Escriba A VOZ DO Jornalista Responsável:

Saiu no A Jaricé
VozBraga -RG.Prof. 12629
do Escriba-
1
29 DEA VOZ DO

Escriba
MAIO DE
2023
MTB 29.09.77 – Telefone 21 995185342 Email –
Virou –História,
jbragaescriba@gmail.com
Virou
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responsabilidade dos autores 29 DE MAIO DE 2023

O GRANDE MALHETE DA GLMERJ

ALVARO PAIVA GAMA
Sereníssimo Grão-Mestre
JARICÉ BRAGA RAMOS
Eminente Grão-Mestre Adjunto
2 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023

As alterações no
comando da GLMERJ
Talvez as posições mais
emblemáticas em uma Potência
Maçônica são aquelas do seu dirigente
maior, seu Grão Mestre, e de seu
Adjunto.
As atenções de toda a jurisdição se
voltam para eles, por mínimas que
sejam suas atitudes. Representam
verdadeiros espelhos nos quais se mira
a esmagadora maioria dos Irmãos.
Naturalmente, há os que possuem
outras preferencias, mas isso é típico
de qualquer sociedade humana. A
unanimidade é burra – como disse
Nelson Rodrigues. Para nós, a antítese
é um fator de aperfeiçoamento e
evolução. Não se desbasta a pedra
bruta, se não pelo atrito.
Entretanto, quando se fala em
comando da jurisdição, o tema assume
muitas facetas diferentes, que vão
desde uma utópica expectativa de
perfeição, até a crítica sem
fundamento ou motivada por simples
ignorância.
Portanto, uma alteração na cúpula
administrativa de uma Grande Loja
como a nossa traz sempre muitos
comentários e especulações. Por que
foi feita? Por que não fizeram isso ou
aquilo? A resposta é que o Grande
Arquiteto do Universo REALMENTE
inspira nosso escalão maior para que
as melhores decisões sejam tomadas,
em benefício da jurisdição e da
instituição.
Uma combinação de coincidências
levou a adoção de decisões que
beneficiam nossa Ordem. Nosso Grão-
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 3

Mestre, por razões de saúde,
precisa se afastar para recarregar
suas energias e voltar, em novo
mandato, reeleito pela maioria
esmagadora da jurisdição. Um
Eminente Grão-Mestre Adjunto,
sempre cordato e aderente às
orientações do líder maior,
bruscamente ocupa o seu lugar,
mesmo que por um curto período,
e continua a linha de
comportamento que, em
confiança, recebeu.
Um novo Eminente Grão-
Mestre Adjunto, temperado por
várias décadas de trabalho
jornalístico em prol da instituição,
proprietário de uma vasta rede de
amizades e contatos e certamente
muito bem recebido em sua nova
posição, surpreendente para
alguns, mas não para quem priva
de sua amizade.
Finalmente, uma grata surpresa.
Um futuro Grão-mestre Adjunto,
herdeiro de uma das tradições
mais importantes na Maçonaria
Brasileira, também temperado
por algumas décadas de
experiencia no serviço público e
na Maçonaria, pronto para ser um
elemento importante e auspiciosa do Grande Arquiteto
sustentáculo do novo período
administrativo.
E um Grão-Mestre antigo, mas
agora renovado por um novo
mandato consagrado pelas urnas,
cheio de disposição para cumprir
importantes trabalhos, dentre os
quais destaco como estrela maior,
a nossa nova sede.
Nosso antigo e novo Grão-
Mestre tem à sua frente um
enorme desafio, e nós, que
pertencemos á sua administração
ou fazemos parte das Lojas da
jurisdição, estamos a postos para
ajudá-lo a chegar a bom termo,
com o auxílio e a inspiração
do Universo.
Irmão José Carlos de Seixas -
Grande Secretário de Relações
Exteriores
4 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023

Ao Povo Maçônico
do nosso Estado e
do nosso País
A todos os queridos Irmãos,
especialmente aos que compõem
os quadros de Obreiros das Lojas
de nossa jurisdição.
É com imensa alegria que
informamos que assumiu o
Supremo Malhete da nossa
Grande Loja nosso Valoroso
Irmão Álvaro Paiva Gama,
anterior Eminente Grão Mestre
Adjunto, em substituição ao ora
Past-Grão Mestre, José Ricardo
Salgueiro de Castro. O irmão
José Ricardo necessitou
ausentar-se por motivos de ordem
particular, prometendo retornar
ao nosso convívio
oportunamente. Em sua nova
composição, a Alta
Administração recebe o nosso
irmão Jaricé Braga Ramos
como novo Eminente Grão-
Mestre Adjunto.
Tomado por forte sentimento
de reconhecimento e gratidão,
nosso Irmão e hoje Sereníssimo
Grão-Mestre Álvaro Paiva
Gama, fez uso da palavra. Com
a voz embargada pela emoção
nos brindou com as seguintes
palavras:
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba A VOZ DO

“Em período recente

Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 5
obtivemos grandes conquistas
perceptíveis aos olhos e
corações de nossos queridos
Irmãos que ansiavam por
algumas mudanças, dentre elas
a aquisição de uma Nova Sede
para a nossa amada Grande
Loja Maçônica do Estado do
Rio de Janeiro. Com
humildade e muito trabalho,
consolidamos dia após dia esse
sonho acalentado, com o
acompanhamento diuturno de
valorosos Irmãos que técnica,
tenaz e incansavelmente, não
medem esforços para a
concretização dessa Grandiosa
Obra. Sob a proteção de Deus,
nosso Grande Arquiteto do
Universo, e a inspiração de São
João, nosso patrono, Maçons
Livres e de Bons Costumes,
prosseguimos embalados por
uma inabalável fé em nosso
brilhante destino, em busca da
Fraternidade Universal, nosso
último e sagrado objetivo.
O Eminente Grão-Mestre
Adjunto Irmão Jaricé Braga,
expressou sua gratidão por
mais de 30 anos de trabalho em
prol de um mundo mais justo,
na procura do amor e do
aperfeiçoamento dos costumes,
sem preocupação de fronteiras
ou de raças, buscando unir
todos os nossos Irmãos do
mundo, inspirado na palavra do
Evangelho, em 1 Coríntios
6 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023
1:10: “Rogo-vos, irmãos, em
nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, que sejais concordes no
falar, e que não haja dissensões
entre vós; antes sejais unidos no
mesmo pensamento e no
mesmo parecer”.
Persistimos em progredir e
haveremos de conseguir,
deixando um legado de
realizações, motivo de honra e
orgulho para nós e nossos
descendentes. Simbolicamente
servirão de alicerces sólidos
para a devida avaliação desta
época histórica que estamos
vivendo. O sucesso está
realmente ao alcance de nossas
mãos, e cumpriremos a Missão
que nos foi confiada. Para tanto,
recebemos a inspiração de
brilhantes antecessores e
grandes avatares da Maçonaria
no Estado do Rio de Janeiro.
Destacamos a Família Zveiter,
dos quais seus principais
representantes hoje são os
nossos Irmãos Waldemar
Zveiter e Luiz Zveiter.
Hoje, nós, Álvaro Paiva
Gama e Jaricé Braga, damos
continuidade ao Projeto vindo
do passado, com operosidade
e respeito aos Irmãos e àqueles
que nos antecederam. Esse
sonho, hoje em construção
coletiva, se torna realidade e
ficará gravado para sempre na
História da Maçonaria
Brasileira e Universal.
Tenham os Irmãos plena
 29 DE
MAIO DE
2023 EscribaA VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 7

convicção de que faremos o
nosso melhor para fortalecer a
cada dia mais as Colunas da
nossa Mui Respeitável Grande
Loja. Ao final do nosso
mandato à frente dessa
Sacrossanta Instituição,
repassaremos aos nossos
sucessores uma Grande Loja
ainda mais pujante e
organizada.
Queridos Irmãos, recebam
todos a nossa eterna gratidão,
extensiva a todos os Irmãos
componentes das Lojas e da
Alta Administração da nossa
Grande Loja. Hoje, todos os
Senhores nos fizeram
imensamente felizes, e
regiamente pagos e Dai-nos a fé e a razão.
recompensados por todos esses
anos de Vida Maçônica intensa
e profícua, e pelo trabalho
desenvolvido em prol da
Maçonaria no Estado do Rio
de Janeiro”.
No mais, que DEUS, o
GADU, nos ampare, inspire,
ilumine e guarde das mazelas
do mundo e nos permita viver
em Paz e tranquilidade.
Deus!! Dai-nos a força de
ajudar o progresso, a fim de
subirmos até Vós.
Dai-nos a caridade pura.
Dai-nos a simplicidade que
fará de nossas almas o espelho
onde se refletirá a Vossa
Santíssima Imagem.
Assim é, e assim será!
Sereníssimo Grão-
Mestre Álvaro Paiva
Gama
Eminente Grão-Mestre
Adjunto Jaricé Braga
Ramos
8 Escriba
A VOZ DO
Mário BEHRING
“O pai das Grandes
Lojas Brasileira”
MÁRIO MARINHO DE
CARVALHO BEHRING, o
mineiro filho das Minas Gerais
que iniciou uma luta sem quartel
em favor da liberdade de
pensamento e contra
o radicalismo – O jovem que aos
22 anos transpôs o pórtico da Loja
Maçônica “União Cosmopolita”
e logo empunharia o primeiro
Malhete de sua Oficina – A
atitude corajosa de um Grão -
Mestre em separar-se dos corpos
do Grande Oriente. ’’
No ano de 1901,
Mário Behring transfere-se de sua
cidade natal, Ponte Nova, em
Minas Gerais, para o Rio de
Janeiro. Possuidor de certa
experiência como maçom
iniciado na Loja “União
Cosmopolita”, de sua terra, na
capital da República filiou-se à
Loja “Comércio e Arte”, vindo a
ser nomeado Membro da
Comissão de Redação do
Boletim Oficial do Grande
Oriente do Brasil, criado em 17
de junho de 1822. Ainda nas
funções da referida Comissão,
desde 1902 até 1905, foi eleito
em 1906 Grande Secretário
Adjunto. Em 1907 foi convidado
a elaborar o projeto da
Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História,
Virou notícia
Constituição do GOB, formado
por 18 membros encarregados da
sua redação final.
Com o falecimento do Grão-
Mestre Adjunto Luiz Soares
Horta Barbosa, a 28 de janeiro
de1921, realizaram-se novas
eleições, a 25 de abril seguinte,
para preenchimento do cargo,
sendo apresentados dois
MAIO DE
2023
candidatos: Mário Behring e o
general José Maria Moreira
Guimarães. Com o apoio de São
Paulo, o general Moreira
Guimarães obteve a maioria de
sufrágios (2.770 contra 2.124
dados a Behring). Manipulados,
todavia, os dados, a junta
apuradora anulou votos de ambos
os lados, principalmente os do
general, de tal maneira que
Mário Behring acabaria
sendo eleito com l.410
votos.
A reação provocada
O Grande Oriente de São Paulo
era dirigido, desde 1920, pelo
jurista José Adriano Marrey
Júnior. No dia 29 de julho de 1921,
atendendo a uma convocação do
Grão- Mestre Marrey Júnior,
representantes de 51 Lojas
participaram de uma reunião, na
qual tratou-se do desligamento
desse Grande Oriente do Poder
Central, sob a alegação de não
terem sido computados os votos
de São Paulo naquelas eleições
suplementares. O Grande Oriente
do Brasil, reagindo a essa brusca
separação, declara extinto o
Grande Oriente Estadual de São
Paulo, pelo Decreto nº 694, de 27
de outubro de 1921, criando
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba A VOZ DO
posteriormente a Grande Loja
Simbólica de São Paulo.
Behring Grão-Mestre
20 de maio de 1922,
Mário Behring seria eleito Grão-
Mestre do Grande Oriente do
Brasil e empossado a 28 de junho,
tendo como Adjunto Bernardino
de Almeida Senna Campos. A
17 de junho de 1925,quase no fim
da gestão do Grão-Mestre
Mário Behring, pelo Decreto Nº
814, era extinta a Grande Loja
Simbólica do Estado de São Paulo
e criada uma Delegacia do Grande
Oriente do Brasil no
Estado. Behring estava
licenciado desde 21 de maio,
mas reassumiu a 23 de junho,
diante da celeuma provocada em
torno da eleição para o Grão-
Mestrado, ocorrida a 20 de
maio. Com o falecimento do
Grão- Mestre Vicente Neiva, a
18 de fevereiro de 1926, assumiu
o Adjunto Fonseca Hermes, com
quem Behring assinaria um
tratado a 17 de junho,
estabelecendo que o Rito Escocês
Antigo e Aceito e os Graus
Simbólicos ficariam com o
Grande Oriente, enquanto que os
Altos Graus com o Supremo
Conselho. O irmão Behring, ao
tomar conhecimento do que iria
ocorrer, promoveu às escondidas,
dia 27 de junho de 1927, na Rua
da Quitanda, 32, uma reunião
extraordinária do Supremo
Conselho, que contou com a
presença de 13 membros efetivos
de sua administração e declarou
a sua separação do Grande
Oriente. Isto sem esquecer
de subtrair todos os papéis e
documentos dos arquivos do
Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia
Supremo Conselho, no Lavradia,
que foram transportados para a
Rua da Constituição nº 38. A
atitude foi considerada um
flagrante delito que foi levado ao
conhecimento de todas as
Obediências. Nessa ocasião, os
seguidores do Irmão
Mário Behring foram
renunciados aos cargos que
ocupavam no Grande Oriente:
Amaro Albuquerque (Grande
Secretário Geral) , Moreira
Sampaio (2º Grande Vigilante do
Conselho), Monteiro Chaves e
Senna Campos, os dois últimos
membros efetivos.
O Desiderato
O destemido Grão-Mestre
Mário Behring, em breves
palavras, conclamou a Posteriormente, engajou-se na
necessidade da sonhada
separação do Grande Oriente,
ensejo em que criou um substrato
simbólico para um Supremo
Conselho na figura de Grandes
Lojas na abrangência dos estados
da Federação. A primeira Loja a
independer-se do GOB foi a da
Bahia, fundada a 22 de maio de
1927 (recebeu a Carta
Constitutiva Nº 21) seguida pelas
do Rio de Janeiro e São Paulo, esta
fundada a 18 de junho de 1927
por 23 Lojas das quais apenas uma
permaneceu fiel ao GOB – a
Prudente de Morais. A 3 de
agosto daquele ano, o Supremo
Conselho de
Mário Behring lançava um
Manifesto às Oficinas Escocesas
do Brasil e o Decreto Nº 7 foi
considerado o “pai das Grandes
Lojas Brasileiras”
Perfil de Mário Behring
Filho de José Ribeiro Behring e
de Maria Francisca Behring,
9
Mário Marinho de
Carvalho Behring nasceu a 27 de
janeiro de 1876 na cidade de
Ponte Nova/MG. Cursou o
Colégio Pedro II do Rio de
Janeiro, formando-se em
engenheiro agrônomo pela Escola
Agrícola da Bahia, em 1896.
Retornando à sua cidade natal,
exerceu o cargo de Diretor de
Obras do Município e fundou o
“Externato Pontenovense”.
Mudando-se para o Rio de
Janeiro, em 1901, tornou-se
diretor de duas destacadas revistas
na então capital da
República: Kosmos e Para
Todos(nesta escrevia sob o
pseudônimo “O Operador”).
similar Cineasta, ao lado de
Adhemar Gonzaga,
especializando-se em assuntos das
artes cênicas. Polígrafo,
colaborou nos jornais O
Imparcial, Jornal do Comércio,
além das famosas revistas Fon-
Fon, Careta, Ilustração Brasileira
e Revista da Estrada de Ferro. “A
vida intelectual de
Mário Behring foi exercida
quando “pobre, casado e com
muitos filhos” (GOMES, Paulo
Emílio Salles. Perspectiva – São
Paulo, 1974 –
p.295) MárioBehring foi
iniciado maçom na Loja “União
Cosmopolita” de Minas Gerais,
em 27 de dezembro de 1897 (aos
21 anos). No Rio de Janeiro, foi
filiado à Loja Ganganelli Nº 289
(Rito Moderno) fundada em 25
de junho de 1874. Faleceu em 14-
06-1933
Ir. Vander M. de Souza
10 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História,
Virou notícia
UNIFICAÇÃO OU
PACIFICAÇÃO
DA MAÇONARIA
BRASILEIRAFernando Henrique
Cardoso, quando estava no
exercício do honroso cargo
de Presidente do Brasil,
recebeu em seu gabinete
uma comissão de maçons,
liderada por um Grão-
Mestre Geral, que ali fora
entregar uma Carta
Manifesto. Feitas as devidas
apresentações, o presidente
fez uma pergunta que se
tornou o calcanhar de
Aquiles da Maçonaria no
Brasil - perguntou ele “Qual
é a maçonaria de vocês”.
A resposta foi dada pelo
Grão-Mestre Geral ali
presente - que a tal comissão
era composta por maçons
filiados ao Grande Oriente do
Brasil, Potência Maçônica
instalada no Brasil em 17 de
MAIO DE
2023
junho de 1822, sendo,
portanto, a potência mater da
maçonaria no Brasil.
Sem maiores
questionamentos a respeito da
maçonaria brasileira e de
quem por ela falava no Brasil,
a audiência prosseguiu e foi
concluída com sorrisos e
apertos de mão entre os
presentes.
A pergunta do presidente
FHC tinha uma razão de ser,
porquanto sabia ele que
naquele momento já existiam
várias potências maçônicas
independentes e que
nenhuma delas falava em
nome da Ordem Maçônica no
Brasil. Ou seja, ele tinha
conhecimento de que a
maçonaria estava dividida e
 29 DE
MAIO DE
2023 EscribaA VOZ DO
por isto não tinha um único
líder em nível nacional que
pudesse se apresentar á maior
autoridade do Brasil falando
em nome de nossa Instituição.
Por outro lado, acredito que
os irmãos que estiveram
presentes na tal audiência
com o presidente FHC, dali
saíram um tanto quanto
constrangidos, até porque
deviam estar pensando que ali
foram representando a
maçonaria brasileira, o que
não era verdade. Ali estavam
representando uma das
potências maçônicas
instaladas no Brasil, que
para o presidente da
República era totalmente
desconhecida.
Somente os maçons
brasileiros, alguns
historiadores do passado e do
presente, bem como alguns
estudiosos, inclusive do
Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 11
“Fernando Henrique
Cardoso, quando estava no
exercício do honroso cargo de
Presidente do Brasil, recebeu
em seu gabinete uma comissão
de maçons, liderada por um
Grão-Mestre Geral, que ali
fora entregar uma Carta
Manifesto. Feitas as devidas
apresentações, o presidente fez
uma pergunta que se tornou o
calcanhar de Aquiles da
Maçonaria no Brasil -
perguntou ele “Qual é a
maçonaria de vocês”.
mundo acadêmico, sabem que perante a sociedade política
a história do Grande Oriente brasileira, em 1973 surgiram
do Brasil se confunde com a outras potências maçônicas
história do Brasil, em seus independentes, que passaram
primórdios políticos. E que a concorrer com as potências
está potência maçônica falou maçônicas já existentes.
em nome da maçonaria Ou seja, o Brasil maçônico
brasileira até 1927, porquanto se dividiu em várias unidades
era até esta época a única de poder, muitas com
maçonaria existente no jurisdições estaduais e uma
território nacional. única, a Federação Maçônica
Porém, com o advento no - Grande Oriente do Brasil
Brasil das Grandes Lojas com jurisdição nacional, a
Estaduais, como potências qual passou a dividir poder
maçônicas independentes, o com as duas confederações
Grande Oriente do Brasil que foram criadas para reunir
perdeu sua liderança potências maçônicas
política perante as estaduais - A Confederação da
autoridades constituídas em Maçonaria Simbólica do
nosso país. Ou seja, passou a Brasil - CMSB e
ser tão somente mais uma Confederação da Maçonaria
potência em atividade no Brasileira - COMAB.
Estado brasileiro. Diante desta realidade
Mas, se não bastasse esta maçônica no Brasil, muitos
divisão de poder maçons antigos ainda sonham
representativo maçônico, com a unificação das
12 Escriba
A VOZ DO
potências maçônicas
brasileiras, em uma só
Potência. Uma expectativa
difícil de ser concretizada, por
uma série de razões legais e
de alguns motivos históricos
já estratificados.
Contudo, a reunificação da
maçonaria brasileira é um
pensamento latente, portanto,
não esquecido e muito menos
abandonado pela maioria
Obreira. Ela faz parte do
inconsciente coletivo
maçônico brasileiro, até os
dias atuais. Isto porque, ao
longo do tempo diversos
maçons estudiosos se
debruçaram sobre esta
temática e quando oportuno
apresentaram suas teses,
propondo várias
possibilidades.
É certo que, na atualidade
existe uma boa convivência
entre as potências maçônicas
regulares em nosso país, ou
seja, podemos até afirmar que
existe uma pacificação
interpotencial, haja vista a
iniciativa nesta direção
adotada pelo atual Grão-
Mestre Geral do Grande
Oriente do Brasil, em face dos
inúmeros tratados de amizade
e de reconhecimento,
celebrados entre as potências
regulares e as Grandes Lojas
Estaduais e Grandes Orientes
Independentes.
Todavia, inexiste um só
Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História,
Virou notícia
comando maçônico no Brasil
e por isto inexiste uma
autoridade maçônica que
tenha poder institucional
para falar em nome da
Maçonaria brasileira. E
neste particular é comum após
encontros nacionais, as
potências reunidas expedirem
“Cartas” manifestos, dirigidas
aos seus liderados e à Nação
Brasileira, as quais não
sensibilizam nossas
autoridades públicas, isto é,
não merecem nenhuma
atenção, acredita-se porque
viraram lugar comum.
O fato é que, está na hora
de nossos grandes líderes
maçônicos se reunirem,
para tratarem da possibilidade
de se encontrar um
denominador comum, no
sentido de definir uma
alternativa que seja viável,
para criar-se a figura do
grande representante da
MAIO DE
2023
Maçonaria Brasileira
(temporário), a ser escolhido
pelas potências maçônicas
regulares e reconhecidas, quer
entre si quer por outras
potências maçônicas
internacionais, que mantêm
tratados com nossas potências
nacionais.
Acredito que com o advento
do Grande Representante
da Maçonaria regular no
Brasil, a nossa Ordem será
vista com um novo olhar pela
sociedade brasileira e pelas
autoridades constituídas de
nossa nação, até porque
somente ele falará
oficialmente em nome do
contingente maçônico
brasileiro.
E quem viver haverá
de ver tal acontecimento
virar realidade!
Irmão Helio P. Leite - um
eterno aprendiz
 29 DE

Escriba
MAIO DE
2023
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 13
Salve Jorge !!
Escriba

Braga Escriba
Braga Escriba novo
novo
telefone -- 21
telefone 21 995185342
995185342
14 Escriba
A VOZ DO
João
Guilherme
DGGHP-Latin America 2005-
14, GSS Brasil 2001-03, 33º
Sem exagero, esta é uma
história e tanto. Trinta
anos depois, os Maçons
brasileiros corrigiram o
erro de mais de um
século como
incorporaram um Rito
até então totalmente
desconhecido no Brasil.
Quem diria, naqueles
dias, que tanta coisa
aconteceria entre nós.
Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História,
Virou notícia
Q uem diria, naqueles dias, que tanta
coisa aconteceria entre nós.
Creio que João-sem-Terra foi o pior
rei que a Inglaterra jamais teve. Tão ruim
que, em 1215, os barões feudais o
obrigaram a assinar a Magna Carta, o
documento que seria o fundamento das
liberdades ocidentais. Isto nos diz que
mesmo do que há de pior pode surgir algo
de bom.
Em 1990, minha Loja-mãe, Luiz de
Camões nº 43, no Rio de Janeiro, teve um
Venerável indigesto. Era tão ruim que
uniu a Loja – contra ele, claro.
Quando ele se foi, a Loja estava
respirando liberdade e desejo de realizar,
sob o malhete tranquilo de um novo
Venerável Mestre, Aluísio Lira. Assim,
praticamente assumimos a liderança do
Condomínio Demerval de Souza Barros,
em S. Cristóvão, no Rio de Janeiro.
Começamos as obras necessárias e,
seguindo o planejamento do incansável
Felisberto S. Rodrigues, construímos
mais um templo e abrimos espaço para
mais cinco Lojas. A consequência imediata
foi ter mais Irmãos para dividir a despesa,
mas nem de longe poderíamos imaginar as
consequências daquele clima de otimismo.
Nesta época, também a Grande Loja
Maçônica do Estado do Rio de Janeiro
vivia uma fase excepcional, por conta da
liderança de três Irmãos. Paulo Roberto
Curi era o Grande Secretário, José Nunes
MAIO DE
2023
dos Santos o Grande Secretário de
Relações Exteriores e Constantino
João Neto o Chefe da Secretaria. Por
força de suas funções, o Nunes tinha
um enorme trânsito na Maçonaria
nacional e internacional. Ele seria o
grande motivador do que viria a
acontecer.
Atraído pelo entusiasmo deles,
juntei-me à equipe. E acabei criando,
desenhando (e aprendendo!) um monte
de coisas para a Grande Loja:
formulários, selos, diplomas, medalha
e até o próprio logo...
Não havia Lojas do Rito de York no
município do Rio de Janeiro, só em
Niterói e Maricá.
Motivados pelo Nunes, que era do
Rito, fundamos a Loja York nº 117,
em 19 de junho de 1992. Dos 37
fundadores, 9 eram da Luiz de
Camões. Naquela época
antediluviana, pensávamos que o ritual
Emulação fosse o Rito de York, daí o
nome da Loja. Compramos uma cota
do Condomínio e conseguimos que o
terceiro templo fosse,
apropriadamente, construído em um
único plano.
Na Grande Loja era usado o ritual
da Loja Liberdade, Igualdade e
Fraternidade. Para nós, novatos, o
José Nunes dos Santos, criador e primeiro
Sumo Sacerdote do Capítulo JGG 001
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba A VOZ DO
ritual não os detalhes de como proceder
no trabalho de solo. Como eu iria ser
o terceiro Venerável Mestre da Loja de
um Rito que ignorava, não estava
disposto a dar vexames...
Então, com a ajuda do Nunes, decidi
retraduzir o ritual Emulação do
original, edição de 1986, uma canseira
de cinco meses. Não poderia imaginar
como aquela experiência me seria útil
no futuro.
Não tardou muito para que o Nunes
e o Constantino viessem com outra
ideia: trazer o Real Arco, a sequência
natural dos Graus Simbólicos do Rito
de York para o Rio de Janeiro. Bem
que tentei fugir. Sabia que minha
mulher iria reclamar:
– Por que você não casa logo com
a Maçonaria?
Mas não deu. Com eles nunca dava.
Ainda bem, devo dizer. Quem poderia
imaginar o desenrolar da coisa?
Diligentemente, reunimos 40
Irmãos, boa parte deles das Lojas York,
Luiz de Camões, Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, Monte
Hermon e Vitória de Maricá.
Assim, no dia 8 de maio de 1993, o
Capítulo José Guimarães Gonçalves
de Maçons do Real Arco foi instalado
no Templo Tiradentes do Condomínio
Demerval de Souza Barros, em São
Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro.
Foram instaladores os Companheiros
Adolfo Bley (PGM), José Rodrigues
Filho e Ildefonso Ferreira, do
Capítulo Jerusalém, do Paraná. O
Nunes assumiu como primeiro Sumo
Sacerdote, o Leandro como Rei e
Ésio como Escriba.
Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia
Rocha Filho, Paulo Otávio de
15
Lemos Aguiar, Odir Cordeiro de
Estas duas Lojas, ambas do Souza, Nilton Magalhães de Souza,
Condomínio DSB, Paulo Roberto Curi, Manoel
foram a base de apoio do Capítulo Rodrigues Soares, Nilo Sérgio
“JGG”, que seria depois o nº 1 do Corrêa, Joaquim dos Santos
Grande Conselho de Maçons do Leandro, José Alves Cordeiro, Adão
Real Arco do Brasil Malta Costa, Cláudio Mendonça
Ramos, Modesto Ferreira Castelo,
Marcus Antônio Lacerda, Marcus
Esta foi a primeira turma, na ordem Moesia Ribeiro, Edson Oliveira
em que aparecem na Carta Constitutiva Bispo, Luiz Zveiter, Cláudio Moreira
definitiva americana, assinada em de Souza, Antônio Dionísio dos Reis
1997, como veremos mais adiante: e Sérgio Lobo da Cunha e Silva.
Ésio de Figueiredo Macedo, Paulo A partir do Zero
Carvalho do Nascimento, Johann No Real Arco, tudo era novo e
Karl Meisterhofer, Yuri Nicolau fascinante. Claro, não poderia haver
Kler, Alédio Alexandrino da Silva, fornecedores de material de um Rito
José Nunes dos Santos, Michael desconhecido. Toda a parafernália teve
Nicholas Dennis, Felisberto da Silva que ser criada do nada e à mão:
Rodrigues, João Guilherme da Cruz aventais, diplomas, mobiliário,
Ribeiro, Osvaldo Luiz Machado, ferramentas, instrumentos,
João Pessoa das Chagas, Antonio formulários, tudo, enfim. Lembro do
Carlos da Silva Moreira, Jorge Levi primeiro arco feito pelo Felisberto,
Salles Pereira, Rubens Braga de uma relíquia que o Capítulo guarda
Lima, Guilherme Lemos Aguiar, até hoje. Lembro também da secretaria
Lucio Carlos Guimarães Rangel, do Ca-pílulo, que ficava na mala do
Constantino João Neto, João carro do Nunes, inclusive a chancela
Evaristo Ferreira, Altamiro para os documentos, que ele mandou
Nascimento, Hamilton Batista fazer do seu próprio bolso. Eu projetei
Gonçalves, Fernando Paiva da
Os primeiros rituais do Capítulo eram
produção caseira, com tiragem reduzida,
porque, na falta de quem nos orientasse,
tínhamos que descobrir praticando,
deduzindo e corrigindo. O Chapter
Penny, a moeda para inscrever a marca
pessoal, o Nunes mandou fazer
do próprio bolso.
16 Escriba
A VOZ DO
e construí as Arcas (depois de apanhar
muito para entender que eram duas!)
e Tania, minha mulher, fez os véus
para encenar a cerimônia de
Exaltação. Pouco a pouco, as coisas
foram tomando forma.
Tínhamos apenas algumas cópias da
tradução dos rituais, se não me engano,
do Irm. José Rodrigues Filho.
Quando o Alex Vivian Leake foi aos
Estados Unidos, aí, sim, pudemos
finalmente ter um ritual americano.
Na época, eu tinha uma impressora
Minolta, excelente para imprimir
diplomas, formulários e o constante
material de divulgação do Real Arco,
necessário para enfrentar os olhares de
dúvida – muita gente (ainda hoje!) acha
mais cômodo ficar na zona de
conforto e chamar o que não conhece
de “espúrio” do que estudar para
aprender…
O Engenho & Arte, que começou
como boletim da Loja Luiz de
Camões e acabou virando revista, foi
nosso principal meio de divulgação,
junto com O Livro dos Dias.
Ah, sim, os rituais! Que pedreira
para entender! Nós tivemos que
redigitá-los (os computadores mal
tinham acabado de chegar) e fazíamos
pequenas edições de 50 exemplares,
sempre revisando erros. Tentávamos
entender com a prática para aprender
como proceder. Para os americanos,
familiarizados há mais de 200 anos,
isso era desnecessário. Mas, para nós,
era essencial para compreender o que
fazíamos. O que fascinava é que cada
sessão, cada iniciação nos Graus trazia
novas descobertas depois de muitas
discussões, gafes e boas risadas.
Maçom não muda, concorda?
O Capítulo cresceu e, em 1995,
sabiamente, também adquiriu uma
cota do Condomínio, além de receber
valorosos Companheiros, como
Balthazar Rebouças Feijó,
Dagomar Ruas Silva, Gérson Bastos
de Queiroz, José Alves Rodrigues
Filho, Rui Ferreira da Silva, José
Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História,
Virou notícia
Cruz Filho e Manoel Adelino
Amorim de Araújo, entre outros,
atraídos pelo desafio de abrir novos
caminhos. Sem um teto,
provavelmente, o Real Arco não teria
condições de sobreviver às
tempestades que se seguiram, tanto
aqui como lá fora. Foram muitas,
durante quase todo tempo. Mas não
viemos hoje para lembrar delas, mas
para celebrar. O que importa é que
sobrevivemos, principalmente graças
à nova geração de Maçons do Real
Arco, encabeçada por Antonio Carlos
Moreira, atual Grande Rei do Grande
Capítulo de Maçons do Real Arco do
Brasil. Permitam-me que, ao citá-lo,
agradeça a todos os Companheiros que
tornaram possível vencer o desafio
dessa reconstrução. O melhor de tudo
é que foi possível não só consertar os
muitos enganos do passado, como
também reencontrar e trazer os Maçons
MAIO DE
2023
do Real Arco pioneiros, dos Capítulos
Jerusalém e Colunas de Cascavel, do
Paraná, que julgávamos adormecidos.
Há muitas histórias para contar.
Quem sabe, tenhamos espaço em um
livro para contar essa peregrinação por
caminhos tantos tortuosos. Assim,
encerremos por aqui, aproveitando
para festejar o início de tudo, que nos
parece tão distante e, ao mesmo tempo,
tão perto, relembrando os bons
momentos e os queridos
Companheiros de jornada, muitos
deles que ainda convivem conosco. O
melhor de tudo é que mesmo os que
se foram continuam como marcas
indeléveis em nossa memória,
cultivadas também por aqueles que,
como na Parábola da Vinha, chegaram
na undécima hora para realizar esse
“trabalho bom, trabalho fiel,
trabalho no esquadro”!
A eles, por tudo que significam para
nós, nossa mais sincera homenagem!
Há 30 anos, o Capítulo JGG Nº 1
de Maçons do Real Arco começou
a consolidação dos Graus e das
Ordens do Rito de York no Brasil.
Os Maçons brasileiros ganharam
mais um Rito para enriquecer a
Maçonaria que, sem qualquer
dúvida, de todas é a mais
diversificada
 29 DE

Escriba
MAIO DE
2023
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 17
18 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História,
Virou notícia
“ A Renda e o Meio
de Transporte “
Dados históricos indicam
através do mundo a renda
pessoal e que o crescimento
do volume de tráfego crescem
em conjunto. A medida que a
renda média cresce, a
distância anual de viagem per
capta de carro, ônibus, trem
ou avião sobre
proporcionalmente.
Nos países em
desenvolvimento a relação
tem sido menos rígida. Esta
discrepância reflete em parte, no
fato do crescimento da riqueza
permitir ao pobre substituir
transporte motorizado, tipicamente
de ônibus ou trem por formas não
motorizadas, tais como, andar a pé
ou bicicleta.
Ausente, contraria a maior
economia, deve o volume de
tráfego continuar a crescer com a
renda do passado.
Como irão as pessoas satisfazer
eles, crescendo a demanda de
mobilização? Se as pessoas
possuem tempo para constantes
viagens. Se caso também maior
demanda de mobilização como o
crescimento da renda, modos
seguros de seleção de transporte
cobrem mais distâncias no mesmo
tempo. Tal como o crescimento de
renda, lentamente os modelos de
transportes públicos estão sendo
substituídos por automóveis, com
operação casa a casa com
velocidade média de 30 a 55 km/h
e com grande flexibilidade.
Esta média de velocidade, com
MAIO DE
2023
variação por região, estão
crescendo os limites de velocidade.
Por que dos congestionamentos e
outras ineficiências?
Irmão Luiz Rafael d’Oliveira
Mussi
O Autor: Engenheiro Eletro-
Eletrônico. Especialista em
transporte ferroviário, atuando
há 20 anos em empresa operadora
de transporte de passageiros na
Região Metropolitana do Rio de
Janeiro, é também pesquisador de
outros modais.
Estagiário da turma de 1997,
Cruzeiro do Sul, da Escola
Superior de Guerra - ESG do
Curso de Altos Estudos de
Política e Estratégia, CAEPE.
Ressalto que este artigo reflete
a opinião do autor e não,
necessariamente a do jornal.
Autorizo a difusão deste artigo
pelo Jornal União do Brasil.
Email: luizrafaelmussi-
pl@bol.com.br
Home Page:
www.mussionline.com
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia
Cesar Romão - Palestrante - Escritor - Possui seus livros publicados em
19
diversos países. Venerável Mestre da ARLS John Philip Sousa Nº 7042
filiada ao Grande Oriente de São Paulo - Membro Imortal da Acadêmia de
Ciências Letras e Artes de São Paulo - ACLASP.

Caminhe a
sombra de
suas palavras
É fácil falar, mas é difícil fazer, eis um dos desafios mais intrigantes
que temos para vencer. “E, quando orares, não sejas como os
hipócritas; pois se comprazem em orar em pé e às esquinas das
ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já
receberam o seu galardão”.
Alguns falam para outros ouvirem da mesma maneira que vivem
para que outros vejam. Conduzir sua vida para ser vitrine de
conceitos estruturados no medo que recai sobre o que os outros
vão pensar de você causa distanciamento diário das coisas que
realmente podem ser uteis em sua vida. O que os outros pensam a
seu respeito é problema deles e não seu. Temer o critério alheio é
não honrar os seus próprios critérios, os quais foram forjados pela
vontade de viver.
Tem gente que se arruma para ir ao seu local religioso, fica chique,
lava o carro, faz postura de fiel durante o culto, mas ao sair se
alguém demora em manobrar um carro a sua frente no
estacionamento ou fecha sua vaga, já desce ao seu mais cruel estado
realidade e suas palavras começam a expressar o que realmente
tem por dentro, mas, disfarça por fora. Normalmente as buzinas e
os palavrões tomam o lugar das palavras do culto e a pose vai
embora. Hipocrisia imensa viver de uma pose que pode dissolver-
se ao mais leve arranhar. Vale mais viver de uma maneira onde
suas qualidades reais possam permanecer do que viver numa mentira
que não resiste ao respirar de uma verdade.
Nossas palavras expressam o nosso verdadeiro ser, procurar
caminhar a sombra delas nos deixa no caminho de nos
aproximarmos de nós mesmos, sem nos preocupar com isto ou
aquilo que outros podem pensar ou dizer. Quando estamos firmes
em nossas palavras, estamos fortes e firmes em nosso caminho e
vamos mais longe do que podemos imaginar.
20 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023

Curiosidades
Criamos a COLUNA DE "CURIOSIDADES, maçônicas e não
maçônicas.“Esta coluna ficará a cargo do Irmão Helio P. Leite,
Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Distrito Federal,
federado ao Grande Oriente do Brasil, onde atualmente exerce o
cargo de Conselheiro Federal.“O Irmão Helio é escritor de litera-
tura maçônica, colaborador do nosso A VOZ DO ESCRIBA e é
administrador de dois grupos Whats App - "Curiosidades Maçôni-
cas" e "Garimpando

FOI A “COZINHA” QUE MATOU CARÈME

O “Cozinheiro dos Reis e Rei dos
Cozinheiros”, em 12 de Janeiro de
1833!
Marie-Antoine (Antonin) Carême, o
“Rei dos Cozinheiros, Cozinheiro dos
Reis”, morreu em Paris no dia 12 de
Janeiro de 1833. Participou na eclosão
da alta gastronomia francesa quando
a Revolução Francesa empurrara para
o exílio os aristocratas, forçando os
seus cozinheiros a abrir restaurantes
na cidade.
O seu “savoir-faire”, até então
escondido nas mansões privadas da
aristocracia, difunde-se. Carême foi,
de fato, o primeiro a elevar a arte
culinária quase ao nível de uma
ciência. O mestre inventou dentre
tantas delícias, o “vol au vent”, além
de diversos tipos de molhos,
estabeleceu regras de cozinha com
movimentos apropriados e o tempo de
cozimento ideal para muitos
alimentos. Enfim, lançou as bases da
gastronomia moderna e a alta
gastronomia.
Antonin veio ao mundo a 8 de
Junho de 1784, num casebre da rua
du Bac em Paris e cresceu no meio de
barracas e escombros. Abandonado
pelo pai aos oito anos, Antonin
mostra-se esperto, curioso e
trabalhador. Quando eclode a
revolução, emprega-se num
restaurante de pouca monta e
rapidamente aprende os rudimentos do
ofício.
Aos 13 anos a sorte sorri-lhe. Entra
como aprendiz no estabelecimento do
confeiteiro Sylvain Bailly, uma das
melhores casas da cidade. Era o
período do Diretório e os ricos
parisienses aspiravam a desfrutar da
vida após as agruras da Fase do Terror.
Passa a modelar as tortas inspirando-
se nas formas arquitetônicas.
Lança-se então naquilo que faria sua
glória: confeitos em estilo barroco,
esplêndidas e complicadas
composições em pasta de amêndoa,
nougat...
Pouco depois, passa a trabalhar na
cozinha do Hôtel de Galliffet, no
bairro de Saint-Germain, onde
Charles-Maurice de Talleyrand tinha
mesa cativa.
Carême desde logo assume a
condição de “chef de cuisine”. Anota,
vê e compreende tudo, iniciando-se
na arte do “serviço à francesa”, o
tradicional buffet. Talleyrand, que
apreciava as tradições do Antigo
Regime, tinha como questão de honra
resistir à concorrência do “serviço à
russa”.
Entre o diplomata e o ambicioso
cozinheiro trava-se uma verdadeira
cumplicidade. Talleyrand estimula
Carême a desenvolver refeições
refinadas à base de legumes e de
produtos da estação.
Carême passa a ser um verdadeiro
astro dos fornos. Abre a sua confeitaria
na rua de la Paix, acompanha
Talleyrand no seu castelo de Valençay,
onde dirige as cozinhas – é o primeiro
a fazer-se chamar de ‘‘Chef’’ e publica
numerosos livros – “Le pâtissier
pittoresque” (O Confeiteiro
Pitoresco), “Le Maître d’hôtel
français” ( O Maitre Francês), escritos
a partir de incontáveis anotações
pessoais, obras que rapidamente se
tornaram “best-sellers”.
Quando o Império se desmorona,
prossegue com mais força ainda e
obsequia os poderosos com deliciosos
pratos na mesa do príncipe de
Benevent, no Congresso de Viena.
São os mesmos que o chamam,
alguns meses mais tarde, para excitar
as papilas reais. Carême é solicitado
em todos os lados, tornando-se um
verdadeiro cozinheiro nômade: na
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba A VOZ DO
corte do czar Alexandre II; com o
príncipe regente inglês, o futuro
George IV; depois, em Viena, para o
imperador da Áustria, Francisco I; por
fim, comanda durante certo tempo as
cozinhas do banqueiro Rothschild, no
castelo de Ferrières.
Na residência do Lord Steward, na
Áustria, inventa o ‘‘toque blanche’’
(touca branca), o chapéu branco, alto,
que passa a integrar a indumentária de
um ‘‘chef de cuisine’’, mais apropriado
que o boné de algodão que antes se
usava.
Resumiu a sua arte numa notável
enciclopédia em cinco volumes, ‘‘A
Arte da Cozinha Francesa’’, derradeiro
sonho realizado pouco antes de morrer
em 1833, envenenado aos 49 anos,
por uma intoxicação crônica causada
por monóxido de carbono e/ou
antracose (devido a muitos anos
inalando a fumaça tóxica do carvão
com o qual cozinhava).
O crânio de Carême está preservado
no Museu Nacional de História
Natural (Paris, França), como parte da
coleção frenológica de Dumoutier
(MNHN-HA-29888).Seu estado de
conservação é perfeito (como podem
ver na imagem). O resto do corpo
(incluindo a mandíbula) foi enterrado
e permanece, até o momento, não
observável. O exame externo da
maxila mostra a persistência de apenas
um dente (14), e uma extensa perda
dentária ante-mortem e post-mortem
(respectivamente: 11, 12, 13, 15, 16,
17, 18, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27).
Abscessos de 5 mm e 8 mm existiam
diretamente relacionados aos dentes
16 e 27, este último se comunicando
com o seio maxilar através de uma
abertura óssea de 3 mm. Apenas um
fragmento dos 16 ainda estava
presente no momento da morte,
inserido no osso maxilar, talvez como
resultado de uma extração incompleta
do dente durante a cirurgia
odontológica.
Este mau estado dentário está
Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia
directamente relacionado com as
21
a ordem do cardápio tradicional:
atividades profissionais da Carême, ou entrada, peixe ou carne, legumes,
seja, a confecção profissional de sobremesa. Com o serviço mais
pastelaria. Estudos anteriores rápido, o cliente desfrutava da
mostraram a implicação de fatores possibilidade de consumir a comida
pessoais e profissionais no quente e não fria.
desenvolvimento da cárie de açúcar, Este serviço, mais simples, iria
como manipulação de açúcares, conquistar pouco a pouco todas as
degustação frequente de pratos doces, mesas. Porém, o “serviço à francesa”
peneiramento de açúcar de confeiteiro, oporia resistência ao longo de todo o
etc.4,5,6,7 Complicações infecciosas século XIX, graças a Carême e aos seus
locais (sinusite maxilar ) pode ter discípulos.
desempenhado um papel direto na No entanto não existe consenso
causa da morte do primeiro chef- quanto a esta questão, alguns autores
celebridade (confira mais detalhes salientam que Carême era defensor do
sobre isso em PHILIPPE, C. Death of serviço à russa.
a pastry chef. British Dental Journal,
v. 215, n. 4, p. 155-155,
2013).
Durante o Antigo
Regime era praticado nas
casas da aristocracia
europeia o ‘‘serviço à
francesa’’. Cada refeição
contava até com cinco
serviços, das sopas às
sobremesas. E para cada
serviço, levavam-se
todos os pratos à mesa,
encarregando-se o
mâitre de cortar as
carnes. Os empregados,
atrás deles, serviam o
vinho a pedido.
O serviço à russa
Em 1810, o
embaixador da Rússia
em Paris, irritado com o
baile dramático que
encerrou a cerimónia do
casamento de Napoleão
e Maria Luisa, retira-se
para o seu castelo de
Clichy. Impossibilitado
de cortar as carnes, pede
aos cozinheiros que
preparem os pratos e os
talheres na cozinha.
Nasce desse modo o
‘‘serviço à russa’’.
Os convivas veem os
pratos a suceder segundo
22 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023

Sessão em
Alto Mar
1ª Sessão Náutica no Brasil do Rito de York
realizada no Lago Paranoá (Brasília-DF) da Loja
Flor de Lótus nº 38 filiada a Grande Loja Maçônica
do Distrito Federal.
A Sessão Maçônica foi abrilhantada com a
apresentação do irmão e maestro Wagner Sean, que
tocou as três músicas da Constituição de Anderson,
de 1723, lembrando que este ano marca o 300º
aniversário dessas músicas maçônicas.
Também foram homenageados os irmãos Abdalla
Obeid (Grão-mestre do GOG/COMAB) e Kennyo
Ismail (Escritor Maçônico e Grande Secretário das
Relações Exteriores da GLMDF) pelos relevantes
serviços prestados ao Rito de York na região Centro-
Oeste em 2023. Importantes baluartes já receberam
a referida honraria em anos anteriores por
contribuírem na ascensão do Rito no país.
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 23
Um grande Bethel
chamado Keren Happouk
No dia 20 de maio de 2023, o
Bethel #05 do Rio de Janeiro, das
Filhas de Jó Internacional,
realizou duas lindas cerimônias
na Tijuca, presididas pela
Honorável Rainha Maria Luiza
Galvão Cosentino.
Os trabalhos da manhã
começaram com a belíssima
Cerimônia de Iniciação, onde
demos as boas-vindas às Irmãs
Maria Clara Fagundes Costa e
Maria Eduarda Calderoni de
Barros Gomes, acolhidas com
muita alegria na nossa família
branco e roxa e nos lembrando
como é importante que os Tios
Maçons participem e tragam
suas famílias para as Ordens
Paramaçônicas. Rogamos ao Pai
Celestial que a jornada de nossas
novas Irmãs seja pautada nos
mais altos ideias de nossa
organização e repleta de
conhecimento e diversão.
Em seguida, o Bethel realizou
a Cerimônia em Homenagem às
Mães, sempre repleta de
emoção. Rosas foram ofertadas
e todos os presentes foram
inundados no clima de amor
maternal, abraços apertados e
lágrimas ao som das canções
“Como é Grande o Meu Amor
por Você” e “De Janeiro a
Janeiro”, nas vozes de Roberto
Carlos e Roberta Campos,
24 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023

respectivamente.
O dia terminou com um
deliciosa ágape no salão do
Condomínio Antônio Rodrigues
Lopes, onde todos puderam
confraternizar acompanhados de
quitutes deliciosos e um grande
bolo de brigadeiro, afinal, onde
tem Filha de Jó, tem comida.
Agradecemos a parceria dos
Bethéis #001, #08 e #11 e a
presença da Guardiã Jurisdicional
Beatriz do Vale Nunes.
Também aproveitamos para
parabenizar o querido Tio Jaricé
Braga pelo cargo de Grão-Mestre
Adjunto da Grande Loja
Maçônica do Estado do Rio de
Janeiro, obrigada, Tio, pelo apoio
e espaço que sempre é ofertado,
não apenas ao Bethel #05 do Rio
de Janeiro, mas a todas as
Paramaçônicas.
Tio Jaricé Braga o Bethel Keren
Happouk sempre será grato ao
senhor.
Caroline Mello Dias Guardiã
do Bethel 5 Keren Happouk.
Também
aproveitamos
para
parabenizar
o querido
Tio Jaricé

Braga
Braga
pelo cargo
de Grão-
Mestre

Escriba- Email Adjunto

da Grande
Loja
jbragaescriba@gmail.com Maçônica
do Estado

21 995185342 do Rio de
Janeiro
 29 DE
MAIO DE
2023 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba-
Virou História,
Virou notícia 25
Cartaz eM uma
Loja Maçônica
“Ao entrar nessa Loja é
possível que escutem o
chamado do GADU.
Contudo, é improvável
que Ele ligue para o seu
celular durante nossa
Egrégora, por isso,
pedimos a todos que
desliguem seus aparelhos.
Caso desejem falar com
o GADU, entrem em
Loja, dirijam-se em
silêncio aos seus lugares,
sintonizem seus corações
e sintam a presença dele.
No entanto, se quiserem
vê-lo pessoalmente,
depois de nossa sessão,
envie-lhe mensagens de
texto enquanto estiver
dirigindo.”

Braga Escriba- Email -

jbragaescriba@gmail.com
26 Escriba
A VOZ DO Saiu no A Voz do Escriba- 29 de
Virou História, MAIO DE
Virou notícia 2023