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MEIO-DIA

Bom dia meus irmãos, hoje sábado 13 de agosto e o meu assunto versará sobre este tema,
“meio dia” em maçonaria e esta, digamos, inspiração, suscitou ao ler em Masdra, edição de
2014, na página 242 de Rizzardo da Camino sobre este tema em epígrafe.

Eu tenho muito respeito por esse autor, afinal ele Rizzardo da Camino foi um escritor
brasileiro que tem publicado extensa obra sobre temas maçônicos e jurídicos inclusive,
porque foi um renomado advogado e também um dos fundadores da Academia Maçônica
de Letras.

Ele foi iniciado na maçonaria pela Loja Electra nº 21, Grande Loja do Rio Grande do Sul,
atingindo o 33º Grau, portanto um Grande Inspetor litúrgico do REAA e por tudo isso eu
respeito o irmão, a tantos anos já no oriente eterno, mas nem por respeita-lo eu concordo
ibsis verbs com o que ele escreveu durante a sua trajetória maçônica neste plano astral.

Ele fala deste tema, MEIO DIA, de forma filosófica, ainda que eu defenda a parte histórica
para explicar esta mesma passagem, entretanto não pensem os irmãos que eu estou a
critica-lo, não tenho envergadura para tanto, portanto não é uma crítica condenatória que
eu vou fazer, simplesmente vou explicar o tema alicerçado na história da humanidade.

Mas, Há um ditado em forma de poema que diz assim:

Há quem perca tempo julgando, outros ganham tempo ajudando.

Há quem atire pedras, enquanto outros plantam flores.

Há quem aponte falhas, outros observam qualidades.

Há quem critique as vitórias alheias, outros que são felizes por elas.

Há quem reclame da vida, outros que agradecem por ela.

Portanto o tempo perdido com lamúrias, maledicência e muito humor, apenas atrasam a
evolução e notem que não há tempo para desperdiçar, porque a vida é para ser vivida com
alegria, ternura, leveza e muito amor no coração, tudo que for fora desse contexto deve ser
extinto do coração.

Faça o bem e ele será uma constante em sua vida, trazendo energias de paz, serenidade e
amor, portanto em dizendo isto eu posso contrariar este famoso autor maçônico.

Lá no livro dele, ele diz assim: Os maçons “trabalham” do meio-dia à meia-noite, obviamente
de modo simbólico, uma vez que na realidade os trabalhos são iniciados às 20 para serem
concluídos duas a quatro horas após, assim ele diz, entretanto se nós lermos os originais em
inglês e traduzidos para o português em 1802, tudo que se pode entender é que os trabalhos
começam ao raiar do dia, momento em que o VM senta-se no oriente para abrir a loja e iniciar
os trabalhos e o primeiro vigilante fecha a loja quando o sol se põe, entretanto no original
nada tem a ver com meio dia meia noite, onde tantos maçons filosofam sobre uma tradução
rebuscada de uma raiz saxônica para uma raiz latina, onde as palavras não podem ser
traduzidas ibsis verbs e sim pelo que significam.
Segue ele dizendo: Meio-dia é uma medida de Tempo, quando o Sol está a pino e não faz
sombra sobre os objetos ou seres em que incide. Bom, até aqui não tem nada de filosófico e
nem se enquadra tal como o ensinado em nossos rituais.

A seguir ele diz: Os trabalhos maçônicos têm início ao meio-dia, porque essa hora é neutra; o
maçom recebe os raios de forma perpendicular e os absorve integralmente, sem que seu
corpo faça sombra no solo. Até aqui pura filosofia, nada de concreto e ainda contradizendo ao
horário em que o VM se senta no oriente para abrir a loja e instruí-la com as luzes de sua
sabedoria, segundo o nosso ritual.

A seguir ele escreve: O Sol simboliza o conhecimento; assim, ao meio-dia o maçom está
“vazio”; nada possui; recebe na Loja o conhecimento que vai somado aos recebidos
anteriormente; assim, assimila paulatinamente o que deve receber e o que tem direito a
receber e guarda zelosamente.

Com o devido perdão e respeito a este famoso autor, mas ao meio dia o segundo vigilante
informa ao VM que já se passaram seis horas em trabalho contínuo e o sol está no zênite, ou
seja, perpendicular à sua cabeça. portanto tempo de chamar os obreiros do trabalho para o
descanso e manda-los a recreação o que significa sestear ou descansar na sexta hora de
trabalho.

A seguir ele diz que, essa incidência sobre todo ser atua não só no maçom como em todos os
indivíduos, mesmo fora da Loja. Até aqui, filosofia pura também, mas não constante nos
nossos rituais maçônicos.

Deste ponto em diante ele continua filosofando, mas não confirmando que o primeiro
vigilante, quando o sol se põe, ele fecha a loja e paga os obreiros, despedindo-os contentes e
satisfeitos e com isso fica bem claro, que nesse momento não é meia noite e sim meio noite,
tal como rezam os rituais originais em inglês.

Quando lemos detida e cuidadosamente os rituais originais em inglês, não ficam dúvidas e
assim lá está escrito no nosso ritual do primeiro grau, ou seja, que o venerável mestre senta-se
no oriente quando não é mais noite, portanto se traduzido ao pé da letra do inglês, fica meio
dia, o que quer dizer, não é mais noite, porque eles não usam o verbo no gerúndio como nós,
falando clareando, amanhecendo, escurecendo, anoitecendo.

É uma lástima que nossos rituais sejam os causadores de tantas dúvidas e que não tenham
sofrido nenhuma correção após 1802.

Por hoje é só e muito obrigado a quem teve a paciência de me ouvir, eu sou o Irmão Zildo
Pacheco de Ávila , MI da loja Abolição 100, jurisdicionada a GLM RS.

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