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Conceitos básicos para a

discussão sobre políticas de


gestão educacional

Profª. Josiane C. S. Ramos Procasko


(josiane.ramos@poa.ifrs.edu.br)
Paraisópolis - SP
https://www.youtube.com/watch?v=dCK3p6W8i7Y
Alguns conceitos
“Entendida a educação como apropriação da
cultura humana produzida historicamente e a
escola como instituição que provê a educação
sistematizada, sobressai a importância das
medidas visando à realização eficiente dos
objetivos da instituição escolar [...]. Tais
objetivos têm a ver com a própria construção da
humanidade do educando, na medida em que é
pela educação que o ser humano atualiza-se
enquanto sujeito histórico, em termos do saber
produzido pelo homem em sua progressiva
diferenciação do restante da natureza” (PARO,
1997, p.07)
“[...] Estado como o conjunto de instituições
permanentes – como órgãos legislativos, tribunais,
exército e outras que não formam um bloco
monolítico necessariamente – que possibilitam a
ação do governo” (HÖFLING, 2001).

Claus Offe faz “[...] a análise do Estado a partir de


uma perspectiva de classe, e como uma esfera da
sociedade que concentra e manifesta as relações
sociais de classe, onde conflitos ocorrem –já que
no interior do Estado estão presentes interesses
referentes à acumulação do capital e às
reivindicações dos trabalhadores [...]” (HÖFLING,
2001).
“[...] governo como o conjunto de
programas e projetos que parte da
sociedade (políticos, técnicos, organismos
da sociedade civil e outros) propõe para a
sociedade como um todo, configurando-
se a orientação política de um
determinado governo que assume e
desempenha as funções de Estado por um
determinado período” (HÖFLING, 2001).
“[...] a política social [...] consiste numa
estratégia utilizada pelo Estado, voltada
para o chamado desenvolvimento
econômico com o objetivo de interferir
na correlação de forças sociais que se
defrontam em determinado contexto
histórico. Ela expressa, de certa maneira,
as relações entre Estado e Economia
[...]” (GERMANO, 1992, p.21-22).
“[...] a política educacional, muito mais que um rol de
metas e planos setoriais, é um processo complexo que
não se esgota em programas de governo, mas está
presente e atua na subjetividade humana. Ao tratar de
educação, que deve ser transmitida de geração a
geração, a política educacional está interferindo no
corpo de regras sociais constituintes da moralidade de
um grupo, podendo assim incluir ou excluir valores e
acaba delimitando o próprio processo de formação
subjetiva do ser humano, que envolve os sentimentos e as
disposições emocionais que vão regular a sua conduta
(MARTINS, 1993, p.11-12)”.

“[...] as políticas educacionais são expressão, elas mesmas,


dos embates travados no âmbito do reordenamento das
relações sociais – e, conseqüentemente, do Estado
[...]”(DOURADO & PARO, 2001).
Antes de relembrar como a educação escolar se
desenvolveu, entendamos a forma de
organização da nossa sociedade: o CAPITALISMO
https://www.youtube.com/watch?v=8R4H53fu1fo
• Sociedade organizada em classes sociais: os
proprietários dos MEIOS DE PRODUÇÃO (burguesia) e os
proprietários da sua FORÇA DE TRABALHO
(proletariado).O proletariado troca com a burguesia a
sua capacidade de trabalho em troca de um SALÁRIO. O
trabalho industrial é a forma básica de produção de
bens de consumo. Neste tipo de sociedade, a
estratificação social é por classe (determinada
economicamente, teoricamente permite maior
mobilidade social).
• Esta relação entre o proletariado e a burguesia é
orientada por um contrato social = “liberdade econômica”
e “democracia política”. Passa-se a afirmar que o
trabalhador é livre para escolher seu emprego e o
empresário é livre para empregar quem desejar;

• Surge uma nova visão de mundo: “individualizada”,


“competitiva”, nasce a noção de “progresso”.

• Surgem os problemas sociais: favelas, poluição,


migrações desordenadas, doenças, cortiços, prostituição,
violências, etc = POLÍTICAS SOCIAIS.
Com este contexto...
• Surgem diferentes correntes de
pensamento, entre elas: o
LIBERALISMO, a SOCIAL-
DEMOCRACIA e o SOCIALISMO,
com diferentes alternativas para
solucionar os problemas
enfrentados.

• Portanto, temos diferentes


estratégias para diferentes
correntes de pensamento (estas
estratégias estão presentes nas
diversas políticas educacionais, https://www.youtube.com/watch?v=vH
UBpRRRkLU
como veremos posteriormente).
https://www.youtube.com/watch?v=4B
KHlwaHnkc

https://www.youtube.com/watch?v=TD
Rm3PEXcJM
CONTEXTO 1970
• Queda na taxa de lucro =
superprodução;
• Esgotamento do padrão de acumulação
taylorista/fordista;
• Hipertrofia da esfera financeira =
desprendimento do capital do setor
produtivo e o aumento do capital
volátil;
• Crise dos mecanismos do Estado de
bem-estar social = esfera social,
política e administrativa. (ANTUNES,
2003)
SOLUÇÕES PARA SANAR A CRISE (PERONI, 2003):
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA (SUBSTITUIÇÃO DO
TRABALHO VIVO POR MÁQUINAS)
https://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ
- aumento maciço do exército de reserva de desempregados.
Como conseqüência temos mutações no mundo do
trabalho, devido à “subordinação estrutural do trabalho ao
capital”;
• modifica-se a forma de produção, de um sistema
vinculado à padronização e à produção de massa e passa-
se a uma nova forma de organizar o trabalho,
individualizando-o e flexibilizando-o no interior da fábrica
ou da empresa (Fordismo – Toyotismo).
GLOBALIZAÇÃO (CHESNAIS)
https://www.youtube.com/watch?v=h5WjNMGztvE

• agigantamento da esfera financeira com o


desprendimento de capitais do setor produtivo e o
aumento do capital volátil;
• aumento de concentração de capital via fusão de
empresas monopolistas e oligopolistas gerando as
transnacionais;
• insere a competição desigual, não oferecendo as
mesmas condições para todos os países;
• passagem do poder do Estado-Nação para
diferentes órgãos multilaterais (BM, BID, FMI).
NEOLIBERALISMO (MINIMIZAÇÃO DO ESTADO / HAYEK,
BUCHANAN, FRIEDMAN)
https://www.youtube.com/watch?v=vjuGqvLztVM

• privatização de empresas estatais, barrando as


interferências estatais nos empreendimentos privados,
transferindo para o setor privado as atividades produtivas;
• o governo obtém o controle monetário, estocando
dinheiro e equilibrando a economia, a fim de evitar a
inflação e a recessão da economia;
• tornar as decisões do “não-mercado” mais próximas
• daquelas do “mercado”; no mercado, os consumidores
manifestam suas vontades por meio das cédulas de
dinheiro.
TERCEIRA VIA (FORTALECIMENTO DA
SOCIEDADE CIVIL / GIDDENS)
https://www.youtube.com/watch?v=hcNUJaad-Tk

• propõe a reforma do Estado;


• o Estado deve tornar-se um administrador
competente como uma grande empresa,
introduzindo uma nova relação entre
Estado e sociedade civil = parcerias com
empresas e com o “terceiro setor.
Há uma outra
perspectiva, que
acredita que a
Para o CRISE crise é estrutural
NEOLIBERALISMO e do capitalismo,
a TERCEIRA VIA o com isso, a crise
ESTADO está em do Estado é uma
crise! conseqüência e
não a causa
(Antunes, 1999)!

https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO

NEOLIBERALISMO TERCEIRA VIA


⇒ O Estado gastou demais para ⇒ Surge como uma alternativa ao
atender às demandas da população por Neoliberalismo e a antiga social-
políticas sociais, provocando a crise democracia.
fiscal. ⇒ Iniciou-se na Inglaterra com
⇒ A DEMOCRACIA e as regulações Margareth Thatcher.
sobre o Estado prejudicam o bom ⇒ A REFORMA DO ESTADO é a
andamento do mercado, sendo assim, estratégia apresentada para a
é preciso esvaziar o poder do voto, ampliação da democracia através de
privatizar e desregulamentar o Estado = parcerias com instituições da
DESMANTELAMENTO DO ESTADO. sociedade civil.
⇒ O papel do Estado para as ⇒ O papel do Estado para as
POLÍTICAS SOCIAIS é alterado, POLÍTICAS SOCIAIS é alterado,
passando a sua execução para a passando a sua execução para a
sociedade = PRIVATIZAÇÃO / QUASE- sociedade = PÚBLICO NÃO-
MERCADO. ESTATAL.
GESTÃO PÚBLICA
TERCEIRA VIA
• A administração deve
NEOLIBERALISMO
ser reestruturada,
• O objetivo é “envolvendo o
tornar as público”, controlando
decisões do suas metas,
“não-mercado” decidindo de forma
mais próximas mais flexível com
daquelas do maior participação
“mercado”. da sociedade,
incutindo a lógica
empresarial (a
competição) nas
instituições públicas
(GIDDENS, 2001).
BRASIL - Década de 1990
• 1995 = assume a Presidência da República Fernando
Henrique Cardoso. O diagnóstico da crise brasileira é
depositado no grande tamanho do Estado e nos gastos
desnecessários.
• Para sanar a crise foi nomeado Luís Carlos Bresser-
Pereira para o Ministério da Administração Federal e
Reforma do Estado – MARE.

Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE = visando à


recuperação da poupança pública e superação da crise fiscal, surge
a redefinição das intervenções no econômico e no social, via
organizações públicas não-estatais e reforma da administração para
um modelo gerencial mais ágil e eficiente (BRESSER-PEREIRA,1998).
PDRAE institui dois movimentos:
► ESFERA PÚBLICA NÃO-ESTATAL = abrangeria as
organizações privadas, que têm por objetivos interesses
públicos, porém não correspondentes ao Estado, auxiliando
na gestão e no controle das políticas implantadas.
► QUASE-MERCADO = inserção da lógica de mercado =
“choque de mercado”, “qualidade total”, tendo “[...] menos
burocracia estatal [...] e mais flexibilidade local”
realizando um acompanhamento direto dos seus usuários,
ou de seus ‘clientes’” (LAUGLO, 1997, p.23).
Objetivos do PDRAE:
► Recuperação da poupança pública e superação da crise fiscal;
► Redefinição das intervenções no econômico e no social, via
organizações públicas não-estatais e reforma da administração para
um modelo gerencial mais ágil e eficiente (BRESSER-PEREIRA,1998);
► Conceder maior autonomia e uma conseqüente maior
responsabilidade para os dirigentes das instituições públicas;
► Estabelecer uma parceria entre o Estado, que continuará a financiar a
instituição, e a sociedade a que serve e que deverá participar
minoritariamente de seu financiamento via compra de serviços e
doações;
► Aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços, atendendo melhor o
cidadão-cliente a um custo menor.
Conjuntura atual
https://www.youtube.com/watch?v=924O6TC2FRk
QUESTÕES PARA REFLEXÃO

1) Como surge e quais os princípios ...?


2) Qual o papel do Estado nas políticas sociais
proposto pela política ...?
De que forma isso tudo
influencia na gestão escolar?
1º) FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO E DA
ESCOLA (construção histórica)
Nas comunidades primitivas:

“Os fins da educação derivam da estrutura


homogênea do ambiente social, identificam-se como os
interesses comuns do grupo, e se realizam
igualitariamente em todos os seus membros, de modo
espontâneo e integral: espontâneo na medida em que não
existe nenhuma instituição destinada a inculcá-los,
integral no sentido que cada membro da tribo
incorporava mais ou menos bem tudo o que na referida
comunidade era possível receber e elaborar (PONCE,
1994, p. 21).”
Na antigüidade:
“Com o desaparecimento dos
interesses comuns a todos os
membros iguais de um grupo e a sua
substituição por interesses distintos,
pouco a pouco antagônicos, o
processo educativo, que até então
era único, sofreu uma partição: a
desigualdade econômica entre os
‘organizadores’ e os ‘executores’
trouxe, necessariamente, a
desigualdade das educações
respectivas (PONCE, 1994, p. 27).”
No advento da sociedade
capitalista:
• Para a classe dominante a educação, tem como
finalidade habilitar técnica, social e
ideologicamente os diversos grupos de
trabalhadores, para servir ao mundo do
trabalho.

• Para a classe trabalhadora a "educação é, antes


de mais nada, desenvolvimento de
potencialidades e apropriação de ‘saber social’
(GRYZYBOWSKI apud FRIGOTTO, 1998, p. 26),
objetivando a formação integral do homem, ou
seja, o desenvolvimento físico, político, social,
cultural, filosófico, profissional, afetivo, entre
outros.
PORTANTO, A ESCOLA...
Contribui para a
É uma instituição reprodução da
social que, ordem social,
articula no entanto,
determinados também
interesses e participa de
desarticula sua
transformação,
outros,
possibilitando às vezes
a mudança,haja intencionalment
e e,
vista as lutas que
aí são travadas. às vezes, as
mudanças
(FRIGOTTO,
se dão apesar
2003).
da escola
(PETITAT,
1994).
CONSIDERAR QUE CONSIDERAR QUE A
A ESCOLA JÁ ESCOLA NÃO CUMPRE
CUMPRA SUA SUA FUNÇÃO SOCIAL =
FUNÇÃO SOCIAL = TRANSFORMAÇÃO
REPRODUÇÃO SOCIAL
SOCIAL “[...] precisamos
transformar a escola que
“[...] negadora dos
temos aí. E a transformação
valores dominados e
dessa escola passa
mera chaceladora da
necessariamente por sua
injustiça social, na
apropriação por parte das
medida em que
camadas trabalhadoras. É
recoloca as pessoas
nesse sentido que precisam
nos lugares
ser transformados o sistema
reservados pelas
de autoridade e a
relações que se dão
distribuição do próprio
no âmbito da
trabalho no interior da
estrutura econômica
escola” (PARO, 1997, p.10).
(PARO, 1997, p.10)”
Contexto atual
ESCOLA SEM PARTIDO
- Neutralidade política e ideológica;
- Cerceamento da liberdade de expressão;
- Conscientização como elemento perturbador da ordem
dominante (reprodução).
- Contra os direitos adquiridos com a Constituição Federal
de 1988.
- Cerceamento da liberdade de expressão (do ato de
ensinar):concepções ideológicas, religiosas, morais,
políticas e partidárias.

Qual a escola pretendida, ao propor a inclusão do


Programa Escola sem Partido na LDB – 9394/96?
2º) CONCEPÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
SOBRE GESTÃO EDUCACIONAL
A palavra gestão significa: chamar a si,
executar, exercer, gerar (CURY, 2001),
podendo significar a conservação de
estruturas autoritárias, como é comum
nas relações de subordinação em
empresas, ou traz também a possibilidade
de mudança, de rupturas com o instituído.
Os objetivos da organização
escolar e da organização
empresarial não são apenas
diferentes, mas sobretudo
antagônicos, na medida em
que, enquanto a escola
objetiva o cumprimento de
sua função de socialização do
conhecimento historicamente
produzido e acumulado pela
humanidade, a empresa visa
a reprodução da hegemonia
do modo de produção
capitalista.
Na EMPRESA CAPITALISTA a
função da administração é
organizar os trabalhadores
no processo de produção,
otimizar o instrumental de
trabalho e disponibilizar as
matérias primas,
objetivando o controle das
forças produtivas do
planejamento à execução
das operações, visando a
maximização da produção e
do lucro.
Diferentes correntes presentes na
gestão escolar:
• Os procedimentos de gestão a serem adotados na
escola devem ser os mesmos adotados na empresa.
• Os procedimentos de gestão a serem adotados pela
escola não podem ser os mesmos das empresas,
pois a gestão educacional traz especificidades que
a diferenciam da gestão empresarial, devido à
natureza (particularidades) do trabalho pedagógico
e da instituição escolar.
Comparando o gerencialismo e a gestão
democrática da escola:
Gerencialismo Gestão democrática
Ênfase a dimensão técnica da gestão: Ênfase a dimensão político-pedagógica
supõe que a eficiência da mesma da gestão: baseia-se na
sustenta-se no bom uso de recursos indissociabilidade dos meios/finalidades
técnicos, tais como controles (pressupõe que as técnicas subordinam-
estatísticos, padronizações, etc. se as dimensões político-pedagógicas da
gestão);

Gestão centrada na pessoa do diretor; Gestão centrada nos colegiados da


escola;
Gestão participativa significa a Gestão participativa significa, aqui, a
comunidade escolar colaborando com a comunidade escolar participando
escola, não necessariamente efetivamente da escola, discutindo e
deliberando sobre seus rumos decidindo coletivamente seus rumos;
(DESCONCENTRAÇÃO);
Pressupõe autonomia e Pressupõe autonomia e co-
responsabilização individualizada, com responsabilização pelos resultados da
conseqüências para professores e aprendizagem dos alunos e da unidade
diretores, pelos resultados do escolar;
desempenho dos alunos e da escola;

Procura atingir metas de eficiência e Procura atingir a qualidade social da


eficácia previamente definidas em educação, expressando não apenas
planos estratégicos, acordos, etc. resultados quantitativos, mas,
sobretudo, qualitativos.

Considera a competitividade o principal Considera que a qualidade da educação


fator para alavancar a qualidade das se conquista com medidas efetivas em
escolas. prol da autonomia, da gestão
democrática, financiamento público e
formação de professores.
De acordo com Paro (2002), a especificidade da
gestão escolar deriva de um duplo processo:

• dos objetivos que se pretende alcançar com a escola;


• da natureza do processo que envolve essa busca.

Ambos são indissociáveis e assim, se a escola projeta e


pretende a construção de sujeitos críticos, os métodos
que utiliza para concretizar esse objetivo devem estar
estreitamente vinculados a eles. Compreende-se então,
que a transposição dos métodos de gerenciamento das
empresas, é contrária a implementação da democracia
na escola. Com isso queremos dizer, que não é possível
fazer-se um discurso apologético da gestão democrática
na escola adotar procedimentos, instrumentos ou
“ferramentas” técnicas da gestão empresarial.
Mas para que
estas práticas se
efetivem
precisamos
refletir sobre o
papel do gestor
escolar...
Dimensões políticas e pedagógicas
• articular, implementar e fortalecer as instâncias
democráticas na escola;
• acompanhar o quadro de funcionários e professores;
• acompanhar os processos relacionados à organização
do trabalho pedagógico (currículo, cuidado com o
patrimônio...);
• promover a participação em processos de avaliação
interna e externa a unidade escolar;
• mobilizar a comunidade escolar, fortalecendo o
vínculo entre escola, família e comunidade;
• construir uma nova ética no exercício do poder, na
gestão partilhada da escola.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BARROSO, João. Para uma abordagem teórica da reforma da administração escolar: a
distinção entre direcção e gestão. Revista portuguesa de Educação. universidade do Minho,
v.9, n.1, p.33-56, 1995.
• CURY, Carlos R. J. O Conselho Nacional de Educação e a gestão democrática. In: OLIVEIRA,
Dalila A. (org.) Gestão democrática da educação. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2001 (3ª
edição).
• FRIGOTTO, Gaudêncio & CIAVATTA, Maria. Educação Básica no Brasil na década de 1990:
Subordinação ativa e consentida à lógica do mercado. Educação & Sociedade, São Paulo,
Cortez; Campinas, CEDES, v. 24, n. 82, abril 2003.
• LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: o neo-liberalismo em ataque ao ensino público.
Londrina: Planta, 2004.
• PARO, Vitor. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 2002.
• PARO, Vitor. A gestão democrática da escola pública. São Paulo: Editora Ática, 2002a.
• PETITAT, André. Produção da Escola/Produção da Sociedade: análise sócio-histórica de
alguns momentos decisivos da evolução escolar no ocidente; trad. Eunice Gruman. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1994.
• PONCE, Aníbal. Educação e luta de classe; trad. José Severo de Camargo Pereira, 13ª edição,
São Paulo: Cortez, 1994.
• SHIROMA, E. O. ; CAMPOS, R. F. . La resignificación de la democracia escolar mediante el
discurso gerencial: liderazgo, gestión democrática y gestión participativa. In: Myriam Feldfeber;
Dalila Andrade Oliveira. (Org.). Políticas educativas y trabajo docente: Nuevas regulaciones,
Nuevos sujetos?. 1 ed. Buenos Aires: Ediciones Novedades Educativas, 2006, v. , p. 221-237.

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