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O PAINEL SIMBÓLICO DO GRAU DE COMP.`.

“Daí não sabemos o porquê de se colocar Três Painéis num Ritual do Rito
Escocês, do Segundo Grau, se não se ensina nada sobre eles – com a
agravante ainda maior, quase não se faz Sessões no Grau de
Companheiro”.

Assis Carvalho (04/10/1934 – 03/11/2002)

I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A ausência de um Painel entapetado no centro do piso mosaico torna


incompleta uma L.'. M.`.. A sua presença é indispensável durante a realização
da Reunião. Não é para menos, porquanto o Painel representa um estandarte,
ou insígnia, no qual os símbolos apropriados ao respectivo Grau estão
gravados para serem estimados, compreendidos e respeitados. É, pois, ritual
inevitável estendê-lo no início da sessão e enrolá-lo no final dos trabalhos.

Esta preocupação provém dos idos tempos da Mac.`.. A bem da verdade,


quiça nesta época, a representatividade do Painel fosse ainda mais
significativa, pois os primitivos maçons desenhavam os símbolos do Painel no
chão, vivificando-os a cada início do encontro e ocultando-os, para sua
preservação, ao final. Isto porque, nesta ocasião, inexistiam os Templos M.`.,
assim 1º Experto era obrigado a riscar no centro dos Varandões dos canteiros
de obras, a giz ou a carvão, o desenho das ferramentas dos MM.'. Operativos
e das Colunas e Pórtico encontrados nas ruínas do Templo do Rei Salomão.
Paulatinamente, estes Símbolos foram sendo desenhados, pintados ou
bordados permanentemente em um pedaço de pano, lona e tapetes que
receberam o nome de Painel.

Há 262 anos, de acordo com fontes históricas confiáveis, pôde-se, pela


primeira vez, ver impresso nos livros do Abade Gabriel Luiz Calabre Perau
(1700-1767) o mais antigo Painel Maçônico. Este guardava características
peculiares, porquanto reunia símbolos e ferramentas tanto de Aprendiz,
como de Companheiro. Por este motivo, era identificado como Painel Misto
(Aprendiz-Companheiro) ou conjugado, tal como publicado no Livro de
Revelações (Exposures): primeiro, com o título de “Les Secretes des Francs-
Maçons” (Os Segredos dos Franco Maçons, 1742 - 1a. Edição, Amsterdã) e, em
1745, numa 2a Edição do mesmo livro, com o título de “L’Ordre des Francs-
Maçons Trahi” (A Ordem dos Franco Maçons Traída). Este Painel já contava
com a presença de: Est.'. Flam.'., Letra “G”, Trolha, Globo, Pedra de Afiar,
Luminárias (Sol e Lua) e as Letras J e B.

É certo que o Grau de Comp.`. conta com o maior número de Painéis,


comparado com os demais Graus. Apenas a título de exemplo, além do
Simbólico do 2o Grau que é objeto deste trabalho, podemos mencionar ainda
outros dois: Painel de Harris (Alegórico), no qual observa-se a Fonte de Água
Corrente e a Espiga, as Duas CCol.'. Vestibulares, a Escada em Caracol e a
Câmara do Meio; e Painel da Loja de Com.'., no qual estão representadas as
Sete Artes, as Ciências Liberais e as Cinco Nobres Ordens de Arquitetura.

No entanto, optamos por elaborar um estudo comparativo entre o Painel


Conjugado e o Simbólico do Grau de Comp.`. atualmente praticado em nossa
Ordem. Objetivamos com isto confrontar o passado com o presente, na
tentativa de produzir efeitos instrutivos relevantes com elevado conteúdo
explicativo.

III. ANÁLISE COMPARATIVA

Assim, comparando os Painéis Misto e Simbólico do 2º. Grau, é possível traçar


o seguinte quadro:

No Painel Simbólico, consta uma orla denteada que contorna todo o retângulo
que o constitui, presente também no Painel Conjugado. Esta orla simboliza a
união fraterna que deve existir entre os homens. No ponto médio de cada
uma de suas faces, encontramos as marcas dos quatro pontos cardeais. Em
suas junções, também observamos uma Trolha – vista no interior tanto do
Painel Misto, como do Painel Simbólico; porém, neste na Col.'. do N.'. e
naquele na Col.'. do S.'., simbolizando a indulgência e o perdão;

Na parte superior do retângulo que compõe ambos os Paineis, há


representação de uma corda com três (ao invés de cinco) nós, terminada por
uma borla. Somente na Maç.'. Especulativa é que apresenta significado,
como, por exemplo, os “três laços de amor” ou a imagem da união fraterna
entre IIr.'.;
As Sete estrelas, que representam as sete Ciências Liberais, são
representadas apenas no Painel Simbólico;

Ainda na parte superior e à direita do Painel Simbólico, há o desenho da


Prancheta de traçar ou Prancheta da L.'., que constitui uma das três jóias
fixas da L.'. de M.`.. Diferentemente, no Painel Conjugado, não a observamos
representada da mesma maneira que a anterior, isto é, pelas cruzes
quadruplas e de Santo André;

As duas luminárias (Sol e Lua) estão representadas de forma semelhante nos


dois Painéis. Ou seja, o Sol à esquerda e Lua à direta (como no R.'. E.'. A.'.
A.'.). Entretanto, pode haver Painel que os representem posicionados de
forma diferente. Isto quer dizer que há Painéis diferentes para Ritos
distintos;

No Painel Misto, o Esquadro está presente na parte inferior do retângulo e o


Compasso na parte superior; portanto, não sobrepostos. No Painel atual do
grau de companheiro e no nosso rito os vemos entrelaçados com a haste
esquerda livre direcionada à Col.'. do S.'.. Outra diferença é a presença, no
Conjugado, da letra “G” em destaque, no centro do retângulo e distanciada
da Est.'. Flam.'.; ao passo que, hoje, em nosso Ritual, estão representadas
formando um único conjunto;

Do lado direito, na parte superior, média e inferior do retângulo que compõe


o Painel Misto observamos três janelas: uma entre o Comp.'. e a Est.'., outra
abaixo do Pórtico e acima do Esq.'. Ambas alinhadas medial e
longitudinalmente. A terceira janela é observada na Col.'. do S.'. (no seu
ponto médio). De forma um pouco diferente, no Painel Simbólico, uma das
três janelas se encontra na parte superior do retângulo, alinhada com a Col.'.
do S.'.. As duas outra são vistas, uma na parte média desta Col.'. e outra na
parte inferior do retângulo. Simbolicamente temos qu a luz forte qu vem do
o Oc.'.(acima do quinto degrau). De forma pouco diferente, no Painel
Simbólico, a terceira janela está no início da Col.'. do S.'.. Simbolicamente
temos que a Luz forte que vem do Or.'. é fraca na Col.'. do S.'. e escassa no
Oc.'., mas ausente a luminosidade solar na Col.'. do N.'., onde estão os
AApr.'.;

Ainda na Col.'. do S.'. do Painel Simbólico vemos uma espada simbolizando a


5a viagem. Ferramenta não encontrada no Painel Conjugado. Observa-se,
ainda neste último, superior e inferiormente, três tocheiros ou candelabros:
dois na parte inferior direita e esquerda do retângulo e um terceiro em sua
parte superior direita;

Inferiormente, delimitando o Pórtico do T.'. no Painel Misto, encontramos


duas CCol.'. com as letras “J” e “B” externamente ao lado. No Painel
Simbólico, ao contrário, estas letras se encontram grafadas nas CCol.'. e de
forma invertida, isto é, “B” à esquerda e “J” à direita;

Em ambos os Painéis vê-se o Pórtico do T.`. ao fundo e entre as CCol.'..


Entretanto, no Painel Misto, esta representação se dá de forma um pouco
diferente, ou seja, em uma linha central do retângulo inferiormente à letra
“G”, centralizada e abaixo de um triângulo suspenso por quatro CCol.'.
Curiosamente, aqui também se encontra a representação de três portas: uma
logo acima dos sete degraus, outra no ponto médio da borda lateral do
retângulo e ainda uma no ponto médio da linha superior desse retângulo à
frente do trono do V.'. M.'. ;

Na extremidade inferior do retângulo, vemos a representação sobre o chão da


L.'., reproduzida pelo Pav.'. Mos.'., ao lado de cada uma das CCol.'., da P.'.B.'.
e da P.'.C.'.. Estas P.`. são observadas no Painel Conjugado alinhadas na Col.'.
do N.'., sendo que a P.'.B.'. está superior e a P.'.C.'. inferior;

O Maço (Malho) e o Cinzel (Escopro) são representados em uma peça única


quando se observa o Painel Misto, posicionados inferiormente junto e
medialmente à Col.'. do N.'. Diferentemente, no Painel Simbólico, os vemos
como peças individuais, mas postados entre si de forma cruzada, e
posicionados inferior e lateralmente à Col.'. do N.'.;

O Nível e o Prumo encontram-se representados, respectivamente, nas CCol.'.


do N.'. e do S.'. do Painel Misto. Já, no Painel Simbólico, os vemos no centro
do Painel, mas com a mesma correspondência; ou seja, Nível à direita e
Prumo à esquerda.

Em ambos os Painéis, o chão da L.'. está representado por um Pav.'. Mos.'. em


diagonal;

Uma Alavanca entrecruzada com uma Régua é representada na Col.'. do N.'..


Não sendo observada, assim como a Régua, no Painel Conjugado;

No Painel Misto, podemos ver a representação de uma Esfera medialmente


alinhada com outros símbolos. Entretanto, no Painel Simbólico, encontramos
duas Esferas posicionadas no topo de cada uma das CCol.'. “J” e “B”: uma,
representando a Terra (Col.'. “B”) e a outra representando o Céu (Col.'. “J”).

Na parte inferior de ambos os Painéis estão representados os degraus: cinco


no Painel Simbólico e sete no Painel Misto.

III. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Eis essencialmente as comparações possíveis de se formular entre o Painel


Misto e o Simbólico, dos quais nota-se pontos de contato e diferenças.
Procuramos esta linha de pesquisa, pois sabíamos que surtiriam efeitos
pretendidos; e, de fato, surtiram. A contribuição proporcionada por este
trabalho comparativo à nossa cultura maçônica foi significativa, já que
alcançamos algumas conclusões de suma relevância. Sem esgotar todas, três
nos parece importantes para, por ora, nos atermos.

A primeira delas nos ensina a evolução dos símbolos sem desconciliar-se com
a tradição. Do Painel Misto ao Simbólico, nota-se claramente o
enriquecimento simbólico, tanto assim é que houve a desvinculação dos
Graus. Os AAp.`. e os CComp.`. conquistaram seu próprio Painel; por
conseguinte, os respectivos símbolos tornaram-se mais ricos e detalhados,
sem, contudo, perder a essência da tradição simbólica destes Graus.

Notamos ainda o poder de criação do homem para ampliar as


representatividades do Painel. No Misto, inexistem, por exemplo, as sete
estrelas. No entanto, quão os M.`. se desenvolvem no estudo deste símbolo?
É imensurável; e hoje, no Painel Simbólico, temos à disposição o poder desta
imensidão de significados. Por meio destes símbolos, podemos estudar a
representação das Ciências Liberais, com toda sua extensão de valores.

Este ensinamento nos leva a outro, tão ou mais relevante: “Símbolo estático
é símbolo superado na Maçonaria” (Trolha, 2002, p.45). De fato, a simbologia
é rica em significados, e são estes que, a nosso ver, influem diretamente na
necessária vivacidade dos símbolos, propulsando a evolução, com o cuidado -
a se ter sempre - de não romper com as tradições.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

ASLAN, Nicola. Grande Dicionário de Maçonaria e Simbologia. Londrina/PR,


Ed. A Trolha, 1996, 4v.

BELTRÃO, Carlos Alberto Baleeiro. As Abreviaturas na Maçonaria. São Paulo:


Madras Editora, 1999.

CARVALHO, Assis. Companheiro Maçom, 2a ed., Londrina/PR, Ed. A Trolha,


1996.

CARVALHO, Assis. Símbolos Maçônicos e Suas Origens. Londrina/PR, Ed. A


Trolha, 1996.

CARVALHO, Assis. Instruções para Loja de Companheiro: REAA. 4a ed.,


Londrina/PR, Ed. A Trolha, 2002.

CASTELLANI, José e RODRIGUES, Raimundo. Cartilha do Companheiro, 2a ed.,


Londrina/PR, Ed. A Trolha, 2002.

GRANDE ORIENTE do BRASIL Ritual – 2o Grau – Companheiro. Brasília, DF,


2001.
PAINEL DE COMPANHEIRO - PARTE
1

Como no grau de AA.'., no de CC.'. as Instruções são de grande


importância para completar CONHECIMENTOS indispensáveis, pois
proporcionam aos Maçons, cônscios de seus deveres, o ensejo de
apura rem seus estudos. Havendo CC.'. em Loj.'., o V.'. M.'., ao
terminar os Trabalhos de AA.'., passará aos de CC.'. ou pedirá ao M.'.
de CCer.'., para fazer os AA.'. cobrirem o Templo, temporariamente,
até que passe as Instruções aos CC.'. Assim, não haverá necessidade
de Reuniões extraordinárias para esse fim.

Os CONHECIMENTOS dados aos CC.'. pretendem proporcionar a


eles, na medida de suas aspirações, concorrer para o PROGRESSO
da HUMANIDADE, que é o fim principal de nossa Instituição.
Começaremos explicar o Painel da Loj.'. de CC.'., isto é, o traçado dos
meios postos a sua disposição, para que caminhem em direção à
Perfeição, exigida para seu Trabalho.

 O que, ao entrarem no Templo de Jerusalém, prendia a


atenção dos CC.'.?

Como todos sabem, foi empregado um número imenso de OObr.'. na


construção do Templo de Salomão. Eram, na maior parte, AA.'. e CC.'.
Os AA.'. recebiam, semanalmente, uma ração de trigo, vinho e azeite;
os CC.'. eram pagos em dinheiro, que recebiam na C.'.do M.'. do
Templo. Para aí, entravam através de um Pórtico, do lado do Sul. Ao
passarem por esse Pórtico, sua atenção era particularmente
despertada por duas grandes CCol.'.; denominadas: B.'., significando
FORÇA e J.'., significando APOIO.

A altura dessas CCol.'. era de 35 côvados e a circunfe rência de 12.


Eram ocas a fim de servirem de arquivo para a Fraternidade, pois
dentro delas, depositavam-se os registros constitucionais. Suas
paredes tinham a espessura de 4 polegadas. Essas CCol.'. foram
feitas de bronze, nos terrenos argilosos das margens do Jordão, entre
Succoth e Zeredatha, onde Salomão ordenara que fossem fundidos
todos os vasos sagrados.

Encimando as CCol.'., viam-se Capitéis de 5 côvados de altura,


cercados por delicado rendilhado de bronze e ornados de Lírios e
Romãs.

O Rendilhado, pela conexão de suas malhas, significa Unidade,


União, Harmonia. Os Lírios, pela alvura, simbolizam Pureza,
Castidade, Inocência. As Romãs, pela exuberância de suas sementes,
Abundância, Fertilidade. Além disso, as CCol.'. eram encimadas por
duas Esferas, uma representando o mapa do Globo Terrestre e outra
o do Globo Celeste, ambas assinalando a Universalidade da Maçon.'..

Painel de Companheiro - Parte 2


- PAINEL DE COMPANHEIRO -
PARTE 2 -
As CCol.'. B.'. e J.'. foram colocadas à Entrada do Templo, como
recordação aos filhos de Israel, da Col.'. de fogo que os iluminou na
fuga da escra vidão egípcia e das nuvens que os ocultaram do Faraó
e das tropas en viadas para capturá-los.

Assim, quando entrassem no Templo, para celebrar o culto, eles


teriam sempre, diante dos olhos, a Lembrança da Redenção de seus
antepassados. Depois de passarem por entre essas CCol.'., os nossos
antigos IIrm.'. chegavam ao pé de uma ESCADA em CARACOL, cuja
Ascensão lhes era obstada pelo 1º Vig.'., que lhes exigia o S.'., o T.'. e
a P.'. de P.'. dos 1º e 2º Grau.

 Que significação tem a P.'. de P.'.?

Significa ABUNDÂNCIA e está representada, no Painel da Loj.'. do 2º


Grau, por uma espiga de Trigo, junto de uma queda d'água. A P.'.
Sch.'., teve sua origem na época em que um exército dos efrainitas
atravessou o rio Jordão, para combater Jefté, famoso general gleadita.
O pretexto dessa desavença foi não terem os efrainitas sido
convidados a participarem da honra da guerra amonita. Sua
verdadeira causa, porém, foi a captura dos despojos, de que, em
conseqüência dessa guerra, Jefté e seu exército se tinham apoderado.

Os efrainitas, muito embora tidos como um povo turbulento e


sedicioso, só romperam as hostilidades em virtude de pesados
insultos que lhes dirigiam os gleaditas. Daí, jurarem exterminá-los.
Jefté, tentou, por todos os meios, apaziguá-los; vendo, porém, que
isso era impossível, avançou com seu exército e, dando-lhes combate,
derrotou-os e os afugentou.

Para tornar decisiva a vitória, precavendo-se contra futu ras


agressões, Jefté enviou destacamentos para guardar as passagens do
Jordão, por onde os insurretos deveriam forçosamente fugir para seu
país. Deu ordens severas para que fosse executado qualquer fugitivo
que por ali passasse e se confessasse efrainita. Aqueles que
negassem ou usassem de subterfúgios, seriam obrigados a pronunciar
a P.'. Sch.'. Os efrainitas, por defeito vocal, próprio de seu dialeto, não
pronunciavam Sch.'., mas Si.'.

Deste modo, a ligeira diferença de pronúncia descobriria a


nacionalidade e custar-lhes-ia a vida. Diz a bíblia, que morreram, no
campo de batalha e nas margens do Jordão, 4.000 efrainitas e, como
Sch.'. foi, então a P.'. que serviria para distinguir amigos de inimi gos,
resolveu Salomão, adotá-la como a P.'. de P.'. dos CC.'.. Por isso,
depois de nossos antigos IIrm.'. darem a P.'. de P.'. ao Vig.'., este
dizia-lhes: - Passe, Sch.'..

 Com essa permissão, para onde se dirigiam os CC.'.?

Subiam a ESCADA em CARACOL, constituída por 3, 5 e 7 ou mais


degraus porque TRÊS governam a Loj.'.; CINCO a constituem e SETE
ou mais a tornam PERFEITA.

Os TRÊS que governam a Loj.'., são o V.'. M.'. e os VVIG.'..

Os CINCO que a constituem são os TRÊS que a governam e mais


DOIS CC.'..

Os SETE que a tornam perfeita, são DOIS AA.'., adicionados aos


CINCO que a constituem.
TRÊS governam uma Loj.'., porque TRÊS foram os MM.'. MM.'. que
presidiram a construção do Templo de Jerusalém:

o Salomão, rei de Israel;


o Hiram, rei de Tiro
o Hiram Abif.

CINCO constituem a Loj.'., em consideração às CINCO Ordens


Nobres da Arquitetura:

o Toscana
o Jônica
o Dórica
o Coríntia
o Compósita.

SETE ou mais a tornam perfeita, porque Salomão gastou mais de sete


anos na construção, acabamento e consagração do Templo de
Jerusalém.

Há, também, neste número, uma alusão às SETE Artes e Ciências:

o Gramática
o Retórica
o Lógica
o Aritmética
o Geometria
o Música
o Astronomia.

Painel de Companheiro - Parte 3


- PAINEL DE COMPANHEIRO -
PARTE 3 -
Depois de terem subido a Escada em Caracol, atingido seu cimo,
nossos Antigos IIrm.'., se encontravam diante da Câm.'. do Meio, cuja
Porta, embora aberta, estava simbolicamente fechada pelo 1º Vig.'.,
para todos os que estivessem abaixo do Grau de C.'.. Depois de
darem o S.'., o T.'., as PP.'. e outras provas convincentes de que eram
CC.'., o 1º Vig.'. dizia-lhes: - Passe, Sch.'..

 O que observavam os CC.'. na Câm.'. do Meio?

Chegando na Câm.'. do Meio do Templo, sua atenção era despertada


por caracteres hebraicos, que atualmente, são representados em
Loj.'., por um triângulo Eqüilátero, tendo no centro a letra IOD, G ou o
Olho que tudo vê, representando a Vontade Cósmica, a quem
respeitamos e do qual buscamos o Conhecimentos. Há, ainda, outras
interpretações destes emblemas.

 E a Escada em Caracol?
A LENDA da Escada em Caracol pode, também, ser considerada
como Alegoria, na qual os jovens, tendo passado a Adolescência
como AA.'. e a idade adulta como CC.'., tentam, ousadamente,
avançar e subir, apesar do caminho tortuoso e da subida difícil, na
esperança de, pela Diligência e pela Perseverança, chegarem à idade
MADURA como MESTRES ESCLARECIDOS.

Nossos Antigos IIrm.'., foram OObr.'. de pedra; isso, para eles, era um
Trabalho ambicionado, uma obrigação religiosa e a maravilhosa
habilidade que possuíam, revela-se, ainda hoje, nas monumentais
construções do Velho Mundo. Essa PERFEIÇÃO, porém, só era
conseguida depois de longo e acurado ESTUDO. Eles viam, por toda
a Natureza, o IDEAL a que se esforçavam atingir, na confecção e no
acabamento de seus Trabalhos. Por essa razão, faziam da Geometria,
seu Principal Estudo, para que pudessem dar, a cada detalhe de sua
OBRA, as devidas proporções. Desde então, a Geometria ficou sendo
o estudo mais acurado que devem fazer os CC.'. e que será sempre
de grande valia, qualquer que seja sua aplicação.

Do mesmo modo que nossos Antigos IIrm.'. hauriam aspirações da


Natureza, eu vos aconselho a estudardes nesse grande livro,
perscrutando-lhe seus mais profundos recessos e esforçando-vos em
desvendar seus Mistérios, até que, ajudados pela LUZ da Razão e da
Ciência, possais Vencer as inúmeras Dificuldades encontradas em
vosso Caminho.

Possa vosso Espírito enriquecer-se com Tesouros extraídos das mais


puras Fontes do Conhecimento, da Justiça e vosso Coração, encher-
se de amor por todas as coisas que, com Infinita Sabedoria, estão
criadas.

Estudai com Paciência, IIrm.'. CC.'., para que, um dia, perfeitamente


Instruídos sobre os Mistérios do 2º Grau, participeis da Câm.'. do
Meio.

EXEMPLOS DE PERGUNTAS PARA


O EXAME DE 2º GRAU -

1 - Porque o Comp usa o avental com a abeta abaixada ?

Porque já desbastada a Pedra Bruta o Comp não tem necessidade


de se proteger dos cascalhos e porque esotericamente o Ternário
(abeta), representa o espírito que já penetrou no Quaternário
(retângulo), que é a matéria.

2 - Pode o Comp sentar-se na Coluna do Norte ?

O lugar do Comp em Loja é no topo da Col do Sul, mas se for


necessário completar um cargo na composição da Loja, ele poderá
ocupar um cargo seja na Col do Norte como na Col do Sul, mas
em hipótese alguma poderá subir no Or

Também, se a palavra à bem da Ordem, se encerrou na Col do Sul,


e ele precisar falar, com prévia autorização do 2o Vig , poderá se
dirigir à Col do Norte

3 - Como é dada a P S e por que é assim ?

O Comp não precisa soletrar a PS porque ele não é mais


ignorante, já conhece os primeiros elementos da Ciência Iniciática,
não sendo necessário ser guiado e pode-se-lhe pedir que dê antes de
receber a primeira sílaba.

4 - O que é lido no L da L na Abertura dos Trabalhos do 2o


grau ?

Amós, Capítulo VII, versículos 7 e 8.

5 - Qual o significado do texto ?

Na sua visão do Prumo, Amós anuncia que os muros das casas,


Tribunais e Templos de Israel vão cair porque foram construídos sem
as ferramentas que dão estabilidade, simbolizando a perda da moral,
a preguiça, a soberbia, a hipocrisia religiosa, corrupção, costumes
impuros, etc.

6 - Quem foi Amós?

O mais antigo dos Profetas Menores, humilde cultivador de sicômoros


de Israel, 750 AC.

7 - Disposição do Esq e Comp no L da L e explique o


porquê de ser assim:

Sobrepõe-se e Esq e o Comp entrelaçados com a perna esquerda


do Compvista desde o Orpor cima e a direita por baixo do
Esqcomo alegoria que o Espírito (Comp) vai superando a matéria
(Esq); esta perna por cima está no lado Sul que é o lado que recebe
a Luz do Sol, a diferença do lado Norte que permanentemente fica nas
trevas (Hemisfério Norte).

8 – Por que na sua Elevação o Comp não fica com a vista


vendada?

Por que sua vista já é forte suficiente para suportar a luz que vem do
Or e ele já conhece os símbolos de uma Loja em trabalho e conhece
a todos os IIr

9 - Qual o significado da letra G?

Deus (God em inglês já que a simbologia nasceu na Inglaterra),

Geometria, ciência com que Deus criou o Universo,

Geração da vida criada por Deus.

Gravitação, força com que Deus movimenta os corpos celestes.

Gnose, palavra grega que significa conhecimento.

Gênio, que pede a exaltação de nossas faculdades intelectuais,


imaginativas, etc.

10 - Qual o significado da P de P?

Fartura, representada por uma espiga de trigo.

11 - Porque o Apr não tem P de P?

Antigamente, o Ap passava cinco anos encerrado no Templo, para o


qual entrava após dois anos de observação por parte dos CComp e
MM; se ele sair do Templo durante os cinco anos, ele nunca mais
poderia voltar não precisando então de P de P .

12 - Qual o significado do sinal de Comp?

A m d sobre o c lembra o compromisso de amar os IIr e o


juramento de arrancar o c se for perjuro e a m e levantada
reafirma a sinceridade do juramento

13 - Que significa a P S?


Estabilidade, firmeza; é o nome da coluna J da direita, logo na entrada
do Templo.

14 - Quantas janelas tem uma Loja de Comp e para que elas


servem?

Três, situadas no Or, no S e no Oc e servem para dar entrada à


luz do Sol.

15 - Porque o Septentrião não tem janelas ?

Porque a luz do Sol nunca vem dessa direção; hemisfério Norte, onde
foi criada a Ritualística maçônica.

16 - O que é a Estrela Flamejante ?

O símbolo mais importante do 2o grau

Tem cinco pontas representando o Homem com os quatro membros e


a cabeça deve estar sempre iluminada em Loj de Comp. No centro
está inscrita a letra G.

17 - Qual o astro regente do 2o Vig?

A Stella Pitagoris, estrela virtual, de alta luminosidade, para iluminar a


Loja quando se fala de coisas divinas.

18 - O que é a Quintessência?

Conforme a Bíblia seria a alma, o espírito, agregado por Deus quando


soprou nas narinas na formação do Homem.

A Metafísica considera a Quintessência como o espírito ou causa


universal de todas as coisas.

Para os Cabalistas a Quintessência é o espírito adicionado aos quatro


elementos.

Na filosofia hindu a Quintessência é o éter localizado na cabeça onde


fica o centro das faculdades intelectuais que governa os outros quatro
elementos.
Na Maçonaria representa e espírito de Deus dentro do homem; é a
sublimação de nossos elementos inferiores, para alcançar um estado
superior.

19 - Onde estão representados o N, o Esq e o Prna Posa


Ordem?

O N no movimento horizontal da m d.

O Esq na posição dos pés, no cotovelo da m d, no antebraço


esq, no braço e antebraço esq e nos quatro dedos e o polegar da
m e Total de cinco EEsq.

O Pr na descida dos braços e e d

20 - Descreva brevemente a Cerimônia de Elev: viagens, estado


da vista, as ferramentas que são usadas, porque na 5a viagem
não transporta ferramentas, etc.

A cerimônia recebe o nome de Elev ou Aumento de Salário, quando


o Comp passa do Nível ao Prumo.

São cinco viagens: a 1a com malhete e cinzel, a 2a com régua e


compasso, a 3a com régua e alavanca, a 4a com régua e esquadro e a
5a sem ferramentas.

São quatro viagens de trabalho e uma de meditação.

A Espada contra o peito na 5a viagem simboliza a proteção para que o


mal não entre no seu Templo interior.

As viagens do Comp não têm obstáculos físicos e são operativos e


intelectuais, procurando a conquista das disciplinas cerebrais.

O Comp é conduzido pelo Exp pela braço esquerdo para ele não
perder contato com o Altar.

21 - Que representa a Marcha do Comp?

O Comp inicia com a Marcha do Apr para simbolizar que ele já


conhece o significado do Maç do Cinz e da Rég de 24
polegadas.

Com sua imaginação, ávido por novos progressos, não teme arriscar-
se aos perigos do desconhecido, ele abandona a linha central dando o
4o passo para a direita, que toma o nome de Imaginação. O Comp
pode desviar de seu caminho sem medo de perder- se.

O 2o passo volta ao eixo da Loja, demonstrando disciplina e


obediência para analisar os conhecimentos recebidos; este 5o passo
recebe o nome de Afetividade e a união dos pés no final denomina-se
Razão.

Pode-se interpretar também o desvio no 4o passo como que o Comp


vai até a Colonde estão os MM para receber conhecimentos e no
5o passo ele volta para a Coluna do Sul para dar estes conhecimentos
aos AApr.

22. O que encimam no 2o grau as Colunas B e J e o que elas


simbolizam?

A Coluna B está encimado pelo globo terrestre e a Coluna J pelo


globo celeste, ambos assinalando a universalidade da Maçonaria.

23. Como é o Trolhamento ?

O Trolhamento começa da mesma forma que no grau de Apr se


agrega:

Pergunta: Sois Comp Maç ?

Resposta: EVa EF

Pesquisa (com alterações) - IrJosé Carlos Lopes - 11.09.2003

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