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LITURGIA
Para atingir aos seus fins, os atos litúrgicos se revestem da pompa necessária, a fim de
que os maçons sejam influenciados pela seriedade do momento. Além disso, por ocasião
das iniciações, uma boa leitura de alguns textos explicativos contribui para produzir uma
forte impressão inicial nos neófitos, fenômeno que se repete a cada nova cerimônia de
passagem.
A palavra liturgia vem do grego leitourgía, formado de leit- < laós, "povo", e -ourgós <
érgon, "trabalho".
Entre os antigos, a leitourgía era a oferta, em geral de custo muito elevado, de um serviço
ao povo ou ao estado, sendo por isso feita pelos cidadãos mais ricos.
A principal área onde se poderia encontrar a leitourgía era a religião cívica, materializada
nos muitos festivais que marcavam o antigo ano grego.
É comum falar-se em liturgia como algo muito complicado, com muito passos a ser
realizados para que um rito seja adequadamente concluído. Honestamente, essa
multiplicidade de fases e complexidades muitas vezes não é mais do que uma tentativa de
envolver o rito de adoração em um ar de mistério, o que não deveria ser usado para
confundir as pessoas.
A construção dos ritos pode ser aprendida partindo-se de ideias muito simples, de fácil
entendimento. Sobre sua estrutura básica pode-se construir um rito que será tão singelo
quanto as ideias básicas ou muito complexo, com uma pluralidade de etapas a executar.
Pode-se elaborar uma grande variedade de rituais com diferentes objetivos e diferentes
graus de complexidade, mas encontrar-se-á dentro de todos esses ritos um mesmo
padrão simples, expressivo e harmonioso.
A divisão do padrão do ritual abrange três partes: o centro, o começo e o final. Por quê
não o começo primeiro? Bem, há nisso uma lógica.
O cerne de tudo necessariamente será aquele momento para o qual todos estão ali, o
ponto em que se oferece, reverencia-se, abençoa-se ou se consagra.
Do centro para a margem o rito é planejado. Da margem para o centro o rito é conduzido.
No cento de todo ritual fica o momento culminante, o ato central de adoração, benção ou
transformação, onde se encontra a razão do rito, o porquê do exercício espiritual que está
sendo realizado. A construção de um rito começa aqui, ao planejarmos uma cerimônia e a
finalidade para a qual ela se destina. Ao planejar um ritual, devemos responder certas
perguntas:
O modo mais eficiciente para conduzir ao clímax de um rito é a preocupação que ocupa
nossas mentes ao delinearmos o começo de uma cerimônia.
É no princípio do rito que ponderamos sobre a melhor forma para agregar a mente
espiritual das pessoas presentes. É também durante esse estágio inicial que
estabelecemos e identificamos o espaço sagrado e como se liga ou se demonstra a
cosmologia de nossa realidade sagrada.
Três elementos a lembrar sobre o começo de um ritual: como se reunir, como estabelecer
o espaço sagrado, como ligar-se aos Deuses.
É necessário oferecer um caminho pelo qual todos possam suavemente voltar ao mundo
das percepções normais à realidade comum. Podemos novamente nos aproximar da
margem e, serena e suavemente, deixar o mundo da realidade ritual e retornar a nossas
vidas.
No final da cerimônia, dedicamos algum tempo para agradecer aos Deuses e ancestrais
por sua participação e relações espirituais conosco, acrescentando um momento de
tranquilidade e quietude.
Uma ação deve fluir, resultar na próxima ação, sempre com vistas ao ápice central do rito.
Depois, as ações devem fluir do centro de volta para um ponto de calma e paz.
Um fluxo espiritual adequado é a consideração primordial ao selecionar que etapas
incluir e quais deixar de fora em uma cerimônia. Cada ação deve servir de apoio à
formação do objetivo central do ritual. Desse modo, algumas ações podem encaixar-se
bem no contexto de uma dada cerimônia e encontrar-se totalmente deslocadas no
contexto de outra.
A Maçonaria é composta de vários Ritos reconhecidos e de outros que não o são. Este
conjunto de fórmulas e normas próprias de cada Rito está prescrito por um RITUAL e é
nele que vão se encontrar e mesclar as duas linhas básicas da cultura maçônica:
LITURGIA e SIMBOLISMO.
RITUAL como "um conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou normas , e que se
deve observar de forma invariável em ocasiões determinadas, portanto, um cerimonial".
De acordo com Aslan em seu Dicionário Enciclopédico, o termo RITUALÍSTICO nada
mais é do que um neologismo com o mesmo significado de RITUAL, com o objetivo de
diferenciar do entendimento geral o entendimento exclusivamente maçônico.
Numa sessão maçônica, o ritual já começa antes mesmo da chegada da maioria dos
irmãos e da formação do cortejo (procissão de ingresso no templo). O MCCer.'. verifica se
tudo está em ordem para o início dos trabalhos, prepara o Altar dos Perfumes, e, na
seqüência, com a participação dos IIr.'. Mestr.'. Ccer.'. e Exp.'. , reanimam a Chama
Sagrada (ESTRELA). Após esse momento é que o MCCer.'. distribui as insígnias e
organiza os irmãos para adentrar no Templo, tendo início a sessão propriamente dita.
INCENSO
A incensação gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com fluidos benéficos
os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da egrégora e propiciando à
reflexão.
O ritual da incensação inicia quando o Ven.'. Mestr.'. coloca as três pitadas do incenso no
turíbulo, magnetizadas por Sabedoria, Força e Beleza.
O Ven.'. Mestr.'. por três vezes incensa, invocando a Sabedoria tão necessária para
conduzir os trabalhos e orientar os Obreiros.
ESPADA
Empunhada com a mão direita, representa uma arma; a ação física; a Proteção dos
Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a Vingança que se abate sobre o traidor
e a Consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as
paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões (as quais o Tempo, inexorável
Guardião da Eternidade, consome).
Ao penetrarem no Templo, todos os MM.'. MM.'. devem estar munidos de uma espada
introduzida na extremidade inferior da Faixa de Mestre, no local apropriado, exceto os
IIr.'. Cobridor e Experto que terão suas espadas em esquadria.
A lâmina da espada não deve ser tocada para que não se altere sua imantação,
interferindo no fluxo energético que se estabelece com a ritualística. Apesar disso, o ato
litúrgico que envolve o uso de espadas na Maçonaria não está ligado a magia ritual
primitiva, ainda que os antigos magos empunhassem numa mão uma vara e na outra uma
espada. Tão pouco se prende exclusivamente ao sentido guerreiro ou militar!
O uso da espada está relacionado a efeitos geomânticos uma vez que todo ritual interfere
em correntes de energia.
Esta é uma breve explicação sob dois pontos de nossas sessões, lembre-se de que cada vez
que praticamos um ato dentro de loja as suas conseqüências se refletem em cada um dos
irmãos, pois a energia que exalamos é distribuída aos irmãos e com eles compartilhada.
O SIMBOLISMO E A LITURGIA
SIMBOLISMO
LITURGIA
PERSONALIDADE
Além da liturgia, a Maçonaria, como outras ordens, reúne uma grande quantidade de
conhecimento esotérico e exotérico, compilados cuidadosamente pelos maçons, através
dos séculos.
O modo como esses conhecimentos e princípios são apresentados aos Irmãos e como eles
são encarados varia entre os diversos grupos humanos de que se compõe a Maçonaria.
Essas variações não descaracterizam a ordem nem prejudicam o seu trabalho. Elas são
reunidas em organismos reguladores - altos órgãos que se encarregam de organizar a
teoria e a práxis, segundo a linha orientadora escolhida.
Um rito não reconhece outro rito! Um rito nada tem a ver com outro rito. Jamais se viu,
no mundo maçônico, um rito pedir a outro que o considere regular. Não há nem nunca
houve reconhecimento de um rito por outro; as potências simbólicas, sim, é que se
reconhecem entre si ou não.
Por outro lado, nenhum rito pode tachar outro de irregular: faltam-lhe totais
competência, idoneidade e capacidade para isso, sobre ser impertinente ingerência em
assuntos que não lhe dizem respeito.
Os ritos só têm relação direta com a potência simbólica ou regular, mas são inteiramente
independentes entre si, sem prejuízo da vida harmônica em que devem existir.
São vários os ritos maçônicos praticados no Globo Terrestre: RAPMM (Rito Antigo e
Primitivo de Memphis e Misraim), REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito), Rito
Adoniranita, Rito Egípcio, Rito Brasileiro, Rito Moderno, Rito Francês e etc.
Que o GADU possa sempre nos iluminar e energizar os nossos pensamentos para que
possamos sempre trilhar o caminho da verdade, justiça do amor fraternal e nos basear na
liberdade igualdade e fraternidade para que os nossos pensamentos sejam justos e as
nossas ações perfeitas caminhando pela régua e se guiando pela esquadria.
Tenho Dito