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Capitalismo VS Comunismo,

qual o melhor dos dois mundos?

Trabalho realizado por: Mafalda Cruz nº18 e Teresa Fernandes nº24, 12ºLH
Professor: José Fernandes
Disciplina: História A

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Índice:

❖ Introdução-----------------------------------------------------------3

❖ Comunismo----------------------------------------------------------4

❖ Capitalismo----------------------------------------------------------6

❖ Qual o melhor? ------------------------------------------------------8

❖ Conclusão—----------------------------------------------------------9

❖ Webgrafia/Bibliografia—------------------------------------------10

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Introdução

Neste trabalho refletimos sobre qual o melhor dos dois mundos: o


mundo capitalista, no qual vivemos, defensor da livre iniciativa e da
propriedade privada; e o mundo comunista, uma ideologia utópica de
igualdade e libertação da classe trabalhadora. Para isso iremos listar as
vantagens e desvantagens de cada um dos blocos, assim como
passaremos a apresentar exemplos encenados no filme alemão Good bye
Lenin! de Wolfgang Becker e do manual escolar.

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Comunismo
O comunismo é uma teoria de caráter político e socioeconómico,
idealizada pelos filósofos alemães Friedrich Engels e Karl Marx, no século
XIX, com principal destaque ao livro Manifesto Comunista, cujo objetivo
era a libertação do proletariado e propor a superação do capitalismo e a
construção de uma sociedade baseada na igualdade. O capitalismo
abominou-se cada vez mais pelo facto de os críticos socialistas culparem o
avanço da Revolução Industrial pela miséria do proletariado.
Devido aos privilégios das classes das democracias liberais, os
comunistas/socialistas optaram por implementar uma democracia
popular, na qual o Estado, constituído por um único partido, controla
todas as instituições: a economia, a sociedade e a cultura, o que facilita a
manipulação do Estado. Os países com a intenção de serem um regime
comunista têm uma economia planificada onde, ao contrário do
capitalismo, tudo o que se produz é pensando nas necessidades básicas
dos cidadãos e não fazer em demasia para não gerar crises de
superprodução, bons exemplos estão no filme Good Bye Lenin!: o espanto
da mãe ao saber que o carro que tinha encomendado já estava pronto e
demorou “apenas” 3 anos para recebê-lo e o emprego da personagem
principal, Alex Kerner: durante o regime comunista, Alex trabalhava
numa empresa que reparava televisões (quando se estraga, repara-se, não
se compra novo) e após a queda do muro de Berlim, este foi despedido e
passou a trabalhar numa empresa que vendia e instalava antenas
parabólicas, era de fácil acesso e barato, qualquer pessoa poderia comprar
(mesmo sem grandes estragos, investe-se num novo).
O comunismo, por mais que seja recorrente em momentos históricos,
nunca existiu nenhuma nação comunista. É uma utopia criada para uma
sociedade defensora da igualdade, onde toda a riqueza e propriedade seria
dividida de igual modo pela população, de forma a atender as
necessidades do indivíduo e assim dar fim às classes sociais. Para se tornar
comunismo na regra teria que passar por algumas etapas. Começaria com
os trabalhadores a assumirem o poder do Estado através de uma
revolução (seria assim um Estado socialista) e de seguida combater as
desigualdades dadas pela alta sociedade para o povo, só depois disso e das
contradições do capitalismo se superarem é que a ideologia de comunismo
será implementada em algum país.

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O conceito do comunismo, facilmente se colocava em prática e teria
grande sucesso se fosse implementado em grupos/sociedades reduzidas,
como nas tribos no início dos tempos. Já no caso da URSS, criada em 1922
onde englobava 15 países, a igualdade exaltada pelo comunismo
dificilmente seria alcançada por conta do elevado número de pessoas e do
seu poder económico. No máximo, a igualdade seria encontrada na
pobreza das pessoas que viviam nesse regime. Não se pode esquecer que
apesar de serem nominados como repúblicas todos os países que tentaram
chegar ao comunismo pelo socialismo acabaram por entrar em ditaduras
muitos restritas e deixaram os países na miséria, na ponta do abismo,
consegue-se ver isso no filme Good Bye Lenin quando alguns cidadãos
estão a realizar uma manifestação silenciosa e é automática e
violentamente interrompida pela polícia, claramente não é divulgada em
qualquer lado pela censura que o Estado fazia a tudo o que era contra os
valores e princípios do bloco comunista. É ainda identificado o atraso que
a cidade vivia, com televisões a preto e branco, as instalações do hospital
que a mãe de Alex ficou internada eram antiquadas e a pobreza das
pessoas.

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Capitalismo
O capitalismo é um sistema económico que valoriza o direito à
propriedade privada, a liberdade económica, a acumulação de riquezas e
o trabalho assalariado.
Apesar de já terem existido sistemas de natureza capitalista na
Antiguidade Clássica e na Idade Média, o desenvolvimento do capitalismo
como um sistema económico teve início nos séculos XVI, XVII e XVIII na
Inglaterra, durante a Revolução industrial. O economista e filósofo
escocês, Adam Smith, é considerado o pai do capitalismo, após redigir a
sua obra sobre a ideologia capitalista A Riqueza das Nações.
Hoje, vivemos sob o sistema capitalista, nascemos com ele em vigor e é
quase impossível imaginar-nos fora deste mundo.
Somos capazes de identificar os objetivos da nossa sociedade: liberdade
económica, inovação tecnológica e livre concorrência. Neste sistema, é
também defendida a meritocracia - o esforço dos trabalhadores é
recompensado - como por exemplo, nos é mostrado no filme Good bye
Lenin!, após a queda do muro de Berlim, empresas como a Coca Cola e
Burger King abrem portas na Alemanha Oriental onde todos os meses é
elegido um “empregado do mês” como recompensa pelo seu trabalho. Esta
estratégia incentiva os trabalhadores e, desse modo, aumentar a produção
e a eficiência.
Apesar de se ter popularizado ao mesmo tempo que a democracia, sendo,
portanto, relacionado com ela, o capitalismo acompanhou a formação de
uma variedade de regimes como o fascismo, monarquias e Estados de
partidos únicos.
Também é verdade que no mundo capitalista, qualquer um,
independentemente do estatuto em que nasceu, é capaz de subir de
estatuto social. No entanto, na realidade, somos confrontados com
desigualdades sociais e preconceitos. A realidade do mundo capitalista é
que nele existe abundância e riqueza, que coexiste com a pobreza e
miserabilidade que afeta a maioria.
Como se não bastasse, a nossa sociedade é consumista. Sim, temos tudo
o que poderíamos precisar ao nosso dispor, mas, para isso, produzimos
em massa e à custa de várias pessoas que são exploradas, mal pagas,
abusadas física e psicologicamente, chantageadas; incluídas nelas, estão
milhões de crianças que são forçadas a trabalhar.

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Com o constante bombardeamento de propagandas e publicidade,
acabamos por ser instigados a investir em artigos que não são uma
necessidade e que, se não tivéssemos sido “manipulados”, jamais
avançávamos com a compra. Somos, no final de contas, compradores
compulsivos. Além disso, as indústrias (especialmente a fast fashion)
destinadas a produzir todos os produtos que consumimos diariamente são
altamente poluentes.

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Qual o melhor?
Após o levantamento das principais características de ambos os blocos e
refletirmos sobre as cenas do filme abordado, que representou de forma
clara e realista a vida nos dois mundos, chegámos à conclusão de que
nenhuma destas opções é a ideal. Nenhum deles é intrinsecamente bom e
nenhum está desimpedido de se tornar opressivo.
O comunismo, apesar de ser liberal e lutar pelos direitos dos mais pobres
e trabalhadores, defendendo a igualdade, nunca foi e provavelmente
nunca será implementado. Os Estados que se consideraram (e
consideram) comunistas, tornaram-se opressivos, conservadores e tudo
aquilo que juraram destruir.
O capitalismo, o sistema em que nascemos, apresenta uma variedade de
ideologias vantajosas, mas na realidade, os danos que causa a nível social
e ambiental, apesar de altamente prejudiciais, foram e continuam a ser
demasiado negligenciados.
Temos a liberdade de entender que as pessoas corrompem e são
corrompidas, independentemente dos seus sistemas e ideologias.
Portanto, temos de ter consciência de que nenhuma ideologia, partido
ou sistema será perfeito e virtuoso.

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Conclusão
Por fim, para concluir, queríamos adicionar uma citação que
acreditamos que sumariza o nosso ponto de vista: “Sabes a diferença
entre o capitalismo e o socialismo? No capitalismo, o Homem explora o
Homem. No socialismo, é o inverso.” - da série O alienista.

Esta frase transpõe a ideia de que, não obstante a ideologia de um


homem, por mais pura que seja, o lado mais sombrio da natureza
humana acabará por sobressair. Tudo se baseia em boas intenções e más
práticas.

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Webgrafia/Bibliografia
● https://www.historiadomundo.com.br/idade-
contemporanea/comunismo.htm
● Manual escolar, Entre Tempos parte 2, 12º ano, editora: Porto
Editora;
● Filme alemão Good bye Lenin! de Wolfgang Becker.

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