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O PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ NO RITO

ADONHIRAMITA
14/01/2019 painel de aprendiz, Rito Adonhiramita, simbologia

Índice
 Breve História
 Os Elementos do Painel
o Jóias Móveis
o Jóias Fixas
o As Luminárias
o Os Demais Elementos
 Vocabulário
 Bibliografia

BREVE HISTÓRIA

Quadro de loja – Grau de Aprendiz – Rito Adonhiramita


“Painel”, do castelhano, significa “pano”; o nosso “Aurélio”, define o vocábulo como:
quadro, pintura, retábulo; relevo arquitectónico em forma de moldura, sobre um plano.
Em resumo, é um “quadro” que os ingleses denominam de “Tracing Board”, ou seja, a
conhecida “tábua de desenhar” ou a simples “prancheta”, jóia imóvel da Loja.

Primitivamente, quando inexistiam Rituais específicos, os Maçons quando se reuniam,


desenhavam no piso do local, com carvão, alguns Símbolos Maçónicos, assim como os
cristãos desenhavam a Cruz, nos seus encontros escondidos. Nos locais onde não havia
piso, como nas grutas, nas caves e mesmo ao ar livre, esses Símbolos eram “riscados”
no solo.
O facto de a mão do desenhista ou gravador, criar os Símbolos, já estava demonstrando
um poder da mente ser materializada em desenho, surgindo, ao passar dos tempos, uma
série de Símbolos que expressavam o desenvolvimento da Ideia. Estes desenhos eram,
por ocasião do encerramento das Sessões, “apagados”, sem deixar vestígios.

Em alguns Ritos, estes desenhos apresentavam-se “bordados” em panos, que eram


desenrolados no início dos trabalhos e recolhidos no encerramento. Com as sucessivas
“liberações” e tolerâncias da parte do Poder, os Painéis foram substituídos por quadros
fixos, introduzidos em data desconhecida.

Ao dispor as localizações do Venerável Mestre e dos Vigilantes, e posteriormente, dos


demais Oficiais, bem como da colocação do Altar, não existiam os instrumentos, que
eram então substituídos por desenhos feitos a carvão, no piso. A abertura do Livro
Sagrado emprestava sacralidade, tanto à reunião, como ao recinto; da mesma forma os
desenhos davam sacralidade à finalidade da reunião.

As Lojas, no princípio eram instaladas ao ar livre o que justifica a referência às suas


dimensões: do Oriente ao Ocidente, do norte ao sul, da altura à profundidade. Na parte
ocupada, ou sob uma árvore ou em campo descoberto, no solo arenoso e limpo, eram
gravados com estilete os Símbolos que caracterizavam uma Loja Maçónica.

Quando o tempo era instável e adverso com chuvas prolongadas, os Maçons não podiam
reunir-se ao ar livre e se não houvesse um refúgio natural, era buscada uma casa
“abandonada”, pois era rigorosamente vedado instalar a Loja em local habitado. Esta
fase foi superada quando foi decidido que as reuniões seriam nas tabernas; não há uma
descrição convincente, todavia, se nessas reuniões, seriam ou não, desenhados no piso,
os instrumentos simbólicos.

A informação certa é que em 1772, a Grande Loja da Inglaterra, ordenou a construção


do “Freemason’s Hall”, concluída em 1776, onde foi erigida especificamente, a primeira
Loja como Templo fixo. Por sua vez, o Grande Oriente de França, no ano de 1788,
proibia que as Lojas Maçónicas se reunissem em tabernas.

Como vemos, portanto, o edifício exclusivo para abrigar uma Loja, tem data
relativamente recente. De 1776 a 1820, nessas Lojas “a coberto”, decorridos apenas 44
anos, ainda era mantida a tradição de desenhar com carvão no piso da Loja, os Símbolos
que caracterizavam a Maçonaria Operativa.

John Harris compôs o primeiro “Quadro” fixo, o que veio substituir, os referidos
desenhos no piso, ele o pintou sobre uma tela sem ser emoldurada que era
“desenrolada” à frente do Altar, através de singelo cerimonial, depois da abertura do
Livro Sagrado. Posteriormente, transformou-se num Quadro emoldurado o qual após a
Sessão era recolhido a uma estante, para permanecer fora de vista dos Irmãos. Hoje, o
Quadro é denominado especificamente, com o nome de “Painel”. O que inspirou John
Harris a construir o Quadro, foi o facto que pouco antes, a gravação com carvão no piso
da Loja, tinha sido substituída pela gravação sobre a “Prancheta da Loja”.

Esta “Prancheta” decorria da referência bíblica, quando Adonhiram a usava para


projectar a sua obra de artífice, no embelezar do Grande Templo de Salomão. A
gravação na Prancheta, por sua vez, também era provisória, pois, cancelava-se ao
término da Sessão. Sendo a Prancheta de lousa ou de madeira escura, para o desenho, o
carvão era substituído pelo giz. Contudo, Harris, para conservar a tradição, “desenhou”
no Painel, os Símbolos em negro, que simbolizava o carvão. Circunscreve o Painel, uma
moldura que o sustenta, mantendo a forma e serve, também, como “marco” ou
“delineamento de extremidade”; No Painel, a moldura simboliza o sigilo, a preservação,
o segredo e a sacralidade.

OS ELEMENTOS DO PAINEL
O Painel do Rito Adonhiramita é composto pelos seguintes Símbolos:

1. O Prumo
2. O Nível
3. O Esquadro e o Compasso
4. A Corda com 7 Nós
5. O Sol
6. A Lua
7. As Estrelas
8. As Três Janelas
9. A Prancheta
10. O Maço e o Cinzel
11. A Pedra Bruta
12. A Pedra Polida
13. As Duas Colunas
14. As Romãs
15. O Pórtico e o Delta Luminoso
16. Os Três Degraus
JÓIAS MÓVEIS
Definição
Podemos definir as Jóias Móveis como sendo Símbolos de alto e precioso conteúdo
simbólico na Maçonaria, somado ao facto de serem insígnias dos principais cargos de
direcção de uma Loja – do V∴ M∴ do P∴ V∴ e do S∴ V∴ As Jóias Móveis são três: o
Esquadro & Compasso, o Nível e o Prumo. A importância destes três instrumentos da
arte de construir edificações, foi magistralmente transportada para os pedreiros
Construtores Sociais, para os Maçons da Maçonaria Especulativa, representando
relevantes atributos morais a serem observados por todos os Iniciados e interpretados
pelos três principais oficiais de uma Loja, o V∴ M∴ , o P∴ V∴ e o S∴ V∴ , que por sua
vez dirigem as três categorias de Obreiros: Mestres, Companheiros e

Aprendizes. Ademais, o Prumo, o Nível e o Esquadro representam, respectivamente, a


trilogia Maçónica Liberdade – Igualdade – Fraternidade.

O Esquadro e o Compasso
O Esquadro e o Compasso formando um único emblema é certamente o distintivo mais
conhecido da Maçonaria no mundo profano e o Símbolo mais representativo da filosofia
maçónica. Como Paramentos, o Compasso e o Esquadro representam a aspiração do
homem pela Justiça e pela Rectidão. Simbolizam a medida justa que deve presidir todos
os actos e acções do verdadeiro Maçon, que não pode se afastar nem da Justiça nem da
Rectidão.

O Nível
O Nível é a Jóia distintiva do P∴ V∴ , que deve zelar para que, em Loja, todos estejam
ao mesmo nível, todos tenham igual tratamento, não se reconhecendo as distinções
existentes no mundo profano. O Nível é o Símbolo da Igualdade, da Igualdade Fraterna,
com que todos os Maçons se reconhecem.

O Prumo
O Prumo ou Perpendicular é o instrumento formado por uma peça de metal suspensa
por um fio, utilizado para aferir se um objecto qualquer está na vertical. Assim, é a Jóia
do S∴ V∴ , que deve usá-lo para verificar qualquer inclinação, qualquer saída do
Prumo, que possa ocorrer no aprendizado do Iniciado, corrigindo-a a tempo. É o
Símbolo da pesquisa em profundidade do Conhecimento e da Verdade. Lembra aos
Iniciados que todos os seus actos e pensamentos devem ser justos e medidos para o
levantamento de um Templo moral justo e perfeito.

JÓIAS FIXAS
Definição
Pode-se definir como Jóias Fixas os Símbolos imóveis de relevada importância na
Maçonaria, que se encontram sempre expostas e presentes na Loja, para reflectir a
divina natureza e actuando como um código moral aberto à compreensão de todos os
Maçons. As Jóias Fixas são: a Pedra Bruta, a Pedra Polida e a Prancheta, representando,
respectivamente, o Aprendiz, o Companheiro e o Mestre.

A Pedra Bruta
A Pedra Bruta simboliza o Aprendiz, que nela trabalha marcando-a e desbastando-a, até
que seja julgada polida pelo V∴ M∴ da Loja. Ela representa o homem na sua infância
ou estado primitivo, sem instrução, áspero e despolido, com as paixões dominando a
Razão e que neste estado se conserva até que, pela instrução maçónica, pelo estudo dos
seus Símbolos e alegorias, pela interpretação filosófica do simbolismo do seu Grau, pela
disciplina e pela capacidade de subordinar a sua personalidade à sua vontade, adquire
uma educação superior, liberal e virtuosa, tornando-se fonte de cultura e capaz de fazer
parte de uma sociedade civilizada. Cada pedra possui uma forma ideal, que lhe é
própria, e que está encoberta pelas irregularidades e asperezas superficiais. Quando
convenientemente desbastada, surge a sua forma adequada. Portanto, os Aprendizes
devem libertar-se das suas asperezas e irregularidades, trabalhando na Pedra Bruta com
o Malho e o Cinzel, reduzindo a sua ignorância e paixões, e perseguindo
incansavelmente a forma perfeita ou da perfeição, pondo inicialmente em evidência as
faces ocultas, depois rectificando-as, e por fim polindo-as, obtendo assim a forma
harmoniosa pretendida.

A Pedra Polida
A Pedra Polida ou Cúbica representa o Companheiro. Simboliza o homem desbastado e
polido das suas asperezas, educado e instruído, pronto para ocupar o seu lugar na
construção de um mundo melhor. Objectivo primeiro de elevação do Aprendiz
Maçónico

A Prancheta
Tal como a Pedra Bruta é uma representação do Aprendiz e a Pedra Polida representa o
Companheiro, a Prancheta simboliza o Mestre. Da mesma forma que o G∴ A∴ D∴ U∴
delineou criou e geometrizou o Seu Universo para o nascimento e aperfeiçoamento dos
seus filhos, na Prancheta o V∴ M∴ projecta a Loja, objectivando transformar a mente
tosca, o Aprendiz, a Pedra Bruta; no homem instruído, o Companheiro, a Pedra Polida;
o qual poderá transmutar-se no homem perfeito, no Mestre Maçon, capaz de, como
Construtor Social, edificar um mundo melhor, um mundo justo e perfeito.
AS LUMINÁRIAS
Definição
O Sol e a Lua representam o antagonismo da natureza – dia e noite, afirmação e
negação, claro e escuro, pólos positivo e negativo, activo e passivo, aspectos masculino
e feminino – que, contraditoriamente, gera o equilíbrio, pela conciliação dos contrários.
As Estrelas simbolizam a multiplicidade, a variedade e a infinita totalidade de Irmãos
Maçons.

O Sol
O Sol é o vitalizador essencial, a fonte de luz e vida, o princípio activo, o Pai de
generosa fecundidade que nasce no Oriente, de onde vieram a civilização e as ciências.

A Lua
A Lua, é o amor, o princípio passivo, levanta-se quando o Sol se deita e reina
resplandecente no céu estrelado, não com a sua própria luz, mas reflectindo a luz solar.

As Estrelas
As diversas Estrelas distribuídas irregularmente no teto, simbolizam a Universalidade
da Maçonaria e lembram que os Maçons, espalhados por todos os continentes,
devem, como Construtores Sociais, distribuir a Luz dos seus conhecimentos àqueles que
ainda estão cegos e privados do conhecimento da Verdade.

OS DEMAIS ELEMENTOS
O Maço e o Cinzel
 O Maço – O Maço ou Malho é um instrumento contundente semelhante ao martelo,
embora geralmente mais pesado e desprovido de unhas, utilizado para quebrar ou
desbastar. Diferentemente do Malhete, que é um Maço em tamanho menor e de uso
privativo do V∴ M∴ e dos VVig∴ , por simbolizar a Autoridade, o Maço é um
instrumento de trabalho do Aprendiz. O Maço simboliza a Vontade que existe em
todos os homens e que precisa ser canalizada eficientemente para que não resulte
em esforço inútil. O Maço é a Energia, a Contundência, a Força e a Decisão que se
fazem necessárias para que o Aprendiz persevere no seu trabalho, não esmorecendo
ao primeiro revés. Quando utilizado de forma desordenada, o Maço pode
transformar-se numa poderosa ferramenta de destruição, porém, o seu uso
disciplinado fá-lo um instrumento indispensável.
 O Cinzel – O Cinzel é um instrumento utilizado para trabalhos que exijam apuro e
precisão, formado por uma haste de metal em que um dos seus lados é cortante e o
outro apresenta uma cabeça chata, própria para receber o impacto de uma
ferramenta contundente. Como o Malho, o Cinzel é um instrumento do Aprendiz,
que com eles trabalha na Pedra Bruta, Símbolo da personalidade tosca e inculta. O
Cinzel é o instrumento que recebe o impacto do Malho, dirigindo a força daquele de
forma útil. Como canalizador da Vontade representada pelo Malho, o Cinzel
simboliza o Discernimento, a Inteligência, que dirige a Força da Vontade.
 O Maço e o Cinzel Associados – Tal como o Malho (a Vontade), o Cinzel (a
Inteligência), por si só não garante um trabalho eficiente. Funcionando de forma
independente, geralmente não produzem um trabalho satisfatório, não garantem que
o trabalho se conclua, não asseguram que a meta seja alcançada. No Painel, estes
dois Símbolos estão unidos, demonstrando que ambos precisam actuar
harmonicamente para que se consiga atingir os objectivos pretendidos. A associação
do Malho com o Cinzel indica-nos que a Vontade e a Inteligência, a Força e o
Talento, a Ciência e a Arte, a Força Física e a Força Intelectual, quando aplicadas
em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Polida.
As Três Janelas
As Três Janelas gradeadas estão figuradas no Painel, no Oriente, no Sul e no
Ocidente. Estas três Janelas simbolizam o caminho diário aparente do Sol. A do Oriente
traz a doçura da aurora, suave e agradável, convidando os OObr∴ ao trabalho; pela do
Sul ou Meio-Dia, passa um calor mais intenso, que induz à recreação; pela do Ocidente
entram os últimos lampejos de luz do Sol poente, sempre mais fraca e que incita ao
repouso. Alguns autores entendem que as três Janelas simbolizam também as três fases
da vida humana e os da Escola Mística os três aspectos da divindade.

A Corda com Sete Nós


A Corda com 7 nós ou laços, emoldura o Painel representando a Corda de 81 Nós. Para
alguns autores, os 7 nós representam, como as 7 pontas da Estrela Brilhante e as 7
Estrelas, as 7 Artes e Ciências Liberais que o Maçon deve estudar. Outros dizem que os
nós representam os segredos que envolvem os nossos mistérios, posto que o número 7
está associado à Perfeição.

A Corda de 81 Nós
A Corda de 81 Nós simboliza a Cadeia de União, o sentimento de profunda e
indissolúvel união fraterna com que estão ligados todos os Maçons, não importando as
suas aparentes diferenças. A Corda de 81 Nós está presente na ornamentação da Loja. É
um grande cordão que corre pela frisa, formando de distância em distância 81 nós
emblemáticos, e terminada por duas borlas pendentes em cada lado da porta de entrada.

Os Três Degraus
Os três degraus antes do Pórtico, figurados no Painel, representam a idade do
Aprendiz, correspondente ao tempo que os Maçons Operativos necessitavam para serem
elevados ao Grau de Companheiro. Somente após vencer os três Degraus, isto é, o
tempo de permanência no Grau 1, é que o Aprendiz atingia o Pórtico e entrava na obra
que se estava construindo. Segundo a Escola Mística, os três Degraus demonstram os
esforços que deverão ser desenvolvidos para se passar aos três planos através dos quais
se manifesta o Ser Humano ou Ternário Humano (Corpo, Alma e Espírito). Eles
representam sucessivamente o plano físico ou material, o plano astral ou intermediário e
o plano psíquico, mental ou espiritual, que constitui a essência imaterial.

O Pórtico
O Pórtico representa a entrada do Templo de Salomão, Símbolo da obra maçónica.
Tal como Salomão edificou um Templo para adorar a Deus, os Maçons também se
dedicam, como Construtores Sociais, na construção de uma sociedade humana ideal,
tornada perfeita pelo aperfeiçoamento moral e intelectual. O Pórtico é assim o umbral
da Luz, a porta de entrada para o atingimento da Perfeição e o conhecimento da
Verdade. Ao adentrar no Templo, que representa o Universo, o Aprendiz torna-se apto,
pelo estudo, pelo trabalho, pela prática da filantropia, enfim, por uma formação moral e
intelectual livre, a tornar-se um verdadeiro Maçon.

O Delta
O Delta é a quarta letra do alfabeto grego, representada como um triângulo
equilátero, figura considerada perfeita por ter os seus ângulos e lados iguais. É um
dos Símbolos mais importantes e antigos utilizados para representar a Trindade Divina.
O Deita está sobre o Pórtico, como que para lembrar àqueles que o transpõem que, as
suas acções e pensamentos deverão estar debaixo dos preceitos preconizados pelo L∴
L∴ e que a busca da Perfeição e da Verdade resultarão num encontro com a
Divindade.

As Colunas “J” e “B”


Flanqueando o Pórtico, vemos no Painel duas Colunas de ordem Coríntia encimadas,
cada uma delas, por três Romãs entreabertas. No fuste da Coluna da esquerda está
gravada a letra “J” e no da direita a letra “B” As Colunas “J” e “B”, ou Colunas
Vestibulares ou ainda Colunas Solsticiais, estão presentes em todos os Templos
Maçónicos e a sua posição varia conforme o Rito. No Templo de Salomão estas duas
Colunas encontravam-se no vestíbulo, antes da entrada do Templo, que ficava no
Oriente e não no Ocidente como no Templo Maçónico e foram fundidas em bronze pelo
artífice Adonhiram. Coluna “J”, presidida pelo 2º Vig∴ , sentam-se os Aprendizes e na
Coluna B, presidida pelo 1º Vig∴ , sentam-se os Companheiros. As duas Colunas
possuem um significado simbólico muito importante. Por enquanto, poderíamos dizer
que elas representam os dois pontos solsticiais; representam os trópicos de Câncer (B) e
de Capricórnio (J), com o Equador passando entre eles e estendendo-se até o Delta, no
Oriente;

As Romãs
A Romã é o fruto da romãzeira (Punica granatum), arvoreta ou arbusto da família das
punicáceas. As Romãs semiabertas nos capitéis das Colunas, divididas internamente por
compartimentos cheios de considerável número de sementes, sistematicamente
dispostas e intimamente unidas, lembram a Fraternidade que deve haver entre todos os
homens e sobretudo entre os Maçons. As Romãs representam, portanto, a Família
Maçónica Universal, cujos membros estão ligados harmonicamente pelo espírito de
Ordem e Fraternidade. As Romãs simbolizam também a Harmonia Social, pois só
com as sementes juntas umas às outras é que o fruto toma a sua verdadeira forma.
Luiz Gonzaga da Rocha

VOCABULÁRIO
Retábulo – [Do esp. retablo. ] S. m. – Construção de madeira, de mármore, ou de outro
material, com lavores, que fica por trás e/ou acima do altar e que, normalmente, encerra
um ou mais painéis pintados ou em baixo-relevo.

BIBLIOGRAFIA
 Ritual do 1° Grau – Aprendiz Adonhiramita – G. O. B. – Edição 1999 – Instrução
de Aprendiz
 Dicionário Ilustrado de Maçonaria ( Simbologia e Filosofia) – Sebastião Dodel dos
Santos
 Simbologia Maçónica dos Painéis – Almir Sant’Anna Cruz
 Os Painéis da Loja de Aprendiz – Rizzardo Da Camino
 A Simbologia Maçónica – Jules Boucher

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