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V2.5
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As informações no presente documento não têm nenhuma intenção de substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico. Sempre procure
aconselhamento médico ou de outro profissional da saúde qualificado para responder suas dúvidas a respeito de problemas de saúde, ou antes de dar início a
qualquer programa de condicionamento físico. Todos os direitos reservados. Impresso nos Estados Unidos da América em papel reciclado. É proibida a
reprodução ou transmissão de qualquer parte deste manual por qualquer método sem a prévia autorização por escrito do autor ou editora, salvo na inclusão de
citações breves em artigos ou análises.
Copyright 2019 Functional Movement Systems and Gray Cook.
Índice
Avaliação do Curso............................................................................................................................................................. 7
Prefácio............................................................................................................................................................................... 9
Introdução............................................................................................................................................................................ 10
NDS...................................................................................................................................................................................... 11
Princípios do Movimento..................................................................................................................................................... 12
Guias da Triagem................................................................................................................................................................. 18
Deep Squat........................................................................................................................................................................... 20
Hurdle Step........................................................................................................................................................................... 24
Inline Lunge.......................................................................................................................................................................... 28
Rotary Stability..................................................................................................................................................................... 49
Melhor FMS.......................................................................................................................................................................... 56
Sinais de Trânsito.................................................................................................................................................................. 66
Avaliação do Curso
Curso___________________Localidade ____________
Data____________________ Instrutores________________
Circule o número que melhor corresponde à sua resposta. A avaliação vai desde DISCORDO PLENAMENTE a CONCORDO PLENAMENTE.
Discordo plenamente Concordo plenamente
Programa
1. Os objetivos do curso ficaram claros. 1 2 3 4 5
2. O material foi apresentado de maneira organizada. 1 2 3 4 5
4. Os objetivos do curso foram cumpridos. 1 2 3 4 5
5. Foi apresentada evidência para respaldar o 1 2 3 4 5
material apresentado.
6. A experiência e observação pessoais foram as 1 2 3 4 5
principais fontes de informação.
7. Tenho certeza de que conseguirei usar as técnicas. 1 2 3 4 5
Palestrantes
1. Os palestrantes interagiram bem com os 1 2 3 4 5
participantes.
2. O conhecimento dos palestrantes sobre o assunto 1 2 3 4 5
era adequado.
3. As demonstrações foram utilizadas de maneira 1 2 3 4 5
eficaz.
4. Houve tempo suficiente para perguntas e 1 2 3 4 5
respostas.
Diversos
1. Qual era seu principal objetivo para participar deste o Sim o Um pouco o Talvez o Não
programa?
2. Você conseguiu cumprir com esse objetivo? o Sim o Um pouco o Talvez o Não
3. De modo geral, que nota daria ao curso que o Sim o Um pouco o Talvez o Não
acabou de concluir?
4. Houve promoção de algum produto comercial? o Sim o Um pouco o Talvez o Não
5. Caso afirmativo, você acredita que promover esse o Sim o Um pouco o Talvez o Não
produto era o único objetivo do curso?
Prefácio
O sistema Functional Movement Systems (FMS) foi criado em 2001 para melhorar o escopo global do desempenho, preparo
físico, reabilitação e manejo do risco de lesões em indivíduos ativos. O intuito dos criadores do FMS era oferecer um sistema
mais adequado para ajudar os profissionais de medicina esportiva, preparo físico e fortalecimento e de condicionamento a
identificar disfunções no movimento, bem como melhorar a comunicação entre as profissões. Este processo teve início em
meados dos anos 1990 quando Gray sabia que, para poder criar a abordagem mais holística à reabilitação funcional, era preciso
primeiro observar os padrões de movimento fundamentais. Foi durante esse processo que ele começou a formular uma maneira
sistemática de avaliar os padrões de movimento, o que deu origem ao que agora é o sistema de Avaliação Funcional Seletiva do
Movimento (Selective Functional Movement Assessment, SFMA). Contudo, este processo de avaliação havia sido concebido
para ser usado em pacientes ou indivíduos que já estavam com dor; assim, a meta era então criar um processo de triagem que
permitiria que qualquer pessoa lidando com indivíduos ativos pudesse facilmente determinar um ponto de referência para os
movimentos fundamentais. Depois que os movimentos fundamentais eram observados, era possível tomar decisões mais bem
fundamentadas sobre a melhor maneira de aprimorar o plano de exercícios ou treinamento do indivíduo. O intuito era criar uma
abordagem mais proativa ao lidar com as disfunções no movimento; queríamos detectar disfunções no movimento e intervir tão
logo quanto possível. Foi este objetivo que nos permitiu, em última instância, criar a Triagem Funcional do Movimento.
Desde que este sistema foi inicialmente apresentado, as evidências têm continuado a sugerir que esta filosofia fundamental
deveria ser seguida para poder exercer o impacto mais significativo nos indivíduos ativos que estão procurando aprimorar seu
nível de preparo físico ou pacientes que estão tentando recuperar a função. A FMS continua a analisar dados, examinar pesquisas
e a reunir opiniões de profissionais, para que a evolução de nossa filosofia e mensagem possa ter continuidade. Estaremos
sempre fazendo todos os esforços possíveis para levar as mais recentes e melhores informações sobre o movimento aos
profissionais de preparo físico, médicos e de fortalecimento e condicionamento para que possamos melhorar as vidas das pessoas
com quem interagimos.
Equipe administrativa
1. Todo contato telefônico foi cortês e amistoso. 1 2 3 4 5
2. A equipe administrativa ajudou bastante e foi 1 2 3 4 5
informativa.
Acadêmico
1. Quais diplomas/cerificados você tem?
2. Qual é a fonte que o informou sobre este curso? o Site na internet o Um colega o Panfleto o Outro
Por último
1. Qual é a probabilidade de recomendar o curso a 1 2 3 4 5
outras pessoas?
2. Impressão geral do curso. 1 2 3 4 5
Apresentação
A Triagem Funcional do Movimento captura os movimentos fundamentais, o controle motor dentro dos padrões de movimento e a
competência dos movimentos básicos não complicados por habilidades específicas. Ela vai determinar as principais áreas de deficiência do
movimento, demonstrar as limitações ou assimetrias e, eventualmente, correlacioná-las com um resultado. Assim que você tiver encontrado a
principal assimetria ou deficiência, você pode usar outras triagens que são mais exatas, caso necessário.
A ideia original da triagem era demonstrar a qualidade do padrão de movimento por meio de um sistema de avaliação do movimento com
uma pontuação simples; ela não tem o intuito de diagnosticar ou medir o movimento articular isolado. A tentativa de medir isoladamente
representa uma grande injustiça ao padrão; o corpo é algo muito complexo para levar a sério movimentos isolados nas etapas iniciais da
triagem.
Este sistema foi desenvolvido para pontuar e classificar padrões de movimento em alunos do ensino médio, para tentar determinar quem
estava preparado para realizar atividades de nível superior na sala de musculação e no campo. Contudo, durante o processo de sintonização de
dois anos, descobrimos usos muito além da finalidade original pretendida e as informações que reunimos ao utilizá-lo ampliaram nosso
escopo de exercícios corretivos, treinamento e reabilitação. A triagem nos ensinou como usá-lo e nos ajudou a obter opiniões tempestivas e
valiosas, oriundas de nossas tentativas de corrigir os movimentos.
Nossa experiência coletiva veio de trabalharmos contra a triagem padrão, e não de modificar a triagem toda vez que as coisas ficaram
confusas ou inconvenientes. Modificamos o modo que examinamos os dados da triagem em muitas ocasiões, mas não modificamos a maneira
pela qual coletamos as informações. De certa forma, este trabalho representa nossa evolução, e não a evolução da triagem. A triagem esperou
por nós pacientemente até conseguirmos ver e compreender tudo o que ela estava nos proporcionando em troca de aproximadamente 10
minutos de nosso tempo.
O sistema FMS é formado por sete testes de movimento que exigem um equilíbrio entre mobilidade e estabilidade. Os padrões usados
proporcionam um desempenho observável de movimentos básicos de mobilidade e estabilidade, ao colocar seus clientes em posições onde as
fraquezas, desequilíbrios, assimetrias e limitações se tornam mais discerníveis por profissionais qualificados de saúde e preparo físico.
Quando os movimentos da triagem imitam os movimentos atléticos, isso é apenas coincidência. A triagem não é uma ferramenta de
treinamento, nem é uma ferramenta de competição. Ela é simplesmente um instrumento para pontuar e classificar os movimentos.
A utilidade da triagem vem de sua simplicidade, praticidade e capacidade de preencher uma lacuna no leque de ferramentas que usamos para
avaliar o desempenho e a resistência. Ela não tem o intuito de determinar por que um padrão de movimento disfuncional ou defeituoso existe.
Ao contrário, ela permite descobrir quais padrões são problemáticos. O sistema FMS expõe a disfunção ou a dor, ou ambas, dentro dos
padrões de movimento básicos.
Muitas pessoas conseguem realizar uma ampla gama de atividades, mas não conseguem executar de maneira eficiente os movimentos na
triagem. As pessoas com baixas pontuações nas triagens estão usando padrões de movimento compensatórios durante as atividades normais
Padrões de movimento não ideais estão sendo reforçados caso estas compensações continuem, o que dá origem a uma biomecânica deficiente
e possivelmente contribuindo para uma lesão futura.
O conhecimento público dos detalhes do sistema FMS é, na melhor das hipóteses, mínimo. Para apresentar seu cliente ao
processo, sugira que ele visite o site na internet do sistema Functional Movement Systems, no endereço
FunctionalMovement.com.
OS PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO
O Sistema Funcional do Movimento (Functional Movement Systems- FMS) é baseado em dez princípios descritos originalmente no livro –Movement- com
autoria do Gray Cook. Os mesmos são detalhes, diversos pontos de ação que podem ser usados como guia não só na observação do movimento mas como
também na sua triagem, avaliação, e tratamento. A filosofia do FMS pode ser identificada em 3 princípios distintos do movimento. Eles são simples, porem
abrangem em completo todos os aspectos do desenvolvimento físico. Os mesmos elevam o nosso conhecimento além de ser um guia para o nosso trabalho.
Principio 1 diz que primeiramente devemos nos movimentar bem, e depois com frequência. Afaste-se do seu cliente para que possa observa-lo por
completo. Evite de ficar muito perto ou focado em uma parte do teste. Posicione-se longe o suficiente para obter uma visão mais global do movimento.
Observe o movimento como um todo e deixe que os critérios do teste venham a tona.
Princípio 2 nos direciona em proteger, corrigir, e desenvolver o movimento das pessoas que se encontram em
nosso cuidado.
▪ Princípio 2 é o “Princípio de Ética”.
▪ Guiados pelo Juramento de Hipócrates, primeirmante não fazer nenhum mal, e depois prosseguir em direção a
independência e sustentabilidade.
▪ Proteger refere-se em tomar uma precaução como por exemplo o profissional da saúde ajudando o seu paciente em
elliminar sua dor ou aconselha-lo de evitar certos padrões de movimentos e exercícios por conta da presença de dor ou
disfunções. Isso nos permite em ficar menos expostos á exercícios, atividades e práticas que possam reforçar ou
exarcebar a disfunção. Em alguns casos, essas medidas podem ser o suficiente para melhorar o padrão de movimento do
paciente ou aluno sem mesmo a prática de exercícios ou estratégias corretivas.
▪
Quando protegemos os nossos alunos logo de início isso traz uma mudanca de paradigma! Em geral quando um aluno tem problema com seu padrão básico
de movimento é bem provável que muitos profissionais tentam rapidamente resolver o problema com exercícios suplemenetares sem se preocuparem
primeiramente em protege-lo. Esse é o paradigma que coloca quantidade antes de qualidade—as pessoas tentam melhorar o seu condicionamento em cima de
uma disfunção—o mesmo foca em partes independents do corpo.
O primeiro princípio derrepente ficou em reverso—as pessoas se movimentam com frequência e esperam movimentar-se bem aleatoriamente. Eles não irão.
Além que os problemas com movimento se tornam ainda piores quando agregamos sobrecarga e frequência.
Como profissionais do movimento funcional devemos parar e proteger e temporariamente evitar padrões de movimento e exercícios onde a dor e disfunção
estão presentes. O foco deve ser em exercícios e estratégias que afirmam uma linha de base sólida.
▪ Proteção sempre antecede correção, o que por sua vez, antecede o desenvolvimento. Proteja nossos clientes deles
próprios e de nós via a remoção de pontos negativos que reforçam uma qualidade ruim do movimento. Depois melhore a
sua base de movimento usando o feedback de informações captadas durante a triagem do movimento juntamente com as
estratégias corretivas. A g o r a , o s p a d r õ e s d e m o v i m e n t o e s t ã o p r o n t o s p a r a o s e u
desenvolvimento de capacidade, condicionamento e performance.
▪ Implementação de procedimentos de operações padrões, a prática inteligente de seleção, sempre combinando a relação
risco – desafio do crescimento e desenvolvimento desejado.
▪ Procedimentos de operações padrões e seleção inteligentes de opções protegem aqueles que confiam sua saúde e
condicionamento físico conosco.
▪ Por onde um sistema deve iniciar-se? O mesmo deve reconhecer que não podemos ganhar conhecimento em nada sem a
perspectiva- que não há progressão sem uma linha de base. Nós absolutamente consideramos o movimento como um sinal
vital de vida, juntamente como a pressão arterial, temperatura do corpo entre outros. S e e s t a b e l e c e r m o s u m
s i s t e m a q u e o b s e r v a o s p a d r õ e s f u n d a m e n t a i s d o m o v i m e n t o podemos então criar uma linha de
base. Com essa linha de base, podemos identificar e demonstrar os padrões fundamentais que estão faltando, ou aqueles
deficiêntes ou disfuncionais.
▪ Se o movimento se encontra abaixo de uma padrão aceitável do sinal vital de movimento ou habilidade – isto indica uma
disfunção.
Se alguém é incapaz de expressar capacidade fisica de um padrão com um mínimo de sobrecarga; ou responder ao sistema energético, frequência e/ou
volume, isto é deficiência. Uma vez que compreendemos essa diferença e criamos uma linguagem em comum reforçamos a nossa responsabilidade e
prestação de contas ao nossos alunos e pacientes.
Se você acredita no Principio 1, você deve honra-lo com o Princípio 2. Para tomar uma ação com o Princípio 2,
implemente o Princípio 3.
Pirâmide da Performance
A pirâmide da performance é um diagrama simples, construído para proporcionar uma imagem mental e compreensão do movimento humano e dos padrões
de movimento. Ela é formada por três retângulos de tamanhos diferentes, com um retângulo montado sobre o outro. Cada um desses retângulos representa
certo tipo de movimento. A pirâmide sempre deve ser construída de baixo para cima e sempre deve ter uma aparência afilada (uma base ampla com o topo
estreito).
O primeiro pilar retangular é a base da plataforma ou a fundação. Ele representa a capacidade de se movimentar pelos padrões fundamentais.
O segundo pilar retangular representa o desempenho (performance). Depois de ter estabelecido a sua capacidade de se mover, você precisa examinar quão
eficientemente você executa esse movimento. Essa eficiência do movimento é definida como potência. Esta não é aquela potência específica e sim é uma
potência geral, mensurável, o chamado atletismo em forma rudimentar. Um exemplo de teste de atletismo em forma rudimentar é o salto vertical. Primeiro de
tudo, a gravidade afeta todos os corpos igualmente. Portanto, o salto vertical não diferencia injustamente diante do tamanho do corpo. Em segundo lugar,
embora saltar seja muito importante em alguns esportes (basquete e vôlei) e raramente considerado em outros (ciclismo e corrida de maratona), ele demonstra
a capacidade do indivíduo de produzir ou gerar potência.
Do ponto de vista do treinamento, é muito importante conseguir comparar indivíduos de diferentes esportes em um mesmo formato geral. Os dois primeiros
pilares retangulares nos permitem fazer esta comparação da capacidade e potência do movimento funcional e assim os atletas podem aprender uns com os
outros e com diferentes esquemas de treinamento. Além disso, é importante não ficar na “especificidade do esporte” ao realizar os testes neste pilar da
pirâmide da performance. Manter a especificidade do esporte neste ponto das avaliações reduzirá a capacidade de comparar um atleta com outro e aprender
com eles. Também é importante não fazer muitos testes neste pilar. Quanto mais testes você fizer, mais você complica a questão. Alguns movimentos
simples permitirão que você saiba o quão eficientemente o atleta gera potência.
O último pilar da pirâmide é a habilidade específica no esporte. Este pilar é formado por uma bateria de testes para avaliar a capacidade de o atleta de realizar
uma atividade especifica, jogar/realizar um esporte específico ou jogar em uma posição específica dentro do esporte. Este pilar examina as estatísticas de
competição e qualquer teste específico, relativo a esse esporte.
A pirâmide da performance é somente um mapa, não é um território. Todo pilar da pirâmide deve ser considerado como uma proporção da pontuação do
atleta sobre a pontuação ideal nessa categoria. Leve em consideração quatro aspectos básicos da pirâmide. Elas são simples generalizações, mas representam
como a pirâmide pode ajudar a orientar o programa de condicionamento:
PERFORMANCE
MOVIMENTO
A primeira pirâmide que vamos discutir é a pirâmide ideal. Esta pirâmide representa o tipo de atleta cujos padrões de movimento (demonstrados na triagem
do movimento), eficiência do movimento (demonstrada ao testar o desempenho) e sua competência esportiva (demonstrada por meio de testes específicos ao
esporte e estatísticas esportivas) são equilibrados e adequados. Isto não quer dizer que eles não podem melhorar, mas eventuais aperfeiçoamentos não devem
afetar o equilíbrio e o aspecto da pirâmide da performance.
A pirâmide da performance ideal tem uma base larga com um pilar retangular ligeiramente menor na porção central e um pilar retangular ainda menor no
topo. Esta pirâmide demonstra um indivíduo cujo movimento funcional é apropriado ou ideal. Esse indivíduo possui a capacidade de explorar uma amplitude
do movimento completa, demonstrando controle corporal e consciência do movimento em diversas posições.
Esse indivíduo também demonstrou a quantidade de potência necessária. Quando comparado com os dados normativos, este indivíduo demonstrou uma
produção de potência dentro da média ou acima da média geral. Isso significa que o indivíduo utiliza uma cadeia de movimento bem coordenada ou uma
cadeia cinética. Por exemplo, durante o salto vertical, o indivíduo coloca-se em posição agachada, arremessa os braços, estende o tronco ligeiramente e, por
último, detonam o movimento com o uso das pernas por meio de um esforço bem cronometrado e bem coordenado, de modo que uma eficiência ideal esteja
presente. Esse indivíduo tem a possibilidade de aprender outros movimentos da cadeia cinética e movimentos de produção de potência quando tem à
disposição tempo, prática e análise adequados.
Finalmente, o terceiro pilar retangular demonstra uma quantidade média ou ideal de atividades esportivas específicas ou habilidade específica à atividade.
Observe a maneira pela qual a base ampla cria uma zona de proteção (buffer zone) para o segundo pilar e o segundo pilar cria uma zona de proteção para o
pilar superior. Esta zona de proteção é extremamente importante. Sem ela, há uma grande possibilidade de ocorrerem lesões, e pode ocorrer um
comprometimento na potência e na eficiência. Esta zona de proteção simplesmente demonstra o fato de que os movimentos funcionais do indivíduo são mais
que suficientes para lidar com a quantidade de potência que eles podem gerar.
Quando o topo da pirâmide é usado como referência, a força que eles geram pode controlar facilmente a habilidade que possuem.
HABILIDADE
PERFORMANCE
MOVIMENTO
Esta segunda pirâmide irá demonstrar atletas que tem uma “superpotência”. Isso não significa que eles são excessivamente fortes, significa apenas que a sua
capacidade de gerar potência ultrapassa sua capacidade de mover-se livremente. A maneira de corrigir este problema é melhorar seus padrões de movimento
mantendo o nível atual de potência.
Esta pirâmide representa os indivíduos que tiveram pontuação baixa nos testes de mobilidade e estabilidade, mas tiveram uma pontuação muito alta na
produção de potência (segundo pilar) e pontuação adequada na habilidade (terceiro pilar). Sua capacidade de se mover livremente em posições simples e
básicas é limitada por flexibilidade deficiente ou estabilidade deficiente em alguns dos padrões de movimento. Isso faz com que eles tenham uma pontuação
no movimento funcional abaixo da ideal, que apareceria na forma de um pilar retangular menor na base.
O desempenho deste indivíduo não tem de fato a aparência de uma pirâmide. A base (movimento funcional) e a potência (desempenho funcional) parecem
estar invertidas em tamanho. Este indivíduo está gerando uma quantidade significativa de potência com muitas restrições e limitações no movimento
funcional. Muitos atletas com alto nível de habilidade e treinamento mostrarão ter este formato quando seu desempenho é visto na forma de uma pirâmide da
performance. Este atleta pode nunca ter sofrido uma lesão e pode estar tendo um desempenho de alto nível. Porém, se esse indivíduo optar por fazer
treinamento, o melhor enfoque para o treinamento seria sobre padrões de movimentos funcionais.
Remover estas limitações ao movimento funcional proporcionaria uma base mais larga e criaria uma zona de proteção maior. É possível que não ocorra um
aperfeiçoamento imediato e tangível no desempenho. De fato, o desempenho específico ao esporte e a produção da potência podem permanecer as mesmas
ou até baixarem levemente, à medida que a mobilidade e a estabilidade melhoram. No entanto, é pouco provável que este indivíduo consiga melhorar ainda
mais a produção geral de potência ou a habilidade específica ao esporte sem primeiro melhorar os padrões de movimento básicos fundamentais em geral.
Portanto, independentemente desse indivíduo ter com objetivo realizar os padrões de movimento funcionais para prevenção de lesões ou como forma de
extrair um desempenho inexplorado, ele eventualmente verá aperfeiçoamentos.
HABILIDADE
PERFORMANCE
MOVIMENTO
A terceira pirâmide representa atletas com baixa potência, que apresentam uma liberdade de movimento excelente, mas que apresentam uma baixa eficiência
que poderia ser melhorada. Esses indivíduos deveriam estar envolvidos em treinamento e condicionamento que melhorariam a eficiência ou a potência sem
afetar negativamente os padrões de movimento.
Esta pirâmide representa o indivíduo que demonstra ter uma base ampla e padrões de movimento ideais e uma produção de potência muito baixa no segundo
pilar, enquanto demonstra habilidade ideal ou acima da média em movimentos específicos. Esse indivíduo tem os padrões de movimento necessários para
realizar várias tarefas, atividades e habilidades esportivas, mas não tem capacidade atlética rudimentar ou a capacidade de gerar potência em padrões de
movimento simples.
Esta pessoa se beneficiaria em muito com treinamento de potência, treinamento pliométrico ou treinamento de resistência (“musculação”). No entanto, é
importante que ele mantenha os padrões de movimento funcionais à medida que ganha força, potência, resistência e velocidade. Essa reserva de potência
criará uma zona de proteção para a habilidade esportiva específica enquanto melhora a eficiência. Tome com exemplo um jovem jogador de beisebol que
joga como arremessador (pitcher) que tem mobilidade e estabilidade extremamente boas e que aperfeiçoou suas habilidades de arremesso através de análises
de vídeos e orientação por especialistas. Para arremessar com eficácia, este indivíduo precisa usar um nível muito alto de consumo de energia por um curto
período de tempo. Esse indivíduo não precisa estar em um programa de mobilidade e estabilidade e provavelmente não precisa mexer na mecânica do
arremesso para aperfeiçoar seu arremesso. Esse indivíduo deve criar melhores reservas de força, potência e resistência no seu organismo, com isso
melhorando a capacidade atlética rudimentar. Isso poderia vir a criar uma zona de proteção entre o segundo e o terceiro pilares da pirâmide. Esta zona de
proteção permite que o indivíduo faça o arremesso com o mesmo nível de eficácia com um nível de eficiência mais elevado ou menor nível de gasto de
energia. À medida que esse indivíduo melhora a potência, é possível que nenhuma mudança seja observada na velocidade do arremesso. Contudo, em
circunstâncias normais, poderia ser visto um aperfeiçoamento na consistência, na resistência e na recuperação entre arremessos.
HABILIDADE
PERFORMANCE
MOVIMENTO
A última pirâmide representa atletas que estão com a habilidade técnica defasada. Esta é uma situação na qual o padrão de movimento e eficiência e a
geração da potência nos dois primeiros blocos da pirâmide são adequados. No entanto, a análise da habilidade e do desempenho esportivo demonstra uma
debilidade geral ou desempenho abaixo da média. Os atletas nessa categoria parecem ter um condicionamento adequado, mas não contam com habilidade
adequada. Um programa de treinamento especificamente desenvolvido em torno de princípios básicos e técnicas voltadas para a habilidade esportiva pode ser
o melhor investimento de tempo para esses indivíduos.
Esta pirâmide demonstra um nível de movimento funcional ideal, um nível de desempenho funcional ideal e um nível de habilidade específica abaixo da
média. Este é simplesmente um indivíduo que, naturalmente ou através de trabalho conta com padrões de movimento funcional adequados e uma boa
produção de potência, mas não tem superioridade na habilidade esportiva. Esse indivíduo provavelmente se beneficiaria mais de técnicas de treinamento para
aperfeiçoar ou melhorar a mecânica do movimento ou desenvolver uma maior conscientização do movimento necessário para desempenhar a habilidade em
alto nível.
CONCLUSÃO
O objetivo essencial dos testes propostos por este manual é permitir que você obtenha as informações necessárias para construir uma pirâmide da
performance simples. Este método vai consistentemente dar enfoque às áreas nas quais é preciso dar atenção.
Por meio de sessões de treinamento e através das temporadas, a pirâmide da performance mudará continuamente para alguns indivíduos. Para outros, esta
permanecerá a mesma. Algumas pessoas têm, naturalmente, a capacidade de gerar potência, mas precisam trabalhar consistentemente em padrões de
movimento funcional para manter uma liberdade de movimento ideal. Outras pessoas têm naturalmente uma excelente liberdade de movimento e excelentes
padrões de movimento, mas terão que usar treinamento complementar para manter o nível de atletismo rudimentar e produção de potência. Outros
descobrirão que precisam trabalhar consistentemente nas habilidades fundamentais e esportivas, enquanto outros são naturalmente dotados de habilidades
esportivas e devem investir seu tempo em condicionamento.
A pirâmide da performance explica porque a simples reprodução do programa de um indivíduo não gera consistentemente o mesmo nível de resultado em
outro. Muitos técnicos e atletas, durante os anos, têm, de certa forma, usado intuitivamente este tipo de abordagem para consistentemente expor a categoria
com a maior deficiência e, então, trabalhar nessa categoria. A pirâmide da performance simples e eficazmente mantém o equilíbrio do corpo sob controle e
ajuda na comunicação com os atletas sobre sua área de deficiência.
Guias da Triagem
PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS
Para poder o aplicar o sistema FMS corretamente, você precisa conhecer as seguintes estruturas ósseas ou pontos de
referência superficiais.
Tuberosidade tibial
Posicionamento
As duas coisas que devem ser consideradas ao observar os movimentos da triagem são a distância e o movimento. Levar em consideração esses dois itens vai
resolver a maioria dos problemas envolvidos durante uma tentativa de ver tudo o que está acontecendo durante a triagem.
Distância
Afaste-se do cliente para criar uma distância suficiente para permitir que você veja o panorama todo ao mesmo tempo. A maior parte da confusão sobre onde
ficar vem do fato de ficar muito próximo ao cliente e dar muito enfoque a apenas uma das áreas do teste. Fique afastado o suficiente para permitir um
enfoque mais global. Observe o movimento todo e permita que os critérios do teste se tornem evidentes.
Movimento
O cliente tem três tentativas para realizar cada teste; por isso, não tenha receio de se movimentar ao redor do cliente durante o teste. Dependendo do tipo de
teste, ficar ao lado ou em frente à pessoa pode oferecer o melhor ponto de visão. Tire proveito de todas as três tentativas e movimente-se ao redor do cliente
se a pontuação não ficar evidente em um dos pontos de observação.
Calçados:
Recomendamos que os clientes usem os calçados que eles mais usam para treinar. A meta é gerar condições de triagem consistentes e confiáveis já desde a
primeira triagem até eventuais condições de retriagem. Na maioria dos casos, nossos clientes vivem e operam usando calçados e esta é a maneira mais
confiável de examinar o movimento de um indivíduo de acordo com o que eles atualmente vivenciam em suas vidas.
Aquecimento:
A triagem pelo sistema FMS é realizada sem aquecimento, alongamento ou preparo de movimento prévios. É importante saber qual é o estado natural do
movimento da pessoa assim que ela entra na sala. Essa é a melhor indicação da qualidade e do nível da competência do movimento que eles atualmente
vivenciam em suas atividades diárias.
Instruções verbais:
Este manual descreve instruções verbais específicas que você deve repassar ao cliente de maneira mais específica e consistente quanto possível. As
instruções verbais foram concebidas para guiar o cliente que você está avaliando para assumir a posição inicial correta e lhe instrui
como executar o movimento. Estas instruções foram concebidas para dar apenas a quantidade suficiente de informações para
entender claramente como realizar o teste, sem acrescentar orientação ou opiniões que modificariam o padrão natural do
movimento. Isto também garante que você como avaliador não perca nada do que está acontecendo no posicionamento inicial e
também crie consistência para toda triagem que você aplicar. Se não tiver muita experiência como avaliador, sugerimos que você use
as instruções verbais de maneira consistente para as primeiras 50 triagens que você realizar! Isto garante que você aplicará
sistematicamente a triagem para a obtenção de resultados consistentes e integre o sistema FMS em seu ambiente.
A mobilidade das extremidades, o controle postural e a estabilidade da pelve e do core estão bem representados no movimento de padrão de agachamento
profundo. O agachamento profundo é um movimento que desafia a mecânica corporal total e o controle neuromuscular quando realizado corretamente. Este
teste é usado para avaliar a mobilidade e a estabilidade funcional bilateral e simétrica dos quadris, joelhos e tornozelos.
O bastão, quando segurado acima da cabeça, exige a mobilidade e a estabilidade bilateral e simétrica dos ombros, da região escapular e da coluna vertebral
torácica. A pelve e o core precisam estabelecer estabilidade e controle durante todo o movimento para conseguir realizar o padrão completo.
O teste do DS coloca você em uma posição em que pode ser repetida com consistência além de requerer um alto nível de mobilidade e controle. O
posicionamento dos pés em linha reta e do bastão acima da cabeça coloca o indivíduo no extremo do seu movimento da parte inferior do corpo contra o
posicionamento das extremidades superiores. Isso torna qualquer compensação fácil de ver.
Deep Squat
DESCRIÇÃO
O cliente assume a posição inicial ao colocar a borda interna do pé em alinhamento vertical com a dobra da axila para assumir uma posição em que as pernas
estão abertas na mesma largura dos ombros. Os pés devem estar no plano sagital sem que os dedos do pé apontem para os lados. O cliente repousa o bastão
na parte superior da cabeça para ajustar a posição da mão, resultando na formação de um ângulo de 90 graus pelos cotovelos. Não manipule a configuração
inicial, mas absolutamente preste atenção na segurança e fique atento a possíveis problemas de equilíbrio, que poderiam vir a colocar o avaliado em risco.
Em seguida, o cliente posiciona o bastão acima da cabeça com os ombros flexionados e abduzidos e os cotovelos completamente estendidos. Instrua o cliente
a se abaixar lentamente o mais profundamente possível na posição de agachamento com os calcanhares no chão e o bastão alinhado sobre os pés. Os joelhos
devem estar alinhados sobre os pés sem colapso valgo.
Três repetições podem ser realizadas, mas, se o movimento inicial ficar dentro dos critérios para uma pontuação de três, não há necessidade de se realizar
outro teste. Se algum dos critérios para uma pontuação de dois não for alcançado durante o uso da plataforma do FMS, o cliente recebe uma pontuação de
um.
INSTRUÇÕES VERBAIS
A declaração a seguir dá início à triagem e se aplica a todos os sete testes.
Por favor, me avise se há alguma dor enquanto executa o movimento e, se em qualquer momento você não compreender
as instruções, interrompa-me e peça esclarecimentos. Vamos executar um movimento por vez usando uma movimentação
suave e controlada. Antes de começar o movimento, espere para que eu confirme que você está na posição inicial
adequada e então eu lhe darei o sinal para você iniciar.
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser
repetidas para o cliente.
• Fique em pé com os pés separados aproximadamente na largura dos ombros e com os dedos do pé apontados para frente.
• Segure o bastão com ambas as mãos horizontalmente sobre a cabeça, mantendo os ombros e cotovelos em um ângulo de 90 graus.
• Levante o bastão de forma que ele fique diretamente acima da sua cabeça.
• Inicie o agachamento e desça o mais baixo possível, mas mantenha a coluna vertebral ereta e mantenha o bastão sobre a cabeça e os
calcanhares no chão.
• Mantenha a posição descendente e conte até um, e então retorne à posição inicial.
• Você compreendeu as instruções?
2
• Tronco paralelo à tíbia ou em direção vertical.
• Fêmur abaixo da horizontal.
• Joelhos alinhados sobre os pés.
• Bastão alinhado sobre os pés.
• Calcanhares elevados.
1
• Tíbia e tronco não estão paralelos.
• Fêmur não está abaixo da horizontal.
• Joelhos não estão alinhados sobre os pés.
• O bastão não está alinhado sobre os pés.
Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.
Deep Squat
DICAS PARA O TESTE
1. O cliente pode executar o movimento até três vezes, se necessário.
2. Se uma pontuação de três não for alcançada, repita as instruções acima usando a plataforma sob os calcanhares do cliente.
3. Observe o cliente de frente e de lado.
4. Todas as posições, incluindo a posição do pé, deverão permanecer inalteradas quando os calcanhares estiverem elevados com o kit do sistema
FMS ou com uma plataforma de tamanho similar.
ANOTAÇÕES
Esse movimento exige coordenação e estabilidade entre os quadris durante um movimento assimétrico sendo que um quadril sustenta o peso do corpo e o
outro se movimenta livremente. A pelve e o core iniciam o movimento e também mantêm a estabilidade e o alinhamento do corpo durante a execução do
padrão de movimento. Os braços são mantidos em posição estável (segurando o bastão sobre os ombros). Essa posição proporciona ao avaliador, mais uma
vez, a importância de manter os membros superiores e o tronco em posição estável durante o movimento de passada.
Note que o movimento excessivo dos membros superiores durante a passada básica é visto como uma compensação que não ocorre normalmente na presença
de estabilidade, mobilidade e equilíbrio adequados. O teste do passo por cima da barreira desafia a mobilidade e a estabilidade bilateral dos quadris, joelhos e
tornozelos. O teste também desafia a estabilidade e o controle da pelve e do core, uma vez que ele oferece a oportunidade de observar a simetria funcional.
O individuo deve manter o apoio unilateral durante o movimento da passada com a perna oposta o que cria um desafio dinâmico. O HS usa a medida do
comprimento da Tíbia como padrão relativo do corpo para o movimento da passada.
O posicionamento do bastão sobre os ombros facilita o avaliador enxergar qualquer tipo de movimento da cintura escapular ( i.e, ombros) e dos membros
superiores que podem indicar uma compensação . O teste exige que a pessoa realize um movimento completo e com controle do seus membros inferiores
sem o auxílio ou algum tipo de movimento do membros superiores.
Hurdle Step
DESCRIÇÃO
Meça a altura da tuberosidade da tíbia do cliente com o bastão para iniciar o teste. Uma vez que pode ser difícil encontrar a verdadeira linha articular que
separa a tíbia e o fêmur, o centro da parte superior da tuberosidade da tíbia serve como referência confiável.
Para ajustar a barreira descrita anteriormente na altura correta, o cliente deve ficar em pé com os pés juntos e use o bastão para medir desde o chão até o nível
da parte superior e central da tuberosidade da tíbia. Deslize o cabo de marcação da barreira para a altura da tuberosidade da tíbia medida e ajuste o outro lado
até que a corda esteja nivelada e exiba a altura exata da tuberosidade da tíbia em ambos os indicadores.
O cliente deve estar diretamente atrás do centro da base da barreira, os pés estão juntos tocando os dois calcanhares e os dedos, com os dedos alinhados e
tocando a base da barreira. Posicione o bastão sobre os ombros, abaixo do pescoço. Peça ao cliente para passar por cima da barreira tocando o calcanhar no
chão, mantendo a coluna reta, em seguida deve retornar a perna que estava movendo à posição inicial. O passo por cima da barreira é realizado lentamente e
sob controle. Não manipule a configuração inicial, mas absolutamente preste atenção na segurança e fique atento a possíveis problemas de equilíbrio, que
poderiam vir a colocar o avaliado em risco.
INSTRUÇÕES VERBAIS
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser
repetidas para o cliente.
Por favor, informe se há alguma dor enquanto executa o movimento.
• Fique em pé em posição ereta com seus pés juntos e os dedos do pé tocando a plataforma (kit de teste).
• Segure o bastão com ambas as mãos horizontalmente sobre a cabeça, mantendo os ombros e cotovelos em um ângulo de 90 graus. Então,
mantendo a posição das mãos, abaixe o bastão até a nuca, sobre os ombros.
• Enquanto mantém o tronco ereto, levante a perna direita e dê um passo sobre a barreira, certificando-se de que está levantando o pé na
direção da canela e mantendo o pé alinhado com o tornozelo, joelho e quadril.
• Toque o chão com o calcanhar e retorne à posição inicial enquanto mantém o mesmo alinhamento.
• Você compreendeu as instruções?
Tomando como referência a passada por cima da barreira com o pé direito, repita o teste trocando o lado indicado.
2
• Perda do alinhamento entre os quadris, joelhos
e tornozelos.
• Movimento da coluna lombar.
• O bastão e a passada não ficam paralelos.
1
• O cliente não consegue dar a passada por cima da
barreira sem tocar o cordão.
• Observa-se perda de equilíbrio.
Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.
Hurdle Step
DICAS PARA O TESTE.
1. Verifique se a corda está alinhada corretamente.
2. Peça ao cliente para ficar mais ereto possível no início do teste.
3. Pontue a perna em movimento.
4. Repita o teste nos dois lados.
5. O cliente pode executar o movimento até três vezes em cada lado, se for necessário.
6. Observe se o tronco permanece estável.
7. Observe de frente e de lado.
8. Verifique se os dedos do pé da perna de apoio ficam em contato com a plataforma durante e depois de cada repetição.
9. Se o cliente não conseguir fisicamente juntar os pés, peça para que ele aproxime os pés o máximo possível com os dedos do pé tocando o kit de teste e
então permita que ele realize o teste a partir dessa posição.
ANOTAÇÕES
O verdadeiro “avanço” exige uma passada e uma descida. O teste do avanço em linha reta só proporciona a observação da descida e do retorno; a passada
poderia apresentar muitas variáveis e inconsistências para uma simples triagem do movimento. A posição de tesoura (split-stance) sobre uma base estreita e a
posição oposta do ombro oferecem oportunidades suficientes para descobrir os problemas de mobilidade e estabilidade no padrão de avanço.
Em geral a prática de atividades físicas não são feitas em posições do corpo tão extremas como esta, porem o teste do Inline Lunge somente requer que o
aluno realize o movimento com o seu próprio peso do corpo.
Inline lunge
DESCRIÇÃO
Obtenha o comprimento da tíbia do cliente medindo a partir do chão até o centro da parte superior da tuberosidade tibial ou usando o resultado obtido através
da altura da corda durante o teste do passo por cima da barreira. Diga ao cliente para colocar o dedo do pé que está atrás na linha de partida do kit. Usando a
medição da tíbia, peça ao cliente para colocar o calcanhar do pé que está na frente na marca apropriada do kit. Na maioria dos casos, é mais fácil estabelecer
a posição adequada do pé antes de começar a utilizar o bastão.
Coloque o bastão atrás das costas em posição vertical, tocando a cabeça, coluna torácica e o sacro. O cliente então coloca o bastão com a mão oposta ao pé
que está na frente, na altura da coluna cervical. A outra mão segura o bastão na altura da coluna lombar. O bastão deve ser mantido na posição vertical
durante a execução de ambos os movimentos de subida e descida do teste de avanço. Não manipule a configuração inicial, mas absolutamente preste atenção
na segurança e fique atento a possíveis problemas de equilíbrio, que poderiam vir a colocar o avaliado em risco.
Para realizar o padrão de avanço em linha reta, o cliente flexiona o joelho de trás até tocar o centro da plataforma atrás do calcanhar do pé que está na frente e
então retorna à posição inicial. O joelho deve tocar ou a plataforma ou o chão e depois retornar à posição em pé sobre o kit para completar o movimento.
Se algum dos critérios para a pontuação de três não for alcançado, o cliente receberá uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois
não for alcançado, o cliente recebe uma pontuação de um.
INSTRUÇÕES VERBAIS
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser
repetidas para o cliente.
Por favor, informe se há alguma dor enquanto executa o movimento.
Tomando como referência o avanço em linha reta com o pé direito, repita o teste trocando o lado indicado.
2
• Perda de contato do bastão.
• O bastão não se mantém na vertical.
• Observa-se movimento do tronco.
• O bastão e os pés não se mantêm no plano sagital.
• O joelho não toca o centro da plataforma.
• O pé dianteiro não permanece na posição inicial (em
contato com a plataforma).
1
• Nota-se perda do equilíbrio quando o cliente pisa
fora da plataforma.
• Incapacidade de completar o padrão de movimento.
• Incapacidade de se posicionar na plataforma (“set-up
position”).
Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.
DESCRIÇÃO
Enquanto o cliente segura o bastão para poder manter o equilíbrio, peça para ele colocar o pé direito alinhado com o lado esquerdo do kit e depois colocar o
pé esquerdo em frente ao pé direito, com o calcanhar encostado nos dedos do pé (um pé atrás do outro). Alinhe a margem dianteira do maléolo médio do pé
dianteiro atrás da linha número 0 do kit do FMS com a parte interna do pé esquerdo tocando o kit, ajustando o kit se necessário.
O tornozelo é o que estará sendo medido. Peça ao cliente para se abaixar em uma linha vertical, enquanto dobra o joelho e avança o máximo possível o
joelho traseiro sobre os dedos do pé, mantendo o calcanhar encostado no chão. Imagine uma linha vertical que vai do ponto mais avançado do joelho dobrado
até o chão e determine se o joelho cruza a margem dianteira do maléolo médio. Pergunte ao cliente se ele está sentindo dor no tornozelo e se a resposta for
sim, pergunte onde é a dor (na parte dianteira do tornozelo ou na parte de trás da perna?). Se o cliente estiver sentindo dor, indique essa ocorrência e não
realize o teste de alcance à frente (Forward Reach).
Se o cliente sentir um alongamento/desconforto na parte anterior do tornozelo e ele não melhorar após um alongamento específico, será necessária uma
avaliação por um profissional médico/clínico.
Se o cliente não sentir dor e não passar, então passe para o teste de alcance à frente (Forward Reach). Contudo, o tornozelo ainda é a prioridade. Caso não
saiba com certeza se o calcanhar ficou ou não encostado no chão ou se o joelho ultrapassou ou não o maléolo, repita o teste até três vezes. Depois disso,
repita o teste no lado contrário.
O cliente deve conseguir fazer com que o joelho ultrapasse a margem dianteira do maléolo médio. Peça ao cliente para realizar a triagem do teste do
tornozelo pelo menos três vezes para obter uma medição consistente.
INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando o teste do tornozelo. Este roteiro deve ser utilizado em todas as triagens para
manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.
VERDE (ALÉM)
§ O joelho da pessoa fica além do maléolo médio.
PERGUNTAS
O cliente pode ser reprovado nesta triagem devido à presença de dor ou ausência de amplitude de movimento.
A coluna vertebral cervical e a musculatura de suporte ao seu redor devem permanecer em uma posição relaxada e neutra. A região torácica deve manter a
sua extensão natural, e deve haver também rotação interna com adução em uma das extremidades e flexão, rotação externa e abdução na outra.
O teste do SM é baseado nas normas do teste “Apley’s Scratch Test” porem o SM olha na coordenação da cintura torácica, escapula, e controle dos ombros e
membros superiores.
Shoulder Mobility
DESCRIÇÃO
Primeiro, determine o tamanho da mão do cliente, medindo a distância entre a prega distal do punho e a ponta do terceiro dedo. O cliente fica em pé com os
pés juntos e os punhos fechados, prendendo o polegar com os outros dedos. O cliente então coloca simultaneamente um dos punhos atrás da nuca e o outro
atrás das costas, assumindo a posição mais aduzida, estendida e internamente girada na altura de um ombro, e depois a posição mais abduzida, flexionada e
externamente girada na altura do outro ombro.
Durante o teste as mãos devem se mover suavemente, mas devem permanecer fechadas em punho. Meça a distância entre os dois pontos mais próximos das
mãos para determinar o alcance simétrico do cliente. Se houver perda da posição da espinha cervical, repita a instrução verbal: “Fique ereto com os pés
juntos...”. Se, até a terceira tentativa, o cliente ainda continuar a perder a posição inicial ao flexionar o pescoço ou arredondar as costas, interrompa o
movimento no ponto em que ele começa a perder a posição, e então faça a medição.
O cliente deve executar o teste de mobilidade do ombro no máximo três vezes bilateralmente. Se algum dos critérios para a pontuação de três não for
alcançado, o cliente receberá uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois não for alcançado, marque uma pontuação de um.
• Tomando como referência a mobilidade do ombro direito, repita o teste trocando o lado indicado.
2
• A distância entre os punhos fica dentro de uma
faixa ligeiramente menor ao tamanho de uma mão e
meia.
1
• A distância entre os punhos é maior que o tamanho de
uma mão e meia.
TESTE ELIMINADOR
Shoulder clearing test
Este teste precisa ser realizado em ambos os lados. Caso o resultado seja
positivo, anotar ambos os resultados para referência futura. Se houver
dor durante este movimento, dê a pontuação zero e uma recomendação
para análise por um profissional.
Shoulder Mobility
DICAS PARA O TESTE
1. O ombro superior identifica o lado que está sendo pontuado.
2. Se a medição da mão for a mesma que a distância entre os dois pontos, então a pontuação é baixa.
3. Certifique-se de que o cliente não tenta aproximar as mãos mais ainda depois do posicionamento inicial.
4. Repita o teste e o exame eliminador em ambos os lados.
5. O cliente pode executar o movimento até três vezes de cada lado, se necessário.
ANOTAÇÕES
O glúteo máximo/complexo da banda iliotibial (ITB) e os músculos isquiotibiais (posteriores da coxa) são as estruturas com mais probabilidade de resultar
em limitações à flexão. As limitações à extensão são frequentemente observadas nos músculos iliopsoas e em outros músculos da pelve anterior. Esse padrão
desafia a capacidade de desassociar os membros inferiores enquanto mantém a estabilidade da pelve e do core. O movimento também desfia a flexibilidade
ativa dos músculos isquiotibiais e do gastrocnêmio/sóleo, enquanto mantém a pelve estável e uma extensão ativa da perna oposta.
Esse teste muitas vezes e confundido como se fosse um teste de flexibilidade dos Isquios-Tibialis. Mas na verdade esse teste exige que façamos uma extensão
da perna de apoio no solo ao mesmo tempo que flexionando a perna em elevação. Isso requer que a coluna Lombar e a pélvis se estabilizam antes e depois
da execução do movimento. E nao esquecer que você esta pontuando as duas pernas e o grau de controle do “core”. O teste do ASLR usa a medida do meio
da coxa e da patela do indivíduo como padrão relativo do corpo para os critérios de pontuação.
Identifique o ponto médio entre a crista ilíaca anterior superior (ASIS) e o ponto central da patela e posicione o bastão nesta posição, perpendicular ao chão.
Em seguida, o cliente é instruído a levantar a perna a ser testada enquanto mantém o tornozelo e o joelho na posição inicial original.
Durante o teste, o joelho oposto deverá ser mantido em contato com a plataforma; os dedos dos pés apontados para cima em uma posição neutra do membro
e a cabeça fica no chão.
Quando o ponto máximo de elevação da perna for alcançado, verifique a posição do tornozelo elevado em relação à perna que não se moveu. Se o maléolo
passa o bastão, atribua uma pontuação de três.
O teste de elevação ativa da perna estendida pode ser realizado até três vezes bilateralmente. Se algum dos critérios para a pontuação de três não for
alcançado, o cliente receberá uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois não for alcançado, marque uma pontuação de um.
INSTRUÇÕES VERBAIS
Para manter a consistência em todas as triagens, o roteiro abaixo deve sempre ser utilizado. As palavras em negrito devem ser repetidas
para o cliente
• Deite-se em decúbito dorsal, com a parte de trás dos joelhos tocando a plataforma e os dedos dos pés apontados para cima.
• Posicione os braços ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para cima.
• Mantendo a perna que está sendo pontuada reta e a parte de trás do joelho esquerdo mantendo contato com a plataforma, levante a
perna que está sendo pontuada o mais alto possível.
• Você compreendeu as instruções?
Referrencing right Active Straight-Leg Raise, repeat on the left by changing the indicated side.
2
• A linha vertical do maléolo encontra-se na linha
que cruza a patela ao meio.
• A perna que não está em movimento permanece
em posição neutra.
1
• A linha vertical do maléolo encontra-se abaixo do
ponto médio da patela.
• A perna que não está em movimento permanece em
posição neutra.
Um indivíduo recebe pontuação zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.
ANOTAÇÕES
A extensão e a rotação são os dois movimentos compensatórios mais comuns. Essas compensações indicam que os principais músculos agonistas durante a
empurrada vertical iniciam o movimento antes de os estabilizadores da coluna vertebral entrem em ação.
O padrão de movimento de estabilidade do tronco testa a capacidade de estabilizar a coluna no plano sagital durante o movimento simétrico de cadeia
cinética fechada de empurrada, realizado pelas extremidades superiores.
O teste do TSPU não mensura força muscular isolada dos membros superiores. O seu objetivo e´de desafiar o padrão de estabilidade do tronco durante o
movimento do membro superior.
Peça ao cliente para executar uma empurrada vertical nesta posição. O corpo deve ser levantado como uma única entidade; não deve haver nenhuma
oscilação da coluna durante o teste. Se o cliente não conseguir executar a empurrada vertical na posição inicial, as mãos são abaixadas até a segunda posição
designada, que é o queixo para os homens e a clavícula para as mulheres.
O teste de estabilidade do tronco pode ser realizado no máximo três vezes. Se algum dos critérios para a pontuação de três não for alcançado, mova as mãos
para a posição apropriada para o cliente poder ser testado para uma pontuação de dois. Se algum dos critérios para a pontuação de dois não for alcançado, o
cliente receberá uma pontuação de um.
• Deite-se em decúbito ventral com as mãos acima da cabeça, separadas pela distância dos ombros (“shoulder-width apart”).
• Coloque os polegares alinhados com a testa para os homens, o queixo para as mulheres.
• Com as pernas juntas, traga os dedos dos pés em direção à canela.
• Estique os joelhos e então e levante os cotovelos levemente do solo.
• Mantendo o tronco rígido, levante o corpo de uma só vez como um exercício de flexão de braço.
• Você compreendeu as instruções?
• Mantenha-se deitado no chão em decúbito ventral e coloque as mãos com as palmas no chão, abaixo dos ombros.
• Sem nenhum movimento nos membros inferiores, tire o peito do chão até que os cotovelos estejam esticados.
• Você sente alguma dor?
2
• Os homens executam uma repetição com os
polegares alinhados com o queixo.
• As mulheres executam uma repetição com os
polegares alinhados com a clavícula.
• O corpo é levantado como uma unidade sem
nenhuma defasagem da coluna.
1
• Os homens não conseguem executar a repetição
com os polegares alinhados com o queixo.
• As mulheres não conseguem executar a
repetição com os polegares alinhados com a
clavícula.
TESTE ELIMINADOR DA
EXTENSÃO DA COLUNA
“Extension Clearing Test”
O teste eliminador é feito com a extensão da coluna. Se alguma
dor for associada a este movimento, atribua um resultado
positivo (+) e uma pontuação final de zero e realize uma
avaliação mais completa ou faça uma indicação. Se o cliente
receber um resultado positivo, documente as duas pontuações
para referência futura.
ANOTAÇÕES
Quando partimos para o aeroporto, talvez tenhamos que colocar uma bagagem pesada no carro. A maioria de nós automaticamente posicionamos o nosso
tronco em uma leve rotação, depois voltamos a posição inicial e jogamos a mala no carro. Esse efeito de “enrolar” e “desenrolar” é uma extensão natural do
padrão diagonal cruzado que ocorre, por exemplo, em um movimento simples como a caminhada. Quando tomamos um passo á frente com uma perna, o
braço oposto também se movimenta á frente. Consequentemente dependemos dessa capacidade de resitir o movimento de rotação quando, por exemplo,
pegamos algo do chão com um lado do corpo ao mesmo tempo que resisitimos com o lado oposto.
Muitos esportes e movimentos de recreação são fortementes dependentes no padrão de reação tri-planar. Quando damos um soco ou arremessamos uma bola
de beisebol, o tronco depende da nossa capacidade de posiciona-lo em rotação e tira-lo dela. Isso facilita a transferência de energia para as extremidades do
corpo. O mesmo também ocorre durante uma partida de futebol onde um jogador tenta empurrar o seu oponente fora de posição para pegar a bola. Atividades
como o remo também utiliza o padrão de rotação durante cada remada.
Resistência ao movimento de rotação acontece quando o bombeiro joga a mangueira de água sobre o seu ombro para traze-la perto do local de fogo. Policiais
e soldados usam o padrão de rotação (RS) para se manterem em uma posição firme e precisa quando apontam uma arma de fogo e/ou lidam com a sobrecarga
de explosão ao dar um tiro.
É melhor considerar o RS como um teste de Pertubação. Pertubação literalmente indica uma agitação ou perda de equilíbrio. Quando elevamos um braço e
uma perna ao mesmo tempo ocorre uma mudança na base de suporte onde o corpo reage com um deslocamento e distúrbio em sua estabilidade. O mesmo
exige uma reação e comunicação rápida do corpo onde a musculatura profunda do core é ativada para manter sua posição de equilíbrio. Poucos praticam esse
tipo de movimento unilateral como nesse teste. E é obvio que muitos encontram dificuldade em realizar esse padrão já que não alcançam com sucesso esse
desafio do controle motor. O teste do RS facilita a nossa observação do padrão de reação tri-planar em ambos os lados do corpo e a identificação de
assimêtrias. Além que podemos explorar a fundo esse padrão e certificar-se que ele é capaz de contribuir com um mínimo de estabilidade essencial á nossa
linha de base do movimento.
TSPU observa o controle motor para investigar se a pessoa sacrifica sua estabilidade para completar uma tarefa. O RS observa o “feedback” do controle
motor no lado esquerdo e direito do corpo com uma pertubação.
Rotary Stability
DESCRIÇÃO
O aluno posiciona-se em quadrúpede com a plataforma do FMS ou outra similar em tamanho entre as mãos e joelhos. A plataforma deve ser mantida em
paralelo com a coluna vertebral, os ombros e quadris em 90 graus em relação ao tronco com os tornozelos em flexão plantar e os dedos apontados para trás.
Antes de iniciar o movimento, as mãos devem estar abertas, com os polegares, joelhos e pés tocando a plataforma. O movimento inicia-se quando o aluno
realiza um deslocamento lateral e eleva sua mão e joelho do mesmo lado simultanêamente. Em seguida o aluno alcança atrás e toca o seu tornozelo (do mesmo
lado) com a sua mão. Após o toque, o aluno realiza ao mesmo tempo flexão do ombro e extensão do quadril e joelho do mesmo lado mantendo a lateral do
corpo em linha reta e alinhada com a plataforma. Por último, o aluno toca novamente o seu tornozelo com a sua mão e retorna a posição inicial. Evite de
ajustar manualmente a posição inicial do aluno porem esteja atento á sua segurança e/ou possíveis problemas de equilíbrio que possam causar algum risco
para ele durante a triagem.
O teste pode ser repetido até 3 vezes em cada lado. Caso uma das repetições é realizada com êxito não há necessidade de continuar com as demais repetições
caso disponíveis.
RS INSTRUÇÕES VERBAIS
1. Ajoelhe-se ao solo com as mãos mantendo a plaforma ao meio. Joelhos e mãos tocam a plataforma.
2. Alinhe suas mãos com os ombros e os seus joelhos com os quadris. Os dedos dos seus pés apontados para trás.
3. Desloque-se e eleve simultâneamente o seu braço e perna do mesmo lado com um movimento suave e controlado.
4. Sem tocar o solo, alcance atrás e toque a parte externa do seu tornozelo com a sua mão.
5. Depois extenda ao mesmo tempo a sua perna para trás e o seu braço á frente mantendo o seu joelho e cotovelo extendidos.
6. Finalmente alcance para trás novamente e toque o seu tornozelo com a sua mão e retorne a sua posição inicial.
7. Realize esse padrão mantendo o seu braço e perna alinhados com a plataforma durante todo o teste.
▪ Abaixe o seu peito até os seus joelhos e coloque as suas mãos na frente do seu corpo o mais distante possível.
2
▪ Mão e joelho não saem do chão ao mesmo
tempo
▪ Incapaz de movimentar o braço e perna em
alinhamento e paralelo a plataforma
▪ Os dedos tocam o maléolo lateral
▪ Joelho e cotovelo alcançam extensão total
1 ▪ Perda de equilíbrio
▪ Mão não toca o maléolo lateral
▪ Joelho e cotovelo não se extendem
▪ Incapaz de posicionar-se na posição inicial
Um indivíduo recebe pontuação de zero se alguma dor está associada a qualquer parte desse teste.
Um profissional médico deve realizar uma avaliação aprofundada da área dolorosa.
Rotary Stability
DICAS PARA O TESTE
▪ Se o aluno é incapaz de completar o padrão isso indica que ele perdeu seu equilíbrio, ou não conseguiu realizar o
movimento sem tocar na plataforma, ou é incapaz de se posicionar na posição inicial. Isso resulta em uma
pontuação de 1.
▪ O pé, joelho e polegares devem estar em contato com a plataforma na posição inicial. Durante a execução do movimento
o pé e joelho podem levemente perder contato com a plataforma porem o posicionamento dos mesmos no solo deve
permanecer igual. Mesmo perdendo contato o posicionamento da mão, joelho ou pé deve permanecer igual.
▪ Perda de equilibrio: Quando a mão ou o pé do aluno toca o solo após se levantarem do chão e antes de completar o teste.
ANOTAÇÕES
Uma folha de pontuação com formato muito básico pode ser encontrada aqui. Ela é apenas um exemplo. Já vimos muitas versões diferentes das folhas
de pontuação ao longo dos anos; algumas contêm instruções verbais, algumas contêm os critérios de pontuação e algumas têm sido ainda mais detalhadas.
Todas são aceitáveis e sinta-se à vontade em alterar o documento de pontuação para atender às suas necessidades, lembre-se apenas de que, quando se trata
de documentar as pontuações, você precisa seguir as regras.
A folha de pontuação encontrada aqui foi concebida com a intenção de ser simples e não criar muita confusão ao documentar as pontuações. Lembre-se
de que o FMS foi concebido para ser um teste rápido e simples, onde não queremos criar oportunidades para analisar excessivamente os testes específicos.
Ao documentar a pontuação, queremos manter essa mesma filosofia, a de marcar a pontuação e seguir em frente. Se você quiser adicionar itens para instrução
ou critérios de pontuação se necessário, fique à vontade, deixando uma área para anotar algumas de suas observações.
A folha de pontuação do FMS mostra uma pontuação preliminar, uma pontuação final e uma pontuação total, e todas essas pontuações são importantes
quando você estiver determinando suas estratégias de intervenção. Estes resultados serão utilizados de forma diferente dependendo do contexto, quer você
seja um profissional de fitness trabalhando com um cliente individual ou um treinador de força e condicionamento em uma escola trabalhando com centenas
de atletas. Se estiver trabalhando com um cliente individual, é possível que você use a pontuação preliminar para determinar suas prioridades para os
exercícios corretivos. Em uma situação onde você tem grupos grandes, a pontuação final pode ser inicialmente mais importante para determinar as próximas
etapas para o grupo todo. A pontuação total pode ser importante quando se compara a outros grupos ou a outros indivíduos.
Quando algumas das pesquisas atuais e futuras são levadas em consideração, as pontuações final e total são frequentemente utilizadas para determinar o
ponto limite (cut-off) para o risco de lesão e as tendências gerais em diferentes populações. No entanto, isso não diminui a importância da pontuação
preliminar, pois esta pontuação lhe proporciona o melhor perfil de como o indivíduo se move. À medida que você adquire proficiência no sistema FMS, você
notará que estará usando todas as pontuações em seu benefício.
A pontuação preliminar representa os resultados do lado direito e esquerdo dos cinco testes que permitem a comparação bilateral. A pontuação final é
simplesmente a pontuação mais baixa entre as duas pontuações preliminares. Os dois testes que não têm uma pontuação para direita e esquerda recebem uma
só pontuação. A pontuação total é simplesmente a soma das pontuações finais. Este formato é certamente fácil de ser seguido (exemplo 01).
Os critérios de pontuação deixam muito claro que uma pontuação de zero é atribuída quando é observada dor, sendo recomendada uma avaliação mais
detalhada por um profissional médico. Agora, sem entrar em debate do que é ou não dor, quero simplesmente discutir como você deve documentar uma
pontuação de zero. Você deve levar em consideração duas opções, dependendo da sua experiência profissional e do contexto. A primeira maneira de
documentar uma pontuação de zero, que talvez seja a mais apropriada, seria atribuir ao cliente uma pontuação preliminar e uma pontuação final de zero, parar
o teste e fazer uma indicação. A segunda opção oferecerá a você e a um profissional médico informações mais específicas durante a realização da avaliação.
Ou seja, se alguém apresentar dor durante um teste, você poderia continuar com o resto dos testes do FMS e somente documentar uma pontuação de zero na
área de pontuação final para aquele teste. Por exemplo, uma pessoa pode obter uma pontuação de três no teste de Agachamento Profundo, mas sentir dor no
joelho; a pontuação preliminar seria de três e a pontuação final seria de zero. Se usar esta opção, você agora contará com mais informações para utilizar
quando fizer uma indicação ou realizar uma avaliação mais detalhada (exemplo 02).
Há quatro triagens que usam testes eliminadores, os quais não recebem pontuação, pois eles são usados somente para determinar se alguma dor é
provocada. O resultado documentado para estes testes será “Positivo” se houver dor e “Negativo” se não houver dor. Os testes eliminadores influenciam a
pontuação final, mas não a pontuação preliminar. Os resultados dos testes eliminadores farão com que a pontuação final seja de zero se for provocada dor.
Muitas vezes somo perguntados por que precisamos documentar uma pontuação preliminar se o resultado Teste Eliminador sobrepõe ao dela. A resposta é
muito simples: se a dor for provocada, queremos reunir o máximo de informações que forem necessárias sobre essa pessoa antes de realizar uma avaliação
mais detalhada. Por exemplo, você está testando duas pessoas durante a triagem de Mobilidade do Ombro; a primeira obtém uma pontuação de três na direita
e de três na esquerda, a segunda pessoa obtém uma pontuação de dois na direita e de um na esquerda, e as duas recebem um resultado positivo no teste
eliminador. A pontuação final para as duas pessoas é zero, mas elas têm padrões de movimento totalmente diferentes, o que pode ser a causa da dor para o
segundo indivíduo. Ao contarmos com a pontuação preliminar, é possível agora direcionar o enfoque da avaliação e das estratégias de intervenção (exemplo
03).
O teste eliminador do tornozelo é também documentado como critério de amplitude mínima de movimento sendo que a letra R (red) indica acor
vermelha, Y ( yellow) para cor amarela, e G ( Green) para cor verde ( exemplo 2). Se o teste do tornozelo indicar a cor Vermelha ou Amarela, as estratégias
corretivas para a mobilidade do tornozelo terão prioridades. Porem, o mesmo não altera a pontuação final. O único momento em que o teste do tornozelo
altera a pontuação final é quando o indivíduo indica dor durante o teste. Se a pontuação do teste do tornozelo for verde consideramos que a mobilidade do
tornozelo atingiu um nível mínimo de amplitude de movimento.
Espero que estas dicas o ajudem a compreender melhor o sistema de pontuação global, bem como utilizar os resultados de forma mais eficaz. O FMS foi
concebido para ser um sistema de classificação simples, porém, quanto mais proficiência você adquirir ao utilizar o FMS e seus resultados, mais eficazmente
você poderá aplicar as estratégias.
9. Feedback and comunicação apropriadas – a pessoa que está sendo avaliada não precisa saber da sua pontuação ou porque a recebeu.
Deixe claro já no início da avaliação que você não ira passar nenhum feedback durante os testes. E que os resultados serão
discutidos ao final da avaliação. Lembre-se que você esta lidando com o seu aluno e não com os professores a qual voce praticou os
testes durante a sua formação do FMS.
10. Mantenha um astral divertido! Isso mesmo – divertido!
Um boa estratégia corretiva inicia-se com uma boa triagem do movimento – a qualidade da triagem determina a eficácia das estratégias corretivas.
REGRAS GERAIS DE
PONTUAÇÃO
1. Uma pontuação de zero deve ser dar
origem a uma indicação para um
médico.
a. É extramamente importante criar uma
rede de indicação entre profissionais:
medicos, fisioterapeuta, quiroprático,
massagista, psicólogo esportivo, etc.
Algo a fazer é procurar em sua área
mais próxima alguém que recebeu
treinamento para o SFMA para quem
você pode enviar esses pacientes que
receberam uma pontuação zero para
serem avaliados mais detalhadamente
com base em um sistema diagnóstico
baseado no movimento,
compartilhando a filosofia do sistema
de movimento functional.
2. Os padrões de mobilidade são tratados primeiro porque a estabilidade/controle motor não poderão existir se houver baixa mobilidade (a
mobilidade precisa ser recuperada antes de lidar com a estabilidade ou controle motor). Níveis adequados de mobilidade garantem que as
informações sensoriais apropriadas estão sendo usadas para desenvolver as estratégias de estabilização e níveis de controle motor
adequados. Sem a existência de níveis de qualidade de mobilidade, a estabilidade e o controle motor, não poderão e nem serão
maximizados.
3. Uma pontuação igual a 21 não é o objetivo. O objetivo é estabelecer um ponto de referência e trabalhar no sentido de alcançar uma
pontuação de no mínimo “2” em cada triagem de movimento.
Seguindo a ordem do algoritmo, procure por pontuações com valor “1” ou uma assimetria para poder identificar o “ponto fraco” (lembre-se de que a ordem
da folha de pontuação foi concebida para administrar a triagem de maneira eficiente; a ordem do algoritmo é diferente, tomando por base as prioridades para
o processo corretivo). Assim, para este exemplo, você deve imediatamente procurar o quesito ASLR e parar lá, porque já identificou o “ponto fraco” na
ordem estabelecida pelo algoritmo e não precisa examinar além disso. Ignore todas as outras pontuações e lide com o padrão de ASLR.
ANOTAÇÕES
COMPETÊNCIA DE MOBILIDADE
PERFORMANCE
Os exercícios corretivos do FMS são agrupados de duas formas diferentes. Primeiro, os exercícios são agrupados nos sete testes de padrões de movimento da
triagem. Segundo, os exercícios seguem uma trajetória linear, desde a mobilidade básica à estabilidade básica até o retreinamento do padrão de movimento.
1. Exercícios de mobilidade: dão enfoque à amplitude do movimento articular, ao comprimento do tecido e à flexibilidade muscular.
Estes demonstram a mobilidade básica exigida dentro de cada segmento do movimento de um padrão de movimento específico. A categoria de
mobilidade inclui qualquer forma de trabalho de alongamento ou mobilidade articular dentro do padrão de movimento. Os exercícios desta categoria
precisam explorar e, eventualmente demonstrar, toda a mobilidade disponível exigida para este padrão.
Estes exercícios têm como alvo o controle postural das posições inicial e final dentro de cada padrão de movimento. A categoria de estabilidade
inclui qualquer forma de trabalho de controle postural, com enfoque particular no intervalo de controle postural inicial e final. Não pense em termos de
força, e sim em termos de tempo. O tempo de reação é um toque rápido nos freios enquanto a força trava as rodas. A estabilidade diz respeito a um
controle afinado, não à força. Estes exercícios precisam demonstrar um controle postural apropriado sem dicas verbais ou pistas visuais.
3. Retreinamento do padrão de movimento: incorpora o uso de mobilidade e estabilidade fundamentais nos padrões de movimento específicos para
reforçar a coordenação e tempo de reação (timing).
Estes exercícios reforçam a confiança através da repetição e treinamentos reativos e devem explorar o padrão de movimento por inteiro para que a
mobilidade e a estabilidade melhoradas possam interagir e se tornarem coordenadas.
A progressão dos exercícios corretivos sempre começa com exercícios de mobilidade. Estes exercícios são executados bilateralmente para confirmar a
limitação de mobilidade e a assimetria. Nunca presuma que você sabe onde se localiza a restrição da mobilidade ou o lado da restrição da mobilidade.
Verifique sempre os dois lados e sempre observe se existe mobilidade antes de executar todos os exercícios de mobilidade.
Se esses exercícios revelam limitação ou assimetria, você confirmou que existe um problema de mobilidade dentro do padrão e isso deve ser o foco
principal da sessão de exercícios corretivos. Se não for observada uma alteração na mobilidade, não passe para o trabalho de estabilidade. Use os exercícios
para comprovar que a mobilidade está presente ou continue trabalhando em todos os problemas de mobilidade até que seja notada uma mudança apreciável e
mensurável. A mobilidade não precisa se tornar total ou normal, mas uma melhora precisa ser notada. Você pode prosseguir com exercício corretivo de
estabilidade somente se uma melhora da mobilidade permitir que a pessoa consiga executar com êxito a postura e posição apropriadas para o exercício.
Se houver qualquer dúvida sobre um comprometimento na mobilidade, volte sempre para os exercícios de mobilidade no início de cada sessão de
exercícios antes de passar para os exercícios de estabilidade/controle motor. Isso garante uma extensibilidade do tecido muscular e um alinhamento articular
O exercício de mobilidade removerá a rigidez ou tônus muscular que está realizando a função de estabilidade. Se a mobilidade ideal for alcançada, é
apropriado ir diretamente para a estabilidade, mas reconfirme a mobilidade periodicamente, só para ter certeza.Os exercícios de estabilidade exigem postura,
alinhamento, equilíbrio e controle de forças dentro da amplitude recém-disponível e sem o suporte compensatório de rigidez ou tônus muscular. Considere os
exercícios de estabilidade como sendo desafios à postura e à posição ao invés de exercícios convencionais de força.
Quando nenhuma limitação ou assimetria estiver presente nos exercícios corretivos de mobilidade, passe diretamente para os exercícios corretivos de
estabilidade. A ausência de limitação ou assimetria indica que a mobilidade necessária para o padrão de movimento está presente, mas não está respondendo
a um controle motor eficiente.
Usar a ideia do controle motor irá ajudá-lo a pensar além da fraqueza como sendo a única explicação para uma deficiência na estabilização. O controle
motor é uma categoria ampla que inclui a mobilidade, o alinhamento, o equilíbrio, o tempo de reação, a rapidez muscular submáxima, a coordenação e a
coativação eficiente. A ausência de um controle motor eficiente tem a aparência de fraqueza, porém o treinamento de força dos músculos estabilizadores não
é a solução.
A estabilidade pode ser separada da força por meio de uma melhora do controle motor, demonstrada pela presença de rigidez e firmeza no movimento
final. É por isso que muitos dos exercícios de estabilidade usam uma carga leve, boa postura e manutenção da mesma em posição estática ou com movimento
no final. A presença de firmeza e ajustes rápidos quando há mudanças na carga são mais importantes que a geração de força.
A estabilidade no movimento intermediário também é importante, mas é preciso ter um interesse particular para garantir a presença da função no
movimento final. Se a função no movimento final estiver presente, a função no movimento intermediário é normalmente aceitável, mas o inverso não é
necessariamente verdadeiro. Considere uma boa tensão do movimento intermediário como sendo força e uma boa tensão do movimento final como sendo
estabilidade, tempo de reação e integridade. Esta é a principal razão porque a mobilidade é tão importante. Você deve assegurar-se de que está testando o
controle motor no movimento final.
Quando uma melhora na estabilidade é notada, é possível progredir para o retreinamento do padrão de movimento. O retreinamento do padrão de
movimento deve sempre seguir uma realização adequada e demonstrações de mobilidade e estabilidade nos exercícios corretivos. A perfeição não é
necessária e raramente é possível, mas não tente fazer o retreinamento de um padrão de movimento se a mobilidade e estabilidade que dão respaldo ao padrão
não estão disponíveis.
Muitas formas de facilitação com assistência podem ser fornecidas para reduzir a compensação e permitir uma prática de qualidade dentro dos padrões
de movimento. A regra geral é usar somente técnicas que melhoram a forma e a qualidade do movimento. A sobrecarga não é uma ferramenta corretiva
eficaz neste nível de treinamento.
Progressões rápidas com carga e intensidade normalmente causarão um retorno a um padrão de movimento mais limitado ou disfunci
Dorsiflexion Stretch with Rib Grab Straigth-Leg Stretch Engagement with FMT
with Dowel
Toe Touch Progression Single Leg Single Arm Deadlift Deep Squat w/ Valgus
Toe Touch Hip Hinge Double Hip Hinge Single- Deadlift Single
Progression Leg with Dowel Leg with Dowel Leg with Valgus
Correction w/FMT
PERFORMANCE
with two KB
exercícios para os membros superiores podem ser liberados para um ponto fraco no padrão de ASLR apenas se o padrão de SM for aprovado. Resumindo, se
um padrão de movimento em particular tiver uma pontuação de 1 ou 0, você pode olhar na lista de vermelho/amarelo/verde para ver quais padrões de
exercício se encontram na zona de cautela.
Sinal vermelho
Estes exercícios trarão um desafio direto a um padrão de movimento que já foi identificado como sendo disfuncional ou assimétrico. Portanto, eles devem ser
evitados até que o padrão de movimento se torne simétrico com pontuações de 2 ou 3; estes resultados comprovam que a pessoa não consegue ter acesso
àquele padrão de movimento e adicionar uma carga/sobrecarga ou desafiar aquele padrão vai apenas cimentar a disfunção.
Sinal amarelo
O sinal amarelo indica padrões de exercício que não trazem um desafio direto para o padrão de movimento disfuncional. Contudo, estes padrões devem ser
usados com cautela, uma vez que eles podem ou não ter um impacto positivo. Repetir a triagem do padrão disfuncional vai lhe dizer se o exercício de sinal
amarelo está tendo um impacto positivo ou negativo.
Sinal verde
Os padrões de exercício que receberam o sinal verde não trazem um desafio ao padrão de movimento disfuncional. Eles podem até ajudar a corrigir o padrão
de movimento e podem ser usados no treinamento.
Repetindo, algumas vezes o que removemos é tão importante ou até mais importante que aquilo que acrescentamos. Depois que um padrão de movimento
disfuncional é encontrado, remover os exercícios que desafiam aquele padrão pode ser uma etapa essencial no processo corretivo.
As sugestões se baseiam no ponto mais fraco; se diversos pontos fracos forem encontrados, obedeça aos sinais vermelhos para cada um. Por exemplo,
exercícios para os membros superiores podem ser liberados para um ponto fraco no padrão de ASLR apenas se o padrão de SM for aprovado.
Sinal vermelho - hip hinging (deadlift, KB swing) Sinal amarelo - step-up, RFESS, squatting Sinal verde - upper body training, core work,
half kneeling chop/lift
Sinal vermelho - overhead work, pressing Sinal amarelo - rowing, horizontal pressing, partial get-ups Sinal verde - deadlift, swings, lower
body work, core work
Sinal vermelho - asymmetrical exercises training one side (dumbbell snatch, kettlebell swing)
Sinal amarelo - tall kneeling pressing, chop/lift exercises, half kneeling pressing, chop/lift exercises, symmetrical deadlifting and
symmetrically loaded squatting
Sinal verde - partial get-up, floor press, symmetrical rowing and open chain upper body training
Sinal vermelho - pressing, symmetrically loaded closed chain exercises Sinal amarelo - deadlift, swing, core work Sinal verde - push-
up progressions, single leg deadlift, half get-up
Sinal vermelho - Lunges, full get-up, split stance exercises Sinal amarelo - deadlift, swing, single leg deadlift, squats Sinal verde
- half get-up, suitcase deadlift, half kneeling chop/lift and exercises, upper body training
Sinal vermelho - single leg exercises, full get-up Sinal amarelo - symmetrically loaded deadlift, squat and variations Sinal verde - half get-up,
half kneeling chop/lift and exercises, suitcase deadlift, upper body training.
Sinal Amarelo –exercícios com apoio unilateral; posicção de tesoura e exercícios com Avanço.
Sinal verde - get-up, deadlift, single leg deadlift, half kneeling chop/lift and exercises, tall kneeling chop/lift and exercises, upper body
training.
Esta lista de exercícios recomendados não é exaustiva nem “completa”, mas podem ser um direcionamento adequado sobre quais exercícios
devem receber o sinal vermelho, quais exercícios devem ser realizados com cautela (sinal amarelo) e quais exercícios recebem um sinal
verde, em relação aos exercícios baseados no ponto mais fraco da triagem do FMS.
Lembre-se de que os padrões de movimento que receberam um sinal verde para o resultado do FMS (pontuações de 2/2 ou de 3/3) estão
liberados, e você verá que há muitas opções de exercícios recomendados mesmo dentro dos padrões de movimento que receberam o sinal
vermelho. Além disso, tenha em mente, que as expectativas são que os padrões que receberam sinais vermelho se tornarão eventualmente
verdes com a aplicação das estratégias corretivas. E, assim, nenhum padrão (exceto no caso de certas situações médicas ou relacionadas a
lesões) será considerado um sinal vermelho “para sempre” ou por muito tempo.
Sinais de trânsito, triagem do movimento e exercício: uma maneira simples de usar os conceitos de sinal vermelho, amarelo e verde para
compreender os exercícios recomendados com base nessas pontuações. Viste o fórum do FMS se tiver dúvidas ou comentários.
ANEXO 1
O sistema Functional Movement Systems (FMS) criou uma ponte entre a triagem para avaliar os padrões de movimento fundamentais através da Triagem
Funcional do Movimento (Functional Movement Screen, FMS) e a triagem para avaliar o desempenho através da Triagem da Capacidade Fundamental
(Fundamental Capacity Screen, FCS). A triagem de controle motor (Motor Control Screen, MCS) é um teste de equilíbrio que foi concebido para desafiar a
competência ou qualidade de um membro individual da pessoa.
A triagem de controle motor (Motor Control Screen, MCS) determina se a pessoa detém um nível mínimo de controle motor com peso corporal que permite a
maior capacidade de adaptação possível para o desempenho humano. Através de pesquisas, o sistema MCS adota a ciência e a validade do teste Y balance e a
conveniência do FMS e com isso acrescentar mais uma camada de exatidão ao teste do controle motor básico.
Além disso, o MCS presta informações essenciais sobre como estabilizar, equilibrar e controlar o movimento. Esse é um vínculo importante entre o FMS e as
atividades de preparo físico/capacidade de uma pessoa. Nossa equipe criou o sistema de triagem de controle motor para oferecer um circuito de retorno
restrito que não apenas mede a disfunção no controle motor dos membros superiores e inferiores como também estabelece de maneira rápida e confiável um
ponto de referência contra o qual podem ser comparadas alterações mensuráveis no controle motor.
ANOTAÇÕES
DESCRIÇÃO
Enquanto o cliente segura o bastão para poder manter o equilíbrio, peça para ele colocar o pé direito alinhado com o lado esquerdo do kit e depois colocar o
pé esquerdo em frente ao pé direito, com o calcanhar encostado nos dedos do pé (um pé atrás do outro). Alinhe a margem dianteira do maléolo médio do pé
dianteiro atrás da linha número 0 do kit do FMS com a parte interna do pé esquerdo tocando o kit, ajustando o kit se necessário.
O tornozelo é o que estará sendo medido. Peça ao cliente para se abaixar em uma linha vertical, enquanto dobra o joelho e avança o máximo possível o
joelho traseiro sobre os dedos do pé, mantendo o calcanhar encostado no chão. Imagine uma linha vertical que vai do ponto mais avançado do joelho dobrado
até o chão e determine se o joelho cruza a margem dianteira do maléolo médio. Pergunte ao cliente se ele está sentindo dor no tornozelo e se a resposta for
sim, pergunte onde é a dor (na parte dianteira do tornozelo ou na parte de trás da perna?). Se o cliente estiver sentindo dor, indique essa ocorrência e não
realize o teste de alcance à frente (Forward Reach).
Se o cliente sentir um alongamento/desconforto na parte anterior do tornozelo e ele não melhorar após um alongamento específico, será necessária uma
avaliação por um profissional médico/clínico.
Se o cliente não sentir dor e não passar, então passe para o teste de alcance à frente (Forward Reach). Contudo, o tornozelo ainda é a prioridade. Caso não
saiba com certeza se o calcanhar ficou ou não encostado no chão ou se o joelho ultrapassou ou não o maléolo, repita o teste até três vezes. Depois disso,
repita o teste no lado contrário.
O cliente deve conseguir fazer com que o joelho ultrapasse a margem dianteira do maléolo médio.
Ankle Clearing
INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando o teste do tornozelo. Este roteiro deve ser utilizado em todas as triagens para manter a
consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.
Peça ao cliente para realizar a triagem do teste do tornozelo pelo menos três vezes para obter uma medição
consistente.
VERDE (ALÉM)
PERGUNTAS
§ O cliente pode ser reprovado nesta triagem devido à presença de dor ou ausência de amplitude de movimento.
DESCRIÇÃO
Depois de passar as instruções sobre o procedimento do teste, comece pedindo ao cliente se equilibre unilateralmente no kit do FMS, com a parte mais distal
do calçado posicionada logo atrás da linha de partida e a parte interna do pé alinhada junto à barra de posicionamento. Peça para o cliente fazer um
movimento de alcance com o membro liberado e então retornar à posição inicial, mantendo sempre o apoio unilateral da perna. Observe que o calcanhar
NÃO pode levantar-se durante o teste.
Inicie o teste ao passar as instruções sobre o procedimento. Depois peça ao cliente se equilibrar unilateralmente no kit do FMS, com a parte interna do pé
direito junto à margem do kit e então fazer um movimento de alcance com o outro membro ao deslizar a barra deslizante com os dedos do pé do membro
liberado. O cliente deve então retornar à posição inicial sem tocar o membro liberado no chão. O cliente precisa realizar no mínimo três repetições bem
sucedidas, continuando até que a próxima vez que o movimento de alcance não melhorar a pontuação final. Por exemplo, você tem cinco repetições, a
primeira não foi bem sucedida, a segunda alcançou 23, a terceira não foi bem sucedida, a quarta alcançou 27 e a quinta alcançou 25. A pontuação final será
27. Se a quinta tentativa for maior que a quarta, então são necessárias outras tentativas até que comece a haver um declínio.
Assim que a distância máxima tiver sido alcançada, repita com o lado oposto.
A ordem específica desta triagem é:
A distância máxima alcançada é medida ao ler o valor na fita métrica situada na margem da barra deslizante, até o ponto máximo alcançado pela parte mais
distal do pé em meia-polegada ou em meio-centímetro (p. ex., 68,5, 69,0, 69,5 cm), dependendo do seu instrumento (Kit do Functional Movement Screen ou
kit do teste de Y balance).
Tome cuidado com instabilidade dos quadris, reposição total da articulação ou qualquer outra instabilidade nos membros inferiores
EXEMPLO:
O comprimento do pé para este teste é considerado 11,5 polegadas.
INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando a triagem de controle motor dos membros inferiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.
COMPRIMENTO DO PÉ (cm) 2 X FL
COMPRIMENTO DO PÉ (pol) 2 X FL COMPRIMENTO DO PÉ (cm) 2 X FL
12 24
5 10 38 76
13 26
5,5 11 39 78
14 28
6 12 40 80
15 30
6,5 13 41 82
16 32
7 14 42 84
17 34
8 16 43 86
18 36
8,5 17 44 88
19 38
9 18 45 90
20 40
9,5 19 46 92
21 42
10 19
22 44
10,5 21
23 46
11 22
24 48
11,5 23
25 50
12 24
26 52
12,5 25
27 54
13 26
28 56
13,5 27
29 58
14 28
30 60
14,5 29
31 62
15 30
32 64
15,5 31
33 66
16 32
34 68
16,5 33
17 34
17,5 35
18 36
ANOTAÇÕES
É possivel falhar esse testte por presença de dor e/ou falta de amplitude de movimento.
Esse teste não mensura amplitude de movimento. É somente usado para provocar dor.
Se o aluno está livre de dor em ambos os testes eliminatórios mas não passa no teste de extensão do punho,
proceda com cautela para o teste MCS dos membros superiores. Porem, a mobilidade do punho continua sendo
a sua prioridade.
A distância máxima alcançada é determinada ao ler o valor na margem da barra deslizante, até o ponto máximo alcançado pela parte mais distal da mão em
meio-centímetro (p. ex., 68,5, 69,0, 69,5 cm) ou meia-polegada, dependendo do seu instrumento.
Por último, com o cliente usando calçados determine o comprimento do pé ao colocar o calcanhar sobre o número zero e medindo a distância entre o
calcanhar até a parte mais distal do calçado. Registre a medida arredondando para a meia-polegada ou meio centímetro seguinte, dependendo do instrumento.
Medida da distância
INSTRUÇÕES VERBAIS
O roteiro abaixo deve ser utilizado enquanto estiver aplicando a triagem de controle motor dos membros superiores. Este roteiro deve ser utilizado em todas
as triagens para manter a consistência durante todo o teste. As palavras em negrito representam o que deve ser dito ao cliente.
ANOTAÇÕES
ENDEREÇO:
ESCOLA/AFILIAÇÃO:
Dor
Alcance à frente
Alcance na horizontal
COMPRIMENTO DO PÉ
ANEXO 2
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L
DEEP SQUAT
R
HURDLE STEP
L
R
INLINE LUNGE
L
ANKLE CLEARING - R
PAIN
L
+/-
R
SHOULDER MOBILITY
L
SHOULDER R
CLEARING
L
+/-
R
ACTIVE STRAIGHT-LEG RAISE
L
R
ROTARY STABILITY
L