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Resenha

ASTLEY, W. Graham; VAN DE VEM, Andrew H. debates e perspectivas


centrais na teoria das organizações. Revista de Administração de Empresas,
v.45, n.2, abr./jun.

O referido artigo tem como objetivo debater as principais perspectivas


relaciondas à teoria das organizações. Os autores enfatizam o aumento do
pluralismo teórico na literatura organizacional que acabam refletindo no
processo de conscientização e nos interesses dos teóricos da área. Diante dos
diversos cenários organizacionais, faz-se necessário um pensamento crítico
para uma melhor compreensão das complexidades existentes.

Os autores se baseiam em seis debates que focam a natureza e a estruturação


das organizações, são eles:

1. As organizações são sistemas funcionalmente racionais e tecnicamente


determinados ou são materializações de ações individuais socialmente
construídas e subjetivamente significativas?

2. As mudanças nas formas organizacionais são explicadas pela adaptação


interna ou pela seleção ambiental?

3. A vida organizacional é determinada por limitações ambientais ou é criada


ativamente por meio de decisões gerenciais estratégicas?

4. O ambiente deve ser visto como um agregado simples de organizações,


governado por forças econômicas externas, ou como uma coletividade de
organizações integradas e governadas por suas próprias forças políticas e
sociais internas?

5. O comportamento organizacional está principalmente preocupado com a


ação individual ou com a ação coletiva?

6. As organizações são instrumentos técnicos neutros, programados para


atingir metas, ou são manifestações institucionalizadas de interesses
adquiridos e estruturas de poder da sociedade?
O que se extrai do artigo, em comento, é a demonstração das perspectivas
centrais da teoria organizacional. Assim, o que se percebe é a existência de
duas posições que, segundo os autores, ocorre pelo determinismo social e livre
arbítrio.

Além disso, é abordado um paralelo entre quatro visões clássicas da teoria


organizacional, são elas:

 Visão Sistêmica Estrutural

O comportamento é trabalhado por uma série de mecanismos.

 Visão da Escolha Estratégica

Estebelece ações utilizadas para atacar as abordagens sistêmicas e estruturais


funcionais. Segundo os autores, essa visão dirige a atenção para os indivíduos
e suas interações e construções sociais.

 Visão da Seleção natural

Contextualiza que as relações entre a organização e o ambiente volta-se para


os ecologistas de população, economistas industriais e historiadores
econômicos. Os recursos ambientais, de acordo com essa visão, estão
organizados em forma de nichos. As organizações precisam se adaptar aos
ambientes onde estão interagindo.

 Visão da Ação Coletiva

As condições da sociedade contemporânea são ou deveriam ser reguladas por


ação intecional, acontecendo em nível coletivo, na forma de redes
interorganizacional.

Apesar das diversas abordagens, fica claro que cada uma dessas visões
apresentadas não conseguem abranger o todo, permanecendo com uma visão
restrita da realidade.

O próximo passo é realização de uma análise entre as quatro visões,


comparando as mesmas entre si, de duas em duas visões. Q1 versus Q2, Q2
versus Q3.
Posteriormente ao processo de comparação, foram abordados seis debates
que enfatizaram a interação entre questões relaciondas as formas estruturais
versus a ação pessoal, e as relações entre a parte e o todo.

Benson (1977) estabele princípio que fala sobre a produção social e afirmava
que uma organização enquanto parte e o mundo social está sempre no estado
de vir a ser. Conforme os autores, o segundo princípio refere-se ao princípio de
totalidade, que enfatizam as questões sociais.

O próximo tópico trata das formas estruturadas e ação pessoal, que segundo
os autores são de interesse para teoria organizacional e gerencial.

No tópico relações entre parte e todo foi observado que no macro o


direcionamento está no domínio da estrutura e que no micro estão atrelados às
tarefas, posições e subunidades.

A conclusão dos autores está pautada na forma equivocada de análise e nas


contradições da teoria organizacional.

Diante ao exposto, resta claro que a teoria das organizações possui vários
métodos de análise que permitem diversas visões que se complementam e
enriquecem a literaratura organizacional. O objetivo dos autores está atrelado
no processo de estreitamento das teorias para alavancar o processo
organizacional.

Referências

ASTLEY, W. Graham; VAN DE VEM, Andrew H. debates e perspectivas


centrais na teoria das organizações. Revista de Administração de Empresas,
v.45, n.2, abr./jun.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica.


5. ed. 3. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

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