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1ª INSTRUÇÃO DO GRAU DE
fevereiro
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(Saudações Iniciais)

a) Respeitáveis Autoridades da GLEB aqui presentes;


b) Venerável Mestre – Irmão Edilson Pereira Souza;
c) Irmãos Mestres Instalados;
d) Irmão José Sílvio Bulhões – MD Grande Inspetor Litúrgico da 6ª
Região Bahia; Obs: (Se o mesmo estiver presente.)
e) Irmãos 1º e 2º Vigilantes e demais respeitáveis irmãos!

1. Introdução

Venerável Mestre, prezados irmãos, naturalmente dentro das nossas


modestas limitações, encetaremos nesta oportunidade, um compendiado
estudo dessa primeira instrução do Grau de Aprendiz Maçom, falando
inicialmente, sobre o Simbolismo maçônico e todos os procedimentos
litúrgicos, inerentes da nossa admissão nesta respeitável Ordem.

Meus irmãos, entendemos, que para ser um aprendiz ativo, dedicado aos
trabalhos de sua Loja, e inteligente que desprenda todos os esforços para
progredir iluminadamente no caminho da Verdade e da Virtude, pondo em
prática a Doutrina Iniciática, os princípios e fins sublimes de nossa Ordem, é
sem dúvida, um fator muito importante, não só para os iniciantes, mas também
para os demais irmãos de Graus subsequentes da Ordem.

Meus irmãos, quando da nossa iniciação aqui nesta Loja, causou-nos


espanto e admiração, o Simbolismo e a importância de cada um dos utensílios
e dos ornamentos que se encontravam aqui neste Templo. Como os antigos
filósofos egípcios na antiguidade, a Maçonaria utilizava muitos símbolos para
ocultar dos profanos seus segredos, revelando somente aos escolhidos seus
ensinamentos. Evidentemente, que temos consciência de que tudo aqui é
simbólico, e que tudo tem a sua razão de ser, e que há sempre uma explicação
lógica, a respeito de cada um deles, contendo mensagens, que são verdadeiras
fontes de ensinamento, uma vez que em sendo o Simbolismo a representação
gráfica ou pictórica de uma ideia ou princípio, ele nos faculta meios para um
bom entendimento da Filosofia Maçônica, cuja decifração, com certeza, nos
levará a entender melhor o que é a Maçonaria, já que por definição
“Maçonaria é a Ciência da Moral velada por alegorias e ilustrada por
Símbolos!”

Percebemos também que, o SIMBOLISMO MAÇÔNICO, é, portanto,


tudo que tenha natureza sensível. É, sem dúvida, a chave de uma sabedoria
maior que se revela tanto pela lógica como pela percepção e intuição de cada
um de nós.

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São derivados dos Símbolos primitivos que foram em parte, aplicados à


arte de construir a Maçonaria Operativa, tais como: o Compasso, o
Esquadro, a Régua, o Nível, o Prumo e a Tralha, aos quais hoje se
empresta um sentido todo moral, espiritual e filosófico.
Ao iniciarmos as leituras, pudemos verificar que esse conjunto de
utensílios e ornamentos, remonta há longínquas épocas e que são
imprescindíveis ao desenvolvimento do cerimonial maçônico.

Na verdade, nossa inquietação já começa quando somos despojados dos


metais e elevados à Câmara de Reflexões. Aos poucos, vamos sendo envolvidos
pelo silêncio e pela escuridão, levando-nos à meditação. O silêncio absoluto faz
nos aproximarmos de nós mesmos, dando-nos a oportunidade de realizarmos
uma interação profunda conosco, através da qual conseguimos perceber o ser
transitório que somos e que, como tal, estamos aqui apenas de passagem, que
nada nos pertence e que o SER é muito mais relevante e importante do que o
TER. Somente este conhecimento, no entanto, não basta. Acreditamos, que
para sermos bons Maçons, necessitamos de sua completa assimilação, que virá,
com certeza, através de uma férrea e inabalável perseverança.

2. Quem é o Aprendiz Maçom?

Tomado por uma exuberante curiosidade, o Aprendiz Maçom se


assemelha a uma criança recém-nascida que vê a luz do mundo que a rodeia
pela primeira vez representada pelos símbolos, linguagem e a postura que nos
é apresentada. Queremos beber a taça em um único gole, toda de uma só
vez... E nossos Mestres, com a paciência e misericórdia de atenciosos pais,
procuram nos ensinar a postura correta de nosso corpo para facilitar os
primeiros trabalhos de desbastamento da pedra bruta, sem que nos
desestimulemos frente ao cansaço que vez por outra começam a abater nosso
corpo e nosso espírito.

Por muitas vezes, nós Aprendizes, desejamos rapidamente adquirir os


conhecimentos da Sublime Ordem para nos tornarmos Mestres, nos
assemelhando à crianças que querem a todo custo passar para a vida adulta.
Embora tanto um como o outro não compreenda que se tornar um adulto assim
como um Mestre, é na verdade assumir grandes responsabilidades e que para
tal o conhecimento e estudo constante é necessário.

Como Aprendizes Maçons, compreendemos que o alicerce da filosofia


simbólica de moral maçônica e aperfeiçoamento humano, compreende o
trabalho de desbastar a Pedra Bruta, nos dispondo dos defeitos e paixões do
mundo profano, para melhor adequar-nos à construção moral da humanidade,
que é a verdadeira obra da Maçonaria.

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Quando alcançamos o objetivo de polir a Pedra Bruta, transformando-a


em Pedra Polida, por certo, poderemos descansar o Maço e o Cinzel, para
provavelmente, utilizarmos outros utensílios, subindo a escada da hierarquia
maçônica. Daí, o motivo imprescindível do estudo das instruções pertinentes ao
nosso Grau, as quais nos habilitam à plenitude do conhecimento elementar, e
ao aperfeiçoamento moral, através da Arte Suprema dessa respeitável Ordem
Maçônica.

Compreender efetivamente o significado dos símbolos e cerimônias que


constituem a fórmula iniciática deste grau, procurando a sua prática todos os
dias da vida, é muito melhor que sair prematuramente dele, ou desprezá-la sem
tê-la compreendido. Sem dúvida a palavra “aprendiz” nos remete a capacidade
ou necessidade de aprendermos de forma plena e sólida os significados do
simbolismo contido nos rituais e artefatos da Maçonaria.

O aprendiz é, portanto, simbolicamente comparado à pedra bruta antes


de ser instruído nos mistérios maçônicos, devendo estudar para adquirir
conhecimentos do simbolismo do seu grau, sua aplicação e interpretação
filosófica. Deverá trabalhar constantemente para aperfeiçoar-se, assimilando
novos conhecimentos e consequentemente buscando auto conhecer-se,
aparando as arestas que impedem o seu crescimento espiritual. Como maçom,
deve sempre desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para se tornar pedra
cúbica ou polida e concorrer à construção moral da humanidade que é a
verdadeira obra da Maçonaria.
É pelo desbastar da Pedra Bruta que os Aprendizes Maçons iniciam os
seus primeiros trabalhos, para o cumprimento da Missão a que foram
escolhidos. Missão essa, que representa simbolicamente a “Inteligência” -
sentimento não adulterado do homem ainda no seu estado primitivo, áspero e
despolido, conservando-se nesse estado até que pelo cuidado de seus Pais,
Mestres, do próprio Esforço e da Perseverança adquire a educação liberal,
virtuosa e indispensável para que se transforme num homem culto e valioso,
plenamente capaz de fazer parte da sociedade civilizada.

Quando conseguir desbastar a pedra bruta, o aprendiz terá vencido a


primeira batalha da sua carreira templária, vencendo a si mesmo e
desfraldando a bandeira de sua evolução interior, lapidando seu ego,
adaptando-se melhor aos costumes, sem perder de vista aquele fosco pedaço
de granito. Com o fito de diminuir as suas imperfeições, o neófito se propõe a
descobrir, de vez, seus defeitos, suas fraquezas, seus deslizes e suas vaidades,
tornando-se mais puro e mais apto para pugnar pela felicidade do gênero
humano.

(Fim da 1ª apresentação)

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3. A Pedra Bruta

O ponto de partida para a grande transformação a ser feita no espírito


do maçom é representado pela PEDRA BRUTA. Desbastá-la significa que esse
trabalho simbólico, deve-se dedicar o maçom para chegar a ser o obreiro que
domina a boa arte de construir. Na realização desse trabalho o iniciado é ao
mesmo tempo obreiro, matéria-prima e instrumento. Ele mesmo é a PEDRA
BRUTA que foi escolhida na pedreira, representando seu atual estado de
imperfeito desenvolvimento, ou seja, sua natureza humana no estado primitivo,
ainda bruta, rude, rústica, não trabalhada, imperfeita e cheia de arestas. É a
imagem do homem sem introdução, com defeitos, vícios e paixões, que deve
converter-se em forma de perfeição interior.
Como a perfeição é infinita e seu absoluto é inacessível, o que nos resta
fazer é tão somente nos aproximar da perfeição ideal, por etapas de progresso,
desenvolvendo-as através de sucessivos graus de perfeição relativa. Se o
Aprendiz souber relevar, quando algum irmão o aborrecer, estará retirando uma
aresta, se ele usar o exercício da tolerância contra as agressões, mais arestas
caem. O construir, o participar, o contribuir e o atender, são atributos que
também retiram arestas. Contudo, a melhor maneira de desbastar a PEDRA
BRUTA é a própria comprovação fraterna – chave para abrir portas aos irmãos
e assim estaremos dando mostras de que os amamos.
Sob o olhar da CIÊNCIA, um dos degraus que devemos alcançar para
atingirmos o aprimoramento na Ordem Maçônica, nenhum objeto polido e
brilhante quando observado sob instrumentos poderosos de aumento, está
completamente liso, livre de imperfeições. Esse conhecimento nos transporta
para o íntimo espiritual do maçom, no qual mesmo ao atingir altos graus de
elevação, nunca estará completamente perfeito tendo ainda imperfeições a
serem corrigidas, situação normal de todo ser humano! Em conversas com
Mestres Maçons já há muito tempo na Ordem, nós aprendizes sempre ouvimos
a “brincadeira”: “- Que nada, ainda sou aprendiz...”, nos levando a refletir
sobre a mais sublime e pura qualidade de um maçom: a de que nunca estará
totalmente completo, ou polido, tanto em conhecimento quanto em
espiritualidade. Este é o caminho certo, o início do aperfeiçoamento, que
certamente será longo, áspero e de sacrifícios, mas vale a pena ser trilhado. É
dando que se recebe, lembra-nos Francisco de Assis, em uma mensagem de
amor.

4. Os Instrumentos do Aprendiz Maçom

Meus irmãos, apesar da nossa imaturidade no que se refere aos


conhecimentos teóricos dessa respeitável Ordem, percebemos, que a
Maçonaria, como uma escola simbólica e filosófica, utiliza utensílios dos
pedreiros, para fazer uma analogia da construção material com a construção
moral do Homem.

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Quando iniciamos qualquer atividade, primeiro planejamos a obra com
cuidado, amor e dedicação. Depois, nos entregamos com força e energia para
mantê-la em movimento. E pôr fim, damos o fino toque de beleza, com o qual
deixamos nossa própria marca individual, de acordo com o nosso perfil. Com
este primeiro passo, damos início à grande jornada em meio aos arquétipos
universais de todo ser.

E é para a realização destas tarefas meus irmãos, que o Aprendiz Maçom


trabalha com as seguintes ferramentas pertinentes ao seu grau, que são:

- A Régua de 24 polegadas;
- O maço;
- O cinzel.

4.1. A RÉGUA DE 24 Polegadas.

Em uma análise individual, fica evidente que a função da régua, consiste


em medir a longitude. É somente quando medimos a longitude dos objetos que
chegamos a conhecer e compreender o que são. E isto se aplica não só às
linhas, mas também, às superfícies, volumes e ângulos.  Outro fato importante
é de que o tempo não se pode medir senão com termos de espaço, portanto a
única maneira de avaliar o seu transcurso consiste em registrar fenômenos de
movimento, que só se pode exprimir por meio de termos da
medida longitudinal. Portanto, a Régua é o primeiro instrumento de trabalho
que se entrega ao aprendiz, pois todo trabalho útil começa com a preparação
precisa, clara e definida do que se planeja.

Podemos aqui deduzirmos, que esse planejamento se refere ao preparo


espiritual que todo Maçom deve realizar preparando-se para realizar a sua obra,
seja no Templo, seja na sociedade, delineando os caminhos que deve seguir
para atingir a sua plenitude espiritual. Ela representa o símbolo da precisão,
exatidão e retidão nas ações. Sabemos que exatidão e precisão, são essenciais
para a boa conduta de nossas vidas. Porém, sua significação vai além disso,
pois é, pôr excelência, o instrumento da construção primordial, pois permite
estabelecer o plano diretor do Edifício e verificar a execução correta deste.

  Como todos nós devemos visitar o interior da terra, para retificar o


individual! Essa lapidação, a Régua de 24 Polegadas representa,
concomitantemente, que essa exatidão deve ser praticada durante todo o dia,
em seu período de 24 horas, simbolizadas pelas 24 polegadas; ou seja, o
Maçom se obriga a dispor de todo o seu tempo na busca da perfeição, pois o
fim de um dia é o começo do mesmo dia.
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O maço como força brutal, necessita de controle e o cinzel como princípio
cósmico ativo, penetra e modifica a pedra que somos.

4.2. O MAÇO

O MAÇO representa a força e o poder. Como a vida consiste em se fazer


ritos e magias é com a utilização do maço que conseguimos mover a matéria. O
homem como animal fabricador de instrumentos, leva consigo um MAÇO em
sua própria mão.
Contudo, o MAÇO foi o primeiro instrumento pelo homem imaginado e
criado para mover a substância sólida material, e assim, inaugurou uma
nova era, isto é, a era do poder e teve assim o primeiro vislumbre de sua
latente divindade.
Todas as forças da natureza são descargas de golpes. A luz, o Som, a
Eletricidade, o Magnetismo, a Afinidade química e até a Gravitação. O
vento é o golpear de umas partículas de ar contra as outras; a música das
árvores é o choque de seus ramos; as ondas se arremetem contra a costa, as
partículas de água empurram-se uma as outras. Observa-se então que as
partículas golpeiam-se entre si, chegando a conclusão de que a natureza possui
um MAÇO em cada uma de suas mãos.

Nos primeiros estágios da evolução humana, o homem foi o MAÇO de si


mesmo utilizando seus próprios músculos; porém, à medida de sua evolução,
vai-se apoderando dos MAÇOS da natureza, sujeitando suas energias para que
o sirva. Conclui-se que o MAÇO é a força que modifica o invisível através do
visível. É o de cima para baixo.

Portanto, o MAÇO nos ensina, que a habilidade sem a razão é de pouca


serventia e que o trabalho é uma obrigação do homem. Ensina ainda que o
coração conceberá e o cérebro projetará, mas se a mão não estiver preparada,
o trabalho não será executado. Por isso, poder-se-ia depreender que o MAÇO,
como emblema do trabalho e da força material, nos auxilia a derrubar os
obstáculos e superar as dificuldades durante nossa jornada Maçônica.

À medida que a inteligência do homem se desenvolve, se apodera dos


MAÇOS da Natureza e faz com que as energias naturais o sirvam. Sendo
assim nos mostra que este poder é ilimitado, uma vez que dentro de nós existe
uma reprodução do Grande Arquiteto do Universo cujo poder é onipotente.
 
4.3. O CINZEL

Instrumento do Grau de Aprendiz, que com o Malho, serve para


desbastar simbolicamente a Pedra Bruta, emblema da personalidade não
educada e polida. Representa o intelecto. (Fim da 2ª Apresentação)

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O Cinzel é portanto, um instrumento passivo, que produz a beleza final
de toda a obra e determina a justa aplicação da sabedoria. Ferramenta
cortante, o Cinzel representa a perseverança e o agente espiritual da vontade
celeste, que pode penetrar a matéria.
Movido pelo Maço, ele tem por missão fazer desaparecer as asperidades,
os preconceitos e os erros embelezando nossa Pedra Bruta interior de acordo
com características individuais emprestadas durante o trabalho cotidiano. De
nada valeria o correto planejamento de nossas ações, a força e energia
necessárias para a realização do trabalho, sem ao final, darmos o toque de
beleza em nossas ações. Beleza esta, esculpida em nosso espírito, por golpes
certeiros de maço e cinzel, no sentido de que nossas ações resultem em obras
benéficas para o ser humano.
E em assim sendo meus irmãos, o Cinzel nos ensina que a educação, a
disciplina e a constância, são necessárias para se chegar à perfeição, nos
tornando polidos depois de retumbantes e repetidos esforços.
Ensina ainda, que a virtude, a iluminação da inteligência e a purificação
da alma, somente são obtidas pelo esforço árduo de aprimoramento, para o
qual, ele é a principal ferramenta.
Estimados irmãos, o ensinamento deixado-nos por esta primeira instrução, são
os seguintes:
“O conhecimento, baseado na exatidão, ajudado pelo trabalho e
efetivado pela perseverança, vencerá todas as dificuldades,
extinguindo as trevas da ignorância e espargindo a felicidade no
caminho da vida.” 

Portanto, nenhuma obra poderá ser produzida na pedra, sem a ação bem
orientada do Cinzel, com a Força do Malho, após o traçado de linhas
retas e perfeitas pela Régua.

Enfim, como é lamentável que os homens não tenham compreendido a


generosidade do Grande Geômetra do Universo, e utilizem todo esse
conhecimento de geometria, de construção e manipulação simbólica de
ferramentas, para a destruição, a perversidade, perseguição e injustificável
domínio de seres semelhantes.

Estimados irmãos, no decorrer do estudo dessa primeira instrução e de


acordo com o nosso modesto entendimento, concluímos, portanto, que o
objetivo dos estudos da Maçonaria, é utilizar os ARQUÉTIPOS de nossa
mente, para fazer surgir em nós, nossa própria força interior.

Meus irmãos, o estudo dessa primeira instrução, faz aludência também à


Fraqueza e a Vaidade do ser humano, procedimento equivocado, prejudicial à
sua evolução moral e sobretudo, espiritual.

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Venerável Mestre, meus irmãos, percorrer os labirintos da alma humana, é
sempre uma aventura reveladora de pequenos detalhes, que se escondem nas
justificativas e valores equivocados da sociedade.

Desde que o mundo é mundo, nas fábulas, nos relatos bíblicos, em todas as
áreas de trabalho e profissões, em todas as culturas e povos de todas as
civilizações e séculos da história, podemos lamentavelmente, encontrar a
Vaidade como parte integrante da natureza humana. Ela geralmente está
presente sob inúmeros disfarces. Muitas vezes, temos lido sobre este tema,
mas o assunto não se esgota e há sempre um ângulo novo que não foi
totalmente compreendido, e menos ainda, expressado.
É um pouco complicado falar das fraquezas humanas, sem resvalar nos próprios
reflexos.

Na sua conclusão final, esta instrução nos mostra o patenteamento


maximizado, de princípios Éticos e Morais, que todo maçom e cidadão de bem,
deve vivenciá-los no seu cotidiano, pois a Maçonaria é uma sociedade onde os
homens devem viver como Irmãos, respeitando, cada um, os direitos dos
outros e se compenetrando que toda a humanidade é filha de Deus, que cada
ser humano é tão caro ao Pai como todos os outros e que procura levar esses
conceitos, para a sociedade em geral. Isso leva-nos à conclusão, de que na
organização designada, genericamente, como Maçonaria, ou Franco-Maçonaria,
deve prevalecer a harmonia e reinar a união Fraterna entre todos os Irmãos.

Estimados irmãos, apesar da nossa imaturidade no que se refere ao pleno


conhecimento da simbologia e da retidão que nos inspira a simbologia dos
instrumentos maçônicos, para nós, tal retidão manifestada fisicamente pela
posição dos pés em esquadria, representa todo o conjunto de qualidades
humanas, que se exigem de um perfeito integrante dessa sublime Ordem! É o
fundamento do homem livre e de bons costumes, que se propõe desde a
iniciação, a evoluir como maçom, desbastando a pedra bruta e crescendo na
filosofia e prática de igualdade, numa demonstração de aperfeiçoamento
cultural e moral que o levará ao desenvolvimento da retidão interior, a
verdadeira estrutura do homem de bem

Percebemos também meus irmãos, que o caminho a ser seguido para o


maçom comprometido com essa respeitável Ordem, é, portanto, aquele em que
vai exercer o bem e a justiça, como princípio comportamental e espiritual,
devendo sempre que possível, atuar como formador de opinião e, na medida de
suas possibilidades, exercer influência social benigna, de orientar e cativar
pessoas na direção de um aprazível desenvolvimento humano, como bem diz
nosso Irmão Chanceler, que a “Maçonaria é uma Instituição que tem
como objetivo “Tornar Feliz a Humanidade, Pelo Amor e Pelo
Aperfeiçoamento dos Costumes, Pela Tolerância, Pela Igualdade, Pelo
Respeito à Autoridade e a Crença de Cada Um!”.

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O Esquadro.
Significado simbólico também muito importante, o Esquadro é um quarto de
cruz, justa posta a outros três, formando uma cruz. Jesus na cruz, representa
Deus o GADU no aspecto material na terra. Esotericamente, representa a
matéria ou o corpo físico.
O Esquadro simboliza a equidade, a justiça, a retidão de carácter. A retidão
é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico, quanto no moral ou ético.
Assim, a retidão física evidente no corpo do esquadro, corresponde
simbolicamente à retidão moral, caracterizada pelas ações que estão de acordo
com a lei, com o direito, com o dever, e pela intenção de segui-los retamente,
sem desviar da direção indicada pela equidade.
Graças a isso meus irmãos, é que o Esquadro é a joia símbolo do Venerável
Mestre, por que um Maçom, elevado ao cargo de dirigente máximo de uma
Loja, deve manter-se inflexível no cumprimento do seu dever e ter sempre em
alta o sentido de equidade, ou seja, de igualdade entre todos os seus Irmãos,
perante a lei e o direito.
Meus irmãos, ainda ressoam em nossos ouvidos, as fortes palavras do
momento da iniciação.
 “O estado de cegueira em que nos encontramos, é o símbolo das
trevas que cercam o mortal, que ainda não recebeu a luz que o guiará
na estrada da virtude”.

Por outro lado, a certeza da sublimidade do momento, nos tocava pelo gesto
amigo da mão sobre o nosso ombro e da mensagem tranquilizante:
 “Sou o vosso guia. Tende confiança em mim e nada receeis”.
As provas de resignação e de coragem fortaleceram a nossa confiança para
conquistarmos os galardões da virtude, da honra e da sabedoria.

A terra, a água o ar e o fogo, nos identificaram com o mundo e com a nossa


consciência, na busca da instrução e do aperfeiçoamento, caminhando nas
trevas em busca da luz.

                - Faça-se a luz!


                - E a luz foi feita!
                - A luz seja dada ao neófito!

No infinito corredor da nossa consciência, divisamos uma nova luz, aquela que
doravante iria iluminar o nosso caminho. Ela sempre esteve ao nosso lado, mas
não a víamos “com olhos que sabem ver”.
Essa luz maravilhosa que só os iniciados são capazes de entender, com a força
que leva o homem ao domínio da paz, da ordem e a felicidade.
Ali estavam os mistérios, a tradição dos ensinamentos esotéricos ministrados há
milênios. (Fim da 3ª Apresentação)

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Com as mesmas formas e alegorias.
Através do desbastamento da “Pedra Bruta” que existe em cada um de nós,
estaremos realizando toda a moral do aperfeiçoamento humano, procurando
nos afastar dos defeitos e paixões a fim de podermos contribuir para a
construção moral da humanidade.
Pelos sinais, toques e palavras irão desenvolver a segurança das nossas
tarefas, relembrando com constância os sérios compromissos que
espontaneamente assumimos.

Meus irmãos, os gestos humanitários, devem ser uma constante, na vida do


Maçom, e especialmente na do Aprendiz, pois sem os quais, ele não entenderá
a importância da obediência como fator de progresso espiritual, de aprendizado
e da plena realização dos seus compromissos como Aprendiz Maçom.  
Bem sabemos, que a pressa é a inimiga da perfeição! E é aprendendo com
disciplina, paciência e determinação, que fortaleceremos os nossos
fundamentais compromissos morais e espirituais, juntos à essa respeitável
Ordem.

Esse aprendizado dos fundamentos maçônicos que esperamos ter, por certo nos
dará a segurança, para a superação dos obstáculos e dificuldades, que
eventualmente possam surgir em nossos caminhos.
Ele é muito importante, e deve ser regra básica para o entendimento do Rito e
grandeza da Ordem.
Não devemos portanto meus irmãos, nos empolgar com as conquistas obtidas
no nosso desenvolvimento.
Elas são apenas etapas normais da nossa caminhada.
Que a felicidade pelo dever cumprido nos sirva de estimulo para continuarmos a
nossa tarefa de obreiros do bem.

Devemos nos familiarizar com os instrumentos e utensílios do aprendizado, nas


suas funções especulativas, induzindo-nos a empregá-las com critério na
meditação, no trabalho, no descanso físico e espiritual.

“Pois, com o conhecimento baseado na exatidão, ajudado pelo trabalho, e


afetividade pela perseverança, venceremos todas as eventuais dificuldades que
possam surgir em nossa jornada, extinguindo as trevas da ignorância e
espargindo a felicidade no caminho da vida”.

Hoje, somos investigadores dessa verdade, pois saindo das trevas para penetrar
nos mistérios, nos livramos dos dogmas que limitavam o nosso raciocínio.
Não somo mais o homem preso à terra pelo egoísmo dos nossos sentimentos,
sufocados pelo círculo dos preconceitos, aceitando passivamente os velhos
erros que nos foram impostos.
Somos o homem, ser superior, feito nas devidas proporções, a imagem e
semelhança do criador, usando conscientemente os seus deveres e seus direitos
para chegar ao apogeu da perfeição.

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COMENTÁRIO FINAL.
Venerável Mestre, estimados irmãos, procurando assimilar os bons
ensinamentos que a Ordem Maçônica nos apresenta através de suas instruções,
e da riqueza filosófica dos seus respeitáveis princípios, tomemos, assim, contato
com a raiz de nosso ser pensante e consciente, com a corrente de vida
espiritual que jorra em nós mesmo e da qual sentimos a existência própria e
ativa do Soberano Criador de Todo o Universo.

Nós, Maçons, pesquisamos e realizamos as melhores condições para


praticarmos o bem, através da Arte da vida, que nossas tradições ensinam;
sigamos o caminho que sabemos ser o bom, sem nos desviarmos dos objetivos,
trabalhando pelo Templo, sem que o salário seja o objetivo da obra e sim, a
recompensa, pois a ação satisfaz, não pelo ganho do fruto, mas pelo caminho
que se percorre!!!

A Ordem Maçônica nos ensina, que todos nós devemos ser verdadeiros
Homens Livres e de Bons Costumes, que fazem da defesa da Liberdade
de Consciência e da Liberdade de Pensamento, a luta constante de nossas
vidas.

"Estimados irmãos, não obstante a nossa prematuridade nesse Grau


de Aprendiz Maçom, percebemos que a Maçonaria convoca todos os
homens de boa vontade e de consciência reta, a trabalhar pelo
aperfeiçoamento intelectual, moral e espiritual da humanidade,
franqueando-lhes os seus Templos para a prática de uma vida
superior."

E em assim sendo, as Lojas são oficinas onde o cérebro trabalha! Avancemos


com a Acácia de Avaré, na sua segurança, clareza, inocência e pureza,
buscando sempre, instruções para o melhor proveito de nossas vidas, visando
tornarmos melhor preparados para melhor compreendermos a Maçonaria, que
não tardará a realizar integralmente seu admirável programa filosófico.

Venerável Mestre, estimados irmãos, observemos, que na sua conclusão final,


esta instrução nos mostra o patenteamento maximizado, de princípios Éticos e
Morais, que todo maçom e cidadão de bem, deve vivenciá-los no seu
cotidiano, pois a Maçonaria é uma sociedade onde os homens devem viver
como Irmãos, respeitando, cada um, os direitos dos outros e se compenetrando
que toda a humanidade é filha de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, e
que cada ser humano é tão caro ao Pai, como todos os outros, e que procura
levar esses conceitos, para a sociedade em geral.

Isso leva à conclusão, meus irmãos, de que na organização designada,


genericamente, como Maçonaria, ou Franco-Maçonaria, deve prevalecer a
harmonia e reinar a união Fraterna entre todos os Irmãos.

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Portanto meus irmãos, concluímos aqui o estudo dessa primeira instrução, o


qual foi fomentado de acordo com a fluência do nosso modesto entendimento!
Todavia, encantados com a exuberância dos bons propósitos da filosofia
maçônica, os quais nos incitam a procurar para o homem, a dignidade, o
decoro, a consideração e o respeito à sua personalidade, cinzelada nas
contingências da vida, enquanto ela se desenrola em torno de um
temperamento, de uma vontade, uma inteligência e uma vocação.

Entendemos, portanto, que a filosofia maçônica se propõe a defender


o homem da ignorância e da incultura, dos temores e das
necessidades, da exploração e das injustiças, do fanatismo dos
dogmas, dos tabus e sobretudo, da opressão e das tiranias interiores e
exteriores de qualquer classe.

Venerável Mestre, prezados irmãos, destituídos de vaidades, encerrando o


presente comentário sobre a Primeira Instrução do Grau de Aprendiz
Maçom, podemos dizer, que o povo maçônico pelo seu estilo comportamental,
é o povo filosófico por excelência! Ele pauta em sua vida, a ação por ela
exigida em princípios e ideais impostergáveis e justos, princípios esses,
rigorosos, mas que vão constituir a nossa imprescindível evolução moral e
espiritual.

Muito Obrigado!

(Fim da 4ª Apresentação)

ORDEM DA APRESENTAÇÃO

Abertura - Páginas – 01- Ir.’.


02-03

Leitura da Página –04 – 05 - Ir.’.


06

Leitura da Página – 07- 08-09 Ir.’.

Leitura da Página – 10-11- Ir.’.

Desejo à todos vocês, muito BOA SORTE!


sucesso e:

Obs: A leitura de cada página, não deve ultrapassar o tempo


de 02 minutos! A ordem da apresentação, fica à critério do
grupo.

LOJA MAÇÔNICA FRATERNIDADE CONQUISTENSE N° 20Página 11

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