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SEMINÁRIO 4

A CULTURA DO
NOVO
CAPITALISMO
RICHARD SENNETT
RICHARD SENNETT
Sociólogo e historiador

Graduado em Sociologia pela Universidade de Chicago (1964)


Ph.D em Harvard (1969)

Seus estudos unem sociologia, história, antropologia, filosofia


e psicologia social.

Professor Emérito na Escola de Economia e Ciência Política de


Londres e na Universidade de Nova York

Diversos outros títulos relacionados as questões e dilemas


sociais contemporâneos, sendo sua obra mais conhecida
“O Declínio do homem público – 1977”
INTRODUÇÃO
➢ Nova Esquerda dos anos 60 e suas criticas;
➢ Crescimento das desigualdades econômicas e
instabilidades sociais;
➢ Como o ser humano pode prosperar em condições sociais
instáveis? Superar três desafios:
➢ Tempo
➢ Talento
➢ Saber abrir mão
INTRODUÇÃO
Inicia-se após os anos 70, com as seguintes
características:
➢ Preferência por lucros de curto prazo;
➢ Avanço nas ferramentas de consumo e
comunicações;
➢ Automação dos meios de produção;
➢ Economia americana passou a exercer influência
moral e normativa;
➢ Perfil passivo dos americanos em relação as
mudanças.
INTRODUÇÃO
Procura-se responder à três temas:
➢ Como as instituições vêm mudando;
➢ Qual a relação do medo de se tornar supérfluo ou
de ficar para trás com a questão do talento na
“sociedade da capacitação”;
➢ O que o comportamento em relação ao consumo
tem a ver com as atitudes políticas.
BUROCRACIA
ANÁLISE DE KARL MARX

➢ Karl Marx: “instabilidade constante”


➢ Concentração de renda há mais de 200 anos
➢ Países nórdicos encontraram o “equilíbrio”
BUROCRACIA
BUROCRACIA E GLOBALIZAÇÃO

➢ Globalização substitui as políticas de Estado nas grandes


corporações
➢ “Qualquer um pode ser sócio da Coca-Cola”
➢ Marx se equivocou: burocracia e organização conseguiram gerar
estabilidade (não foi o livre-mercado)
BUROCRACIA
WEBER E A “CORPORAÇÃO-EXÉRCITO”

➢ Weber: corporações cada vez mais parecidas com exércitos


➢ Cada um com sua função bem definida
➢ Menos chances de revolta
➢ Narrativa da própria vida
BUROCRACIA
INSTABILIDADE DO SÉCULO XXI

➢ Instabilidade retorna a partir dos


anos 90
➢ “Emprego vitalício” já não é mais
uma realidade
➢ O “fracasso” dos jovens que não
conseguem algo revolucionário e
milionário, está gerando problemas
psicológicos
BUROCRACIA
BUROCRACIA
ARQUITETURA INSTITUCIONAL

➢ Organização flexível (MP3)


➢ “Dessedimentação institucional”
➢ "Casualização" da força de trabalho
➢ Internet comercial
BUROCRACIA
ARQUITETURA INSTITUCIONAL

➢ Estrutura empresarial imprevisível


➢ O "novo" é um desafio
➢ Poder centralizado (MP3) / "vigilância panóptica" (Michael
Foucault)
➢ Taylor (forma piramidal) X Pressa (Robert Frank)
➢ "tudo-ou-nada"
BUROCRACIA
ARQUITETURA INSTITUCIONAL

➢ Concorrentes X Colegas
➢ Ansiedade e medo (pirâmide e flexibilidade)
➢ A desigualdade moderna (riqueza/social)
➢ Centro e periferia
➢ Henry Ford e a distância entre os lados
BUROCRACIA
AUTORIDADE E CONTROLE

➢ Autoridade X Tirania
➢ Líder "carismático" e a "gestão por e-mail"
➢ Sistemas de alta especialização
BUROCRACIA
TRÊS DÉFICITS SOCIAIS

➢ Baixo nível de lealdade institucional - diminuição da


confiança informal entre trabalhadores (organização) -
enfraquecimento do conhecimento institucional
(competência)
➢ Papéis e mãos (realização / valorização no trabalho)
BUROCRACIA
TRÊS DÉFICITS SOCIAIS

➢ Classes sociais / Privilégios


➢ Pensamento estratégico
➢ Novamente o progresso social é estagnado
O TALENTO E O FANTASMA DA INUTILIDADE

CONCEITO E ORIGEM
O TALENTO E O FANTASMA DA INUTILIDADE
AS TRÊS FORÇAS DA INUTILIDADE

➢ Exigência da mão de obra


➢ Automação
➢ Gestão do Envelhecimento
O TALENTO E O FANTASMA DA INUTILIDADE
PREVIDÊNCIA

➢ Retreinamento
➢ Novos empregos
➢ Reforma Previdenciária
➢ Subemprego
O TALENTO E O FANTASMA DA INUTILIDADE
MERITOCRACIA

➢ Militar Samuel Pepys (1660)


➢ “Melhor que escolher bons, é retirar os ruins”
➢ Admiração em profissões mais humanas
➢ Mérito e Antiguidade geram retornos
O TALENTO E O FANTASMA DA INUTILIDADE
MERITOCRACIA

➢ Concentração de poder nos capacitados


➢ Esfera coletiva de demérito
➢ Talento e capacitação similar a de muitos, não torna um
indivíduo merecedor
POLÍTICA DO CONSUMO
OBJETIVO DO CAPÍTULO

Expor como o novo capitalismo atinge tanto a esfera econômica quanto a politica.
POLÍTICA DO CONSUMO
PAIXÃO AUTO-CONSUMPTIVA

➢ Ênfase no grande leque de oportunidades em detrimento da realidade.


➢ O desejo termina a partir do momento que se obtém o objeto de desejo, focando a
atenção para o próximo objeto de desejo.
➢ Sennett faz um paralelo com a realidade das empresas capitalistas, as quais desvalorizam
as capacidades técnicas que o profissional já tem, e valorizam aquilo que ele pode ter,
mas ainda não tem.
➢ Tal realidade ele conceitua como a busca do talento.
➢ Aquele que é talentoso é quem está mais apto a se moldar à realidade do mercado.
POLÍTICA DO CONSUMO
MARCAS E POTÊNCIAS

➢ Tentativa das empresas de deixar aquele produto com um significado “único”, alienando a nossa
percepção da realidade, na qual, em verdade, independente da marca, estruturalmente os produtos
são mais parecidos do que parecem.
➢ Em relação à potência, o autor indica que, além da marca, as empresas tentam inflar a real utilidade de
um produto e a sua capacidade, mesmo que inútil, para atrair o desejo das pessoas.
➢ Por exemplo, imagina-se um comercial de uma caminhonete cruzando o deserto ou montanhas, sendo
que, na realidade, 99% dos consumidores vão usa-las apenas para levar o filho à escola.
➢ Por fim, o autor promove uma reflexão a fim de nos tornarmos conscientes de perceber que, as vezes,
por mais que o valor monetário de algo é diferente, o valor utilitário é o mesmo.
POLÍTICA DO CONSUMO
O CIDADÃO COMO CONSUMIDOR

O autor inicia questionando o caráter progressista das instituições modernas


5 motivos pelos quais a política no novo capitalismo não é progressista
( 1 ) O consumidor é convidado a aprovar plataformas políticas como se fossem mercadorias;
( 2 ) Diferenças laminadas a ouro
(inflação simbólica, como por exemplo, a problemática dos imigrantes na Europa);
( 3 ) Convidado a esquecer a “retorcida madeira humana”, a situação atual nunca é suficiente, muito em razão
da paixão auto-consumptiva
( 4 ) Dar crédito a políticas de mais fácil utilização
( 5 ) Aceitar constantemente novos produtos políticos em oferta (falta de confiança).
Estruturas
➢ O capitalismo e Socialismo só dariam
certo devido a estrutura que estavam
inseridos ex:União sovietica
➢ Momento politico e econômico

➢ Cultural ex:Revolta
Burocracia
➢ - A Burocracia pode unir quanto
oprimir
➢ -O socialismo poderia morrer por
causa da burocracia e o capitalismo
daria prosseguimento
➢ Ex:Suprimentos União Sovietica
➢ Devido que a burocracia ela é
dificultosa ,demorado , tem
exigências .

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