o PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ

MAÇOM NO RITO ADONHIRAMITA

IRM ELY APARECIDO VENÂNCIO
aR SÃO CARLOS - SP

BREVE HISTÓRICO
o Painel Maçônico existe há muito tempo, desde que
as reuniões eram realizadas fora de Templos, ou seja, ao
ar livre e não existiam Rituais específicos.
Nos locais onde se reuniam os antigos Irmãos
operativos e também os primeiros especulativos, pinta-
vam-se no chão determinados Símbolos.
De acordo com o terreno, os objetos eram pintados
no chão com carvão ou riscados no próprio solo com
algum objeto pontiagudo.
Em torno destes desenhos, a orla denteada era re-
presentada nessa época por uma corda com vários nós.
Terminada a reunião a corda era guardada e os desenhos
apagados.
Também eram colocados no pavimento e circunda-
dos pela corda com nós, alguns objetos e instrumentos
de trabalho dos Maçons operativos, por exemplo, o es-
quadro, o compasso, a régua, o nível e o prumo.
Posteriormente, para facilitar os trabalhos, estes ob-
jetos foram desenhados em tecidos. Este pano, sempre
cercado pela corda, era estendido no pavimento após a
abertura dos trabalhos.
Este tipo de Painel, na forma de um tapete desenro-
lado no pavimento, ainda hoje é adotado por Lojas do
Rito Schróder".
O procedimento de riscar o chão e de tapetes man- era "desenrolada" à frente do Altar, através de singelo
teve-se pelo menos até 1776 quando a Grande Loja da cerimonial, depois da abertura do Livro Sagrado.
Inglaterra constrói o "Freemason's Hall", a primeira Loja Harris foi inspirado a construir o quadro levando em
com Templo fixo. Até então as reuniões eram realizadas conta o fato que, pouco antes, os desenhos feitos com
ao ar livre ou em tabernas. carvão no piso da Loja haviam sido substituídos pela gra-
De 1776 a 1820, nessas Lojas "a coberto", decorri- vação sobre a "Prancheta da Loja".
dos até então apenas 44 anos, ainda era mantida a tradi- A "Prancheta" vinha da referência bíblica, em que o
ção de desenhar com carvão no piso da Loja, os Símbo- artífice Adonhiram a usava para projetar a sua obra no
los que caracterizavam a Maçonaria Operativa. embelezamento do grande templo de Salomão.
~ Foi somente em 1820 que o pintor inglês John Harris Em todas as Lojas Maçônicas existem Painéis cor-
; pintou o primeiro Painel como hoje ele é conhecido, o respondentes ao trabalho de cada Grau. Sua colocação
~ que veio substituir os referidos desenhos no piso. exata é no equador e no final do pavimento mosaico,
< Ele o pintou sobre uma tela sem ser emoldurada que virado de frente para a entrada da Loja.
 No Painel que tem a forma de um quadrilongo, ou
seja, tem no comprimento o dobro da medida da largura
e é proporcionalmente a representação da Loja, estão
dispostos os principais Símbolos e objetos, que deverão
ser interpretados e usados pelos Obreiros do Grau equi-
valente na busca contínua do aperfeiçoamento das obras
da Arte Real. Alegoricamente suas dimensões são: Com-
primento, do oriente ao ocidente. Largura, do norte ao
sul. Profundidade, da superfície ao centro da terra. Altura,
da terra ao céu.
DESCRiÇÃO DOS ELEMENTOS E
OBJETOS CONTIDOS NO PAINEL
DO GRAU DE APRENDIZ
Em torno de todo o Painel, existe uma moldura que
o sustenta, mantendo a forma e servindo também como
delineamento de extremidade. No Painel, a moldura tam-
bém tem um significado simbolizando a preservação, o
segredo e a sacralidade.
ORLA DENTEADA AZUL-CELESTE
Emoldura todo o Painel e está entre a representação
dos quatro pontos cardeais, E, S, O e N. Representa o
princípio da atração universal simbolizado no amor. Sim-
boliza a união fraternal de todos os Maçons do universo,
independentemente de sua diversidade étnica ou religio-
sa. Em seus vértices figuram como que unindo o Painel à
orla denteada, quatro borlas pendentes que são como
novelos de fios enrolados representando as seguintes vir-
tudes: prudência e justiça ao oriente e, temperança e das em bronze pelo artífice Adonhiram e encontravam-se
coragem ao ocidente.
Logo acima do pavimento de mosaico, que também
representa a união universal de todos os Maçons e a opo-
sição dos contrários como bem e mal, espírito e corpo,
luz e trevas estão representados:
OS TRÊS DEGRAUS
Significam basicamente para o Aprendiz, a passagem
do mundo profano para o plano iniciático.
Na Maçonaria Operativa somente após vencer os três
degraus, isto é, o tempo de permanência no Grau 1, é
que o Aprendiz atingia o pórtico e entrava na obra que se
estava construindo.
São em número de três assim como a bateria, a mar-
cha, e até mesmo na representação da idade do Aprendiz.
O ternário, aliás, possui várias interpretações conciliáveis:
luz, trevas e tempo; passado, presente e futuro; sabedoria,
força e beleza; nascimento, vida e morte; liberdade, igual-
dade e fraternidade.
A PORTA DO TEMPLO
A porta do Templo é a porta do ocidente, porque é
no seu umbral que o sol se põe.
Significa para todos os Maçons que fora dali, ou seja,
no mundo profano, as trevas é que imperam contrastan-
do com a luz que receberam os Iniciados na Arte Real.
A porta do Templo representa então o umbral da luz,
a porta de entrada para a busca da perfeição e o conhe-
cimento da verdade.
Passando pela porta e entrando no Templo, que repre-
senta o universo, o Aprendiz através do trabalho e também
pelo estudo visando uma verdadeira formação moral, dá os
primeiros passos para tornar-se um verdadeiro Maçom.
AS DUAS COLUNAS E AS ROMÃS
Guarnecendo a porta do Templo existem duas colu-
nas de ordem coríntia, sendo a da direita gravada com a
letra "8" e a da esquerda com a letra ':.J".
A Coluna "8" refere-se à expressão hebraica booz,
que significa força, ou na força.
A Coluna ':.J" deriva de jachin, sendo que em hebraico
achin quer dizer tornar estável.
As Colunas ':.J" e "8", ou Colunas Vestibulares, estão
presentes em todos os Templos Maçônicos e sua posi-
ção varia conforme o Rito.
No templo de Salomão estas duas colunas, cada uma
com 9 metros de altura e 6 de circunferência, foram fundi-
no vestíbulo, antes da entrada do templo, que ficava no
oriente e não no ocidente como nos Templos Maçônicos.
Cada coluna está ornamentada com três romãs semi-
abertas que servem também como emblema da união soli-
dária dos Maçons da terra, representada pela coesão de suas
sementes em uma polpa transparente no interior do fruto.
Simbolicamente a romãzeira é o emblema da sinceri-
dade e seus frutos representam, portanto, a família maçô-
nica universal, cujos membros estão ligados harmoni-
camente pelo espírito de ordem, fraternidade e transpa-
rência entre os Irmãos.
As romãs simbolizam também a harmonia social, pois
só com as sementes juntas umas às outras é que o fruto eo
o
toma a sua verdadeira forma. g
~
O DELTA :'":s
~
I>l
Logo acima da porta do Templo encontra-se o Delta W.
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Rutilante (luminoso), por ser uma representação simbóli-
ca de divindade, fonte de energia e irradiação de luz.
O Delta é a quarta letra do alfabeto grego, represen-
tada como um triângulo eqüilátero, figura considerada
perfeita por ter seus ângulos e lados iguais. Representa a
perfeição, a harmonia e a sabedoria.
Em seu interior uma inscrição do tetragrama hebraico,
iod, he, vav, he (lillil)2, que representam o nome
impronunciável do G:. A:. D:. U:. nos mantendo consci-
entes de sua presença constante e alertas do compro-
misso de construir templos à virtude e cavar masmorras
ao vício.
CÉU OU ABÓBADA CELESTE
Nele figuram o sol, a lua, as nuvens e as estrelas. Sua
cor é azul com tom mais claro que o da orla denteada.
Simbolicamente, enseja a universalidade da Maçonaria e
a altura infinita da Loja.
AS LUMINÁRIAS
O sol e a lua representam o antagonismo da natureza
- dia contrastando com a noite, afirmação versus nega-
ção, claro opondo ao escuro, pólos positivo e negativo,
ativo e passivo, aspectos masculino e feminino que, con-
traditoriamente, gera o equilíbrio, pela conciliação
contrários.
Do sol recebemos a energia vital e o equilíbrio es-
sencial, a fonte de luz, o princípio ativo, representa a fecun-
didade que nasce no oriente, de onde vieram a civiliza-
ção e as ciências.
A lua, representada num quarto crescente, é o amor
e o princípio passivo, levanta-se quando o sol se deita e
resplandece majestosa no céu estrelado refletindo a luz
solar. Está cercada por nuvens que representam
transcendência da ordem.
As diversas estrelas distribuídas irregularmente, sim-
bolizam a multiplicidade e a variedade infinita de Irmãos
Maçons. Servem também para nos lembrar de nosso de-
ver enquanto construtores sociais, dissipar a luz àqueles
que ainda estão cegos e privados do conhecimento
verdade.
AS TRÊS JANELAS
As três janelas gradeadas estão figuradas no Painel
no oriente, no sul, ou meridiano e no ocidente.
São representadas gradeadas para impedir o acesso
dos Profanos ao Templo.
Essas três janelas simbolizam o caminho diário apa-
rente do sol.
A do oriente traz a doçura da aurora, suave e agradá-
vel, convidando os Obreiros ao trabalho. Representa o
lugar do Venerável, acolhendo os Obreiros, orientando
com conselhos e iluminando a todos com suas luzes.
Pela do sul ou meio-dia, passa um calor mais intenso,
que induz à recreação. Ali têm assento os Vigilantes que,
pela posição privilegiada, melhor observam a passagem
do sol pelo meridiano. Pagam então o que é justo aos
Obreiros despedindo-os assim, felizes e satisfeitos e aju-
dam a fechar as portas do Templo quando são encerrados
os trabalhos. Pela do ocidente entram os últimos lampejos
de luz do sol poente, sempre mais fraca e que incita ao
repouso. É nessa parte, ou seja, no setentrião, que têm
assento os Aprendizes, pois é a parte menos iluminada da
Loja e um Aprendiz que apenas recebeu mui fraca luz, não
está em condições de suportar maior claridade.
Alguns autores entendem que as três janelas simboli-
zam também as três fases da vida humana (nascimento,
vida e morte) e os da Escola Mística os três aspectos da
divindade: 1º aspecto - vontade ou poder (o Pai); 2º as-
pecto - amor, sabedoria (o Filho); 3º aspecto - inteligên-
cia ativa (o Espírito Santo).
A CORDA COM SETE NÓS
dos
A Corda com 7 nós ou laços de amor, como são
denominados pelos Irmãos Maçons, são também conhe-
cidos como "/emniscatas" pelos matemáticos que é a
representação do infinito (00). Ela emoldura todo o Painel
representando a Corda de 81 Nós, que por sua vez sim-
boliza a Cadeia de União, sentimento de profunda e
indissolúvel união fraterna com que estão ligados todos
os Maçons, não importando suas aparentes diferenças.
a Para alguns autores, os 7 nós representam, como as
7 pontas da estrela brilhante e as 7 estrelas, as 7 artes e
ciências liberais que o Maçom deve estudar. Outros di-
zem que os nós representam os segredos que envolvem
os nossos mistérios, posto que o número 7 está associa-
do à perfeição.
da Os Maçons operativos também empregavam uma
corda para traçar círculos, fixando uma das extremidades
num ponto e circulando a outra ponta ao seu redor, além
de determinar ângulos retos, por ocasião da implantação
de um edifício no terreno. Serviam-se também dela para
delimitar o seu campo de trabalho esotérico, verdadeiro
Templo ao ar livre nas reuniões dos irmãos operativos.
JÓiAS MÓVEIS
São consideradas Jóias móveis porque passam de
um para outro Irmão quando se troca a administração,
são vistas com alto e precioso conteúdo simbólico
Maçonaria, somado ao fato de serem insígnias dos prin-
cipais cargos de direção de uma Loja - do V:. M:., do
1º V:. e do 2º V: ..
As Jóias móveis são três: o Esquadro e o Compas-
so, o Nível e o Prumo.
A simbologia desses três instrumentos de constru-
ção dos Irmãos operativos foi magistralmente transferida,
no que diz respeito a sua importância na arte de cons-
truir, para a Maçonaria especulativa, trazendo consigo
então relevantes atributos morais a serem observados por
todos os Iniciados e interpretados, pelos três principais
Oficiais de uma Loja, o V:. M:., do 1º V:. e do 2º V:., que
por sua vez representam as três categorias de Obreiros,
respectivamente: Mestres, Companheiros e Aprendizes.
o ESQUADRO E O COMPASSO
O Esquadro e o Compasso formando um único em-
blema é com toda certeza o Símbolo mais conhecido da
Maçonaria no mundo profano.
e Podemos também assegurar que é o que mais repre-
na senta a filosofia maçônica.
Associação de dois Símbolos tem um significado
próprio. Une o justo e o perfeito. Enquanto o Esquadro
representa a matéria, o Compasso representa o espírito.
Daí a simbologia da posição dos dois instrumentos (no
Grau de Aprendiz) sobre o Livro da Lei. Esta posição, o
Esquadro sobre o Compasso, significa que no Aprendiz a
materialidade suplanta a espiritual idade.
Como paramentos, o Compasso e o Esquadro repre-
sentam a aspiração do homem pela justiça e pela retidão.
É também considerado a representação perfeita dos
atos e ações do verdadeiro Maçom, ou seja, pautado
sempre pela justiça e retidão.
O NíVEL
º
O Nível é a Jóia distintiva do 1 V: ..
Em Loja, este deve orientar os Obreiros de forma que
todos estejam nivelados e tenham igual tratamento, não
importando assim as diferenças que possam existir no
mundo profano.
 a Nível é considerado então o Símbolo da igualda-
de fraterna com que todos os Maçons se reconhecem em
qualquer parte do mundo.
o PRUMO
a Prumo é o instrumento formado por uma peça de
metal suspensa por um fio, utilizado para aferir a
perpendicularidade em uma construção.
É a Jóia do 2º V:., que deve usá-Io para verificar
qualquer inclinação, qualquer saída do Prumo, que pos-
sa ocorrer no aprendizado do Iniciado, corrigindo-a
tempo.
É o Símbolo da pesquisa em profundidade do co-
nhecimento e da verdade, além de representar a união
entre o céu e a terra.
Lembra aos Iniciados que todos os seus atos e pen-
samentos devem ser justos e medidos para o levanta-
mento de um Templo moral justo e perfeito.
A PEDRA BRUTA
Repousa próximo ao 2º Vigilante, no Painel ao lado
esquerdo da coluna J e representa os Aprendizes da Loja.
É o Símbolo perfeito da personalidade rústica e bru-
ta do Aprendiz. Representa o homem em seu estado pri-
mitivo, sem instrução, áspero e sem brilho, dominado pelo
vício e com as paixões suplantando a razão. Suas aspe-
rezas e arestas simbolizam os erros, preconceitos e igno-
rância, e nela o Aprendiz trabalha marcando-a e desbas-
tando-a, até que seja julgada polida pelo V:. M:. da Loja.
Este desbaste é adquirido pela instrução maçônica,
pelo estudo de seus Símbolos e alegorias, pela interpre-
tação filosófica do simbolismo do seu Grau, pela discipli-
na e pela capacidade de subordinar a sua personalidade
à sua vontade.
Nesse processo, o Neófito adquire uma educação
superior, liberal e virtuosa, tornando-se fonte de cultura e
capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada.
Cada Pedra possui uma forma ideal, que lhe é pró-
pria, e que está encoberta pelas irregularidades e aspere-
zas superficiais. Quando convenientemente desbastada,
surge a sua forma adequada. Portanto, os Aprendizes
devem libertar-se de suas asperezas e irregularidades, tra-
balhando na Pedra Bruta com o malho e o Cinzel, redu-
zindo sua ignorância e paixões, e perseguindo incansa-
~ velmente a forma perfeita ou da perfeição, pondo inicial-
8 mente em evidência as faces ocultas, depois as retifican-
~ do, e por fim polindo-as, obtendo assim a forma harmo-
-< niosa pretendida.
A PEDRA POLIDA
A Pedra Polida ou Cúbica representa o Companheiro
e está colocada no Painel ao lado direito da coluna B.
Simboliza o homem desbastado, esquadrejado e
polido de suas asperezas, educado e instruído, pronto
para a edificação de um templo interior perfeito e para
participar da construção de um mundo melhor.
A Pedra Polida é objetivo primeiro de Elevação do
Aprendiz Maçônico.
A Pedra Bruta e a Pedra Polida são consideradas,
a juntamente com o Livro da Lei, como as Jóias Fixas em
um Templo Maçônico.
A PRANCHETA
Tal como a Pedra Bruta é uma representação do
Aprendiz e a Pedra Polida representa o Companheiro, a
Prancheta simboliza o Mestre.
Da mesma forma que o G:. A:. D:. U:. delineou,
criou e geometrizou o seu universo para o nascimento e
aperfeiçoamento de seus filhos, na Prancheta o V:. M:.
projeta a Loja, objetivando transformar a mente primitiva
do Aprendiz, a Pedra Bruta, no homem instruído, o Com-
panheiro, a Pedra Polida, o qual poderá transmutar-se no
homem perfeito, no Mestre Maçom, capaz de como cons-
trutor social, edificar um mundo melhor, um mundo justo
e perfeito.
Por tudo isso, a Prancheta está representada no Painel
logo acima do Maço e do Cinzel, instrumentos de trabalho
do Aprendiz.
O MAÇO E O CINZEL
Estão representados no Painel logo acima da Pedra
Bruta, como que indicando seu uso e finalidade no trabalho
a ser realizado.
a Maço ou Malho é um instrumento contundente se-
melhante ao martelo, embora geralmente mais pesa-
do, utilizado para quebrar ou desbastar.
a Maço simboliza o principio ativo, a vontade que
existe em todos os homens, uma vontade forte e perseve-
rante que precisa ser canalizada e usada de forma eficiente,
senão o resultado será um esforço em vão.
Sua energia, contundência, força e decisão são ne-
cessárias para que o Aprendiz persevere em seu trabalho,
não desanimando ao sinal do primeiro infortúnio.
Quando utilizado de forma desordenada, o Maço
pode se transformar em uma poderosa ferramenta de
destruição, porém, seu uso disciplinado o transforma em
um instrumento indispensável em qualquer construção.
 o cinzel representa o passivo, cortante e penetrante.
É utilizado para trabalhos que exijam apuro e precisão,
formado por uma haste de metal em que um de seus
lados é perfuro-cortante e o outro apresenta uma cabeça
chata, própria para receber o impacto de uma ferramenta
contundente.
Como o Malho, o Cinzel é um instrumento do Apren-
diz, mas isoladamente não teria função alguma, pois não
teria a força necessária para realizar o trabalho de des-
baste na Pedra Bruta.
O Cinzel é o instrumento que recebe o impacto do
Malho, dirigindo a força daquele de forma útil. Como ca-
nalizador da vontade representada pelo Malho, o Cinzel
simboliza o discernimento, a inteligência, que dirige a força
da vontade.
o MAÇO E O CINZEL ASSOCIADOS
Tal como o Malho (a força física ou vontade), o Cin-
zel (a força espiritual ou Inteligência), por si só não garan-
te um trabalho eficiente.
Trabalhando em separado não produzem o resulta-
do esperado, ou seja, não podem ser considerados
trumentos de precisão para o fino trabalho que é o des-
baste de nossa Pedra Bruta.
No Painel, estes dois Símbolos estão unidos, demons-
trando que ambos precisam atuar harmonicamente para
que se consiga atingir os objetivos.
A associação do Malho com o Cinzel nos indica que
a vontade e a inteligência, a força e o talento, a ciência e
a arte, a força física e a força intelectual, quando aplica-
das em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se trans-
forme em Pedra Polida.
CONCLUSÃO
Quando meus olhos se abriram para a luz, uma gran-
de quantidade de objetos foi-me apresentada.
Na verdade já os conhecia, pelo menos nas suas fun-
ções operativas e figurativas, mas também é bem verda-
de que me assustou a quantidade de informações conti-
das em sua simbologia.
O Painel do Grau representa hoje, para mim, mais
que o caminho a ser trilhado pelo Aprendiz na busca pela
evolução, ascensão e perfeição, mas também a constan-
te busca pelo meu equilíbrio interno.
Agora entendo que interpretar os elementos conti-
dos no Painel do Grau de Aprendiz, foi também desbas-
tar um pouco mais a minha Pedra Bruta.
Sei que dou os primeiros passos em um mundo que
não se resume no conhecimento de Rituais e Símbolos,
mas cada coisa a seu tempo, por enquanto sinto-me hon-
rado e satisfeito por ter merecido o que desejei no dia de
minha Iniciação, um lugar entre vós.
NOTAS
1 o TAPETE DO RITO SCHROOER
Uma peça que fica situada no cen-
tro do Templo cujos lados repre-
sentam os quatro pontos cardeais.
Na orla, há três portas representan-
do os três primeiros oficiais da Loja
(O Venerável Mestre e os Vigilan-
tes).
Há também diversas ferramentas
de pedreiros que simbolizam o tra-
balho, o desenho da pedra bruta,
na qual trabalham os Aprendizes.
2 Nome do G:. A:. O:. U:.
"V-H-W-H" O
No h.broie<o:
T•.••••Ht.rodo pI
nír1" nome pessoal do
Deus de Israel é
o poMuguis: YH~H escrito na bíblia
em hebraico
com quatro consoantes YHWH (hebraico) que é conhecido como
ins- tetragrama.
No mínimo, até a destruição do Templo (primeiro) em 586 a.C. este
nome era pronunciado regularmente com suas próprias vogais,
como está claramente dito nas cartas de Laquis, escritas não muito
depois desta data. Mas a partir do terceiro século antes de Cristo a
pronúncia do nome VHWH foi evitada, e Adonai, "O Senhor" a
substituiu ...
VHWH - Quando os eruditos da Europa começaram a estudar o
hebraico, eles não entendiam o que isso realmente significava e eles
introduziram o nome híbrido "Jeová". A verdadeira pronúncia do
nome VHWH nunca se perdeu. Vários escritores gregos da época
da Igreja Primitiva testificaram que o nome era pronunciado
"Vahweh". Isto é confirmado, no mínimo pela vogal na primeira sílaba
do nome, pela forma abreviada VAH, que algumas vezes foi usada
de forma poética (Ex. 15:2) e o VAHU ou VAH serve como sílaba final
em vários nomes hebreus.
A explicação do nome é dada em Ex. 3:14, Ehehey-Asher-Ehehey,
Eu sou o que sou, dado como uma etimologia popular, como na
explicação de nomes bíblicos, até certo ponto uma explicação
científica. Como outros nomes hebraicos na Bíblia, o nome Vahweh
é sem dúvida uma forma abreviada do que foi originalmente um nome
maior. Isto tem sido sugerido que o original em sua forma completa
era algo como Vahweh-Asher-Vahweh, "Ele trouxe à existência tudo
o que existe ...".
BIBLIOGRAFIA
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Artigos e Pranchas. Disponíveis em: <http://www.maçonaria.net>.
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JURADO, José Martins. Maçonaria Adonhiramita - Apontamentos. OCJ
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LOPES, Carlos Alcino Valadão. O Painel do Aprendiz Maçom. C'<I
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RITUAL do 1Q Grau Aprendiz Maçam Adonhiramita - edição de 2005. ~
SILVEIRA, André Mosimann. O Painel do Aprendiz Maçam. ~
VALADARES, Henrique(Cayru). O Aprendiz Maçom. 1997. d3
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