do vão.
a) Fabricação das formas; O encaixe dos fundos de viga entre os
pilares deve ser perfeito. A presença de
b) Passar desmoldante nas formas de viga
folgas indica que os pilares não estão no
com pincel, broxa ou rolo;
prumo.

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1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.2 Fôrmas Vigas e Lajes

d) Nivelar os fundos de viga, tomando e) Posicionar os painéis laterais,


uma linha de náilon como referência, encostando-os na borda do painel de
posicionada entre os pilares; fundo;

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Aula 06 – Superestrutura
1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.2 Fôrmas Vigas e Lajes g) O nivelamento é feito ajustando-se a
altura das escoras.
f) Realizar a montagem do escoramento.
Pregar o assoalho nos sarrafos laterais h) Após aplicação da armação, travar as
das formas de viga. Nivelar os panos de laterais das vigas. Verificar a necessidade
laje e verificar a contra flecha; de deixar passagens para instalações;

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1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
j) Verificar o alinhamento dos painéis
1.3.2 Fôrmas Vigas e Lajes laterais das vigas, com auxílio de linha de
nylon;
i) Tratando-se de vigas de borda, é l) Posicionar as fôrmas plásticas e
necessário travar as escorras com mão- passagens para instalações, conforme
francesa ou tirantes; projeto.

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Aula 06 – Superestrutura
1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
ALGUNS CUIDADOS COM A SEGURANÇA
1.3.2 Fôrmas Vigas e Lajes

m) Realizar a limpeza de todo assoalho e


vigas. Verificar o ajuste das peças que
compõe o escoramento;

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1.3 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
1.3.2 Fôrmas Vigas e Lajes
n) Desforma e reescoramento;

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Aula 06 – Superestrutura
2.0 ARMAÇÃO

Técnicas Construtivas
2.1 Definições
Armadura passiva Qualquer armadura que não seja usada para
produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente alongada.

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Armadura ativa (de protensão) Constituída por barra, fios isolados
ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se
aplica um pré-alongamento inicial.

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Aula 06 – Superestrutura
1.1 Definições

Técnicas Construtivas
Concreto com armadura ativa pré-tracionada (protensão com aderência
inicial) Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura
ativa é feito utilizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes
do lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com
os referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a ancoragem
no concreto realiza-se só por aderência.

1ª FASE

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2ª FASE

3ª FASE

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Aula 06 – Superestrutura
1.1 Definições

Técnicas Construtivas
Concreto com armadura ativa pós-tracionada (protensão com aderência
posterior) Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura
ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como
apoios, partes do próprio elemento estrutural, criando posteriormente
aderência com o concreto de modo permanente, através da injeção das
bainhas.

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Aula 06 – Superestrutura
1.1 Definições

Técnicas Construtivas
Concreto com armadura ativa pós-tracionada sem aderência (protensão sem
aderência) Concreto protendido em que o pré-alongamento da
armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo
utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, mas não
sendo criada aderência com o concreto, ficando a armadura ligada ao
concreto apenas em pontos localizados.

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Aula 06 – Superestrutura
2.2 Processo construtivo

Técnicas Construtivas
 Execução de protensão não aderente

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
2º PASSO
Efetuar pintura de marcação
nas bainhas que serão
inseridas nas cordoalhas de
protensão para evitar
confusão na montagem.

l
1º PASSO 3º PASSO

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Preparo dos cabos, medindo Utilizando um estilete,
e cortando-os, conforme cortar a bainha do cabo de
especificado no projeto. pretensão antes do fazer a
pré-blocagem.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
5º PASSO
Iniciar a pré-blocagem. Esse
procedimento tem a função
de cravar a placa de
ancoragem em uma das
pontas do cabo.

l
4º PASSO 6º PASSO
Inserir o cabo identificador Introduza a ancoragem

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sobre o trecho em que foi passiva no cabo.
retirada a bainha.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
8º PASSO
Esticar bem o cabo.

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7º PASSO 9º PASSO
Encaixar as cunhas. Só então, ligar a bomba do

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macaco hidráulico para
travar a ancoragem. Ficar
atento à força necessária
para isso.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
11º PASSO
Após aplicação das formas e
da armadura passiva
inferior, fure a forma de
borda com furadeira no
local que irá receber a
ancoragem ativa.

l
10º PASSO 12º PASSO
Finalizada a fixação do Em seguida, prender a

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ancoragem passiva, o cabo ancoragem ativa na forma
está pronto para ser de borda. Amarrar com um
enrolado para transporte. arame.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
14º PASSO
Seguindo as determinações
do projeto, fazer aplicação
dos cabos, observando o
posicionamento dos cabos
em relação à laje, sobretudo
a altura.
13º PASSO

l
Desenrolar o cabo sobre a 15º PASSO
forma onde será concretada Retirar a bainha plástica da

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a laje, começando da extremidade ativa e
extremidade passiva em conectar o cabo na
direção à extremidade ativa. ancoragem.
Lembrar que a ancoragem
ativa é a que será
pretendida. Já a passiva, fica
sob a concretagem.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
17º PASSO
Uma vez fixada a ancoragem
ativa, prender a ancoragem
passiva na forma com
arame.

16º PASSO

l
Permitir que um mínimo de 18º PASSO
30 cm de cordoalha Colocar as cadeiras de apoio

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transpasse a forma da borda dos cabos nos locais
para que se possa fazer a determinados.
pretensão. Dar um nó com
arame para fixar o cabo na
posição certa da ancoragem.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
20º PASSO
Aguardado o tempo de cura
do concreto, medir o
alongamento da cordoalha.
Para isso, use um gabarito
de madeira e tinta spray de
secagem rápida para
19º PASSO estabelecer a referência

l
Depois de todos os cabos para as medições. 21º PASSO
estarem devidamente É importante que tanto o

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posicionados, poderá ser macaco, quanto o
iniciada a concretagem. manômetro da bomba
Tomar cuidado para que os nunca sejam separados. Isso
cabos não sejam deslocados porque cada macaco e
durante o lançamento do manômetro são calibrados
concreto. em conjunto.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
23º PASSO
Cravar as cunhas e
protender com a pressão
requerida conforme gráfico
de aferição fornecido pela
empresa de pretensão.

l
22º PASSO 24º PASSO
Com cuidado, insira o par de Em seguida, remover o

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cunhas lado a lado dentro macaco de protensão da
da placa de ancoragem cordoalha. Medir e registrar
ativa. As cunhas devem ser o alongamento comum a
espaçadas igualmente e tolerância de ± 3 mm.
inseridas dentro da
cavidade da placa de
ancoragem.

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Aula 06 – Superestrutura
 Execução de protensão não aderente

Técnicas Construtivas
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25º PASSO
Submeter os registros de pressões, alongamentos e
respectivos desvios percentuais ao responsável
pela obra ou ao projetista estrutural. Só depois de
obter aprovação, corte a cordoalha com um
maçarico. O corte precisa ser feito de forma a
permitir o devido cobrimento da armação.

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3.0 SISTEMAS ESTRUTURAIS

Técnicas Construtivas
3.1 Definições

Elementos estruturais → são peças que compõem uma estrutura geralmente com
uma ou duas dimensões preponderantes sobre as demais (vigas, lajes, pilares etc).

Vigas → Elementos lineares em que a flexão é preponderante.


Pilares → Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que
as forças normais de compressão são preponderantes.

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Placas → Elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações normais a

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seu plano. As placas de concreto são usualmente denominadas lajes.

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Técnicas Construtivas
3.1 Definições
Sistema estrutural → É o modo como pode ser arranjado os elementos
estruturais.

Concreto armado → É obtido por meio da associação


entre concreto simples e armadura convenientemente
colocada (armadura passiva), da tal modo que ambos
resistam solidariamente aos esforços solicitantes.

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Concreto protendido → É obtido por
meio da associação entre concreto
simples e armadura ativa – aplica-se uma
força na armadura antes da atuação do
carregamento na estrutura.

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3.2 Pré-moldados

Técnicas Construtivas
 Laje pré-fabricada com vigotas treliçadas (LT)
São compostas de elementos pré-fabricados, constituídos de treliças
eletrossoldadas como armadura na formação da seção estrutural, entre as
quais são utilizados blocos de material leve.

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3.2 Pré-moldados

Técnicas Construtivas
 Laje pré-fabricada com vigotas do tipo trilho

Laje pré-fabricada com vigotas de Laje pré-fabricada com vigotas de

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concreto armado (LC). concreto protendido (LP).

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3.2 Pré-moldados

Técnicas Construtivas
 Lajes pré-fabricadas em painéis

Painéis vazados Painéis nervurados

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Laje alveolar em concreto protendido Painel nervurado duplo T

Painéis treliçados e painéis protendidos

Laje maciça com pré-laje treliçada

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3.3 Moldados no local

Técnicas Construtivas
O pavimento moldado no local pode ser composto por uma única laje (maciça
ou nervurada), sem vigas ou por um conjunto de lajes, maciças ou
nervuradas, apoiadas em vigas.

No caso de estruturas de concreto,as normas brasileiras mais importantes

l
são:

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NBR 6118 : projeto de estruturas de concreto – Procedimento;
 NBR 6120 : cargas para cálculo de estruturas de edificações – Procedimento;
 NBR 8681 : ações e segurança nas estruturas – Procedimento;
 NBR 14931 : execução de estruturas de concreto – Procedimento.

NBR 14931

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3.3 Moldados no local

Técnicas Construtivas
 Laje maciça

Lajes maciças são aquelas em que toda espessura da laje é composta por
concreto. Podem ser de concreto armado ou concreto protendido.

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3.3 Moldados no local

Técnicas Construtivas
 Laje nervurada
Segundo a NBR 6118/14, o item 14.7.7, define laje nervurada como “as lajes moldadas
no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos
está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”.

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3.3 Moldados no local

Técnicas Construtivas
VANTAGENS E DESVANTAGENS

Vantagens

• Menor peso próprio;


• Menor consumo de concreto;
• Redução de formas;
• Maior capacidade de vencer grandes vãos;
• Podem ser construídas com a mesma tecnologia empregada

l
nas lajes maciças.
Lajes nervuradas

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Desvantagens

• Normalmente aumenta a altura total da edificação;


• Construção com maior número de operações na montagem;
• Maiores cuidados na concretagem para evitar vazios entre as nervuras.
• Dificuldade na fixação dos elementos de enchimento, possibilitando a movimentação dos
mesmos durante a concretagem
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FIM

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