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Á GLÓRIA DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

AUG.·. RESP.·.LOJ.·.SIMB.·.CAVALEIROS DE SANTO ANDRÉ N° 005


Fundada em 28/09/2021 sob os AAusp.·. do Grande Oriente Maçônico do Estado de São Paulo.

Trabalho
Aprendiz de Maçom
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Á GLÓRIA DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

AUG.·. RESP.·.LOJ.·.SIMB.·.CAVALEIROS DE SANTO ANDRÉ N° 005


Fundada em 28/09/2021 sob os AAusp.·. do Grande Oriente Maçônico do Estado de São Paulo.

PAINEL DO APRENDIZ

Félix Rogério Moreira Tomitan - A.·. M.·.

Fevereiro de 2022
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EPÍGRAFE

“Não existe saber mais ou saber


menos, existem saberes diferentes".

Paulo Freire
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AGRADECIMENTOS

Este trabalho é dedicado aos nobres Iir.·. que se doam como orientadores
nesta marcha de crescimento por meio dos ensinamentos maçônicos.

Ao S.·.G.·.M.·. Arthur Soejima – Por acreditar em todos os Iir.·.

Ao M.·. de Cer.·. Anderson Galdino, pelas instruções e empenho nas


orientações bibliográficas e no conhecimento transmitido.

Ao Ven.·. M.·. Fernando Caldeira, liderança, calma e atenção a mim


dispensadas, em todos os momentos de dúvidas. E por seu esforço constante em
contribuir com minha aprendizagem e crescimento nos princípios Maçônicos.
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1. INTRODUCÃO

O objetivo deste trabalho sobre o Painel do, apresenta-se primeiramente o


seu conceito simbólico e todos os elementos que nele estão desenhados. Desta
maneira, este suscinto trabalho busca conferir o desenho do Templo e as suas 2
Colunas, acrescidas das Romãs, Lírios, e Correntes, ao Templo Maçónico e ao
Templo de Salomão apresentando assim breves informações sobre cada um dos
símbolos do Painel do Ap∴ M∴.
Ao ser apresentado ao Painel do Ap∴ M∴ é possível perceber que se trata
de uma representação rica em simbologia dentro da Loja Maçônica. Todos os
símbolos são pautados nos conhecimentos que remetem o Ap∴ M∴ permitindo-lhe
compreender os símbolos utilizados desde os tempos da Maçonaria Operativa e da
construção dos grandes templos da humanidade, como é o emblemático Templo do
Rei Salomão. que reinou entre 970 e 930 a.C.
A Maçonaria herdou, o antigo conhecimento vindo por meio dos nossos
antepassados operativos através dos símbolos da sua ciência e da sua admirável
arte de construir, que na contemporaneidade orientam a Maçonaria.
Embora esta ordem seja uma sociedade de livres pensadores em busca de
virtudes, verdades e da perfeição, formamos acima de tudo, pedreiros que irão
construir Templos simbólicos ajustados por estes símbolos que herdamos dos
nossos antepassados, mas que ainda constituem o a base da Maçonaria. Cada
símbolo presente no Painel do Ap∴ M∴ tem um significado, muito mais profundo do
que palavras, e ancestralmente que qualquer filosofia. Toda Loja é um Templo como
repleto de um repertorio simbólico em cada um dos seus ricos detalhes, todos frutos
da observação da Natureza, que forneceu ao homem o modelo para os primeiros
templos arquitetados às divindades.
A organização do Templo de Salomão, os ornamentos simbólicos que
representaram os seus principais adornos, tudo isto tinha por referência o Universo,
assim como o era compreendido pelos mais altos iniciados da antiguidade.
O Painel do Ap∴ M∴ é a síntese esotérica, histórica e filosófica do primeiro
grau. Sendo o elo entre os três estados do tempo: o passado, representado pela
lembrança dos nossos antepassados operativos e os seus conhecimentos
científicos; o atualidade pelo nosso trabalho intenso e habitual dos Maçons para a
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construção de um edifício moral com solidez com o objetivo de agregar o


conhecimento das gerações passadas com a geração contemporânea dentro das
oficinas e, por fim, o futuro, representado pelos mais elevados ideais humanos que a
maçonaria procura guiar com os seus ensinamentos a todos os seus membros.
Observa-se que tais instrumentos de trabalho do Ap∴ M∴ são ilustrações de
instrumentos de transformação da Natureza e do meio-ambiente. Isto na sua
abordagem absolutamente material e profana. São elementos que através do estudo
e da meditação permitem às transformações morais e espirituais. Alguns, pela sua
natureza, pedem, para seu desenvolvimento, a força; outros, mais precisos e
delicados, requerem sabedoria e conhecimento para o seu correto manejo.
Todavia, todos estes elementos podem conduzir por meio da dedicação e
labor à beleza incomensurável e constante busca de perfeição, concebendo o
homem, na sua jornada, desta maneira saindo da escuridão rude e grosseira, para
residir os templos iluminados, simétricos e harmónicos da perene Ciência Maçônica.
Voltando ao passado constata-se que as reuniões das lojas, os símbolos do
grau e o piso mosaico eram desenhados com giz ou carvão no chão da sala de
reuniões que, de uma edificação simples ao lado da construção que a companhia
dos Maçons estivesse trabalhando, passou, com o tempo, para as cervejarias, em
seguida este costume evoluiu para um tecido, que por volta de 1730 e em seguida
para uma lona ou tapete, onde os símbolos eram pintados ou bordados, sendo este
desenrolado para a reunião.
O Painel ou Tábua Delinear, finda o resumo dos ensinamentos simbólicos do
grau, nele estão registados todos os símbolos que, neste caso o Ap∴ M∴, deve
pesquisar e compreender.
O painel deve ser assentado na frente do altar para indicar o grau em que a
oficina está trabalhando durante a sessão. O Painel do grau de Ap∴ M∴ guia o
caminho a ser trilhado pelo Maçom para atingir, através do trabalho e da
observação, o domínio de si mesmo.
Por meio de pesquisa de referências bibliográficas este trabalho procura
representar os conceitos históricos e peculiares ao objetivo inicial da pesquisa, que é
de produzir reflexões e conhecimento na etapa do grau de Ap∴ M∴.

2. SÍMBOLOGIA DO PAINEL DE APRENDIZ MAÇOM


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O Templo de Salomão foi edificado com madeira de cedro, pedra e ouro.


-A madeira a vitalidade, e o ouro a espiritualidade.
-A pedra representando a estabilidade;
Desta maneira o Templo de Salomão, representação da construção magnífica
foi edificado com pedras lapidadas na pedreira para a construção da Casa de Deus,
onde não seriam ouvidos nem o som do martelo, bem como de qualquer outro
instrumento de ferro. Assim é o Templo do Ap∴ M∴, onde a pedra bruta deve ser
lapidada sem o barulho do martelo, somente no silêncio dos estudos e das
meditações. Na Maçonaria, a Loja nasce no Templo e seria uma habitação
temporária onde os operários da construção recuperavam suas forças e promoviam
e tratavam suas dificuldades sociais e espirituais, na esperança de encontrarem uma
definição simbólica e perfeita para o Templo que possuímos individualmente.
Para a construção do Templo, o Rei Salomão trouxe de Tiro, um artesão de
nome Hiran Abif, israelita por parte de pai e nephtali, por parte de mãe. Foi esse
homem quem executou todos os ornamentos do Templo de Salomão, incluindo as
duas colunas construídas em bronze, que simbolicamente representavam as duas
colunas de homens que Moisés dirigiu quando da fuga dos Hebreus do Egito. No
alto das duas colunas, Hiran colocou um capitel fundido em forma de lírio. Ao redor
deste, uma rede trançada de palmas em bronze, que envolviam os lírios.
Neste contexto, o Templo Maçônico recebe adornos que possuem as mesma
ornamentação que o Templo de Salomão, estes adornos simbólicos chamados de
joias, podem ser divididas em quatro grupos e todos estão presentes no Painel do
Ap∴ M∴ possuindo fundamental relevância em seu desenvolvimento.

2.1 JOIAS MÓVEIS

Assim chamadas dada a grande importância simbólica para os Maçons, são


móveis, por pertencerem aos cargos administrativos, podendo ser repassadas entre
maçons que ocupam estes cargos; são elas:
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Compasso: Representa a Justiça, pela qual devem ser medidos os atos do


homem; simboliza, também, o comedimento nas buscas, já que, traçando círculos,
delimita um espaço bem definido, símbolo do todo, do Universo, o que não acontece
com as retas, que se prolongam até ao infinito. No plano esotérico, o Compasso é a
representação das qualidades espirituais e do conhecimento humano; é por isso
que, independentemente do trabalho realizado, a Maçonaria limita a abertura do
Compasso a 90 graus, ou um quarto de circunferência, para mostrar que o
conhecimento humano é limitado, em relação à Sapiência Divina, representada
pelos 360 graus da circunferência. O Compasso, o Esquadro e o Livro da Lei
formam o conjunto denominado “As Três Grandes Luzes da Maçonaria”. No Grau de
Ap∴ M∴ os ramos do Esquadro cobrem as hastes do Compasso, mostrando que,
nesse Grau, a materialidade suplanta a espiritualidade, ou que a mente ainda está
dominada pelos preconceitos e pelas convenções sociais, sem a necessária
liberdade para pesquisar e procurar a Verdade.

Esquadro: Uma das joias móveis, o esquadro, símbolo do equilíbrio entre a


vontade e a razão, a retidão de carácter, equidade, dever e senso de justiça. Este
símbolo da perfeição (instrumento impróprio para o Ap∴ M∴ que ainda está apenas
desbastando a pedra bruta); Esquadro é a joia do Companheiro.

Prumo: Utilizado pelos pedreiros para conseguir o alinhamento vertical


representa, na simbologia maçónica, a retidão, o acerto, a justiça e a moral que cada
Maçom deve desenvolver em si, através da construção de seu próprio Templo
Espiritual. É a Jóia do 2º Vig∴

Nível: Símbolo da igualdade entre os homens e o prumo, representando a


correta orientação do crescimento intelectual. Utilizado pelos pedreiros na busca da
horizontalidade, simboliza, na Maçonaria, a igualdade, pois coloca todos ao mesmo
nível. É a Jóia do 1º Vig∴
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2.2 PARAMENTOS

Incrustado no Pórtico, Delta Luminoso ou Radiante, são encontrados dois


Símbolos, cuja presença no templo é absolutamente imprescindível à realização de
uma sessão litúrgica, são eles: As Letras e o Delta

O Delta, a quarta letra do alfabeto grego, representado como triângulo


equilátero, figura tida como perfeita por ter seus ângulos e lados perfeitamente
iguais. O Delta para os antigos povos representava a providência, velando pelos
homens na tradição judaico-cristã, considera o olho inscrito num triângulo como o
símbolo de Deus. O Delta, ou triângulo equilátero, sempre foi, desde as mais
remotas civilizações, o símbolo das tríades divinas: Osíris, Isis e Hórus, dos
egípcios; Brahma, Vishnu e Shiva, do hinduismo; Shamash, Sin e Ichtar, dos
sumerianos; Yang, Ying e Tao, do taoísmo.

As Letras do nome hebraico de Deus – iôd, he, vav e hé, lidas da direita para
a esquerda, que é o sentido da escrita hebraica, ou pelo menos, a primeira letra iôd;
isso, pelo sinal, seria o correto, nos Ritos Teístas, embora seja mais usado o Olho
Onividente, que é mais próprio dos Ritos racionalistas, que o assimilam ao Olho da
Sabedoria, de Hórus. Assim, nos Ritos Teístas a esmagadora maioria O Delta
simboliza a Sabedoria Divina e a presença de Deus (para os Ritos ditos
racionalistas, simboliza a Sabedoria humana). Por isso, o Delta é o máximo símbolo
presente em um Templo Maçônico

2.3 ORNAMENTOS

Todos os Símbolos que decoram ou ornamentam o Templo e não estão


classificados como Joias ou Paramentos.

Orla Dentada: simboliza a união dos Maçons. Os dentes representam os


planetas que giram no Cosmos. Cada dente tem o formato de um triângulo. O
Triângulo expressa a espiritualização dos Maçons que, partindo da individualidade,
se unem de forma indissolúvel, em torno de um ideal.
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A Orla Dentada é erradamente confundida com a Corda de 81 Nós e com a


Cadeia de União. A Corda de 81 Nós, colocada no Templo entre a Abóbada Celeste
e o cimo das 4 paredes, simboliza os 81 laços do amor fraterno existente entre todos
os membros da Loja. A Cadeia de União expressa o Cerimonial que reúne todos os
membros da Loja. Envolve aspectos emocionais, filosóficos, esotéricos e espirituais.
É através da Cadeia de União que se transmite a Palavra Semestral ou se invoca
sobre algum ir∴ necessitado, forças vitais para afastar a enfermidade ou a aflição.

Nuvens: quando mergulhados na vida material, valorizamos somente o que


podemos ver e pegar, não aceitando ou acreditando nas vidas subjetivas, por serem
imperceptíveis. Muitas vezes, até acreditamos nelas, mas criamos dificuldades que
não existem, achamos desculpas para não seguirmos em frente, e se cria desculpas
para não prosseguir, como por exemplo: a falta de tempo. Isto tudo está
representado pelas nuvens no horizonte, ao alto; estas são moldáveis ao vento
(nossa vontade) todavia, deixa-se ficar cheias de ondulações e imperfeições, que
são as dificuldades que colocadas para impedir nossa própria elevação espiritual
Simbolizam também a universalidade da Maçonaria, mas ressaltando na
forma irregular em que são distribuídas, que os Maçons, espalhados por todos os
continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus
conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da
verdade.

A Estrela de cinco Pontas, que irradia “raios flamígeros” e detém no centro a


letra G, representa este segundo Grau e o Espírito Animador do Universo, ou seja, o
princípio de toda a sabedoria e o poder gerador da Natureza. Com a letra G no
centro, esta estrela ou Pentalfa de Pitágoras, ainda representa para a Ordem os
Cinco Pontos da Perfeição, ou seja: Força, Beleza, Sabedoria, Virtude e Caridade.
Brilhante, de cinco pontas, flamante, flamejante, flamígera, dos Herméticos,
hominal (de humana), ígnea (em chamas), da iniciação, luminosa, dos magos, do
oriente, pentáculo, pentagonal, pentagrama, pentalfa, polar, quinária, rutilante,
tríplico triângulo cruzado, e etc.;
Por ter a Maçonaria uma estrutura simbólica e ritualística, se reconhece
heranças de muitas tradições e culturas, que contatou por longo tempo, sobretudo
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no referente aos Símbolos Cosmogónicos, quanto a Criação e Origem do Universo,


relativos a sua construção.
A tradição egípcia, a mais antiga, modernamente, mereceu destaque dos
autores Maçônicos, pois o antigo Egito é considerado um dos Centros Sagrados da
Humanidade; onde surgiu muito saber, influenciando os filósofos gregos na
concepção do Mundo.
Simbolizam também a universalidade da Maçonaria, mas ressaltando na
forma irregular em que são distribuídas, que os Maçons, espalhados por todos os
continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus
conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da
verdade. simbolizando o passado e lembrando-nos de que precisamos conhecer
bem a nossa história para que possamos pensar o futuro. A forma como estão
dispersas no painel representa os muitos maçons que estão distribuídos pelo mundo
e que é dever do Maçom levar a luz onde reinam as trevas

Pórtico: simbolizando a entrada do templo guarnecida pelas colunas J e B e


tendo acima a letra grega Delta. Arquitetônica e Maçonicamente, a particularidade
mais importante do Templo do Rei Salomão era, sem dúvida, o par de Colunas no
Pórtico. O grande espaço consagrado à sua descrição na Bíblia, bem como os
muitos estudos realizados, são uma boa indicação da sua importância. Dos
estudiosos, alguns, poucos, acreditam que as Colunas eram membros estruturais
quer como entablamento que diretamente sustentava o teto, quer como sustento de
um par transversal de anteparos que o sustentariam 1. Tratar se de colunas livres e
puramente ornamentais ou emblemáticas, exatamente como aparecem em nos
Painéis da Loja. As Colunas de Salomão terão sido arquitetadas mais
especificamente para imitar os Obeliscos das entradas dos Templos Egípcios, ou
talvez tenham sido copiadas de Tiro, terra de origem do seu obreiro, onde Heródoto
afirmou ter visto duas colunas semelhantes defronte do templo de Hércules.

As Três Janelas: Representando as aberturas para iluminação do templo,


localizadas no Oriente, no Ocidente e na face Sul onde ficam o V∴ M∴, o Primeiro
V∴ e o Segundo V∴, as luzes da Loja. Ressalta-se que a Maçonaria teve origem no
hemisfério setentrional, onde as edificações não recebem luz na face norte. Mais
uma tríade no Painel do Aprendiz. As 3 Janelas representam as 3 posições do Sol: o
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Oriente, o Meio-dia e o Ocidente. Nenhuma janela se abre para o norte e as 3 são


cobertas por uma rede de arame, simbolizando que a luz ilumina o templo, mas o
que está fora, fora permanece; e o que está dentro, lá fica. Ou seja, as sessões não
devem ser perturbadas por eventos profanos e, o que dentro se realiza, não deve
ser divulgado no mundo profano. A janela do oriente dá-nos, através da aurora, a
renovação das atividades; a do meio-dia dá-nos a força e o calor, iluminando
constantemente os A∴M∴ sendo estes posicionados ao Norte do Templo; a do
ocidente convida-nos ao repouso. Nenhum Templo Maçônico é construído com
janelas ou outras aberturas, a não ser a sua entrada no Ocidente, que durante os
trabalhos permanece fechada.

Coluna B, Coluna J: As colunas Boaz que significa força e a coluna Jachin


representando a inteligência, a força e a glória, ambas localizadas na entrada do
Templo Maçônico. A coluna com o J gravado, inicial da palavra sagrada Jachin, que
está posicionada à esquerda de quem entra ao lado do S∴ V∴, idealizando a coluna
do norte, local do Ap∴ M∴, pois simbolicamente eles recebiam os seus salários neste
local. A coluna com o B gravado, inicial da palavra sagrada Boaz, está posicionada
à direita, ao lado do P∴ V∴, local onde se encontram os companheiros, com o
mesmo proposito em receber salários. As duas colunas representam a presença do
Senhor no Templo.

As quatro Borlas: Existem várias interpretações: Na Escola Autêntica ou


Histórica, simbolizam temperança, energia, prudência e justiça. Na Escola Mística, a
fé, a esperança, a caridade e a discrição; Na Escola Oculta, a terra, a água, o ar e o
fogo.

Corda de sete nós: representando a corda de 81 nós que circunda o templo


sendo que, os sete nós representam os sete anos necessários para formar um
aprendiz na Maçonaria Operativa. As Cordas na Maçonaria possuem várias
interpretações de acordo com o número de nós. Quando em número de sete,
representam as artes liberais, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética,
Geometria, Música e Astronomia.
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As Duas Luminárias: O Sol e a Lua: Símbolos da dualidade claro e escuro, bem


e mal, certo e errado etc. Ressaltando-se que o lado escuro fica ao norte, onde
ficam os aprendizes que ainda trabalham na penumbra. O Sol representa a luz, fonte
da vida, sem a qual nada existiria, também a luz da razão, do intelecto. A Lua
representa o princípio feminino do universo, a constância e a regularidade. Sol é o
vitalizador essencial, possuidor de uma generosa fecundidade. Sem ele não
existiríamos. É o princípio ativo. A Lua é o reflexo do Sol. Representa, tanto quanto o
Sol, a saúde, pois recebe e reflete os raios do Sol. É o princípio passivo. No Templo,
o Sol e a Lua ficam no Oriente atrás do V∴M∴, indicando a simbologia de que os
trabalhos no grau de A∴ são abertos ao meio-dia e fechados à meia-noite.

Os Três Degraus: Além de toda 4 Bordas a simbologia e misticismo que


envolve o número três, através dos ternários, tríades e trilogia maçônicas,
conhecidas na Loja de Aprendiz, os três degraus representam fundamentalmente,
Sabedoria, Força e Beleza, atributos do VM, 1°Vig e 2°Vig. “Maçonicamente,
subindo são as dificuldades para a vitória das ideias, e o esforço que se despende
para chegar à ‘Luz’; descendo é a facilidade com que podemos cair na imperfeição
ou vício”. Podem representar os três anos de trabalho que eram necessários ao
aprendiz na Maçonaria Especulativa para se tornar companheiro Maçom. No Painel
da Loja de Aprendiz, os degraus simbolizam os esforços que os mesmos devem
fazer para, primeiramente, se libertarem do Plano Físico; em seguida, ultrapassarem
o Plano Austral; e, finalmente, terem ascensão aos Planos Superiores da
espiritualidade. Por outro lado, no grau de Aprendiz, o número 3 é tão encontrado,
que sua representação no quadro ainda poderia também significar:
-A idade do Aprendiz: 3 anos
-A sua marcha: 3 passos
-Sua Bateria: 3 golpes

As Romãs: São frutos delicados, casca grossa que é extremamente resistente


e agridoce, ela possui muitas sementes avermelhadas e unidas. Crescem em
árvores que mais se assemelham a arbustos, seu fruto Ovalado, possui em sua
extremidade inferior um terminal precisamente como uma pequena coroa. De acordo
com seu amadurecimento na árvore, a romã passa do verde para o amarelo e para o
vermelho, inchando tanto, que em determinado momento ela racha e suas sementes
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vão para o chão, dando origem a novas árvores. Essa abundância colossal de
sementes e a forma como ela se reproduz, fez dela símbolo da virilidade masculina,
da fecundidade e da riqueza. Na Maçonaria, os grãos da Romã, mergulhados na sua
polpa transparente, simbolizam os maçons ligados com a energia e a força
imprescindíveis para atingirem a egrégora de seus trabalhos.

Malho: Pode ser compreendido de maneira singular como um martelo de


madeira, que simboliza à vontade contra às imperfeições do espírito. Concebe a
força da consciência debelando o conjunto dos pensamentos vãos, pela
determinação da aspiração virtuosa agindo com força para estimular o combate às
asperezas da ignorância. Também é um símbolo específico do Grau de Aprendiz.

Cinzel: é um instrumento cortante numa das extremidades e achatado na


outra, onde recebe as batidas do malho, por meio desta ação, se verifica um esforço
para se gravar no ego os exemplos revestidos de virtudes que enobrecem e
purificam o espírito por meio do discernimento e equilíbrio, com objetivo lapidar
arestas representando o ganho no conhecimento, e assim fazendo com que a
maçonaria promova virtudes e união entre os irmãos que compartilham da mesma
filosofia e estudos.

2.4 JOIAS FIXAS


Joias fixas, que são: a Pedra Bruta, Pedra Polida e a Prancheta que
simbolizam, ao mesmo tempo, os aprendizes, os companheiros e os mestres.
Possuem esta denominação pelo grande valor simbólico, se caracterizam por
não serem transferíveis e estarem sempre presentes na Loja.

Pedra Bruta: Resulta do material extraído da natureza em seu estado bruto e


simboliza essa matéria prima desprovida de forma, cheia de saliências e
imperfeições, sem nenhum beneficiamento por parte do homem. Em análogo a esta
definição, após a sua iniciação o A∴ M∴ recebe o conhecimento dos símbolos que
são atribuídos ao seu estágio iniciático, estas representações das simbologias são
fundamentais para sua percepção e alicerce do seu aprendizado. A Pedra Bruta
simboliza as imperfeições do espírito e do coração que o Maçom se deve esforçar
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para corrigir. No momento da sua iniciação maçônica, o Ap∴ M∴ encontra-se com o


seu estado bruto na Natureza; encontra-se com a sua Liberdade de Pensamento e,
com os instrumentos que lhe são dados, ele próprio desbastará a sua Pedra Bruta,
tornando-a o mais perfeita possível, imprimindo-lhe uma personalidade sua e única.

Pedra Polida: A Pedra Polida representa a Pedra já esquadrejada. Concebe o


Companheiro, simboliza o homem desbastado e polido de sua aspereza, educado e
instruído, pronto para ocupar seu lugar na construção de um mundo melhor.

Prancheta ou Prancha de Traçar: No Painel de Aprendiz, a Prancha de Traçar


corresponde ao papel onde o Mestre estabelece seus planos. A Prancha constitui
um dos símbolos da Maçonaria e significa que o Maçom deve traçar seus planos,
estabelecer seus objetivos e empenhar-se em conquistá-los com habilidade e
preparo. Está presente no Painel para nos lembrar que é preciso se empenhar na
busca de conhecimentos elevados.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as várias referências lidas e refletidas, foi possível


compreender a grandeza e importância do Painel do Aprendiz em Loja, pois a
existência do Painel em Loja advém dos primórdios da Maçonaria, com objetivo
arquitetado para conceber os mais importantes Símbolos da Ordem Maçônica. o
Painel era inicialmente desenhado a giz e carvão no assoalho dos locais onde se
realizavam as sessões, para que pudesse ser apagado ao término da Loja, ou em
caso de necessidade. Todavia, apagar e refazê-los levou algumas Lojas a desenhá-
los sobre um tapete ou um pano, expostos aos presentes.
Verificou-se que especialmente Europa, havia na época, uma variedade
enorme de Painéis. Em 1808, o Irmão Willian Dight, habilidoso desenhista, pintou
três Painéis com intuito de uniformizar os desenhos e criar um padrão para cada
Grau. Passados alguns anos foi iniciado na Maçonaria Inglesa um artista que
deixaria seu nome gravado na História, o Sr. John Harris, que pintou os Painéis dos
três Graus, inicialmente para a Loja "Unanimidade e Sinceridade".
Painel do Grau é colocado para abertura dos trabalhos, existindo um para
cada grau em específico, sendo eles: o da Loja de Aprendiz, o da Loja de
Companheiro e o da Loja Mestre. A utilização dos Paineis deixa claro a continuação
de suas respectivas simbologia que norteia os trabalhos dos Maçons.
No Painel do Grau de Aprendiz, que é foco deste trabalho de pesquisa foi
detalhadamente apresentados e destacados
Todo o templo, incluindo o assoalho, as paredes e o teto, é contemplado no
Painel, que se divide de acordo o texto apresentado. Joias Móveis: Compasso,
Esquadro, Prumo, Nível; Paramentos: O Delta, As Letras; Ornamentos: Orla
Dentada, Nuvens, A Estrela de Cinco Pontas, Pórtico, As Três Janelas, Coluna B,
Coluna J: As colunas, As quatro Borlas, Corda de sete nós - Representando a corda
de 81, As Duas Luminárias: O Sol e a Lua, Os Três Degraus, As Romãs, Malho,
Cinzel; Joias Fixas: Pedra Bruta, Pedra Polida, Prancheta ou Prancha de Traçar.
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFFEZZOLLI, I∴ Daniel – Peça de Arquitetura: O Painel do Grau Aprendiz.


BELTRÃO, C. A. B. – Abreviaturas na Maçonaria – Editora Madras
BOUCHER, J. – A Simbólica Maçónica – 7ª Ed. 2000 – Editora Pensamento
CASTELLETI, Alberto Victor – O que é a Maçonaria – Editora Madras
FAGGIAN, I∴ Danilo – Peça de Arquitetura: O Painel do Grau Aprendiz.
FILHO, A. M. – Primeiras Instruções – 2000 – Editora A Trolha
GRANDE Oriente do Brasil – 1º Grau Aprendiz – Ritual
PRIM, I∴ Peça de Arquitetura: O Painel do Grau Aprendiz.
RIZZARDO, da C. et al - Vade Mécum do Simbolismo Maçónico – Editora Madras,
1999
RIZZARDO, da C. – Dicionário Maçónico – Editora Madras, 2001

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