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142 – Estrela de cinco pontas.

Eu na verdade sempre que posso eu fujo dos assuntos atinentes a filosofia já que a minha área
são as ciências exatas com uma escorregada pela história, porém o que seria do azul se todos
só gostassem do amarelo, então hoje me atreverei falar desta estrela tão em voga na
maçonaria, porém de fundo filosófico e tão somente.

Antes de falar na dita estrela eu vou lembra-los do que é filosofia a fim de facilitar o
entendimento.

A filosofia é uma ciência que nos faz sair da escuridão psíquica e do comodismo,
para então irmos encontrar a luz da sabedoria das soluções. Ela também nos faz
entender o que é tido como inútil e perceber com clareza o que é útil, portanto a dita
filosofia serve para que entendamos com clareza os conceitos usados no dia a dia, na
ciência, nas artes e também na religião e como diz o meu irmão Viola, é a arte que
explica tudo.

Esta palavra filosofia tem origem no grego e que significa amor a sabedoria, ou seja,
querer saber mais, portanto pode ser curtamente explicada através da análise da
própria palavra, cujo prefixo, filos significa busca e o sufixo, sofia, significa
conhecimento, ou seja, a busca do conhecimento.

Lembrado o que é filosofia, vamos agora falar da estrela em causa e que através dos
séculos houve sempre a preferência por esta estrela de cinco pontas como figura
dos astros de aparência menor.

O planeta Vênus tem sido representado assim em maçonaria, e é considerado uma


estrela matinal e também vespertina, ainda que não seja uma estrela, pois é um
planeta como todos sabemos, porém, assim dito por lendas sem fim e por
conseguinte, a estrela de cinco pontas sempre foi, desde tempos remotos e até
hoje, o distintivo de comandantes militares, e de generais sempre pelo que
significou na antiguidade.

Como símbolo maçônico, a estrela Flamejante ou de cinco pontas é de origem


Pitagórica, pelo menos quanto ao seu formato e significado, mas significado este
muito mais antigo do que aqueles que lhe deram na alquimia, a magia e o
ocultismo, durante a idade média.

O seu sentido mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto flamejante foram


imaginados ou copiados por Cornélio Agrippa, já no final da idade média e ele era
um jurista, médico, teólogo e professor em diversas cidades europeias, portanto de
respeitado saber.

Com a magia, dizia Cornélio, permite-nos a comunicação com o ser superior, para
que com isso, possamos dominar o plano inferior, entretanto para conquista-lo,
precisamos morrer para o mundo profano, através da iniciação, e é portanto, este
símbolo pitagórico ou estrela de cinco pontas, também conhecida como Estrela
Homonial e esta palavra homonial significa dizer, o verdadeiro sentido da estrela
flamejante, qual seja, brilhar, ou se tornar mágica.
É também denominada com uma impropriedade etimológica, entretanto Pentáculo
ou cinco cavidades, Penta Grama ou cinco letras ou sinais gráficos, cinco princípios
ou Pentalfa, entretanto o que nos importa é saber que os pitagóricos a usam para
representar a sabedoria, portanto a sofia e o conhecimento ou gnose e
provavelmente empregavam no interior do pentáculo a letra gama, de gnosis, mas
que normalmente a chamamos de geometra. A partir deste ponto se continuasse,
entraria noutro grau o que não é o caso.

Esta Estrela Flamejante era símbolo desconhecido pelos pedreiros livres medievais.
Seu aparecimento na Maçonaria aconteceu a partir de 1737, mas não encontrou
guarida em todos os Ritos, pois o certo é que os construtores medievais conheciam
a figura estelar apenas como desenho geométrico e não com interpretações
ocultas e filosóficas que se introduziram na Maçonaria especulativa.

A Estrela Flamejante corresponde também ao Pentagrammaton ou Tríplice


Triângulo cruzados dos pitagóricos e esta palavra pentagrammaton significam as
cinco letras cabalísticas que fornecem o nome de Deus, como também a chave do
mistério da quinta essência divina.

Distingue-se do Delta ou Triângulo do Oriente, embora, entre os antigos egípcios


representasse também Horus que em lugar do pai, Osíris passou a governar as
estações do ano e o movimento.

O verdadeiro sentido da Estrela Flamejante é Homonial, ou seja, a estrela que clama


por brilho, por saber e também é o símbolo que designa o homem espiritual, o
indivíduo dotado de alma, ou de fator de movimento e trabalho.

O assunto é inesgotável, mas eu fico por aqui como me propus. Obrigado por me
ouvirem, Zildo da Abolição 100.

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