Você está na página 1de 12

AS NOVAS FORMAS DE

EXPRESSÃO DA
QUESTÃO SOCIAL
QUESTÃO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL

• OBJETO DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL;


• BASE DE SURGIMENTO COMUM;
• EXPRESSÕES DIFERENCIADAS, SUSCETÍVEIS AOS
MOMENTOS HISTÓRICOS E LOCALIDADES.
REFERENCIAL MARXISTA

CAPITAL x TRABALHO BASE GERAL DE EXPLICAÇÃO


QUESTÃO SOCIAL
FOME

VIOLÊNCIA
DESIGUALDADE
DE GÊNERO, DE
RAÇA E ETNIA

CONCENTRAÇÃO
FUNDIÁRIA E
IMOBILIÁIA
QUESTÃO SOCIAL EM SENTIDO AMPLO

LUTAS SOCIAIS
PROTAGONIZADAS
PELOS
EXPLORAÇÃO TRABALHADORES
DO TRABALHO ORGANIZADOS EM
PELO CAPITAL FACE DESTA
PREMISSA
CENTRAL
CONFIGURAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL
• Fenômeno singular e ao mesmo tempo universal;
• A pobreza – muitas vezes tomada como expressão máxima da questão social
– somente pode ser entendida quando considerada a partir da incapacidade
de reprodução social autônoma dos sujeitos que, na sociedade capitalista
remete, de modo central, à questão do DESEMPREGO;
• Isso não significa dizer que trabalhadores inseridos no mercado de trabalho, e
portanto, empregados (no mercado formal ou informal) não estão isentos do
processo de pauperização;
• É claro também que a pauperização remete a outros indicadores sociais como
acesso a saneamento básico, habitação, educação, que determinam por sua
vez os indicadores de saúde, e assim por diante.
CONFIGURAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL

• O processo de constituição e desenvolvimento do capitalismo brasileiro tem


uma trajetória marcada pela sua inserção periférica nas engrenagens do
capitalismo mundial, especialmente após a vigência do imperialismo;

• Atual necessidade de redução dos custos com o trabalho;

• No contexto atual além do crescimento do desemprego, há uma elevação nas


taxas de subemprego e a deterioração da remuneração média dessas pessoas.
CONFIGURAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL
• Soma-se o crescimento das desigualdades sociais, a regressão de direitos civis
e sociais, a desregulamentação das relações de trabalho e a ascensão de
políticas de ajuste estruturais preconizadas pelos países imperialistas;

• direciona-se a atenção à pobreza para a responsabilidade privada dos


cidadãos, com a diminuição da atenção do Estado nas políticas e necessidades
sociais, que é transferida para a responsabilidade do mercado e da filantropia;

• Assim, o dever moral se sobrepõe à esfera pública, com o rompimento da


universalidade dos direitos e da possibilidade de reivindicação destes, com a
descontinuidade das políticas e dos serviços sociais e com o retorno ao
assistencialismo.
CONFIGURAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL

• O individualismo traveste-se em um discurso de solidariedade e a competência é


reportada como o alvo a ser atingido, encobrindo a busca pela rentabilidade;

• Observa-se a subordinação da economia, política e cultura, que organizam a vida


em sociedade, aos objetivos de valorização do capital. Impõe-se uma nova forma
de sociabilidade, com a observância da mercantilização universal das relações
sociais, na qual a lógica do capital vai permeando para além da esfera produtiva e
inserindo-se nos modos de circulação e consumo das mercadorias;

• Reformas políticas e sociais voltadas ao mercado.


CONFIGURAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL
• Diante de um contexto de agravamento da “questão social”, o Estado, aliado
fiel e submisso da burguesia, potencializa ao máximo sua intervenção para a
reprodução do sistema vigente, tornando-se cada vez mais ausente no
atendimento às demandas sociais, nelas operando sob moldes focalistas e de
extrema seletividade, transformando as políticas sociais públicas desta época
em uma franca administração da miséria;

• Desse modo, o contexto que se deflagra aos trabalhadores do Brasil desvela a


“questão social” na forma do empobrecimento generalizado; do aumento
descomunal da violência; dos altos índices de desemprego; da precarização
do trabalho formal; do aumento da informalização do emprego, que acarreta
a desproteção social dos trabalhadores; entre outras repercussões.
CONFIGURAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL

• Vale assinalar que todas as medidas tomadas contra a classe trabalhadora deste país
são legalmente legitimadas com a chancela do Estado, cujo novo intervencionismo é
enxuto no que toca à administração de suas responsabilidades sociais e de máxima
amplitude para a reprodução do capital;

• No âmbito social, por sua vez, o Estado brasileiro se debruça na oferta de políticas
públicas de parco alcance e de cunho extremamente seletivo, numa inquestionável
eleição meritocrática daqueles que comprovem ser o mais pobre entre todos os
pobres, subvertendo mesmo as bandeiras mais burguesas como factualmente o são a
cidadania e a democracia.
E COM A PANDEMIA?

• Os fatores passam a ser ampliados;


• Expressões da questão social que não faziam mais
parte do contexto brasileiro voltaram e se acirraram
mediante a ausência de políticas de igualdade social;
• A exemplo da fome, e das situações de insegurança
alimentar.

Você também pode gostar