A sabedoria é a mãe das ideias geradoras. É a inteligência que
concebe o projeto do edifício, representando com clareza a obra, conforme deve ser realizada. Cria no espírito as formas materiais destinadas a realização objetiva e, finalmente traça o plano que será executado. A força, é a fiel servidora da ideia que a dirige. Terminado o modelo invisível, a força executa as concepções elaboradas, domando as energias rebeldes. Mas para que a construção possa ser terminada satisfatoriamente, é indispensável que a força obedeça às instruções da sabedoria. Desta forma o trabalho resulta coordenado, prático e sólido. A beleza se encarrega de tornar agradável, adornar e rematar o trabalho executa. É ela que embeleza a vida e faz amar, apesar de misérias e crueldades. A beleza é a luz que fecunda. A sabedoria afasta a força da violência, fazendo crescer na alma humana o amor a paz e a fraternidade. Heming escreveu no seu livro de instruções, adotado em 1813 pela grande loja unida da Inglaterra: “Sabedoria para dirigir-nos em todos os empreendimentos, força para sustentar-nos em todas as dificuldades e a beleza para adornar o homem interior.” Os 3 pilares gregos, passaram a constituir mais um símbolo maçônico e o simbolismo que lhes atribuiu se desenvolveu de forma a ocupar importante destaque. No século XVIII, em certas lojas inglesas existiam, além das colunas B e J outras 3 colunas. Em outras 3 candelabros eram colocados ao lado dos altares do venerável mestre, 1 e 2 vigilantes, representando respectivamente a sabedoria, força e beleza. Conforme se desprende dos antigos rituais maçônicos os candelabros foram associados as 3 ordens arquitetônicas, Jônica, Dórica e Coríntia que constavam nesses rituais como o sustentáculo das lojas maçônicas. Além disso, se constituíam emblemas do Venerável Mestre, 1 e 2 vigilantes que, por sua vez representavam a sabedoria, força e beleza. Essas 3 ordens, representavam também, o Rei Salomão, que mandou construir o templo, Hiran, Rei de tiro, que forneceu homens e materiais e Hiran Abif que construiu, adornou e embelezou o templo. O simbolismo se enriquece com todos os elementos que possam ter relação natural com o símbolo ou dos quais possa desprender-se de uma significação moral. Como o simbolismo decorre de interpretações não pode ter regras fixas. Como se observa, o simbolismo maçônico vem recheado do número 3, aí podemos destacar também o uso dos 3 pontos nas assinaturas. Destaque-se que o uso dos 3 pontos teve início na França onde foram empregados em abreviatura, em documentos maçônicos. Segundo documentos, a tri pontuação foi usada pela primeira vez numa circular de 12 de agosto de 1774 dando uma informação da mudança de sede do grande oriente. Por fim, os relatos apenas servem para elucidar o simbolismo maçônico em torno do ternário. Conjunção dos ternários é um termo que estabelece uma sistematização de coordenação de símbolos, joias, alegorias e funções em torno do número 3. Três anos é a idade do aprendiz. Três partes é o seu sinal de ordem e saudação, três são os seus passos. Por 3 vibrações da espada flamígera, o venerável inicia o profano tornando-o maçon. Três são as grandes luzes emblemáticas, o esquadro o compasso e o livro da lei. Três são as joias móveis, três são as joias fixas, três são as sublimes luzes, três são os paramentos e três são os ornamentos. Na iniciação, o candidato acompanhado de seu guia, realiza três viagens em busca de três lugares iluminados por três janelas ou 3 luzes. De 3 graus é a maçonaria simbólica. Por fim, 3 governam a loja o venerável, 1 e 2 vigilantes. Desta forma, o número 3, alocado nos vértices do triângulo se constitui no sagrado, onde a loja assenta o seu fundamento baseado na sabedoria, força e beleza traduzidas pela régua, maço e cinzel.