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Teorias da

administração

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, o que compromete a
Administrador do passado
versus administrador do
Terceiro Milênio

Concepções clássicas da
Administração …

Como consequência da Revolução


Industrial, segundo Chiavenato
(2003), houve um crescimento
desordenado e caótico das empresas.
Os recursos eram mal aproveitados e
desorganizados, portanto havia a
necessidade de aumento da
eficiência e de substituição do
empirismo por métodos científicos,
que assim poderiam ser
comprovados por cientistas.

Esse contexto foi propício para que


surgissem quase paralelamente as
escolas pioneiras da Administração: a
Administração Científica e a Teoria
Clássica. O fundador da
Administração foi o engenheiro
americano Frederick Winslow Taylor
(1856-1923). De acordo com
Chiavenato (2003), Taylor identificou
três males nas indústrias (vadiagem
sistemática, desconhecimento pela
gerência do trabalho dos operários e
falta de uniformidade dos métodos de
trabalho). Para solucionar esse
problema, Taylor propôs a
Organização Racional do Trabalho
(ORT), que se propõe a buscar a mais
rápida e eficiente forma de se
executar uma tarefa, substituindo
assim a observação de companheiros
vizinhos, o que levava a diversas
formas de execução.

Quase paralelamente à Administração


Científica, surgiu a Teoria Clássica de
Henri Fayol (1841-1925). Ao contrário
de Taylor, que deu ênfase às tarefas,
Fayol, por ter sido um homem de
cúpula de grandes empresas,
acreditava que a melhor forma para
se atingir a eficiência era garantir a
correta disposição dos órgãos
componentes. Para que as
organizações conseguissem dispor a
organização da melhor maneira
possível e, consequentemente, atingir
a eficiência máxima, Fayol
estabeleceu as funções básicas do
administrador e da empresa, os
elementos e princípios da
Administração.

Apesar de serem utilizados por


alguns como sinônimos, existem
pontos de divergências muito
marcantes entre a Administração
Científica de Frederick Taylor e a
Teoria Clássica de Henri Fayol.
Segundo Chiavenato (2003),
enquanto Taylor deu ênfase à tarefa,
Fayol deu foco à estrutura. Taylor se
preocupou com a Organização
Racional do Trabalho (ORT), que, por
meio da análise do trabalho e estudo
dos tempos e movimentos, do estudo
da fadiga humana, da padronização
dos métodos e da especialização do
trabalho, buscava as condições que
permitissem ao operário produzir
com o máximo de eficiência.

Por outro lado, Fayol enfatizou a


estrutura, dividindo a organização em
cinco funções (técnica, comercial,
financeira, de segurança, contábil e
administrativa), definindo os
dezesseis deveres dos gerentes, os
quatorze princípios gerais da
Administração e os cinco elementos
da Administração (POCCC). É preciso
também ressaltar os pontos de
convergências entre as duas teorias
da Abordagem Clássica, como: a
concepção de homo economicus,
segundo a qual as vantagens
financeiras são os únicos fatores
motivadores e o mesmo objetivo
(máxima eficiência).

De acordo com Chiavenato (2003), a


Teoria das Relações Humanas (TRH)
surgiu no segundo período de Taylor,
mas só ganhou importância com a
crise econômica mundial de 1929. A
TRH surgiu como uma resposta
esperada ao completo desprezo dos
aspectos humanos pela Abordagem
Clássica e foi bastante influenciada
pela Psicologia, uma ciência humana
emergente na época. A grande
impulsora da TRH foi a experiência de
Hawthorne, uma experiência realizada
pelo Conselho Nacional de Pesquisas
na fábrica de Hawthorne da Western
Eletric Company.

O comandante da experiência foi o


cientista social australiano Elton
Mayo, que, para muitos, é o principal
representante da TRH. A experiência
foi dividida em quatro fases e suas
principais conclusões foram: a
enorme relevância da integração
social para a produtividade, a
importância dos grupos sociais e do
conteúdo do cargo. A principal
contribuição da TRH foi a agregação
de novos conceitos, como:
motivação, liderança e comunicação.
De acordo com Chiavenato (2003, p.
254-255), na teoria administrativa, a
abordagem estruturalista surgiu com
o crescimento das burocracias, em
uma perspectiva de análise que vai
além dos fenômenos internos da
organização, visão pela qual as
escolas de até então se restringiam.

Para Motta, essa abordagem sintetiza


as teorias clássicas e as de relações
humanas, porém ganhando novas
dimensões que envolvem todas as
variáveis da organização. Como
afirma Chiavenato (2003), Max Weber
foi o primeiro teórico dessa
abordagem, que, em uma análise
voltada para a estrutura, acreditava
que a burocracia era a organização
por excelência. Segundo Motta (1975,
p. 46), a preocupação de Weber está
na racionalidade, entendida como a
adequação dos meios aos fins. E uma
organização é racional quando é
eficiente. Assim, para Weber, a
burocracia era a forma mais eficiente
de uma organização. Max Weber
descreveu um tipo de estrutura
burocrática, acreditando que era
comum à maioria das organizações
formais.

No entanto, como ressalta Maximiano


(2000), Weber não definiu um modelo-
padrão para ser aplicado, apenas
esquematizou as principais
características da burocracia
existente. Weber, como citado em
Maximiano (2000, p. 88), ao
sistematizar seu estudo da
burocracia, começa com a análise
dos processos de dominação ou
autoridade. Para Weber, “a autoridade
é a probabilidade de haver obediência
dentro de um grupo determinado”. Ele
distinguia três tipos de sociedade e
autoridade, descritas a seguir.

De acordo com Chiavenato (2003, p.


258-262), na sociedade tradicional,
predominavam características
conservacionistas, patriarcais e
patrimonialistas; a autoridade que a
preside é dita tradicional, na qual a
obediência é justificada pela tradição,
pelo hábito ou pelo costume. Na
sociedade carismática (partidos
políticos, grupos revolucionários,
nações em revolução), onde
geralmente existem características
místicas, arbitrárias e personalísticas;
a autoridade (carismática) que a
preside é justificada pela influência
de um líder detentor de qualidades
que o destacam.

As sociedades burocráticas (as


grandes empresas, os estados
modernos, os exércitos) são
caracterizadas por predominarem
normas impessoais racionalmente
definidas; o tipo de autoridade
(burocrática, legal ou racional) é
justificado pela técnica, pela justiça
na lei e pela meritocracia. De acordo
com Chiavenato (2003, p. 266-267), a
burocracia, segundo Weber, traz
consigo diversas vantagens.
Primeiramente, devido à sua
racionalidade, o que significa dizer
que procura os meios mais eficientes
para atingir as metas da organização.
A precisão com que cada cargo é
definido proporciona o conhecimento
exato de cada responsabilidade.
Como as atividades são organizadas
em rotinas e realizadas
metodicamente, e,
consequentemente, tornam-se
previsíveis, acaba por conduzir à
confiabilidade entre as pessoas,
evitando, assim o atrito entre elas.

A rapidez nas decisões é obtida pela


tramitação de ordens e papéis e pela
uniformidade de rotinas e
regulamentos, que colaboram para a
redução de erros e custos. A
facilidade de substituição daquele
que é afastado e os critérios de
seleção apenas por competência
técnica garantem a continuidade do
sistema burocrático e este último
evita o nepotismo. O trabalho é
profissionalizado, assim os
funcionários são treinados e
especializados pelo seu mérito,
trazendo benefícios para as
organizações.

Como descrito por Chiavenato (2003,


p. 268), o tipo ideal de burocracia
weberiana tinha como uma das
características a previsibilidade do
seu funcionamento, contribuindo para
a obtenção de maior eficiência
organizacional. Porém, autores como
Merton encontraram limitações na
obra de Weber, partindo para uma
análise crítica da realidade descrita
por ele. Para Merton, não existe uma
organização completamente racional,
como proposto por Weber. Até
porque o tipo ideal de burocracia
tendia a ser modificado pelos
homens. Merton notou que a
burocracia leva também a
consequências imprevistas, que
conduzem às ineficiências e às
imperfeições e estas, por sua vez, são
enfatizadas e exageradas pelos
leigos.
A esse fenômeno, Merton denomina
de disfunções da burocracia, que
serão descritas a seguir, segundo
Chiavenato (2003), como
internalização das regras e apego aos
regulamentos, excesso de
formalismo e de papelório, resistência
às mudanças, dificuldade no
atendimento a clientes e conflitos
com o público.

Concepções contemporâneas
da Administração

A Teoria Estruturalista, assim como a


Teoria da Burocracia, faz parte
também da abordagem estruturalista.
O enfoque da teoria estruturalista é a
estrutura e o ambiente, assim, de
acordo com Chiavenato (2003), essa
teoria trouxe uma importante ruptura
com relação às anteriores. Ela mostra
a organização como sendo um
sistema aberto que se relaciona com
o ambiente e com outras
organizações. A Teoria Estruturalista
baseia-se no conceito de estrutura,
que é um todo composto por partes
que se inter-relacionam. Portanto, o
todo é maior do que a simples soma
das partes. O que significa que os
sistemas organizacionais não são a
mera justaposição das partes.

De acordo com Chiavenato (2003),


essa teoria caracteriza-se por sua
múltipla abordagem, englobando em
sua análise a organização formal e
informal, recompensas materiais e
sociais e, entre outros, reconhece os
conflitos organizacionais, ditos como
inevitáveis. Por fim, os estruturalistas
fazem uma análise comparativa entre
as organizações, propondo tipologias,
como a de Etzione (1980), que se
baseia no conceito de obediência, e a
de Blau e Scott (1970), que se baseia
no conceito de beneficiário principal.
A Teoria Comportamental, segundo
Chiavenato (2003), surgiu como
decorrência da Teoria das Relações
Humanas, porém ela se posiciona de
forma crítica em relação a esta,
rejeitando as concepções ingênuas e
românticas. A Teoria
Comportamental deixou uma nova
compreensão das organizações.
Tendo como ênfase as pessoas,
busca soluções democráticas e
flexíveis para os problemas da
gestão. Os principais estudos dessa
teoria foram a teoria de Maslow e a
teoria de Herzberg. Porém, o estudo
comparativo de Likert também foi
importante para a teoria
comportamental.

Likert, segundo Chiavenato (2003),


propõe um esquema no qual ele
relaciona modelos de organizações,
como podendo ser: Autoritário
Coercitivo, Autoritário Benevolente,
Consultivo e Participativo. O Sistema
de Administração de Likert pode ser
relacionado com as teorias X e Y de
McGregor. Assim, o Sistema
Autoritário Coercitivo corresponderia
à teoria X, que analisa as pessoas
como sendo preguiçosas e
indolentes, que evitam o trabalho e as
responsabilidades. O Sistema
Participativo corresponderia à Teoria
Y, que parte de uma visão mais
positiva do homem.

A Teoria Geral dos Sistemas (TGS)


teve início com os estudos do biólogo
alemão Ludwig von Bertalanffy, que
definiu o conceito de sistema aberto.
A TGS revolucionou o estudo de
diversas ciências como:
Administração, Astronomia,
Economia, Sociologia. Foi uma
tentativa de criar uma unificação
científica. Em Chiavenato (2003), são
expostos vários conceitos acerca do
significado de sistema, mas, em
síntese, sistema é um conjunto de
partes interdependentes que formam
um todo integrado. Cada integrante
do sistema teria comportamento
diferente, caso atuasse isoladamente.

Segundo Chiavenato (2003), os


sistemas podem ser classificados em
dois aspectos, constituição e
natureza. Quanto à constituição,
podem ser concretos ou abstratos.
Os sistemas concretos são aqueles
compostos por aparelhamentos,
maquinaria e objetos reais. São
denominados hardware. Os sistemas
abstratos são os conceitos, ideias.
Estão ligados ao conceito de
software. Quanto à natureza, os
sistemas podem ser classificados em
abertos e fechados. Os sistemas
fechados são totalmente
desintegrados com o meio externo.
Como não existem sistemas desse
tipo, o termo é mais usado para se
referir a sistemas com
comportamento determinístico. Por
outro lado, o sistema aberto tem
comportamento probabilístico e
recebe influência ao mesmo tempo
em que influencia o meio externo,
pois apresenta relação de
intercâmbio com o ambiente no qual
está inserido, por meio de inúmeras
entradas e saídas. Por isso, os
sistemas abertos são adaptativos,
reajustando-se constantemente ao
meio.

Segundo Chiavenato (2003), na Teoria


Contingencial há um deslocamento
da visão de dentro pra fora da
organização, pois há a ênfase no
ambiente externo e nas demandas
ambientais sobre a dinâmica
organizacional. Para essa teoria, o
que determina as mudanças na
organização são as condições
ambientais, pois no ambiente estão
as explicações das características
organizacionais. Dessa forma, tudo
depende das características
ambientais importantes para a
organização. Chiavenato (2003)
afirma que a Teoria da Contingência
surgiu através de várias pesquisas
para a verificação dos modelos de
estruturas organizacionais das
empresas mais eficazes para
determinados tipos de indústrias. As
cinco pesquisas que se destacam
são: Chandler, sobre a estratégia e
estrutura organizacional; Burns e
Stalker, sobre organizações
mecanísticas e orgânicas; Emery e
Trist, sobre os contextos ambientais;
Lawrence e Lorsch, sobre o
defrontamento organização versus
ambiente; e Woodward, sobre
organização e tecnologia.

Referências
•CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à
teoria geral da administração: uma
visão abrangente da moderna
administração das organizações.
Revisada e atualizada. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.

•MAXIMIANO, Antônio C. Teoria geral


da administração: da escola científica
a competitividade em economia
globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.

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