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V2.5
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As informações no presente documento não têm nenhuma intenção de substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico. Sempre procure
aconselhamento médico ou de outro profissional da saúde qualificado para responder suas dúvidas a respeito de problemas de saúde, ou antes de dar início a
qualquer programa de condicionamento físico. Todos os direitos reservados. Impresso nos Estados Unidos da América em papel reciclado. É proibida a
reprodução ou transmissão de qualquer parte deste manual por qualquer método sem a prévia autorização por escrito do autor ou editora, salvo na inclusão de
citações breves em artigos ou análises.
Copyright 2019 Functional Movement Systems and Gray Cook.

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


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Índice
Avaliação do Curso............................................................................................................................................................. 7

Prefácio............................................................................................................................................................................... 9

Introdução............................................................................................................................................................................ 10

NDS...................................................................................................................................................................................... 11

Princípios do Movimento..................................................................................................................................................... 12

Guias da Triagem................................................................................................................................................................. 18

Deep Squat........................................................................................................................................................................... 20

Hurdle Step........................................................................................................................................................................... 24

Inline Lunge.......................................................................................................................................................................... 28

Shoulder Mobility................................................................................................................................................................ .36

Active Straight Leg Raise.................................................................................................................................................... 41

Trunk Stability Push Up..................................................................................................................................................... 45

Rotary Stability..................................................................................................................................................................... 49

Registrando a Pontuação do FMS......................................................................................................................................... 53

Melhor FMS.......................................................................................................................................................................... 56

Algorítmo das Estratégias Corretivas.................................................................................................................................... 57

Ciclo de Treinamento do FMS.............................................................................................................................................. 59

Exercício Corretivo do FMS................................................................................................................................................. 60

Exemplos de Estratégias Corretivas...................................................................................................................................... 62

Sinais de Trânsito.................................................................................................................................................................. 66

Anexo 1 – Testes de Controle Motor.................................................................................................................................. 72

Anexo 2- Folha de Pontuacao.............................................................................................................................................. 92

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Avaliação do Curso
Curso___________________Localidade ____________

Data____________________ Instrutores________________
Circule o número que melhor corresponde à sua resposta. A avaliação vai desde DISCORDO PLENAMENTE a CONCORDO PLENAMENTE.
Discordo plenamente Concordo plenamente

Programa
1. Os objetivos do curso ficaram claros. 1 2 3 4 5
2. O material foi apresentado de maneira organizada. 1 2 3 4 5
4. Os objetivos do curso foram cumpridos. 1 2 3 4 5
5. Foi apresentada evidência para respaldar o 1 2 3 4 5
material apresentado.
6. A experiência e observação pessoais foram as 1 2 3 4 5
principais fontes de informação.
7. Tenho certeza de que conseguirei usar as técnicas. 1 2 3 4 5

Palestrantes
1. Os palestrantes interagiram bem com os 1 2 3 4 5
participantes.
2. O conhecimento dos palestrantes sobre o assunto 1 2 3 4 5
era adequado.
3. As demonstrações foram utilizadas de maneira 1 2 3 4 5
eficaz.
4. Houve tempo suficiente para perguntas e 1 2 3 4 5
respostas.

Diversos
1. Qual era seu principal objetivo para participar deste o Sim o Um pouco o Talvez o Não
programa?
2. Você conseguiu cumprir com esse objetivo? o Sim o Um pouco o Talvez o Não

3. De modo geral, que nota daria ao curso que o Sim o Um pouco o Talvez o Não
acabou de concluir?
4. Houve promoção de algum produto comercial? o Sim o Um pouco o Talvez o Não

5. Caso afirmativo, você acredita que promover esse o Sim o Um pouco o Talvez o Não
produto era o único objetivo do curso?

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Prefácio
O sistema Functional Movement Systems (FMS) foi criado em 2001 para melhorar o escopo global do desempenho, preparo
físico, reabilitação e manejo do risco de lesões em indivíduos ativos. O intuito dos criadores do FMS era oferecer um sistema
mais adequado para ajudar os profissionais de medicina esportiva, preparo físico e fortalecimento e de condicionamento a
identificar disfunções no movimento, bem como melhorar a comunicação entre as profissões. Este processo teve início em
meados dos anos 1990 quando Gray sabia que, para poder criar a abordagem mais holística à reabilitação funcional, era preciso
primeiro observar os padrões de movimento fundamentais. Foi durante esse processo que ele começou a formular uma maneira
sistemática de avaliar os padrões de movimento, o que deu origem ao que agora é o sistema de Avaliação Funcional Seletiva do
Movimento (Selective Functional Movement Assessment, SFMA). Contudo, este processo de avaliação havia sido concebido
para ser usado em pacientes ou indivíduos que já estavam com dor; assim, a meta era então criar um processo de triagem que
permitiria que qualquer pessoa lidando com indivíduos ativos pudesse facilmente determinar um ponto de referência para os
movimentos fundamentais. Depois que os movimentos fundamentais eram observados, era possível tomar decisões mais bem
fundamentadas sobre a melhor maneira de aprimorar o plano de exercícios ou treinamento do indivíduo. O intuito era criar uma
abordagem mais proativa ao lidar com as disfunções no movimento; queríamos detectar disfunções no movimento e intervir tão
logo quanto possível. Foi este objetivo que nos permitiu, em última instância, criar a Triagem Funcional do Movimento.

Desde que este sistema foi inicialmente apresentado, as evidências têm continuado a sugerir que esta filosofia fundamental
deveria ser seguida para poder exercer o impacto mais significativo nos indivíduos ativos que estão procurando aprimorar seu
nível de preparo físico ou pacientes que estão tentando recuperar a função. A FMS continua a analisar dados, examinar pesquisas
e a reunir opiniões de profissionais, para que a evolução de nossa filosofia e mensagem possa ter continuidade. Estaremos
sempre fazendo todos os esforços possíveis para levar as mais recentes e melhores informações sobre o movimento aos
profissionais de preparo físico, médicos e de fortalecimento e condicionamento para que possamos melhorar as vidas das pessoas
com quem interagimos.

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Discordo plenamente Concordo plenamente

Equipe administrativa
1. Todo contato telefônico foi cortês e amistoso. 1 2 3 4 5
2. A equipe administrativa ajudou bastante e foi 1 2 3 4 5
informativa.

Acadêmico
1. Quais diplomas/cerificados você tem?
2. Qual é a fonte que o informou sobre este curso? o Site na internet o Um colega o Panfleto o Outro

Por último
1. Qual é a probabilidade de recomendar o curso a 1 2 3 4 5
outras pessoas?
2. Impressão geral do curso. 1 2 3 4 5

Em sua opinião, qual é a parte de mais valor deste curso?

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Apresentação
A Triagem Funcional do Movimento captura os movimentos fundamentais, o controle motor dentro dos padrões de movimento e a
competência dos movimentos básicos não complicados por habilidades específicas. Ela vai determinar as principais áreas de deficiência do
movimento, demonstrar as limitações ou assimetrias e, eventualmente, correlacioná-las com um resultado. Assim que você tiver encontrado a
principal assimetria ou deficiência, você pode usar outras triagens que são mais exatas, caso necessário.

A ideia original da triagem era demonstrar a qualidade do padrão de movimento por meio de um sistema de avaliação do movimento com
uma pontuação simples; ela não tem o intuito de diagnosticar ou medir o movimento articular isolado. A tentativa de medir isoladamente
representa uma grande injustiça ao padrão; o corpo é algo muito complexo para levar a sério movimentos isolados nas etapas iniciais da
triagem.

Este sistema foi desenvolvido para pontuar e classificar padrões de movimento em alunos do ensino médio, para tentar determinar quem
estava preparado para realizar atividades de nível superior na sala de musculação e no campo. Contudo, durante o processo de sintonização de
dois anos, descobrimos usos muito além da finalidade original pretendida e as informações que reunimos ao utilizá-lo ampliaram nosso
escopo de exercícios corretivos, treinamento e reabilitação. A triagem nos ensinou como usá-lo e nos ajudou a obter opiniões tempestivas e
valiosas, oriundas de nossas tentativas de corrigir os movimentos.

Nossa experiência coletiva veio de trabalharmos contra a triagem padrão, e não de modificar a triagem toda vez que as coisas ficaram
confusas ou inconvenientes. Modificamos o modo que examinamos os dados da triagem em muitas ocasiões, mas não modificamos a maneira
pela qual coletamos as informações. De certa forma, este trabalho representa nossa evolução, e não a evolução da triagem. A triagem esperou
por nós pacientemente até conseguirmos ver e compreender tudo o que ela estava nos proporcionando em troca de aproximadamente 10
minutos de nosso tempo.

O sistema FMS é formado por sete testes de movimento que exigem um equilíbrio entre mobilidade e estabilidade. Os padrões usados
proporcionam um desempenho observável de movimentos básicos de mobilidade e estabilidade, ao colocar seus clientes em posições onde as
fraquezas, desequilíbrios, assimetrias e limitações se tornam mais discerníveis por profissionais qualificados de saúde e preparo físico.

Quando os movimentos da triagem imitam os movimentos atléticos, isso é apenas coincidência. A triagem não é uma ferramenta de
treinamento, nem é uma ferramenta de competição. Ela é simplesmente um instrumento para pontuar e classificar os movimentos.

A utilidade da triagem vem de sua simplicidade, praticidade e capacidade de preencher uma lacuna no leque de ferramentas que usamos para
avaliar o desempenho e a resistência. Ela não tem o intuito de determinar por que um padrão de movimento disfuncional ou defeituoso existe.
Ao contrário, ela permite descobrir quais padrões são problemáticos. O sistema FMS expõe a disfunção ou a dor, ou ambas, dentro dos
padrões de movimento básicos.

Muitas pessoas conseguem realizar uma ampla gama de atividades, mas não conseguem executar de maneira eficiente os movimentos na
triagem. As pessoas com baixas pontuações nas triagens estão usando padrões de movimento compensatórios durante as atividades normais
Padrões de movimento não ideais estão sendo reforçados caso estas compensações continuem, o que dá origem a uma biomecânica deficiente
e possivelmente contribuindo para uma lesão futura.

O conhecimento público dos detalhes do sistema FMS é, na melhor das hipóteses, mínimo. Para apresentar seu cliente ao
processo, sugira que ele visite o site na internet do sistema Functional Movement Systems, no endereço
FunctionalMovement.com.

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Perspectiva Neural do Desenvolvimento


Levados pelo comportamento natural do Ser Humano, iniciamos a nossa trajetória de exploração do movimento no momento em que nascemos até
aproximadamente 3 anos de idade. Durante essa trajetória passamos por etapas chaves de desenvolvimento - Milestones- das habilidades mais fundamentais
como a respiração e o rolamento á posturas transicionais como ajoelhar-se até as posições em pé que facilitam a passada e locomoção. Isso permite que
possamos desenvolver níveis de habilidades de maior complexidade tendo como base as posturas e movimentos fundamentais. É esta progressão de
desenvolvimento que nos proporciona a linha de base do nosso movimento. Com isso mostramos que somos capazes de adaptar e ser resistente ao nosso
ambiente e estresses colocados em nós. É por esta razão que o FMS tem seu fundamento baseado nesta progressão de desenvolvimento além de usa-la como
referência e guia na triagem do movimento (FMS Screen) e com os padrões que exploramos durante as nossas estratégias corretivas.

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OS PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO
O Sistema Funcional do Movimento (Functional Movement Systems- FMS) é baseado em dez princípios descritos originalmente no livro –Movement- com
autoria do Gray Cook. Os mesmos são detalhes, diversos pontos de ação que podem ser usados como guia não só na observação do movimento mas como
também na sua triagem, avaliação, e tratamento. A filosofia do FMS pode ser identificada em 3 princípios distintos do movimento. Eles são simples, porem
abrangem em completo todos os aspectos do desenvolvimento físico. Os mesmos elevam o nosso conhecimento além de ser um guia para o nosso trabalho.

Principio 1 diz que primeiramente devemos nos movimentar bem, e depois com frequência. Afaste-se do seu cliente para que possa observa-lo por
completo. Evite de ficar muito perto ou focado em uma parte do teste. Posicione-se longe o suficiente para obter uma visão mais global do movimento.
Observe o movimento como um todo e deixe que os critérios do teste venham a tona.

▪ Principio 1 é o nosso “ Princípio Natural “.

▪ Procure o mínimo de qualidade antes de preocupar-se com quantidade.


Se movimentar-se bem é o padrão, movimentar-se com frequência é o resultado previsto.
▪ FMS acredita com firmeza que isto é a lição da vida que a natureza nos ensina; isso é visto nos animais e em indivíduos
saudáveis fisicamente e mentalmente.
▪ Nós temos que proteger esse primeiro princípio, independente do que diversas filosofias do mundo fitness pregam, já
que este princpio não funciona em reverso. Não é natural desenvolver capacidade fisica em cima de uma
incompetência (do movimento) . . . ao menos, na Natureza, isso não traz bons resultados.
▪ Você deve ter notado que nós inserimos esse princípio no logo do FMS. A falta do ponto final após a frase movimente-se
com frequência “move often” não foi um erro gramatical mas sim uma introspecção. O ponto final após a frase
movimente-se bem “move well” significa que nós precisamos de um “ biomarcador” antes de darmos início ao
desenvolvimento físico. O fato do ponto final não estar presente simboliza sustentabilidade.
▪ Movimentar-se bem facilita a nossa adaptação. Isso acontece da seguinte maneira: O mesmo nos proporciona
oportunidades para crescermos & desenvolvermos. Movimentar-se permite que mantenhamos contato com o nosso ambiente
além de ganharmos a oportunidade de explorar e de se expor ao movimento .
▪ Nós devemos nos movimentar bem o suficiente para o nosso corpo responder positivamente e com frequência para
adaptarmos. Movimentar-se bem permite que o nosso corpo responda apropriadamente aos estímulos do nosso
ambiente. O mesmo proporciona um Feeback que é essencial para o aprendizado progressivo do movimento. Movimentar-se
com frequência aumenta o nosso volume de carga ao decorrer do tempo o que permite que nossos padrões do
movimento e tecido conjuntivo se adaptem.

Princípio 2 nos direciona em proteger, corrigir, e desenvolver o movimento das pessoas que se encontram em
nosso cuidado.
▪ Princípio 2 é o “Princípio de Ética”.

▪ Guiados pelo Juramento de Hipócrates, primeirmante não fazer nenhum mal, e depois prosseguir em direção a
independência e sustentabilidade.
▪ Proteger refere-se em tomar uma precaução como por exemplo o profissional da saúde ajudando o seu paciente em
elliminar sua dor ou aconselha-lo de evitar certos padrões de movimentos e exercícios por conta da presença de dor ou
disfunções. Isso nos permite em ficar menos expostos á exercícios, atividades e práticas que possam reforçar ou
exarcebar a disfunção. Em alguns casos, essas medidas podem ser o suficiente para melhorar o padrão de movimento do
paciente ou aluno sem mesmo a prática de exercícios ou estratégias corretivas.

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Quando protegemos os nossos alunos logo de início isso traz uma mudanca de paradigma! Em geral quando um aluno tem problema com seu padrão básico
de movimento é bem provável que muitos profissionais tentam rapidamente resolver o problema com exercícios suplemenetares sem se preocuparem
primeiramente em protege-lo. Esse é o paradigma que coloca quantidade antes de qualidade—as pessoas tentam melhorar o seu condicionamento em cima de
uma disfunção—o mesmo foca em partes independents do corpo.

O primeiro princípio derrepente ficou em reverso—as pessoas se movimentam com frequência e esperam movimentar-se bem aleatoriamente. Eles não irão.
Além que os problemas com movimento se tornam ainda piores quando agregamos sobrecarga e frequência.

Como profissionais do movimento funcional devemos parar e proteger e temporariamente evitar padrões de movimento e exercícios onde a dor e disfunção
estão presentes. O foco deve ser em exercícios e estratégias que afirmam uma linha de base sólida.

▪ Proteção sempre antecede correção, o que por sua vez, antecede o desenvolvimento. Proteja nossos clientes deles
próprios e de nós via a remoção de pontos negativos que reforçam uma qualidade ruim do movimento. Depois melhore a
sua base de movimento usando o feedback de informações captadas durante a triagem do movimento juntamente com as
estratégias corretivas. A g o r a , o s p a d r õ e s d e m o v i m e n t o e s t ã o p r o n t o s p a r a o s e u
desenvolvimento de capacidade, condicionamento e performance.

Princípio 3 diz para criar sistemas que impõe a nossa filosofia.

▪ Também chamado de “ Princípio Prático”.

▪ Implementação de procedimentos de operações padrões, a prática inteligente de seleção, sempre combinando a relação
risco – desafio do crescimento e desenvolvimento desejado.
▪ Procedimentos de operações padrões e seleção inteligentes de opções protegem aqueles que confiam sua saúde e
condicionamento físico conosco.
▪ Por onde um sistema deve iniciar-se? O mesmo deve reconhecer que não podemos ganhar conhecimento em nada sem a
perspectiva- que não há progressão sem uma linha de base. Nós absolutamente consideramos o movimento como um sinal
vital de vida, juntamente como a pressão arterial, temperatura do corpo entre outros. S e e s t a b e l e c e r m o s u m
s i s t e m a q u e o b s e r v a o s p a d r õ e s f u n d a m e n t a i s d o m o v i m e n t o podemos então criar uma linha de
base. Com essa linha de base, podemos identificar e demonstrar os padrões fundamentais que estão faltando, ou aqueles
deficiêntes ou disfuncionais.
▪ Se o movimento se encontra abaixo de uma padrão aceitável do sinal vital de movimento ou habilidade – isto indica uma
disfunção.
Se alguém é incapaz de expressar capacidade fisica de um padrão com um mínimo de sobrecarga; ou responder ao sistema energético, frequência e/ou
volume, isto é deficiência. Uma vez que compreendemos essa diferença e criamos uma linguagem em comum reforçamos a nossa responsabilidade e
prestação de contas ao nossos alunos e pacientes.

Se você acredita no Principio 1, você deve honra-lo com o Princípio 2. Para tomar uma ação com o Princípio 2,
implemente o Princípio 3.

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Pirâmide da Performance
A pirâmide da performance é um diagrama simples, construído para proporcionar uma imagem mental e compreensão do movimento humano e dos padrões
de movimento. Ela é formada por três retângulos de tamanhos diferentes, com um retângulo montado sobre o outro. Cada um desses retângulos representa
certo tipo de movimento. A pirâmide sempre deve ser construída de baixo para cima e sempre deve ter uma aparência afilada (uma base ampla com o topo
estreito).
O primeiro pilar retangular é a base da plataforma ou a fundação. Ele representa a capacidade de se movimentar pelos padrões fundamentais.
O segundo pilar retangular representa o desempenho (performance). Depois de ter estabelecido a sua capacidade de se mover, você precisa examinar quão
eficientemente você executa esse movimento. Essa eficiência do movimento é definida como potência. Esta não é aquela potência específica e sim é uma
potência geral, mensurável, o chamado atletismo em forma rudimentar. Um exemplo de teste de atletismo em forma rudimentar é o salto vertical. Primeiro de
tudo, a gravidade afeta todos os corpos igualmente. Portanto, o salto vertical não diferencia injustamente diante do tamanho do corpo. Em segundo lugar,
embora saltar seja muito importante em alguns esportes (basquete e vôlei) e raramente considerado em outros (ciclismo e corrida de maratona), ele demonstra
a capacidade do indivíduo de produzir ou gerar potência.
Do ponto de vista do treinamento, é muito importante conseguir comparar indivíduos de diferentes esportes em um mesmo formato geral. Os dois primeiros
pilares retangulares nos permitem fazer esta comparação da capacidade e potência do movimento funcional e assim os atletas podem aprender uns com os
outros e com diferentes esquemas de treinamento. Além disso, é importante não ficar na “especificidade do esporte” ao realizar os testes neste pilar da
pirâmide da performance. Manter a especificidade do esporte neste ponto das avaliações reduzirá a capacidade de comparar um atleta com outro e aprender
com eles. Também é importante não fazer muitos testes neste pilar. Quanto mais testes você fizer, mais você complica a questão. Alguns movimentos
simples permitirão que você saiba o quão eficientemente o atleta gera potência.
O último pilar da pirâmide é a habilidade específica no esporte. Este pilar é formado por uma bateria de testes para avaliar a capacidade de o atleta de realizar
uma atividade especifica, jogar/realizar um esporte específico ou jogar em uma posição específica dentro do esporte. Este pilar examina as estatísticas de
competição e qualquer teste específico, relativo a esse esporte.
A pirâmide da performance é somente um mapa, não é um território. Todo pilar da pirâmide deve ser considerado como uma proporção da pontuação do
atleta sobre a pontuação ideal nessa categoria. Leve em consideração quatro aspectos básicos da pirâmide. Elas são simples generalizações, mas representam
como a pirâmide pode ajudar a orientar o programa de condicionamento:

1. Pirâmide da Performance Ideal

HABILIDADE ZONA DE PROTEÇÃO

PERFORMANCE

MOVIMENTO

A primeira pirâmide que vamos discutir é a pirâmide ideal. Esta pirâmide representa o tipo de atleta cujos padrões de movimento (demonstrados na triagem
do movimento), eficiência do movimento (demonstrada ao testar o desempenho) e sua competência esportiva (demonstrada por meio de testes específicos ao
esporte e estatísticas esportivas) são equilibrados e adequados. Isto não quer dizer que eles não podem melhorar, mas eventuais aperfeiçoamentos não devem
afetar o equilíbrio e o aspecto da pirâmide da performance.
A pirâmide da performance ideal tem uma base larga com um pilar retangular ligeiramente menor na porção central e um pilar retangular ainda menor no

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topo. Esta pirâmide demonstra um indivíduo cujo movimento funcional é apropriado ou ideal. Esse indivíduo possui a capacidade de explorar uma amplitude
do movimento completa, demonstrando controle corporal e consciência do movimento em diversas posições.
Esse indivíduo também demonstrou a quantidade de potência necessária. Quando comparado com os dados normativos, este indivíduo demonstrou uma
produção de potência dentro da média ou acima da média geral. Isso significa que o indivíduo utiliza uma cadeia de movimento bem coordenada ou uma
cadeia cinética. Por exemplo, durante o salto vertical, o indivíduo coloca-se em posição agachada, arremessa os braços, estende o tronco ligeiramente e, por
último, detonam o movimento com o uso das pernas por meio de um esforço bem cronometrado e bem coordenado, de modo que uma eficiência ideal esteja
presente. Esse indivíduo tem a possibilidade de aprender outros movimentos da cadeia cinética e movimentos de produção de potência quando tem à
disposição tempo, prática e análise adequados.
Finalmente, o terceiro pilar retangular demonstra uma quantidade média ou ideal de atividades esportivas específicas ou habilidade específica à atividade.
Observe a maneira pela qual a base ampla cria uma zona de proteção (buffer zone) para o segundo pilar e o segundo pilar cria uma zona de proteção para o
pilar superior. Esta zona de proteção é extremamente importante. Sem ela, há uma grande possibilidade de ocorrerem lesões, e pode ocorrer um
comprometimento na potência e na eficiência. Esta zona de proteção simplesmente demonstra o fato de que os movimentos funcionais do indivíduo são mais
que suficientes para lidar com a quantidade de potência que eles podem gerar.
Quando o topo da pirâmide é usado como referência, a força que eles geram pode controlar facilmente a habilidade que possuem.

2. Pirâmide da Performance de Super Potência

HABILIDADE

PERFORMANCE

MOVIMENTO

Esta segunda pirâmide irá demonstrar atletas que tem uma “superpotência”. Isso não significa que eles são excessivamente fortes, significa apenas que a sua
capacidade de gerar potência ultrapassa sua capacidade de mover-se livremente. A maneira de corrigir este problema é melhorar seus padrões de movimento
mantendo o nível atual de potência.
Esta pirâmide representa os indivíduos que tiveram pontuação baixa nos testes de mobilidade e estabilidade, mas tiveram uma pontuação muito alta na
produção de potência (segundo pilar) e pontuação adequada na habilidade (terceiro pilar). Sua capacidade de se mover livremente em posições simples e
básicas é limitada por flexibilidade deficiente ou estabilidade deficiente em alguns dos padrões de movimento. Isso faz com que eles tenham uma pontuação
no movimento funcional abaixo da ideal, que apareceria na forma de um pilar retangular menor na base.
O desempenho deste indivíduo não tem de fato a aparência de uma pirâmide. A base (movimento funcional) e a potência (desempenho funcional) parecem
estar invertidas em tamanho. Este indivíduo está gerando uma quantidade significativa de potência com muitas restrições e limitações no movimento
funcional. Muitos atletas com alto nível de habilidade e treinamento mostrarão ter este formato quando seu desempenho é visto na forma de uma pirâmide da
performance. Este atleta pode nunca ter sofrido uma lesão e pode estar tendo um desempenho de alto nível. Porém, se esse indivíduo optar por fazer
treinamento, o melhor enfoque para o treinamento seria sobre padrões de movimentos funcionais.
Remover estas limitações ao movimento funcional proporcionaria uma base mais larga e criaria uma zona de proteção maior. É possível que não ocorra um
aperfeiçoamento imediato e tangível no desempenho. De fato, o desempenho específico ao esporte e a produção da potência podem permanecer as mesmas
ou até baixarem levemente, à medida que a mobilidade e a estabilidade melhoram. No entanto, é pouco provável que este indivíduo consiga melhorar ainda
mais a produção geral de potência ou a habilidade específica ao esporte sem primeiro melhorar os padrões de movimento básicos fundamentais em geral.
Portanto, independentemente desse indivíduo ter com objetivo realizar os padrões de movimento funcionais para prevenção de lesões ou como forma de
extrair um desempenho inexplorado, ele eventualmente verá aperfeiçoamentos.

3. Pirâmide da Performance de Baixa Potência

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HABILIDADE

PERFORMANCE

MOVIMENTO

A terceira pirâmide representa atletas com baixa potência, que apresentam uma liberdade de movimento excelente, mas que apresentam uma baixa eficiência
que poderia ser melhorada. Esses indivíduos deveriam estar envolvidos em treinamento e condicionamento que melhorariam a eficiência ou a potência sem
afetar negativamente os padrões de movimento.
Esta pirâmide representa o indivíduo que demonstra ter uma base ampla e padrões de movimento ideais e uma produção de potência muito baixa no segundo
pilar, enquanto demonstra habilidade ideal ou acima da média em movimentos específicos. Esse indivíduo tem os padrões de movimento necessários para
realizar várias tarefas, atividades e habilidades esportivas, mas não tem capacidade atlética rudimentar ou a capacidade de gerar potência em padrões de
movimento simples.
Esta pessoa se beneficiaria em muito com treinamento de potência, treinamento pliométrico ou treinamento de resistência (“musculação”). No entanto, é
importante que ele mantenha os padrões de movimento funcionais à medida que ganha força, potência, resistência e velocidade. Essa reserva de potência
criará uma zona de proteção para a habilidade esportiva específica enquanto melhora a eficiência. Tome com exemplo um jovem jogador de beisebol que
joga como arremessador (pitcher) que tem mobilidade e estabilidade extremamente boas e que aperfeiçoou suas habilidades de arremesso através de análises
de vídeos e orientação por especialistas. Para arremessar com eficácia, este indivíduo precisa usar um nível muito alto de consumo de energia por um curto
período de tempo. Esse indivíduo não precisa estar em um programa de mobilidade e estabilidade e provavelmente não precisa mexer na mecânica do
arremesso para aperfeiçoar seu arremesso. Esse indivíduo deve criar melhores reservas de força, potência e resistência no seu organismo, com isso
melhorando a capacidade atlética rudimentar. Isso poderia vir a criar uma zona de proteção entre o segundo e o terceiro pilares da pirâmide. Esta zona de
proteção permite que o indivíduo faça o arremesso com o mesmo nível de eficácia com um nível de eficiência mais elevado ou menor nível de gasto de
energia. À medida que esse indivíduo melhora a potência, é possível que nenhuma mudança seja observada na velocidade do arremesso. Contudo, em
circunstâncias normais, poderia ser visto um aperfeiçoamento na consistência, na resistência e na recuperação entre arremessos.

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4. Pirâmide da performance de Habilidade Técnica Defasada

HABILIDADE

PERFORMANCE

MOVIMENTO

A última pirâmide representa atletas que estão com a habilidade técnica defasada. Esta é uma situação na qual o padrão de movimento e eficiência e a
geração da potência nos dois primeiros blocos da pirâmide são adequados. No entanto, a análise da habilidade e do desempenho esportivo demonstra uma
debilidade geral ou desempenho abaixo da média. Os atletas nessa categoria parecem ter um condicionamento adequado, mas não contam com habilidade
adequada. Um programa de treinamento especificamente desenvolvido em torno de princípios básicos e técnicas voltadas para a habilidade esportiva pode ser
o melhor investimento de tempo para esses indivíduos.
Esta pirâmide demonstra um nível de movimento funcional ideal, um nível de desempenho funcional ideal e um nível de habilidade específica abaixo da
média. Este é simplesmente um indivíduo que, naturalmente ou através de trabalho conta com padrões de movimento funcional adequados e uma boa
produção de potência, mas não tem superioridade na habilidade esportiva. Esse indivíduo provavelmente se beneficiaria mais de técnicas de treinamento para
aperfeiçoar ou melhorar a mecânica do movimento ou desenvolver uma maior conscientização do movimento necessário para desempenhar a habilidade em
alto nível.
CONCLUSÃO
O objetivo essencial dos testes propostos por este manual é permitir que você obtenha as informações necessárias para construir uma pirâmide da
performance simples. Este método vai consistentemente dar enfoque às áreas nas quais é preciso dar atenção.
Por meio de sessões de treinamento e através das temporadas, a pirâmide da performance mudará continuamente para alguns indivíduos. Para outros, esta
permanecerá a mesma. Algumas pessoas têm, naturalmente, a capacidade de gerar potência, mas precisam trabalhar consistentemente em padrões de
movimento funcional para manter uma liberdade de movimento ideal. Outras pessoas têm naturalmente uma excelente liberdade de movimento e excelentes
padrões de movimento, mas terão que usar treinamento complementar para manter o nível de atletismo rudimentar e produção de potência. Outros
descobrirão que precisam trabalhar consistentemente nas habilidades fundamentais e esportivas, enquanto outros são naturalmente dotados de habilidades
esportivas e devem investir seu tempo em condicionamento.
A pirâmide da performance explica porque a simples reprodução do programa de um indivíduo não gera consistentemente o mesmo nível de resultado em
outro. Muitos técnicos e atletas, durante os anos, têm, de certa forma, usado intuitivamente este tipo de abordagem para consistentemente expor a categoria
com a maior deficiência e, então, trabalhar nessa categoria. A pirâmide da performance simples e eficazmente mantém o equilíbrio do corpo sob controle e
ajuda na comunicação com os atletas sobre sua área de deficiência.

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Guias da Triagem
PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS
Para poder o aplicar o sistema FMS corretamente, você precisa conhecer as seguintes estruturas ósseas ou pontos de
referência superficiais.

Crista ilíaca anterior superior (ASIS)

A linha de junção entre o joelho/patela média

Tuberosidade tibial

Maléolo lateral e medial

A prega mais distal do punho

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Posicionamento
As duas coisas que devem ser consideradas ao observar os movimentos da triagem são a distância e o movimento. Levar em consideração esses dois itens vai
resolver a maioria dos problemas envolvidos durante uma tentativa de ver tudo o que está acontecendo durante a triagem.

Distância
Afaste-se do cliente para criar uma distância suficiente para permitir que você veja o panorama todo ao mesmo tempo. A maior parte da confusão sobre onde
ficar vem do fato de ficar muito próximo ao cliente e dar muito enfoque a apenas uma das áreas do teste. Fique afastado o suficiente para permitir um
enfoque mais global. Observe o movimento todo e permita que os critérios do teste se tornem evidentes.

Movimento
O cliente tem três tentativas para realizar cada teste; por isso, não tenha receio de se movimentar ao redor do cliente durante o teste. Dependendo do tipo de
teste, ficar ao lado ou em frente à pessoa pode oferecer o melhor ponto de visão. Tire proveito de todas as três tentativas e movimente-se ao redor do cliente
se a pontuação não ficar evidente em um dos pontos de observação.

Ordem do sistema FMS:


A ordem recomendada para a triagem leva o cliente de posições em pé para posições no solo, o que corresponde a um processo tanto fisicamente eficiente
como eficiente em questão de tempo enquanto o cliente faz a transição de um teste para outro. Embora esta seja a ordem recomendada para os testes, pode
haver diversas estações de triagem durante as triagens em grupo. A ordem pela qual os clientes se movem através das estações pode iniciar e terminar em
qualquer sequência e não vai afetar de modo negativo os resultados da pontuação.
1. Agachamento profundo
2. Passada por cima da barreira
3. Avanço em linha reta
4. Mobilidade do ombro
5. Elevação ativa da perna estendida
6. Estabilidade do tronco
7. Estabilidade de rotação

Calçados:
Recomendamos que os clientes usem os calçados que eles mais usam para treinar. A meta é gerar condições de triagem consistentes e confiáveis já desde a
primeira triagem até eventuais condições de retriagem. Na maioria dos casos, nossos clientes vivem e operam usando calçados e esta é a maneira mais
confiável de examinar o movimento de um indivíduo de acordo com o que eles atualmente vivenciam em suas vidas.

Aquecimento:
A triagem pelo sistema FMS é realizada sem aquecimento, alongamento ou preparo de movimento prévios. É importante saber qual é o estado natural do
movimento da pessoa assim que ela entra na sala. Essa é a melhor indicação da qualidade e do nível da competência do movimento que eles atualmente
vivenciam em suas atividades diárias.

Instruções verbais:
Este manual descreve instruções verbais específicas que você deve repassar ao cliente de maneira mais específica e consistente quanto possível. As
instruções verbais foram concebidas para guiar o cliente que você está avaliando para assumir a posição inicial correta e lhe instrui
como executar o movimento. Estas instruções foram concebidas para dar apenas a quantidade suficiente de informações para
entender claramente como realizar o teste, sem acrescentar orientação ou opiniões que modificariam o padrão natural do
movimento. Isto também garante que você como avaliador não perca nada do que está acontecendo no posicionamento inicial e
também crie consistência para toda triagem que você aplicar. Se não tiver muita experiência como avaliador, sugerimos que você use
as instruções verbais de maneira consistente para as primeiras 50 triagens que você realizar! Isto garante que você aplicará
sistematicamente a triagem para a obtenção de resultados consistentes e integre o sistema FMS em seu ambiente.

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Deep Squat Movement Pattern


“Agachamento Profundo”
PORQUE O PADRÃO SIMÉTRICO BILATERAL?
O padrão de agachamento profundo é parte de muitos movimentos funcionais. Ele demonstra uma mobilidade e estabilidade extrema completamente
coordenadas com os quadris e ombros funcionando em posições simétricas. Embora o total agachamento profundo não seja muitas vezes necessário na vida
cotidiana moderna, exercícios em geral, esportes e indivíduos ativos ainda precisam dos componentes básicos do agachamento profundo.

A mobilidade das extremidades, o controle postural e a estabilidade da pelve e do core estão bem representados no movimento de padrão de agachamento
profundo. O agachamento profundo é um movimento que desafia a mecânica corporal total e o controle neuromuscular quando realizado corretamente. Este
teste é usado para avaliar a mobilidade e a estabilidade funcional bilateral e simétrica dos quadris, joelhos e tornozelos.

O bastão, quando segurado acima da cabeça, exige a mobilidade e a estabilidade bilateral e simétrica dos ombros, da região escapular e da coluna vertebral
torácica. A pelve e o core precisam estabelecer estabilidade e controle durante todo o movimento para conseguir realizar o padrão completo.

PORQUE A TRIAGEM DO AGACHAMENTO PROFUNDO?


Nós optamos de avaliar o padrão simétrico bilateral com o teste do Deep Squat (DS). Este teste demonstra se o indivíduo é capaz de se movimentar
simetricamente com uma amplitude de movimento completa dos tornozelos, joelhos, e quadris. Alem que o posicionamento dos bracos acima da cabeça
durante o teste indica se a pessoa consegue acessar totalmente sua mobilidade dos seus membros inferiores sem nenhuma compensação do tronco ou das suas
extremidades superiores.

O teste do DS coloca você em uma posição em que pode ser repetida com consistência além de requerer um alto nível de mobilidade e controle. O
posicionamento dos pés em linha reta e do bastão acima da cabeça coloca o indivíduo no extremo do seu movimento da parte inferior do corpo contra o
posicionamento das extremidades superiores. Isso torna qualquer compensação fácil de ver.

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Deep Squat
DESCRIÇÃO
O cliente assume a posição inicial ao colocar a borda interna do pé em alinhamento vertical com a dobra da axila para assumir uma posição em que as pernas
estão abertas na mesma largura dos ombros. Os pés devem estar no plano sagital sem que os dedos do pé apontem para os lados. O cliente repousa o bastão
na parte superior da cabeça para ajustar a posição da mão, resultando na formação de um ângulo de 90 graus pelos cotovelos. Não manipule a configuração
inicial, mas absolutamente preste atenção na segurança e fique atento a possíveis problemas de equilíbrio, que poderiam vir a colocar o avaliado em risco.

Em seguida, o cliente posiciona o bastão acima da cabeça com os ombros flexionados e abduzidos e os cotovelos completamente estendidos. Instrua o cliente
a se abaixar lentamente o mais profundamente possível na posição de agachamento com os calcanhares no chão e o bastão alinhado sobre os pés. Os joelhos
devem estar alinhados sobre os pés sem colapso valgo.

Três repetições podem ser realizadas, mas, se o movimento inicial ficar dentro dos critérios para uma pontuação de três, não há necessidade de se realizar
outro teste. Se algum dos critérios para uma pontuação de dois não for alcançado durante o uso da plataforma do FMS, o cliente recebe uma pontuação de
um.

INSTRUÇÕES VERBAIS
A declaração a seguir dá início à triagem e se aplica a todos os sete testes.

Por favor, me avise se há alguma dor enquanto executa o movimento e, se em qualquer momento você não compreender
as instruções, interrompa-me e peça esclarecimentos. Vamos executar um movimento por vez usando uma movimentação
suave e controlada. Antes de começar o movimento, espere para que eu confirme que você está na posição inicial
adequada e então eu lhe darei o sinal para você iniciar.

Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser
repetidas para o cliente.

Por favor, informe se há dor enquanto executa o movimento.

• Fique em pé com os pés separados aproximadamente na largura dos ombros e com os dedos do pé apontados para frente.
• Segure o bastão com ambas as mãos horizontalmente sobre a cabeça, mantendo os ombros e cotovelos em um ângulo de 90 graus.
• Levante o bastão de forma que ele fique diretamente acima da sua cabeça.
• Inicie o agachamento e desça o mais baixo possível, mas mantenha a coluna vertebral ereta e mantenha o bastão sobre a cabeça e os
calcanhares no chão.
• Mantenha a posição descendente e conte até um, e então retorne à posição inicial.
• Você compreendeu as instruções?

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Pontuação do Deep Squat


3
• Tronco paralelo à tíbia ou em direção vertical.
• Fêmur abaixo da horizontal.
• Joelhos alinhados sobre os pés.
• Bastão alinhado sobre os pés.

2
• Tronco paralelo à tíbia ou em direção vertical.
• Fêmur abaixo da horizontal.
• Joelhos alinhados sobre os pés.
• Bastão alinhado sobre os pés.
• Calcanhares elevados.

1
• Tíbia e tronco não estão paralelos.
• Fêmur não está abaixo da horizontal.
• Joelhos não estão alinhados sobre os pés.
• O bastão não está alinhado sobre os pés.

Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.

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Deep Squat
DICAS PARA O TESTE
1. O cliente pode executar o movimento até três vezes, se necessário.
2. Se uma pontuação de três não for alcançada, repita as instruções acima usando a plataforma sob os calcanhares do cliente.
3. Observe o cliente de frente e de lado.
4. Todas as posições, incluindo a posição do pé, deverão permanecer inalteradas quando os calcanhares estiverem elevados com o kit do sistema
FMS ou com uma plataforma de tamanho similar.

ANOTAÇÕES

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Hurdle Step Movement Pattern


“Passo por Cima da Barreira”
PORQUE O PADRÃO BIPODAL AO UNILATERAL?
O movimento padrão de passo por cima da barreira é essencial à locomoção e aos movimentos que exigem aceleração. Embora essa altura de passada não
seja alcançada na maioria das atividades, o passo por cima da barreira revela compensação ou assimetria durante movimentos de “passada”. O teste do passo
por cima da barreira desafia a mecânica do corpo durante o movimento de passo e passada enquanto avalia a estabilidade e o controle unilateral da perna de
apoio.

Esse movimento exige coordenação e estabilidade entre os quadris durante um movimento assimétrico sendo que um quadril sustenta o peso do corpo e o
outro se movimenta livremente. A pelve e o core iniciam o movimento e também mantêm a estabilidade e o alinhamento do corpo durante a execução do
padrão de movimento. Os braços são mantidos em posição estável (segurando o bastão sobre os ombros). Essa posição proporciona ao avaliador, mais uma
vez, a importância de manter os membros superiores e o tronco em posição estável durante o movimento de passada.

Note que o movimento excessivo dos membros superiores durante a passada básica é visto como uma compensação que não ocorre normalmente na presença
de estabilidade, mobilidade e equilíbrio adequados. O teste do passo por cima da barreira desafia a mobilidade e a estabilidade bilateral dos quadris, joelhos e
tornozelos. O teste também desafia a estabilidade e o controle da pelve e do core, uma vez que ele oferece a oportunidade de observar a simetria funcional.

PORQUE A TRIAGEM DO HURDLE STEP?


O teste do Hurdle Step ( HS) olha a mecânica do corpo durante o apoio unilateral com o desafio do movimento dinâmico da passada. Esse padrão demanda
uma passada mais alta que o normal para expressar a mobilidade e amplitude de movimento da perna da passada enquanto que exige estabilidade da perna de
apoio. A passada acima do cordão impõe uma demanda do tempo.

O individuo deve manter o apoio unilateral durante o movimento da passada com a perna oposta o que cria um desafio dinâmico. O HS usa a medida do
comprimento da Tíbia como padrão relativo do corpo para o movimento da passada.

O posicionamento do bastão sobre os ombros facilita o avaliador enxergar qualquer tipo de movimento da cintura escapular ( i.e, ombros) e dos membros
superiores que podem indicar uma compensação . O teste exige que a pessoa realize um movimento completo e com controle do seus membros inferiores
sem o auxílio ou algum tipo de movimento do membros superiores.

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Hurdle Step
DESCRIÇÃO
Meça a altura da tuberosidade da tíbia do cliente com o bastão para iniciar o teste. Uma vez que pode ser difícil encontrar a verdadeira linha articular que
separa a tíbia e o fêmur, o centro da parte superior da tuberosidade da tíbia serve como referência confiável.

Para ajustar a barreira descrita anteriormente na altura correta, o cliente deve ficar em pé com os pés juntos e use o bastão para medir desde o chão até o nível
da parte superior e central da tuberosidade da tíbia. Deslize o cabo de marcação da barreira para a altura da tuberosidade da tíbia medida e ajuste o outro lado
até que a corda esteja nivelada e exiba a altura exata da tuberosidade da tíbia em ambos os indicadores.

O cliente deve estar diretamente atrás do centro da base da barreira, os pés estão juntos tocando os dois calcanhares e os dedos, com os dedos alinhados e
tocando a base da barreira. Posicione o bastão sobre os ombros, abaixo do pescoço. Peça ao cliente para passar por cima da barreira tocando o calcanhar no
chão, mantendo a coluna reta, em seguida deve retornar a perna que estava movendo à posição inicial. O passo por cima da barreira é realizado lentamente e
sob controle. Não manipule a configuração inicial, mas absolutamente preste atenção na segurança e fique atento a possíveis problemas de equilíbrio, que
poderiam vir a colocar o avaliado em risco.

INSTRUÇÕES VERBAIS
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser
repetidas para o cliente.
Por favor, informe se há alguma dor enquanto executa o movimento.

• Fique em pé em posição ereta com seus pés juntos e os dedos do pé tocando a plataforma (kit de teste).
• Segure o bastão com ambas as mãos horizontalmente sobre a cabeça, mantendo os ombros e cotovelos em um ângulo de 90 graus. Então,
mantendo a posição das mãos, abaixe o bastão até a nuca, sobre os ombros.
• Enquanto mantém o tronco ereto, levante a perna direita e dê um passo sobre a barreira, certificando-se de que está levantando o pé na
direção da canela e mantendo o pé alinhado com o tornozelo, joelho e quadril.
• Toque o chão com o calcanhar e retorne à posição inicial enquanto mantém o mesmo alinhamento.
• Você compreendeu as instruções?

Tomando como referência a passada por cima da barreira com o pé direito, repita o teste trocando o lado indicado.

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Pontuação do Hurdle Step


3
• Quadris, joelhos e tornozelos ficam alinhados no
plano sagital.
• Observa-se movimento mínimo ou nenhum
movimento da coluna.
• O bastão e a passada ficam paralelos.

2
• Perda do alinhamento entre os quadris, joelhos
e tornozelos.
• Movimento da coluna lombar.
• O bastão e a passada não ficam paralelos.

1
• O cliente não consegue dar a passada por cima da
barreira sem tocar o cordão.
• Observa-se perda de equilíbrio.

Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.

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Hurdle Step
DICAS PARA O TESTE.
1. Verifique se a corda está alinhada corretamente.
2. Peça ao cliente para ficar mais ereto possível no início do teste.
3. Pontue a perna em movimento.
4. Repita o teste nos dois lados.
5. O cliente pode executar o movimento até três vezes em cada lado, se for necessário.
6. Observe se o tronco permanece estável.
7. Observe de frente e de lado.
8. Verifique se os dedos do pé da perna de apoio ficam em contato com a plataforma durante e depois de cada repetição.
9. Se o cliente não conseguir fisicamente juntar os pés, peça para que ele aproxime os pés o máximo possível com os dedos do pé tocando o kit de teste e
então permita que ele realize o teste a partir dessa posição.

ANOTAÇÕES

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Inline Lunge Movement Pattern


“Avanço em Linha Reta”
PORQUE O PADRÃO NA POSIÇÃO DE TESOURA?
O padrão de avanço em linha reta é um componente dos movimentos de desaceleração e das mudanças de direção realizadas durante o exercício, atividade e
esporte. Embora o avanço em linha reta explore mais movimento e controle que muitas atividades, ele proporciona uma rápida avaliação das funções do
corpo do lado direito e esquerdo no padrão básico. Ele se destina a colocar o corpo em uma posição para dar enfoque nos tipos de estresse conforme
simulado durante a rotação, desaceleração e movimentos laterais. A base estreita exige uma estabilidade inicial apropriada e um controle dinâmico contínuo
da pelve e do core dentro de uma posição assimétrica do quadril em que a sobrecarga é partilhada igualmente.

PORQUE A TRIAGEM DO INLINE LUNGE?


O avanço em linha reta coloca as extremidades inferiores em uma posição de tesoura (split-stance), enquanto as extremidades superiores ficam em um padrão
oposto ou recíproco. Isto reproduz o equilíbrio natural que as extremidades superiores e inferiores usam para se complementarem, uma vez que ela exige uma
estabilização diferenciada da coluna. Este teste também desafia a mobilidade e a estabilidade do quadril, joelho, tornozelo e pé, ao mesmo tempo desafiando
simultaneamente a flexibilidade de músculos multiarticulares como o grande dorsal (latissimus dorsi) e o reto-femoral.

O verdadeiro “avanço” exige uma passada e uma descida. O teste do avanço em linha reta só proporciona a observação da descida e do retorno; a passada
poderia apresentar muitas variáveis e inconsistências para uma simples triagem do movimento. A posição de tesoura (split-stance) sobre uma base estreita e a
posição oposta do ombro oferecem oportunidades suficientes para descobrir os problemas de mobilidade e estabilidade no padrão de avanço.

Em geral a prática de atividades físicas não são feitas em posições do corpo tão extremas como esta, porem o teste do Inline Lunge somente requer que o
aluno realize o movimento com o seu próprio peso do corpo.

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Inline lunge
DESCRIÇÃO
Obtenha o comprimento da tíbia do cliente medindo a partir do chão até o centro da parte superior da tuberosidade tibial ou usando o resultado obtido através
da altura da corda durante o teste do passo por cima da barreira. Diga ao cliente para colocar o dedo do pé que está atrás na linha de partida do kit. Usando a
medição da tíbia, peça ao cliente para colocar o calcanhar do pé que está na frente na marca apropriada do kit. Na maioria dos casos, é mais fácil estabelecer
a posição adequada do pé antes de começar a utilizar o bastão.

Coloque o bastão atrás das costas em posição vertical, tocando a cabeça, coluna torácica e o sacro. O cliente então coloca o bastão com a mão oposta ao pé
que está na frente, na altura da coluna cervical. A outra mão segura o bastão na altura da coluna lombar. O bastão deve ser mantido na posição vertical
durante a execução de ambos os movimentos de subida e descida do teste de avanço. Não manipule a configuração inicial, mas absolutamente preste atenção
na segurança e fique atento a possíveis problemas de equilíbrio, que poderiam vir a colocar o avaliado em risco.

Para realizar o padrão de avanço em linha reta, o cliente flexiona o joelho de trás até tocar o centro da plataforma atrás do calcanhar do pé que está na frente e
então retorna à posição inicial. O joelho deve tocar ou a plataforma ou o chão e depois retornar à posição em pé sobre o kit para completar o movimento.

Se algum dos critérios para a pontuação de três não for alcançado, o cliente receberá uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois
não for alcançado, o cliente recebe uma pontuação de um.

INSTRUÇÕES VERBAIS
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser
repetidas para o cliente.
Por favor, informe se há alguma dor enquanto executa o movimento.

• Coloque o pé direito no centro da plataforma e os dedos do pé na marca zero.


• O tornozelo esquerdo deve estar posicionado de acordo com a marca da medição tibial “_ _”.
• Os dedos dos pés precisam estar apontados para frente, com o pé completamente apoiado na plataforma.
• Posicione o bastão ao longo da coluna de modo que ele toque a parte de trás da cabeça, a parte superior da coluna e o sacro.
• Enquanto estiver segurando o bastão, sua mão direita deve posicionada na curva do pescoço e sua mão esquerda deve estar posicionada
na curva da coluna lombar.
• Mantenha a postura ereta de modo que o bastão fique em uma posição vertical e os três pontos de contato estão sendo mantidos, e então
se abaixe em posição de avanço de modo que seu joelho direito toque o centro da plataforma.
• Retorne então à posição inicial.
• Você compreendeu as instruções?

Tomando como referência o avanço em linha reta com o pé direito, repita o teste trocando o lado indicado.

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DICAS PARA O TESTE


1. A perna dianteira identifica o lado que deve ser avaliado.
2. O bastão permanece vertical e deve manter contato com a cabeça, coluna torácica e o sacro durante o movimento.
3. O calcanhar dianteiro mantém contato com a plataforma, enquanto o calcanhar traseiro toca a plataforma ao retornar à posição inicial. Observe se
ocorre perda de equilíbrio. No avanço em linha reta, a perda de equilíbrio ocorre se o cliente tira o pé da plataforma (“stepping off”).
4. Mantenha-se próximo ao cliente para auxiliar em caso de perda de equilíbrio total.
5. É importante lembrar-se de que se a pessoa não consegue no mínimo fazer contato com a plataforma ou o solo com o joelho em algum lugar, isso
representa a incapacidade de completar o padrão de movimento, atribuindo-se assim uma pontuação de um.
6. Repita o teste nos dois lados.
7. O cliente pode executar o movimento até três vezes de cada lado, se necessário.

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Pontuação do Inline Lunge


3
• O bastão permanece em contato.
• O bastão permanece na vertical.
• Observa-se movimento mínimo ou nenhum
movimento do tronco.
• O bastão e os pés se mantêm no plano sagital.
• O joelho toca o centro da plataforma.
• O pé dianteiro permanece na posição inicial.

2
• Perda de contato do bastão.
• O bastão não se mantém na vertical.
• Observa-se movimento do tronco.
• O bastão e os pés não se mantêm no plano sagital.
• O joelho não toca o centro da plataforma.
• O pé dianteiro não permanece na posição inicial (em
contato com a plataforma).

1
• Nota-se perda do equilíbrio quando o cliente pisa
fora da plataforma.
• Incapacidade de completar o padrão de movimento.
• Incapacidade de se posicionar na plataforma (“set-up
position”).

Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.

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Ankle Clearing – “Teste do Tornozelo”


OBJETIVO
A finalidade deste teste não é remover a mobilidade do tornozelo; ao contrário ele visa garantir que a mobilidade do tornozelo não será um obstáculo à
competência e à capacidade do padrão de movimento. A triagem de controle motor dos membros inferiores não pode ser respectivamente medida quando a
mobilidade do tornozelo for considerada como estando prejudicada porque uma mobilidade adequada é um pré-requisito ao controle motor. A reprovação
nessa triagem indica que a mobilidade do tornozelo precisa ser tratada e receber liberação antes de realizar a triagem de controle motor dos membros
inferiores.

DESCRIÇÃO
Enquanto o cliente segura o bastão para poder manter o equilíbrio, peça para ele colocar o pé direito alinhado com o lado esquerdo do kit e depois colocar o
pé esquerdo em frente ao pé direito, com o calcanhar encostado nos dedos do pé (um pé atrás do outro). Alinhe a margem dianteira do maléolo médio do pé
dianteiro atrás da linha número 0 do kit do FMS com a parte interna do pé esquerdo tocando o kit, ajustando o kit se necessário.
O tornozelo é o que estará sendo medido. Peça ao cliente para se abaixar em uma linha vertical, enquanto dobra o joelho e avança o máximo possível o
joelho traseiro sobre os dedos do pé, mantendo o calcanhar encostado no chão. Imagine uma linha vertical que vai do ponto mais avançado do joelho dobrado
até o chão e determine se o joelho cruza a margem dianteira do maléolo médio. Pergunte ao cliente se ele está sentindo dor no tornozelo e se a resposta for
sim, pergunte onde é a dor (na parte dianteira do tornozelo ou na parte de trás da perna?). Se o cliente estiver sentindo dor, indique essa ocorrência e não
realize o teste de alcance à frente (Forward Reach).
Se o cliente sentir um alongamento/desconforto na parte anterior do tornozelo e ele não melhorar após um alongamento específico, será necessária uma
avaliação por um profissional médico/clínico.
Se o cliente não sentir dor e não passar, então passe para o teste de alcance à frente (Forward Reach). Contudo, o tornozelo ainda é a prioridade. Caso não
saiba com certeza se o calcanhar ficou ou não encostado no chão ou se o joelho ultrapassou ou não o maléolo, repita o teste até três vezes. Depois disso,
repita o teste no lado contrário.
O cliente deve conseguir fazer com que o joelho ultrapasse a margem dianteira do maléolo médio. Peça ao cliente para realizar a triagem do teste do
tornozelo pelo menos três vezes para obter uma medição consistente.

INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando o teste do tornozelo. Este roteiro deve ser utilizado em todas as triagens para
manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Por favor, informe se há dor enquanto executa qualquer parte da triagem.


§ Amarre o cadarço ou prenda as tiras no calçado com firmeza porque este teste do tornozelo é um teste com carga.
§ Coloque a parte externa do pé direito ao lado do kit de teste do FMS de forma que a parte externa do pé esteja tocando o kit.
§ Usando um bastão para se equilibrar, coloque o pé esquerdo em frente ao pé direito de modo que os pés fiquem encostados um atrás do
outro e estejam também tocando o kit de teste do FMS.
§ Eu vou ajustar o kit do FMS para fazer com que a linha de partida vermelha fique alinhada com o maléolo médio.
§ Você tem que manter os pés encostados um atrás do outro e se abaixar em uma linha vertical, enquanto dobra o joelho traseiro e o
avança o máximo possível sobre os dedos do pé, mantendo o calcanhar encostado no chão.
§ Assim que tiver alcançado sua distância máxima, eu medirei a distância e perguntarei onde você sentiu o alongamento (na parte
dianteira ou traseira do tornozelo ou sem alongamento).
§ Você compreendeu as instruções?

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DICAS PARA O TESTE


§ O pé de trás é o tornozelo que está sendo testado.
§ Ajuste o kit do FMS para fazer com que a linha de partida vermelha fique alinhada com a parte dianteira do maléolo médio.
§ Ambos os pés precisam permanecer encostados um atrás do outro durante todo o movimento.
§ Se o cliente sentir dor, indique essa ocorrência e não realize o teste de alcance à frente (Forward Reach).
§ Se o cliente for reprovado no teste do tornozelo por não ter alcançado os critérios de pontuação não há dor, recomenda-se passar para o teste de
alcance à frente para criar um ponto de referência do movimento. Isso permitirá comparar o movimento antes e depois de as medidas corretivas
serem aplicadas e mobilidade do tornozelo tiver sido aprovada.

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Pontuação do Teste do Tornozelo


VERMELHO (ATRÁS)
§ O joelho da pessoa fica atrás do maléolo médio.

AMARELO (NA FAIXA)


§ O joelho da pessoa fica dentro da faixa do maléolo médio.

VERDE (ALÉM)
§ O joelho da pessoa fica além do maléolo médio.

PERGUNTAS

§ Você sentiu alguma dor? Se a resposta for sim, onde foi?


§ Você sentiu um alongamento? Se a resposta for sim, onde foi? (Na parte dianteira ou traseira do tornozelo ou sem alongamento.)

O cliente pode ser reprovado nesta triagem devido à presença de dor ou ausência de amplitude de movimento.

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Inline Lunge & Ankle Clearing


ANOTAÇÕES

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Shoulder Mobility Movement Pattern


“Mobilidade do Ombro”
PORQUE O PADRÃO RECÍPROCO DOS MEMBROS SUPERIORES?
O padrão de mobilidade do ombro demonstra o movimento rítmico e natural da região torácico-escapular, coluna torácica e da caixa torácica (rib cage)
durante os movimentos recíprocos dos ombros nas extremidades superiores. Ainda que este movimento padrão de alcance (reaching) recíproco na amplitude
máxima não seja visto em atividades físicas básicas, ele utiliza a amplitude de controle ativo de cada segmento, o que deixa pouca possibilidade de fazer
compensações. A ausência de compensação proporciona uma visão clara da capacidade de executar o movimento.

A coluna vertebral cervical e a musculatura de suporte ao seu redor devem permanecer em uma posição relaxada e neutra. A região torácica deve manter a
sua extensão natural, e deve haver também rotação interna com adução em uma das extremidades e flexão, rotação externa e abdução na outra.

PORQUE A TRIAGEM DA MOBILIDADE DO OMBRO?


Nós avaliamos o padrão Recíproco dos Membros Superioes com o teste do Shoulder Mobility (SM). O comprimento da mão determina o padrão relativo do
corpo para o indivíduo realizando o teste do SM. O teste exige um movimento do padrão de alcance máximo para identificar se o movimento simultâneo dos
braços compromete o movimento de cada lado.

O teste do SM é baseado nas normas do teste “Apley’s Scratch Test” porem o SM olha na coordenação da cintura torácica, escapula, e controle dos ombros e
membros superiores.

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Shoulder Mobility
DESCRIÇÃO
Primeiro, determine o tamanho da mão do cliente, medindo a distância entre a prega distal do punho e a ponta do terceiro dedo. O cliente fica em pé com os
pés juntos e os punhos fechados, prendendo o polegar com os outros dedos. O cliente então coloca simultaneamente um dos punhos atrás da nuca e o outro
atrás das costas, assumindo a posição mais aduzida, estendida e internamente girada na altura de um ombro, e depois a posição mais abduzida, flexionada e
externamente girada na altura do outro ombro.

Durante o teste as mãos devem se mover suavemente, mas devem permanecer fechadas em punho. Meça a distância entre os dois pontos mais próximos das
mãos para determinar o alcance simétrico do cliente. Se houver perda da posição da espinha cervical, repita a instrução verbal: “Fique ereto com os pés
juntos...”. Se, até a terceira tentativa, o cliente ainda continuar a perder a posição inicial ao flexionar o pescoço ou arredondar as costas, interrompa o
movimento no ponto em que ele começa a perder a posição, e então faça a medição.

O cliente deve executar o teste de mobilidade do ombro no máximo três vezes bilateralmente. Se algum dos critérios para a pontuação de três não for
alcançado, o cliente receberá uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois não for alcançado, marque uma pontuação de um.

TESTE ELIMINADOR (“CLEARING EXAM”)


Um teste eliminador é realizado no final do teste de mobilidade do ombro. Não é atribuída pontuação para esse teste, ele é realizado apenas para observar se
existe resposta de dor. Se houver dor durante a execução desse teste, anota-se um resultado positivo (+) na folha de pontuação e todo o teste de mobilidade do
ombro recebe uma pontuação de zero. O cliente coloca a palma de uma mão sobre o ombro oposto e levanta o cotovelo tão elevado quanto possível enquanto
ao mesmo tempo mantém o contato da palma com o ombro. Esse exame eliminador é necessário, pois alguns casos de pinçamento nos ombros passam
despercebidos quando apenas o teste de mobilidade é realizado.

INSTRUÇÕES VERBAIS – SHOULDER MOBILITY


Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser repetidas para o cliente.

Por favor, informe se há dor enquanto executa o movimento.

• Fique ereto com os pés juntos e os braços relaxados ao longo do corpo.


• Segure as mãos com os punhos fechados, com os dedos segurando os polegares.
• Em um movimento único, passe o punho direito sobre a cabeça e abaixe-o máximo possível enquanto simultaneamente passa o punho
esquerdo pelas costas e o levanta o mais alto possível.
• Não aproxime os punhos “sorrateiramente” (creep) depois do posicionamento inicial.
• Você compreendeu as instruções?
• Equipamento necessário: instrumento de medição

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INSTRUÇÕES VERBAIS DO TESTE ELIMINADOR DO OMBRO


• Fique ereto com os pés juntos e os braços relaxados ao longo do corpo.
• Coloque a mão direita firmemente sobre o ombro esquerdo.
• Mantenha a posição da mão e levante o cotovelo direito o mais alto possível.
• Você sente alguma dor?

• Tomando como referência a mobilidade do ombro direito, repita o teste trocando o lado indicado.

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Pontuação do Shoulder Mobility


3
• A distância entre os punhos fica dentro de uma faixa
ligeiramente menor (within) ao tamanho da mão.

2
• A distância entre os punhos fica dentro de uma
faixa ligeiramente menor ao tamanho de uma mão e
meia.

1
• A distância entre os punhos é maior que o tamanho de
uma mão e meia.

Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a


qualquer parte desse teste. Um profissional médico deve realizar uma
avaliação aprofundada da área dolorosa.

TESTE ELIMINADOR
Shoulder clearing test

Este teste precisa ser realizado em ambos os lados. Caso o resultado seja
positivo, anotar ambos os resultados para referência futura. Se houver
dor durante este movimento, dê a pontuação zero e uma recomendação
para análise por um profissional.

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39

Shoulder Mobility
DICAS PARA O TESTE
1. O ombro superior identifica o lado que está sendo pontuado.
2. Se a medição da mão for a mesma que a distância entre os dois pontos, então a pontuação é baixa.
3. Certifique-se de que o cliente não tenta aproximar as mãos mais ainda depois do posicionamento inicial.
4. Repita o teste e o exame eliminador em ambos os lados.
5. O cliente pode executar o movimento até três vezes de cada lado, se necessário.

ANOTAÇÕES

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Active Straight-Leg Raise Movement


Pattern – “Elevação Ativa da Perna Estendida”
PORQUE O PADRÃO RECÍPROCO DOS MEMBROS INFERIORES?
A elevação ativa da perna estendida pode parecer ser a triagem menos funcional, mas não se deixe enganar pela sua simplicidade. Este padrão não apenas
identifica a mobilidade ativa do quadril flexionado, como também a estabilidade do core tanto no início e no decorrer do movimento, bem como identifica o
grau de extensão disponível do quadril oposto. Portanto, este é um teste mais indicado para avaliar a capacidade de desassociar os membros inferiores em
uma posição sem sobrepeso, do que para avaliar a flexão do quadril em um dos lados. Este movimento é frequentemente perdido quando existe um
comprometimento da flexibilidade dos músculos multiarticulares.

O glúteo máximo/complexo da banda iliotibial (ITB) e os músculos isquiotibiais (posteriores da coxa) são as estruturas com mais probabilidade de resultar
em limitações à flexão. As limitações à extensão são frequentemente observadas nos músculos iliopsoas e em outros músculos da pelve anterior. Esse padrão
desafia a capacidade de desassociar os membros inferiores enquanto mantém a estabilidade da pelve e do core. O movimento também desfia a flexibilidade
ativa dos músculos isquiotibiais e do gastrocnêmio/sóleo, enquanto mantém a pelve estável e uma extensão ativa da perna oposta.

PORQUE A TRIAGEM DO ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE?


O padrão recíproco dos membros iinferiores é avaliado com o teste do Active Straight Leg Raise ( ASLR). Os componentes principais deste teste são o
controle do complexo Lombo-pélvico, extensão da perna de apoio e flexão da perna em elevação. O posicionamento inicial do teste requer que os braços se
encontrem na lateral do corpo com suas palmas das mãos para cima. Essa posição ( das mãos para cima) evita que os membros superiores contribuam com
algum tipo de estabilização que poderia ocorrer caso as palmas das mãos estivessem para baixo e pressionando o solo.

Esse teste muitas vezes e confundido como se fosse um teste de flexibilidade dos Isquios-Tibialis. Mas na verdade esse teste exige que façamos uma extensão
da perna de apoio no solo ao mesmo tempo que flexionando a perna em elevação. Isso requer que a coluna Lombar e a pélvis se estabilizam antes e depois
da execução do movimento. E nao esquecer que você esta pontuando as duas pernas e o grau de controle do “core”. O teste do ASLR usa a medida do meio
da coxa e da patela do indivíduo como padrão relativo do corpo para os critérios de pontuação.

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Active Straight-Leg Raise


DESCRIÇÃO
O cliente assume a posição deitada, em decúbito dorsal com os braços em posição anatômica e cabeça no chão. A plataforma (tanto a do kit do FMS como
outra com dimensões similares como descrito anteriormente) é colocada embaixo dos joelhos. Os dois pés devem estar em posição neutra, com as solas dos
pés perpendiculares ao chão. Peça ao cliente para aproximar os pés enquanto mantém as solas dos pés perpendiculares ao solo. Se ele não conseguir tocar as
bordas internas dos pés, peça para ele aproximar os pés o máximo possível e permita que o cliente inicie a partir daquela posição.

Identifique o ponto médio entre a crista ilíaca anterior superior (ASIS) e o ponto central da patela e posicione o bastão nesta posição, perpendicular ao chão.
Em seguida, o cliente é instruído a levantar a perna a ser testada enquanto mantém o tornozelo e o joelho na posição inicial original.

Durante o teste, o joelho oposto deverá ser mantido em contato com a plataforma; os dedos dos pés apontados para cima em uma posição neutra do membro
e a cabeça fica no chão.

Quando o ponto máximo de elevação da perna for alcançado, verifique a posição do tornozelo elevado em relação à perna que não se moveu. Se o maléolo
passa o bastão, atribua uma pontuação de três.

O teste de elevação ativa da perna estendida pode ser realizado até três vezes bilateralmente. Se algum dos critérios para a pontuação de três não for
alcançado, o cliente receberá uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois não for alcançado, marque uma pontuação de um.

INSTRUÇÕES VERBAIS
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser repetidas
para o cliente

Por favor, informe se há dor enquanto executa o movimento.

• Deite-se em decúbito dorsal, com a parte de trás dos joelhos tocando a plataforma e os dedos dos pés apontados para cima.
• Posicione os braços ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para cima.
• Mantendo a perna que está sendo pontuada reta e a parte de trás do joelho esquerdo mantendo contato com a plataforma, levante a
perna que está sendo pontuada o mais alto possível.
• Você compreendeu as instruções?

Referrencing right Active Straight-Leg Raise, repeat on the left by changing the indicated side.

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Pontuação do Active Straight-Leg Raise


3
• A linha vertical do maléolo encontra-se entre o ponto
médio da coxa e a crista ilíaca superior anterior
(ASIS).
• A perna que não está em movimento permanece em
posição neutra.

2
• A linha vertical do maléolo encontra-se na linha
que cruza a patela ao meio.
• A perna que não está em movimento permanece
em posição neutra.

1
• A linha vertical do maléolo encontra-se abaixo do
ponto médio da patela.
• A perna que não está em movimento permanece em
posição neutra.

Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.

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Active Straight-Leg Raise


DICAS PARA O TESTE
1. A perna em movimento identifica o lado que está sendo pontuado.
2. Assegure-se que a perna que não está em movimento está mantendo uma posição neutra.
3. Repita o teste nos dois lados.
4. O cliente pode executar o movimento até três vezes de cada lado, se for necessário.
5. Mova a régua apenas se for necessária uma referência vertical definitiva na borda de 1 ou 2 na linha média da articulação.
6. Peça para o cliente aproximar os pés o máximo possível, e então realize o teste a partir daquela posição. As solas dos pés ainda precisam ficar
perpendiculares ao solo.

ANOTAÇÕES

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Trunk Stability Push-Up Movement


Pattern – “Estabilidade do Tronco”
PORQUE O PADRÃO DE REAÇÃO NO PLANO SAGITAL?
O movimento de estabilidade do tronco é uma versão simples com apenas uma repetição do exercício comum de empurrar (pushing) a partir do chão. Ele é
usado para uma observação básica da estabilização reflexa do core (reflex core stabilization) e não é um teste usado para medir a força dos membros
superiores. O objetivo é de iniciar o movimento com as extremidades superiores em uma posição de empurrada vertical, sem permitir nenhum outro
movimento (compensação) da coluna vertebral ou quadril.

A extensão e a rotação são os dois movimentos compensatórios mais comuns. Essas compensações indicam que os principais músculos agonistas durante a
empurrada vertical iniciam o movimento antes de os estabilizadores da coluna vertebral entrem em ação.

O padrão de movimento de estabilidade do tronco testa a capacidade de estabilizar a coluna no plano sagital durante o movimento simétrico de cadeia
cinética fechada de empurrada, realizado pelas extremidades superiores.

PORQUE A TRIAGEM DO TRUNK STABILITY PUSH-UP?


O padrão de reação no plano sagital éavaliado com o teste do Trunk Stability Push-up (TSPU). A posição inical do teste do TSPU exige que você se
posicione em completa extensão sobre o solo ( deitado de bruco com flexão do cotovelo). Em seguida você empurra o solo com as mãos mantendo o seu
tronco imóvel e pronto para resistir uma sobrecarga de extensão ( “extension forces”). A posição inicial do teste de TSPU cria um desafio de reflexo do
padrão. As posições diferenciadas das mãos entre o sexo feminino e masculino considera a diferença de massa corporal e força dos membros superiores
entre eles .

O teste do TSPU não mensura força muscular isolada dos membros superiores. O seu objetivo e´de desafiar o padrão de estabilidade do tronco durante o
movimento do membro superior.

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Trunk Stability Push-Up


DESCRIÇÃO
O cliente coloca-se de bruços com os braços estendidos pra cima. Depois ele desliza as mãos e as posiciona separadas pela mesma largura de ombro até
chegarem à posição inicial. Homens e mulheres têm posições iniciais diferentes para este teste. Os homens começam com os polegares na altura da testa,
enquanto que as mulheres começam com os polegares na altura do queixo. Então, os polegares são abaixados na altura do queixo ou ombros, segundo os
critérios de pontuação. Os joelhos estão totalmente estendidos, os tornozelos em posição neutra e as solas dos pés estão perpendiculares ao chão.

Peça ao cliente para executar uma empurrada vertical nesta posição. O corpo deve ser levantado como uma única entidade; não deve haver nenhuma
oscilação da coluna durante o teste. Se o cliente não conseguir executar a empurrada vertical na posição inicial, as mãos são abaixadas até a segunda posição
designada, que é o queixo para os homens e a clavícula para as mulheres.

O teste de estabilidade do tronco pode ser realizado no máximo três vezes. Se algum dos critérios para a pontuação de três não for alcançado, mova as mãos
para a posição apropriada para o cliente poder ser testado para uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois não for alcançado, o
cliente receberá uma pontuação de um.

TESTE ELIMINADOR – EXTENSÃO DA COLUNA


Um teste eliminador é realizado no final do teste de estabilidade do tronco. Não é atribuída pontuação para esse teste, ele é realizado apenas para observar se
existe resposta de dor. Se houver dor durante a execução desse teste, anota-se um resultado positivo (+) na folha de pontuação e todo o teste de estabilidade
do tronco recebe uma pontuação de zero. A extensão é evidenciada quando ocorre uma extensão da coluna a partir da posição de empurrada vertical. Se o
cliente receber uma pontuação positiva, documente as duas pontuações para referência futura.

INSTRUÇÕES VERBAIS DO TRUNK STABILITY PUSH-UP


Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser repetidas para o
cliente.

Por favor, informe se há alguma dor enquanto executa o movimento.

• Deite-se em decúbito ventral com as mãos acima da cabeça, separadas pela distância dos ombros (“shoulder-width apart”).
• Coloque os polegares alinhados com a testa para os homens, o queixo para as mulheres.
• Com as pernas juntas, traga os dedos dos pés em direção à canela.
• Estique os joelhos e então e levante os cotovelos levemente do solo.
• Mantendo o tronco rígido, levante o corpo de uma só vez como um exercício de flexão de braço.
• Você compreendeu as instruções?

INSTRUÇÕES VERBAIS DO TESTE ELIMINADOR DA EXTENSÃO DA


COLUNA

• Mantenha-se deitado no chão em decúbito ventral e coloque as mãos com as palmas no chão, abaixo dos ombros.
• Sem nenhum movimento nos membros inferiores, tire o peito do chão até que os cotovelos estejam esticados.
• Você sente alguma dor?

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Pontuação do Trunk Stability Push-Up


3
• Os homens executam uma repetição com os
polegares alinhados com a linha da testa.
• As mulheres executam uma repetição com os
polegares alinhados com o queixo.
• O corpo é levantado como uma unidade sem
nenhuma defasagem da coluna.

2
• Os homens executam uma repetição com os
polegares alinhados com o queixo.
• As mulheres executam uma repetição com os
polegares alinhados com a clavícula.
• O corpo é levantado como uma unidade sem
nenhuma defasagem da coluna.

1
• Os homens não conseguem executar a repetição
com os polegares alinhados com o queixo.
• As mulheres não conseguem executar a
repetição com os polegares alinhados com a
clavícula.

Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está


associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação
aprofundada da área dolorosa.

TESTE ELIMINADOR DA
EXTENSÃO DA COLUNA
“Extension Clearing Test”
O teste eliminador é feito com a extensão da coluna. Se alguma
dor for associada a este movimento, atribua um resultado
positivo (+) e uma pontuação final de zero e realize uma
avaliação mais completa ou faça uma indicação. Se o cliente
receber um resultado positivo, documente as duas pontuações
para referência futura.

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Trunk Stability Push-Up


DICAS PARA O TESTE
1. O cliente deve levantar o corpo de uma vez só.
2. Para identificar se as mãos estão separadas “pela distância dos ombros”, alinhe a área de junção do polegar com a prega da axila. Isso fará com que
as mãos do cliente fiquem separadas “pela distância dos ombros”.
3. Certifique-se de que cliente inicia o movimento com os braços acima da cabeça e então separa as mãos pela distância dos ombros para formar a
posição inicial. Pode ser necessária uma advertência tátil para ajustar as mãos do cliente na posição correta.
4. Em cada tentativa, assegure-se de que o cliente mantém a posição das mãos e que elas não deslizem enquanto ele se prepara para empurrar contra o
chão (push).
5. Certifique-se que o peito e o estômago saem do chão simultaneamente.
6. O cliente pode executar o movimento até três vezes se necessário.
7. Repita as instruções com o posicionamento apropriado da mão, se for necessário.

ANOTAÇÕES

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Rotary Stability Movement Pattern


“Estabilidade de Rotação”
POR QUE O PADRÃO DE REAÇÃO TRI-PLANAR ?
O padrão de reação tri-planar é algo que presenciamos quando o nosso corpo resiste o movimento de rotação ao receber uma empurrada ou puxada unilateral.
Estabilidade de Rotação (RS) acontece quando criamos ou resistimos o movimento de rotação para engatinhar, escalar, correr, balançar (“swing”) e
arremessar. Durante as etapas do nosso desenvolvimento motor o corpo utiliza as conecções em diagonal do tecido conjuntivo (“linhas cruzadas”) do braço
oposto á perna oposta para engatinhar. Quando crianca, demonstramos essa habilidade na medida que aprendemos á escalar, correr, e/ou saltar.

Quando partimos para o aeroporto, talvez tenhamos que colocar uma bagagem pesada no carro. A maioria de nós automaticamente posicionamos o nosso
tronco em uma leve rotação, depois voltamos a posição inicial e jogamos a mala no carro. Esse efeito de “enrolar” e “desenrolar” é uma extensão natural do
padrão diagonal cruzado que ocorre, por exemplo, em um movimento simples como a caminhada. Quando tomamos um passo á frente com uma perna, o
braço oposto também se movimenta á frente. Consequentemente dependemos dessa capacidade de resitir o movimento de rotação quando, por exemplo,
pegamos algo do chão com um lado do corpo ao mesmo tempo que resisitimos com o lado oposto.

Muitos esportes e movimentos de recreação são fortementes dependentes no padrão de reação tri-planar. Quando damos um soco ou arremessamos uma bola
de beisebol, o tronco depende da nossa capacidade de posiciona-lo em rotação e tira-lo dela. Isso facilita a transferência de energia para as extremidades do
corpo. O mesmo também ocorre durante uma partida de futebol onde um jogador tenta empurrar o seu oponente fora de posição para pegar a bola. Atividades
como o remo também utiliza o padrão de rotação durante cada remada.

Resistência ao movimento de rotação acontece quando o bombeiro joga a mangueira de água sobre o seu ombro para traze-la perto do local de fogo. Policiais
e soldados usam o padrão de rotação (RS) para se manterem em uma posição firme e precisa quando apontam uma arma de fogo e/ou lidam com a sobrecarga
de explosão ao dar um tiro.

POR QUE A TRIAGEM DO ROTARY STABILITY?


O padrão de reação tri-planar é avaliado com o teste do Rotary Stability (RS). O propósito dessse teste não é uma réplica do movimento de engatinhar,
mesmo sabendo que o movimento de engatinhar é regenerativo e usado muitas vezes como uma estratégia corretiva.

É melhor considerar o RS como um teste de Pertubação. Pertubação literalmente indica uma agitação ou perda de equilíbrio. Quando elevamos um braço e
uma perna ao mesmo tempo ocorre uma mudança na base de suporte onde o corpo reage com um deslocamento e distúrbio em sua estabilidade. O mesmo
exige uma reação e comunicação rápida do corpo onde a musculatura profunda do core é ativada para manter sua posição de equilíbrio. Poucos praticam esse
tipo de movimento unilateral como nesse teste. E é obvio que muitos encontram dificuldade em realizar esse padrão já que não alcançam com sucesso esse
desafio do controle motor. O teste do RS facilita a nossa observação do padrão de reação tri-planar em ambos os lados do corpo e a identificação de
assimêtrias. Além que podemos explorar a fundo esse padrão e certificar-se que ele é capaz de contribuir com um mínimo de estabilidade essencial á nossa
linha de base do movimento.

TSPU observa o controle motor para investigar se a pessoa sacrifica sua estabilidade para completar uma tarefa. O RS observa o “feedback” do controle
motor no lado esquerdo e direito do corpo com uma pertubação.

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Rotary Stability
DESCRIÇÃO
O aluno posiciona-se em quadrúpede com a plataforma do FMS ou outra similar em tamanho entre as mãos e joelhos. A plataforma deve ser mantida em
paralelo com a coluna vertebral, os ombros e quadris em 90 graus em relação ao tronco com os tornozelos em flexão plantar e os dedos apontados para trás.

Antes de iniciar o movimento, as mãos devem estar abertas, com os polegares, joelhos e pés tocando a plataforma. O movimento inicia-se quando o aluno
realiza um deslocamento lateral e eleva sua mão e joelho do mesmo lado simultanêamente. Em seguida o aluno alcança atrás e toca o seu tornozelo (do mesmo
lado) com a sua mão. Após o toque, o aluno realiza ao mesmo tempo flexão do ombro e extensão do quadril e joelho do mesmo lado mantendo a lateral do
corpo em linha reta e alinhada com a plataforma. Por último, o aluno toca novamente o seu tornozelo com a sua mão e retorna a posição inicial. Evite de
ajustar manualmente a posição inicial do aluno porem esteja atento á sua segurança e/ou possíveis problemas de equilíbrio que possam causar algum risco
para ele durante a triagem.

O teste pode ser repetido até 3 vezes em cada lado. Caso uma das repetições é realizada com êxito não há necessidade de continuar com as demais repetições
caso disponíveis.

TESTE DE ELIMINAÇÃO EM FLEXÃO (“clearing test”)


Um teste eliminador é realizado no final do teste de estabilidade de rotação. Este teste não recebe uma pontuacão, ele é realizado apenas para observar se
existe resposta de dor. Se houver dor durante a execução desse teste, anota-se um resultado positivo (+) na folha de pontuação e todo o teste de estabilidade
de rotação recebe uma pontuação de zero. A flexão é realizada a partir da posição quadrúpede, em seguida movendo-se (“rocking”) para trás e tocando as
nádegas nos calcanhares e o peito com a coxa (posição fetal). As mãos permanecem na frente do corpo estendidas o mais distante possível. Se houver dor
associada á este movimento, atribua uma pontuação de zero. Se o cliente receber uma pontuação positiva, documente as duas pontuações para referência
futura.

RS INSTRUÇÕES VERBAIS
1. Ajoelhe-se ao solo com as mãos mantendo a plaforma ao meio. Joelhos e mãos tocam a plataforma.

2. Alinhe suas mãos com os ombros e os seus joelhos com os quadris. Os dedos dos seus pés apontados para trás.

3. Desloque-se e eleve simultâneamente o seu braço e perna do mesmo lado com um movimento suave e controlado.

4. Sem tocar o solo, alcance atrás e toque a parte externa do seu tornozelo com a sua mão.

5. Depois extenda ao mesmo tempo a sua perna para trás e o seu braço á frente mantendo o seu joelho e cotovelo extendidos.

6. Finalmente alcance para trás novamente e toque o seu tornozelo com a sua mão e retorne a sua posição inicial.

7. Realize esse padrão mantendo o seu braço e perna alinhados com a plataforma durante todo o teste.

TESTE DE ELIMINAÇÃO INSTRUÇOES VERBAIS


▪ Retorne a posição inicial com os pés virados para trás e movimente (“rock”) seus quadris em direção aos calcanhares.

▪ Abaixe o seu peito até os seus joelhos e coloque as suas mãos na frente do seu corpo o mais distante possível.

▪ Voce sente alguma dor?

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Pontuação do Rotary Stability


3

▪ Mão e joelho saem do chão ao mesmo tempo
▪ Capacidade de realizar esse padrão enquanto que o
braço e a perna se movimentam em alinhamento
com a plataforma
▪ Os dedos tocam o maléolo lateral
▪ Joelho e cotovelo alcançam extensão total

2
▪ Mão e joelho não saem do chão ao mesmo
tempo
▪ Incapaz de movimentar o braço e perna em
alinhamento e paralelo a plataforma
▪ Os dedos tocam o maléolo lateral
▪ Joelho e cotovelo alcançam extensão total

1 ▪ Perda de equilíbrio
▪ Mão não toca o maléolo lateral
▪ Joelho e cotovelo não se extendem
▪ Incapaz de posicionar-se na posição inicial

Um indivíduo recebe pontuação de zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.

FLEXION CLEARING TEST


A flexão da coluna pode ser evidenciada ao primeiro assumir a posição de
quadrúpede, em seguida movendo-se para trás e tocando as nádegas nos calcanhares
e o peito tocando as coxas. As mãos devem permanecer na frente do corpo
estendidas o mais distante possível. Se alguma dor for associada a este movimento,
atribua um resultado positivo (+) e uma pontuação final de zero e realize uma
avaliação mais completa ou faça uma indicação. Se o cliente receber um resultado
positivo, documente as duas pontuações para referência futura.

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Rotary Stability
DICAS PARA O TESTE
▪ Se o aluno é incapaz de completar o padrão isso indica que ele perdeu seu equilíbrio, ou não conseguiu realizar o
movimento sem tocar na plataforma, ou é incapaz de se posicionar na posição inicial. Isso resulta em uma
pontuação de 1.
▪ O pé, joelho e polegares devem estar em contato com a plataforma na posição inicial. Durante a execução do movimento
o pé e joelho podem levemente perder contato com a plataforma porem o posicionamento dos mesmos no solo deve
permanecer igual. Mesmo perdendo contato o posicionamento da mão, joelho ou pé deve permanecer igual.
▪ Perda de equilibrio: Quando a mão ou o pé do aluno toca o solo após se levantarem do chão e antes de completar o teste.

ANOTAÇÕES

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Registrando a Pontuação do FMS


Nós estamos cientes que os profissionais gradudos do sistema FMS tem varias opções de anotar os resultados da avaliação dos seus alunos seja usando
o nossos aplicativo FMS Pro Mobile ou a nossa folha de pontuação. Nos estamos disponibilizando para você uma folha de pontuação que vai ajuda-lo no seu
aprendizado de documentação das pontuações dos testes e poder ser usada também no seu local de trabalho. O mais importante quando se está
documentando a pontuação é ser consistente e seguir as regras dos critérios de pontuação

Uma folha de pontuação com formato muito básico pode ser encontrada aqui. Ela é apenas um exemplo. Já vimos muitas versões diferentes das folhas
de pontuação ao longo dos anos; algumas contêm instruções verbais, algumas contêm os critérios de pontuação e algumas têm sido ainda mais detalhadas.
Todas são aceitáveis e sinta-se à vontade em alterar o documento de pontuação para atender às suas necessidades, lembre-se apenas de que, quando se trata
de documentar as pontuações, você precisa seguir as regras.

A folha de pontuação encontrada aqui foi concebida com a intenção de ser simples e não criar muita confusão ao documentar as pontuações. Lembre-se
de que o FMS foi concebido para ser um teste rápido e simples, onde não queremos criar oportunidades para analisar excessivamente os testes específicos.
Ao documentar a pontuação, queremos manter essa mesma filosofia, a de marcar a pontuação e seguir em frente. Se você quiser adicionar itens para instrução
ou critérios de pontuação se necessário, fique à vontade, deixando uma área para anotar algumas de suas observações.

A folha de pontuação do FMS mostra uma pontuação preliminar, uma pontuação final e uma pontuação total, e todas essas pontuações são importantes
quando você estiver determinando suas estratégias de intervenção. Estes resultados serão utilizados de forma diferente dependendo do contexto, quer você
seja um profissional de fitness trabalhando com um cliente individual ou um treinador de força e condicionamento em uma escola trabalhando com centenas
de atletas. Se estiver trabalhando com um cliente individual, é possível que você use a pontuação preliminar para determinar suas prioridades para os
exercícios corretivos. Em uma situação onde você tem grupos grandes, a pontuação final pode ser inicialmente mais importante para determinar as próximas
etapas para o grupo todo. A pontuação total pode ser importante quando se compara a outros grupos ou a outros indivíduos.

Quando algumas das pesquisas atuais e futuras são levadas em consideração, as pontuações final e total são frequentemente utilizadas para determinar o
ponto limite (cut-off) para o risco de lesão e as tendências gerais em diferentes populações. No entanto, isso não diminui a importância da pontuação
preliminar, pois esta pontuação lhe proporciona o melhor perfil de como o indivíduo se move. À medida que você adquire proficiência no sistema FMS, você
notará que estará usando todas as pontuações em seu benefício.

A pontuação preliminar representa os resultados do lado direito e esquerdo dos cinco testes que permitem a comparação bilateral. A pontuação final é
simplesmente a pontuação mais baixa entre as duas pontuações preliminares. Os dois testes que não têm uma pontuação para direita e esquerda recebem uma
só pontuação. A pontuação total é simplesmente a soma das pontuações finais. Este formato é certamente fácil de ser seguido (exemplo 01).

Os critérios de pontuação deixam muito claro que uma pontuação de zero é atribuída quando é observada dor, sendo recomendada uma avaliação mais
detalhada por um profissional médico. Agora, sem entrar em debate do que é ou não dor, quero simplesmente discutir como você deve documentar uma
pontuação de zero. Você deve levar em consideração duas opções, dependendo da sua experiência profissional e do contexto. A primeira maneira de
documentar uma pontuação de zero, que talvez seja a mais apropriada, seria atribuir ao cliente uma pontuação preliminar e uma pontuação final de zero, parar
o teste e fazer uma indicação. A segunda opção oferecerá a você e a um profissional médico informações mais específicas durante a realização da avaliação.
Ou seja, se alguém apresentar dor durante um teste, você poderia continuar com o resto dos testes do FMS e somente documentar uma pontuação de zero na
área de pontuação final para aquele teste. Por exemplo, uma pessoa pode obter uma pontuação de três no teste de Agachamento Profundo, mas sentir dor no
joelho; a pontuação preliminar seria de três e a pontuação final seria de zero. Se usar esta opção, você agora contará com mais informações para utilizar
quando fizer uma indicação ou realizar uma avaliação mais detalhada (exemplo 02).

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Há quatro triagens que usam testes eliminadores, os quais não recebem pontuação, pois eles são usados somente para determinar se alguma dor é
provocada. O resultado documentado para estes testes será “Positivo” se houver dor e “Negativo” se não houver dor. Os testes eliminadores influenciam a
pontuação final, mas não a pontuação preliminar. Os resultados dos testes eliminadores farão com que a pontuação final seja de zero se for provocada dor.
Muitas vezes somo perguntados por que precisamos documentar uma pontuação preliminar se o resultado Teste Eliminador sobrepõe ao dela. A resposta é
muito simples: se a dor for provocada, queremos reunir o máximo de informações que forem necessárias sobre essa pessoa antes de realizar uma avaliação
mais detalhada. Por exemplo, você está testando duas pessoas durante a triagem de Mobilidade do Ombro; a primeira obtém uma pontuação de três na direita
e de três na esquerda, a segunda pessoa obtém uma pontuação de dois na direita e de um na esquerda, e as duas recebem um resultado positivo no teste
eliminador. A pontuação final para as duas pessoas é zero, mas elas têm padrões de movimento totalmente diferentes, o que pode ser a causa da dor para o
segundo indivíduo. Ao contarmos com a pontuação preliminar, é possível agora direcionar o enfoque da avaliação e das estratégias de intervenção (exemplo
03).

O teste eliminador do tornozelo é também documentado como critério de amplitude mínima de movimento sendo que a letra R (red) indica acor
vermelha, Y ( yellow) para cor amarela, e G ( Green) para cor verde ( exemplo 2). Se o teste do tornozelo indicar a cor Vermelha ou Amarela, as estratégias
corretivas para a mobilidade do tornozelo terão prioridades. Porem, o mesmo não altera a pontuação final. O único momento em que o teste do tornozelo
altera a pontuação final é quando o indivíduo indica dor durante o teste. Se a pontuação do teste do tornozelo for verde consideramos que a mobilidade do
tornozelo atingiu um nível mínimo de amplitude de movimento.

Espero que estas dicas o ajudem a compreender melhor o sistema de pontuação global, bem como utilizar os resultados de forma mais eficaz. O FMS foi
concebido para ser um sistema de classificação simples, porém, quanto mais proficiência você adquirir ao utilizar o FMS e seus resultados, mais eficazmente
você poderá aplicar as estratégias.

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Realizando a sua Melhor Triagem do FMS


1. Como dito acima, certifique-se que você tem um entendimento profundo do Objetivo, Descrição e Dicas de como realizar
o teste. Utilize as instruções verbais e depois use os critérios de Pontuação.
2. A primeira e última pergunta são as mais importantes – “Você sente dor com esse movimento? e Você entendeu as
instruções ?”
3. O indivíduo que está sendo avaliado necessita do máximo de informações para compreender o movimento que ele deve
realizar. Para muitos somente as instruções verbais são sufientes. Outros requerem mais informações como fotos ou
algum tipo de demonstração (i.e., video). No geral todo o aluno avaliado precisa entender com clareza como realizar o
teste.
4. Para cada repetição o aluno deve iniciar cada teste em sua posição inicial. Por exemplo, se durante a primeira
repetição do teste do agachamento profundo o aluno terminou o mesmo com seus pés em rotação externa cabe ao
avaliador de reposiciona-lo na sua posição inicial correta antes de realizar a segunda repetição.
5. Tome um passo para trás e observe o movimento por um todo. Não foque somente em uma parte e ou várias partes do corpo. Ou de
critérios a critérios. Artistas usam um técnica chamada “ espaço negativo” ou observando o que não está presente – experimente a
mesma.
6. Toda repetição recebe um “número” ou pontuação. Por exemplo, se o aluno realiza três repetições com os calcanhares elevados na
plataforma durante o teste do agachamento profundo pontue cada repetição mentalmente de 1 ou 2 . A pontuação final será baseada
na melhor das 3 tentativas.
7. O porque do aluno receber a determinada pontuacao não é importante. O que importa é a pontuação . Não se preocupe em
determinar porque o aluno recebeu a pontuacao de 1, 2, ou 3 mas sim em classificar o seu movimento de acordo com os critérios do
teste.
8. Não coloque “ culpa” baseado na pontuação . Por exemplo, um aluno com a pontuação de 1 no seu ombro esquerdo/ 3 no direito
durante o teste de mobilidade do ombro não indica que o seu ombro esquerdo é o foco do problema.
Mas sim que devemos focar nesse padrão de movimento (“Mobilidade do Ombro”) utilizando as
estratégias corretivas apropriadas.

9. Feedback and comunicação apropriadas – a pessoa que está sendo avaliada não precisa saber da sua pontuação ou porque a recebeu.
Deixe claro já no início da avaliação que você não ira passar nenhum feedback durante os testes. E que os resultados serão
discutidos ao final da avaliação. Lembre-se que você esta lidando com o seu aluno e não com os professores a qual voce praticou os
testes durante a sua formação do FMS.
10. Mantenha um astral divertido! Isso mesmo – divertido!

Um boa estratégia corretiva inicia-se com uma boa triagem do movimento – a qualidade da triagem determina a eficácia das estratégias corretivas.

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Algoritmo das Estratégias Corretivas


Um algoritmo, tal como definido por Cormen,
Leiserson, Reivest e Stein em “Introduction to
Alorithms”, é “qualquer processo bem definido, que
descreve como realizar uma determinada tarefa”.
Dentro do sistema FMS existe um algoritmo ou
procedimento para lidar com os “pontos fracos”
encontrados na triagem.

Lembre-se de que você não precisa consertar “tudo”;


ao contrário, o algoritmo deve indicar aquela “uma
coisa que você precisa lidar de modo prioritário.

Embora este pareça ser um processo longo, leva


apenas um ou Dois segundos para olhar a folha de
pontuação e aplicar o algoritmo .

REGRAS GERAIS DE
PONTUAÇÃO
1. Uma pontuação de zero deve ser dar
origem a uma indicação para um
médico.
a. É extramamente importante criar uma
rede de indicação entre profissionais:
medicos, fisioterapeuta, quiroprático,
massagista, psicólogo esportivo, etc.
Algo a fazer é procurar em sua área
mais próxima alguém que recebeu
treinamento para o SFMA para quem
você pode enviar esses pacientes que
receberam uma pontuação zero para
serem avaliados mais detalhadamente
com base em um sistema diagnóstico
baseado no movimento,
compartilhando a filosofia do sistema
de movimento functional.

2. Os padrões de mobilidade são tratados primeiro porque a estabilidade/controle motor não poderão existir se houver baixa mobilidade (a
mobilidade precisa ser recuperada antes de lidar com a estabilidade ou controle motor). Níveis adequados de mobilidade garantem que as
informações sensoriais apropriadas estão sendo usadas para desenvolver as estratégias de estabilização e níveis de controle motor
adequados. Sem a existência de níveis de qualidade de mobilidade, a estabilidade e o controle motor, não poderão e nem serão
maximizados.
3. Uma pontuação igual a 21 não é o objetivo. O objetivo é estabelecer um ponto de referência e trabalhar no sentido de alcançar uma
pontuação de no mínimo “2” em cada triagem de movimento.

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Por exemplo, se as pontuações preliminares na folha de pontuação forem as seguintes:


DS – 1
HS – 2/2
ILL – ½
SM – 2/2
ASLR – 1/1
TSPU – 1
RS – 2/2

Seguindo a ordem do algoritmo, procure por pontuações com valor “1” ou uma assimetria para poder identificar o “ponto fraco” (lembre-se de que a ordem
da folha de pontuação foi concebida para administrar a triagem de maneira eficiente; a ordem do algoritmo é diferente, tomando por base as prioridades para
o processo corretivo). Assim, para este exemplo, você deve imediatamente procurar o quesito ASLR e parar lá, porque já identificou o “ponto fraco” na
ordem estabelecida pelo algoritmo e não precisa examinar além disso. Ignore todas as outras pontuações e lide com o padrão de ASLR.

ANOTAÇÕES

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58

Ciclo de Treinamento do FMS

IDENTIFICAR O PADRÃO DE CORREÇÃO

COMPETÊNCIA DE MOBILIDADE

COMPETÊNCIA DE CONTROLE MOTOR ESTÁTICO

COMPETÊNCIA DE CONTROLE MOTOR DINÂMICO

PERFORMANCE

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Exercício Corretivo do FMS


UM TRECHO DO LIVRO “MOVEMENT”, POR GRAY COOK
Para todos os efeitos práticos, o FMS é refinado ou mesmo desdobrado em progressões de exercícios corretivos. Isto significa que os exercícios
associados a cada padrão de movimento no FMS são de fato uma parte contínua da triagem. Não há necessidade de pontuar estes exercícios, mas ainda
precisamos prestar muita atenção. Os exercícios corretivos não são executados simplesmente com confiança cega – eles devem ser usados como indicadores
para identificar a proficiência ou a deficiência em cada tarefa de exercício.

Os exercícios corretivos do FMS são agrupados de duas formas diferentes. Primeiro, os exercícios são agrupados nos sete testes de padrões de movimento da
triagem. Segundo, os exercícios seguem uma trajetória linear, desde a mobilidade básica à estabilidade básica até o retreinamento do padrão de movimento.

Especificamente, cada um dos sete padrões de movimento está vinculado a:

1. Exercícios de mobilidade: dão enfoque à amplitude do movimento articular, ao comprimento do tecido e à flexibilidade muscular.

Estes demonstram a mobilidade básica exigida dentro de cada segmento do movimento de um padrão de movimento específico. A categoria de
mobilidade inclui qualquer forma de trabalho de alongamento ou mobilidade articular dentro do padrão de movimento. Os exercícios desta categoria
precisam explorar e, eventualmente demonstrar, toda a mobilidade disponível exigida para este padrão.

2. Exercícios de Estabilidade: dão enfoque à sequência básica de movimento.

Estes exercícios têm como alvo o controle postural das posições inicial e final dentro de cada padrão de movimento. A categoria de estabilidade
inclui qualquer forma de trabalho de controle postural, com enfoque particular no intervalo de controle postural inicial e final. Não pense em termos de
força, e sim em termos de tempo. O tempo de reação é um toque rápido nos freios enquanto a força trava as rodas. A estabilidade diz respeito a um
controle afinado, não à força. Estes exercícios precisam demonstrar um controle postural apropriado sem dicas verbais ou pistas visuais.

3. Retreinamento do padrão de movimento: incorpora o uso de mobilidade e estabilidade fundamentais nos padrões de movimento específicos para
reforçar a coordenação e tempo de reação (timing).

Estes exercícios reforçam a confiança através da repetição e treinamentos reativos e devem explorar o padrão de movimento por inteiro para que a
mobilidade e a estabilidade melhoradas possam interagir e se tornarem coordenadas.

A progressão dos exercícios corretivos sempre começa com exercícios de mobilidade. Estes exercícios são executados bilateralmente para confirmar a
limitação de mobilidade e a assimetria. Nunca presuma que você sabe onde se localiza a restrição da mobilidade ou o lado da restrição da mobilidade.
Verifique sempre os dois lados e sempre observe se existe mobilidade antes de executar todos os exercícios de mobilidade.

Se esses exercícios revelam limitação ou assimetria, você confirmou que existe um problema de mobilidade dentro do padrão e isso deve ser o foco

principal da sessão de exercícios corretivos. Se não for observada uma alteração na mobilidade, não passe para o trabalho de estabilidade. Use os exercícios

para comprovar que a mobilidade está presente ou continue trabalhando em todos os problemas de mobilidade até que seja notada uma mudança apreciável e

mensurável. A mobilidade não precisa se tornar total ou normal, mas uma melhora precisa ser notada. Você pode prosseguir com exercício corretivo de

estabilidade somente se uma melhora da mobilidade permitir que a pessoa consiga executar com êxito a postura e posição apropriadas para o exercício.

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Se houver qualquer dúvida sobre um comprometimento na mobilidade, volte sempre para os exercícios de mobilidade no início de cada sessão de

exercícios antes de passar para os exercícios de estabilidade/controle motor. Isso garante uma extensibilidade do tecido muscular e um alinhamento articular

apropriados estarão disponíveis para executar os exercícios de estabilização.

O exercício de mobilidade removerá a rigidez ou tônus muscular que está realizando a função de estabilidade. Se a mobilidade ideal for alcançada, é

apropriado ir diretamente para a estabilidade, mas reconfirme a mobilidade periodicamente, só para ter certeza.Os exercícios de estabilidade exigem postura,

alinhamento, equilíbrio e controle de forças dentro da amplitude recém-disponível e sem o suporte compensatório de rigidez ou tônus muscular. Considere os

exercícios de estabilidade como sendo desafios à postura e à posição ao invés de exercícios convencionais de força.

Quando nenhuma limitação ou assimetria estiver presente nos exercícios corretivos de mobilidade, passe diretamente para os exercícios corretivos de
estabilidade. A ausência de limitação ou assimetria indica que a mobilidade necessária para o padrão de movimento está presente, mas não está respondendo
a um controle motor eficiente.

Usar a ideia do controle motor irá ajudá-lo a pensar além da fraqueza como sendo a única explicação para uma deficiência na estabilização. O controle
motor é uma categoria ampla que inclui a mobilidade, o alinhamento, o equilíbrio, o tempo de reação, a rapidez muscular submáxima, a coordenação e a
coativação eficiente. A ausência de um controle motor eficiente tem a aparência de fraqueza, porém o treinamento de força dos músculos estabilizadores não
é a solução.

A estabilidade pode ser separada da força por meio de uma melhora do controle motor, demonstrada pela presença de rigidez e firmeza no movimento
final. É por isso que muitos dos exercícios de estabilidade usam uma carga leve, boa postura e manutenção da mesma em posição estática ou com movimento
no final. A presença de firmeza e ajustes rápidos quando há mudanças na carga são mais importantes que a geração de força.

A estabilidade no movimento intermediário também é importante, mas é preciso ter um interesse particular para garantir a presença da função no
movimento final. Se a função no movimento final estiver presente, a função no movimento intermediário é normalmente aceitável, mas o inverso não é
necessariamente verdadeiro. Considere uma boa tensão do movimento intermediário como sendo força e uma boa tensão do movimento final como sendo
estabilidade, tempo de reação e integridade. Esta é a principal razão porque a mobilidade é tão importante. Você deve assegurar-se de que está testando o
controle motor no movimento final.

Quando uma melhora na estabilidade é notada, é possível progredir para o retreinamento do padrão de movimento. O retreinamento do padrão de
movimento deve sempre seguir uma realização adequada e demonstrações de mobilidade e estabilidade nos exercícios corretivos. A perfeição não é
necessária e raramente é possível, mas não tente fazer o retreinamento de um padrão de movimento se a mobilidade e estabilidade que dão respaldo ao padrão
não estão disponíveis.

Muitas formas de facilitação com assistência podem ser fornecidas para reduzir a compensação e permitir uma prática de qualidade dentro dos padrões
de movimento. A regra geral é usar somente técnicas que melhoram a forma e a qualidade do movimento. A sobrecarga não é uma ferramenta corretiva
eficaz neste nível de treinamento.

Progressões rápidas com carga e intensidade normalmente causarão um retorno a um padrão de movimento mais limitado ou disfunci

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Exemplos de Estratégias Corretivas


CORRETIVOS DE MOBILIDADE PARA AMPLITUDE DE MOVIMENTO
DAS ARTICULAÇÕES, TECIDO CONJUNTIVO, E
FLEXIBILIDADE MUSCULAR:

Half kneeling T-Spine Rotation Strap Assisted Leg Raise Core

Dorsiflexion Stretch with Rib Grab Straigth-Leg Stretch Engagement with FMT

with Dowel

CORRETIVOS DE CONTROLE MOTOR ESTÁTICO PARA MELHORA DO


CONTROLE POSTURAL EM DIVERSAS POSIÇÕES QUE ESTIMULAM O
REFLEXO ESTABILIZADOR:

Half Kneeling Chop from Tall Kneeling

Rotation with Dowel

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CORRETIVOS DE CONTROLE MOTOR DINÂMICO PARA MELHORA DO


REFLEXO ESTABILIZADOR POR MEIO DE UM PADRÃO DE MOVIMENTO
QUE REFORÇA A COORDENAÇÃO E O TEMPO DE EXECUÇÃO (timing):

Toe Touch Progression Single Leg Single Arm Deadlift Deep Squat w/ Valgus

Progression with FMT Correction with FMT

EXEMPLO DE UMA ESTRATÉGIA CORRETIVA PARA O PADRÃO DA


ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (ASLR):
Primeiramante não pense que esse exemplo seja uma estratégia tipo “ receita de bolo”. Os exercícios abaixo são sugestões que realmente melhoram o padrão
do ASLR. Há muitos outros exercícios que melhoram o padrão da perna estendida. A chave do sucesso é de você identificar qual o exercício será o melhor
ou mais adequado para o seu aluno. O FMS indica o padrão que está mais fraco e depois é feito o reteste para verificar se as estratégias corretivas estão
trazendo um resultado positivo. É mais importante que você sigua o guia de treinamento do FMS iniciando com o trabalho de mobilidade seguido do controle
motor estático e dinâmico.
Você também deve considerar o uso dos exercícios corretivos como um pacote ao invés de somente um exercício. Trabalhe com um program de circuito.
Um exemplo seria: 2- 3 circuitos
Alongamento da perna com assistência de uma faixa x5
Corretivo da Elevação da Perna com engajamento do Core e elástico do Gray Cook x 10
Rotação com Bastão em Semi -Ajoelhado x 10
Flexaão do Quadril com apoio Unilateral e Bastão x 10

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PADRÃO DA ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA APRESENTADA


DURANTE O CURSO.

Assisted Leg- Lowering Leg Raise Core Leg-Lock Bridge


to Bolster Engagement with FMT

CONTROLE MOTOR ESTÁTICO

Half Kneeling Set-Up Half Kneeling Chop

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CONTROLE MOTOR DINÂMICO

Toe Touch Hip Hinge Double Hip Hinge Single- Deadlift Single

Progression Leg with Dowel Leg with Dowel Leg with Valgus

Correction w/FMT

PERFORMANCE

Deadlift Single Leg

with two KB

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Sinais de Trânsito, Triagem do Movimento


e Exercício
BRETT JONES, ATC, CSCS, DIRETOR DO SFG FMS ADVISORY BOARD
Depois de terem lido o título deste artigo, é possível que alguns de vocês estejam se perguntando sobre o que ele se trata. Você precisa fazer a triagem do
movimento nos cruzamentos com sinais de trânsito ou exercitar-se entre os sinais de trânsito??? O que pode ser isso?
Antes de tudo, eu NÃO recomendo fazer a triagem do movimento enquanto estiver dirigindo nem se exercitar dentro do carro! É sério, como é que você
conseguiria realizar o “swing” ou a levantada turquesa (“get-up”) com o Kettlebell dentro do carro??? E a triagem do agachamento com braços elevados
acima da cabeça (“overhead”) precisaria ser modificada... (além do fato de não ser seguro, mas eu já vi pessoas se barbeando ou se maquiando no carro, mas
eu estou me desviando do assunto).
O conceito de “sinais de trânsito, triagem do movimento e exercício” diz respeito à maneira pela qual os profissionais do FMS abordam o resultado da sua
triagem do FMS e fazem recomendações de exercícios tomando por base esse resultado. Os sinais de trânsito nos ajudam a navegar com segurança nossas
ruas por meio de uma simples série de sinais codificados por cor. Vermelho significa pare. Amarelo significa reduza a velocidade e prepare-se para parar.
Verde significa vá em frente.
O resultado da triagem do FMS nos direciona em relação aos seus pontos fracos e assimetrias, que podem ser “codificados por cor” para facilitar a
compreensão das implicações de cada triagem. Os exercícios recomendados podem ser codificados por cor, tomando por base esta analogia no sinal de
trânsito.
Se você trabalha com o FMS, é provável que você esteja familiarizado com o algoritmo das estratégias corretivas utilizado para avaliar o resultado de uma
triagem do FMS. Isso é exposto detalhadamente no livro Movement por Gray Cook e são o assunto do conjunto de DVDs chamado Functional Movement
Systems - Applying the Model to Real Life Examples. Se você não for um profissional do FMS, estes recursos são muito recomendados.
Para darmos uma breve explicação deste algoritmo, a prioridade das pontuações do FMS é atribuída na seguinte ordem: primeiro a mobilidade, o que
significa que o padrão de ASLR e depois o padrão de SM recebem atenção primeiro se a pontuação não for 2/2 ou 3/3. Se o padrão de ASLR e de SM
receberem pontuações simétricas de 2 ou 3, então os padrões de estabilidade são as prioridades seguintes, o que significa que o padrão de RS e depois o
padrão de TSPU são tratados se a pontuação não for 2/2 ou 3/3. Se o padrão de RS e de TSPU receberem pontuações simétricas de 2 ou pontuação de 2 ou
pontuações simétricas de 3 ou pontuação de 3, então as triagens são tratadas ao examinar o padrão de ILL e, se ele tiver pontuações simétricas de 2 ou de 3,
então o padrão de HS é examinado, e se ele tiver recebido pontuações simétricas de 2 ou 3, então o padrão de DS é tratado se sua pontuação tiver ficado
abaixo de 2.
Quando você lê o livro “Movement” e compreende o algoritmo corretivo, você conseguirá explicar com facilidade ao seu cliente por que está dando
prioridade ao padrão de ASLR em detrimento ao padrão de DS. Resumindo, isto significa que a prioridade é dada à mobilidade primeiro, uma vez que a
mobilidade é a fundação da estabilidade, e os quatro padrões mais primitivos da triagem (ASLR, SM, RS, TSPU) formam os pilares de sustentação para os
três padrões “funcionais” (ILL, HS, DS).
É agora que chegamos à parte “interessante” da abordagem baseada no sinal de trânsito: de que maneira a triagem do FMS é usada para oferecer
recomendações de exercícios para o treino do aluno usando o formato sinal vermelho/amarelo/verde. A base dos exercícios recomendados usando a triagem
do FMS está fundamentada em duas filosofias corretivas centrais do FMS: 1) Não acrescente condicionamento/fitness à disfunção. 2) Remova o que há de
negativo. “Não acrescente condicionamento/fitness à disfunção” simplesmente significa que você não deve exercitar um padrão de movimento disfuncional.
Assim, pontuações de 1 ou 0 não devem fazer parte do seu programa de exercício (você verá de que maneira isso é aplicado na verdadeira lista de exercícios
de sinal vermelho/amarelo/verde recomendados que toma por base o ponto mais fraco). “Remova o que há de negativo” significa duas coisas: primeiro, tratar
da assimetria e da disfunção encontradas na triagem e, segundo, significa remover da rotina os exercícios que desfiam o padrão disfuncional.
Algumas vezes, o que removemos é tão importante ou até mais importante que aquilo que acrescentamos. Depois que um padrão de movimento disfuncional
é encontrado, remover os exercícios que desafiam aquele padrão pode ser uma etapa essencial no processo corretivo.
As sugestões se baseiam no ponto mais fraco; se diversos pontos fracos forem encontrados, obedeça aos sinais vermelhos para cada um. Por exemplo,

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exercícios para os membros superiores podem ser liberados para um ponto fraco no padrão de ASLR apenas se o padrão de SM for aprovado. Resumindo, se
um padrão de movimento em particular tiver uma pontuação de 1 ou 0, você pode olhar na lista de vermelho/amarelo/verde para ver quais padrões de
exercício se encontram na zona de cautela.

Sinal vermelho

Estes exercícios trarão um desafio direto a um padrão de movimento que já foi identificado como sendo disfuncional ou assimétrico. Portanto, eles devem ser
evitados até que o padrão de movimento se torne simétrico com pontuações de 2 ou 3; estes resultados comprovam que a pessoa não consegue ter acesso
àquele padrão de movimento e adicionar uma carga/sobrecarga ou desafiar aquele padrão vai apenas cimentar a disfunção.

Sinal amarelo

O sinal amarelo indica padrões de exercício que não trazem um desafio direto para o padrão de movimento disfuncional. Contudo, estes padrões devem ser
usados com cautela, uma vez que eles podem ou não ter um impacto positivo. Repetir a triagem do padrão disfuncional vai lhe dizer se o exercício de sinal
amarelo está tendo um impacto positivo ou negativo.

Sinal verde

Os padrões de exercício que receberam o sinal verde não trazem um desafio ao padrão de movimento disfuncional. Eles podem até ajudar a corrigir o padrão
de movimento e podem ser usados no treinamento.
Repetindo, algumas vezes o que removemos é tão importante ou até mais importante que aquilo que acrescentamos. Depois que um padrão de movimento
disfuncional é encontrado, remover os exercícios que desafiam aquele padrão pode ser uma etapa essencial no processo corretivo.
As sugestões se baseiam no ponto mais fraco; se diversos pontos fracos forem encontrados, obedeça aos sinais vermelhos para cada um. Por exemplo,
exercícios para os membros superiores podem ser liberados para um ponto fraco no padrão de ASLR apenas se o padrão de SM for aprovado.

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EXERCÍCIOS RECOMENDADOS COM BASE NO


RESULTADO DA TRIAGEM DO FMS:
Active Straight-Leg Raise – “Elevação Ativa da Perna Estendida”

Sinal vermelho - hip hinging (deadlift, KB swing) Sinal amarelo - step-up, RFESS, squatting Sinal verde - upper body training, core work,
half kneeling chop/lift

Shoulder Mobility – “Mobilidade do Ombro”

Sinal vermelho - overhead work, pressing Sinal amarelo - rowing, horizontal pressing, partial get-ups Sinal verde - deadlift, swings, lower
body work, core work

Rotary Stability – “Estabilidade de Rotação”

Sinal vermelho - asymmetrical exercises training one side (dumbbell snatch, kettlebell swing)

Sinal amarelo - tall kneeling pressing, chop/lift exercises, half kneeling pressing, chop/lift exercises, symmetrical deadlifting and
symmetrically loaded squatting

Sinal verde - partial get-up, floor press, symmetrical rowing and open chain upper body training

Trunk Stability Push-Up – “Estabilidade do Tronco”

Sinal vermelho - pressing, symmetrically loaded closed chain exercises Sinal amarelo - deadlift, swing, core work Sinal verde - push-
up progressions, single leg deadlift, half get-up

Inline Lunge – “Avanço em Linha Reta”

Sinal vermelho - Lunges, full get-up, split stance exercises Sinal amarelo - deadlift, swing, single leg deadlift, squats Sinal verde
- half get-up, suitcase deadlift, half kneeling chop/lift and exercises, upper body training

Hurdle Step – “Passo por Cima da Barreira”

Sinal vermelho - single leg exercises, full get-up Sinal amarelo - symmetrically loaded deadlift, squat and variations Sinal verde - half get-up,
half kneeling chop/lift and exercises, suitcase deadlift, upper body training.

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Deep Squat – “Agachamento Profundo”


Sinal vermelho - squat and variations Sinal amarelo - single leg exercises, split stance and lunge exercises

Sinal Amarelo –exercícios com apoio unilateral; posicção de tesoura e exercícios com Avanço.

Sinal verde - get-up, deadlift, single leg deadlift, half kneeling chop/lift and exercises, tall kneeling chop/lift and exercises, upper body
training.

Esta lista de exercícios recomendados não é exaustiva nem “completa”, mas podem ser um direcionamento adequado sobre quais exercícios
devem receber o sinal vermelho, quais exercícios devem ser realizados com cautela (sinal amarelo) e quais exercícios recebem um sinal
verde, em relação aos exercícios baseados no ponto mais fraco da triagem do FMS.

Lembre-se de que os padrões de movimento que receberam um sinal verde para o resultado do FMS (pontuações de 2/2 ou de 3/3) estão
liberados, e você verá que há muitas opções de exercícios recomendados mesmo dentro dos padrões de movimento que receberam o sinal
vermelho. Além disso, tenha em mente, que as expectativas são que os padrões que receberam sinais vermelho se tornarão eventualmente
verdes com a aplicação das estratégias corretivas. E, assim, nenhum padrão (exceto no caso de certas situações médicas ou relacionadas a
lesões) será considerado um sinal vermelho “para sempre” ou por muito tempo.

Sinais de trânsito, triagem do movimento e exercício: uma maneira simples de usar os conceitos de sinal vermelho, amarelo e verde para
compreender os exercícios recomendados com base nessas pontuações. Viste o fórum do FMS se tiver dúvidas ou comentários.

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Light System Chart of Popular Exercises


ASLR SM RS TSPU IL HS DS
Lower Push Assisted Squat
Air Squat (BW)
Goblet Squat*
Single Arm Rack Squat
Double Arm Rack Squat
Zombie Squat
Zercher Squat
Low Bar Back Squat
High Bar Back Squat
Overhead Squat
Barbell Clean
Power Clean
Hang Power Clean
Barbell Snatch
Split Squat
Forward Lunge
Step Up
Pistol Squat
Prowler Push
Stones
Lower Pull Hip Hinge BW
Kettlebell Deadlift-Elevated
Kettlebell Deadlift
Single Arm Kettlebell Deadlift
Single Arm Kettlebell Suitcase Deadlift
Double KB Deadlift
Double KB Suitcase Deadlift (TrapBar)
Sumo Deadlift
Conventional Deadlift
Good Morning
Romanian Deadlift
Snatch Grip Deadlift
Kettlebell Swing 2 Arm-1KB
Kettlebell Swing 1 Arm
Kettlebell Swing Double Arm-2KB
Kettlebell Clean Dead Stop SA
Kettlebell Clean Dead Stop DBL
Kettlebell Clean SA
Kettlebell Clean DBL
Kettlebell Snatch 1 Arm - 1KB
Kettlebell Snatch 2 Arm - 2KB
Dumbbell Snatch 1 Arm
Barbell Clean
Power Clean
Hang Power Clean
Barbell Snatch
Power Snatch
Hang Power Snatch
Hang Snatch
Glute/Ham Raise
GHD Back Extension
Reverse Lunge**
Single Leg Deadlift - Elevated
Single Leg Deadlift
Upper Push-Vertical Get Up** - BW Full
Get Up - Loaded Full
Partial/Half Get Up***
OH press Single Arm
OH Press Double Arm
OH Press Barbell
Push Press SA
Push Press DBL
Push Press Barbell
Jerk Single Arm
Jerk Double Arm
Jerk Barbell
Split Jerk Barbell
OH Walks Single Arm
OH Walks Double Arm
Handstand Hold
Handstand Push Up
Wall Ball
Stones
Upper Push-Horizontal Push Up
Push Up- Elevated or Assisted
Push Up Plank
Single Arm Push Up
Bench Press
Single Arm Bench Press Dumbbell
Incline Press
Prowler Push

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Lower Push Low Bar Back Squat


Lower Push High Bar Back Squat
Lower Push Overhead Squat
Lower Push Barbell Clean
Lower Push Power Clean
Lower Push Hang Power Clean
Lower Push Barbell Snatch
Lower Push Split Squat
Lower Push Forward Lunge
Lower Push Step Up
Lower Push Pistol Squat
Lower Push Prowler Push
Lower Pull Stones
Lower Pull Hip Hinge BW
Lower Pull Kettlebell Deadlift-Elevated
Lower Pull Kettlebell Deadlift
Lower Pull Single Arm KB Deadlift
Lower Pull Single Arm KB Suitcase Deadlift
Lower Pull Double KB Deadlift
Lower Pull Trap Bar Deadlift
Lower Pull Double KB Suitcase Deadlift
Lower Pull Sumo Deadlift
Lower Pull Conventional Deadlift
Lower Pull Good Morning
Lower Pull Romanian Deadlift
Lower Pull Snatch Grip Deadlift
Lower Pull KB Swing Double Arm - R KB
Lower Pull KB Swing Single Arm
Lower Pull Kettlebell Swing Double Arm YKB
Lower Pull Kettlebell Clean Dead Stop RKB
Lower Pull Kettlebell Clean Dead Stop YKB
Lower Pull Kettlebell Clean SA
Lower Pull Kettlebell Clean DBL
Lower Pull Kettlebell Snatch Single Arm - RKB
Lower Pull Kettlebell Snatch Double Arm - YKB
Lower Pull Dumbbell Snatch Single Arm
Lower Pull Barbell Clean
Lower Pull Power Clean
Lower Pull Hang Power Clean
Lower Pull Barbell Snatch
Lower Pull Power Snatch
Lower Pull Hang Power Snatch
Lower Pull Hang Snatch
Lower Pull Glute/Ham Raise
Lower Pull GHD Back Extension
Lower Pull Reverse Lunge**
Lower Pull Single Leg Deadlift - Elevated
Lower Pull Single Leg Deadlift
Upper Vertical Push Get Up** - BW Full
Upper Vertical Push Get Up - Loaded Full
Upper Vertical Push Partial/Half Get Up***
Upper Vertical Push OH Press Single Arm
Upper Vertical Push OH Press Double Arm
Upper Vertical Push OH Press Barbell
Upper Vertical Push Push Press Single Arm
Upper Vertical Push Push Press Double Arm
Upper Vertical Push Push Press Barbell
Upper Vertical Push Jerk Single Arm
Upper Vertical Push Jerk Double Arm
Upper Vertical Push Jerk Barbell
Upper Vertical Push Split Jerk Barbell

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71

ANEXO 1

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72

Apresentação à Triagem de Controle Motor


OBJETIVO:
A finalidade deste teste não é remover a mobilidade do tornozelo; ao contrário ele visa garantir que a mobilidade do tornozelo não será um obstáculo à
competência e à capacidade do padrão de movimento. A triagem de controle motor dos membros inferiores não pode ser respectivamente medida quando a
mobilidade do tornozelo for considerada como estando prejudicada porque uma mobilidade adequada é um pré-requisito ao controle motor. A reprovação
nessa triagem indica que a mobilidade do tornozelo precisa ser tratada e receber liberação antes de realizar a triagem de controle motor dos membros
inferiores.

O sistema Functional Movement Systems (FMS) criou uma ponte entre a triagem para avaliar os padrões de movimento fundamentais através da Triagem
Funcional do Movimento (Functional Movement Screen, FMS) e a triagem para avaliar o desempenho através da Triagem da Capacidade Fundamental
(Fundamental Capacity Screen, FCS). A triagem de controle motor (Motor Control Screen, MCS) é um teste de equilíbrio que foi concebido para desafiar a
competência ou qualidade de um membro individual da pessoa.

A triagem de controle motor (Motor Control Screen, MCS) determina se a pessoa detém um nível mínimo de controle motor com peso corporal que permite a
maior capacidade de adaptação possível para o desempenho humano. Através de pesquisas, o sistema MCS adota a ciência e a validade do teste Y balance e a
conveniência do FMS e com isso acrescentar mais uma camada de exatidão ao teste do controle motor básico.

Além disso, o MCS presta informações essenciais sobre como estabilizar, equilibrar e controlar o movimento. Esse é um vínculo importante entre o FMS e as
atividades de preparo físico/capacidade de uma pessoa. Nossa equipe criou o sistema de triagem de controle motor para oferecer um circuito de retorno
restrito que não apenas mede a disfunção no controle motor dos membros superiores e inferiores como também estabelece de maneira rápida e confiável um
ponto de referência contra o qual podem ser comparadas alterações mensuráveis no controle motor.

O MCS É FORMADO POR:


1. Teste do tornozelo
2. MCS dos membros inferiores
3. Teste eliminador de extensão do pulso
4. Teste eliminador na horizontal
5. MCS dos membros superiores

TESTES DE ELIMINACÃO ( clearing exams) E DOR


A dor altera o controle motor. Os testes de eliminação ( clearing exams) tanto para os membros inferiores e superiores ajudam identificar a ocorrência de
dor durante algum movimento o que possivelmente pode afetar a pontuação final do MCS. Se houver ocorrência de dor durante o teste de eliminação, o
indivíduo avaliado deve consultar com um profissional da saúde para uma avaliação mais especifica.

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73

APRESENTAÇÃO À TRIAGEM DE CONTROLE MOTOR: ANEXO

ANOTAÇÕES

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74

Ankle Clearing – “Teste do Tornozelo”


OBJETIVO
A finalidade deste teste não é remover a mobilidade do tornozelo; ao contrário ele visa garantir que a mobilidade do tornozelo não será um obstáculo à
competência e à capacidade do padrão de movimento. A triagem de controle motor dos membros inferiores não pode ser respectivamente medida quando a
mobilidade do tornozelo for considerada como estando prejudicada porque uma mobilidade adequada é um pré-requisito ao controle motor. A reprovação
nessa triagem indica que a mobilidade do tornozelo precisa ser tratada e receber liberação antes de realizar a triagem de controle motor dos membros
inferiores.

DESCRIÇÃO
Enquanto o cliente segura o bastão para poder manter o equilíbrio, peça para ele colocar o pé direito alinhado com o lado esquerdo do kit e depois colocar o
pé esquerdo em frente ao pé direito, com o calcanhar encostado nos dedos do pé (um pé atrás do outro). Alinhe a margem dianteira do maléolo médio do pé
dianteiro atrás da linha número 0 do kit do FMS com a parte interna do pé esquerdo tocando o kit, ajustando o kit se necessário.
O tornozelo é o que estará sendo medido. Peça ao cliente para se abaixar em uma linha vertical, enquanto dobra o joelho e avança o máximo possível o
joelho traseiro sobre os dedos do pé, mantendo o calcanhar encostado no chão. Imagine uma linha vertical que vai do ponto mais avançado do joelho dobrado
até o chão e determine se o joelho cruza a margem dianteira do maléolo médio. Pergunte ao cliente se ele está sentindo dor no tornozelo e se a resposta for
sim, pergunte onde é a dor (na parte dianteira do tornozelo ou na parte de trás da perna?). Se o cliente estiver sentindo dor, indique essa ocorrência e não
realize o teste de alcance à frente (Forward Reach).
Se o cliente sentir um alongamento/desconforto na parte anterior do tornozelo e ele não melhorar após um alongamento específico, será necessária uma
avaliação por um profissional médico/clínico.
Se o cliente não sentir dor e não passar, então passe para o teste de alcance à frente (Forward Reach). Contudo, o tornozelo ainda é a prioridade. Caso não
saiba com certeza se o calcanhar ficou ou não encostado no chão ou se o joelho ultrapassou ou não o maléolo, repita o teste até três vezes. Depois disso,
repita o teste no lado contrário.
O cliente deve conseguir fazer com que o joelho ultrapasse a margem dianteira do maléolo médio.

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75

Ankle Clearing
INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando o teste do tornozelo. Este roteiro deve ser utilizado em todas as triagens para manter a
consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Por favor, informe se há dor enquanto executa qualquer parte da triagem.


§ Amarre o cadarço ou prenda as tiras no calçado com firmeza porque este teste do tornozelo é um teste com carga.
§ Coloque a parte externa do pé direito ao lado do kit de teste do FMS de forma que a parte externa do pé esteja tocando o kit.
§ Usando um bastão para se equilibrar, coloque o pé esquerdo em frente ao pé direito de modo que os pés fiquem encostados um atrás do
outro e estejam também tocando o kit de teste do FMS.
§ Eu vou ajustar o kit do FMS para fazer com que a linha de partida vermelha fique alinhada com o maléolo médio.
§ Você tem que manter os pés encostados um atrás do outro e se abaixar em uma linha vertical, enquanto dobra o joelho traseiro e o
avança o máximo possível sobre os dedos do pé, mantendo o calcanhar encostado no chão.
§ Assim que tiver alcançado sua distância máxima, eu medirei a distância e perguntarei onde você sentiu o alongamento (na parte
dianteira ou traseira do tornozelo ou sem alongamento).
§ Você compreendeu as instruções?

Peça ao cliente para realizar a triagem do teste do tornozelo pelo menos três vezes para obter uma medição
consistente.

DICAS PARA O TESTE


§ O pé de trás é o tornozelo que está sendo testado.
§ Ajuste o kit do FMS para fazer com que a linha de partida vermelha fique alinhada com a parte dianteira do maléolo médio.
§ Ambos os pés precisam permanecer encostados um atrás do outro durante todo o movimento.
§ Se o cliente sentir dor, indique essa ocorrência e não realize o teste de alcance à frente (Forward Reach).
§ Se o cliente for reprovado no teste do tornozelo por não ter alcançado os critérios de pontuação não há dor, recomenda-se passar para o teste
de alcance à frente para criar um ponto de referência do movimento. Isso permitirá comparar o movimento antes e depois de as medidas
corretivas serem aplicadas e mobilidade do tornozelo tiver sido aprovada.

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76

Pontuação do Ankle Clearing


VERMELHO (ATRÁS)

§ O joelho da pessoa fica atrás do maléolo médio.

AMARELO (NA FAIXA)

§ O joelho da pessoa fica dentro da faixa do maléolo médio.

VERDE (ALÉM)

§ O joelho da pessoa fica além do maléolo médio.

PERGUNTAS

§ Você sentiu alguma dor? Se a resposta for sim, onde foi?


§ Você sentiu um alongamento? Se a resposta for sim, onde foi? (Na parte dianteira ou traseira do tornozelo ou sem
alongamento.)

§ O cliente pode ser reprovado nesta triagem devido à presença de dor ou ausência de amplitude de movimento.

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77

ANKLE CLEARING: ANEXO


ANOTAÇÕES

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78

Lower Body MCS – “MCS dos Membros


Inferiores”
OBJETIVO
A medição essencial da capacidade de engatinhar e escalar é uma competência de membro individual. Tanto para engatinhar e escalar, um dos membros será
responsável, ou o principal responsável, por avançar com o movimento. Isso pode ser testado através da triagem de controle motor.
O sistema de triagem de controle motor adota a ciência e a validade do teste Y balance e a conveniência do FMS para acrescentar mais uma camada de
exatidão ao teste do controle motor básico. Além disso, o MCS presta informações essenciais sobre como estabilizar, equilibrar e controlar o movimento
através da competência de membro individual. Esse é um vínculo importante entre o FMS e as atividades de preparo físico/capacidade de uma pessoa

DESCRIÇÃO
Depois de passar as instruções sobre o procedimento do teste, comece pedindo ao cliente se equilibre unilateralmente no kit do FMS, com a parte mais distal
do calçado posicionada logo atrás da linha de partida e a parte interna do pé alinhada junto à barra de posicionamento. Peça para o cliente fazer um
movimento de alcance com o membro liberado e então retornar à posição inicial, mantendo sempre o apoio unilateral da perna. Observe que o calcanhar
NÃO pode levantar-se durante o teste.
Inicie o teste ao passar as instruções sobre o procedimento. Depois peça ao cliente se equilibrar unilateralmente no kit do FMS, com a parte interna do pé
direito junto à margem do kit e então fazer um movimento de alcance com o outro membro ao deslizar a barra deslizante com os dedos do pé do membro
liberado. O cliente deve então retornar à posição inicial sem tocar o membro liberado no chão. O cliente precisa realizar no mínimo três repetições bem
sucedidas, continuando até que a próxima vez que o movimento de alcance não melhorar a pontuação final. Por exemplo, você tem cinco repetições, a
primeira não foi bem sucedida, a segunda alcançou 23, a terceira não foi bem sucedida, a quarta alcançou 27 e a quinta alcançou 25. A pontuação final será
27. Se a quinta tentativa for maior que a quarta, então são necessárias outras tentativas até que comece a haver um declínio.
Assim que a distância máxima tiver sido alcançada, repita com o lado oposto.
A ordem específica desta triagem é:

1. Alcance à frente (Forward Reach) à direita (no mínimo três tentativas).


2. Alcance à frente (Forward Reach) à esquerda (no mínimo três tentativas).

A distância máxima alcançada é medida ao ler o valor na fita métrica situada na margem da barra deslizante, até o ponto máximo alcançado pela parte mais
distal do pé em meia-polegada ou em meio-centímetro (p. ex., 68,5, 69,0, 69,5 cm), dependendo do seu instrumento (Kit do Functional Movement Screen ou
kit do teste de Y balance).

CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA ESPECÍFICAS


§ A pessoa consegue manter o apoio unilateral da perna por 10 segundos?
§ A pessoa pode subir e descer escadas com segurança?
§ A pessoa tem algum problema de instabilidade ( presentes e ou passadas) nas articulações dos membros inferiores ou alguma ruptura em sua
cartilagem?
§ A pessoa já passou por alguma cirurgia dos membros inferiores?

Tome cuidado com instabilidade dos quadris, reposição total da articulação ou qualquer outra instabilidade nos membros inferiores

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79

Pontuação do Lower Body MCS


Para ser considerado funcional, espera-se que a assimetria entre o lado direito e o esquerdo seja de menos de 1,5 polegadas ou 4 cm (>1,5 polegadas ou 4 cm
= Reprovado).
O cliente deve também conseguir alcançar mais de duas vezes o comprimento do pé e ir além do limiar mínimo específico para o ambiente (com base em
idade, sexo, esporte/atividade).

EXEMPLO:
O comprimento do pé para este teste é considerado 11,5 polegadas.

§ Alvo = 11,5 x 2= >23 polegadas


§ Maior à esquerda = 27 polegadas - Aprovado
§ Maior à direita = 25 polegadas - Aprovado
§ Assimetria = 2 polegadas - Reprovado

Posição inicial do pé Alcance

Pontuando o alcance Medida do pé

Lower Body MCS – “MCS dos membros inferior

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80

INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA VERBAIS


O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando a triagem de controle motor dos membros inferiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Antes de começarmos, gostaria de lhe fazer algumas perguntas de segurança.


§ Você tem dificuldade para subir e descer escadas com segurança?
§ Você tem algum histórico de instabilidade dos quadris, reposição total da articulação ou qualquer outra instabilidade nos membros inferiores?
§ Coloque o pé direito no kit do FMS com os dedos dos pés logo atrás da linha de partida.
§ Quando estiver pronto, tente equilibrar-se apoiado sobre apenas uma perna por 10 segundos.
§ Agora faça o mesmo com a outra perna.

INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando a triagem de controle motor dos membros inferiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Por favor, informe se há dor enquanto executa qualquer parte da triagem.


§ Amarre o cadarço ou prenda as tiras no calçado com firmeza.
§ Coloque a parte interna do pé direito no kit do FMS com os dedos dos pés logo atrás da linha de partida e a parte interna do pé alinhada com a
margem do kit.
§ A posição inicial da barra deslizante deve ser em frete ao pé de apoio.
§ Quero ver se você consegue manter o equilíbrio enquanto empurra a barra deslizante com o pé oposto e sem tirar o pé da plataforma.
§ O pé que está fazendo o movimento de alcance precisa ficar tocando a barra deslizante na área alvo enquanto o movimento está sendo feito (ou
seja, ele não pode chutar a barra deslizante).
§ Não use a barra deslizante para se apoiar (ou seja, colocar o pé na barra deslizante).
§ Retorne de maneira controlada o pé que está fazendo o movimento de alcance à posição inicial (ou seja, retorne o pé que está fazendo o
movimento de alcance atrás ad linha de partida vermelha, próxima à plataforma de apoio).
§ Você compreendeu as instruções?

DICAS PARA O TESTE


§ Certifique-se de que o calcanhar da perna de apoio permanece em contato com a barra durante a repetição.
§ O calcanhar que está subindo será quase sempre o fator limitante.
§ Mantenha o contato com a barra deslizante durante o movimento de alcance e não a chute para frente.
§ Não use a barra deslizante para se apoiar.
§ Retorne à posição inicial de maneira controlada, não permitindo que o pé toque no chão.
§ Não oriente o movimento; simplesmente repita as instruções caso necessário.

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81

Como Determinar o Comprimento do Pé

COMPRIMENTO DO PÉ (cm) 2 X FL
COMPRIMENTO DO PÉ (pol) 2 X FL COMPRIMENTO DO PÉ (cm) 2 X FL
12 24
5 10 38 76
13 26
5,5 11 39 78
14 28
6 12 40 80
15 30
6,5 13 41 82
16 32
7 14 42 84
17 34
8 16 43 86
18 36
8,5 17 44 88
19 38
9 18 45 90
20 40
9,5 19 46 92
21 42
10 19
22 44
10,5 21
23 46
11 22
24 48
11,5 23
25 50
12 24
26 52
12,5 25
27 54
13 26
28 56
13,5 27
29 58
14 28
30 60
14,5 29
31 62
15 30
32 64
15,5 31
33 66
16 32
34 68
16,5 33
17 34
17,5 35
18 36

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MEMBROS INFERIORES MCS: ANEXO

ANOTAÇÕES

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83

Upper Body MCS Clearing – “Teste


Eliminador do MCS nos Membros
Superiores”
INSTRUÇÕES VERBAIS PARA EXTENSÃO DE PULSO
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando o teste eliminador do MCS nos membros superiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Por favor, informe se há dor enquanto executa qualquer parte do teste.


§ Una as palmas das mãos em frente ao peito e abaixe as mãos lentamente sem afastar as palmas.
§ Interrompa o movimento assim que as palmas começarem a se afastar.
§ Vou então colocar o bastão em paralelo com o chão.
§ Você compreendeu as instruções?

Teste eliminador de extensão do pulso

É possivel falhar esse testte por presença de dor e/ou falta de amplitude de movimento.

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84

INSTRUÇÕES VERBAIS PARA O TESTE ELIMINADOR EM ADUÇÃO NO


PLANO HORIZONTAL
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando o teste eliminador do MCS nos membros superiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Por favor, informe se há dor enquanto executa qualquer parte da triagem.


§ Levante o braço direito no nível do peito.
§ A partir dali use sua mão esquerda para puxar o braço direito em frente ao peito.
§ Você compreendeu as instruções?

Teste Eliminador em Adução no Plano Horizontal

Esse teste não mensura amplitude de movimento. É somente usado para provocar dor.

Se o aluno está livre de dor em ambos os testes eliminatórios mas não passa no teste de extensão do punho,
proceda com cautela para o teste MCS dos membros superiores. Porem, a mobilidade do punho continua sendo
a sua prioridade.

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85

Upper Body MCS


“Membros Superiores”
DESCRIÇÃO
Inicie o teste com o cliente na posição quadrúpede e peça a ele para colocar o polegar direito em paralelo à linha vermelha com o número 0 e o dedo mínimo
alinhado com a linha branca na barra deslizante (a barra deslizante começa ao lado da mão de apoio). A linha média do corpo deve estar alinhada com a
seção cinza no topo da barra deslizante. Fique na posição inicial de flexão de braço (push-up) com as pernas abertas na mesma largura dos ombros e quando
estiver pronto deslize a barra com a mão esquerda o máximo possível dento do movimento de alcance no plano horizontal. O cotovelo pode ser flexionado
durante este teste, mas o cliente precisa retornar sem cair. Leia a distância alcançada enquanto o cliente descansa. O cliente retorna à posição inicial e realiza
mais uma tentativa. Lembre-se de que o cliente deve estar usando calçados durante a realização do teste.
O cliente precisa realizar no mínimo três repetições bem sucedidas, continuando até que a próxima vez que o movimento de alcance não melhorar a
pontuação final. Por exemplo, você tem cinco repetições, a primeira não foi bem sucedida, a segunda alcançou 23, a terceira não foi bem sucedida, a quarta
alcançou 27 e a quinta alcançou 25. A pontuação final será 27. Se a quinta tentativa for maior que a quarta, então são necessárias outras tentativas até que
comece a haver um declínio. Assim que a distância máxima tiver sido alcançada, repita com o lado oposto.
A ordem específica desta triagem é:

§ Alcance no plano horizontal à direita (no mínimo três tentativas).


§ Alcance no plano horizontal à esquerda (no mínimo três tentativas).

A distância máxima alcançada é determinada ao ler o valor na margem da barra deslizante, até o ponto máximo alcançado pela parte mais distal da mão em
meio-centímetro (p. ex., 68,5, 69,0, 69,5 cm) ou meia-polegada, dependendo do seu instrumento.
Por último, com o cliente usando calçados determine o comprimento do pé ao colocar o calcanhar sobre o número zero e medindo a distância entre o
calcanhar até a parte mais distal do calçado. Registre a medida arredondando para a meia-polegada ou meio centímetro seguinte, dependendo do instrumento.

CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA ESPECÍFICAS


§ O cliente consegue realizar uma flexão de braço com segurança?
§ O cliente tem instabilidade nos ombros atual/anterior ou antecedentes de cirurgia de ombro?
§ Uma pontuação de 1 ou 0 nos testes de Mobilidade do ombro, Estabilidade do tronco e Estabilidade de rotação no FMS.
§ Uma pontuação maior ou igual 5/9 na escala de Beighton.

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86

Pontuação do MCS dos Membros Superiores


Posição da mão Posição do corpo

Início do movimento de alcance Distância do movimento de alcance

Medida da distância

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87

Upper Body MCS


INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando a triagem de controle motor dos membros superiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Antes de começarmos, gostaria de lhe fazer algumas perguntas de segurança.


§ Você tem alguma dor ou dificuldade para realizar flexões de braço?
§ Você tem instabilidade nos ombros ou antecedentes cirúrgicos que o impediriam de realizar este teste?

INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando a triagem de controle motor dos membros superiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.

§ Por favor, informe se há dor enquanto executa qualquer parte da triagem.


§ Amarre o cadarço ou prenda as tiras no calçado com firmeza.
§ Inicie na posição quadrúpede e coloque o polegar direito em paralelo à linha de partida e o dedo mínimo alinhado com a linha branca na barra
deslizante.
§ Alinhe a linha média do corpo com a parte cinza da barra deslizante.
§ Fique na posição inicial de flexão de braço (push-up) com as pernas abertas na mesma largura dos ombros e quando estiver pronto deslize a
barra no alvo vermelho, mantendo a mão direita na plataforma.
§ A mão que está fazendo o movimento de alcance precisa permanecer em contato com a barra deslizante (ou seja, não pode simplesmente jogar a
barra deslizante para frente).
§ Não use a barra deslizante para se apoiar (ou seja, não coloque a mão na barra deslizante).
§ Você pode dobrar o cotovelo, mas precisa retornar de maneira controlada a mão que está fazendo movimento de alcance.
§ Você via realizar no mínimo três repetições bem sucedidas, continuando até que a próxima vez que o movimento de alcance não melhorar a
pontuação final.
§ Assim que a distância máxima tiver sido alcançada, repita com o lado oposto.
§ Você compreendeu as instruções?

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88

DICAS PARA O TESTE


§ Amarre o cadarço ou prenda as tiras no calçado com firmeza.
§ O braço que está sendo medido é o braço de apoio. Isso simplesmente representa o padrão e não sugere a capacidade funcional de
uma parte ou lado do corpo.
§ Use o bastão como guia visual para alinhar a linha média do corpo com a parte cinza da barra deslizante.
§ Praticar o exercício fora do kit ou em outro kit pode acelerar o processo do teste, mas não é exigido.
§ Não oriente o movimento; simplesmente repita as instruções caso necessário.
§ O cliente deve manter-se na posição de apoio unilateral na plataforma.
§ O cliente deve manter mão que está fazendo o movimento de alcance em contato com a barra deslizante na área alvo (ou seja, não
pode simplesmente jogar a barra deslizante para frente).
§ O cliente não pode usar a barra deslizante para se apoiar (ou seja, colocar a mão na barra deslizante).
§ O cliente pode dobrar o cotovelo.
§ O cliente precisa retornar de maneira controlada a mão que está fazendo o movimento de alcance.

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89

UPPER BODY MCS: ANEXO

ANOTAÇÕES

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90

FOL FOLHA DE PONTUAÇÃO DA TRIAGEM


DE DE CONTROLE MOTOR

NOME: DATA: DATA DE NASCIMENTO:

ENDEREÇO:

CIDADE, ESTADO, CEP: TELEFONE:

ESCOLA/AFILIAÇÃO:

ALTURA: PESO: IDADE: SEXO:

ESPORTE PRINCIPAL: POSIÇÃO PRINCIPAL:

MÃO/PERNA COMPRIMENTO COMPRIMENTO PONTUAÇÃO DE TESTES


DOMINANTE: DA MÃO: DO PÉ: ANTERIORES:

TRIAGEM DE CONTROLE MOTOR LADO DIREITO LADO ESQUERDO ALVO SIMETRIA


Teste do Tornozelo
Além
(Além/Na faixa/Atrás do maléolo)

Dor

Onde foi sentida?

Alcance à frente

Teste eliminador de extensão do pulso -/+

Teste eliminador em adução no plano horizontal-/+

Alcance na horizontal
COMPRIMENTO DO PÉ

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91

ANEXO 2

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92

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

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93

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


94

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


95

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


96

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


97

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


98

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


99

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


100

FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN


SCORE SHEET

NAME: DATE DOB:


:

TIBIA HEIGHT: HAND LENGTH: AGE: GENDER:

SCREEN RAW SCORE FINAL SCORE COMMENT


S

DEEP SQUAT

R
HURDLE STEP
L

R
INLINE LUNGE
L

ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-

ANKLE CLEARING - MOBILITY R


R-Y-G L

R
SHOULDER MOBILITY
L

SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L

TRUNK STABILITY PUSHUP

EXTENSION CLEARING +/-

R
ROTARY STABILITY
L

FLEXION CLEARING +/-

TOTAL SCREEN SCORE

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook


1

Copyright 2015 Functional Movement Systems and Gray Cook

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