Aprendiz Maçom: Douglas Serrano José CIM: 2549-19

O AVENTAL DE APRENDIZ MAÇOM

Rege a lenda Maçônica que Salomão durante a construção do
Templo, teve a necessidade de criar distinções entre os Mestres, que
 trabalham no ornamento e confecção das peças
destinadas aos Cultos e para esses criou
diversas câmaras, dando-lhe a cada um, um
avental com ornamentos próprios, para
diferencia-los conforme a importância dos seus
trabalhos, sendo que tais aventais eram portados
com muito orgulho por seus detentores. Já
naquele tempo os obreiros usavam aventais feitos em couro, sendo que os
dos aprendizes eram de maior tamanho, pois estes aventais os protegiam do
peito aos joelhos, por trabalharem desbastando pedras brutas e cortando
madeiras o que gerava muitas lascas, enquanto que os aventais dos
companheiros eram de tamanho médio, pois estes executavam o
ajustamento das peças, já os dos Mestres eram ainda menores, por
orientarem o assentamento e o acabamento dos conjuntos. Isto nos remete
aos dias atuais onde as lojas se utilizam dos aventais para diferenciar os
graus Maçônicos e a simbologia contida nos seus ornamentos.

As Guildas
Outro exemplo que consolidou o uso do avental foram as Guildas (oficinas)
“Associações” formadas na idade media, por operários da construção,
artesões, artistas, influenciaram a origem da Maçonaria inglesa
especificamente no emprego do Avental como seu principal símbolo.

No século XIV os aventais eram confeccionados em couro de boi, sendo

que na maioria dos casos o couro não era raspado, deixando os pelos
originais do animal, tornando-os mais espessos, oferecendo maior proteção.

Contudo cabe lembrar que houve um tempo em que a Maçonaria

especulativa movida por divergência de opiniões deixou de lado a
importância do uso do avental, e a maioria das lojas não entregavam mais o
avental aos iniciados, tornava-se urgente, tomada de providencias. Em
1725 a Maçonaria especulativa começou a se estruturar nos parâmetros
maçônicos, instituindo o uso e os modelos de aventais dos três primeiros
graus.

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Em 1747, consolidaram-se os altos graus, porem continham rebuscados
motivos na sua composição. A polêmica perdurou ate 1875 data em que
fora convocada a reunião dos supremos conselhos realizada em Lousanne,
onde se firmou a obrigatoriedade e o uso dos Aventais; dando-lhes formas
e dimensões apropriadas, quase que padronizadas;

 As dimensões dos aventais podiam variar de 30 a 35 e 40 a 45

centímetros;
 O avental de aprendiz seria branco, feito de pele de carneiro, com abeta
levantada em forma de triangulo, sem nenhum enfeite.
 O avental de companheiro também seria branco, com abeta para baixo, e
podia ser orlado de vermelho;
 O avental de Mestre seria branco com abeta abaixada, orlado e forrado
de vermelho.

Atualmente as determinações dos Supremos Conselhos de 1875, não

são mais observadas, pois os aventais variam de acordo com os ritos
Obediências e Países onde se
concentram.

DO AVENTAL DE
APRENDIZ
O avental é o primeiro paramento que o recém-iniciado recebe na
ordem como símbolo de pureza, e acolhimento pelos demais irmãos. É o
avental que lhe dará o direito de permanecer e ou acessar outras lojas, a
qual o Maçom não poderá se furtar do direito e do dever de usa-lo durante
as reuniões sendo peça fundamental para com o vestuário, e obrigatória sua
investidura, para estar personificada a imagem do Maçom seja em sua loja
de origem ou em qualquer outra parte do mundo.

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O avental é parte integrante, indispensável para todo e qualquer Maçom,
pois e nele que estão conditos a simbologia e os adornos para o cargo em
exercício. Exotericamente alguns autores Maçônicos reforçam a devida
importância para o “avental do aprendiz” motivo pelo qual deva
permanecer com a abeta levantada, simbolicamente para proteger o Plexo
Solar ou Chakra Umbilical, ligado ao epigástro, que antigamente era
considerado o centro dos sentimentos e emoções psíquicas do ser humano,
contra os quais o iniciado deve ser protegido se quiser conquistar a
serenidade de espírito para se tornar um verdadeiro Maçom.

O Avental que reveste todo Maçom é um emblema do corpo físico,

semelhante a uma armadura dano-lhe pleno domínio sob o mundo. Uma
vez dada a devida importância da consciência
do seu uso, o APRENDIZ Maçom, enxergar
as obrigações e a responsabilidade de
participar na construção do seu templo
interior. Pois o avental o remete a um estado
de consciência fazendo de si refletir no árduo
trabalhado que tende a percorrer em busca da
construção do seu próprio templo. Ainda que a
parte superior do nosso corpo seja a potencia
da psique humana, o avental cobre
simbolicamente a parte inferior do corpo, principalmente o ventre por ser a
séde da afetividade e das paixões, fato este também que nos faz observado
o sinal da devida guarda oportunamente na altura do plexo solar.

Formato do Avental: Atualmente, o avental de aprendiz tem formato

retangular na cor branca, medindo cerca de 30 cm de altura por 40 cm de
comprimento, cingido na cintura por cordel ou elástico na cor branca e
desprovido de símbolo, a parte retangular, ainda e composto por abeta
levantada “erguida”, como uma túnica de pele branca. A percepção do
Avental como vestimenta representam a essência do Maçom como visão
espiritual conseguida pela constante busca do seu aperfeiçoamento moral e
cívico para com a luz da Franco Maçonaria. Este é o real motivo pelo qual
o Maçom nunca deve desprezar seu avental, pois é parte integrante da
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manifestação sincera do homem iniciado, na própria vida, pela qual se
depura na justa escalada em busca da existência se um ser supremo.
Podemos dizer que o triangulo formado na abeta, mais o avental composto
em 2 (dois) outros dois triangulo, quando somados representam
simbolicamente as 3 (três) Formas Vivas do Homem, sendo, “corpo, alma
e espírito”

Em particular o Avental, não é apenas um enfeite ou adereço do vestuário

Maçônico, é algo sublime, é um revestimento que personifica cada irmão a
estar Maçom em loja, atribuindo a cada um a imagem do avental como
medalha honrosa a ser ostentada por todos os nos, através da nossa conduta
moral fora da loja.

Referência Bibliográfica:

Livro: Maçonaria 100 Instruções do Aprendiz - pag. 21,22,23,e 24

Escrito: Raymundo D´Elia Junior
Editora: Madras 2012

Livro: Rito York – O simbolismo Aprendiz Maçom - pag. 173.

Escrito por; Ugo Borges e Sergio Cavalcante.
Editora: Imprell 2008

Praia Grande 25 de setembro de 2017

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