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POLÍTICAS PÚBLICAS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO E DO

SINDICALISMO. A CONSTITUIÇÃO SOCIAL. A PRECARIZAÇÃO


DOS DIREITOS SOCIAIS E PREVIDENCIÁRIOS. O ESTADO DE
EXCEÇÃO ECONÔMICO PERMANENTE.

Gabriel Pereira Mendes Azevedo Borges


Luciana da Cunha Barbato Oliveira
Vitor Luís Pavan
BIBLIOGRAFIA
PARA DEBATE
STANDING, Guy. O
precariado - A nova classe
perigosa. Belo Horizonte:
Autêntica, 2014.
CAPÍTULO 1 – O PRECARIADO
• - Precário: precário + proletariado;
• - Década de 70 -> neoliberalismo -> aumentar a flexibilidade
do mercado de trabalho;
• “A fraca garantia de vínculo tem sido descrita pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Mundial e por outras
corporações como necessária para atrair e reter o capital
estrangeiro (p. 57)”.
• - Efeito da globalização -> O surgimento da Chíndia.
• “Isso torna a China a grande economia mais “capitalista” na
história (p.53)”.
• - Boom: 2008
Características :
• educação formal + status profissional abaixo; falta de apoio da comunidade;
sem identidade ocupacional.
• Quatro “As”: 1. raiva (anger); 2. anomia: 3. ansiedade: 4. alienação

• - Ausência de estabilidade e previsibilidade:


• “Os biólogos evolucionistas em geral concordam que é mais provável haver empatia dentro de
pequenas comunidades estáveis, nas quais as pessoas conhecem umas às outras e se
comprometem umas com as outras frequentemente”.
• - Falta de organização:
• “O precariado não é uma classe organizada que busca ativamente seus interesses, em parte
porque está em guerra consigo mesmo. Um grupo dentro dele pode responsabilizar outro por sua
vulnerabilidade e indignidade. Um trabalhador temporário com baixo salário pode ser induzido
a ver o “parasita de benefícios sociais” como alguém que obtém mais, de forma injusta e às suas
custas”
• - Possível dominação por políticos neofacistas:
• “Muitos serão atraídos por políticos populistas e mensagens neofascistas, um desenvolvimento
que já é claramente visível através da Europa, dos Estados Unidos e em outros lugares. E por
isso que o precariado é a classe perigosa, e é por isso que uma “política de paraíso” é necessária
para responder aos seus medos, inseguranças e aspirações.”
CAPÍTULO 2 – PORQUE O PRECARIADO
ESTÁ CRESCENDO?
• Diminuição de empregos estáveis:
• i. tempo parcial;
• ii. licenças não remuneradas;
• iii. contratos de zero-hora:
• iv. estagiários;
• v. terceirização.
CAPÍTULO 3 – QUEM INGRESSA NO
PRECARIADO?
Há variedades (por opção ou por falta dela):
• Mulheres: mudança do mercado e perfil para postos precários;
• Jovens: menor barganha; educação como mercado, endividamento e pressão para
aceitarem esses postos;
• Estagiários: teoria x prática;
• Idosos: aumento da expectativa de vida;
• Minorias étnicas: discriminação;
• Pessoas com incapacidades (deficiências): políticas inclusivas;
• Egressos do sistema prisional: maior criminalização e encarceramento.
CAPÍTULO 4 – MIGRANTES: VÍTIMAS,
VILÕES OU HERÓIS?
• Migração na globalização: fatores diferentes (não há mais “colonos”,
mas sim motivos temporários – financeiros, profissionais, etc);
• Migrantes como “habitantes”: tratamento diverso dos “cidadãos”
(ausência ou redução de direitos, sem representatividade);
• Racismo e xenofobia: “cidadãos” não querem “custear” os direitos dos
migrantes (cenário para pautas populistas que agradam esses grupos);
• Exportação de trabalhadores temporários: redução de custos de
produção e fluxo de capital por remessas para seus países de origem.
CAPÍTULO 5 – TAREFA, TRABALHO E O
ARROCHO DO TEMPO?
• Mudança na forma de ver o tempo: rural, industrial e terciário;
• Trabalho como tarefa: apenas o que tem valor de troca;
• Tempo atual: trabalho em si, tarefas do trabalho (extras) e tarefas da vida
cotidiana;
• Contexto social: pressão por produtividade, multitarefa, conectividade
(redes sociais);
• Obstáculos “extras” ao precariado: gestão financeira e jurídica;
• Menos (ou zero) tempo para o ócio (ativo): deficit democrático, aumento
da criminalidade e do abuso de drogas.
CAPÍTULO 6 – UMA POLÍTICA DE INFERNO
• - O precariado e a anatematização das categorias desviantes
• “bandidos de rua”, “parasitas”, “fracassados”

- A sociedade panóptica: “shenzenismo” e a vigilância eletrônica global

- Políticas sociais, paternalismo libertário e condicionalidade

- Responsabilização do precariado pela sua condição

- Mercadorização da política e paradigma neoliberal

- Precariado como classe perigosa e risco à democracia


CAPÍTULO 7 – UMA POLÍTICA DE PARAÍSO

• - Proposições no sentido de uma agenda positiva para o precariado

• - Retomada de um etos de solidariedade social e universalismo

• - Duas variáveis principais:

• Segurança econômica e controle do tempo

• Possibilidade de agência
Debate:
Qual o papel do Estado na fixação de políticas públicas para esse novo
“precariado”? Garantir direitos mínimos a uma realidade global? Há
outra saída para a remodelação das relações de trabalho e seguridade
social no contexto politico e econômico atual?

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