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A.'.R.'.L.'.S.'.

ARTE & CIÊNCIA Rito


Brasileiro
GRANDE ORIENTE DO BRASIL

A CORDA DE 81 NÓS E SUAS


CARACTERÍSTICAS
MAÇÔNICAS

Ir.`. AUREO FRANCISCO LANTMANN JUNIOR A.`. M.`.

– IBIPORÃ 2012 –
Imagens e símbolos, fazem as pessoas fundamentalmente terem uma
tendência para sensibilizar-se, bem como absorver facilmente os seus significados.

Ao longo do tempo, os Maçons são conhecidos pela utilização de símbolos


capazes de estabelecer a reafirmação de vários princípios que fortalecem os valores de seus
praticantes, e principalmente de sua Ordem.

Uma significativa parcela dos símbolos maçônicos é figurada por instrumentos


empregados na construção civil. O sentido maior da construção reforça junto ao Maçom a
necessidade constante de aprimoramento moral, intelectual e espiritual. Não por acaso, o
processo evolutivo do Maçom está dividido em vários graus que são relacionados a um
conjunto específico de símbolos.

Desta forma, os símbolos possuem a função de um texto que fora construído


pelo próprio participante da maçonaria. Com isso, o universo simbólico Maçom emite uma
mensagem que se entrelaça com o processo de reflexão e aprendizagem.

Neste sentido, temos a “CORDA DE OITENTA E UM NÓS” é um símbolo


presente na maioria dos Templos Maçônicos, ela é instalada circundando as paredes do Templo
entre o início de abóbada celeste e as colunas zodiacais.

A corda, preferencialmente, será de sisal, com 81 (oitenta e um) nós dispostos


da seguinte maneira: um nó central que é colocado no centro do Oriente sobre o trono de
Salomão.

A corda conta ainda com quarenta “nós”, eqüidistantes, de cada lado que se
estendem pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta
ocidental de entrada, em duas borlas, elas estão ali permanentemente como símbolos da a
Justiça (ou Eqüidade) e a Prudência (ou Moderação), que devem nortear os iniciados no
caminho da perfeição.

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A origem da “CORDA DE OITENTA E UM NÓS” parece estar nos antigos
canteiros de trabalhadores, ou seja, no esquadrejamento que cercava o seu local de trabalho
com estacas, às quais eram presos anéis de ferro, que, por sua vez, ligavam-se, uns aos outros,
através de elos, havendo uma abertura apenas na entrada do local.

Na Sociedade dos Construtores (Maçonaria Operativa), que foi o embrião na


Maçonaria como conhecemos hoje, a herança da “corda” que era desenhada no chão com giz
ou carvão, fazendo parte alegoricamente parte de um Painel representativo dos instrumentos
utilizados pelos Pedreiros Livres.

Desta forma, para Ordem Maçônica, a corda é um elemento composto por


diferentes materiais, tendo a finalidade de: (a) Prender (aprisionar); (b) Separar (cordão de
isolamento para eventos); (c) Demarcar ou unir (é o caso em questão);

A composição natural da corda é o entrelaçamento das fibras para maior


resistência – diretamente ligada ao número de fios que é composta e da forma como é
elaborada.

A corda tem significado simbólico porque diz respeito aos próprios obreiros,
ela é composta de múltiplos fios que, quando isolados, são frágeis, mas juntos apresentam
grande resistência, confirmando o ditado de que “ a união faz a força”, lembrando aos maçons
que unidos podem lutar contra os vícios.

A resistência dos maçons ao rompimento desta corda simbólica se dá através


dos seguintes objetivos: (a) União; (b) Objetivos em comum entre os irmãos; (c) Idéias,
instruções e trabalhos aplicados ao dia-a-dia; (d) Fraternidade praticada entre os membros da
própria Loja, propagada, assim, aos membros espalhados pelo universo; (e) Discussões sempre
com propósito de soluções, nunca em dissensões; (f) Caminhar juntos, sempre procurando
elevar o espírito cooperativista nos interesses sociais, políticos, culturais, profissionais, etc.

A Ordem Maçonaria nos lembra também a ligação entre dois pontos (os nós) e

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no caso, os Irmãos, sempre prevalecendo a individualidade de cada um.

Neste sentido, os NÓS, simbolicamente representa, o Irmão dentro da unidade


da Loja.

O Nó é um laço que se firma em si mesmo e, portanto, assim deve ser o


maçom; deve ter condições de se firmar em si (independência).

Deve ser livre e de bons costumes (liberdade de expressão – por isso podemos
imaginar um laço para que não haja pressão ou sufocamento na exposição de ideias próprias ou
argumentação para colocação de seus objetivos).

Os laços da corda, em forma de número oito deitado, ou o símbolo de infinito


(liberdade de pensamento) lembram ao maçom que estes laços não podem ser apertados, pois
isso significaria a interrupção e o estrangulamento da fraternidade que deve existir entre os
Irmãos.

Neste sentido ainda, importante observar ainda, a equidistância (distancia


entre os nós) que representam dentro da simbologia maçônica a igualdade entre Irmãos, não
haver entes os mesmos, (a) discriminação social; (b) discriminação racial; (c) discriminação
política; (d) discriminação econômica; (e) discriminação na cor.

Dentro da simbologia maçônica temos quarenta nos de cada lado do Templo,


ao Norte e ao Sul, extranindo-se o no principal se localiza no Oriente acima do delta luminoso,
sobre o trono do Venerável Mestre.

Os quarentas nos de cada lado são números que simbolizam expectativa,


esperança fé e perseverança, sendo que o número dentro da doutrina maçônica tem referencia
à (i) 40 dias do dilúvio; (ii) 40 dias de Moises no Monte Sinai; (iii) 40 dias que Jesus permaneceu
em jejum; (iv) 40 dias que Jesus esteve na Terra após sua ressurreição.
Neste sentido o NÓ CENTRAL, simboliza união fraternal entre todos os maçons

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do mundo, bem como a comunhão de ideias e de objetivos da maçonaria, tendo em vista que,
trata-se de unidade indivisível.

Temos ainda o número 81 como representante místico, pois a raz quadrada de


81 é 9, e a raiz quadrada 9 é 3, sendo o número 3, um numero perfeito, que simboliza a
trindade de Deus, (a) pensamento; (b) ação; (c) amor.

Por fim, temos ainda as borlas da corda(extremidades) Mostra que a Ordem Maçonaria é
dinâmica e progressista, estando aberta a novas ideias a fim de que possam contribuir para à
evolução do homem e para o progresso racional da humanidade. Este rompimento da corda
transforma em dois extremos, chamados de borlas.

a)- Borla da justiça: sempre do mesmo lado do Orador, significa os ditames que devem seguir
os maçons e os dirigentes de qualquer coletividade, para equilibrar e enaltecer as relações
humanas, assim como buscamos tornar feliz a humanidade na formação de uma sociedade
mais justa e perfeita, conclamando nossos membros a praticar a solidariedade humana;

b)- Borla da prudência: sempre do mesmo lado do Secretário, exige reflexão, capacidade para
examinar os juízos e ideias e perspicácia para discernir os meios mais hábeis. É a virtude do
saber escolher, de discernir o certo do errado, para realizar o bem e vencer o mal. Ela ajuda a
optar pelo caminho que melhor soluciona os problemas e mais benéfica a humanidade;

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