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À GL DO GR ARQ DO UNIV

AUGRESPGRBENCINQLOJA SIMBPAN-AMERICANA Nº. 13


Fundada em 18 de junho de 1949
Sob os auspícios da Soberana Grande Loja Maçônica de Pernambuco

APRESENTADO POR: Irmão André Luis Calandrini - A M

Oriente de Recife, 23 de agosto de 2018.


À GL DO GR ARQ DO UNIV

AUGRESPGRBENCINQLOJA SIMBPAN-AMERICANA Nº. 13

VM
Ir1º VIG
Ir2º VIG
DEMAIS Ir

Trabalho sobre a Primeira Instrução do Grau de AM

Conteúdo: Painel da Loja de Aprendiz

A Primeira Instrução nos faz ver a riqueza do simbolismo utilizada na Maçonaria, principalmente
através do painel da Loja de Apr Maçom.
Nos mostra que, como na antiguidade, a maçonaria utilizava muitos símbolos para ocultar dos
profanos seus segredos, revelando somente aos pinçados, seus ensinamentos.
É nos dito que, sendo o primeiro grau, o alicerce da filosofia simbólica, compete ao Apr
Maçom o trabalho de desbastar a pedra bruta, transformando-a em pedra polida, que nada mais
é que, através dos ensinamentos, ocorre a nossa transformação, isto é, furtarmos de nossos
vícios e defeitos para nos aperfeiçoar moralmente.
A Pedra Bruta tem como finalidade o trabalho do Apr desbastando-a, talhando-a até que seja
julgada Polida pelos Mestres da Loja.
A Pedra Bruta é o material retirado “in natura” da jazida, até que, pelo trabalho constante do
obreiro, fique na forma ideal para poder ser usada na construção do edifício. Representa o
estado bruto, áspero e despolido até que pelo cuidado e instrução dos Mestres torne-se um
ente Culto, capaz de fazer parte da Sociedade.
A Pedra Polida ou Cúbica é o material finalmente pronto, trabalhado, de linhas e ângulos
retos, que o Compasso e o Esquadro mostram que foi talhada de acordo com as exigências.
Representa o saber do homem no fim da vida, quando o aplicou em atos de piedade e virtude,
verificado pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da consciência esclarecida.
São fixas por permanecer imóveis em Loja, como um Código de Moral, aberto para a
compreensão de todos os Maçons.
Para isso usamos o Maço, e o Cinzel, para depois de transformada a Pedra Bruta em Pedra
Polida, ou seja, depois de nossa transformação, poder trocar por outras ferramentas para galgar
a escada hierárquica da Maçonaria.
O Maço, que tem por serventia descarregar golpes, representa o poder ou a força. Nos ensina
que a habilidade sem a razão é de pouca serventia e que o trabalho é uma obrigação do
homem. Ensina ainda que o coração conceberá e o cérebro projetará, mas se a mão não estiver
preparada o trabalho não será executado. À medida que a inteligência do homem se desenvolve
se apodera dos Maços da Natureza e faz com que as energias naturais o sirvam. Sendo assim
nos mostra que este poder é ilimitado, uma vez que dentro de nós existe uma reprodução do
Grande Arquiteto do Universo cujo poder é onipotente.
O Cinzel, nos ensina que a educação e a constância são necessárias para se chegar à
perfeição, nos tornando polido depois de retumbantes e repetidos esforços. Ensina ainda que
a virtude, a iluminação da inteligência e a purificação da alma somente são obtidas pelo esforço
árduo de aprimoramento, para o qual ele é a principal ferramenta.
Podemos entender que o Maço e o Cinzel servem para derrubar nossos obstáculos e superar
nossas dificuldades.
A Régua de 24 Polegadas, usada para medir e delinear os trabalhos pelos Maçons operativos,
media também o tempo e o esforço a despender; porém, para os Maçons LIVRES E ACEITOS
a Régua de 24 Polegadas ensina considerar as 24 horas em que o dia está dividido utilizando-
as equilibradamente para meditação, trabalho e descanso físico e espiritual; por este motivo
este Instrumento é o fundamental para o Aprendiz.
A Loja deve ter um formato quadrilongo, com comprimento do Oriente ao Ocidente, com largura
do Norte ao Sul e altura do Zênite ao Nadir (da Terra ao Céu). Simbolizando a universalidade
da instituição, mostrando também que a caridade não deve ter limites.
Sua orientação é do Oriente ao Ocidente por vários motivos: o Sol, a glória maior do GAD
U nasce no Oriente e finda no Ocidente; do Oriente também vem a civilização e a ciência e
por último, a doutrina do Amor e da Fraternidade, bem como o cumprimento das Leis também
vieram do Oriente.
O sustentáculo da Loja é feito por três Colunas, a Sabedoria (Jônica), a Força (Dórica) e a
Beleza (Coríntia). A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, a Força deve nos animar
a sustentar nossas vicissitudes e a Beleza deve adornar nossas ações, nosso caráter e nosso
espírito. Estas colunas também representam Salomão pela Sabedoria, Hiram pela Força e
Hiram Abif pela beleza. Sabedoria, Força e Beleza também são conceitos de virtudes morais
que todo o homem deve ter, principalmente o maçom, representando a Fé, a Esperança e a
Caridade.
As-Colunas-do-Templo-(J-e-B)

As colunas mais notáveis, principalmente para nós maçons, são aquelas que o Rei Salomão
mandou construir na entrada do Templo de Jerusalém. O trabalho foi realizado por HIRAN ABI,
artífice de Tiro (Era filho de uma viúva de Nephtali, mas seu pai era Tírio e trabalhava o bronze),
foi quem construiu as colunas, ambas eram ocas e foram fundidas em bronze, em moldes
escavados no chão, usando métodos desenvolvidos pelos assírios no tempo de Senaquibabe.
Cada coluna tinha 18 côvados de altura e seu diâmetro se media com um fio de 12 côvados e
eram encimadas por um capitel de 5 côvados ricamente trabalhado. Sua altura no sistema
métrico, incluindo-se o capitel, correspondia a aproximadamente dez metros e meio, cinco
metros e meio de diâmetro. Tais especificações são descritas no I Livro de Reis (VII-15.16). Os
capitéis eram ornados com redes de malhas e grinaldas em forma de cadeias (correntes). Havia
sete grinaldas para cada capitel. Ao redor das malhas, foram colocadas duas fileiras de romãs,
cada fileira com cem romãs, totalizando duzentas em um capitel. Todo o conjunto que encimava
cada uma das colunas tinha o formato de lírios, até a altura de quatro dos cinco côvados de
altura de cada capitel. Os lírios representavam a beleza das mulheres e as romãs, a potência
do homem sustentada pelo vinho afrodisíaco das romãs. Diversos autores dizem que em todos
os tempos, a romã foi o símbolo de fecundidade, de abundância de vida, os grãos da romã,
reunidos em uma polpa transparente, simbolizam os homens unidos entre si por um ideal
comum.
As colunas estavam do lado externo da edificação, e foram chamadas de Jachin e Boaz,
respectivamente à direita e à esquerda. Esses nomes representam uma homenagem aos
ancestrais de David e Salomão.

JAQUIM e BOAZ, assim denominadas as duas colunas no pórtico do templo.


Nomes de dois personagens bíblicos, até certo ponto inexpressivos, JAQUIM aparece como
quinto filho de Simeão, um dos doze filhos de Jacó. BOAZ encontrado no livro de Rute, com
quem se casou, era rico proprietário de terras em Belém, fazendeiro benevolente, preocupado
com o bem-estar de seus empregados tendo grande senso de responsabilidade familiar,
descendente da linhagem genealógica direta da ascendência de Davi e Salomão.
JAQUIM–Jah(Deus)+Achin(Consolidar)=“Deus-Consolidou”
BOAZ–Beth(em)+Oaz(força)=“Com-Força”
“Deus consolidou (o templo) com força (solidamente)”
O Teto da Loja Maçônica representa a Abóbada Celeste com seus vários graus de iluminação.
No interior da Loja, encontramos Ornamentos, Paramentos e Joias.
Ornamentos:
O Pavimento Mosaico, seus quadrados pretos e brancos representam o antagonismo de todas
as coisas da natureza, onde tudo reside em harmonia. Tudo foi criado para viver em perfeita
harmonia, não devemos olhar as diversidades como as cores e raças, o antagonismo das
religiões e crenças tudo deve nos levar a ver somente que foram criadas para viver na mais
íntima e perfeita Fraternidade.
A Orla Dentada, representa com seus múltiplos dentes, os Planetas que gravitam em torno do
Sol, os povos reunidos em volta de um chefe, os filhos reunidos em volta dos pais, os Maçons
unidos e reunidos no seio da Loja para aprenderem princípios morais e espalhá-los aos que
nos cercam, independentes de maçons ou profanos.
As Grandes Luzes da Loja são representadas pelo Livro das Leis, o Compasso e o Esquadro.
O Livro das Leis representa o código moral, a Fé que cada um tem e segue, comumente
representado pela Bíblia para os cristãos, o Alcorão, o Torá, enfim, todo e qualquer Código
Moral usado por cada um de nós.
A Estrela Flamígera, é um pentagrama, ou seja, uma estrela composta por cinco retas e que
possui cinco pontas.
Também conhecida como Estrela Flamejante ou Estrela Flamante ou Estrela Homonial. O seu
sentido mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto flamejante foram imaginados pelo
teólogo, médico e cabalista Cornélio Agrippa de Nettesheim (1486-1533), professor em diversas
cidades europeias. Dizia ele: “a magia permite a comunicação com o superior para dominar o
plano inferior. Para conquistá-la seria necessário morrer para o mundo (iniciação)”.
Paramentos:
O Compasso e o Esquadro, mostrados sempre unidos em Loja, representam a medida justa
que deve guiar nossas ações, que não podem se afastar da justiça e da retidão de nossos atos.
As pontas do Compasso, ocultas pelo Esquadro significa que o Apr Maçom, trabalhando na
Pedra Bruta, não deve fazer uso daquele enquanto sua obra não estiver perfeitamente acabada,
polida e esquadrejada.

As Joias da Loja são três móveis e três fixas.


As Joias móveis são o Esquadro, o Nível e o Prumo, são chamadas de móveis pois são
transferidas a cada mandato para os novos Administradores, o Venerável, o Primeiro Vigilante
e o Segundo Vigilante.
Esquadro - usado pelo Venerável Mestre, representa a retidão que o mesmo deverá ter em
seus trabalhos e sentimentos perante seus obreiros em Loja.
Nível - Decorativo do Primeiro Vigilante, tem em sua simbologia o Direito Natural, que é a base
para a igualdade social e que dele derivam todos os Direitos.
Prumo - Orna o Segundo Vigilante e simboliza o desapego ao interesse ou à afeição no trato
com os obreiros.
As joias fixas são a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Polida.
A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar o caminho que o Apr Maçom
deve trilhar para seu aperfeiçoamento. A Prancheta é também a chave do Alfabeto Maçônico.
Minha Iniciação:
Não poderia deixar de citar em minha primeira instrução, a minha iniciação, momento marcante
e muito importante em minha vida como SER HUMANO.
Nela foi onde percebi que estava indo por um caminho completamente oposto ao que se refere
nossa filosofia. Foi nela que vi e percebi que os valores adotados por mim em tudo na minha
vida até aquele dia, eram totalmente equivocados.
Pude sentir e viver que ali naquele momento morreria um profano e nascia um MAÇOM com
valores de Honra, Família, Igualdade, Amor ao próximo, Tolerância e Caridade, que são alguns
dos verdadeiros valores que devemos cativar dentro de nós meus irmãos.

Pablo Neruda, famoso poeta chileno, dizia: “Escrever não é tão difícil. É só começar com
uma letra maiúscula e terminar com um ponto final. No meio, você coloca ideias”.

“Que o GAD U esteja sempre conosco, nos guardando de todo o mal.”

Oriente de Recife, 23 de agosto de 2018.


André Luis Pinto Guedes Calandrini
Apr M

Bibliografia:
Da Camino, Rizzardo. “O Delta Luminoso”. Editora Aurora, 1973.
Nogueira Filho, Samuel. “Maçonaria, Religião e Simbolismo”. Traço Editora, 1984.
Newton, Joseph Forton. “The Builders”. Phoenix Masonry, 2005.
Pike, Albert. “Moral e Dogmas do Rito Escocês Antigo e Aceito”, tradução livre, 2006.
Street, Oliver Day. “Symbolism of the Three Degrees”. Phoenix Masonry, 2007 – contribuição
do Ir.’. Ralph Omholdt.
Ritual de Aprendiz – Rito Escocês Antigo e Aceito – 1928; Ensinamentos da Apresentação dos
Painéis Simbólico e Alegórico Da Loja de Aprendiz pelo Ir Guerra;

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