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INTRODUÇÃO

Gestão significa gerenciamento, administração, é exercida onde, existe uma instituição, uma empresa,
uma entidade social de pessoas, um programa, sendo o gestor ou administrador como elemento que
encaminha o processo.
O objetivo de gestão é de crescimento, estabelecido pela empresa através do esforço humano organizado,
pelo grupo, com os objectivos específicos bem delineados, sendo assim as instituições podem ser
privadas, sociedades de economia mista, com ou sem fins lucrativos.
A gestão surgiu quando após a revolução industrial, os profissionais decidiram buscar solução para
problemas que não existiam antes, usando vários métodos de ciências, para administrar os negócios da
época o que deu início a ciência da administração, pois é necessário o conhecimento e aplicação de
modelos e técnicas administrativas.
Ainda entendemos que na administração, as técnicas devem ser cautelosas e ponderadas para ser
utilizadas em direito, contabilidade, economia, psicologia, matemática, estatística, sociologia,
informática, nas ciências de saúde e entre outras áreas do saber.
Algumas funções do gestor pode ser de fixar as metas, alcançar através do planejamento das suas
actividades.
O gestor deve conhecer os problemas á enfrentar, solucionar e saber os prioritários, com base neste
critério, organizar recursos financeiros, humanos, material, tecnológicos, para efectivar dando assim
solução.
Outrossim o gestor e administrador no exercício das suas funções devem ser bons comunicador, bom
líder e ter a capacidade de motivar as pessoas, tomar decisões precisas, controlar o conjunto todo.

TEMA 1: CONCEPTUAL TEORICOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO


A administração significa direção, gerência. Ou seja, é o acto de administrar ou gerenciar negócios,
pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas pré definidas.
Administração é uma área do conhecimento fundamentada em um conjunto de princípios, normas e
funções elaboradas para disciplinar os factores de produção, tendo em vista o alcance de determinados
fins como maximização de lucros ou adequada prestação de serviços públicos.
Pressupõe a existência de uma instituição a ser gerida, ou seja, uma organização constituída de pessoas
e recursos que se relacionem num determinado ambiente, orientadas para objectivos comuns.
A Administração é frequentemente tomada como sinônimo de Administração de Empresas. Porém, isto
somente faz sentido se o termo empresa for considerado como sinônimo de organização, que significa
os esforços humanos organizados, feitos em comum, com um fim específico, um objectivo. O adequado
é considerar a Administração de Empresas subárea da Administração, uma vez que esta trata de

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organizações que podem ser públicas, sociedades de economia mista ou privadas, com ou sem fins
lucrativos.
A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a Revolução Industrial, ocorrida na
Inglaterra em meados do Século XIX, levou profissionais de outras áreas mais antigas, a exemplo da
Engenharia, a buscar soluções específicas para problemas que não existiam antes. Assim, a aplicação de
métodos de ciências diversas, para administrar estes empreendimentos, deu origem aos rudimentos da
Ciência da Administração.
Há autores que consideram a Administração uma área interdisciplinar do conhecimento, uma vez que
se utiliza métodos e saberes de diversas ciências, como Contabilidade, Direito, Economia, Filosofia,
Psicologia, Sociologia, etc.
Não se deve confundir a gerência de uma casa ou da vida pessoal, que tem sua arte própria, porém
empírica, com a administração de uma instituição. A gerência corporativa requer conhecimento e
aplicação de diversos modelos e técnicas administrativas, ao passo que a gerência pessoal pode ser feita
por pessoas sem qualificações adicionais.
Administração é a condução racional das actividades de uma organização lucrativa ou não lucrativa.
(Chiavenato, 1999)
Para Fayol (1950) citado por Kurcgant (1991), administração é a função de prever, organizar,
coordenar, comandar e controlar.
As práticas profissionais podem ser explicadas segundo diferentes enfoques. Assim, economistas,
sociólogos, psicólogos, entre outros, têm estudado o comportamento do homem no trabalho, os factores
que interferem nesse comportamento e os resultados desse trabalho, eis o estudo do administrador com
o papel de administrar recursos.
1.1- CONCEPÇÕES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO
A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da abordagem
estruturalista. O enfoque da teoria estruturalista é a estrutura e o ambiente, assim, de acordo com
Chiavenato (2003), essa teoria trouxe uma importante ruptura com relação às anteriores. Ela mostra a
organização como sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente e com outras organizações.
A Teoria Estruturalista baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se
inter-relacionam. Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que significa que os
sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.
De acordo com Chiavenato (2003), essa teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando
em sua análise a organização formal e informal, recompensas materiais e sociais e, entre outros,
reconhece os conflitos organizacionais, ditos como inevitáveis. Por fim, os estruturalistas fazem uma
análise comparativa entre as organizações, propondo tipologias, como a de Etzione (1980), citado por
Tchivala, (2018) que se baseia no conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), citado por Tchivala,
(2018), que se baseia no conceito de beneficiário principal.
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A Teoria Comportamental, segundo Chiavenato (2003), surgiu como decorrência da Teoria das
Relações Humanas, porém ela se posiciona de forma crítica em relação a esta, rejeitando as concepções
ingênuas e românticas. A Teoria Comportamental deixou uma nova compreensão das organizações.
Tendo como ênfase as pessoas, busca soluções democráticas e flexíveis para os problemas da gestão.
Os principais estudos dessa teoria foram a teoria de Maslow e a teoria de Herzberg. Porém, o estudo
comparativo de Likert também foi importante para a teoria comportamental.
Likert, segundo Chiavenato (2003), propõe um esquema no qual ele relaciona modelos de organizações,
como podendo ser: Autoritário Coercitivo, Autoritário Benevolente, Consultivo e Participativo. O
Sistema de Administração de Likert pode ser relacionado com as teorias X e Y de McGregor. Assim, o
Sistema Autoritário Coercitivo corresponderia à teoria X, que analisa as pessoas como sendo
preguiçosas e indolentes, que evitam o trabalho e as responsabilidades. O Sistema Participativo
corresponderia à Teoria Y, que parte de uma visão mais positiva do homem.
A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) teve início com os estudos do biólogo alemão Ludwig von
Bertalanffy, que definiu o conceito de sistema aberto. A TGS revolucionou o estudo de diversas ciências
como: Administração, Astronomia, Economia, Sociologia. Foi uma tentativa de criar uma unificação
científica. Em Chiavenato (2003), são expostos vários conceitos acerca do significado de sistema, mas,
em síntese, sistema é um conjunto de partes interdependentes que formam um todo integrado. Cada
integrante do sistema teria comportamento diferente, caso atuasse isoladamente.
Segundo Chiavenato (2003), os sistemas podem ser classificados em dois aspectos, constituição e
natureza. Quanto à constituição, podem ser concretos ou abstratos. Os sistemas concretos são aqueles
compostos por aparelhamentos, maquinaria e objetos reais. São denominados hardware. Os sistemas
abstratos são os conceitos, ideias. Estão ligados ao conceito de software.
Quanto à natureza, os sistemas podem ser classificados em abertos e fechados. Os sistemas fechados
são totalmente desintegrados com o meio externo. Como não existem sistemas desse tipo, o termo é
mais usado para se referir a sistemas com comportamento determinístico. Por outro lado, o sistema
aberto tem comportamento probabilístico e recebe influência ao mesmo tempo em que influencia o meio
externo, pois apresenta relação de intercâmbio com o ambiente no qual está inserido, por meio de
inúmeras entradas e saídas. Por isso, os sistemas abertos são adaptativos, reajustando-se constantemente
ao meio.
Segundo Chiavenato (2003), na Teoria Contingencial há um deslocamento da visão de dentro pra fora
da organização, pois há a ênfase no ambiente externo e nas demandas ambientais sobre a dinâmica
organizacional. Para essa teoria, o que determina as mudanças na organização são as condições
ambientais, pois no ambiente estão as explicações das características organizacionais. Dessa forma, tudo
depende das características ambientais importantes para a organização.
Segundo, Chiavenato (2003) afirma que a Teoria da Contingência surgiu através de várias pesquisas
para a verificação dos modelos de estruturas organizacionais das empresas mais eficazes para
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determinados tipos de indústrias. As cinco pesquisas que se destacam são: Chandler, sobre a estratégia
e estrutura organizacional; Burns e Stalker, sobre organizações mecanísticas e orgânicas; Emery e Trist,
sobre os contextos ambientais; Lawrence e Lorsch, sobre o defrontamento organização versus ambiente;
e Woodward, sobre organização e tecnologia.
Frederck Winslow Taylor (1856 - 1915) e seus seguidores (Gilbreth, Gantt, entre outros), tinham como
proposta básica o aumento da produção pela eficiência do nível operacional.
Preconizavam a divisão do trabalho, a especialização do operário e a padronização das actividades e
tarefas por eles desenvolvidas.
A teoria valorizava o incentivo salarial e o prémio compatível à produção.
Os seguidores dessa teoria foram denominados de engenheiros da administração. Deles surgiu o conceito
do “homem económico” que é motivado pela remuneração material (quanto maior a remuneração, maior
a produção).
1.2-GÉNESES DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Teoria é o aparato conceptual que representa um mundo ou a realidade de um fenómeno possível, é um
sistema ou estrutura conceitual criado para algum propósito ou objectivo, também pode ser intendido
como um conjunto de leis particulares a uma realidade ligadas por uma explicação comum.
O pensamento científico, segundo as visões idealista ou histórica, influenciou o comportamento
administrativo nos níveis individual e social. (Kurcgant, 1991)
Outras influências no pensamento administrativo foram, segundo Chiavenato (1983), descreve que a
Igreja Católica, a organização militar, os economistas liberais e a revolução industrial participaram
activamente neste processo, como descrevemos abaixo.
1.2.1- A Influência da Igreja Católica
Pela hierarquia da autoridade presente nas estruturas organizacionais e a influência da estrutura de poder
centrado numa só pessoa.
1.2.2- A Influência da Organização Militar
O princípio da unidade de comando (um só chefe) e a hierarquia (níveis de comando) encontrados na
organização linear e o conhecimento dos objectivos das acções, a disciplina e a unidade de direcção,
tiveram suas origens no exército da época medieval.
1.2.3- A Influência dos Economistas
Com a produção em larga escala a partir da segunda metade do século XIX, surgem novos conflitos nas
organizações, e a racionalização do trabalho passa a ser a tónica do processo de produção.
1.2.4- A Influência da Revolução Industrial
Com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736 - 1819), teve início a primeira Revolução
Industrial. A substituição do ferro pelo aço como matéria-prima, a invenção do motor a combustão, os
eventos da electricidade e dos derivados do petróleo caracterizaram uma nova forma de produção entre
1860 e 1914.
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Surge o capitalismo financeiro e a substituição da tarefa artesanal pela actividade da máquina, das
oficinas pelas fábricas, dos homens pelas máquinas. Há um aumento da produção com a baixa dos preços
e o consequente aumento de consumo.
Nas fábricas, começa a demanda do pessoal preparado para atender a essa nova modalidade de produção
dando origem a uma nova classe social, o proletariado. Com ele, o início das lutas de classes: de um
lado os proprietários das fábricas e de outro os empregados oprimidos pelas péssimas condições de
trabalho.
1.3- AS TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Descrevemos as seguintes teorias de administração: Científica, clássica, das Relações Humanas,
Burocrática, Comportamentalista, de Sistemas e Contingencial.
1.3.1- A TEORIA CIENTÍFICA
Como consequência da Revolução Industrial, segundo Chiavenato (2003), houve um crescimento
desordenado e caótico das empresas. Os recursos eram mal aproveitados e desorganizados, portanto
havia a necessidade de aumento da eficiência e de substituição do empirismo por métodos científicos,
que assim poderiam ser comprovados por cientistas.
Esse contexto foi propício para que surgissem quase paralelamente as escolas pioneiras da
Administração: a Administração Científica e a Teoria Clássica. O fundador da Administração foi o
engenheiro americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915). De acordo com Chiavenato (2003),
Taylor identificou três males nas indústrias (1-vadiagem sistemática, 2- desconhecimento pela gerência
do trabalho dos operários e 3- falta de uniformidade dos métodos de trabalho).
Para solucionar esse problema, Taylor propôs a Organização Racional do Trabalho (ORT), que se
propõe a buscar a mais rápida e eficiente forma de se executar uma tarefa, substituindo assim a
observação de companheiros vizinhos, o que levava a diversas formas de execução. (Idem, 2003)
Quase paralelamente à Administração Ciêntífica, surgiu a Teoria Clássica de Henri Fayol (1841-1925).
Ao contrário de Taylor, que deu ênfase às tarefas, Fayol, por ter sido um homem de cúpula de grandes
empresas, acreditava que a melhor forma para se atingir a eficiência era garantir a correta disposição
dos órgãos componentes. Para que as organizações conseguissem dispor a organização da melhor
maneira possível e, consequentemente, atingir a eficiência máxima, Fayol estabeleceu as funções básicas
do administrador e da empresa, os elementos e princípios da Administração.
Apesar de serem utilizados por alguns como sinônimos, existem pontos de divergências muito marcantes
entre a Administração Científica de Frederick Taylor e a Teoria Clássica de Henri Fayol. Segundo
Chiavenato (2003), enquanto Taylor deu ênfase à tarefa, Fayol deu foco à estrutura. Taylor se preocupou
com a Organização Racional do Trabalho (ORT), que, por meio da análise do trabalho e estudo dos
tempos e movimentos, do estudo da fadiga humana, da padronização dos métodos e da especialização
do trabalho, buscava as condições que permitissem ao operário produzir com o máximo de eficiência.

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Por outro lado, Fayol enfatizou a estrutura, dividindo a organização em cinco funções (1- técnica, 2-
comercial, 3- financeira, 4- segurança, 5- administrativa), definindo os dezesseis deveres dos gerentes,
os quatorze princípios gerais da Administração e os cinco elementos da Administração (POCCC). É
preciso também ressaltar os pontos de convergências entre as duas teorias da Abordagem Clássica,
como: a concepção de homo economicus, segundo a qual as vantagens financeiras são os únicos factores
motivadores e o mesmo objectivo (máxima eficiência).
De acordo com Chiavenato (2003), a Teoria das Relações Humanas (TRH) surgiu no segundo período
de Taylor, mas só ganhou importância com a crise econômica mundial de 1929. A TRH surgiu como
uma resposta esperada ao completo desprezo dos aspectos humanos pela Abordagem Clássica e foi
bastante influenciada pela Psicologia, uma ciência humana emergente na época. A grande impulsora da
TRH foi a experiência de Hawthorne, uma experiência realizada pelo Conselho Nacional de Pesquisas
na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company.
O comandante da experiência foi o cientista social australiano Elton Mayo, que, para muitos, é o
principal representante da TRH. A experiência foi dividida em quatro fases e suas principais conclusões
foram: a enorme relevância da integração social para a produtividade, a importância dos grupos sociais
e do conteúdo do cargo. A principal contribuição da TRH foi a agregação de novos conceitos, como:
motivação, liderança e comunicação. De acordo com Chiavenato (2003, p. 254-255), na teoria
administrativa, a abordagem estruturalista surgiu com o crescimento das burocracias, em uma
perspectiva de análise que vai além dos fenômenos internos da organização, visão pela qual as escolas
de até então se restringiam.
Para Motta, essa abordagem sintetiza as teorias clássicas e as de relações humanas, porém ganhando
novas dimensões que envolvem todas as variáveis da organização. Como afirma Chiavenato (2003),
Max Weber foi o primeiro teórico dessa abordagem, que, em uma análise voltada para a estrutura,
acreditava que a burocracia era a organização por excelência. Segundo Motta (1975, p. 46), a
preocupação de Weber está na racionalidade, entendida como a adequação dos meios aos fins. E uma
organização é racional quando é eficiente. Assim, para Weber, a burocracia era a forma mais eficiente
de uma organização. Max Weber descreveu um tipo de estrutura burocrática, acreditando que era comum
à maioria das organizações formais.
No entanto, como ressalta Maximiano (2000), Weber não definiu um modelo-padrão para ser aplicado,
apenas esquematizou as principais características da burocracia existente. Weber, como citado em
Maximiano (2000, p. 88), ao sistematizar seu estudo da burocracia, começa com a análise dos processos
de dominação ou autoridade. Para Weber, “a autoridade é a probabilidade de haver obediência dentro
de um grupo determinado”. Ele distinguia três tipos de sociedade e autoridade, descritas a seguir.
De acordo com Chiavenato (2003, p. 258-262), na sociedade tradicional, predominavam características
conservacionistas, patriarcais e patrimonialistas; a autoridade que a preside é dita tradicional, na qual a
obediência é justificada pela tradição, pelo hábito ou pelo costume. Na sociedade carismática (partidos
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políticos, grupos revolucionários, nações em revolução), onde geralmente existem características
místicas, arbitrárias e personalísticas; a autoridade (carismática) que a preside é justificada pela
influência de um líder detentor de qualidades que o destacam.
As sociedades burocráticas (as grandes empresas, os estados modernos, os exércitos) são caracterizadas
por predominarem normas impessoais racionalmente definidas; o tipo de autoridade (burocrática, legal
ou racional) é justificado pela técnica, pela justiça na lei e pela meritocracia. De acordo com Chiavenato
(2003, p. 266-267), a burocracia, segundo Weber, traz consigo diversas vantagens. Primeiramente,
devido à sua racionalidade, o que significa dizer que procura os meios mais eficientes para atingir as
metas da organização. A precisão com que cada cargo é definido proporciona o conhecimento exato de
cada responsabilidade. Como as atividades são organizadas em rotinas e realizadas metodicamente, e,
consequentemente, tornam-se previsíveis, acaba por conduzir à confiabilidade entre as pessoas,
evitando, assim o atrito entre elas.
A rapidez nas decisões é obtida pela tramitação de ordens e papéis e pela uniformidade de rotinas e
regulamentos, que colaboram para a redução de erros e custos. A facilidade de substituição daquele que
é afastado e os critérios de seleção apenas por competência técnica garantem a continuidade do sistema
burocrático e este último evita o nepotismo. O trabalho é profissionalizado, assim os funcionários são
treinados e especializados pelo seu mérito, trazendo benefícios para as organizações.
Como descrito por Chiavenato (2003, p. 268), o tipo ideal de burocracia weberiana tinha como uma das
características a previsibilidade do seu funcionamento, contribuindo para a obtenção de maior eficiência
organizacional. Porém, autores como Merton encontraram limitações na obra de Weber, partindo para
uma análise crítica da realidade descrita por ele. Para Merton, não existe uma organização
completamente racional, como proposto por Weber. Até porque o tipo ideal de burocracia tendia a ser
modificado pelos homens. Merton notou que a burocracia leva também a consequências imprevistas,
que conduzem às ineficiências e às imperfeições e estas, por sua vez, são enfatizadas e exageradas pelos
leigos.
A esse fenômeno, Merton denomina de disfunções da burocracia, que serão descritas a seguir, segundo
Chiavenato (2003), como internalização das regras e apego aos regulamentos, excesso de formalismo e
de papelório, resistência às mudanças, dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.
1.3.1.1- Crítica à Teoria Científica
Aspecto mecanicista: caracterização do homem como uma peça de engrenagem, e não como um ser
humano. Ênfase na especialização do operário como factor de produção o que não significa aumento da
produção. A não-consideração do grupo no desempenho individual. Não – consideração da estrutura
informal. Bloqueio da iniciativa e criatividade pela padronização do comportamento dos trabalhadores
na organização, Teoria essencialmente normativa e prescritiva.

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1.3.1.2- A Teoria Científica e a Enfermagem
A divisão do trabalho aliada à padronização das tarefas tem norteado a prática da administração do
pessoal de enfermagem. A elaboração e adoção de manuais de técnicas de procedimentos tem sido
preocupação dos enfermeiros chefes dos serviços de enfermagem.
As escalas diárias de divisão de actividades estabelecem um método de trabalho funcionalista que é
típico da fase mecanicista da administração. Fragmentação das actividades cabendo a cada executor uma
ou mais tarefas. O executor se distancia do todo, que é a assistência de enfermagem, para se fixar na
parte, que é a tarefa. A assistência de enfermagem integral compreende: planeamento, execução e
avaliação de todas as actividades que integram a assistência.

1.3.2- A TEORIA CLÁSSICA


Essa teoria da administração foi criada com propostas de Henri Fayol (1841 - 1925) e seus seguidores
(Mooney, Uruick e outros), visando à eficiência da organização pela adopção de uma estrutura adequada
e de um funcionamento compatível com essa estrutura.
Pela ênfase que davam à estrutura e ao funcionamento, os seguidores dessa teoria foram denominados
respectivamente de “anatomistas” e “fisiologistas” da organização.

1.3.2.1- Princípios da teoria clássica:


Divisão de trabalho;
Autoridade e responsabilidade;
Disciplina;
Unidade de comando e de Direcção;
Subordinação do interesse particular ao interesse geral;
Remuneração do pessoal;
Centralização e hierarquia;
Equidade.
Quanto aos recursos materiais foi definido princípio da ordem que enuncia o seguinte: um lugar para
cada coisa, e cada coisa em seu lugar.
A teoria clássica foi influenciada pelas estruturas organizacionais militares e eclesiásticas tendo
concebido uma estrutura rigidamente hierarquizada, estática e limitada.
A preocupação com a divisão do trabalho ao nível dos órgãos integrantes da organização fez surgir a
divisão horizontal do trabalho que Gulick denominou de departamentalização.
A divisão vertical do trabalho estabelecia a hierarquia da autoridade determinando a chamada autoridade
de linha, que se concretizava pela subordinação integral de um indivíduo ao seu chefe imediato.

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1.3.2.2- Crítica à Teoria Clássica
Seu carácter prescritivo e normativo por determinar com regras e normas o comportamento do
administrador.
A não admissão da estrutura informal, que é constituída pelas pessoas e suas relações.
1.3.2.3- A Teoria Clássica e a Enfermagem
A estruturação rigidamente hierarquizada estabelece a subordinação integral de um indivíduo a outro, e
de um serviço a outro.
Os organigramas encontrados nos S.E. (Serviço Intermedio) Mostram linhas de subordinação integral.
As pessoas e as relações interpessoais não devidamente consideradas, e as propostas de trabalho
resultam em actividades rotineiras com avaliações exclusivamente quantitativas.

1.3.3- A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS


No início da década de 1930, a teoria da administração passou a enfatizar a variável pessoas em lugar
da estrutura e a preocupar-se com o homem no trabalho (aspecto psicológico) e com os grupos (aspecto
sociológico) em lugar de preocupar-se com os métodos de trabalho e as regras e normas a serem seguidas
pelos executantes.
Com origem nos E.U.A. a essa teoria foi determinada pelas necessidades de humanização e
democratização na administração de pessoal e pelo desenvolvimento das ciências humanas (psicologia
e sociologia).
A experiência de Hawthorne desenvolvida por Elton Mayo em (1924), citado por Tchivala, (2018),
concluiu que o factor psicológico (relacionamento do indivíduo com o chefe imediato) interferia na
produção dos trabalhadores de forma mais acentuada do que o factor fisiológico e que o nível de
produção não era determinado pela condição física do trabalhador, mas principalmente pela integração
do indivíduo no grupo social.
Mayo passou a salientar a importância da organização informal em contraposição à Teoria Clássica, que
concebia apenas a organização formal.
Com essa teoria, a administração passou a tratar temas relativos à motivação humana, à liderança, à
comunicação e à dinâmica de grupo.
O homem “económico” da teoria científica passou a ser denominado “homem social”.
1.3.3.1- Crítica à Teoria das Relações Humanas
Segundo Lodi (1975), citado por Tchivala, (2018), os abusos fizeram com que ela se transformasse
numa forma paternalista de administração, onde, na busca da harmonia, os conflitos eram abafados, e
os confrontos entre o empregado e a administração, ignorados.
Por isso, foi considerada de “ideologia manipulatória da empresa capitalista num determinado momento
de seu desenvolvimento.

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1.3.3.2- A Teoria das Relações Humanas e a Enfermagem
Na administração do pessoal de enfermagem a liderança surge como estratégia de condução de grupo.
A comunicação adequada entre o enfermeiro (líder) e os demais membros da equipa de enfermagem ou
da equipa multiprofissional foi sendo considerada relevante para a continuidade e optimização da
assistência de enfermagem.
1.3.4- TEORIA BUROCRÁTICA
O sociólogo alemão Max Weber (1864 – 1920), citado por Tchivala, (2018, p. 45), foi considerado o
primeiro teórico das organizações do ponto de vista estruturalista com enfoque na “racionalidade”, isto
é, na adequação dos meios utilizados nas organizações segundo os resultados almejados.
Visa à eficiência organizacional como objectivo básico, e para tanto detalha pormenorizadamente como
as coisas deverão ser feitas, ou seja, prevê em detalhes o funcionamento organizacional e o controlo
rígido das suas actividades.
Para Weber essa teoria originou-se em um novo conjunto de normas morais caracterizadas Etzioni dizia
constituir-se no trabalho duro e árduo como dádiva de Deus e na poupança como forma de evitar a
vaidade e a ostentação.
1.3.4.1- Crítica à teoria burocrática
Impessoalidade nas relações humanas, considerando os indivíduos apenas em função dos cargos e
funções que exercem na organização;
O exagero apega às regras, normas e regulamentos, transformando-os de “meios” em “fins”;
Valorização maior para as regras e normas do que para o contingente humano;
Necessidade de exibir símbolos que evidenciem o poder dos participantes.
1.3.4.2- A teoria burocrática e a enfermagem
Os S.E. (Serviço Intermedio) seguem o modelo da instituição permitindo a visualização, nas estruturas
e dinâmicas desses serviços, de propostas burocráticas.
A valorização das normas e regras que é o enfoque da Teoria Burocrática, mais tem influenciado a
prática da enfermagem.
1.3.5- A TEORIA COMPORTAMENTALISTA
O movimento behaviorista ou das ciências do comportamento foi desenvolvido pelo psicólogo Kurt
Lewin (1890 - 1947), citado por Tchivala, (2018, p. 58). Mantém a ênfase na variável pessoas, deu
ênfase ao “homem administrativo” visando “maneira satisfatória” na realização do trabalho, e não à
“melhor maneira”, que era a característica do chamado “homem económico”.
Para explicar o comportamento organizacional, essa teoria estudou comportamento das pessoas
principalmente a motivação humana ressaltando a Teoria da motivação de Maslow, que considerou as
necessidades humanas básicas de forma hierárquica.
McGregor concebeu o estilo dos administradores segundo dois pressupostos a respeito do
comportamento humano:
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a) A Teoria X que caracteriza o homem como ser indolente (PESSOA QUE NÃO SENTE DOR
FISICA), preguiçoso, irresponsável, dependente e resistente a mudanças.
Em consequência disso, o chefe adopta um estilo duro, autoritário, com padrões do desempenho
inflexíveis e com rígidos sistemas de controlo.
b) A Teoria Y, concebeu o homem como um ser responsável, adepto do trabalho, criativo e independente
propiciando um estilo de chefia aberta, dinâmica, inovadora e democrática;
Por isso, as decisões podem ser descentralizadas, pode haver maior participação dos trabalhadores e a
autoavaliação pode ser adoptada.
Para Likert existem quatro sistemas administrativos: o autoritário coercitivo, o autoritário benevolente,
o consultivo e o participativo.
Segundo esse autor a Teoria X de McGregor coincide com o sistema autoritário coercitivo, e os da
Teoria Y, com o participativo.
1.3.5.1- Crítica à teoria comportamentalista
Relatividade da Teoria da motivação humana, que é o seu referencial básico;
Forma bipolar de conceber a organização;
Questionamentos sobre o facto de todos indivíduos possuírem as mesmas necessidades, e estas serem
passíveis de hierarquização.
1.3.5.2- A teoria comportamentalista e a enfermagem
Na administração do pessoal de enfermagem encontramos a adopção de estilos de chefia compatíveis
com os pressupostos da Teoria X, que são coerentes com a centralização das decisões e do poder da
cúpula administrativa.
1.3.6- A TEORIA DOS SISTEMAS
Bertalanffly definiu sistema como conjunto de unidades reciprocamente relacionadas que se
caracterizam pela proposição de objectivos, globalismo ou totalíssimo do sistema, entropia e
homeostasia.
A Teoria Geral dos sistemas, desenvolvida na década de 1960, fundamentou – se em três premissas
básicas:
Os sistemas existem dentro de sistemas;
Os sistemas são abertos;
As funções de um sistema dependem da sua estrutura.
Os sistemas vivos são considerados as categorias mais importantes dos sistemas abertos.
Essa teoria baseia – se no conceito do “homem funcional”, que se caracteriza pelo relacionamento
interpessoal com outras pessoas como um sistema aberto.
As organizações são consideradas como um sistema de papéis, e os indivíduos constituem os actores
que desempenham esses papéis.

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1.3.6.1- Crítica à teoria dos sistemas
Teoria não alvo de críticas por ser recente e coerente com a visão estrutural – funcionalista típica dos
países capitalistas de hoje.
1.3.6.2- A teoria dos sistemas e a enfermagem
Nos S.E. Encontramos como propostas organizacionais inovadoras, estruturas com características da
Teoria de Sistemas em que, as organizações são aceites como subsistemas do sistema maior, que no
caso, é o sistema de saúde, e com ele intercambiam matéria e energia.
1.3.7- A TEORIA CONTINGENCIAL
A teoria Contingencial surgiu de estudos que investigaram como uma mesma empresa funcionava de
diferentes formas em diferentes condições tendo concluído que o ambiente externo à organização
influencia na sua estruturação e nos processos organizacionais.
Assim, existe uma relação funcional entre as varáveis ambientais (variáveis independentes) e as
variáveis técnico – administrativas (variáveis dependentes).
No ambiente interno as organizações sofrem três tipos de influências: a diferenciação, a integração e
também a tecnologia.
Por diferenciação entende – se a divisão da organização em suas duas partes competentes
(departamentos, serviços, etc.) que no desenvolvimento das actividades específicas interagem com o
meio ambiente no que diz respeito a essas actividades.
Por integração entende – se o esforço convergente da organização em unir os esforços das partes
divididas para a consecução dos objectivos organizacionais.
A tecnologia influencia de forma marcante, a estrutura e a dinâmica organizacionais já que todas as
organizações dependem de qualquer tipo de tecnologia de que dependem a eficácia de seus resultados e
a eficiência dos meios utilizados.
1.3.7.1- Crítica à teoria contingencial
Teoria não alvo de críticas, porém:
A abordagem contingencial é considerada integrativa por absorver conceitos de diferentes teorias
administrativas.
Um ponto bastante favorável é que a Teoria Contingencial não admite conceitos absolutos, mas sim
relativos.
1.3.7.2- A teoria contingencial e a enfermagem
A adaptação de uma ou outra teoria da administração pelo S.E., depende das políticas e programas da
organização em que o serviço se desenvolve, e dos valores implícitos nas diferentes teorias que são
aceites pelos elementos detentores do poder dentro das organizações.
O membro do Governo responsável pela área da saúde exerce poderes de superintendência e tutela sobre
todos os serviços e estabelecimentos do SNS, independentemente da respetiva natureza jurídica.

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A origem latina do termo gestão dá uma boa ideia sobre o que ela significa até os dias de hoje para
pessoas que querem sucesso em suas carreiras e com suas empresas.
No latim, a palavra começou como “gestio“, associado à origem de gesto — tanto um apontamento
como o reconhecimento de algo feito. Estima-se também que o próprio termo latino tenha vindo do
verbo “gerere“, que evoluiu tanto para a criação quanto para o gerenciamento.
Para entender melhor essa relação, podemos fazer uma ligação com outra palavra que tem a mesma
origem nesses radicais do latim: gestação.
A gestação é o processo de cuidar, nutrir e preparar um organismo até que ele se torne formado o
suficiente para sobreviver no mundo por conta própria. É ter o comando para dar autonomia.
Segundo Pires (2007), a palavra gestão é uma palavra polissémica. Em conformidade, é necessário
adaptá-la ao ambiente onde está a ser utilizada de maneira a assumir em termos relativos o seu verdadeiro
significado.
A gestão pode ser entendida como o processo de coordenação e integração de recursos, tendente à
consecução dos objetivos estabelecidos, através do desempenho das atividades de planeamento,
organização, direção e controle. Pode ser também assimilada a processo de trabalho com e através dos
outros, a fim de se atingirem eficazmente os objetivos organizacionais traçados, utilizando-se
eficientemente os recursos escassos, num contexto em constante mutação (Santos, 2008).
Gerir é um ato de nutrição, de cuidado. Você cria as condições para que o negócio ande com as próprias
pernas e não precise carregá-lo nas costas o tempo todo — até porque, se você alcançar o sucesso que
deseja, ele vai ficar pesado demais para isso.
Conceito de Gestão
De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa (HOUAISS; VILLAR, 2001), Gestão é o ato
ou efeito de gerir, ou seja, exercer gerência sobre alguma coisa, administrar, dirigir, cuidar, executar
e/ou praticar.
Rodriguez (2010) define Gestão como sendo a forma que os elacionamentos entre as pessoas acontecem,
na busca de um objetivo comum.
Barbará et al. (2008) conceituam Gestão como um conjunto de atividades coordenadas para dirigir e
controlar um grupo de pessoas e instalações com responsabilidade, autoridade e relações definidas.
Gestão é conceituada como o processo de planear, organizar, dirigir e controlar recursos (como pessoas,
dinheiro, materiais e tempo) para alcançar objetivos específicos de uma organização.
De acordo com Chiavenato (2004), a Gestão é a “maneira de governar Organizações ou parte delas. É o
processo de planeaar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos organizacionais para alcançar
determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz.
O significado mais puro e direto de gestão é o ato de gerenciar pessoas, processos, ativos e estratégias
em um alinhamento comum em direção a um objetivo.

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Essa última parte, inclusive, é o que determina o que é a gestão hoje para o mercado. A pessoa capaz de
exercer essa função é aquela que define caminhos e cria metas, para então identificar os elementos a
serem resolvidos ou reforçados dentro de uma organização para alcançar esse ponto desejado.
Ou seja, o gestor precisa de capacidades de pensamento estratégico, de análise de indicadores e também
de liderança.
É um perfil agregador, como um maestro de orquestra, que se preocupa com o passo de cada instrumento
para criar o resultado mais harmonioso possível.
Existe uma diferença fundamental entre os dois termos que evita a confusão entre eles. A administração
é voltada para processos: são as etapas de um planeamento estratégico que precisa ocorrer de forma
otimizada para alcançar resultados esperados.
O perfil da gestão, portanto, é mais completo do que o administrativo. Não é apenas fazer funcionar,
mas o impacto de uma boa operação dentro da empresa e para seu público. Nesse sentido, a aliança entre
o conhecimento de processos e o gerenciamento de colaboradores é fundamental.
TIPOS DE GESTÃO
Os tipos de gestão mais comuns que todo profissional encontra e pode desenvolver em sua carreira:
Gestão empresarial: A gestão empresarial é o guarda-chuva que engloba todas as características
necessárias para bons gestores. É o papel central que envolve administração, análise, previsão e
coordenação tanto de processos quanto de pessoas.
Apesar de ser algo natural para muitas pessoas, é interessante notar que quanto mais dos tipos específicos
de gerenciamento você tiver conhecimento, melhor será sua performance nessa função. Mesmo que
algumas delas exijam a contratação de profissionais especializados, um conhecimento básico de todas
elas só vai fazer bem à sua carreira.
Gestão financeira: Então vamos passar para esses tipos de gestão mais específicos dentro de um
negócio, começando pela que mais impacta na saúde de uma empresa.
A gestão financeira tem as mesmas atribuições da empresarial, porém focada no gerenciamento de
processos e registros do dinheiro relacionado ao negócio: transações financeiras, fluxo de caixa,
investimento, orçamentos, etc.
O objetivo do profissional aqui é identificar e relacionar receitas e despesas e planear para controlar
melhor esse equilíbrio — possibilitando o máximo de fôlego para o crescimento do negócio ao longo
do tempo.
Gestão de pessoas: A gestão de pessoas é igualmente importante para o sucesso de uma empresa.
Afinal, elas formam o núcleo produtivo e estratégico que vai possibilitar a operação para entrega de
produtos ou serviços.
Segundo Chiavenato (1999), "A Gestão de Pessoas nas organizações é a função que permite a
colaboração eficaz das pessoas — empregados, funcionários, recursos humanos ou qualquer
denominação utilizada — para alcançar os objetivos organizacionais e individuais."
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Aqui entram as características importantes de liderança e empatia para bons gestores. É preciso ter essa
visão plural desde a montagem de um time com habilidades e perfis diversos, trazendo backgrounds
diferentes em sintonia para soluções criativas e inovadoras.
Gerir pessoas é também saber delegar e dar poder aos colaboradores para que se expressem e tomem
decisões por conta própria.
Ao contrário do que profissionais mais atrasados acreditam, você não dilui o poder quando o
compartilha. Você multiplica.
Gestão de processos: Pessoas e processos são as duas partes de uma operação empresarial que se
completam no dia a dia do negócio. Não adianta ter profissionais super capacitados, bem preparados
e criativos se a forma como eles trabalham é ineficiente e se torna um obstáculo.
Gestores de processos focam em otimização: quanto menor o número de passos para realizar uma tarefa,
quanto menos burocracia, menos a empresa gasta em tempo e recursos para entregar um produto ou
serviço ao público.
Ou seja, a gestão de processos está diretamente ligada à qualidade da entrega e o seu preço. Por isso
esse papel vem ganhando cada vez mais importância dentro das empresas do futuro.
Gestão de logística: Principalmente em negócios que trabalham com produtos como o varejo, outro
ponto fundamental para o sucesso está na forma como se lida com a logística interna e externa. Gerir a
logística envolve a estrutura de armazenamento, manuseio e transporte bem como os processos que
possibilitam essa operação.
É outra área em ascensão no mercado devido à tecnologia. Quem tem sucesso hoje são gestores que
apostam em automação de controle, rastreabilidade e uso inteligente de espaços físicos como estoques.
Gestão de marketing: Desde que a propaganda passou a ser utilizada em massa pelo mundo
corporativo, toda empresa precisa de um sector de marketing para ser visível ao público.
A gestão de marketing, no entanto, não se resume a criar campanhas de publicidade. É o departamento
responsável por pesquisar e conhecer o seu público, entender sua linguagem e qual abordagem é a
melhor para atingi-lo.
Ou seja, o marketing é o responsável pela gestão da relação cliente-marca. É um aspecto cada vez mais
importante para o sucesso no mercado.
Gestão de vendas: A gestão de vendas costuma ser uma aliada próxima do marketing, já que as duas
utilizam de pools de dados semelhantes para traçar suas estratégias.
Mas, nesse caso, o foco não é tanto na mensagem, mas em quem é atingido por ela. Um bom
gerenciamento de vendas é aquele que pega as oportunidades que o marketing cria e desenvolve
estratégias para selar essa relação cliente-marca.
Além disso, é a função responsável por identificar tendências de mercado e adaptar-se a demandas para
manter o faturamento constante do negócio.

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Gestão de mudanças: A gestão de mudanças é um conceito mais recente dentro do mundo empresarial.
Ela se popularizou quando ficou claro que o mercado está exigindo cada vez mais que organizações se
adaptem constantemente a novos públicos, novos processos e novas soluções.Como mudanças podem
gerar atritos dentro de uma empresa, profissionais nesse gerenciamento precisam ser mediadores e
planejadores. O balanço perfeito no cargo está entre criar processos orgânicos e naturais de adaptação
sem queimar etapas na pressa de chegar antes em um determinado ponto do mercado.
Gestão de inovação: Outra novidade na gestão empresarial é o gestor de inovação. Como falamos no
último tópico, soluções (principalmente tecnológicas) são desses elementos que estão surgindo e se
popularizando cada vez mais rápido no ambiente corporativo.
Gestores de inovação são pessoas enxergando sempre o próximo passo. Buscam tendências, criam
modelos de teste dentro da empresa e demonstram os resultados de cada nova tecnologia adicionada aos
processos do dia a dia.
Por isso, também é importante que tenham a autonomia para experimentar, buscar insights, criar.
Pessoas criativas e empreendedoras costumam se dar bem nessa posição.
Gestão de projetos: Pense em vários tipos de gestão que apontamos aqui: inovação, marketing, vendas,
mudanças. O que todas elas têm em comum é que precisam de ações constantes buscando a melhora da
performance e a melhoria de indicadores para contribuir com o crescimento da empresa.
Geralmente, essas ações se tornam projetos. Mas como incluir projetos de mudança ao mesmo tempo
que a empresa segue sua operação rotineira?
Esse é o papel de gestores de projeto. São profissionais que, a partir de objetivos traçados e recursos
disponíveis elaboram as etapas e as pessoas necessárias para chegar ao ponto que a empresa almeja.
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou
obediência) e significa originalmente aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto é,
aquele que presta um serviço a outro (Chiavenato, 2006).
Qual a diferença entre gestão e administração?
Gestão e administração são termos muitas vezes usados como sinônimos, mas eles têm diferenças sutis
entre si. A principal diferença é que a administração é uma área de conhecimento mais ampla e genérica,
enquanto a gestão se concentra em atividades específicas relacionadas à condução e orientação de uma
área ou departamento da organização.
A administração envolve planejar, organizar, coordenar, liderar e controlar os recursos de uma
organização, visando atingir seus objetivos estratégicos. É uma área multidisciplinar que envolve
diversas atividades relacionadas a finanças, marketing, recursos humanos, operações, estratégia, entre
outras. Os administradores têm uma visão ampla e integrada do negócio e precisam tomar decisões
estratégicas para conduzir a organização ao sucesso.
Por outro lado, a gestão é um termo mais específico e se concentra em atividades específicas dentro da
administração. Por exemplo, a gestão pode se referir à gestão de projetos, gestão de pessoas, gestão de
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recursos financeiros ou gestão de operações. A gestão é mais focada em tarefas específicas, que
envolvem liderança, tomada de decisão e monitoramento do desempenho.
Em resumo, a administração é uma área mais ampla e genérica, enquanto a gestão é mais específica e
se concentra em atividades específicas dentro da administração. Ambas são importantes para o sucesso
de uma organização e podem ser vistas como complementares entre si.
Principais objetivos da gestão são:
1. Maximização dos lucros: busca maximizar os lucros da empresa por meio da utilização
eficiente dos recursos disponíveis e do aumento da produtividade.
2. Satisfação dos clientes: busca atender às expectativas dos clientes, oferecendo produtos e
serviços de qualidade e atendimento eficiente.
3. Desenvolvimento e inovação: busca investir em pesquisa e desenvolvimento, visando à criação
de novos produtos e serviços e à melhoria contínua dos processos.
4. Desenvolvimento dos colaboradores: busca investir no desenvolvimento dos colaboradores,
oferecendo treinamento e capacitação, para que possam desempenhar suas funções de forma
mais eficiente e eficaz.
5. Responsabilidade social e ambiental: busca atuar de forma responsável, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável da sociedade e do meio ambiente. Esses são alguns dos objetivos
e propósitos da gestão, que podem variar de acordo com a natureza e os objetivos específicos
de cada organização.
As quatro funções gerenciais típicas de uma boa gestão
As funções de gestão começaram a ser abordadas na chamada teoria clássica da administração que surge
na França em 1916 com Henri Fayol, o qual se propagou por toda a Europa.
Todavia, Fayol desenvolvia a teoria clássica que se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização
deveria possuir para ser eficiente. Esta teoria tinha como objectivo principal buscar a eficiência das
organizações.
É assim que, toda e qualquer organização quer seja grande ou pequena, velha ou nova, precisa ser
executada sem problemas e alcançar as metas e objetivos, que tenham sido previstas para a mesma. E, as
noções administrativas com a implementação e o desenvolvimento dos conceitos próprios de gestão, estão
ai para permitir com que isso se torne possível, ou seja, o gestor deverá implementar e desenvolver
conceitos próprios da gestão para guiar positivamente a organização só assim a mesma alcançará o êxito
tão almejado.
Administrativamente falando, existem quatro (04) conceitos de gestão que permitem que qualquer
organização assuma o controlo do seu próprio destino.
A gestão pode ser dividida em quatro funções básicas:
Refiro-me basicamente das funções da gestão que, quando bem traduzidas conduzirão à criação de uma
organização coesa sem sombras de dúvidas. As funções de gestão que temos são:
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1. Planeamento – planear;
2. Organização – organizar;
3. Direcção – dirigir;
4. Controlo – controlar.
São estas quatro funções que, praticamente possibilitam com que a gestão seja feita duma forma faseada.
Em noções de administração, um dos pilares da gestão cinge-se em Planear.
Planeamento; é a primeira função de gestão e é a base sobre a qual as áreas de todos os outros são
construídas. Ou seja, planeamento consiste em prevê antecipadamente o futuro. Ele nos leva a responder
duas perguntas fundamentais: o quê? como?
O Planeamento requer à administração para avaliar onde atualmente a empresa está (a trajetória actual
da empresa) e onde estaria nos próximos
planeamento, organização, motivação e controle. Pensando em cada uma delas separadamente é
possível introduzir um processo de gestão em qualquer empresa. Vale lembrar que a gestão é um
processo importante independente do porte e do tempo de vida da empresa.
Planeamento: Planeamento é a determinação de objetivos e formulação de planos, estratégias,
programas, políticas, procedimentos e padrões necessários para alcançar os objetivos desejados da
organização.
No caso de empresas menores, o planejamento pode ser feito em conjunto com diversos níveis
hierárquicos de colaboradores. Esse tipo de ação (que une líderes e liderados) traz um senso de
responsabilidade maior a todos os envolvidos, além de claro garantir um brainstorming muito mais
eficaz.
Para implementar os planos, deve haver alguma estrutura organizacional , que veremos a seguir.
Organização: Organizar é o processo de desenvolver uma estrutura entre pessoas, funções e
instalações físicas para executar os planos e alcançar os objetivos declarados.
Os recursos ou insumos humanos e materiais são alocados às várias unidades e os relacionamentos são
estabelecidos entre as subunidades.
Isso significa definir os níveis hierárquicos, os responsáveis por cada função, quem responderá por cada
meta etc.
Motivação: A motivação está diretamente ligada ao trabalho realizado com os colaboradores da
empresa. Estimular e motivar as pessoas da organização a realizar voluntariamente as ações desejadas,
conforme os planos e objetivos predeterminados também é função de um bom gestor.Sem uma equipe
motivada e disposta a trabalhar em prol dos objetivos da empresa, nem todo o planejamento e
organização do mundo te fará alcançar os resultados almejados. Para garantir uma equipe motivada,
procure manter um bom clima organizacional, com lideranças comunicativas e ações de
reconhecimento.

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Controle: O controle é o que garante a ação direcionada de acordo com os planos e objetivos. Controlar
é incorporar o estabelecimento de padrões, medições e comparação de resultados reais contra o padrão,
e a ação corretiva necessária para remover desvios do plano. A gestão é um tipo distinto de atividade,
pois o gestor é responsável por fazer as coisas através de outras pessoas.
No entanto, todas as funções gerenciais são universais e todos os gestores, de qualquer área, executam
essas funções gerenciais típicas, independentemente do que estão gerenciando.
A Administração é uma ciência social aplicada responsável pelo planejamento, organização, direção e
controle dos recursos (humanos, financeiros, materiais, entre outros) de uma organização. Theo
Haimann, autor de diversos livros sobre o assunto, refere-se à tarefa administrativa como a atividade
responsável pela determinação de políticas gerais com vistas ao estabelecimento de projetos a fim de
que objetivos sejam alcançados.
De acordo com Idalberto Chiavenato, a palavra Administração é oriunda do Latim onde ad denota
direção/tendência para, e ministersignifica subordinação/obediência. Ainda com referência ao autor
através de sua visão pós-moderna, administrar significa “criar condições ideais de solidariedade para
que as pessoas possam se ajudar mutuamente e gerar valor e riqueza de modo eficiente e eficaz”.
“Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar”. (Jules Henri FAYOL – 1981)
“Administrar é o processo de dirigir ações que utilizam recursos para atingir objetivos”.
(Jucélio PAIVA – 2011)
“A administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de
recursos”. (Antonio César AmaruMAXIMIANO – 1997)
“Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da
organização quanto de seus membros”. (Patrick J. MONTANA e Bruce H. CHARNOV – 1998).
“Administração é um processo distinto, que consiste no planejamento, organização, atuação e controle,
para determinar e alcançar os objetivos da organização pelo uso de pessoas e recursos”.
(George TERRY – 1953)
“Administração é simplesmente o processo de tomada de decisão e o controle sobre as ações dos
indivíduos, para o expresso propósito de alcance de metas predeterminadas”.
(PETER Ferdinand DRUCKER – 1989)
“Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz de recursos, no
sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais”. (Reinaldo Oliveira da SILVA –
2001).

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