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Nesta sexta instrução, somos levados a revisitar diversos aprendizados de outras instruções.
Ao presencia-la, estuda-la, e após um tempo, meditar sobre seu conteúdo, me veio a mente a minha
própria experiência em loja enquanto aprendiz.
Desde a nossa primeira instrução, através do exemplo e ensinamentos, nossos irmãos mais
velhos nos exortam ao trabalho árduo de desbastar a pedra bruta. Uma das primeiras arestas que me
atentei a trabalhar, foi a de escutar. Não é por acaso que o Apr:. M:. não possui P:.P:., e que se fala a
P:. S:. de forma indireta. Que sabemos nós, que ainda engatinhamos na maçonaria ?
É de fundamental importância que o aprendiz aprenda a calar seus pensamentos, e aprenda a
ouvir. Educar sua mente é o primeiro passo para se estar apto a aprender alguma coisa. Como crianças,
nos utilizamos de nossos sentidos para absorver conhecimento( audição, visão), e também do tato para
nos comunicarmos. O que é o T:,, senão algo transmitido de forma não verbal ou codificada ?
Tomamos conhecimento da nossa parcial nudez- pois somos admitidos nem nus, nem vestidos -, e nos
é dado um avental para que possamos nos dignificar através do trabalho.
Uma vez de posse de um propósito que nos veste, e da mentalidade voltada ao aprendizado,
estamos finalmente preparados para iniciar o trabalho de buscar a verdade, de executar primeiro em si
a reforma, para estarmos aptos a exercer o papel de construtor social.
À medida que a instrução prossegue, vamos revisitando as dimensões da loja, sua abóbada e
seus sustentáculos, seus pilares. Em toda sessão abro o meu ritual, e acompanho o desenvolver dos
trabalhos. Sinto-me pequeno frente a uma enormidade de significados. Porém, gradualmente, estes
significados foram edificando morada em meu coração, e aprimorando meu intelecto. Doze colunas,
que hoje percebo como fases que nós todos devemos seguir – trilhar – labutar (como os doze trabalhos
de Hercules) para o nosso aprimoramento. Três fortes pilares, sustentáculos de nossa alma,
constituição de nossa centelha. Mas, também, três luzes. Irmãos fortes, sábios e de atuação bela. A
sabedoria do Venerável nos guia, a força do 1º vigilante nos eleva e nos dá instrução, a beleza da
condução dos trabalhos do 2º vigilante permite que executemos uma obra justa e perfeita.
Não menos importante, somos apresentados novamente às ferramentas do aprendiz, ás joias
fixas e móveis da loja, ao pavimento mosaico e aos astros que mais ferem a imaginação do homem.
Cada um deles, uma ferramenta prática para o nosso dia a dia. Nenhum deles materializado, porém, se
tudo é mente, o que há de mais poderoso do que uma sólida ferramenta mental, com um férreo
propósito moral ?
Após o termino da instrução, sinto que aprendi um pouco mais sobre toda a complexidade que
me rodeia. Considero a sexta como a instrução do aprendiz que finalmente cresceu o necessário para
ser, de fato, um aprendiz. Sabemos quais são nossas ferramentas, entendemos o nosso propósito.
Confiamos em nossos irmãos para nos guiar, e sabemos que temos pilares em quem podemos confiar e
nos sustentar. Somos lajotas de um grande pavimento, sementes de uma grande romã, possuímos
bussola moral que norteia nosso caminho a seguir, e uma escada (árdua) a ser galgada.
Se o homem nasceu para o trabalho, temos a obrigação moral de nos dedicarmos. Edificar
templos a virtude, e cavar masmorras ao vicio. Submeter minha vontade, e fazer novos progressos na
maçonaria. Como aprendiz, aceito meu papel de livre vontade, e de coração alegre com o volume de
trabalho que me é proposto.
Referências