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PAINEL DE APRENDIZ

A palavra Painel tem como significado uma pintura feita sobre uma tela, madeira, ou algum outro
material. Para maçonaria, o painel é o quadro apresentado pelo primeiro diácono logo na abertura dos
trabalhos, que fica situado entre o oriente e o altar dos juramentos. No Rito Escocês Antigo e Aceito,
existem três painéis simbólicos, sendo eles o de Aprendiz, Companheiro e de Mestre. Nos graus Filosóficos
este item é renomeado como emblema ou escudo. Falaremos exclusivamente sobre o Painel referente ao
grau de aprendiz.

O painel da loja originou-se da antiga prancheta de Hiram Abiff, onde ele desenhava, estudava e
aperfeiçoava seus projetos. Não se sabe precisamente quando originou o painel da loja de aprendiz, porém
se especula que o formato definitivo, do qual podemos observar em muitos templos até hoje, foi originado
na França entre o fim do século XIX e início do século XX. Na maçonaria primitiva, as reuniões maçônicas
não possuíam um local fixo e na maioria das vezes ocorriam em canteiros de obras e os símbolos que
davam a devida representação de grau daquelas reuniões eram desenhados no chão, frente ao altar, e
apagados no momento em que se encerrava a reunião. À medida que as reuniões passaram a ocorrer em
locais fechados e próprios, tornou-se impossível manter essa tradição, ou pela possibilidade de danificar o
piso ou pela dificuldade de se apagar os desenhos em seguida, com isso os desenhos passaram a ser
pintados/bordados em tecido. Ao fim da reunião, esse tecido era enrolado e ficava sob a guarda de um dos
irmãos. O Rito Schroeder ainda mantem a tradição de apresentar o Painel da Loja pintado ou bordado em
tecidos.

Como símbolo, o Painel remete à reflexão sobre a importância do planejamento de nossas tarefas.
Obviamente, o simbolismo do Painel não se restringe apenas às atividades arquitetônicas, mas em todos os
momentos da vida do Maçom, seja nas atividades maçônicas, pessoais, profissionais ou familiares. Os
painéis são a síntese dos mistérios de cada grau, indicando os símbolos que devem ser estudados pelo
iniciado. Toda a Loja está representada no Painel, desde o piso até o teto. Uma vez colocado frente ao
pavimento mosaico, todos os maçons presentes saberão, através dos símbolos estampados no quadro, em
qual grau aquela Loja estará trabalhando.

. Os Símbolos dispostos no painel são classificados como:

 Joias
 Instrumentos de Trabalho
 Paramentos
 Ornamentos

Todos os símbolos do Painel devem ser estudados, tanto em seu sentido individual quanto em
conjunto. Na Maçonaria Especulativa, os ensinamentos do Painel são as “instruções e planejamentos” para
a construção do homem e lhe dão subsídios para a lapidação de sua pedra bruta.

AS JOIAS

Numa Loja Maçônica encontramos vários simbolismos que decoram seu interior. Algumas dessas
peças, denominadas “joias”, representam física e espiritualmente os fundamentos maçônicos. As Joias são
fixas e móveis, sendo as fixas àquelas consideradas o fundamento da loja, tal como o alicerce da
construção, e são representadas pela Pedra Bruta, Pedra Polida e Prancheta. Já as joias móveis são aquelas

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passadas a diante com as mudanças de administração. Cada joia móvel representa uma das Luzes da Loja.
São elas o Esquadro (Venerável Mestre), Prumo (Segundo Vigilante) e o Nível (Primeiro Vigilante).

A Pedra Bruta Objeto do trabalho do Aprendiz, a Pedra Bruta, que deve ser desbastada e
esquadrejada, para se transformar em Pedra Cúbica, polida e regular, simboliza o próprio Aprendiz, no seu
esforço para se aperfeiçoar e polir o seu caráter, a sua retidão e a sua integridade. É, enfim, o próprio
símbolo de seu aperfeiçoamento na Maçonaria. Esse aperfeiçoamento dependerá muito do Aprendiz, mas,
também, bastante de seus Mestres, para que ele não se perpetue como uma “pedra bruta”.

A Pedra Cúbica Representa o Companheiro, simboliza o homem desbastado e polido de sua aspereza,
educado e instruído, pronto para ocupar seu lugar na construção de um mundo melhor.

Pedra Cúbica vs Pedra Polida: Na Maçonaria, o termo Pedra Polida é usado para lembrar que um
Maçom deve sempre e incessantemente polir sua pedra bruta das arestas para que tenha uma superfície
plana. Portanto Pedra Cúbica é uma Pedra Polida, nós somos uma pedra Bruta. No entanto, igualmente
podemos concluir que uma Pedra Polida não é necessariamente uma Pedra Cúbica, pois uma pedra pode
ser polida nos formatos piramidal, oval, esférico ou outro qualquer, estando livre das arestas. Em nossos
ensinamentos temos que a Pedra simboliza o Maçom, que deve trabalhar e aperfeiçoar a si mesmo,
combatendo os vícios e glorificando o direito e a virtude, em benefício da sociedade, o que simbolicamente
denominamos construção de Templos a Virtude. Para podermos compreender o significado da pedra bruta
e da pedra cúbica, devemos primeiramente ter em mente uma visualização panorâmica de uma construção
rústica, como por exemplo, as pirâmides do Egito, onde a pedra usada na construção simboliza o Maçom.
Portanto, o objetivo é trabalhar insistentemente todo dia, corrigindo as irregularidades, e arestas inúteis,
desbastando todas as saliências, deixando a pedra mais lisa, polindo-a dia-a-dia, para tornar-me um mestre
maçom no mais puro e verdadeiro sentido, é nessa etapa que o Mestre-Maçom deverá provar através de
seu conhecimento, colocar em prática toda a sua sabedoria para transformar-se cada vez em um ser
melhor, para si mesmo e para com os que estão ao seu redor.

Os instrumentos de trabalho e a ausência da régua de 24 polegadas no Painel da Loja do Aprendiz do


R:.E:.A:.A:.

O significado filosófico e simbólico dos instrumentos de trabalho do Grau de Aprendiz Maçom


representa os conceitos fundamentais sobre a vida e o trabalho do homem, a sua natureza tríplice (corpo
mente e espírito). Esses instrumentos (a Régua de 24 polegadas, o Maço e o Cinzel) são essenciais para que
o Aprendiz consiga desbastar a sua pedra bruta, com seus defeitos (arestas), e sobre o qual deverá
proceder à sua auto lapidação.

Embora seja apresentado no ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito como um dos instrumentos de
trabalho do Aprendiz Maçom, a régua de 24 polegadas não está presente no Painel da Loja de Aprendiz. No
R:.E:.A:.A:., rito de origem francesa, a Régua de 24 Polegadas é um dos instrumentos de trabalho inerente
ao Grau de Companheiro. Já no Rito de York da Inglaterra, a régua é um dos objetos pertences ao Grau de
Aprendiz. Do mesmo modo no Rito Schröder, rito de origem alemã, mais depurado da Maçonaria inglesa, a
Régua Graduada também é um dos instrumentos de trabalho do Primeiro Grau, o que pode ser
comprovado no catecismo de Aprendiz do rito. No Brasil, devida à equivocada mistura de procedimentos
de uns em outros ritos, a régua aparece em alguns rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito também no Grau

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de Aprendiz. Essa indevida inserção se deu quando as Grandes Lojas Estaduais brasileiras fundadas em
1927 pelo Irmão Mário Marinho Béhring buscaram o reconhecimento das Grandes Lojas Norte-americanas.
Para o caso, é sabido que as Lojas Azuis (simbolismo) das Grandes Lojas dos Estados Unidos da América do
Norte tiveram a sua ritualística fundamentada no Craft inglês que é oriundo da Grande Loja dos Antigos de
1751. Assim, em se tratando do Craft e da Régua como instrumento de trabalho, a mesma nele pertence ao
grau de Aprendiz. Iremos abordar agora sobre as ferramentas:

 A Prancheta
 O Esquadro e o Compasso
 O Prumo e o Nível
 O Malho e o Cinzel

PRANCHETA:

A prancheta é o utensilio utilizado pelos Mestres para gravar e ensinar os caminhos, os conceitos, os
princípios e a ética a serem seguidos pelos Companheiros e Aprendizes.

Em loja, o símbolo deve estar no Oriente, feito de madeira ou outro material em cima de um
cavalete ou adaptado em local à direita de quem está sentado nas cadeiras do Oriente. Ele é um retângulo
que representa uma prancha de desenhar, traçar ou gravar na qual, está inserido dois sinais, uma cruz
quádrupla (quatro cruzes latinas cristãs) constituídas por duas paralelas cruzadas, símbolo do limitado e
também daquilo que homem pode realizar uma e também um cruz de ângulos opostos pelos vértices
símbolo das díadas e também do infinito. Esta cruz é em forma de X (xis) também é conhecida como cruz
de Santo André. Esta cruz para os maçons esotéricos simboliza a união a união do mundo superior com o
mundo inferior.

O ESQUADRO E O COMPASSO:

O Esquadro simboliza a retidão limitada por duas linhas: uma horizontal que representa a trajetória
que temos que percorrer na Terra, ou seja, no mundo físico. A outra linha, vertical, representa o caminho
para cima, que por ser sem fim, nos leva ao Cosmos, ao Infinito, e a Deus. É a Jóia do Venerável Mestre. O
Compasso simboliza o equilíbrio, a vida correta e a justiça. Ensina onde começam e terminam os direitos de
cada um de nós.

Juntos, Esquadro e Compasso formam o símbolo mais característico da maçonaria. Representam


que a ordem é pautada pela filosofia sobre os itens dos pedreiros e antigos construtores. Nenhuma loja
funciona sem o Esquadro e o Compasso amostra sobre o Livro da Lei aberto.

O Esquadro e o Compasso simbolizam também a materialidade do homem e sua espiritualidade.


Quando juntos e na sua apresentação básica e a depender de como se arrumam indica em qual grau a Loja
está trabalhando. No grau de Aprendiz, as pontas do compasso ficam dispostas sob o esquadro, mostrando
que ainda há, no aprendiz, a preponderância da materialidade sobre a espiritualidade.

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O PRUMO E O NÍVEL:

O Prumo, utilizado pelos pedreiros para conseguir o alinhamento vertical representa, na simbologia
maçônica, a retidão, o acerto, a justiça e a moral que cada maçom deve desenvolver em si, através da
construção de seu próprio Templo Espiritual. É a Jóia do 2º Vigilante. O Nível, utilizado pelos pedreiros na
busca da horizontalidade, simboliza, na Maçonaria, a igualdade, pois coloca todos ao mesmo nível. É a Jóia
do 1º Vigilante.

O MAÇO E O CINZEL:

O Maço (ou Malho) é um instrumento de trabalho braçal e pesado, em que se emprega a força. É
um instrumento só utilizado na Sessão de Iniciação. Já o seu diminutivo, o Malhete, é utilizado em todas as
Sessões pelas 3 luzes da Loja (Venerável Mestre, 1º e 2º Vigilantes). O Cinzel é o símbolo do trabalho
inteligente. É um instrumento de ferro endurecido (aço) que apresenta numa das suas extremidades a
forma pontiaguda, arredondada, ou achatada; na outra extremidade situa-se a cabeça que sofrerá os
golpes do Maço.

PARAMENTOS:

Paramentos são símbolos cuja presença no templo é absolutamente imprescindível à realização de


uma sessão litúrgica. Conhecemos como paramentos as três Grandes Luzes, sendo elas o Livro da Lei, o
Esquadro e o Compasso, sendo os dois últimos já tratados nesse trabalho, mas incluídos nas Ferramentas
de Trabalho.

No Painel da Loja de Aprendiz Maçom, incrustado no pórtico, são encontrados dois Símbolos, cujas
presença no templo também são absolutamente imprescindíveis para a realização de uma sessão litúrgica,
são eles:

O DELTA:

O Delta, a quarta letra do alfabeto grego, representado como triângulo equilátero, figura tida como
perfeita por ter seus ângulos e lados perfeitamente iguais. Para os antigos representava a providência,
velando pelos homens na tradição judaico-cristã, considera o olho inscrito num triângulo como o símbolo
de Deus.

AS LETRAS:

As letras do nome hebraico de Deus (iôd, he, vav e hé, lidas da direita para esquerda, que é o
sentido da escrita hebraica), ou pelo menos, a primeira letra iôd; isso, pelo sinal, seria o correto, nos Ritos
Teístas, embora seja mais usado no Olho Onividente, que é o mais próprio dos Ritos racionalistas, que o
assimilam ao Olho da Sabedoria, de Hórus.

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ORNAMENTOS:

Ornamentos são todos os símbolos que decoram e ornamentam o templo e não se classificam
como Ferramentas de Trabalho, joias ou paramentos. São eles: A Orla Dentada, as Quatros Borlas, O Sol, a
Lua, as Nuvens, as Estrelas, a Corda de 7 Nós, as Romãs, as Colunas B.: e J.:, os Degraus, as Três Janelas e o
Pórtico.

A ORLA DENTADA:

A Orla Dentada remete ao Amor e de União. Margeando o Pavimento mosaico, a Orla Dentada nos
representa tudo que gira e une a humanidade, a força que o Sol atrais os planetas fazendo-os orbitarem em
torno de si, a admiração que os pais trazem aos filhos os fazendo segui-los, a energia que a loja emana
fazendo com que nós queríamos no reunir periodicamente em seu seio.

AS QUATRO BORLAS:

Possui várias interpretações. Na Escola Autêntica ou Histórica, simboliza temperança, energia,


prudência e justiça. Na Escola Mística, a fé, a esperança, a caridade e a discrição; e na Escola Oculta, a terra,
a água, o ar e o fogo.

O SOL E A LUA:

No templo, o Delta Luminoso é ladeado pelo Sol e a Lua. O Sol deve estar sempre no lado onde se
encontra o Orador, pois este, na correspondência cósmica e mitológica, simboliza o Sol, ou o Deus grego
Apolo. É o vitalizador essencial, possuidor de uma generosa fecundidade. Sem ele não existiríamos. É o
princípio ativo.

A Lua deve ficar no lado onde fica o Secretário, porque este, na correspondência cósmica e
mitológica, representa a Lua, ou a Deusa grega Artêmis (Diana para os Romanos). A Lua é o reflexo do Sol.
Representa, tanto quanto o Sol, a saúde, pois recebe e reflete os raios do Sol. É o princípio passivo. No
Templo, o Sol e a Lua ficam no Oriente atrás do Venerável, indicando a simbologia de que os trabalhos no
grau de Aprendiz são abertos ao meio-dia e fechados à meia-noite.

AS NUVENS:

Quando mergulhados na vida material, valorizamos somente o que podemos ver e pegar, não
aceitando ou acreditando nas vidas subjetivas, por serem imperceptíveis. Muitas vezes, até acreditamos
nelas, mas criamos dificuldades que não existem, achamos desculpas para não seguirmos em frente, na
caminhada e desculpamo-nos dizendo não ter sido possível prosseguir por falta de tempo. Isto tudo está
representado pelas nuvens no horizonte, ao alto. Estas são moldáveis ao vento (nossa vontade) e, no
entanto, as deixamos ficar cheias de ondulações e imperfeições, que são as dificuldades que colocamos
para impedir nossa própria elevação espiritual.

Considerações: Simbolicamente no Painel da loja, as nuvens tem o significado de nos mostrar aquilo
que não podemos ver e pegar criamos motivos inexistentes para não fazer aquilo que já não queríamos
fazer, e muitas vezes atrapalhando a nossa melhoria espiritual (representada pelas nuvens cheias de
ondulações e imperfeições).

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AS ESTRELAS:

Simbolizam também a universalidade da Maçonaria, mas ressaltando na forma irregular em que são
distribuídas, que os Maçons, espalhados por todos os continentes, devem, como construtores sociais,
distribuir a luz de seus conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da
verdade.

Considerações: Representam os Maçons espalhados pelo mundo distribuindo conhecimento (Luz) à


aqueles que são privados dos mesmos.

A CORDA DE 7 NÓS:

As Cordas na Maçonaria possuem várias interpretações de acordo com o número de nós. Quando em
número de sete, representam as artes liberais, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria,
Música e Astronomia.

Considerações:

Gramática: É a parte da linguagem que nos permite afinar o nosso discurso tornando-o polido;

Retórica: É aquela que nos permite persuadir e influenciar o ouvinte;

Lógica: É aquela que permite-nos entender para com Deus e para com os outros;

Aritmética: É aquela que nos permite calcular todos os pesos e medidas, ou seja, para o Maçom
sempre se deve adicionar ao seu conhecimento, mas nunca subtrair nada do caráter do seu vizinho,
multiplicar a bondade para com seus semelhantes e dividir os seus meios (seus conhecimentos) com
aqueles em necessidade;

Geometria: É a ciência sob o qual nossa própria fraternidade é fundada, é um símbolo da nossa
retidão* e ações em relação a Deus, uns aos outros e aos nossos semelhantes;

Música: É um mistério para os Maçons, e um mistério quanto a sua conexão com a matemática, mas
como qualquer pessoa que pratica esta arte, a conexão é aparente;

Astronomia: É aquela pela qual podemos traçar a grande simetria da mão da divindade através dos
céus.

AS ROMÃS:

As romãs são frutos muito interessantes. De sabor suave e agridoce, ela possui muitas sementes
avermelhadas e unidas. Crescem em árvores que mais se assemelham a arbustos. Oval, tem na sua
extremidade inferior um terminal exatamente como uma pequena coroa. Conforme amadurece na árvore,
a romã passa do verde para o amarelo e para o vermelho, inchando tanto, que em determinado momento
ela racha e suas sementes vão para o chão, dando origem a novas árvores. Essa quantidade imensa de
sementes e a forma como ela se propaga, fez dela símbolo da virilidade masculina, da fecundidade e da
riqueza. Salomão, que a fez símbolo de seu reinado, dizia ter poderes afrodisíacos, em especial o seu sumo
e o vinho dela produzido, consumido em Israel desde os seus primórdios.
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Considerações: As Romãs simbolizam a fecundidade, a virilidade masculina e a riqueza. Elas são
sustentadas pelas colunas logo na entrada, acima do olho físico, muitas vezes ignoradas, por dar muito
trabalho em olhar para cima e sondar os mais elevados ideais que a maçonaria busca.

AS COLUNAS B:. E J:. :

Para a construção do Templo, o Rei Salomão trouxe de Tiro, um artesão de nome Hiram Abiff, israelita
por parte de pai e nephtali, por parte de mãe. Foi esse homem quem executou todos os ornamentos do
Templo de Salomão, incluindo as duas colunas construídas em bronze, que simbolicamente representavam
as duas colunas de homens que Moisés dirigiu quando da fuga dos Hebreus do Egito. No alto das duas
colunas, Hiram colocou um capitel fundido em forma de lírio. Ao redor deste, uma rede trançada de palmas
em bronze, que envolviam os lírios. Desta rede, pendiam em duas fileiras, duzentas romãs. À coluna da
direita foi dado o nome de Jaquin (Yakin) e à da esquerda, Booz. Atribui-se à coluna Jaquin a cor vermelha –
ativo, Sol ; e à coluna Booz a cor branca ou preta – passivo, Lua. O Vermelho simboliza a inteligência, a força
e a glória; o Branco simboliza a beleza, a sabedoria e a vitória. Há quem suponha que as colunas se
destinariam à guarda dos instrumentos e ferramentas dos operários, e que junto a elas estaria o local onde
os operários recebiam os seus salários. Nestas colunas, estariam guardadas ainda as espécies e o ouro com
que os operários seriam pagos. No entanto, pelo tamanho das colunas fornecido pela Bíblia, seria
impossível, em tão pequeno espaço, caberem todas as ferramentas e instrumentos, além do ouro e
espécies. Essa suposição não é sequer é suportada pela Bíblia, que em nenhum momento cita as colunas
como local possuidor de portas ou armários. 21 O Painel da Loja de Aprendiz no R:.E:.A:.A:. — A:. R:. B:. L:.
S:. Obreiros de São João Batista—169 Na tradução latina dos nomes, Yakin significa “Ele firmará” e Booz ,
“nele está a força” , ou seja “Ele firmará a força”; ou ainda, “nele está a força que firmará”, como quem
quer dizer que Nele, em Deus, está a força necessária à estabilidade, ao sucesso. Assim sendo, as duas
colunas simbolizam a presença do Senhor no Templo

Considerações: As Colunas B:. (Boaz) e J:. (Joquin ou Yaqin) significam a sustentação, ou seja, que é em
Deus que está a força necessária para a nossa estabilidade e sucesso.

OS DEGRAUS:

Além de toda simbologia e misticismo que envolve o número três, através dos ternários,
tríades e trilogia maçônica, conhecidas na Loja de Aprendiz, os três degraus representam
fundamentalmente, SABEDORIA, FORÇA E BELEZA, atributos do Venerável Mestre, Primeiro e
Segundo Vigilantes.

Considerações: Os Três degraus do Painel significam justamente a descrição que foi dada
acima: Sabedoria, Força e Beleza que são características exclusivas do Venerável Mestre, Primeiro
Vigilante e Segundo Vigilante.

AS TRÊS JANELAS:

Significam que os Profanos não têm acesso ao Templo, e que os Aprendizes, durante seus
estágios nesse Grau, dele não podem se ausentar, daí os significados das grades nessas janelas.
Simbolizam o itinerário do sol em seu curso diário. A Janela do Oriente permite a passagem da luz
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da aurora, tão suave e agradável que induz os Obreiros ao trabalho, daí a razão do Venerável
Mestre tomar assento no Oriente. Pela Janela do meio-dia passa a luz do meridiano, cujo calor
intenso convida à recreação; ao meio-dia tem assento o Segundo Vigilante, a quem cabe observar
o sol no meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e manda-los à recreação. Pela Janela do
Ocidente entra a luz do sol poente, já enfraquecida, que convida à oração e ao repouso. No
Ocidente toma assento o Primeiro Vigilante, a quem cabe solicitar o encerramento dos Trabalhos.

Considerações: As Três Janelas representadas no Oriente, ao meio-dia e no Ocidente,


simbolizam a passagem do Sol em seu curso diário. No Oriente induzindo os obreiros ao trabalho,
ao meio-dia chamando-os a recreação e no ocidente convidando-os ao repouso e a oração.

O PÓRTICO:
No centro do Painel do Aprendiz, vê-se uma Porta, situada entre as Duas Colunas, representando a
Porta do Templo. Este Templo, por ser cópia do Templo de Salomão, é construído em formato retangular e,
estando o Venerável sempre colocado no Oriente e em lado oposto à entrada, conclui-se que a Porta do
Templo se situará sempre no lado do Ocidente. Por isso, é frequentemente denominada de Porta do
Ocidente.

Considerações: O Pórtico é a Porta de Entrada, localizada sempre no lado ocidente do tempo.

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BIBLIOGRAFIA

VIANA, Bruno Agusto, O Painel da Loja da Aprendiz NO R:. E:. A:. A:.. Belo Horizonte, MG. 28 de Abril
de 2020.

TAHA, Yassin, DEP. Federal GOB, Loja Perseverança 0159 – Paranaguá – PR, Folha do Litoral, 9 de
Novembro de 2019.

JUNIOR, Raymundo D'Elia, Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz, São Paulo: Madras 2007.

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