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Capítulo 7
MLP: Codificação, Recuperação e Consolidação

Algumas Perguntas Que Vamos Considerar
• Qual é a melhor maneira de armazenar informações na memória de

longo prazo?
• Como os resultados de pesquisas sobre a memória podem ser usados
para criar técnicas de estudo mais eficazes?
• Quais são algumas técnicas que podemos usar para ajudar a remover
informações da memória de longo prazo quando precisamos?
• Como é possível que uma vida inteira de experiências e conhecimento
acumulado possa ser armazenada em neurônios?
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Inserindo Informações na MLP
• Codificação: o processo de aquisição de informações e transferência

para a MLP
• Recuperação: incorporar informações à consciência, transferindo-as da
MLP para a memória de trabalho
• Ensaio de manutenção
– Repetição de estímuo que mantém a informação, mas não a transfere
para a MLP
• Ensaio elaborativo
– Using meanings and connections to help transfers information to LTM
Teoria dos Níveis de Processamento (1 de 2)
• A memória depende de como a informação é codificada

• Profundidade do processamento
– Processamento superficial
 pouca atenção ao significado
 foca características físicas
 memória fraca
– Processamento profundo
 atenção cuidadosa e ensaio elaborativo
 memória melhor
Teoria dos Níveis de Processamento (2 de 2)
Figura 7.1 (a) Sequência de eventos no experimento de Craik e Tulving

(1975). (b) Resultados desse experimento. O processamento mais profundo
(pergunta do tipo preencher espaços em branco) está associado a melhor
memória.
Outros Fatores Que Ajudam na Codificação
• Formar imagens visuais

• Efeito de autorreferência
• Efeito de geração
• Organizar informações
• Relacionar palavras a valores de sobrevivência
• Prática de recuperação
Figura 7.2 Resultados do experimento de Bower e
Winzenz (1970). Os participantes do grupo repetição
falaram pares de palavras outra vez. Os participantes
do grupo de imagens formavam imagens
representando os pares.
Organização, Compreensão e Memória (1 de 2)
• Bransford e Johnson (1972)

• Apresentaram informações difíceis de compreender
– O Grupo Experimental 1 via a imagem que ajudava a explicar a
informação antes de lê-la
– O Grupo Experimental 2 viu a imagem depois de ler o trecho
– O Grupo de Controle não viu a imagem
• O Grupo 1 se destacou em relação aos outros
– A capacidade de lembrar o material depende de como esse material é
programado na mente
Organização, Compreensão e Memória (2 de 2)
Figura 7.6 Figura usada por Bransford e Johnson (1972) para ilustrar o
efeito da organização na memória.
Efeito da Prática de Recuperação
• Experimento de Karpicke e Roediger (2008) com pares de palavras

– Grupo 1: estudou e testou todas as palavras/sessões
– Grupo 2: estudou apenas palavras que faltaram em testes anteriores;
testaram todas as palavras
– Grupo 3: estudou todas as palavras; testou apenas em palavras faltantes
em testes anteriores
• O desempenho do Grupo 3 foi menor que o dos Grupos 1 e 2
– Mostra que testar a memória de recuperação pode aprimorar a memória.
Projeto e resultados do experimento de Karpicke e Roediger
(2008)
Recuperando Informação da MLP (1 de 2)
• Recuperação: processo de transferir informação da MLP para a memória

de trabalho (consciência)
– A maior parte das nossas falhas de memória são falhas de recuperação
Recuperando Informação da MLP (2 de 2)
• Dicas de recuperação:
– A maior parte das nossas falhas de memória são
falhas de recuperação
– Dica apresentada para auxiliar a recordação
– Desempenho melhorado com a recordação livre
– Dicas de recuperação são mais eficazes quando
criadas por pessoas que as usam
Figura 7.7 Resultados do experimento feito por Mantyla
(1986). A memória era melhor quando as dicas de recuperação
eram criadas pelo participante (barra no canto superior), e não
tão boa quando as dicas de recuperação eram criadas por
outra pessoa (barra no meio). Participantes de controle que
tentavam adivinhar as palavras com base em dicas de
recuperação geradas por outra pessoa se saíram mal (barra no
canto inferior). Goldstein, Cognitive Psychology, 5 Edition. © 2019 Cengage. All Rights Reserved. May not be scanned, copied or
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Especificidade de Codificação (1 de 2)
• Aprendemos informações juntamente com seus contextos

• “Experimento com mergulhadores” de Baddeley (1975)
– A melhor recordação acontecia quando a codificação e a recuperação
ocorriam no mesmo local
Especificidade de Codificação (2 de 2)
Figura 7.8 Projeto e resultados para (a) o

experimento com “mergulhadores” de Godden e
Baddeley (1975); (b) experimento de “estudo” de
Grant et al. (1998); (c) o experimento de “humor”
de Eich e Metcalfe (1989). Os resultados de cada
situação de teste são indicados pelo número
diretamente sob essa situação. As cores
correspondentes (verde-claro a verde-escuro e
laranja-claro a laranja-escuro) indicam situações
nas quais as condições de estudo e teste se
correlacionavam. Esta figura está disponível, em
cores, no suplemento colorido, ao final do livro.
Aprendizagem Dependente de Estado
• Aprendizagem que está associada a um determinado estado interno

– A memória será melhor quando o estado interno de uma pessoa durante a
recuperação corresponde ao estado interno da pessoa durante a
codificação
Correspondendo a Tarefa Cognitiva
• Processamento apropriado para transferência
– O desempenho de recuperação dos
participantes dependia de a tarefa de
recuperação corresponder à tarefa de
codificação
• Morris e colaboradores (1977)
Figura 7.9 Projeto e resultados para o experimento de
Morris et al. (1977). Os participantes que realizavam uma
tarefa de codificação baseada em rima se saíram melhor
no teste de rima do que os participantes que realizavam
uma tarefa de codificação baseada em significado. Esse
resultado não seria previsto pela teoria dos níveis de
processamento, mas é previsto pelo princípio de que uma
melhor recuperação ocorre se as tarefas de codificação e
recuperação são correlacionadas.
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Consolidação (1 de 3)
• Transforma novas memórias a partir de um estado frágil em um estado

mais permanente
– Consolidação sináptica: rápida, ocorre nas sinapses
– Consolidação de sistemas: gradual, reorganização de circuitos neurais
Figura 7.11 Consolidação sináptica e de sistemas. (a) A consolidação

sináptica envolve alterações nas sinapses. (b) A consolidação de sistemas
envolve a reorganização das conexões neurais e ocorre em um período de
tempo mais longo.
• Müller e Pilzecker (1900)

Figura 7.10 Procedimento para o
experimento de Muller e Pilzecker. (a) Na
situação imediata (sem atraso), os
participantes usavam a primeira lista (1) e
então aprendiam imediatamente a segunda
lista (2). (b) Na situação de atraso, a
segunda lista era aprendida após um atraso
de 6 minutos. Os números à direita indicam
a porcentagem de itens da primeira lista
recuperados quando a memória dessa lista
foi testada posteriormente.
Consolidação Sináptica (1 de 2)
• Hebb (1948)
– Aprendizagem e memória são representados no cérebro por alterações
fisiológicas que ocorrem na sinapse
– Registro neural da experiência
• Potenciação de longo prazo (LTP)
– Disparo aprimorado dos neurônios após estimulação repetida
– Mudanças estruturais e respostas aprimoradas
Consolidação Sináptica (2 de 2)
Figura 7.12 O que acontece em uma sinapse quando (a) um estímulo é

apresentado pela primeira vez. O registro próximo ao eletrodo indica a taxa de
disparo registrada do axônio do neurônio B. (b) À medida que o estímulo é repetido,
alterações estruturais começam a ocorrer. (c) Após muitas repetições, conexões
mais complexas desenvolveram-se entre os dois neurônios, o que causa aumento
na taxa de disparo, embora o estímulo seja o mesmo que foi apresentado em (a).
Consolidation de Sistemas
• O modelo padrão de consolidação
– Após a codificação, a atividade do
hipocampo enfraquece com o tempo
Figura 7.13 Sequência de eventos que ocorrem durante a
consolidação, de acordo com o modelo padrão de
consolidação. (a) As conexões entre o córtex e o
hipocampo (azul) são inicialmente fortes e as conexões
entre as áreas corticais são fracas (tracejado em verde). A
atividade entre o hipocampo e o córtex chama-se
reativação. (b) Conforme o tempo passa, as conexões
entre o hipocampo e o córtex enfraquecem (tracejado em
azul) e as conexões entre as áreas corticais se tornam
mais fortes (verde). (c) Com o tempo, apenas conexões
intercorticais permanecem. Esta figura está disponível,
em cores, no suplemento colorido, ao final do livro.
Perda de Memória Causada Por Lesão (1 de 2)
• O modelo padrão baseava-se parcialmente em observações de perda de

memória causada por trauma ou lesão
• Amnésia retrógrada: perda de memória por eventos que ocorreram antes
da lesão
• Amnésia graduada: a amnésia tende a ser mais grave para eventos que
aconteceram imediatamente antes da lesão e se tornar menos grave
durante eventos anteriores
Perda de Memória Causada Por Lesão (2 de 2)
Figura 7.14 Amnésia anterógrada é a amnésia para eventos que ocorrem após
uma lesão (a incapacidade de formar novas memórias). A amnésia retrógrada é a
amnésia para eventos que aconteceram antes da lesão (a incapacidade de
lembrar informações do passado). As linhas verticais, que simbolizam a
quantidade da amnésia retrógrada, indicam que a amnésia é mais grave para
eventos ou aprendizagem que estavam mais próximos no tempo que levaram à
lesão. Essa é a natureza gradativa da amnésia retrógrada.
Consolidação de Sistemas (1 de 2)
• Modelo de consolidação de múltiplos traços

– O hipocampo é ativado durante a recuperação de memórias recentes e
remotas (Gilboa e colaboradores, 2004)
– Resposta ao hipocampo pode mudar com o tempo (Viskontas e
colaboradores, 2009)
Consolidação de Sistemas (2 de 2)
• Modelo de processo de múltiplos traços

Figura 7.15 Sequência de eventos que
ocorrem durante a consolidação, de acordo
com o modelo de consolidação de múltiplos
traços. (a) Como com o modelo padrão, as
conexões entre o hipocampo e o córtex são
inicialmente fortes (azul) e as conexões
intercorticais são fracas (linhas tracejadas
verdes). (b) Com o passar do tempo, as
conexões intercorticais se fortalecem (verde) e
as conexões hipocampo-corticais permanecem.
Esta figura está disponível, em cores, no
suplemento colorido, ao final do livro.
Consolidação e Sono
• Embora o processo de reativação associado à consolidação possa

começar assim que a memória é formada, ele é particularmente forte
durante o sono (Gais e colaboradores, 2006)
– Uma das razões: dormir elimina estímulos ambientais que podem interferir
na consolidação
• algumas memórias são mais consolidadas do que outras (Wilhelm e
colaboradores, 2011)
– A memória por tarefa era mais forte do que quando os participantes
esperavam ser testados após acordarem
Reconsolidação: A Dinâmica da Memória
• Memórias recuperadas se tornam frágeis e são novamente consolidadas

→ reconsolidação
• Nader e colaboradores (2000): experimento com camundongos
• Hupbach e colaboradores (2007): experimento de reconsolidação com
humanos
• A memória é um “trabalho em andamento” e está constantemente sendo
construída e remodelada em resposta a novas situações de
aprendizagem e mudança
Reconsolidação e TEPT
• O distúrbio de estresse pós-traumático causa graves danos emocionais

em resposta a memórias traumáticas
• Brunet e colaboradores (2008)
– Participantes reativaram uma memória traumática
– Medicamento administrado para bloquear a ativação dos receptors de
hormônio do estresse na amídala durante a reconsolidação da memória
– Reativação posterior da mesma memória demonstrou respostas mais
baixas de estresse
Memória e Eficácia do Estudo
• Elaborar—associar o que está aprendendo com o que você já aprendeu

• Gerar questões e autotestar-se
• Fazer pausas
– Efeito de espaçamento: a memória é melhor para múltiplas sessões curtas
de estudo
– Consolidação é aprimorada ao dormir após os estudos
• Evite as “illusões de aprendizagem”
– Familiaridade não é o mesmo que compreensão

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Capítulo 7

MLP: Codificação, Recuperação e Consolidação

• Qual é a melhor maneira de armazenar informações na memória de

• Codificação: o processo de aquisição de informações e transferência

• A memória depende de como a informação é codificada

Figura 7.1 (a) Sequência de eventos no experimento de Craik e Tulving

• Formar imagens visuais

• Bransford e Johnson (1972)

• Experimento de Karpicke e Roediger (2008) com pares de palavras

• Recuperação: processo de transferir informação da MLP para a memória

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• Aprendemos informações juntamente com seus contextos

Figura 7.8 Projeto e resultados para (a) o

• Aprendizagem que está associada a um determinado estado interno

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• Transforma novas memórias a partir de um estado frágil em um estado

Figura 7.11 Consolidação sináptica e de sistemas. (a) A consolidação

• Müller e Pilzecker (1900)

Figura 7.12 O que acontece em uma sinapse quando (a) um estímulo é

• O modelo padrão baseava-se parcialmente em observações de perda de

• Modelo de consolidação de múltiplos traços

• Modelo de processo de múltiplos traços

• Embora o processo de reativação associado à consolidação possa

• Memórias recuperadas se tornam frágeis e são novamente consolidadas

• O distúrbio de estresse pós-traumático causa graves danos emocionais

• Elaborar—associar o que está aprendendo com o que você já aprendeu

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