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À Glória do Grande Arquiteto do Universo

ORDEM INTERNACIONAL DO RITO ANTIGO E PRIMITIVO DE MEMPHIS MISRAIM


Soberano Santuário Internacional
Respeitável Loja Feminina ANKH nº005

Venerável Meste e vós todas minhas Irmãs,


Em vossos Graus e Qualidades

LITURGIA

A liturgia maçônica se destina à construção de um ambiente de trabalho agradável e


sugestivo e, segundo alguns ritos afirmam, à formação de uma egrégora maçônica para a
prática do bem.

Para atingir aos seus fins, os atos litúrgicos se revestem da pompa necessária, a fim de
que os maçons sejam influenciados pela seriedade do momento. Além disso, por ocasião
das iniciações, uma boa leitura de alguns textos explicativos contribui para produzir uma
forte impressão inicial nos neófitos, fenômeno que se repete a cada nova cerimônia de
passagem.
A palavra liturgia vem do grego leitourgía, formado de leit- < laós, "povo", e -ourgós <
érgon, "trabalho".

Assim, liturgia, etimologicamente, significa o trabalho realizado para/em nome do povo.


Esse era o sentido da palavra para os gregos clássicos. A concepção atual, de conjunto de
rituais determinados ou prescritos, de modo geral, por uma religião é uma modificação
semântica introduzida pelo cristianismo.

Entre os antigos, a leitourgía era a oferta, em geral de custo muito elevado, de um serviço
ao povo ou ao estado, sendo por isso feita pelos cidadãos mais ricos.

A magnificência no desempenho da leitourgía, sempre um ato específico e, a um só tempo


honorífico e obrigatório, firmava a posição do responsável por ela ante os demais
membros da elite.

A principal área onde se poderia encontrar a leitourgía era a religião cívica, materializada
nos muitos festivais que marcavam o antigo ano grego.

Os romanos conheciam a figura da leitourgía, a que chamavam munera (plural de munus,


substantivo neutro). Sendo a bolsa do patriciado romano muito mais sensível que a dos
seus correspondentes helenos, os nobres da Cidade Eterna aprenderam muito cedo que
os munera deveriam ser evitados sempre que possível, a não ser que se pudesse obter do
povo alguma vantagem.

É comum falar-se em liturgia como algo muito complicado, com muito passos a ser
realizados para que um rito seja adequadamente concluído. Honestamente, essa
multiplicidade de fases e complexidades muitas vezes não é mais do que uma tentativa de
envolver o rito de adoração em um ar de mistério, o que não deveria ser usado para
confundir as pessoas.
A construção dos ritos pode ser aprendida partindo-se de ideias muito simples, de fácil
entendimento. Sobre sua estrutura básica pode-se construir um rito que será tão singelo
quanto as ideias básicas ou muito complexo, com uma pluralidade de etapas a executar.
Pode-se elaborar uma grande variedade de rituais com diferentes objetivos e diferentes
graus de complexidade, mas encontrar-se-á dentro de todos esses ritos um mesmo
padrão simples, expressivo e harmonioso.

A divisão do padrão do ritual abrange três partes: o centro, o começo e o final. Por quê
não o começo primeiro? Bem, há nisso uma lógica.

Na margem, fora do rito propriamente, ocorre a dedicação do espaço sagrado.

Na margem, fora do rito propriamente, os participantes reúnem-se e fazem todas as


coisas que são necessárias para unir-se em uma mesma identidade espiritual e para levar
essa massa formada de partículas individuais a um ponto de contato direto com o
sagrado.

O cerne de tudo necessariamente será aquele momento para o qual todos estão ali, o
ponto em que se oferece, reverencia-se, abençoa-se ou se consagra.

Novamente, é na margem, fora do rito propriamente, que encontraremos o final do qual


estaremos retornando - passada a ação sagrada central do rito - para nossas vidas e
consciências de costume.

Do centro para a margem o rito é planejado. Da margem para o centro o rito é conduzido.

Ultrapassando a margem, ingressamos no rito e avançamos rumo ao momento de clímax


em busca do qual viemos. Prosseguimos então calmamente, até uma vez mais
retornarmos à margem.

No cento de todo ritual fica o momento culminante, o ato central de adoração, benção ou
transformação, onde se encontra a razão do rito, o porquê do exercício espiritual que está
sendo realizado. A construção de um rito começa aqui, ao planejarmos uma cerimônia e a
finalidade para a qual ela se destina. Ao planejar um ritual, devemos responder certas
perguntas:

- Que desejamos realizar?

- Qual a melhor forma para alcançar esse objetivo?

É no centro que localizamos o ato fundamental do rito.

É importante lembrar que, ao identificarmos o centro, não o confundamos com o centro


temporal, cronológico. A identificação de um ato como centro da cerimônia baseia-se
completamente na função desse ato no contexto do rito.

Em rituais longos, a construção do ato central geralmente consome a maior parte do


tempo, com os passos finais ocupando somente uma porcentagem diminuta do tempo
total. Em uma cerimônia que dura cerca de uma hora, o ponto do clímax comumente será
atingido somente depois de 40 ou 45 minutos.
Em uma cerimônia de trinta minutos, o ato central comumente será encontrado após 20
minutos do início. Mas isso não é uma regra rígida, é apenas o que geralmente se vê.

Três elementos a lembrar sobre o centro de um ritual: a razão do ritual, o objetivo do


ritual, o apogeu do ritual.

O modo mais eficiciente para conduzir ao clímax de um rito é a preocupação que ocupa
nossas mentes ao delinearmos o começo de uma cerimônia.

É no princípio do rito que ponderamos sobre a melhor forma para agregar a mente
espiritual das pessoas presentes. É também durante esse estágio inicial que
estabelecemos e identificamos o espaço sagrado e como se liga ou se demonstra a
cosmologia de nossa realidade sagrada.

A ligação ritual inicial com as divindades, ancestrais e outras forças espirituais é


estabelecida durante o começo de qualquer cerimônia. O começo de um rito deve
estabelece o foco e a identidade espirituais dos participantes, identificar e estabelecer o
tempo e espaço rituais, estabelecer a conexão com a cosmologia sagrada, as divindades e
as forças espirituais.

Três elementos a lembrar sobre o começo de um ritual: como se reunir, como estabelecer
o espaço sagrado, como ligar-se aos Deuses.

Não se passa de um momento de intensidade espiritual diretamente de volta para a vida


quotidiana. Assim, deve existir também uma parte de encerramento da cerimônia.

É no encerramento do ritual que se dá tempo para os participantes buscarem seus


objetivos pessoais, afrouxar a tensão e retomar contato com a realidade comum depois de
um ato de forte carga espiritual.

É necessário oferecer um caminho pelo qual todos possam suavemente voltar ao mundo
das percepções normais à realidade comum. Podemos novamente nos aproximar da
margem e, serena e suavemente, deixar o mundo da realidade ritual e retornar a nossas
vidas.

No final da cerimônia, dedicamos algum tempo para agradecer aos Deuses e ancestrais
por sua participação e relações espirituais conosco, acrescentando um momento de
tranquilidade e quietude.

Três elementos a lembrar sobre o fim de um ritual: serenar, voltar, relaxar.

O ritualista iniciante deve evitar a tentação de prolongar desnecessariamente uma


cerimônia incluindo etapas ou atividades adicionais.

Embora esses passos ou atividades adicionais possam ter a intenção de intensificar ou


aperfeiçoar a experiência do ritual, é mais a sua adequação do que a sua quantidade que
deve fornecer a base para a escolha de quais atos incluir em qualquer cerimônia.

Uma ação deve fluir, resultar na próxima ação, sempre com vistas ao ápice central do rito.
Depois, as ações devem fluir do centro de volta para um ponto de calma e paz.
Um fluxo espiritual adequado é a consideração primordial ao selecionar que etapas
incluir e quais deixar de fora em uma cerimônia. Cada ação deve servir de apoio à
formação do objetivo central do ritual. Desse modo, algumas ações podem encaixar-se
bem no contexto de uma dada cerimônia e encontrar-se totalmente deslocadas no
contexto de outra.

O QUE É RITO E RITUAL?

RITO, palavra de origem latina, significando "RITUS" um uso ou costume aprovado.


É uma cerimônia ou conjunto de cerimônias que na Maçonaria significa o método
de conferir a Luz Maçônica por uma coleção e distribuição de graus. É, em outras
palavras, o método e a ordem observadas no governo de um Rito Maçônico.

A Maçonaria é composta de vários Ritos reconhecidos e de outros que não o são. Este
conjunto de fórmulas e normas próprias de cada Rito está prescrito por um RITUAL e é
nele que vão se encontrar e mesclar as duas linhas básicas da cultura maçônica:
LITURGIA e SIMBOLISMO.

RITUAL como "um conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou normas , e que se
deve observar de forma invariável em ocasiões determinadas, portanto, um cerimonial".
De acordo com Aslan em seu Dicionário Enciclopédico, o termo RITUALÍSTICO nada
mais é do que um neologismo com o mesmo significado de RITUAL, com o objetivo de
diferenciar do entendimento geral o entendimento exclusivamente maçônico.

Numa sessão maçônica, o ritual já começa antes mesmo da chegada da maioria dos
irmãos e da formação do cortejo (procissão de ingresso no templo). O MCCer.'. verifica se
tudo está em ordem para o início dos trabalhos, prepara o Altar dos Perfumes, e, na
seqüência, com a participação dos IIr.'. Mestr.'. Ccer.'. e Exp.'. , reanimam a Chama
Sagrada (ESTRELA). Após esse momento é que o MCCer.'. distribui as insígnias e
organiza os irmãos para adentrar no Templo, tendo início a sessão propriamente dita.

INCENSO

O simbolismo do incenso está ligado diretamente ao simbolismo da fumaça e do perfume.


A incensação tem como valor simbólico à associação do homem à divindade, do finito ao
infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a fumaça se está purificando o ambiente tanto
no sentido físico por tratar-se de substância com propriedades anti-sépticas, como
espiritual, pois o incenso tem a incumbência de elevar a prece para o céu.

A incensação gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com fluidos benéficos
os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da egrégora e propiciando à
reflexão.

O ritual da incensação inicia quando o Ven.'. Mestr.'. coloca as três pitadas do incenso no
turíbulo, magnetizadas por Sabedoria, Força e Beleza.

O Ven.'. Mestr.'. por três vezes incensa, invocando a Sabedoria tão necessária para
conduzir os trabalhos e orientar os Obreiros.
ESPADA

A espada, em maçonaria, é a arma da vigilância com a qual o Maçom defende a Ordem;


representa o poder e a autoridade dirigidos com justiça e equilíbrio. É um símbolo de
igualdade entre os MM.'. MM.'. e, é usada em todos os graus do simbolismo, apenas por
MM.'. MM.'..

Empunhada com a mão direita, representa uma arma; a ação física; a Proteção dos
Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a Vingança que se abate sobre o traidor
e a Consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as
paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões (as quais o Tempo, inexorável
Guardião da Eternidade, consome).

Ao penetrarem no Templo, todos os MM.'. MM.'. devem estar munidos de uma espada
introduzida na extremidade inferior da Faixa de Mestre, no local apropriado, exceto os
IIr.'. Cobridor e Experto que terão suas espadas em esquadria.

A lâmina da espada não deve ser tocada para que não se altere sua imantação,
interferindo no fluxo energético que se estabelece com a ritualística. Apesar disso, o ato
litúrgico que envolve o uso de espadas na Maçonaria não está ligado a magia ritual
primitiva, ainda que os antigos magos empunhassem numa mão uma vara e na outra uma
espada. Tão pouco se prende exclusivamente ao sentido guerreiro ou militar!

O uso da espada está relacionado a efeitos geomânticos uma vez que todo ritual interfere
em correntes de energia.

Esta é uma breve explicação sob dois pontos de nossas sessões, lembre-se de que cada vez
que praticamos um ato dentro de loja as suas conseqüências se refletem em cada um dos
irmãos, pois a energia que exalamos é distribuída aos irmãos e com eles compartilhada.

O SIMBOLISMO E A LITURGIA

É através dele que se dinamizam e se amalgam os preceitos fundamentais de que a


cultura maçônica é totalmente simbólica e que o seu desdobramento se dá sobre uma
linha formal, cerimoniosa e disciplinada.

Paralelamente à linha rígida e formal (litúrgica e simbólica) há aberturas para livre


exercício da personalidade do Maçom, com todas as garantias; são os momentos não
escritos onde se franqueia a expressão e a opinião. Pode-se dizer que este terceiro
instituto da dinâmica ritualística se completa a tríade maçônica:

 SIMBOLISMO
 LITURGIA
 PERSONALIDADE

Além da liturgia, a Maçonaria, como outras ordens, reúne uma grande quantidade de
conhecimento esotérico e exotérico, compilados cuidadosamente pelos maçons, através
dos séculos.
O modo como esses conhecimentos e princípios são apresentados aos Irmãos e como eles
são encarados varia entre os diversos grupos humanos de que se compõe a Maçonaria.

Essas variações não descaracterizam a ordem nem prejudicam o seu trabalho. Elas são
reunidas em organismos reguladores - altos órgãos que se encarregam de organizar a
teoria e a práxis, segundo a linha orientadora escolhida.

Um rito não reconhece outro rito! Um rito nada tem a ver com outro rito. Jamais se viu,
no mundo maçônico, um rito pedir a outro que o considere regular. Não há nem nunca
houve reconhecimento de um rito por outro; as potências simbólicas, sim, é que se
reconhecem entre si ou não.

Por outro lado, nenhum rito pode tachar outro de irregular: faltam-lhe totais
competência, idoneidade e capacidade para isso, sobre ser impertinente ingerência em
assuntos que não lhe dizem respeito.

Na maçonaria especulativa ou atual (vinda de 1717), o 1.º Congresso Internacional


Maçônico foi realizado em 1834 e, nele, se proclamou, solenemente, a independência dos
ritos entre si.

Os ritos só têm relação direta com a potência simbólica ou regular, mas são inteiramente
independentes entre si, sem prejuízo da vida harmônica em que devem existir.

Não há nenhum rito reconhecido universalmente por qualquer plenário ou órgão


supranacional, organizado para assim o decidir. Não há um só rito que seja praticado em
todo o mundo, isto é, nos mais de 70 países em que a Maçonaria está em funcionamento.

A expressão rito reconhecido universalmente significa, tão somente, que se trata de um


rito regular, capaz de ser praticado ou reconhecido em qualquer país.

A pedra fundamental é a regularidade: todo o rito regular guarda os arcanos da


Maçonaria tradicional.

São vários os ritos maçônicos praticados no Globo Terrestre: RAPMM (Rito Antigo e
Primitivo de Memphis e Misraim), REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito), Rito
Adoniranita, Rito Egípcio, Rito Brasileiro, Rito Moderno, Rito Francês e etc.

Que o GADU possa sempre nos iluminar e energizar os nossos pensamentos para que
possamos sempre trilhar o caminho da verdade, justiça do amor fraternal e nos basear na
liberdade igualdade e fraternidade para que os nossos pensamentos sejam justos e as
nossas ações perfeitas caminhando pela régua e se guiando pela esquadria.

Tenho Dito

Ir.´. Flor de Lys

Data da Peça de Arquitetura: 04/04/2013

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